Ali Abbasi mostra em seu primeiro trabalho que é um grande diretor e que tem total controle da sua obra, com cortes precisos sempre no momento certo, deixa a cada cena a sensação de que nada é mostrado a mais ou a menos na tela, quando seu cérebro termina de processar uma cena ela corta pra seguinte; o diretor consegue imprimir uma narrativa extremamente bem orquestrada, sem excessos e com uma leve camada de simbolismo e sugestão, sem nunca abrir mão de deixar o expectador tenso durante todo o filme... Shelley é um filme dinamarques que foge do padrão de filmes enlatados de Hollywood do gênero, e segue uma linha quase experimental, é uma obra pra poucos, sugere muito mais do que mostra, e o final vai desagradar quem busca respostas completamente mastigadas e efeitos especiais, ou aquele embate final clichê com alguma força maligna, ... A ostentação visual aqui é substituída por outros elementos que aproxima esse filme dos clássicos dos anos 60/70 e mostra que a salvação do tão desgastado gênero horror está cada vez mais nas mãos do cinema independente, o filme pode ser descrito como um bebê de Rosemary, com elementos do cinema de David Lynch, sem nunca parecer pegar emprestado de nenhum desses dois.. No mais cabe dizer que Shelley é um terror psicológico que consegue perturbar dentro de uma história bem fechada, a tensão é crescente e é construída de forma legítima, sem truques baratos e sem apelar pra convenções de gênero, deve desagradar ao público geral, pois é um tipo de gosto adquirido, mais pra quem gosto desse tipo de obra é um prato cheio em um ano surpreendentemente bom para o gênero... Nota: 8,0
A Nona Vida de Louis Drax me chamou a atenção por ser um filme do Aja que é um diretor com um potencial enorme, e por não ter ouvido nada a respeito apesar de nomes interessantes no elenco... O filme tem uma linguagem meio conto obscuro, com um garoto no centro da trama e inclusive narrado pelo mesmo, de início eu nao gostei do garoto, o filme não ia pra lugar nenhum, a iluminação estranha que parecia querer passar uma sensação diferente logo logo começou a me irritar e acabei desistindo na primeira vez, retomei mais tarde com mais calma e acabei me surpreendendo... Em determinado momento a trama começa e ficar encorpada , e o mistério começa a ganhar peso, no final ainda teve uma surpresa que eu não estava esperando. Filme leve porém bom, nota: 6,9
Kingsman segue a mesma linha violência extrema quase quadrinesca encontrada em Kick ass por exemplo, e o filmow me mostrou que o diretor é o mesmo, ele sabe muito bem usar esse elemento de quadrinho em tela, e consegue com alguns truques e recursos de certa forma maquer toda essa violência evitando que o filme se torne macabro demais... O diretor imprime uma natarriva fluida com um alto valor de entreterimento e claros momentos de homenagens a filmes dos gêneros, Samuel l.Jackson claramente se divertindo no seu papel, e algumas cenas realmente bem orquestradas de ação... Bom filme, nota: 7,3
É um filme bem bonito, com uma mensagem clara e muito bacana, o filme fala sobre fé e ciencia e é uma abordagem muito interessante sobre esse tema... Michael Pitt esta muito bem assim como a Brit marley, os dois estao bens no seus papéis. Apesar de no geral o filme ser bem previsível e claramente calculado para tentar extrair algumas empatia do público, uma cena lá pra metade me pegou de surpresa, e fugiu um pouco do tom inicial do filme... Porém meu principal problema aqui além de algumas conveniencias de roteiro, foi que senti uma certa pretensão por parte do filme em varios momentos! No geral é um bom filme porém um pouco pretencioso...Nota: 6,9
Roberto Durán, apesar de ter uma trajetória extremamente vitoriosa no mundo do boxe, é conhecido apenas por ter sido o maior rival de Sugar Ray e pelo episodio em que abandonou a luta contra o rival... muito disso vem do fato do lutador ter vindo do Panamá, e de sua personalidade forte e patriotista, talvez por isso um filme que conte, mesmo de forma um pouco superficial como acontece aqui, a história dessa personalidade seja tão necessário. Diferente da maioria de filmes desse tipo, Hands of Stone, não tem um enfase maior na ascenção de seu personagem, muita coisa é mostrada de forma rápida e muitas nem mostradas, durante uma boa parte do filme eu me senti desconfortável com as escolhas do diretor em mostrar momentos que parecem não ser tão significativos ao invés de apostar em outros momentos que poderiam dar ao filme um peso maior, porém com o decorrer da trama eu consegui entender o motivo dessas escolhas, e com isso a verdadeira intenção do filme... Hands of Stone tenta redimir a imagem de Durán, e de certa forma também explicar o motivo de sua desistência no que teoricamente seria a maior luta de sua carreira, uma luta que na verdade ele nem queria ter lutado, nesse quesito o filme se saí muito bem já que a imagem de um lutador desistente, é substituída pela de um cara extremamente orgulhoso e patriota, que fazia o que tinha vontade e que só queria orgulhar seu país... No fim de tudo Hands of Stone é um bom filme biográfico, que tem muito pouco boxe para um filme sobre boxe, mais todas as cenas de luta tem um cuidado em ser extremamente parecidas com o que foram na verdade, des dos golpes até os a aparÊncia dos lutadores, dentro do ringue parecia mesmo Sugar Ray vs Durán e isso não é facil de fazer.. Bom Filme: Nota 7,0
Uma série diferente, enfadonha, estranha, quase estática, com uma linguagem que pode ser tudo menos formulaica ... A construção de tensão aqui se dá de forma gradativa, o ritmo lento só me fez gostar ainda mais da série, o silêncio é predominante em quase todas as passagens, é um terror sútil daqueles que vai se alojando aos poucos debaixo da pele, onde a linha entre o bizarro e o infantil é extremamente tênue e frágil, ao ponto de uma cena com fantoches causar uma sensação de tensão e desconforto em quem assiste... O personagem principal fodão aqui da lugar a um personagem mais humano, a personalidade quase 'pateta' do Mike, está enraizada nos seus terríveis traumas do passado, e a presença do Paul Schneider só não é maior que da Fiona Shaw como Marla. Definitivamente não é uma série que vai agradar muita gente, nem vai ser muito lembrada, o que é uma pena, pq é uma das melhores séries de terror em muito tempo, e pasmem é da SyFy... Nota: 8,5
