Ridícula a politização despolitizada de um filme completamente inocente e positivo como Top Gun: Maverick. Machista é Crepúsculo, Um Amor Para Recordar (esse eu tenho pena de mulher que gosta), 50 Tons de Cinza e afins. Top Gun: Maverick é um filme sobre amizade, companheirismo, respeito, compaixão entre homens, mas que conta com duas maravilhosas personagens femininas, que jamais são subjugadas durante a trama. Daqui a pouco vai ter idiota querendo "cancelar" (que termo patético...) Conta Comigo por ser uma história sobre garotos. Podiam se importar um pouco mais com os problemas reais, né? Como por exemplo a ascenção implacável da censura de obras clássicas e até de documentos históricos, justificada adivinha através do quê? Da maldita cultura do cancelamento, ardilosamente disfarçada de progressismo. MELHOREM
De quando o grande filme das férias podia ser uma aventura singela, simples, onde o que importava era a amizade, o companheirismo, o aprendizado e, acima de tudo, a imaginação.
Os Goonies, de Richard Donner é um filme perfeito, de acordo com suas modestas ambições.
John McTiernan é um nome que me vem imediatamente à cabeça quando penso em ação. Penso que é preciso ser algo preconceituoso ou mesmo avesso ao gênero para negar a qualidade de alguns de seus filmes. Seu Predador (Predator), com Arnold Schwarzenegger, é um grande exemplo de filme de ação onde nada falta, nem sobra. Dentro do gênero, Predador é o extremo oposto das tranqueiras da época, como o hoje cultuado Comando para Matar (Commando), também com Schwarzie, que não passa de uma palhaçada divertida, mas sem qualquer valor cinematográfico.
Contrariando a lógica da época, o personagem de Schwarzie em Predador, embora seja obviamente um brutamontes, sofre, pensa, sente medo, remorso, dor. Há um curioso paralelo entre o herói e o monstro, elemento fundamental para a eficácia do filme. Conforme o conflito esquenta, eles se igualam e abandonam gradativamente as armas tecnológicas, chegando a momentos emblemáticos como quando o protagonista utiliza a camuflagem como proteção – método principal do Predador –, o uso de flechas e armadilhas artesanais no final, após toda a destruição causada pelo aparato militar, ou quando o monstro se livra de sua armadura para sair no braço com o marombeiro. Além da humanização do herói, McTiernan sugere o tempo todo que talvez o grande predador da história não seja exatamente o alienígena, o que torna o filme muito mais impactante.
#Predador #Cinema #PopCulture
Publicado originalmente em meu livro O Filme Nosso de Cada Dia
40 anos de E.T. - O Extraterrestre, de Steven Spielberg
Sua escolha por filmar com a câmera sempre à altura dos olhos de uma criança é uma das chaves do encanto do filme. Ele nos força a enxergar o mundo com olhos infantis, participando das descobertas daqueles pequeninos com uma proximidade raramente alcançada no cinema. Os cenários e os personagens adultos sempre surgem grandes, já que são filmados de baixo. As cenas em que vemos o ponto de vista do E.T. reforçam esse clima de descoberta já que, assim como Elliot, ele também é um ser inocente lidando com grandes novidades. Notem que o único adulto a sempre mostrar o rosto durante o filme é a mãe de Elliot, que é, afinal, seu porto seguro. Todos os demais estão sempre de costas, ou com a cabeça fora de quadro, ou mesmo envoltos em névoa e escuridão, deixando claro o quanto são ameaçadores e misteriosos aos olhos das crianças e do E.T. Numa das cenas mais importantes para o desenvolvimento do protagonista, a morte do E.T. no hospital, o personagem de Peter Coyote mostra o rosto pela primeira vez. É justamente o momento em que Elliot muda de ideia a respeito dele, passando a considerá-lo uma pessoa “não tão ruim assim”. Ou seja, ele aprendeu a enxergá-lo, e é por isso que nós também ganhamos o direito de vê-lo.
O aprendizado, aliás, é o assunto principal de E.T., como fica claro na antológica despedida no final. Elliot suplica para que o E.T. permaneça na terra, mas o monstrinho coloca o dedo em sua testa e diz “Estarei bem aqui”, enquanto o dedo acende, eternizando aquele momento na memória do menino. Ali Elliot conquista a sabedoria necessária para aceitar que as pessoas que ama nem sempre estarão fisicamente presentes, mas podem continuar próximas através da memória, o que cria uma linda resolução para a subtrama envolvendo seu pai, que abandonou a família. Então, no plano final, Elliot aparece pela primeira vez filmado de baixo, ou seja, agora que aprendeu a dizer adeus, ele também é grande.Tudo isso ao som da mais apoteótica composição de John Williams, completando um filme onde cada mínimo detalhe tem uma função. E ainda tem quem encha a boca pra dizer que o cinema blockbuster sempre foi “a mesma coisa”. Para mim, nenhum filme da categoria produzido nos últimos anos se compara à obra-prima de Steven Spielberg.
Texto originalmente publicado em meu livro O Filme Nosso de Cada Dia
Ontem foi o aniversário de 40 anos do maravilhoso Poltergeist, da lenda Tobe Hooper, com claras interferências do também lendário (por razões diametralmente opostas) Steven Spielberg. Assisti a esse clássico pela primeira vez através da TV a cabo, em 1999. Foi um dos poucos filmes que lembro de terem me deixado completamente atordoado ao assistir. Curiosamente, foi pouco tempo depois de ter sofrido um ataque de riso histórico numa sessão de A Casa Amaldiçoada, de Jan de Bont, que vi no cinema com amigos. Contei essa história em meu livro O Filme Nosso de Cada Dia, num texto em que comparo as duas obras em suas abordagens e resultados. Assim como os principais filmes de horror dos anos 80, Poltergeist é uma clara, embora nem sempre escancarada, sátira sociocultural da Era Reagan, símbolo da ascenção implacável do conservadorismo em meio a políticas neoliberais. O filme já abre com o hino nacional dos Estados Unidos da América tocando, com o som saindo da mesma televisão que servirá de portal para que uma terrível maldição acometa a casa da família Freeling (foco no nome!). Implacáveis, os fantasmas escolhem seduzir a criatura mais pura e facilmente manipulável da família: a adorável garotinha Carol Anne, que acaba sendo aprisionada "dentro da televisão". Se esse resumo não é suficiente para convencer a alguém da furiosa conotação política do filme, os detalhes que a evidenciam estão por toda a parte. O estilo de vida fortemente baseado em consumo, o pai lendo um livro cujo título é "Reagan - O Homem que Salvará a América", a mãe de família sexy, empoderada, que se permite fumar maconha dentro de casa, mas esconde rapidamente o baseadinho quando alguém a pega em flagrante cometendo o pequeno delito. A pergunta é: a que custo a classe média norte americana conquistou essas simbólicas liberdades? A resposta está no filme. Revela-se, a certo ponto, que as casas perfeitas, das famílias perfeitas do subúrbio americano perfeito, foram literalmente construídas em cima de um cemitério. Os construtores removeram as lápides, mas deixaram os caixões. A cena em que os caixões começam a emergir, arrebentando o assoalho e abrindo-se para revelar os esqueletos dos verdadeiros donos daquela casa me apavorou quando tinha 12 anos, mas hoje me apavora de outra maneira. Ela simboliza de maneira incomumente cortante o fato de que os luxos de que gozamos muitas vezes são obtidos às custas do desprezo, do descaso, da completa desvalorização da vida humana. Reagan. Conservadorismo. Neoliberalismo. Atual, não? E o epílogo? A televisão é finalmente descartada, completando as teses levantadas. Essa parte deixo em aberto, para quem tiver interesse em refletir. A quem não estiver interessado em nada disso, não há problema: Poltergeist permanece engraçado, sinistro, frenético e assustador. Que filme! #Poltergeist #FilmesdeTerror #Cinema
Emoção: o clássico das tardes na TV nos anos 90 "Enchente - Quem Salvará Nossos Filhos está no YT completinho e com aquela dublagem original de novela mexicana intacta! MANO, o tanto que eu sofria com esse filme! O molequinho tentando salvar os colegas, o menino com asma passando mal no meio da tragédia, o pai de família dizendo: "Brenda... nossas filhas..." Ai!!! E a hora que a mulher saía correndo berrando descompensada: MINHA FILHA MÓRRÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!!!!!!!!!!! Esse era um tempo bom em que a nossa atenção era segurada durante a tarde inteira com histórias simples, modestas e humanas. Saudades #Anos90
Nunca houve “Star Wars” sem política, religião e ideologia. A fantasia criada por George Lucas é tão absorvedora que obviamente resulta escapista quando nos entregamos a ela. No entanto, analisando atentamente, não se trata de uma fuga da realidade. Como toda fantasia que se preze, é também um meio para nos reconectarmos ao mundo real, através de representações simbólicas de elementos do nosso cotidiano. Às vezes a realidade representada metaforicamente é até mais palpável e perceptível.
Tomemos como exemplo o K2SO de “Rogue One“. O robô, interpretado por Alan Tudyk, traz consigo um tema importante: é um escravo, além de sofrer preconceito por ser robô. Uma das ambiguidades da trilogia original era o fato de que R2D2 e C3PO eram escravos programados para servir a seus mestres, que por acaso eram os heróis da história. Vale lembrar que Anakin Skywalker e sua mãe, Shmi, também eram escravos, mas os Jedi decidiram libertar apenas o garoto, o que cria diversas possibilidades conflituosas em relação à moralidade dos guerreiros. Há também a famosa cena de “Uma Nova Esperança” em que, além dos robôs, Chewbacca é o único a não receber uma medalha. “Nada contra os Wookies, até tenho amigos que são”, não é mesmo?
