Uma visão pós-moderna do existencialismo da França. Temas como solidão e falta de um sentido de vida são inerentes a qualquer indivíduo, independente de lugar ou tempo. Vale também para quem gosta de Y2K.
Retrato cruel da juventude, porém, necessário. É triste assistir passivamente um ambiente tão caótico com jovens cheios de possibilidades. O protagonista me passou uma de ideia de “ fruta apodrecendo na fruteira”.
Tão indigesto quanto um pedaço de carne crua, para aqueles que como eu não estão habituados com a identidade humana em seu sentido animalizado.
O núcleo coeso de personagens (grande elenco), em conjunto com atmosfera deprimente passada pela locação e pela escolha dos tons de fotografia, alimentam a aura sombria do filme.
O cinema de Masaki Kobayashi é, acima de tudo, um cinema humano. Os temas tratados pelo cineasta transcendem a realidade japonesa e se elevam a uma condição universal. Como já diria um ditado popular: “aquilo que é do homem bicho não come”.
Um drama aparentemente simples, onde é possível identificar temas como amor, liberdade, legado e honra (é claro).
O filme mais erótico de Tsai Ming-liang que assisti até o momento.
Aqui, temos o sexo sabor melancia, uma metáfora deveras interessante. Sexo é fartura, é entrega, é suculência, como também é o ato de se empanturrar.
Novamente temos a técnica excepcional do artista com os elementos que são inerentes a sua identidade como diretor, como relações complexas e o apocalipse cotidiano.
Os números musicais são excelentes, mas seu tom difere daquele de The Hole. De certa forma eles engordam a estranheza do filme.
Tsai Ming-liang se aproveita da paranoia coletiva no contexto da virada do milênio para fazer um filme semi-apocalítico.
O diretor possui uma capacidade natural de criar obras que transbordam existencialismo e solidão, sempre manifestados através da sensação de liquidez (rios, chuva, poças d’água ou goteiras).
É como se tudo estivesse se desfazendo em água, o que resta é muito pouco. Parece não existir vida lá fora. Ao mesmo tempo, essas pessoas tentam sobreviver a outras fatalidades.
Aqui, “o dilema do porco-espinho” de Arthur Schopenhauer é apresentado por meio de um buraco que liga dois personagens misteriosos. São dois ambientes que existem paralelamente, mas que em um dado momentos entram em confronto.
Aos poucos, a existência de um se torna um estorvo para o outro. Para um deles existir, o outro deve se anular. Diante disso, o que resta é a fantasia como escape. Ela é confortante.
Quase como um conto de fadas pós-moderno, o homem estende a sua mão e tira a mulher daquele ambiente aonde ela definha, pelo próprio buraco, para por fim, dançarem uma valsa irreal.
A vida moderna é marcada por um vazio existencial muito grande. Para algumas pessoas esse vazio não pode ser preenchido por coisa alguma.
Carol possui todos elementos para ser feliz, porém, a sua vida transborda infelicidade. Todd Haynes utiliza cenários espaçosos e amplos, com o uso constante de espelhos e cores frias, para transportar o espectador para realidade da personagem, criando um contraste com a sua aparente incapacidade de demonstrar seus reais sentimentos. O cenário e a trilha sonora quase ausente, que deveriam passar uma sensação de tranquilidade e conforto, fazem justamente o oposto, tornando o clima do filme ainda mais claustrofóbico.
O “Fugere urbem”, a solução encontrada pela personagem para tratar de sua aparente doença, acaba sendo uma possibilidade de interiorização e de autoconhecimento, como demonstrado na cena final.
Esse filme reflete muito a vida moderna no final do Século XX, ao mesmo tempo que é atual em tempos de isolamento social.
Sempre achei que esse filme era o mais chato que havia visto em toda minha vida. Certo dia estava em um parque observando crianças a brincar com seus familiares, o vento soprava a copa das árvores derrubando folhas secas no chão, me veio então cabeça: " Aquele filme é muito próximo da realidade, por isso que não gostei ".
O mais interessante desse filme é o seu silêncio. Como alguém que entra sorrateiro na casa alheia sem ser convidado. A trilha sonora, que é deslocada para alguns, quebra a calmaria e cria o ruído inerrente à natureza humana.
