Um grande filme, passando por todos os elementos de uma aventura épica, desde a jornada até a trilha sonora. A África oferece a paisagem rica e aqui é muito bem utilizada, mesmo em seu caráter cultural. Apesar de uma datada câmera lenta, as cenas suspense são muito bem dirigidas, envolvendo o espectador neste ótimo suspense selvagem.
No elenco se destaca o Val Kilmer em sua época mais plena. Aqui ele incorpora de maneira convincente o clássico herói que supera seus limites para transpor sua jornada. Palmas também para Michael Douglas no papel do caçador Charles e o John Kani, que estabelece o olhar do espectador, no papel do sábio nativo Samuel.
O lado negativo é de que o subtexto do filme seja o da exploração imperialista inglesa ao continente negro. Assim sendo, vilões e mocinhos se confundem na triste metáfora onde os leões representam todo um continente acuado e sem rumo perante a instalação do tal “progresso” europeu.
Um documento para a música nacional. Ainda que não seja bem captado, traz toda atmosfera do clássico rock 70 feito no Brasil. Ao mesmo tempo em que os arranjos e timbres lembrem os contemporâneos gringos, como Rolling Stones e Deep Purple, fica explicita a vontade de fazer um "rock brasileiro". Erasmo Carlos já apontava que no futuro o rock ainda ia mudar, evoluir.
A trama não tem muito foco, então pra quem gostou deve ser divertido saber que o segundo reutiliza quase todas piadas mas num desenvolvimento mais dinâmico.
Desaponta por ter levantado uma discussão interessante e não saber bem trabalhar isso. O miolo do filme recorre a uma montagem com algumas idas e vindas no tempo que acabam por eliminar o prazer do espectador de descobrir o desencadear da história. É como se houvesse uma necessidade de mostrar que tudo está interligado. Assim sendo acho que temos uma história interessante, mas “mal contada”.
Nas características mais técnicas como som, fotografia e arte o filme se sai muito bem. Alias, com um olhar isolado, as cenas em Amsterdã e no festival são muito bonitas por em sua paleta de cores e fotografia. A representação das “trips” também faz uma brincadeira muito boa com som. Quanto as meninas usam o peyote rola até uma homenagem ao Nicolas Cage, em Vício Frenético. Ao menos fica provado que o diretor tinha ciência do que fazia.
O doc sofre um pouco com a estrutura narrativa que acaba por não contextualizar bem algumas partes, talvez gerando alguma dificuldade para quem não está familiarizado com o cenário underground relatado.
Mas de qualquer forma é muito bom ver esse grande artista abrindo seu processo criativo. É o registro de um gênio do cotidiano que está fora da grande mídia, como tantos rappers, sambistas e outros guerreiros da música brasileira longe dos holofotes. Uma captação bem intimista que passa bem a dimensão do que é o Black Alien, um misto de mito do underground com poeta de rua.
Aos que tem por costume aceitarem a corrupção, o ilícito e a “esperteza”, um ato de pureza é muito incomodo. Para estes, é doloroso demais acreditar que exista alguém capaz de exercer a gentileza de atender ao pedido, de ser útil para alguém sem alguma segunda intenção. A inocência é uma doença que deve ser identificada e aniquilada com requintes de violência.
O convívio social institui que o “bom coração” é algo quase mitológico, que só pode existir nas histórias infantis. O “amor puro” é visto como uma meta inalcançável, pelo simples fato de ser irreal. No mundo de verdade, a bondade é chamada por outros apelidos, que vão de “bobo” a “idiota”.
Ao bondoso, cabe seguir sua vida tentando suportar os dedos inquisidores, a descrença e uma infindável quantidade de enxovalhos. O amor é uma maldição, e aos que carregam este fardo só podem ser benevolentes com essa condição até que recebam o redentor beijo do anjo da morte.
Breno Silveira investe novamente em uma jornada emocional, mas agora a viagem é um verdadeiro documento de memória, cruzando as estradas do sertão e a capital carioca. O resultado é um competente registro que traz a trajetória de construção do Rei para mais próximo do público. A desconstrução da sua aura folclórica vem a partir do conflito com seu filho primogênito, esquecido por uma vida de turnês. Além da temática da distância entre pai e filho, a música e as intervenções de imagens de arquivo criam um elo forte com o espectador.