Muitos personagens de Star Wars foram criados para emular figuras históricas. Em Rogue One temos exemplos como Saw Guerrera, interpretado por Forest Whitaker. O personagem foi evidentemente inspirado em Che Guevara, desde a fonética do nome, passando pelas crises de asma e chegando às convicções. Fervoroso em seu desejo de revolução, é visto como radical pelos membros da Aliança Rebelde. No entanto, é o responsável por despertar a chama rebelde na heroína Jyn Erso, que contraria a Aliança e lidera sua própria missão suicida contra o Império. Portanto, Che Gueva… oops! Saw Guerrera é parte fundamental da ação que culminou na destruição da Estrela da Morte.
O poder feminino é outro tema fartamente explorado pelo filme, mas não se trata de uma novidade na saga. Como observou a produtora Kathleen Kennedy, a Princesa Leia representou uma ruptura em 1977: uma anti-donzela, que salvava os heróis, portava uma arma e tomava decisões importantes. Apesar de caidinha pelo anti-herói Han Solo, falava “na cara” o quanto ele era babaca. Além de representar o legado de Leia como mulher forte, Jyn Erso traz uma mensagem anticonformismo. Quando perguntada se “quer viver debaixo de bandeiras do Império“, responde que “é só não olhar para cima”, mas depois muda de ideia, conforme a ideologia rebelde se desenvolve em seu pensamento.
Já Chirrut, personagem de Donnie Yen reforça a representação da Força como religião. Não é Jedi, já que vive em condições marginalizadas (outra ambiguidade, a seletividade meio suspeita dos Jedi), mas sua fé na Força o faz acreditar que vale a pena lutar pelo que acredita. A cegueira adiciona simbolismo à ideia de fé. Seria a Força realmente libertadora ou estaria essa ideia cegando Chirrut a respeito da realidade? Não fica claro, por exemplo, se um de seus feitos aconteceu porque a Força interferiu ou porque sua fé o fez ter a coragem necessária. Seu mantra “sou um com a Força e a Força está comigo” reforça a inspiração em crenças pré-cristãs, algo que sempre foi evidente em relação ao conceito, mas explorado com profundidade inédita em “Rogue One”.
Mas nenhum elemento situa o filme no contexto histórico atual com mais ressonância que os vilões. O Império Galático, liderado por Darth Vader, é um símbolo de intolerância. Alienígenas, androides e mulheres não ocupam cargos elevados. Os membros são todos brancos – antigos personagens negros como Lando Calrissian e Mace Windu jamais se aliaram ao Império – lutando contra opositores multirraciais, liderados por uma mulher, evidenciando a intenção de servir como alegoria da era Trump. Vale lembrar que “Uma Nova Esperança” tinha muito da Guerra do Vietnã (o Império representava os Estados Unidos) e a trilogia dos anos 2000 trazia referências à política bélica de George W. Bush, além da concretização de um golpe de estado. Duvida? Procure entrevistas dadas pelo criador, George Lucas, ou simplesmente preste atenção aos filmes.
A Princesa Leia é outro personagem bastante evocativo, e não apenas por sua representatividade enquanto mulher. Foi presa e torturada por ser membro de um grupo de resistência radical ao totalitário Império Galático. Depois de ajudar a destruir uma estação espacial capaz de detonar planetas inteiros, passou a ser lembrada como criminosa por seus opositores, como fica claro em um diálogo entre Kylo Ren e Rey em “O Despertar da Força”. Sua trajetória lembra a de diversas figuras políticas, que lutaram contra ditaduras e passaram a ser chamadas de terroristas pelos saudosos desses regimes.
Entre os novos personagens, o que me parece o mais significativo é o rebelde Cassian Andor. Outro representante da diversidade, o personagem do ator mexicano Diego Luna traz uma questão que justifica a existência do filme. Ele nos lembra de que, por trás dos feitos de reis e guerreiros que estampam os livros de História, existem pessoas comuns que se sacrificam pelo bem do coletivo, mas que não são lembradas. Agora, quando assistimos ao início de “Uma Nova Esperança”, há um significado mais dramático para a frase “muitos morreram para trazer essa informação”.
Publicado originalmente em meu blog Anarco Marciano, no Wordpress
Vou tentar fazer um resumão da sessão de pré-estréia de Jurassic World: Domínio, que vi hoje. Os amados Laura Dern, Sam Neill e Jeff Goldblum retornam em seus clássicos papeis de Jurassic Park. A dinâmica entre eles volta intacta. Goldblum rouba várias cenas novamente, tanto pelo humor peculiar quanto por suas observações filosóficas. Melhor: ao contrário dos antigos personagens de Star Wars, que ressurgem para dizer algumas frases e depois morrem, o trio de ouro do parque dos dinossauros é o centro do novo filme, do início ao fim. A trama é uma surpresa: bem mais complexa que nos anteriores, incluindo o original. Agora os dinossauros de fato se fundiram à civilização, o que causa imensos problemas, a eles próprios e aos seres humanos. Podia ficar por aí, mas o ótimo Colin Trevorrow (que amo desde que ele chamou a atenção do circuito alternativo com seu simpático Safety Not Guaranteed) fez questão de tornar seu filme em uma obra que serve como espetáculo na mesma medida em que levanta reflexões relevantes. Em uma das melhores cenas, o personagem de Goldblum provoca seus alunos ao levantar a questão "A energia atômica foi criada com bons propósitos, mas acabou resutando na bomba atômica." O filme trata de mostrar como os avanços científicos que poderiam salvar a humanidade e o planeta acabam por servir de alimento para a ganância dos inescrupulosos, no caso, uma corporação que finge estar preocupada em curar doenças a partir do estudo dos dinossauros, mas cuja megalomania está a ponto de causar a extinção da humanidade. "Você sabe que isso vai acontecer, mas você não vai parar", Goldblum declara a um dos vilões. Tráfico de dinossauros, churrasco de dinossauros, rinhas de dinossauros. Todos os abusos mostrados no filme simbolizam práticas presentes no cotidiano contemporâneo. Os dinos subjugados, os seres humanos ameaçados a morrer de fome, a Terra em risco de dizimação, tudo por conta do poder corporativo que se coloca acima de qualquer lei. E os dinos? Lindos, gigantescos, pesados. Esse filme traz mais espécies de dinossauros que qualquer outro já feito e Trevorrow dirige no mínimo uma dúzia de cenas de ação eletrizantes e inventivas. A que se passa nas ruas e telhados de Malta é uma das mais complexas e empolgantes do Cinema pop dos últimos anos. Há também duas ou três cenas de grande beleza visual e temática, especialmente o epílogo, que encerra o filme numa imagem que faz eco com a conclusão humanista de Jurassic Park, porém com uma mensagem mais contemporânea. Então o filme é perfeito, certo? Não. O clímax desperdiça a oportunidade de criar algo verdadeiramente catártico. E o pós sessão passa longe de produzir aquela sensação de que o filme não acabou de verdade, que sinto até hoje ao rever Jurassic Park. Deve ser porque nem todo o mundo é Steven Spielberg, né? #JurassicWorldDominion #JurassicWorld #JurassicPark #Cinema
Na data de 25 de Maio, celebra-se o Dia do Orgulho Nerd. A quem não compreende, vamos lembrar de algumas coisas: 1. A data escolhida é simbólica: 25 de Maio foi o dia em que Guerra nas Estrelas (hoje universalmente conhecido como Star Wars) estreou nos cinemas, vindo a consolidar de vez a cultura Nerd. 2. A cultura Nerd não tem nada a ver com consumismo. Quem a transformou nisso foi o capitalismo, como fez com todo e qualquer fenômeno cultural de que decidiu se apropriar. O Nerd coleciona bens culturais por extremo interesse nas possibilidades filosóficas, sociológicas, psicológicas, políticas e artísticas que brotam deles. 3. O Nerd foi durante décadas uma figura estigmatizada, um grupo notoriamente vitimado por bullying, violência, exclusão e hostilidade social. O próprio retrato do Nerd em filmes e seriados frequentemente o associou a incapacidade e ao não merecimento de qualquer consideração. Até em dicionários a palavra Nerd/Geek tem em seus verbetes termos como "entediante" e "bobo", ainda hoje. 4. O Geek Pride Day de hoje é especial, pois marca o aniversário de 45 anos (!!!) de Star Wars. Durou, hein? 5. Quem transformou Star Wars no que é foi o Nerd, não o contrário. Até os bonecos derivados do filme só vieram a ser criados por demanda da molecada, ao contrário do que acredita quem não conhece as dezenas de materiais documentais sobre o assunto. Tem no YouTube, confere lá se for de seu interesse. Os Nerds queriam manter por perto de alguma maneira as histórias e os personagens que tanto os fascinavam. Vamos celebrar, discutir, nos divertir.... mas vamos ao menos hoje relembrar e respeitar a História do Nerd. Esse bando de preciosinhos! COWABUNGA! 🙌 #GeekPrideDay #DiaDoOrgulhoNerd #Nerd
Um filme extremamente tradicional na maneira como foi escrito e realizado, sob direção do especialista em filmes familiares Chris Columbus. O resultado, no entanto, beira a perfeição dentro de suas modestas ambições.
E o elenco? Tem Jenna Malone e Ed Harris sendo os coadjuvantes que amamos, como sempre. Agora, o duelo de divas entre Susan Sarandon e Julia Roberts é francamente impagável, com a dupla interpretando duas mulheres irremediavelmente incompatíveis e ainda assim impossíveis de separar.
Formulaico? Sim, e daí? Se a fórmula é aplicada à perfeição?
