Quando se fala de metalinguagem e auto homenagem em filme de terror no inicio dos anos 2000, a galera se lembra de O Segredo da Cabana, mas eu prefiro esse Por rás da Máscara, também é fraco mas é menos pretencioso e auto indulgente e não tenta ser mais do que é: um filme bobo pra passar o tempo! 5,5/10
Além de mostrar que filmes de comédia podem ainda ser relevantes, Taika Waititi prova que da pra fazer humor de qualidade e bom gosto mesmo com temas obscuros... Além disso o filme é cativante, a mensagem por trás é linda ,tecnicamente é muito interessante e te faz rir o tempo todo! 10/10
Esse filme é ao mesmo tempo tão Johnnie To e ao mesmo tempo tão não johnnie To... A forma como ele aproveita o espaço pequeno do hospital em prol da narrativa, os momentos de tensão,a expectativa pra ação no final, e a cena em si em forma de música, quase como um balé em forma de tiroteio, tudo isso compensa os problemas que o filme tem... 7,0
Esse filme é meu favorito do Gus Van Sant, tem uma mistura de minimalismo com muita experimentação artística que faz desse filme uma obra única... A forma como o garoto principal age e se relaciona com as pessoas, mostra um distanciamento emocional que é o mote do filme, bem mais do que o crime em si, esse é um filme sobre uma juventude desconectada com a realidade e a procura de afeto. 7.0
Phantom of the Paradise, é um musical estranho, tanto na sua temática quanto na sua estética, tem um Brian de Palma claramente se divertindo na direção... Infelizmente o filme não foi muito compreendido e acabou sendo um fracasso nas bilheterias; eu pessoalmente adoro. 7.5
Ruben Östlund já havia me surpreendido com seu cinema reflexivo e humor mordaz no ótimo Force Majeure, porém em The Square ele elevou ao máximo esses elementos e me conquistou de vez... A cena da síndrome de Tourette é uma aula de como manipular o senso de humor e culpa do espectador, e ele faz isso várias vezes durante o filme, gerando um misto de sensações que variam de ironia e desconforto fazendo do filme algo inesquecível! Nota: 8,6
Segue aquela onda do Linklater de segurar seus filmes pelos diálogos e atuações; Eu gosto, embora tenha sentido falta de uma pungencia maior em relação ao drama do personagem do Steve Carell... É um filme menor do diretor, funciona pelo texto que é muito bom e pelo personagem do Bryan Cranston que é a alma e o coração do filme... Nota: 7,4
A dupla de atores Andy Nyman e Jeremy Dyson, se encontram na direção desse que é um dos melhores filmes de horror do ano, mesmo dentro de um certo despojamento da história e da reviravolta questionável no terceiro ato,conseguem manter o espectador grudado na tela até o fim... Tecnincamente a direção é muito acima da média, com bom uso da fotografia nos momentos de transição de uma cena para outra e a escolha dos angulos certos em determinados momentos.... Todas as atuações são muito boas destaque pro Martin Freeman sempre bem, além do filme ter um bom ritmo e uma história que deixa com aquela pulga atrás da orelha... O filme não é assustador, é tudo muito simples,o terror se dá principalmete por causa das três histórias que são inseridas durante sua progressão, sendo a primeira a mais climática, a segunda a mais assustadora e mais legal tambem e a terceira menos forte porém importante pra reviravolta que se dá no fim... Ghost Stories prova que o genero ainda pode dar muita coisa boa, embora não seja perfeito nem assustador é um filme extremamente simpático e envolvente, que funciona dentro de sua simplicidade graças a um roteiro bem feito e uma direção extremamente bem conduzida... Nota : 7,5