Forte candidato a melhor filme do ano, Hell or High Water é um western moderno, com traços que lembram uma mistura de Fargo dos Coen com alguns elementos de Sicário ( O roteiro foi escrito pelo mesmo roteirista)... A ação estilizada dá lugar a uma sobriedade e realismo que contrasta com a brutalidade do roteiro, a loucura do personagem do Ben Foster contrasta diretamente com a dicotomia vivida pelo personagem do Chris Pine, a relação dos dois passa credibilidade, e o filme ainda tem Jeff Bridges o eterno 'dude' com um personagem muito interessante... Tecnicamente o filme é perfeito, fotografia e cinematografia e movimentos de câmeras impressionantes, além de ter muito o que dizer sem a necessidade de jogar na cara do público cada lição, tem um humor negro refinado, que surge quase involuntariamente a quem assiste... Nota: 9,4
Uma das grandes surpresas do ano, filme com uma história simples, rodado quase todo no mesmo ambiente, o diretor mostra que manja do gênero criando uma atmosfera de tensão que vai crescendo durante toda a história com um bom trabalho de camera e uma trilha sonora que te coloca no horror dos personagens sem precisar apelar pros sustos baratos... No terceiro ato o filme caí em alguns vícios e situações já formulaicas do genero que não chega a tirar o peso desse filmaço.... Nota: 8,2
O filme te faz acompanhar o personagem do Harvey Keitel em uma viagem ao inferno pessoal de um homem enfiado no mundo dos vícios e dos excessos... A narrativa do filme é bastante diferente do convencional, a estrutura pode lembrar até um pouco outros filmes do Abel Ferrara, mais esse provavelmente seja seu trabalho mais sujo e denso de todos.... As cenas dele se drogando são de um realismo que assusta, e o final estranho, rápido e abrupto encerra da única forma possível esse quase pesadelo em forma de filme! Nota: 7,5
Um filme curto e simples, dirigido pela lenda Clint Eastwood que aqui imprime todo charme característico de suas obras ,em um filme quase documental, que aposta suas fichas em uma narrativa mais realista que em nenhum minuto se torna enfadonho ou chato... O grande trunfo aqui e que com certeza chama mais atenção até que a história é o estudo de personagem, Capitão Sullenberg do Tom Hanks é um homem preocupado, ciente de suas qualidades como piloto, ciente de que fez algo impossível ao salvar todas aquelas vidas mais que ainda sim não consegue se ver como um herói... Sully é um filme rápido, uma homenagem merecida a uma grande figura, que consegue mostrar a mesma coisa por pontos de vistas diferentes sem perder o foco e imprimindo uma narrativa centrada nas consequencias da queda do avião do que na queda em si... Nota: 7,8
Me chamou atenção alguns comentários negativos de pessoas ' principalmente do público feminino'', detonando o filme e dando uma nota muito baixa por acharem o filme machista, ou coisa do tipo... O fato da mulher ter uma reação diferente da usual após ser atacada deixou muita gente revoltada como se esse filme fosse um filme sobre mulheres, no plural, quando na verdade é o filme sobre UMA mulher específica, sendo inclusive esse o fio condutor principal do filme; O fato de Michele ser uma mulher diferente, com reações anormais, imprevisível e principalmente sua relação conturbada e estranha com as pessoas que convivem com ela, seus traumas do passado e os efeitos que eles causaram na mulher que ela é hoje... Gostei de Elle, a relação da personagem com o estuprador me lembrou as relações que o Almodóvar gosta de filmar: meio bizarro, psicológico, um lance meio Síndrome de Estocolmo, é de um estranhamento que causa curiosidade e prende o telespectador na frente da tela até o fim, grande parte disso graças ao trabalho e entrega da Isabelle Hupert, e também a versatilidade do Paul Verhoeven. Elle é um filme 'ame ou odeie', cheio de ironia que traz um estudo de personagens que foge completamente do convencional ou do que é aceito pela sociedade; eu amei , Nota: 8,9
O Andrew Garfield se esforça e até se sai bem, porém o ator é muito jovem e não tem o peso para passar credibilidade fazendo esse papel, o personagem não combinou com ele... Michael Shannon por sua vez manda bem mais uma vez, um grande ator vivendo seu melhor momento. No mais 99 Homes tem uma história interessante , apesar de achar que a dualidade do personagem Nash poderia ter sido mais bem abordada o filme se sai bem no que se propõem e traz a tona uma crítica ao setor imobiliário americano que poucas vezes é abordado no cinema.. Nota: 7,2
O filme é pesado, tenso, lento e obscuro... A investigação e a estrutura narrativa me lembrou um pouco os filmes de investigação criminal coreanos. O que me chamou atenção aqui foi o realismo e a falta de maquiagem, a história é contada de forma crua, o que faz desse filme algo um pouco difícil de se assistir... O filme retrata ainda uma Hong Kong decadente e soturna e os personagens são muito humanos, tudo isso ajuda a criar o clima da obra.. O filme fica ainda mais pesado após a revelação do assassino, a cena em que o assassinato é recriado mais pro fim, é de uma frieza e violência assustadora, porém no meio dessa neblina de obscuridade e violência o filme ainda sim consegue ser belo, e um dos meus favoritos do ano! Nota: 8,0
Não achei o filme nem um pouco político, e acho babaquice julga-lo assim por causa do que ocorreu, pra mim esse filme fala sobre resiliência, nostalgia e sobrevivência,é a história de uma mulher forte e espirituosa que sobreviveu a um câncer e agora resiste para não deixar a casa em que viveu por tanto tempo e que tem tantas lembranças... Assim como em 'Som ao Redor o bairro tinha vida, em Aquarius a casa de Clara possui história, cada detalhe, cada móvel, é muito fácil acreditar que alguém viveu a vida inteira ali, mais que uma casa, mais que um cenário, o apartamento de Clara é um lar, e você sente isso o tempo inteiro... O uso da música também é muito bom, trilha sonora fantástica, e é usada de forma incrível, mostrando a personalidade da personagem e ainda ajudando a contar a história... toda vez q ela colocava um disco na vitrola eu ficava feliz.. O diretor deixa a câmera na sua personagem principal, e o trabalho da Sonia Braga é tao maravilhoso que a câmera some, você esquece que é um filme e eu torci incondicionalmente pela Clara desde o início.. E claro, não posso deixar de falar do final desse filme, o filme termina no segundo exato e a última cena me fez aplaudir o filme no final, não é sempre que isso acontece. Aquarius é o melhor filme nacional do ano,é poesia em forma de cinema, e é obrigatório pra quem gosta do trabalho do Kléber Mendonça Filho... Nota: 9,5
O início do filme é muito promissor, a apresentação dos personagens é interessante e te deixa ansioso pelo que vem em seguida, porém o filme cai para um lugar comum em filmes desse tipo...