Uma tragédia anunciada acaba por reatar antigos laços e tecer novos, num filme que arranca do público rios de lágrimas, tanto por tristeza quanto por felicidade.
Esse é Lado a Lado, grande sucesso do final dos gloriosos anos 90.
Quando a continuação tardia do icônico Top Gun foi anunciada, fiquei indiferente. Não, eu não tenho qualquer problema com o filme de Tony Scott: possuo duas edições do LP da sensacional trilha sonora, além de uma cópia do filme em DVD. Compreendo a influência daquele filme na estética de virtualmente todo o cinema de ação feito desde então, além da publicidade, do videoclipe e da cultura pop. A quantidade de citações a Top Gun em seriados, filmes, anúncios publicitários, games e videoclipes é imensurável. Ainda assim, me questionei: pra quê?
Então anunciaram que o diretor seria Joseph Kosinski, o que ao menos me deixou curioso pela construção estética do filme, já que Kosisnki dirigiu o cult instantâneo Tron: Legacy, uma das maiores experiências sensoriais que vivi numa sala de cinema. Ainda não me parecia suficiente. Numa época tão conturbada, política e socialmente, com tanta polarização, tanta guerra generalizada e íntima, um filme sobre uma academia de pilotos de caças faria algum sentido?
Aí veio a pré-estreia do filme, que presenciei ontem numa sala lotada.
Já na fila, gigantesca, me emocionei ao ver pessoas de todas as idades, incluindo famílias levando seus filhos, todos ansiosos para ver Maverick na telona. Pensava que nunca mais presenciaria isso, já que hoje até o Cinema popular é divisivo, marcado por espetáculos que, ao invés de unificar, promovem discórdia ainda antes de serem lançados, além de serem feitos para grupos específicos, por razões específicas.
Assim que o filme começou, as descrenças se desfizeram. Duas horas e meia de risos em uníssono (quase sempre causados pelo carisma inigualável de Tom Cruise, em uma de suas melhores performances), além de lágrimas que se podia ouvir, inclusive minhas. Não, não estou “acusando” o filme de ser profundo. Não é esse o poder dessa obra. Top Gun: Maverick traz de volta a simplicidade do Cinema popular, a emoção causada por um abraço, um gesto de amizade, uma frase de efeito que seria intrusiva num filme menos sincero, mas que nesse é tão natural quanto a evidente paixão de todos os envolvidos pelo que estão fazendo.
Acima de tudo, há de se reconhecer que Top Gun: Maverick não é um filme sobre patriotismo, militarismo, guerra. É uma história sobre rebeldia. Maverick está beirando os 60, mas seu espírito rebelde se sobrepõe ao de seus pupilos. Sua mensagem, jamais verbalizada, é a de que desobedecer às autoridades muitas vezes é o verdadeiro valor de um guerreiro. Guerreiros são simbólicos, lembrem. O espectador se torna um só com Maverick e seus meninos, quando se entrega à experiência.
Como esperado, Kosinski dirige alguns dos mais impressionantes combates aéreos já vistos no cinema, colocando seus atores literalmente a pilotar os caças. Cria também uma coleção de belas imagens e utiliza espertamente trechos da trilha original de Top Gun, para realçar a emoção. O que foi embora comigo ao sair da sessão, no entanto, foi a simplicidade do fator humano impresso nesse filme. Amizade, companheirismo, sacrifício em prol do outro, compaixão, respeito. Numa época em que a cultura popular parece sempre precisar de ironia, criticismo e pessimismo, essa deliciosa produção de Tom Cruise (que cuidou minuciosamente de cada detalhe), se dedica a despertar os instintos mais básicos e puros do ser humano.
Fé no Cinema popular restaurada.
Amor por Tom Cruise? Esse é tão intocável quanto seu impagável Maverick.
Eu: Olha que imagem fofa do novo filme do Sonic! O broder: Pera aí, cara, essa imagem não é do filme, é dos brinquedos da marca Sonic! Eu: Verdade, o filme não é um boneco, é o comercial dos bonecos! Foi mal, me enganei. MANO: a quantidade de constrangimento e vontade de desistir de ver filmes que passei nessa sessão só não se compara à vontade de morrer que senti ao ver a nova versão de O Massacre da Serra Elétrica. Não, Sonic 2 não é tão inútil quanto o anterior, mas caso você esteja se iludindo de que verá uma adaptação digna e gloriosa do jogo que marcou nossas vidas... POUPE-SE, caro nerdzinho dos anos 90. O que te espera é um festival de piadinhas de cunho sexual (SIM!!), Jim Carrey sendo o amor platônico de um de seus capangas... e jogando charme pro cara (com direito a Norah Jones cantand "I waited till I saw the sun, don't know why I didn't CUM...), uma subtrama patética de humor barato que parece tentar copiar as comédias de Penelope Spheeris... mas não vale o chulé de Família Buscapé, nem Quanto Mais Idiota Melhor, tampouco Os Batutinhas... e por aí vai. A primeira metade foi uma verdadeira tortura para mim, primeiro pelos motivos citados, depois por ter tudo menos... Sonic - The Hedgehog. Pra vocês terem uma ideia, a coisa mais interessante a acontecer antes de o filme completar uma hora de duração é o uso do clássico do hard rock Barracuda, das fodonas do Heart, que toca durate 10 segundos numa cena de confusão de casamento... Oi? O único segmento digno, que coloca esse filme acima do anterior, é o que se passa no Templo das Esmeraldas. Alí eu me empolguei por alguns minutos, com Sonic, Tales, Knuckles e Robotnick vivendo uma aventura fantasiosa, cheia de armadilhas e perigos absurdos. Ali eu vi Sonic. E foi muito legal... Até que o diretor WHO resolveu brincar de Michael Bay, num clímax esquizofrênico em área urbana, com todos os humanos inúteis fazendo suas inutilidades, enquanto Sonic e seus amiguinhos ensinam lições de moral para as crianças da plateia, todas verbalizadas, já que os roteiristas e o diretor são incapazes de contrar uma história através das imagens. Cinema, lembram? Já que falei das crianças, um aviso importante: se você tem filhos pequenos, não os leve ver esse anúncio publicitário de duas horas de duração.... a menos que queira gastar uma fortuna em produtos da marca Sonic, esses sim muito bem representados nesse espertíssimo intervalo comercial.
Seria massa ter um monte de coisa boa pra falar desse novo filme do Sonic, mas tenho umas 3 ou 4, ou seja: evoluiu após aquela inutilidade completa que foi o anterior... 😈
Jason e sua mamãe Pamela, em alguma Sexta Feira 13 como hoje.
Preconceituosos desmerecem, escarnecem, falam muito apesar de nada terem a dizer...
Mas Sexta Feira 13 não é um marco da cultura popular há 42 anos à toa. É uma mitologia simples, folclórica, "poética" (como definiu um dos convidados da essencial série documental Eli Roth's History Of Horror) sobre um monstro criado pela crueldade e negligência de uma sociedade punitiva ao inadequado, ao diferente... e sobre uma mãe em luto eterno pela perda do filho, causada por pura negligência dos que deviam cuidar do garoto, após anos de bullying e exclusão por conta de uma deformidade com a qual nasceu.
Jason é uma criança, mesmo quando surge alto, forte, em forma adulta. Corpo e mente estão mortos, mas ele age por instinto, sem qualquer intenção além de retribuir os esforços da amada mãe por dar a ele a justiça poética, tardia, que nem em vida ele chegou a ter um dia. Sua maldição é passar a eternidade matando quem surgir pela frente, todos culpados por sua morte precoce, bem como pela morte de sua mãe desesperada por justiça.
A expectativa era alta, mas nada me preparou para a experiência que foi assistir a O Homem do Norte, novo trabalho do já icônico Robert Eggers numa sala de Cinema.
A abertura já arrebata, mostrando que o diretor não estava afim de brincar. Em menos de cinco minutos, todos os elementos técnicos e narrativos de seu filme já haviam convergido para me sugar e me atirar ao completo caos da mais pura barbárie humana, combinado ao fascinante misticismo, por vezes perverso, da mitologia nórdica. Daí em diante, Eggers manipula minuciosamente a linguagem cinematográfica em prol da materialização em tela de um pesadelo belo, sedutor, que extrai essas qualidades da violência, da injustiça, da exploração, da obscenidade da guerra, da escravidão e da miséria. É quase uma revisão de toda a história da humanidade através da reinterpretação de um mito milenar, milhares de vezes recontado em outros contextos e épocas, mas que dessa vez só cabe na segunda década do século XXI.
Os deleites são infinitos: os corpos nus de Anya Taylor Joy e Alexander Skarsgard amando-se à luz da lua, a neve, o vento, o sol e a lava incandecente de um vulcão representando o estado mental e espiritual dos personagens (Kurosawa/Ford/Lucas), drama familiar, incesto, traição, mentira, assassinato (Teatro Grego, Shakespeare), o fardo da masculinidade em meio à barbárie da civilização (Homero), reinterpretação dos arquétipos da Jornada do Heroi segundo Joseph Campbell, Björk no papel mais Björk possível, Nicole Kidman mostrando que ainda tem muito a oferecer, Willen Dafoe, ensandecido como queremos vê-lo, cenas de batalha e luta completamente críveis, paupáveis, e...
Um clímax catártico, poderoso, que culmina no epílogo poético - porém não heroico, tampouco redentor - que se espera de um grande conto mítico.
Robert Eggers reforça seu talento incomum para reinterpretar antigas lendas e mitologias, mas finca de uma só vez o pé na terra dos verdadeiros iconoclastas.
Cinema puro.