Direção perfeita do John Krasinski, entregando um dos filmes mais tensos dos últimos anos, que deixa você torcendo pelos personagens e causa reações físicas no espectador, que fica se contorcendo na cadeira do cinema preocupado se as criaturas vão ou não ouvir determinado som. É muito fácil se conectar a atmosfera do filme, talvez por isso até o silêncio se estendeu ao público, algo que me surpreendeu já que entrei na sala preocupado com a algazarra que geralmente a galera sem edução faz. A Quiet Place é no fim das contas um dos filmes mais assustadores, tensos e perverso dos últimos anos, a premissa é executada com uma magistral virtuosidade, não deixando espaço para contestações ou reclamações. Nota: 8,9
Não é tão ruim... A falta de tensão é algo que incomoda, mais nem foi o que me aborreceu mais, senti que o maior problema foi a dificuldade de situar esse filme com a história original, onde essa história se encaixa em relação aos outros filmes, se ignora todos os outros já que claramente não é um remake, é quase um reboot, ou pelo menos seria se tivesse explicado melhor a geografia do filme em relação a linha do tempo, pelo que ficou entendido esse filme acontece 13 anos depois do original,e ignora o que ocorreu nos outros filmes que não o primeiro, o problema talvez tenha sido a escassez de cenas que remontam o passado, são apenas duas ou três, sendo que uma nada mais é que um delírio da personagem principal, além de ser uma clara homenagem a uma cena clássica do filme original. A história central chega a prender, mais eu senti muita falta do Isaac, do milharal, da iconografia e de vários elementos que fazem eu gostar dessa franquia mesmo tendo tantos filmes duvidosos, o filme é amancipatório demais e isso estraga um pouco na experiência... Nota: 5,1
O Ritual é um bom exemplo de um filme de terror com uma atmosfera que funciona, roteiro bem escrito e tensão na medida certa... Apesar do ápice narrativo estar no terceiro ato, os momentos que eu mais gostei foram os deles perdidos na floresta, me lembrou um pouco a Bruxa de Blair em alguns momentos. O diretor David Bruckner mostra que sabe trabalhar bem com o gênero, e apesar do filme ter tudo pra dar errado, ele têm total controle do que faz e entrega um bom exemplar do gênero, muito melhor do que outros filmes com a mesma temática que saíram recentemente. 7,4
Taylor Sheridan é um roteirista foda ( Sicario, Hell or High Watter) e em Wind RIver ele não só escreve como dirige o filme, o que é ótimo já que ele tem total controle do que esta sendo mostrado e isso pode ser visto em todas as suas nuances do primeiro ao último minuto da obra... O realismo presente em todos seus filmes, a não necessidade de recursos, floreios ou até mesmo surpresas, está tudo de volta aqui nesse que pra mim não chega a ser seu melhor roteiro mais é o seu melhor filme, graças ao controle já citado antes que o diretor tem de tudo que faz... O filme não tenta enganar o público, está tudo ali na tela, a investigação é simples e não se preocupa em te surpreender por meio de plot-twist, ao invés de deixar o público adivinhando ele opta por mostrar exatamente o que aconteceu, é uma opção arriscada, já que isso deixa a montagem e construção do filme diferentes do usual, porém o roteiro do Sheridan é tão poderoso que isso se torna algo a favor, a força do filme está nos diálogos e no forte sub texto que fala de luto, perda e como sobreviver após perder um filho de forma tão trágica, e é justamente aí que entra Jeremy Renner, no personagem mais robusto de toda sua carreira, o tempo inteiro tanto em silêncio quanto nas suas falas ele consegue transmitir o peso dessa tristeza de forma incrível, não vou me surpreender se ele for lembrado nas premiações... Elizabeth Olsen também está muito boa, seu personagem, sua coragem faz dicotomia com sua fragilidade, e sua vontade é o alicerce que faz o filme andar... Tecnicamente o filme é perfeito, a cinematografia é maravilhosa, composta de uma fotografia estonteante, talvez a melhor do ano até agora, o branco da imensidão da neve em contraste com o cinza da terra ou azul do céu cria algumas transposições imagéticas de tirar o folego, e fazem daquela neve e daquele lugar quase um personagem da história. Wind River não chega a ser o melhor filme do ano, mas foi sem dúvidas um dos que mais gostei, merece ser descoberto e Taylor Sheridan é um cara a ser seguido de perto! Nota: 8,9