Hoje acordei pensando no River Phoenix (talvez pelo fato do seu irmão mais novo ter ganhado o merecido oscar pelo papel de Joker). Pensei em toda a influência que ele exerceu sobre o Joaquin, de certo modo aquele prêmio também era dele. Pensei no paradoxo de sua morte. Será que os filmes que assistimos, caso ele não tivesse morrido, seriam diferentes?
O cinema tem o poder de eternizar. Eternizar a arte. Eternizar um talento. Eternizar a beleza.
É estranha a fascinação que ele exerce sobre a gente. A começar pelo seu nome, tão apropriado, como um rio de águas cristalinas que fluiu pela vida. Acho que o Milton Nascimento já disse tudo que deveria ser dito sobre ele. Falando nisso, gosto de associar Stand by Me, o seu filme mais conhecido, com a canção Trem Azul do Clube da Esquina. Ambas as obras falam a respeito da memória e da vida que segue. Essa breve jornada que o filme narra foi provavelmente a morte da infância desses garotos. O que restou só foi a memória, pegaram o Trem Azul para nunca mais voltarem.
Eureka
4.3 29Aquele que não tem nada assimila o seu igual.
O Esquadrão Suicida
3.6 1,3K Assista AgoraPorrada ✔️
Chacina ✔️
Tiroteio ✔️
Desabamento ✔️
Corrida ✔️
Reviravoltas ✔️
Monstro gigante ✔️
Tudo que um bom filme de ação pode ter
Fateful Findings
2.7 12Lynchiano involuntariamente.
Apaixonado Thomas
3.6 13Uma visão pós-moderna do existencialismo da França.
Temas como solidão e falta de um sentido de vida são inerentes a qualquer indivíduo, independente de lugar ou tempo.
Vale também para quem gosta de Y2K.
Scum
3.9 14Retrato cruel da juventude, porém, necessário. É triste assistir passivamente um ambiente tão caótico com jovens cheios de possibilidades. O protagonista me passou uma de ideia de “ fruta apodrecendo na fruteira”.
O Clube
3.9 146Tão indigesto quanto um pedaço de carne crua, para aqueles que como eu não estão habituados com a identidade humana em seu sentido animalizado.
O núcleo coeso de personagens (grande elenco), em conjunto com atmosfera deprimente passada pela locação e pela escolha dos tons de fotografia, alimentam a aura sombria do filme.
É sufocante porque é real.
Rebelião
4.5 37O cinema de Masaki Kobayashi é, acima de tudo, um cinema humano. Os temas tratados pelo cineasta transcendem a realidade japonesa e se elevam a uma condição universal. Como já diria um ditado popular: “aquilo que é do homem bicho não come”.
Um drama aparentemente simples, onde é possível identificar temas como amor, liberdade, legado e honra (é claro).
Tecnicamente impecável.
O Sabor da Melancia
3.3 113O filme mais erótico de Tsai Ming-liang que assisti até o momento.
Aqui, temos o sexo sabor melancia, uma metáfora deveras interessante. Sexo é fartura, é entrega, é suculência, como também é o ato de se empanturrar.
Novamente temos a técnica excepcional do artista com os elementos que são inerentes a sua identidade como diretor, como relações complexas e o apocalipse cotidiano.
Os números musicais são excelentes, mas seu tom difere daquele de The Hole. De certa forma eles engordam a estranheza do filme.
O final é de cair o cu da bunda de tão estranho.
O Buraco
4.0 53Tsai Ming-liang se aproveita da paranoia coletiva no contexto da virada do milênio para fazer um filme semi-apocalítico.
O diretor possui uma capacidade natural de criar obras que transbordam existencialismo e solidão, sempre manifestados através da sensação de liquidez (rios, chuva, poças d’água ou goteiras).
É como se tudo estivesse se desfazendo em água, o que resta é muito pouco. Parece não existir vida lá fora. Ao mesmo tempo, essas pessoas tentam sobreviver a outras fatalidades.
Aqui, “o dilema do porco-espinho” de Arthur Schopenhauer é apresentado por meio de um buraco que liga dois personagens misteriosos. São dois ambientes que existem paralelamente, mas que em um dado momentos entram em confronto.
Aos poucos, a existência de um se torna um estorvo para o outro. Para um deles existir, o outro deve se anular. Diante disso, o que resta é a fantasia como escape. Ela é confortante.