Sem perder o ritmo, Gonzaga é prioritariamente uma biografia de Luiz Gonzaga embalada por todas as canções que habitam o imaginário popular. A fotografia não usa estilismos, mas busca prestigiar paleta de cores quentes do nordeste e a escala de cinza do Rio capital. O caráter episódico e o artifício de ter os próprios personagens narrando suas vidas de forma didática acaba fazendo com que não haja muito detalhamento. Perde-se um pouco da “poesia” artística em nome de condensar a vida desse grande herói da cultura brasileira em um curto espaço de tempo.
O que poderia dar margem a uma obra deficiente acaba ganhando força ao investir nos personagens. O elenco de forma geral dá um show de atuação. O destaque fica para os atores que dão vida as diferentes fazes dos dois personagens principais, como o safoneiro Chambinho. A cada interação entre Gonzaguinha e Gonzagão flui aquele tom natural de um bate papo cheio de resignação por dois homens que nunca se conheceram muito bem. Merece aplauso também para o ator que interpreta Januário, que carrega muito bem o peso de ser pai e avô de dois mitos da música brasileira.
Vale a pena conferir e se emocionar com esse Rei Luiz brasileiro, que transformou o sol e a seca em forró e festa ao ensinar pro Brasil como se dança o Baião. Também fica a torcida para que o Gonzaguinha que vemos dar seus primeiros passos seja mais destacada em algum spin off para que não se desperdice a monstruosa interpretação do ator Julio Andrade para o personagem em sua fase adulta. Julio adota o “método” e encarna completamente Gonzaguinha em seus méritos e defeitos.
A questão dos gêneros do cinema é algo que levanta discussões desde as mais banais até as mais filosóficas. No meio disso, aparece esse filme que é certamente uma tragédia contada toda em forma de piada. Numa hora os personagens estão rindo de sua situação para logo em seguida serem interrompidos pelo tenso clima de violência. Uma comédia leve e irônica. Um drama social baseado em fatos. Comédia e drama convivem harmonicamente em um filme que discute gênero e sexualidade.
Brutal. Tanto nas atuações, quanto nas opções da narrativa. O núcleoo principal dos personagens fluem muito bem, talvez por todos os atores terem encontrado uma certa zona de conforto. O destaque é claro fica fica por conta do McConaughey como o cowboy de aluguel e o Hirsch se entrega ao seu jovem kafkiano. Num momento você começa a achar aquela situação engraçada mas logo é surpreendido por um soco com gosto de sangue. Um faroeste moderno com muitas afinidades com os filmes dos Imrãos Coen. Apesar de a proposta lembrar o plot de Fargo, no Texas de Killer Joe Os Fracos Não tem Vez também.
Acredito que a máxima desse filme é que só os fortes prevalecem. A camera e a trilha sonora tentam criar um ambiente de conforto para que o espectador se afeiçoe pelos personagens, mas eles nunca nunca se redimem
O Lado Bom da Vida
3.7 4,7K Assista AgoraUma delícia de filme.
As Batidas do Samba
4.7 7Um trabalho desse é coisa de gênio!
"Não existe música ruim. Ou é música, ou não é nada" - Wilson das Neves
Angie
2.3 166"Angie Garcia"
A Sombra e a Escuridão
3.7 369 Assista AgoraUm grande filme, passando por todos os elementos de uma aventura épica, desde a jornada até a trilha sonora. A África oferece a paisagem rica e aqui é muito bem utilizada, mesmo em seu caráter cultural. Apesar de uma datada câmera lenta, as cenas suspense são muito bem dirigidas, envolvendo o espectador neste ótimo suspense selvagem.
No elenco se destaca o Val Kilmer em sua época mais plena. Aqui ele incorpora de maneira convincente o clássico herói que supera seus limites para transpor sua jornada. Palmas também para Michael Douglas no papel do caçador Charles e o John Kani, que estabelece o olhar do espectador, no papel do sábio nativo Samuel.