Ficou claro pra mim que não é esse filme que o David Ayer queria apresentar, o filme passou por muitas mudanças derivadas de preocupações da D.C em relação ao fracasso do último filme do Snyder, por isso muitas piadinhas e outras coisas claramente foram inseridas depois para amenizar o tom sombrio que os filmes da D.C possuem, porém ao me ver aqui mais do que nunca essa obscuridade cairia muito bem na história. O filme é mal editado, têm cortes demais, as vezes parece até um trailer gigante, as cenas de lutas sofrem do mesmo problema, são tantos cortes que você não consegue entrar no clima das cenas de ação... Diferente da maioria não achei que a Arlequina roubou a cena não, achei o personagem dela bem vazio e caricato na verdade, o mesmo acontece com o Joker do Jared Letto, além de caricato não passou a sensação de perigo que esse personagem necessita, no fim ficou parecendo um funkeiro ostentação que só entrou no filme pra vender ingressos, aliás se ele fosse o vilão do filme pelo menos nos pouparia desse vilão tão lamentável que foi proposto.. Viola Davies e Will Smith pra mim são os destaques aqui, são os personagens mais marcantes..
Esquadrão Suicida nos seus melhores momentos é divertido e obscuro, porém na maior parte do tempo é apenas mais um filme genérico de heróis com direito a feixe de luz no céu e todas essas besteiras típicas do gênero... A ideia de um filme para torcer pros vilões não é respeitada aqui, pois o filme passa o tempo todo tentando nos mostrar que vilões não são tão maus assim na verdade... Nota: 6,5
É um filme importante, fala de um assunto sério que faz dele algo bastante necessário, porém o tema que ele aborda não é de entendimento de qualquer um, muitos termos técnicos que dificultariam e afastariam a audiência deixando o filme bastante enfadonho... A escolha para aproximar esse filme do público está no estilo, pois é um filme bastante didático que usa de diversos recursos durante a narrativa, desde narrações, gráficos, desenhos e palavras escritos na tela, colagens e até mesmo alguns momentos em que o filme para pra que alguma celebridade explique determinado termo sobre economia para o público... O filme tem humor e traz no elenco grandes nomes que se saem muito bem, destaque para a atuação do Cristian Bale que se destaca no meio de tanta gente fera! Nota: 7,7
Quase impossível definir ou falar algo sobre esse filme... Me apaixonei pelo cinema dos irmãos Daniels e pretendo acompanhar de perto tudo que eles fazem, que maneira linda e original de subverter os padrões dos filmes de sucesso de Hollywood! O filme pode parecer estranho e é mesmo, mas ao assistir você deve tentar enxergar por trás de todo simbolismo que os diretores usam, pois nada está la atoa,nem mesmo os 'gases' ou a ereção, cada cena estranha, ou até mesmo nonsense tem algum significado por trás, e o filme tem muito a dizer e usa a melhor forma possível para passar isso... Paul Dano é um dos meus atores favoritos e aqui mais uma vez ele está fantástico, Daniel Radcliffe tem um personagem difícil mais também se sai muito bem, a fisicalidade é muito boa e a química entre os dois chama atenção, me peguei gargalhando várias vezes e em algumas outras me emocionei bastante, os diálogos são muito bem escritos, esses irmãos sabem como fazer um filme original... Outra cosia que me chamou muita atenção foi a trilha sonora do filme toda a capela, que muitas vezes coincidem com a voz dos personagens, não sei como explicar isso direito, só vendo mesmo, mais nunca vi nada parecido, esse aspecto transforma o filme em uma espécie de anti-musical, e é de uma sensibilidade tremenda. Swiss Army Man é o filme mais original do ano e um dos mais criativos que já vi na vida... Nota: 9,0
Spotlight não traz praticamente nenhum entretenimento para quem assiste, é um filme difícil, não só pelo tema sério, mais principalmente pelo seu estilo de contar a história... Passamos 2 horas acompanhando a investigação por meio de documentos, entrevistas, leituras; o diretor abre mão de mostrar cenas chocantes que aqui até caberiam, mas ao invés de mostrar ele prefere sempre contar o que aconteceu por meio de relatos dialogados, essas decisões poderiam fazer o filme enfadonho ou chato... Porém aqui o contrário acontece, o peso das descobertas são tão grandes que você não consegue tirar os olhos da tela. O que difere esse filme dos outros de 2015 é que aqui apesar de todos os fatores levarem a um afastamento do público o diretor consegue ao contrário aproximar quem assiste da história, e pra fazer isso o diretor ao invés de abusar de efeitos visuais e coisas desse tipo, ele escolhe enfatizar o trabalho em equipe dos jornalistas, e principalmente em uma montagem soberba, que faz de Spotligth um filme parado, que não para durante nem um minuto, a trama sempre vai adiante com muita fluidez, sem previsibilidade e sem apelar pro sensacionalismo