Últimas opiniões enviadas
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Muito mais do que o bullying, a falta de comunicação entre os personagens é a característica mais marcante no decorrer do filme - o problema de relacionamento e diálogo de cada um dos personagens e os efeitos disso em cada um deles. Ao lidar com problemas pessoais e questões psicológicas, traz a tona uma narrativa de temática rica, inclusive o suicídio, no contexto da cultura japonesa (uma das principais questões sociais do país, tendo uma das maiores taxas de suicídio do mundo). O silêncio sobre esse e outros temas dentro da película aflora diversas verdades, antes deixadas de lado pelos personagens.
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O Poço
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A experiência gráfica e os elementos de suspense e terror são mais interessantes do que a questão simbólica de pirâmide social e do herói. Os dramas dos demais personagens no decorrer do filme servem mais como um elemento explicativo sobre o poço em si do que alguma forma de desenvover o simbolismo inicial. Ao fim, tudo termina com uma analogia fraca e não muito empolgante, vindo de encontro com todo o tom sobrio e gráfico que o filme apresentou.
As projeções das frustrações da vida de Elena marcam cada um de seus filhos, fazendo-a o exemplo perfeito de mãe superprotetora que vem ganhando força nas séries americanas (talvez como uma forma de se fazer refletir sobre o papel exigido da mãe americana tradicional e em como isso é falho em diversos sentidos).
Ela deposita todas as suas expectativas da vida que poderia ter tido em Lexie, no fim sufoca com tamanha pressão. Izzy reconhece e quer ser livre do controle da mãe, o que as fazem entrar em conflito diversas vezes. Mia também é superprotetora, mas diferente de Elena, não é apenas mãe; é amiga. O conflito com Pearl surge por conta do passado que Mia esconde dela. Os conflitos de Elena com os filhos surgem por conta das frustrações do passado de Elena