O lado negativo é de que o subtexto do filme seja o da exploração imperialista inglesa ao continente negro. Assim sendo, vilões e mocinhos se confundem na triste metáfora onde os leões representam todo um continente acuado e sem rumo perante a instalação do tal “progresso” europeu.
Vício Frenético
3.1 447 Assista AgoraCage, totalmente surtado. Herzog, mito.
A Filha do General
3.4 126 Assista AgoraO nome podia ser de comédia, mas é bem tenso. Os militares que não amavam as mulheres.
Ritmo Alucinante
4.2 12Um documento para a música nacional. Ainda que não seja bem captado, traz toda atmosfera do clássico rock 70 feito no Brasil. Ao mesmo tempo em que os arranjos e timbres lembrem os contemporâneos gringos, como Rolling Stones e Deep Purple, fica explicita a vontade de fazer um "rock brasileiro". Erasmo Carlos já apontava que no futuro o rock ainda ia mudar, evoluir.
Apresentações:
Rita Lee & Tutti-Frutti, Vimana, Erasmo Carlos, Celly Campelo, Raul Seixas.
De Pernas pro Ar
3.2 1,7K Assista AgoraA trama não tem muito foco, então pra quem gostou deve ser divertido saber que o segundo reutiliza quase todas piadas mas num desenvolvimento mais dinâmico.
Paraísos Artificiais
3.2 1,8K Assista AgoraDesaponta por ter levantado uma discussão interessante e não saber bem trabalhar isso. O miolo do filme recorre a uma montagem com algumas idas e vindas no tempo que acabam por eliminar o prazer do espectador de descobrir o desencadear da história. É como se houvesse uma necessidade de mostrar que tudo está interligado. Assim sendo acho que temos uma história interessante, mas “mal contada”.
Nas características mais técnicas como som, fotografia e arte o filme se sai muito bem. Alias, com um olhar isolado, as cenas em Amsterdã e no festival são muito bonitas por em sua paleta de cores e fotografia. A representação das “trips” também faz uma brincadeira muito boa com som. Quanto as meninas usam o peyote rola até uma homenagem ao Nicolas Cage, em Vício Frenético. Ao menos fica provado que o diretor tinha ciência do que fazia.
Um conto de fadas do BG.
O Grande Lebowski
3.9 1,1K Assista Agora...and White Russians.
Mr. Niterói - A Lírica Bereta
4.4 16O doc sofre um pouco com a estrutura narrativa que acaba por não contextualizar bem algumas partes, talvez gerando alguma dificuldade para quem não está familiarizado com o cenário underground relatado.
Mas de qualquer forma é muito bom ver esse grande artista abrindo seu processo criativo. É o registro de um gênio do cotidiano que está fora da grande mídia, como tantos rappers, sambistas e outros guerreiros da música brasileira longe dos holofotes. Uma captação bem intimista que passa bem a dimensão do que é o Black Alien, um misto de mito do underground com poeta de rua.
Minority Report: A Nova Lei
3.7 750 Assista AgoraQue visual é esse!
O Beijo no Asfalto
3.8 124Aos que tem por costume aceitarem a corrupção, o ilícito e a “esperteza”, um ato de pureza é muito incomodo. Para estes, é doloroso demais acreditar que exista alguém capaz de exercer a gentileza de atender ao pedido, de ser útil para alguém sem alguma segunda intenção. A inocência é uma doença que deve ser identificada e aniquilada com requintes de violência.
O convívio social institui que o “bom coração” é algo quase mitológico, que só pode existir nas histórias infantis. O “amor puro” é visto como uma meta inalcançável, pelo simples fato de ser irreal. No mundo de verdade, a bondade é chamada por outros apelidos, que vão de “bobo” a “idiota”.
Ao bondoso, cabe seguir sua vida tentando suportar os dedos inquisidores, a descrença e uma infindável quantidade de enxovalhos. O amor é uma maldição, e aos que carregam este fardo só podem ser benevolentes com essa condição até que recebam o redentor beijo do anjo da morte.
O ciclo se completa, e se extingue.
Argo
3.9 2,5KARGO fuck yourself
Onde a Coruja Dorme
4.3 38Tá havendo um conflito de informação. Existe um curta "Coruja" que deu origem ao longa "Onde a Coruja Dorme". Esse aqui vai ser qual, afinal?