em nenhum momento, aqui o grande destaque são os diálogos e as camadas que cada personagem possui.. As atuações são contidas porém tem um peso gigante, o personagem do Michael Keaton é muito robusto e traz uma liderança realista e palpável, já o Mark Ruffalo entrega uma das melhores atuações de sua carreira, seu personagem é o coração da equipe, e a cena mais emocional do filme é protagonizada por ele... Outra que detona é a Rachel McAdams em uma atuação muito inteligente, a personagem dela é muito dedicada e instintiva. No final somando um dos filmes mais realistas de sempre,um roteiro maravilhoso, a montagem e edição perfeitas, atuações primorosas, um trabalho de direção que não subestima seu público em momento nenhum e principalmente por transformar um filme de documentos e burocracias em algo delicioso de assistir, Spotlight mereceu sim os prêmios que recebeu, apesar de não ser um filme para espectadores esporádicos, pra quem tem uma bagagem maior, é sim CINEMA da maior qualidade! Nota: 9,5
Ps: A fase ruim da carreira do Michael Keaton parece que ficou para trás, depois de tanto filme bosta, ele protagonizou os dois últimos vencedores do Oscar e os bons papéis vão voltando a aparecer na mesa do eterno BeetleJuice, cabe agora continuar escolhendo bem seus trabalhos...
O Bluray desse filme deveria vir com uma cartinha de lsd pra consumir junto... Viagem sem igual, uma experiência de levar para o resto da vida,.. Melhor do Gaspar noé pra mim até aqui
Com o passar dos tempos fui ficando cínico pra esse tipo de filme... A história é boa, a química entre a Vera Farmiga e o Patrick Wilson esta melhor aqui, algumas cenas práticas são bem boladas e assustam; porém algumas caem na pura manipulação visual já manjada, tenta demais assustar com sustos repetidos em alguns momentos, e possui sim um amontoado de clichês desse tipo de filme,o que não significa que o filme é genérico, mais também não ha nada reinventado aqui, a diferença é que é um clichê bem feito por um diretor que sabe muito bem manipular seu público... O ponto que me irritou aqui mais uma vez foi o excesso de c.g.i que cai naquela velha ostentação visual que não gosto, acho que as vezes menos é mais, e por isso prefiro mil vezes qualquer clássico do terror dos anos 70/80 do que esse The Conjuring, porém o público que gosta desses filmes contemporâneos de horror tende a ser um prato cheio.. Nota: 7,4
Só os Sul-Coreanos para fazerem um filme tão triste não cair pro dramalhão desnecessário, não parecer em nenhum momento forçado e em nenhum momento traz aquele sentimento de que o filme tenta te fazer chorar a cada cena... Hope é muito triste sim e a história é ate bem pesada, mais o filme tenta mostrar o lado doce e bonito das coisas, ele te deixa varias vezes sem chão, mais isso sempre vem acompanhado com uma lição bonita... A relação do pai e da filha foi linda e tudo q ele faz pra se reaproximar dela, achei esse ponto o mais legal aqui... Tendo dito tudo isso, Hope conseguiu me fazer chorar sim, mais não é aquele choro de tristeza que te deixa mal por ter visto aquilo tudo, é mais um choro de emoção mesmo, é um filme muito emocionante! Nota: 8,0
Os diretores souberam aproveitar muito bem as influências e inspirações tiradas dos slasher's dos anos 80 em alguns momentos, mais no geral o filme não tem uma identidade, o que atrapalha um pouco... Acho que ainda o maior problema do filme é que quem o dirigiu entende de filmagens, mais não sabe dirigir atores, ou isso ou a escolha foi muito ruim mesmo, as atuações são fracas e nenhum daqueles personagens é palpável, nenhuma daquelas pessoas poderiam existir na vida real, são apenas personagens clichês e falsos... Além dos atores serem fracos e os diálogos decorados e mal escritos, o personagem Beto é um enorme desserviço pro filme, além de fazer uma piadinha a cada 2 minutos, nenhuma funciona, o personagem é chato, ridículo, artificial, irritante e sem graça, e isso cabe ao diretor, ver quando algo não esta dando certo e concertar a tempo, se a ideia era ser um alivio cômico ficou longe, não sou de desistir de assistir algo mais esse personagem me tirou do sério e quase larguei condado macabro na metade.. No mais a intenção foi boa, o filme consegue ser um genérico até bem feito as vezes, mais enquanto acerta em algumas coisas os pontos negativos são muito maiores... Nota: 3,8
Shelley
3.0 66Ali Abbasi mostra em seu primeiro trabalho que é um grande diretor e que tem total controle da sua obra, com cortes precisos sempre no momento certo, deixa a cada cena a sensação de que nada é mostrado a mais ou a menos na tela, quando seu cérebro termina de processar uma cena ela corta pra seguinte; o diretor consegue imprimir uma narrativa extremamente bem orquestrada, sem excessos e com uma leve camada de simbolismo e sugestão, sem nunca abrir mão de deixar o expectador tenso durante todo o filme...