Kurosawa deve estar aplaudindo, onde quer que esteja.
Se eu não soubesse que o diretor era Sam Raimi, terminaria pensando ter assistido a um filme dirigido por Sméagol/Gollum, ou por Norman/Norma Bates. Ao mesmo tempo em que cumpre o protocolo obrigatório de um filme no MCU, ao incluir a cada três minutos algum detalhe planejado para arrancar gritos da plateia, Raimi homenageia a si mesmo de diversas maneiras, como na cena do ataque de um monstro que alude aos clássicos efeitos stop motion de Ray Harryhausen, ostensivamente homenageado por ele em seus antigos filmes. Outro momento, o primeiro grande embate contra a Feiticeira Escarlate, parece diretamente saído de Army Of Darkness, um de seus trabalhos mais cultuados. Em algumas cenas, Raimi retoma timidamente a linguagem visual e narrativa de desenho animado que caracterizou sua clássica saga Evil Dead e os bárbaros Darkman e Drag Me To Hell, porém substituindo a paupabilidade e o evidente esmero criativo dos efeitos práticos pelo habitual festival de pixels da Marvel.
Como o heroi de seu filme, Raimi parece estar lutando internamente contra si mesmo, berrando:
"Tá, eu tô cumprindo ordens, mas olha isso aqui ó que eu fiz quando era um artista anárquico, independente, completamente autoral e de liberdade criativa irrestrita."
A mim serviu apenas para lembrar de como tudo o que ele se orgulha de nos lembrar que criou é muito melhor do que isso aqui.
#DoctorStrange #SamRaimi #Cinema #Marvel
ps: a cena de que mais gostei foi justo a participação de Bruce Campbell, o Ash de Evil Dead, que aparece socando a própria cara como fazia em... Evil Dead 2. Tá vendo?
Ps 2: ver o teaser de Avatar 2 - O Caminho da Água em 3D fez valer a sessão.
A problemática de Um Dia de Fúria é intrigante, pois mesmo com o protagonista partindo para o extremismo, na tentativa de externar sua raiva, não dá para não se identificar com os estopins de sua indignação. Todo o mundo tem vontade de explodir às vezes e isso é um reflexo de tudo o que nos envolve. Quem não se sente enganado pelo governo, a publicidade, a mídia (ou mídias)? Cenas como a de Michael Douglas enfurecido, exigindo um sanduíche igual ao da foto, numa lanchonete que faz clara alusão ao McDonald's, me fazem rir e pensar. O filme é uma crônica dos aspectos socioculturais dos Estados Unidos da América - incluindo o preconceito racial e as ideologias extremistas condenadas, mas que encontram justificativas em muitas das cartilhas vendidas por lá - mas é perfeitamente assimilável por nós, principalmente no momento em que vivemos, com a cultura dominante se homogeneizando cada vez mais. O país em que Bill, o personagem de Douglas nasceu, colocou armas em suas mãos, depois lhe ensinou e deu motivos para utilizá-las. Como pode, então, esse mesmo país se eximir da responsabilidade pela violência que ele acaba promovendo? Bill não é brasileiro. Mas poderia perfeitamente ser. #UmDiaDeFuria #MichaelDouglas #JoelSchumacher #Cinema #Anos90 #Sociologia
Um dos filmes mais hilários que vi em toda a minha vida. JURO, eu CHOREI de rir no cinema, acompanhado de uma amiga.
Quando achava que meu abdomen teria algum descanso, veio aquela resolução PATÉTICA, que faz jus à frase "O sangue de Jesus tem poder" de maneira tão cafona e anacrônica que me deu pena das pessoas que estavam fazendo "ais" e "uis" de medinho por conta dessa quase porcaria.
Explico meu quase: o filme tem um belíssimo design de produção, uma boa ambientação gótica (especialmente no início, antes de submergir no grotesco) e um ótimo elenco. Só.
A freira do título já era ridícula no trailer e nos posters, no filme só quem acha que conhece o cinema de terror por ter visto todos os filmes que fizeram sucesso terá razões para temê-la.
Quanto à moral... bem, que na segunda década do século XXI ainda exista gente que acredita ser Jesus a solução para os males do mundo faz-me desejar que um gigantesco exército de freiras fantasmas ataque a humanidade, fazendo com que todos nós morramos de tanto rir.
É melhor do que morrer enforcado ou queimado por se opor à bondade cristã,não é?
Uma de minhas preciosidades mais queridas é a edição em DVD de Grease, que vinha dentro de uma jaquetinha dos T Birds, o grupo de maçhões manés liderado pelo personagem de John Travolta. Felizmente, esse item não entrou na categoria "emprestei e nunca mais vi", como tantos outros em minha coleção... ps: não me surpreendeu que Grease tenha sido mais uma obra vítima da "cultura do cancelamento", com seres exigindo o banimento do filme, por conta de conteúdos inadequados à moral dos dias de hoje. Coisa de quem não sabe a importância da contextualização e não entende que toda obra é um registro de uma época. Banir qualquer obra, por qualquer motivo, é apagar a História e impedir as novas gerações de entenderem como o mundo era e como mudou. É perigoso por muitas razões. Além disso, se alguém é incapaz de sorrir ao ver Olivia Newton John e John Travolta dançando e cantando algumas das mais deliciosas canções pop já criadas, tudo o que sinto é pena. #grease #johntravolta #olivianewtonjohn #musicais #filmes #cinema
Minha mãe acaba de enviar um áudio para mostrar que estava ouvindo Girl, You'll Be A Woman Soon, do Urge Overkill, a deliciosa canção que embala a cena mais icônica de Pulp Fiction, do já lendário Quentin Tarantino. Dando uma olhada na contracapa já dá para lembrar, pelos títulos das músicas, de como Tarantino é flexível e eclético em suas referências. Todo e qualquer filme de Tarantino tem como tema principal o próprio Cinema e se constrói inteiramente a partir de referências e até reproduções literais de cenas e detalhes dos filmes que o marcaram (e ele se orgulha de dizer que sua formação como cineasta se deu através das videolocadoras, já que nunca estudou formalmente), mas a música é fundamental em seu trabalho. E, como disse, é flexível, ele inclui em seus fimes toda e qualquer música que quiser (mesmo que precise ressignificá-la) , sem se preocupar com as "regras" de como deveriam ser utilizadas. Uma das experiências mais marcantes que vivi em Hollywood foi ver Quentin Tarantino filmando o sensacional Era Uma Vez em Hollywood, na Hollywood Boulevard: ele trabalhava com um constante sorriso no rosto. O que ele faz em seu trabalho é declarar seu amor ao Cinema e à Música, algo perceptível em seus filmes... e nas trilhas sonoras que seleciona, como a presente nesse precioso disquinho. #quentintarantino #pulpfiction #hollywood #cinema #filmes #90s #anos90
Da época em que o cinema brasileiro era bom. 🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣 MANO, esse filme é uma pérola do início ao fim, mas acreditem: o casal SuplAngelica é extremamente carismático. Bem que ela podia ter casado com ele na vida real e não com o Luciano Truque. O mundo seria um lugar melhor! 🤣👊🤘 ps: desculpa se eu tenho esse clássico trash em VHS e você NÃO ps2: a cena em que a Angelica vai se meter a jogar futebol e cai de cara no chão é ÉPICA! #UmaEscolaAtrapalhada #Supla #Angelica Um filme desse bixo! ❤
Saudades do filme Corra, Lola, Corra, sobre uma porca de cabelo vermelho que ficou um mês sem lavar a juba e ainda passa o filme inteiro correndo e suando, pense o cheiro dessa imunda! Simanka sua relaxada, vá passar Juvena Ovo nesse mafagafo, você não é o Mufasa sua creyssah! Reviravolta: esse é apenas um trecho de um texto de um antigo blog de humor que tive (alguém lembra da Moranguinhu Sinéfila?). Corra, Lola, Corra é um marco do cinema pop dos 2000s... e Franca Potente é DIVA. #runlolarun #corralolacorra #filmes #cinema #anos2000
Minha mãe acaba de entrar no quarto bem na hora em que eu estava me DESCABELANDO de chorar com o final de Snowden, de Oliver Stone. Que filme. Que figura importante. Mais palavras? As terei após me recompor dessa surra. #Snowden #EdwardSnowden #OliverStone #Cinema
O original é um clássico eterno (e quem nega não sabe p*rr* nenhuma de nada). O remake sequer parece ter existido. #FreddyKrueger #WesCraven #FilmesDeTerror #Terror #Cinema
Top Gun: Maverick
4.1 1,1K Assista AgoraRidícula a politização despolitizada de um filme completamente inocente e positivo como Top Gun: Maverick.
Machista é Crepúsculo, Um Amor Para Recordar (esse eu tenho pena de mulher que gosta), 50 Tons de Cinza e afins.
Top Gun: Maverick é um filme sobre amizade, companheirismo, respeito, compaixão entre homens, mas que conta com duas maravilhosas personagens femininas, que jamais são subjugadas durante a trama.
Daqui a pouco vai ter idiota querendo "cancelar" (que termo patético...) Conta Comigo por ser uma história sobre garotos.
Podiam se importar um pouco mais com os problemas reais, né? Como por exemplo a ascenção implacável da censura de obras clássicas e até de documentos históricos, justificada adivinha através do quê?
Da maldita cultura do cancelamento, ardilosamente disfarçada de progressismo.
MELHOREM
Os Goonies
4.1 1,3K Assista AgoraDe quando o grande filme das férias podia ser uma aventura singela, simples, onde o que importava era a amizade, o companheirismo, o aprendizado e, acima de tudo, a imaginação.
Os Goonies, de Richard Donner é um filme perfeito, de acordo com suas modestas ambições.