Better Watch Out não é uma mistura de terror com comédia como está sendo dito em alguns lugares... O filme está mais pra um suspense extremamente bem conduzido, com toques sutis de humor-negro que em momento nenhum cai pra galhofa como no recente The Babysitter por exemplo... Chris Peckover já havia mandado bem no terror cheio de crítica social Undocumented, e aqui ele está em estado de graça, além de se mostrar sempre um passo a frente do espectador ele conduz sua câmera com maestria por entre os cômodos da casa sempre de forma suave, algumas vezes até mostrando algo em segundo plano acontecendo ao fundo enquanto o foco esta no personagem que está no primeiro plano, é uma direção inventiva e que traz um frescor novo ao gênero... Há um trabalho de manipulação do público muito competente aqui, o filme te surpreende algumas vezes (não veja o trailer), o inocente se torna doentio, e as reviravoltas mudam o que você pensava que sabia sobre o que esta acontecendo em tela... Levi Miller esta sensacional, ele rouba a cena e engana direitinho o público, a bela Olivia deJonge também arrasa, embora o mesmo não pode ser dito de alguns personagens secundários. Better Watch Out entra na lista ao lado de filmes como Esqueceram de Mim, Grinch e Natal Sangrento (entre outros), como um clássico instantâneo do cinema natalino! Nota: 8,0
O Hóspede é o melhor filme do Adam Wingard, dos fracos Você é o Próximo, A Horrible way to Die, e recentemente dos remakes de Bruxa de Blair e Death Note, ou seja, essa afirmação não significa muito... Falando do filme, o ponto de partida é tão interessante que você acaba relevando alguns problemas como a previsibilidade do roteiro, (já que com menos de 40 minutos de filme eu sabia exatamente como ele terminaria) , a explicação fraca para a origem do personagem central, além de alguns diálogos expositivos demais. Apesar disso o filme tem mais acertos que erros, desde a trilha sonora sintética que parece ter saído de algum trabalho do John Carpenter, a atmosfera que apesar de trazer aquela sensação de que algo esta errado consegue transmitir tambem uma sensação de descontração sem interferir na qualidade do filme, e é claro a atuação quase robótica mais repleta de charme e mistério do bom Dan Stevens... O Hóspede é um filme esquecível que não fica na memória de quem assiste, mas está longe de ser descartável como foi dito embaixo, é um filme de certa forma despretensioso que diverte durante seus 99 minutos, e pelo menos entrega o que se propõem: tem ação, suspense e mistério ainda que não seja ótimo... Nota: 7,3
Bem produzido o filme tem um ótimo ponto de partida, parece que vai ser um thriller de qualidade no começo, mais logo na virada do primeiro para o segundo ato você começa a perceber que na verdade tudo não passa de uma bobagem... Além de ser muito incoerente em quase tudo que se propõem a fórmula de tentativa de sustos e de criar um vilão imponente não funciona, além de ser muito clichê e as vezes até babaca em alguns momentos... É uma pena um filme com um ponto de partida tão interessante se auto destruir antes mesmo da sua metade se tornando um filme quase impossível de se acompanhar e que me irritou profundamente em alguns momentos.... Nota: 3,9/10