Shelley é um filme dinamarques que foge do padrão de filmes enlatados de Hollywood do gênero, e segue uma linha quase experimental, é uma obra pra poucos, sugere muito mais do que mostra, e o final vai desagradar quem busca respostas completamente mastigadas e efeitos especiais, ou aquele embate final clichê com alguma força maligna, ... A ostentação visual aqui é substituída por outros elementos que aproxima esse filme dos clássicos dos anos 60/70 e mostra que a salvação do tão desgastado gênero horror está cada vez mais nas mãos do cinema independente, o filme pode ser descrito como um bebê de Rosemary, com elementos do cinema de David Lynch, sem nunca parecer pegar emprestado de nenhum desses dois..
No mais cabe dizer que Shelley é um terror psicológico que consegue perturbar dentro de uma história bem fechada, a tensão é crescente e é construída de forma legítima, sem truques baratos e sem apelar pra convenções de gênero, deve desagradar ao público geral, pois é um tipo de gosto adquirido, mais pra quem gosto desse tipo de obra é um prato cheio em um ano surpreendentemente bom para o gênero... Nota: 8,0
A Nona Vida de Louis Drax
3.6 189 Assista AgoraA Nona Vida de Louis Drax me chamou a atenção por ser um filme do Aja que é um diretor com um potencial enorme, e por não ter ouvido nada a respeito apesar de nomes interessantes no elenco... O filme tem uma linguagem meio conto obscuro, com um garoto no centro da trama e inclusive narrado pelo mesmo, de início eu nao gostei do garoto, o filme não ia pra lugar nenhum, a iluminação estranha que parecia querer passar uma sensação diferente logo logo começou a me irritar e acabei desistindo na primeira vez, retomei mais tarde com mais calma e acabei me surpreendendo... Em determinado momento a trama começa e ficar encorpada , e o mistério começa a ganhar peso, no final ainda teve uma surpresa que eu não estava esperando. Filme leve porém bom, nota: 6,9
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista AgoraKingsman segue a mesma linha violência extrema quase quadrinesca encontrada em Kick ass por exemplo, e o filmow me mostrou que o diretor é o mesmo, ele sabe muito bem usar esse elemento de quadrinho em tela, e consegue com alguns truques e recursos de certa forma maquer toda essa violência evitando que o filme se torne macabro demais... O diretor imprime uma natarriva fluida com um alto valor de entreterimento e claros momentos de homenagens a filmes dos gêneros, Samuel l.Jackson claramente se divertindo no seu papel, e algumas cenas realmente bem orquestradas de ação... Bom filme, nota: 7,3
O Universo No Olhar
4.2 1,3KÉ um filme bem bonito, com uma mensagem clara e muito bacana, o filme fala sobre fé e ciencia e é uma abordagem muito interessante sobre esse tema... Michael Pitt esta muito bem assim como a Brit marley, os dois estao bens no seus papéis. Apesar de no geral o filme ser bem previsível e claramente calculado para tentar extrair algumas empatia do público, uma cena lá pra metade me pegou de surpresa, e fugiu um pouco do tom inicial do filme... Porém meu principal problema aqui além de algumas conveniencias de roteiro, foi que senti uma certa pretensão por parte do filme em varios momentos! No geral é um bom filme porém um pouco pretencioso...Nota: 6,9
Mãos de Pedra
3.2 69 Assista AgoraRoberto Durán, apesar de ter uma trajetória extremamente vitoriosa no mundo do boxe, é conhecido apenas por ter sido o maior rival de Sugar Ray e pelo episodio em que abandonou a luta contra o rival... muito disso vem do fato do lutador ter vindo do Panamá, e de sua personalidade forte e patriotista, talvez por isso um filme que conte, mesmo de forma um pouco superficial como acontece aqui, a história dessa personalidade seja tão necessário.
Diferente da maioria de filmes desse tipo, Hands of Stone, não tem um enfase maior na ascenção de seu personagem, muita coisa é mostrada de forma rápida e muitas nem mostradas, durante uma boa parte do filme eu me senti desconfortável com as escolhas do diretor em mostrar momentos que parecem não ser tão significativos ao invés de apostar em outros momentos que poderiam dar ao filme um peso maior, porém com o decorrer da trama eu consegui entender o motivo dessas escolhas, e com isso a verdadeira intenção do filme...
Hands of Stone tenta redimir a imagem de Durán, e de certa forma também explicar o motivo de sua desistência no que teoricamente seria a maior luta de sua carreira, uma luta que na verdade ele nem queria ter lutado, nesse quesito o filme se saí muito bem já que a imagem de um lutador desistente, é substituída pela de um cara extremamente orgulhoso e patriota, que fazia o que tinha vontade e que só queria orgulhar seu país...
No fim de tudo Hands of Stone é um bom filme biográfico, que tem muito pouco boxe para um filme sobre boxe, mais todas as cenas de luta tem um cuidado em ser extremamente parecidas com o que foram na verdade, des dos golpes até os a aparÊncia dos lutadores, dentro do ringue parecia mesmo Sugar Ray vs Durán e isso não é facil de fazer..
Bom Filme: Nota 7,0
Channel Zero: Candle Cove (1ª Temporada)
3.4 98Uma série diferente, enfadonha, estranha, quase estática, com uma linguagem que pode ser tudo menos formulaica ... A construção de tensão aqui se dá de forma gradativa, o ritmo lento só me fez gostar ainda mais da série, o silêncio é predominante em quase todas as passagens, é um terror sútil daqueles que vai se alojando aos poucos debaixo da pele, onde a linha entre o bizarro e o infantil é extremamente tênue e frágil, ao ponto de uma cena com fantoches causar uma sensação de tensão e desconforto em quem assiste...
O personagem principal fodão aqui da lugar a um personagem mais humano, a personalidade quase 'pateta' do Mike, está enraizada nos seus terríveis traumas do passado, e a presença do Paul Schneider só não é maior que da Fiona Shaw como Marla.