E ainda tem Cyndi Lauper cantando a canção tema.
Não há o que pague.
#TheGoonies
O Predador
3.8 819 Assista Agora35 anos de Predador, de John McTiernan
John McTiernan é um nome que me vem imediatamente à cabeça quando penso em ação. Penso que é preciso ser algo preconceituoso ou mesmo avesso ao gênero para negar a qualidade de alguns de seus filmes. Seu Predador (Predator), com Arnold Schwarzenegger, é um grande exemplo de filme de ação onde nada falta, nem sobra. Dentro do gênero, Predador é o extremo oposto das tranqueiras da época, como o hoje cultuado Comando para Matar (Commando), também com Schwarzie, que não passa de uma palhaçada divertida, mas sem qualquer valor cinematográfico.
Contrariando a lógica da época, o personagem de Schwarzie em Predador, embora seja obviamente um brutamontes, sofre, pensa, sente medo, remorso, dor. Há um curioso paralelo entre o herói e o monstro, elemento fundamental para a eficácia do filme. Conforme o conflito esquenta, eles se igualam e abandonam gradativamente as armas tecnológicas, chegando a momentos emblemáticos como quando o protagonista utiliza a camuflagem como proteção – método principal do Predador –, o uso de flechas e armadilhas artesanais no final, após toda a destruição causada pelo aparato militar, ou quando o monstro se livra de sua armadura para sair no braço com o marombeiro. Além da humanização do herói, McTiernan sugere o tempo todo que talvez o grande predador da história não seja exatamente o alienígena, o que torna o filme muito mais impactante.
#Predador #Cinema #PopCulture
Publicado originalmente em meu livro O Filme Nosso de Cada Dia
E.T.: O Extraterrestre
3.9 1,4K Assista Agora40 anos de E.T. - O Extraterrestre, de Steven Spielberg
Sua escolha por filmar com a câmera sempre à altura dos olhos de uma criança é uma das chaves do encanto do filme. Ele nos força a enxergar o mundo com olhos infantis, participando das descobertas daqueles pequeninos com uma proximidade raramente alcançada no cinema. Os cenários e os personagens adultos sempre surgem grandes, já que são filmados de baixo.
As cenas em que vemos o ponto de vista do E.T. reforçam esse clima de descoberta já que, assim como Elliot, ele também é um ser inocente lidando com grandes novidades. Notem que o único adulto a sempre mostrar o rosto durante o filme é a mãe de Elliot, que é, afinal, seu porto seguro. Todos os demais estão sempre de costas, ou com a cabeça fora de quadro, ou mesmo envoltos em névoa e escuridão, deixando claro o quanto são ameaçadores e misteriosos aos olhos das crianças e do E.T. Numa das cenas mais importantes para o desenvolvimento do protagonista, a morte do E.T. no hospital, o personagem de Peter Coyote mostra o rosto pela primeira vez. É justamente o momento em que Elliot muda de ideia a respeito dele, passando a considerá-lo uma pessoa “não tão ruim assim”. Ou seja, ele aprendeu a enxergá-lo, e é por isso que nós também ganhamos o direito de vê-lo.
O aprendizado, aliás, é o assunto principal de E.T., como fica claro na antológica despedida no final. Elliot suplica para que o E.T. permaneça na terra, mas o monstrinho coloca o dedo em sua testa e diz “Estarei bem aqui”, enquanto o dedo acende, eternizando aquele momento na memória do menino. Ali Elliot conquista a sabedoria necessária para aceitar que as pessoas que ama nem sempre estarão fisicamente presentes, mas podem continuar próximas através da memória, o que cria uma linda resolução para a subtrama envolvendo seu pai, que abandonou a família. Então, no plano final, Elliot aparece pela primeira vez filmado de baixo, ou seja, agora que aprendeu a dizer adeus, ele também é grande.Tudo isso ao som da mais apoteótica composição de John Williams, completando um filme onde cada mínimo detalhe tem uma função. E ainda tem quem encha a boca pra dizer que o cinema blockbuster sempre foi “a mesma coisa”. Para mim, nenhum filme da categoria produzido nos últimos anos se compara à obra-prima de Steven Spielberg.
Texto originalmente publicado em meu livro O Filme Nosso de Cada Dia
#ET #Spielberg #Cinema
Poltergeist: O Fenômeno
3.5 1,1K Assista AgoraOntem foi o aniversário de 40 anos do maravilhoso Poltergeist, da lenda Tobe Hooper, com claras interferências do também lendário (por razões diametralmente opostas) Steven Spielberg. Assisti a esse clássico pela primeira vez através da TV a cabo, em 1999. Foi um dos poucos filmes que lembro de terem me deixado completamente atordoado ao assistir. Curiosamente, foi pouco tempo depois de ter sofrido um ataque de riso histórico numa sessão de A Casa Amaldiçoada, de Jan de Bont, que vi no cinema com amigos. Contei essa história em meu livro O Filme Nosso de Cada Dia, num texto em que comparo as duas obras em suas abordagens e resultados.
Assim como os principais filmes de horror dos anos 80, Poltergeist é uma clara, embora nem sempre escancarada, sátira sociocultural da Era Reagan, símbolo da ascenção implacável do conservadorismo em meio a políticas neoliberais. O filme já abre com o hino nacional dos Estados Unidos da América tocando, com o som saindo da mesma televisão que servirá de portal para que uma terrível maldição acometa a casa da família Freeling (foco no nome!). Implacáveis, os fantasmas escolhem seduzir a criatura mais pura e facilmente manipulável da família: a adorável garotinha Carol Anne, que acaba sendo aprisionada "dentro da televisão".
Se esse resumo não é suficiente para convencer a alguém da furiosa conotação política do filme, os detalhes que a evidenciam estão por toda a parte. O estilo de vida fortemente baseado em consumo, o pai lendo um livro cujo título é "Reagan - O Homem que Salvará a América", a mãe de família sexy, empoderada, que se permite fumar maconha dentro de casa, mas esconde rapidamente o baseadinho quando alguém a pega em flagrante cometendo o pequeno delito. A pergunta é: a que custo a classe média norte americana conquistou essas simbólicas liberdades?
A resposta está no filme. Revela-se, a certo ponto, que as casas perfeitas, das famílias perfeitas do subúrbio americano perfeito, foram literalmente construídas em cima de um cemitério. Os construtores removeram as lápides, mas deixaram os caixões. A cena em que os caixões começam a emergir, arrebentando o assoalho e abrindo-se para revelar os esqueletos dos verdadeiros donos daquela casa me apavorou quando tinha 12 anos, mas hoje me apavora de outra maneira. Ela simboliza de maneira incomumente cortante o fato de que os luxos de que gozamos muitas vezes são obtidos às custas do desprezo, do descaso, da completa desvalorização da vida humana.
Reagan. Conservadorismo. Neoliberalismo.
Atual, não?
E o epílogo? A televisão é finalmente descartada, completando as teses levantadas. Essa parte deixo em aberto, para quem tiver interesse em refletir.
A quem não estiver interessado em nada disso, não há problema: Poltergeist permanece engraçado, sinistro, frenético e assustador.
Que filme!
#Poltergeist #FilmesdeTerror #Cinema
Enchente: Quem Salvará Nossos Filhos?
3.2 438Emoção: o clássico das tardes na TV nos anos 90 "Enchente - Quem Salvará Nossos Filhos está no YT completinho e com aquela dublagem original de novela mexicana intacta!
MANO, o tanto que eu sofria com esse filme!
O molequinho tentando salvar os colegas, o menino com asma passando mal no meio da tragédia, o pai de família dizendo:
"Brenda... nossas filhas..."
Ai!!!
E a hora que a mulher saía correndo berrando descompensada:
MINHA FILHA MÓRRÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!!!!!!!!!!!
Esse era um tempo bom em que a nossa atenção era segurada durante a tarde inteira com histórias simples, modestas e humanas.
Saudades
#Anos90
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraNunca houve “Star Wars” sem política, religião e ideologia. A fantasia criada por George Lucas é tão absorvedora que obviamente resulta escapista quando nos entregamos a ela. No entanto, analisando atentamente, não se trata de uma fuga da realidade. Como toda fantasia que se preze, é também um meio para nos reconectarmos ao mundo real, através de representações simbólicas de elementos do nosso cotidiano. Às vezes a realidade representada metaforicamente é até mais palpável e perceptível.
Tomemos como exemplo o K2SO de “Rogue One“. O robô, interpretado por Alan Tudyk, traz consigo um tema importante: é um escravo, além de sofrer preconceito por ser robô. Uma das ambiguidades da trilogia original era o fato de que R2D2 e C3PO eram escravos programados para servir a seus mestres, que por acaso eram os heróis da história. Vale lembrar que Anakin Skywalker e sua mãe, Shmi, também eram escravos, mas os Jedi decidiram libertar apenas o garoto, o que cria diversas possibilidades conflituosas em relação à moralidade dos guerreiros. Há também a famosa cena de “Uma Nova Esperança” em que, além dos robôs, Chewbacca é o único a não receber uma medalha. “Nada contra os Wookies, até tenho amigos que são”, não é mesmo?
Muitos personagens de Star Wars foram criados para emular figuras históricas. Em Rogue One temos exemplos como Saw Guerrera, interpretado por Forest Whitaker. O personagem foi evidentemente inspirado em Che Guevara, desde a fonética do nome, passando pelas crises de asma e chegando às convicções. Fervoroso em seu desejo de revolução, é visto como radical pelos membros da Aliança Rebelde. No entanto, é o responsável por despertar a chama rebelde na heroína Jyn Erso, que contraria a Aliança e lidera sua própria missão suicida contra o Império. Portanto, Che Gueva… oops! Saw Guerrera é parte fundamental da ação que culminou na destruição da Estrela da Morte.