Gonzaga: De Pai pra Filho
3.8 781 Assista AgoraBreno Silveira investe novamente em uma jornada emocional, mas agora a viagem é um verdadeiro documento de memória, cruzando as estradas do sertão e a capital carioca. O resultado é um competente registro que traz a trajetória de construção do Rei para mais próximo do público. A desconstrução da sua aura folclórica vem a partir do conflito com seu filho primogênito, esquecido por uma vida de turnês. Além da temática da distância entre pai e filho, a música e as intervenções de imagens de arquivo criam um elo forte com o espectador.
Sem perder o ritmo, Gonzaga é prioritariamente uma biografia de Luiz Gonzaga embalada por todas as canções que habitam o imaginário popular. A fotografia não usa estilismos, mas busca prestigiar paleta de cores quentes do nordeste e a escala de cinza do Rio capital. O caráter episódico e o artifício de ter os próprios personagens narrando suas vidas de forma didática acaba fazendo com que não haja muito detalhamento. Perde-se um pouco da “poesia” artística em nome de condensar a vida desse grande herói da cultura brasileira em um curto espaço de tempo.
O que poderia dar margem a uma obra deficiente acaba ganhando força ao investir nos personagens. O elenco de forma geral dá um show de atuação. O destaque fica para os atores que dão vida as diferentes fazes dos dois personagens principais, como o safoneiro Chambinho. A cada interação entre Gonzaguinha e Gonzagão flui aquele tom natural de um bate papo cheio de resignação por dois homens que nunca se conheceram muito bem. Merece aplauso também para o ator que interpreta Januário, que carrega muito bem o peso de ser pai e avô de dois mitos da música brasileira.
Vale a pena conferir e se emocionar com esse Rei Luiz brasileiro, que transformou o sol e a seca em forró e festa ao ensinar pro Brasil como se dança o Baião. Também fica a torcida para que o Gonzaguinha que vemos dar seus primeiros passos seja mais destacada em algum spin off para que não se desperdice a monstruosa interpretação do ator Julio Andrade para o personagem em sua fase adulta. Julio adota o “método” e encarna completamente Gonzaguinha em seus méritos e defeitos.
Parada
3.7 19A questão dos gêneros do cinema é algo que levanta discussões desde as mais banais até as mais filosóficas. No meio disso, aparece esse filme que é certamente uma tragédia contada toda em forma de piada. Numa hora os personagens estão rindo de sua situação para logo em seguida serem interrompidos pelo tenso clima de violência. Uma comédia leve e irônica. Um drama social baseado em fatos. Comédia e drama convivem harmonicamente em um filme que discute gênero e sexualidade.
Dupla Implacável
3.3 433John "Fucking" Travolta
Clube da Luta
4.5 4,9K Assista AgoraAs opressões sociais, a globalização, tudo é rápido: o mundo muda muito, mas esse ainda é o melhor filme já realizado pela mão humana.
Colecionador de Balas
3.3 6Certamente, um dos filmes mais loucos já realizados. Faltam palavras
Marley
4.4 51One Love
Killer Joe: Matador de Aluguel
3.6 881 Assista AgoraBrutal. Tanto nas atuações, quanto nas opções da narrativa. O núcleoo principal dos personagens fluem muito bem, talvez por todos os atores terem encontrado uma certa zona de conforto. O destaque é claro fica fica por conta do McConaughey como o cowboy de aluguel e o Hirsch se entrega ao seu jovem kafkiano. Num momento você começa a achar aquela situação engraçada mas logo é surpreendido por um soco com gosto de sangue. Um faroeste moderno com muitas afinidades com os filmes dos Imrãos Coen. Apesar de a proposta lembrar o plot de Fargo, no Texas de Killer Joe Os Fracos Não tem Vez também.
Ferrugem e Osso
3.9 822 Assista AgoraAcredito que a máxima desse filme é que só os fortes prevalecem. A camera e a trilha sonora tentam criar um ambiente de conforto para que o espectador se afeiçoe pelos personagens, mas eles nunca nunca se redimem
Sem Proteção
3.0 124 Assista AgoraTitulo nacional: Sem Proteção