Definitivamente não é uma série que vai agradar muita gente, nem vai ser muito lembrada, o que é uma pena, pq é uma das melhores séries de terror em muito tempo, e pasmem é da SyFy... Nota: 8,5
A Qualquer Custo
3.8 803 Assista AgoraForte candidato a melhor filme do ano, Hell or High Water é um western moderno, com traços que lembram uma mistura de Fargo dos Coen com alguns elementos de Sicário ( O roteiro foi escrito pelo mesmo roteirista)...
A ação estilizada dá lugar a uma sobriedade e realismo que contrasta com a brutalidade do roteiro, a loucura do personagem do Ben Foster contrasta diretamente com a dicotomia vivida pelo personagem do Chris Pine, a relação dos dois passa credibilidade, e o filme ainda tem Jeff Bridges o eterno 'dude' com um personagem muito interessante...
Tecnicamente o filme é perfeito, fotografia e cinematografia e movimentos de câmeras impressionantes, além de ter muito o que dizer sem a necessidade de jogar na cara do público cada lição, tem um humor negro refinado, que surge quase involuntariamente a quem assiste...
Nota: 9,4
A Autópsia
3.3 1,0K Assista AgoraUma das grandes surpresas do ano, filme com uma história simples, rodado quase todo no mesmo ambiente, o diretor mostra que manja do gênero criando uma atmosfera de tensão que vai crescendo durante toda a história com um bom trabalho de camera e uma trilha sonora que te coloca no horror dos personagens sem precisar apelar pros sustos baratos... No terceiro ato o filme caí em alguns vícios e situações já formulaicas do genero que não chega a tirar o peso desse filmaço.... Nota: 8,2
Vício Frenético
3.9 124O filme te faz acompanhar o personagem do Harvey Keitel em uma viagem ao inferno pessoal de um homem enfiado no mundo dos vícios e dos excessos... A narrativa do filme é bastante diferente do convencional, a estrutura pode lembrar até um pouco outros filmes do Abel Ferrara, mais esse provavelmente seja seu trabalho mais sujo e denso de todos....
As cenas dele se drogando são de um realismo que assusta, e o final estranho, rápido e abrupto encerra da única forma possível esse quase pesadelo em forma de filme!
Nota: 7,5
Sully: O Herói do Rio Hudson
3.6 577 Assista AgoraUm filme curto e simples, dirigido pela lenda Clint Eastwood que aqui imprime todo charme característico de suas obras ,em um filme quase documental, que aposta suas fichas em uma narrativa mais realista que em nenhum minuto se torna enfadonho ou chato... O grande trunfo aqui e que com certeza chama mais atenção até que a história é o estudo de personagem, Capitão Sullenberg do Tom Hanks é um homem preocupado, ciente de suas qualidades como piloto, ciente de que fez algo impossível ao salvar todas aquelas vidas mais que ainda sim não consegue se ver como um herói...
Sully é um filme rápido, uma homenagem merecida a uma grande figura, que consegue mostrar a mesma coisa por pontos de vistas diferentes sem perder o foco e imprimindo uma narrativa centrada nas consequencias da queda do avião do que na queda em si... Nota: 7,8
Elle
3.8 885Me chamou atenção alguns comentários negativos de pessoas ' principalmente do público feminino'', detonando o filme e dando uma nota muito baixa por acharem o filme machista, ou coisa do tipo... O fato da mulher ter uma reação diferente da usual após ser atacada deixou muita gente revoltada como se esse filme fosse um filme sobre mulheres, no plural, quando na verdade é o filme sobre UMA mulher específica, sendo inclusive esse o fio condutor principal do filme; O fato de Michele ser uma mulher diferente, com reações anormais, imprevisível e principalmente sua relação conturbada e estranha com as pessoas que convivem com ela, seus traumas do passado e os efeitos que eles causaram na mulher que ela é hoje...
Gostei de Elle, a relação da personagem com o estuprador me lembrou as relações que o Almodóvar gosta de filmar: meio bizarro, psicológico, um lance meio Síndrome de Estocolmo, é de um estranhamento que causa curiosidade e prende o telespectador na frente da tela até o fim, grande parte disso graças ao trabalho e entrega da Isabelle Hupert, e também a versatilidade do Paul Verhoeven.
Elle é um filme 'ame ou odeie', cheio de ironia que traz um estudo de personagens que foge completamente do convencional ou do que é aceito pela sociedade; eu amei , Nota: 8,9
99 Casas
3.4 171O Andrew Garfield se esforça e até se sai bem, porém o ator é muito jovem e não tem o peso para passar credibilidade fazendo esse papel, o personagem não combinou com ele... Michael Shannon por sua vez manda bem mais uma vez, um grande ator vivendo seu melhor momento.
No mais 99 Homes tem uma história interessante , apesar de achar que a dualidade do personagem Nash poderia ter sido mais bem abordada o filme se sai bem no que se propõem e traz a tona uma crítica ao setor imobiliário americano que poucas vezes é abordado no cinema..
Nota: 7,2
Port Of Call
3.3 12O filme é pesado, tenso, lento e obscuro... A investigação e a estrutura narrativa me lembrou um pouco os filmes de investigação criminal coreanos.
O que me chamou atenção aqui foi o realismo e a falta de maquiagem, a história é contada de forma crua, o que faz desse filme algo um pouco difícil de se assistir... O filme retrata ainda uma Hong Kong decadente e soturna e os personagens são muito humanos, tudo isso ajuda a criar o clima da obra..
O filme fica ainda mais pesado após a revelação do assassino, a cena em que o assassinato é recriado mais pro fim, é de uma frieza e violência assustadora, porém no meio dessa neblina de obscuridade e violência o filme ainda sim consegue ser belo, e um dos meus favoritos do ano!