O poder feminino é outro tema fartamente explorado pelo filme, mas não se trata de uma novidade na saga. Como observou a produtora Kathleen Kennedy, a Princesa Leia representou uma ruptura em 1977: uma anti-donzela, que salvava os heróis, portava uma arma e tomava decisões importantes. Apesar de caidinha pelo anti-herói Han Solo, falava “na cara” o quanto ele era babaca. Além de representar o legado de Leia como mulher forte, Jyn Erso traz uma mensagem anticonformismo. Quando perguntada se “quer viver debaixo de bandeiras do Império“, responde que “é só não olhar para cima”, mas depois muda de ideia, conforme a ideologia rebelde se desenvolve em seu pensamento.
Já Chirrut, personagem de Donnie Yen reforça a representação da Força como religião. Não é Jedi, já que vive em condições marginalizadas (outra ambiguidade, a seletividade meio suspeita dos Jedi), mas sua fé na Força o faz acreditar que vale a pena lutar pelo que acredita. A cegueira adiciona simbolismo à ideia de fé. Seria a Força realmente libertadora ou estaria essa ideia cegando Chirrut a respeito da realidade? Não fica claro, por exemplo, se um de seus feitos aconteceu porque a Força interferiu ou porque sua fé o fez ter a coragem necessária. Seu mantra “sou um com a Força e a Força está comigo” reforça a inspiração em crenças pré-cristãs, algo que sempre foi evidente em relação ao conceito, mas explorado com profundidade inédita em “Rogue One”.
Mas nenhum elemento situa o filme no contexto histórico atual com mais ressonância que os vilões. O Império Galático, liderado por Darth Vader, é um símbolo de intolerância. Alienígenas, androides e mulheres não ocupam cargos elevados. Os membros são todos brancos – antigos personagens negros como Lando Calrissian e Mace Windu jamais se aliaram ao Império – lutando contra opositores multirraciais, liderados por uma mulher, evidenciando a intenção de servir como alegoria da era Trump. Vale lembrar que “Uma Nova Esperança” tinha muito da Guerra do Vietnã (o Império representava os Estados Unidos) e a trilogia dos anos 2000 trazia referências à política bélica de George W. Bush, além da concretização de um golpe de estado. Duvida? Procure entrevistas dadas pelo criador, George Lucas, ou simplesmente preste atenção aos filmes.
A Princesa Leia é outro personagem bastante evocativo, e não apenas por sua representatividade enquanto mulher. Foi presa e torturada por ser membro de um grupo de resistência radical ao totalitário Império Galático. Depois de ajudar a destruir uma estação espacial capaz de detonar planetas inteiros, passou a ser lembrada como criminosa por seus opositores, como fica claro em um diálogo entre Kylo Ren e Rey em “O Despertar da Força”. Sua trajetória lembra a de diversas figuras políticas, que lutaram contra ditaduras e passaram a ser chamadas de terroristas pelos saudosos desses regimes.
Entre os novos personagens, o que me parece o mais significativo é o rebelde Cassian Andor. Outro representante da diversidade, o personagem do ator mexicano Diego Luna traz uma questão que justifica a existência do filme. Ele nos lembra de que, por trás dos feitos de reis e guerreiros que estampam os livros de História, existem pessoas comuns que se sacrificam pelo bem do coletivo, mas que não são lembradas. Agora, quando assistimos ao início de “Uma Nova Esperança”, há um significado mais dramático para a frase “muitos morreram para trazer essa informação”.
Publicado originalmente em meu blog Anarco Marciano, no Wordpress
Jurassic World: Domínio
2.8 548 Assista AgoraVou tentar fazer um resumão da sessão de pré-estréia de Jurassic World: Domínio, que vi hoje.
Os amados Laura Dern, Sam Neill e Jeff Goldblum retornam em seus clássicos papeis de Jurassic Park. A dinâmica entre eles volta intacta. Goldblum rouba várias cenas novamente, tanto pelo humor peculiar quanto por suas observações filosóficas. Melhor: ao contrário dos antigos personagens de Star Wars, que ressurgem para dizer algumas frases e depois morrem, o trio de ouro do parque dos dinossauros é o centro do novo filme, do início ao fim.
A trama é uma surpresa: bem mais complexa que nos anteriores, incluindo o original. Agora os dinossauros de fato se fundiram à civilização, o que causa imensos problemas, a eles próprios e aos seres humanos. Podia ficar por aí, mas o ótimo Colin Trevorrow (que amo desde que ele chamou a atenção do circuito alternativo com seu simpático Safety Not Guaranteed) fez questão de tornar seu filme em uma obra que serve como espetáculo na mesma medida em que levanta reflexões relevantes.
Em uma das melhores cenas, o personagem de Goldblum provoca seus alunos ao levantar a questão "A energia atômica foi criada com bons propósitos, mas acabou resutando na bomba atômica." O filme trata de mostrar como os avanços científicos que poderiam salvar a humanidade e o planeta acabam por servir de alimento para a ganância dos inescrupulosos, no caso, uma corporação que finge estar preocupada em curar doenças a partir do estudo dos dinossauros, mas cuja megalomania está a ponto de causar a extinção da humanidade. "Você sabe que isso vai acontecer, mas você não vai parar", Goldblum declara a um dos vilões. Tráfico de dinossauros, churrasco de dinossauros, rinhas de dinossauros. Todos os abusos mostrados no filme simbolizam práticas presentes no cotidiano contemporâneo. Os dinos subjugados, os seres humanos ameaçados a morrer de fome, a Terra em risco de dizimação, tudo por conta do poder corporativo que se coloca acima de qualquer lei.
E os dinos? Lindos, gigantescos, pesados. Esse filme traz mais espécies de dinossauros que qualquer outro já feito e Trevorrow dirige no mínimo uma dúzia de cenas de ação eletrizantes e inventivas. A que se passa nas ruas e telhados de Malta é uma das mais complexas e empolgantes do Cinema pop dos últimos anos. Há também duas ou três cenas de grande beleza visual e temática, especialmente o epílogo, que encerra o filme numa imagem que faz eco com a conclusão humanista de Jurassic Park, porém com uma mensagem mais contemporânea.
Então o filme é perfeito, certo? Não. O clímax desperdiça a oportunidade de criar algo verdadeiramente catártico. E o pós sessão passa longe de produzir aquela sensação de que o filme não acabou de verdade, que sinto até hoje ao rever Jurassic Park. Deve ser porque nem todo o mundo é Steven Spielberg, né?
#JurassicWorldDominion #JurassicWorld #JurassicPark #Cinema
Star Wars, Episódio IV: Uma Nova Esperança
4.3 1,2K Assista AgoraNa data de 25 de Maio, celebra-se o Dia do Orgulho Nerd.
A quem não compreende, vamos lembrar de algumas coisas:
1. A data escolhida é simbólica: 25 de Maio foi o dia em que Guerra nas Estrelas (hoje universalmente conhecido como Star Wars) estreou nos cinemas, vindo a consolidar de vez a cultura Nerd.
2. A cultura Nerd não tem nada a ver com consumismo. Quem a transformou nisso foi o capitalismo, como fez com todo e qualquer fenômeno cultural de que decidiu se apropriar. O Nerd coleciona bens culturais por extremo interesse nas possibilidades filosóficas, sociológicas, psicológicas, políticas e artísticas que brotam deles.
3. O Nerd foi durante décadas uma figura estigmatizada, um grupo notoriamente vitimado por bullying, violência, exclusão e hostilidade social. O próprio retrato do Nerd em filmes e seriados frequentemente o associou a incapacidade e ao não merecimento de qualquer consideração. Até em dicionários a palavra Nerd/Geek tem em seus verbetes termos como "entediante" e "bobo", ainda hoje.
4. O Geek Pride Day de hoje é especial, pois marca o aniversário de 45 anos (!!!) de Star Wars. Durou, hein?
5. Quem transformou Star Wars no que é foi o Nerd, não o contrário. Até os bonecos derivados do filme só vieram a ser criados por demanda da molecada, ao contrário do que acredita quem não conhece as dezenas de materiais documentais sobre o assunto. Tem no YouTube, confere lá se for de seu interesse. Os Nerds queriam manter por perto de alguma maneira as histórias e os personagens que tanto os fascinavam.
Vamos celebrar, discutir, nos divertir....
mas vamos ao menos hoje relembrar e respeitar a História do Nerd.
Esse bando de preciosinhos!
COWABUNGA!
🙌
#GeekPrideDay #DiaDoOrgulhoNerd #Nerd
Lado a Lado
3.9 625 Assista AgoraUm filme extremamente tradicional na maneira como foi escrito e realizado, sob direção do especialista em filmes familiares Chris Columbus. O resultado, no entanto, beira a perfeição dentro de suas modestas ambições.
E o elenco? Tem Jenna Malone e Ed Harris sendo os coadjuvantes que amamos, como sempre. Agora, o duelo de divas entre Susan Sarandon e Julia Roberts é francamente impagável, com a dupla interpretando duas mulheres irremediavelmente incompatíveis e ainda assim impossíveis de separar.
Formulaico? Sim, e daí? Se a fórmula é aplicada à perfeição?
Uma tragédia anunciada acaba por reatar antigos laços e tecer novos, num filme que arranca do público rios de lágrimas, tanto por tristeza quanto por felicidade.
Esse é Lado a Lado, grande sucesso do final dos gloriosos anos 90.
Simplesmente inesquecível.