O argentino Andy Muschietti que debutou com o acima da média mais nada de especial Mama, aqui em IT a coisa, parece ter encontrado sua voz... Ele acerta em todos os aspectos do filme, investe muito na amizade dos garotos e transforma esse elemento no principal foco narrativo responsável por dar a alma ao filme, já que todo mundo sabe que um filme de horror é muito mais satisfatório quando nos importamos com o destino dos personagens, e aqui todos os integrantes do grupo tem sua personalidade bem trabalhada, a amizade é muito crível,existe um desenvolvimento de personagens e eles interagem entre si de uma forma muito natural, direção e atores caminham muito bem juntos e o resultado final é excelente, destaque para o Finn Wolfhard de Stranger Things... Quanto ao Pennywise, o Bill Skarsgård dá um show, é diferente da abordagem do Tim Curry, mas aqui o palhaço está mais macabro, mais perigoso e assustador, apesar de sofrer um pouco com o excesso de cgi, assim como acontece em Mama, as cenas em quem podemos ver o ator interpretando o palhaço são excelentes a forma como ele muda o semblante de sorridente pra sério e a fisicalidade do personagem chamam atenção... As cenas de horror são feitas com muita qualidade, é tudo na dose certa, e o mais importante, mantém o clima criado por Stephen King no livro,sem perder os elementos que fazem de It um excelente filme de terror e um clássico instantâneo do cinema de horror contemporâneo. Nota: 8,5
Sensacional, quase uma carta de amor, ou uma ode à sonoplastia dos filmes de terror... O filme é lento e parado, mas a atmosfera aqui é perfeita, graças ao uso maravilhoso do som que cria toda a tensão, e transposições imagéticas muito interessantes,além do grande trabalho do Toby Jones como Gilderoy.... embora o filme seja quase estático, há muito para se apreciar aqui. Nota: 7,9
Wakefield foi um filme que me agradou bastante, primeiro pela narrativa diferente, pelo fato do filme se passar praticamente todo na cabeça do personagem principal, e os devaneios que ele têm ser o principal foco narrativa da história,e segundo pelo qualidade da atuação do Bryan Cranston que carrega o filme quase todo nas costas... Apesar do final deixar tudo pra imaginação do espectador, eu confesso que me identifiquei com a loucura do Howard Wakefield, e cheguei a me ver tomando a mesma atitude que ele. No fim graças a um texto maravilhoso e todo essa questão da linha tênue entre loucura e sensatez, além da atuação belíssima do protagonista faz de Wakefield uma experiencia muito agradável! NOta: 7,8
Um daqueles raros momentos em que o cinema deixa de ser algo comercial e passa a se tornar uma manifestação artística... The Lure não é perfeito, mas é um filme bizarro, provocativo, belo e ao mesmo tempo mórbido, as músicas são excelentes, e apesar de perder a força na transição do segundo pro terceiro ato, é um grande musical, uma combinação arriscada que acabou gerando um filme estranho porém irresistivel! Nota; 7,9
Os filmes do Johnnie To possuem uma sobriedade e um realismo intenso que aqui em Election pode ser visto no que talvez seja sua forma mais acurada entre seus trabalhos... Aqui o diretor opta por dar enfase na relação entre os personagens (que são muito bem trabalhados), e principalmente nas tradições que cercam a gigantesca organização criminosa que é a tríade chinesa, e as relações entre poder, irmandade, fidelidade e outros valores que permeiam esse submundo. De forma resumida, da pra dizer que Election é um filme parado, que nunca para, as ações e decisões dos personagens, além da busca desenfreada pelo tradicional bastão que representa o poder dentro da organização, prendem muito mais a atenção do que a violência, que até aparece no filme, sempre pegando de surpresa o público, sendo um mal necessário ao invés de um gancho narrativo. O filme ainda conta com algumas cenas geniais como o embate a noite na rua e a do ritual que torna Kun o novo presidente, além de possuir ótimos personagens no que diz respeito aos pertencentes ao círculo criminoso da organização, é um trabalho muito bem feito, um gosto adquirido pela sua narrativa aparentemente lenta e de certa forma complicada e intricada... é um filme difícil de recomendar, já que tem um público muito especifico, mais se você conhece e gosta dos filmes do Johnnie To como Drug War e Fong Juk e o cinema tão característico desse diretor chinês te chama a atenção, esse trabalho se torna obrigatório, e dentro do que se propõem é um filmaço, sem duvida um dos melhores do To que eu tanto gosto! Nota: 8,4