Nota: 8,0
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraNão achei o filme nem um pouco político, e acho babaquice julga-lo assim por causa do que ocorreu, pra mim esse filme fala sobre resiliência, nostalgia e sobrevivência,é a história de uma mulher forte e espirituosa que sobreviveu a um câncer e agora resiste para não deixar a casa em que viveu por tanto tempo e que tem tantas lembranças...
Assim como em 'Som ao Redor o bairro tinha vida, em Aquarius a casa de Clara possui história, cada detalhe, cada móvel, é muito fácil acreditar que alguém viveu a vida inteira ali, mais que uma casa, mais que um cenário, o apartamento de Clara é um lar, e você sente isso o tempo inteiro...
O uso da música também é muito bom, trilha sonora fantástica, e é usada de forma incrível, mostrando a personalidade da personagem e ainda ajudando a contar a história... toda vez q ela colocava um disco na vitrola eu ficava feliz..
O diretor deixa a câmera na sua personagem principal, e o trabalho da Sonia Braga é tao maravilhoso que a câmera some, você esquece que é um filme e eu torci incondicionalmente pela Clara desde o início..
E claro, não posso deixar de falar do final desse filme, o filme termina no segundo exato e a última cena me fez aplaudir o filme no final, não é sempre que isso acontece.
Aquarius é o melhor filme nacional do ano,é poesia em forma de cinema, e é obrigatório pra quem gosta do trabalho do Kléber Mendonça Filho...
Nota: 9,5
Esquadrão Suicida
2.8 4,0K Assista AgoraO início do filme é muito promissor, a apresentação dos personagens é interessante e te deixa ansioso pelo que vem em seguida, porém o filme cai para um lugar comum em filmes desse tipo...
Ficou claro pra mim que não é esse filme que o David Ayer queria apresentar, o filme passou por muitas mudanças derivadas de preocupações da D.C em relação ao fracasso do último filme do Snyder, por isso muitas piadinhas e outras coisas claramente foram inseridas depois para amenizar o tom sombrio que os filmes da D.C possuem, porém ao me ver aqui mais do que nunca essa obscuridade cairia muito bem na história.
O filme é mal editado, têm cortes demais, as vezes parece até um trailer gigante, as cenas de lutas sofrem do mesmo problema, são tantos cortes que você não consegue entrar no clima das cenas de ação...
Diferente da maioria não achei que a Arlequina roubou a cena não, achei o personagem dela bem vazio e caricato na verdade, o mesmo acontece com o Joker do Jared Letto, além de caricato não passou a sensação de perigo que esse personagem necessita, no fim ficou parecendo um funkeiro ostentação que só entrou no filme pra vender ingressos, aliás se ele fosse o vilão do filme pelo menos nos pouparia desse vilão tão lamentável que foi proposto..
Viola Davies e Will Smith pra mim são os destaques aqui, são os personagens mais marcantes..
Esquadrão Suicida nos seus melhores momentos é divertido e obscuro, porém na maior parte do tempo é apenas mais um filme genérico de heróis com direito a feixe de luz no céu e todas essas besteiras típicas do gênero... A ideia de um filme para torcer pros vilões não é respeitada aqui, pois o filme passa o tempo todo tentando nos mostrar que vilões não são tão maus assim na verdade... Nota: 6,5
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraAnsiedade batendo!
A Grande Aposta
3.7 1,3KÉ um filme importante, fala de um assunto sério que faz dele algo bastante necessário, porém o tema que ele aborda não é de entendimento de qualquer um, muitos termos técnicos que dificultariam e afastariam a audiência deixando o filme bastante enfadonho... A escolha para aproximar esse filme do público está no estilo, pois é um filme bastante didático que usa de diversos recursos durante a narrativa, desde narrações, gráficos, desenhos e palavras escritos na tela, colagens e até mesmo alguns momentos em que o filme para pra que alguma celebridade explique determinado termo sobre economia para o público...
O filme tem humor e traz no elenco grandes nomes que se saem muito bem, destaque para a atuação do Cristian Bale que se destaca no meio de tanta gente fera!
Nota: 7,7
Holy Hell
4.0 39Surreal, inacreditável e revoltante!
Um Cadáver para Sobreviver
3.5 936 Assista AgoraQuase impossível definir ou falar algo sobre esse filme... Me apaixonei pelo cinema dos irmãos Daniels e pretendo acompanhar de perto tudo que eles fazem, que maneira linda e original de subverter os padrões dos filmes de sucesso de Hollywood!
O filme pode parecer estranho e é mesmo, mas ao assistir você deve tentar enxergar por trás de todo simbolismo que os diretores usam, pois nada está la atoa,nem mesmo os 'gases' ou a ereção, cada cena estranha, ou até mesmo nonsense tem algum significado por trás, e o filme tem muito a dizer e usa a melhor forma possível para passar isso...
Paul Dano é um dos meus atores favoritos e aqui mais uma vez ele está fantástico, Daniel Radcliffe tem um personagem difícil mais também se sai muito bem, a fisicalidade é muito boa e a química entre os dois chama atenção, me peguei gargalhando várias vezes e em algumas outras me emocionei bastante, os diálogos são muito bem escritos, esses irmãos sabem como fazer um filme original...
Outra cosia que me chamou muita atenção foi a trilha sonora do filme toda a capela, que muitas vezes coincidem com a voz dos personagens, não sei como explicar isso direito, só vendo mesmo, mais nunca vi nada parecido, esse aspecto transforma o filme em uma espécie de anti-musical, e é de uma sensibilidade tremenda.