#LadoaLado #JuliaRoberts #Cinema #Anos90
Top Gun: Maverick
4.1 1,1K Assista AgoraQuando a continuação tardia do icônico Top Gun foi anunciada, fiquei indiferente. Não, eu não tenho qualquer problema com o filme de Tony Scott: possuo duas edições do LP da sensacional trilha sonora, além de uma cópia do filme em DVD. Compreendo a influência daquele filme na estética de virtualmente todo o cinema de ação feito desde então, além da publicidade, do videoclipe e da cultura pop. A quantidade de citações a Top Gun em seriados, filmes, anúncios publicitários, games e videoclipes é imensurável. Ainda assim, me questionei: pra quê?
Então anunciaram que o diretor seria Joseph Kosinski, o que ao menos me deixou curioso pela construção estética do filme, já que Kosisnki dirigiu o cult instantâneo Tron: Legacy, uma das maiores experiências sensoriais que vivi numa sala de cinema. Ainda não me parecia suficiente. Numa época tão conturbada, política e socialmente, com tanta polarização, tanta guerra generalizada e íntima, um filme sobre uma academia de pilotos de caças faria algum sentido?
Aí veio a pré-estreia do filme, que presenciei ontem numa sala lotada.
Já na fila, gigantesca, me emocionei ao ver pessoas de todas as idades, incluindo famílias levando seus filhos, todos ansiosos para ver Maverick na telona. Pensava que nunca mais presenciaria isso, já que hoje até o Cinema popular é divisivo, marcado por espetáculos que, ao invés de unificar, promovem discórdia ainda antes de serem lançados, além de serem feitos para grupos específicos, por razões específicas.
Assim que o filme começou, as descrenças se desfizeram. Duas horas e meia de risos em uníssono (quase sempre causados pelo carisma inigualável de Tom Cruise, em uma de suas melhores performances), além de lágrimas que se podia ouvir, inclusive minhas. Não, não estou “acusando” o filme de ser profundo. Não é esse o poder dessa obra. Top Gun: Maverick traz de volta a simplicidade do Cinema popular, a emoção causada por um abraço, um gesto de amizade, uma frase de efeito que seria intrusiva num filme menos sincero, mas que nesse é tão natural quanto a evidente paixão de todos os envolvidos pelo que estão fazendo.
Acima de tudo, há de se reconhecer que Top Gun: Maverick não é um filme sobre patriotismo, militarismo, guerra. É uma história sobre rebeldia. Maverick está beirando os 60, mas seu espírito rebelde se sobrepõe ao de seus pupilos. Sua mensagem, jamais verbalizada, é a de que desobedecer às autoridades muitas vezes é o verdadeiro valor de um guerreiro. Guerreiros são simbólicos, lembrem. O espectador se torna um só com Maverick e seus meninos, quando se entrega à experiência.
Como esperado, Kosinski dirige alguns dos mais impressionantes combates aéreos já vistos no cinema, colocando seus atores literalmente a pilotar os caças. Cria também uma coleção de belas imagens e utiliza espertamente trechos da trilha original de Top Gun, para realçar a emoção. O que foi embora comigo ao sair da sessão, no entanto, foi a simplicidade do fator humano impresso nesse filme. Amizade, companheirismo, sacrifício em prol do outro, compaixão, respeito. Numa época em que a cultura popular parece sempre precisar de ironia, criticismo e pessimismo, essa deliciosa produção de Tom Cruise (que cuidou minuciosamente de cada detalhe), se dedica a despertar os instintos mais básicos e puros do ser humano.
Fé no Cinema popular restaurada.
Amor por Tom Cruise? Esse é tão intocável quanto seu impagável Maverick.
Sonic 2: O Filme
3.4 269 Assista AgoraEu:
Olha que imagem fofa do novo filme do Sonic!
O broder:
Pera aí, cara, essa imagem não é do filme, é dos brinquedos da marca Sonic!
Eu:
Verdade, o filme não é um boneco, é o comercial dos bonecos! Foi mal, me enganei.
MANO: a quantidade de constrangimento e vontade de desistir de ver filmes que passei nessa sessão só não se compara à vontade de morrer que senti ao ver a nova versão de O Massacre da Serra Elétrica.
Não, Sonic 2 não é tão inútil quanto o anterior, mas caso você esteja se iludindo de que verá uma adaptação digna e gloriosa do jogo que marcou nossas vidas... POUPE-SE, caro nerdzinho dos anos 90.
O que te espera é um festival de piadinhas de cunho sexual (SIM!!), Jim Carrey sendo o amor platônico de um de seus capangas... e jogando charme pro cara (com direito a Norah Jones cantand "I waited till I saw the sun, don't know why I didn't CUM...), uma subtrama patética de humor barato que parece tentar copiar as comédias de Penelope Spheeris... mas não vale o chulé de Família Buscapé, nem Quanto Mais Idiota Melhor, tampouco Os Batutinhas... e por aí vai.
A primeira metade foi uma verdadeira tortura para mim, primeiro pelos motivos citados, depois por ter tudo menos... Sonic - The Hedgehog. Pra vocês terem uma ideia, a coisa mais interessante a acontecer antes de o filme completar uma hora de duração é o uso do clássico do hard rock Barracuda, das fodonas do Heart, que toca durate 10 segundos numa cena de confusão de casamento... Oi?
O único segmento digno, que coloca esse filme acima do anterior, é o que se passa no Templo das Esmeraldas. Alí eu me empolguei por alguns minutos, com Sonic, Tales, Knuckles e Robotnick vivendo uma aventura fantasiosa, cheia de armadilhas e perigos absurdos. Ali eu vi Sonic. E foi muito legal...
Até que o diretor WHO resolveu brincar de Michael Bay, num clímax esquizofrênico em área urbana, com todos os humanos inúteis fazendo suas inutilidades, enquanto Sonic e seus amiguinhos ensinam lições de moral para as crianças da plateia, todas verbalizadas, já que os roteiristas e o diretor são incapazes de contrar uma história através das imagens.
Cinema, lembram?
Já que falei das crianças, um aviso importante: se você tem filhos pequenos, não os leve ver esse anúncio publicitário de duas horas de duração.... a menos que queira gastar uma fortuna em produtos da marca Sonic, esses sim muito bem representados nesse espertíssimo intervalo comercial.
Sonic 2: O Filme
3.4 269 Assista AgoraSeria massa ter um monte de coisa boa pra falar desse novo filme do Sonic, mas tenho umas 3 ou 4, ou seja: evoluiu após aquela inutilidade completa que foi o anterior...
😈
Sexta-Feira 13
3.4 778 Assista AgoraJason e sua mamãe Pamela, em alguma Sexta Feira 13 como hoje.
Preconceituosos desmerecem, escarnecem, falam muito apesar de nada terem a dizer...
Mas Sexta Feira 13 não é um marco da cultura popular há 42 anos à toa. É uma mitologia simples, folclórica, "poética" (como definiu um dos convidados da essencial série documental Eli Roth's History Of Horror) sobre um monstro criado pela crueldade e negligência de uma sociedade punitiva ao inadequado, ao diferente... e sobre uma mãe em luto eterno pela perda do filho, causada por pura negligência dos que deviam cuidar do garoto, após anos de bullying e exclusão por conta de uma deformidade com a qual nasceu.
Jason é uma criança, mesmo quando surge alto, forte, em forma adulta. Corpo e mente estão mortos, mas ele age por instinto, sem qualquer intenção além de retribuir os esforços da amada mãe por dar a ele a justiça poética, tardia, que nem em vida ele chegou a ter um dia. Sua maldição é passar a eternidade matando quem surgir pela frente, todos culpados por sua morte precoce, bem como pela morte de sua mãe desesperada por justiça.
Cafona? Exagerado? Trash?
Sim, tudo isso, como tem que ser.
Acima de tudo, porém, Sexta Feira 13 é LINDO.
É assim que o vejo.
Sempre foi.
❤️
#SextaFeira13
O Homem do Norte
3.7 945 Assista Agora"O ódio é tudo o que eu conheço."
A expectativa era alta, mas nada me preparou para a experiência que foi assistir a O Homem do Norte, novo trabalho do já icônico Robert Eggers numa sala de Cinema.
A abertura já arrebata, mostrando que o diretor não estava afim de brincar. Em menos de cinco minutos, todos os elementos técnicos e narrativos de seu filme já haviam convergido para me sugar e me atirar ao completo caos da mais pura barbárie humana, combinado ao fascinante misticismo, por vezes perverso, da mitologia nórdica.
Daí em diante, Eggers manipula minuciosamente a linguagem cinematográfica em prol da materialização em tela de um pesadelo belo, sedutor, que extrai essas qualidades da violência, da injustiça, da exploração, da obscenidade da guerra, da escravidão e da miséria. É quase uma revisão de toda a história da humanidade através da reinterpretação de um mito milenar, milhares de vezes recontado em outros contextos e épocas, mas que dessa vez só cabe na segunda década do século XXI.
Os deleites são infinitos: os corpos nus de Anya Taylor Joy e Alexander Skarsgard amando-se à luz da lua, a neve, o vento, o sol e a lava incandecente de um vulcão representando o estado mental e espiritual dos personagens (Kurosawa/Ford/Lucas), drama familiar, incesto, traição, mentira, assassinato (Teatro Grego, Shakespeare), o fardo da masculinidade em meio à barbárie da civilização (Homero), reinterpretação dos arquétipos da Jornada do Heroi segundo Joseph Campbell, Björk no papel mais Björk possível, Nicole Kidman mostrando que ainda tem muito a oferecer, Willen Dafoe, ensandecido como queremos vê-lo, cenas de batalha e luta completamente críveis, paupáveis, e...