Quase como um conto de fadas pós-moderno, o homem estende a sua mão e tira a mulher daquele ambiente aonde ela definha, pelo próprio buraco, para por fim, dançarem uma valsa irreal.
Irma Vep
3.8 47o filme em que o espectador é fumante passivo
Iracema - Uma Transa Amazônica
3.9 73Transa Amazônica, vendida, uma puta.
Timbuktu
3.8 134 Assista AgoraA louca é a única pessoa do filme que tem liberdade.
Mar de Rosas
3.7 33 Assista AgoraDe agora em diante sempre que eu ver uma criança endiabrada irei chamar de Betinha.
Gal A Todo Vapor - FA- TAL
5.0 8Bandaria minha vó para assistir esse show.
Soul
4.3 1,4KEssa animação tem mais profundidade do que muitos filmes de arte.
Casa dos Sonhos
3.6 63A falta que um Minha Casa, Minha Vida faz
Nosferatu
4.0 55Poderiam chamar o Robert Pattinson, já que ele está em um bom momento da carreira, para fazer uma reparação histórica dos vampiros.
Mal do Século
3.6 98 Assista AgoraA vida moderna é marcada por um vazio existencial muito grande. Para algumas pessoas esse vazio não pode ser preenchido por coisa alguma.
Carol possui todos elementos para ser feliz, porém, a sua vida transborda infelicidade.
Todd Haynes utiliza cenários espaçosos e amplos, com o uso constante de espelhos e cores frias, para transportar o espectador para realidade da personagem, criando um contraste com a sua aparente incapacidade de demonstrar seus reais sentimentos. O cenário e a trilha sonora quase ausente, que deveriam passar uma sensação de tranquilidade e conforto, fazem justamente o oposto, tornando o clima do filme ainda mais claustrofóbico.
O “Fugere urbem”, a solução encontrada pela personagem para tratar de sua aparente doença, acaba sendo uma possibilidade de interiorização e de autoconhecimento, como demonstrado na cena final.
Esse filme reflete muito a vida moderna no final do Século XX, ao mesmo tempo que é atual em tempos de isolamento social.
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraSempre achei que esse filme era o mais chato que havia visto em toda minha vida. Certo dia estava em um parque observando crianças a brincar com seus familiares, o vento soprava a copa das árvores derrubando folhas secas no chão, me veio então cabeça: " Aquele filme é muito próximo da realidade, por isso que não gostei ".
Save The Green Planet
3.9 16Acontece coisa tanta que não tenho certeza se dormi no meio do filme e sonhei
Modo de Sobrevivência 5
4.0 43Adoro essa estética "casa de vó".
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
3.9 662 Assista AgoraAcho que a grande mensagem desse filme é viver o presente.
Caçador de Assassinos
3.5 158 Assista AgoraO mais interessante desse filme é o seu silêncio. Como alguém que entra sorrateiro na casa alheia sem ser convidado. A trilha sonora, que é deslocada para alguns, quebra a calmaria e cria o ruído inerrente à natureza humana.
Conta Comigo
4.3 1,9K Assista AgoraHoje acordei pensando no River Phoenix (talvez pelo fato do seu irmão mais novo ter ganhado o merecido oscar pelo papel de Joker). Pensei em toda a influência que ele exerceu sobre o Joaquin, de certo modo aquele prêmio também era dele. Pensei no paradoxo de sua morte. Será que os filmes que assistimos, caso ele não tivesse morrido, seriam diferentes?
O cinema tem o poder de eternizar. Eternizar a arte. Eternizar um talento. Eternizar a beleza.
É estranha a fascinação que ele exerce sobre a gente. A começar pelo seu nome, tão apropriado, como um rio de águas cristalinas que fluiu pela vida.
Acho que o Milton Nascimento já disse tudo que deveria ser dito sobre ele. Falando nisso, gosto de associar Stand by Me, o seu filme mais conhecido, com a canção Trem Azul do Clube da Esquina. Ambas as obras falam a respeito da memória e da vida que segue.
Essa breve jornada que o filme narra foi provavelmente a morte da infância desses garotos. O que restou só foi a memória, pegaram o Trem Azul para nunca mais voltarem.