Swiss Army Man é o filme mais original do ano e um dos mais criativos que já vi na vida... Nota: 9,0
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraSpotlight não traz praticamente nenhum entretenimento para quem assiste, é um filme difícil, não só pelo tema sério, mais principalmente pelo seu estilo de contar a história... Passamos 2 horas acompanhando a investigação por meio de documentos, entrevistas, leituras; o diretor abre mão de mostrar cenas chocantes que aqui até caberiam, mas ao invés de mostrar ele prefere sempre contar o que aconteceu por meio de relatos dialogados, essas decisões poderiam fazer o filme enfadonho ou chato... Porém aqui o contrário acontece, o peso das descobertas são tão grandes que você não consegue tirar os olhos da tela.
O que difere esse filme dos outros de 2015 é que aqui apesar de todos os fatores levarem a um afastamento do público o diretor consegue ao contrário aproximar quem assiste da história, e pra fazer isso o diretor ao invés de abusar de efeitos visuais e coisas desse tipo, ele escolhe enfatizar o trabalho em equipe dos jornalistas, e principalmente em uma montagem soberba, que faz de Spotligth um filme parado, que não para durante nem um minuto, a trama sempre vai adiante com muita fluidez, sem previsibilidade e sem apelar pro sensacionalismo em nenhum momento, aqui o grande destaque são os diálogos e as camadas que cada personagem possui..
As atuações são contidas porém tem um peso gigante, o personagem do Michael Keaton é muito robusto e traz uma liderança realista e palpável, já o Mark Ruffalo entrega uma das melhores atuações de sua carreira, seu personagem é o coração da equipe, e a cena mais emocional do filme é protagonizada por ele... Outra que detona é a Rachel McAdams em uma atuação muito inteligente, a personagem dela é muito dedicada e instintiva.
No final somando um dos filmes mais realistas de sempre,um roteiro maravilhoso, a montagem e edição perfeitas, atuações primorosas, um trabalho de direção que não subestima seu público em momento nenhum e principalmente por transformar um filme de documentos e burocracias em algo delicioso de assistir, Spotlight mereceu sim os prêmios que recebeu, apesar de não ser um filme para espectadores esporádicos, pra quem tem uma bagagem maior, é sim CINEMA da maior qualidade!
Nota: 9,5
Ps: A fase ruim da carreira do Michael Keaton parece que ficou para trás, depois de tanto filme bosta, ele protagonizou os dois últimos vencedores do Oscar e os bons papéis vão voltando a aparecer na mesa do eterno BeetleJuice, cabe agora continuar escolhendo bem seus trabalhos...
Enter The Void: Viagem Alucinante
4.0 871 Assista AgoraO Bluray desse filme deveria vir com uma cartinha de lsd pra consumir junto... Viagem sem igual, uma experiência de levar para o resto da vida,..
Melhor do Gaspar noé pra mim até aqui
Invocação do Mal 2
3.8 2,1K Assista AgoraCom o passar dos tempos fui ficando cínico pra esse tipo de filme... A história é boa, a química entre a Vera Farmiga e o Patrick Wilson esta melhor aqui, algumas cenas práticas são bem boladas e assustam; porém algumas caem na pura manipulação visual já manjada, tenta demais assustar com sustos repetidos em alguns momentos, e possui sim um amontoado de clichês desse tipo de filme,o que não significa que o filme é genérico, mais também não ha nada reinventado aqui, a diferença é que é um clichê bem feito por um diretor que sabe muito bem manipular seu público...
O ponto que me irritou aqui mais uma vez foi o excesso de c.g.i que cai naquela velha ostentação visual que não gosto, acho que as vezes menos é mais, e por isso prefiro mil vezes qualquer clássico do terror dos anos 70/80 do que esse The Conjuring, porém o público que gosta desses filmes contemporâneos de horror tende a ser um prato cheio..
Nota: 7,4
Hope
4.5 375Só os Sul-Coreanos para fazerem um filme tão triste não cair pro dramalhão desnecessário, não parecer em nenhum momento forçado e em nenhum momento traz aquele sentimento de que o filme tenta te fazer chorar a cada cena...
Hope é muito triste sim e a história é ate bem pesada, mais o filme tenta mostrar o lado doce e bonito das coisas, ele te deixa varias vezes sem chão, mais isso sempre vem acompanhado com uma lição bonita... A relação do pai e da filha foi linda e tudo q ele faz pra se reaproximar dela, achei esse ponto o mais legal aqui...
Tendo dito tudo isso, Hope conseguiu me fazer chorar sim, mais não é aquele choro de tristeza que te deixa mal por ter visto aquilo tudo, é mais um choro de emoção mesmo, é um filme muito emocionante!
Nota: 8,0
ps: Visto no Netflix
Condado Macabro
2.4 147 Assista AgoraOs diretores souberam aproveitar muito bem as influências e inspirações tiradas dos slasher's dos anos 80 em alguns momentos, mais no geral o filme não tem uma identidade, o que atrapalha um pouco...
Acho que ainda o maior problema do filme é que quem o dirigiu entende de filmagens, mais não sabe dirigir atores, ou isso ou a escolha foi muito ruim mesmo, as atuações são fracas e nenhum daqueles personagens é palpável, nenhuma daquelas pessoas poderiam existir na vida real, são apenas personagens clichês e falsos... Além dos atores serem fracos e os diálogos decorados e mal escritos, o personagem Beto é um enorme desserviço pro filme, além de fazer uma piadinha a cada 2 minutos, nenhuma funciona, o personagem é chato, ridículo, artificial, irritante e sem graça, e isso cabe ao diretor, ver quando algo não esta dando certo e concertar a tempo, se a ideia era ser um alivio cômico ficou longe, não sou de desistir de assistir algo mais esse personagem me tirou do sério e quase larguei condado macabro na metade..
No mais a intenção foi boa, o filme consegue ser um genérico até bem feito as vezes, mais enquanto acerta em algumas coisas os pontos negativos são muito maiores... Nota: 3,8