Um clímax catártico, poderoso, que culmina no epílogo poético - porém não heroico, tampouco redentor - que se espera de um grande conto mítico.
Robert Eggers reforça seu talento incomum para reinterpretar antigas lendas e mitologias, mas finca de uma só vez o pé na terra dos verdadeiros iconoclastas.
Cinema puro.
Kurosawa deve estar aplaudindo, onde quer que esteja.
#TheNorthman #OHomemDoNorte #RobertEggers #Cinema
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
3.5 1,2K Assista AgoraPelo amor de Ash Williams!
Que filme esquizofrênico!
Se eu não soubesse que o diretor era Sam Raimi, terminaria pensando ter assistido a um filme dirigido por Sméagol/Gollum, ou por Norman/Norma Bates. Ao mesmo tempo em que cumpre o protocolo obrigatório de um filme no MCU, ao incluir a cada três minutos algum detalhe planejado para arrancar gritos da plateia, Raimi homenageia a si mesmo de diversas maneiras, como na cena do ataque de um monstro que alude aos clássicos efeitos stop motion de Ray Harryhausen, ostensivamente homenageado por ele em seus antigos filmes. Outro momento, o primeiro grande embate contra a Feiticeira Escarlate, parece diretamente saído de Army Of Darkness, um de seus trabalhos mais cultuados. Em algumas cenas, Raimi retoma timidamente a linguagem visual e narrativa de desenho animado que caracterizou sua clássica saga Evil Dead e os bárbaros Darkman e Drag Me To Hell, porém substituindo a paupabilidade e o evidente esmero criativo dos efeitos práticos pelo habitual festival de pixels da Marvel.
Como o heroi de seu filme, Raimi parece estar lutando internamente contra si mesmo, berrando:
"Tá, eu tô cumprindo ordens, mas olha isso aqui ó que eu fiz quando era um artista anárquico, independente, completamente autoral e de liberdade criativa irrestrita."
A mim serviu apenas para lembrar de como tudo o que ele se orgulha de nos lembrar que criou é muito melhor do que isso aqui.
#DoctorStrange #SamRaimi #Cinema #Marvel
ps: a cena de que mais gostei foi justo a participação de Bruce Campbell, o Ash de Evil Dead, que aparece socando a própria cara como fazia em... Evil Dead 2. Tá vendo?
Ps 2: ver o teaser de Avatar 2 - O Caminho da Água em 3D fez valer a sessão.
Um Dia de Fúria
3.9 894 Assista AgoraA problemática de Um Dia de Fúria é intrigante, pois mesmo com o protagonista partindo para o extremismo, na tentativa de externar sua raiva, não dá para não se identificar com os estopins de sua indignação. Todo o mundo tem vontade de explodir às vezes e isso é um reflexo de tudo o que nos envolve. Quem não se sente enganado pelo governo, a publicidade, a mídia (ou mídias)? Cenas como a de Michael Douglas enfurecido, exigindo um sanduíche igual ao da foto, numa lanchonete que faz clara alusão ao McDonald's, me fazem rir e pensar. O filme é uma crônica dos aspectos socioculturais dos Estados Unidos da América - incluindo o preconceito racial e as ideologias extremistas condenadas, mas que encontram justificativas em muitas das cartilhas vendidas por lá - mas é perfeitamente assimilável por nós, principalmente no momento em que vivemos, com a cultura dominante se homogeneizando cada vez mais. O país em que Bill, o personagem de Douglas nasceu, colocou armas em suas mãos, depois lhe ensinou e deu motivos para utilizá-las. Como pode, então, esse mesmo país se eximir da responsabilidade pela violência que ele acaba promovendo?
Bill não é brasileiro. Mas poderia perfeitamente ser.
#UmDiaDeFuria #MichaelDouglas #JoelSchumacher #Cinema #Anos90 #Sociologia
A Freira
2.5 1,5K Assista AgoraUm dos filmes mais hilários que vi em toda a minha vida. JURO, eu CHOREI de rir no cinema, acompanhado de uma amiga.
Quando achava que meu abdomen teria algum descanso, veio aquela resolução PATÉTICA, que faz jus à frase "O sangue de Jesus tem poder" de maneira tão cafona e anacrônica que me deu pena das pessoas que estavam fazendo "ais" e "uis" de medinho por conta dessa quase porcaria.
Explico meu quase: o filme tem um belíssimo design de produção, uma boa ambientação gótica (especialmente no início, antes de submergir no grotesco) e um ótimo elenco. Só.
A freira do título já era ridícula no trailer e nos posters, no filme só quem acha que conhece o cinema de terror por ter visto todos os filmes que fizeram sucesso terá razões para temê-la.
Quanto à moral... bem, que na segunda década do século XXI ainda exista gente que acredita ser Jesus a solução para os males do mundo faz-me desejar que um gigantesco exército de freiras fantasmas ataque a humanidade, fazendo com que todos nós morramos de tanto rir.
É melhor do que morrer enforcado ou queimado por se opor à bondade cristã,não é?
#AFreira #Cinema #FilmesdeTerror
Grease: Nos Tempos da Brilhantina
3.9 1,2K Assista AgoraUma de minhas preciosidades mais queridas é a edição em DVD de Grease, que vinha dentro de uma jaquetinha dos T Birds, o grupo de maçhões manés liderado pelo personagem de John Travolta. Felizmente, esse item não entrou na categoria "emprestei e nunca mais vi", como tantos outros em minha coleção...
ps: não me surpreendeu que Grease tenha sido mais uma obra vítima da "cultura do cancelamento", com seres exigindo o banimento do filme, por conta de conteúdos inadequados à moral dos dias de hoje. Coisa de quem não sabe a importância da contextualização e não entende que toda obra é um registro de uma época. Banir qualquer obra, por qualquer motivo, é apagar a História e impedir as novas gerações de entenderem como o mundo era e como mudou. É perigoso por muitas razões.
Além disso, se alguém é incapaz de sorrir ao ver Olivia Newton John e John Travolta dançando e cantando algumas das mais deliciosas canções pop já criadas, tudo o que sinto é pena.
#grease #johntravolta #olivianewtonjohn #musicais #filmes #cinema
Pulp Fiction: Tempo de Violência
4.4 3,7K Assista AgoraMinha mãe acaba de enviar um áudio para mostrar que estava ouvindo Girl, You'll Be A Woman Soon, do Urge Overkill, a deliciosa canção que embala a cena mais icônica de Pulp Fiction, do já lendário Quentin Tarantino. Dando uma olhada na contracapa já dá para lembrar, pelos títulos das músicas, de como Tarantino é flexível e eclético em suas referências. Todo e qualquer filme de Tarantino tem como tema principal o próprio Cinema e se constrói inteiramente a partir de referências e até reproduções literais de cenas e detalhes dos filmes que o marcaram (e ele se orgulha de dizer que sua formação como cineasta se deu através das videolocadoras, já que nunca estudou formalmente), mas a música é fundamental em seu trabalho. E, como disse, é flexível, ele inclui em seus fimes toda e qualquer música que quiser (mesmo que precise ressignificá-la) , sem se preocupar com as "regras" de como deveriam ser utilizadas. Uma das experiências mais marcantes que vivi em Hollywood foi ver Quentin Tarantino filmando o sensacional Era Uma Vez em Hollywood, na Hollywood Boulevard: ele trabalhava com um constante sorriso no rosto. O que ele faz em seu trabalho é declarar seu amor ao Cinema e à Música, algo perceptível em seus filmes... e nas trilhas sonoras que seleciona, como a presente nesse precioso disquinho.
#quentintarantino #pulpfiction #hollywood #cinema #filmes #90s #anos90
Uma Escola Atrapalhada
2.8 144Da época em que o cinema brasileiro era bom.
🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
MANO, esse filme é uma pérola do início ao fim, mas acreditem: o casal SuplAngelica é extremamente carismático.
Bem que ela podia ter casado com ele na vida real e não com o Luciano Truque.
O mundo seria um lugar melhor!
🤣👊🤘
ps: desculpa se eu tenho esse clássico trash em VHS e você NÃO
ps2: a cena em que a Angelica vai se meter a jogar futebol e cai de cara no chão é ÉPICA!
#UmaEscolaAtrapalhada #Supla #Angelica
Um filme desse bixo!
❤
Corra, Lola, Corra
3.8 1,1K Assista AgoraSaudades do filme Corra, Lola, Corra, sobre uma porca de cabelo vermelho que ficou um mês sem lavar a juba e ainda passa o filme inteiro correndo e suando, pense o cheiro dessa imunda! Simanka sua relaxada, vá passar Juvena Ovo nesse mafagafo, você não é o Mufasa sua creyssah!
Reviravolta: esse é apenas um trecho de um texto de um antigo blog de humor que tive (alguém lembra da Moranguinhu Sinéfila?). Corra, Lola, Corra é um marco do cinema pop dos 2000s... e Franca Potente é DIVA.
#runlolarun #corralolacorra #filmes #cinema #anos2000
Snowden: Herói ou Traidor
3.8 412 Assista AgoraMinha mãe acaba de entrar no quarto bem na hora em que eu estava me DESCABELANDO de chorar com o final de Snowden, de Oliver Stone.
Que filme. Que figura importante.
Mais palavras? As terei após me recompor dessa surra.
#Snowden #EdwardSnowden #OliverStone #Cinema
A Hora do Pesadelo
3.0 1,5K Assista AgoraO original é um clássico eterno (e quem nega não sabe p*rr* nenhuma de nada).
O remake sequer parece ter existido.
#FreddyKrueger
#WesCraven
#FilmesDeTerror
#Terror
#Cinema