J.C Chandor opta por uma abordagem mais intimista de seu personagem principal, em detrimento de algo mais expositivo, superficialmente é um filme de máfia, mais na sua verdadeira composição é um filme sobre um homem normal, lutando contra seus extintos violentos, tentando prosperar da forma certa em seu negócio de transporte apesar das coisas estarem dando sempre errado ele ainda assim tenta resolver tudo dentro da lei, em um ano que foi considerado o mais violento de N.Y.. Tecnicamente o filme é um petardo, a fotografia meio em sépia, os movimentos de câmera deixam o filme muito charmoso, e estiloso... Na transição do segundo pro terceiro ato ele acaba se arrastado um pouco, mais o ritmo lento faz parte do dna dessa obra, o diretor não tem pressa e sabe muito bem que seus melhor trunfo aqui são os diálogos e a quimica entre os personagens do monstro Oscar Isaac e da sempre maravilhosa Jessica Chanstain, as cenas dos dois contracenando são inacreditavelmente verdadeiras, um trabalho de ator maravilhoso! Nota: 8,3
O filme consegue ser tenso, intrigante e ao mesmo tempo engraçado: des de ''The Wailing" não vejo um alívio cômico funcionar tão bem em um filme do gênero... A história foge dos clichês, não chega a ser surpreendente, mais a forma como as ideias são executadas aqui faz toda a diferença, o filme é muito ágil e bastante provocante,além de causar um sentimento de aflição durante toda a projeção do mesmo ; parece um episódio maior e de mais qualidade de Black Mirror, trocando a crítica à tecnologia por uma critica social ao racismo, já que o efeito que o filme causa é bem parecido... Tecnicamente também chama a atenção os movimentos de câmera, que mostram que o diretor sabe bem o que esta fazendo, e principalmente a atuação do Daniel Kaluuya, que tem um dos olhares mais expressivos que já vi. Get Out ganha um lugarzinho lá no alto na lista de melhores filmes de 'terror' dos últimos anos... ágil, inteligente e provocante sem deixar de ser assustador e peverso! Nota: 9,0
Por Trás da Máscara: O Surgimento de Leslie Vernon
3.0 119Quando se fala de metalinguagem e auto homenagem em filme de terror no inicio dos anos 2000, a galera se lembra de O Segredo da Cabana, mas eu prefiro esse Por rás da Máscara, também é fraco mas é menos pretencioso e auto indulgente e não tenta ser mais do que é: um filme bobo pra passar o tempo!
5,5/10
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraAlém de mostrar que filmes de comédia podem ainda ser relevantes, Taika Waititi prova que da pra fazer humor de qualidade e bom gosto mesmo com temas obscuros...
Além disso o filme é cativante, a mensagem por trás é linda ,tecnicamente é muito interessante e te faz rir o tempo todo!
10/10
Infiltrado
3.2 13 Assista AgoraEsse filme é ao mesmo tempo tão Johnnie To e ao mesmo tempo tão não johnnie To...
A forma como ele aproveita o espaço pequeno do hospital em prol da narrativa, os momentos de tensão,a expectativa pra ação no final, e a cena em si em forma de música, quase como um balé em forma de tiroteio, tudo isso compensa os problemas que o filme tem...
7,0
Paranoid Park
3.6 324Esse filme é meu favorito do Gus Van Sant, tem uma mistura de minimalismo com muita experimentação artística que faz desse filme uma obra única...
A forma como o garoto principal age e se relaciona com as pessoas, mostra um distanciamento emocional que é o mote do filme, bem mais do que o crime em si, esse é um filme sobre uma juventude desconectada com a realidade e a procura de afeto.
7.0
O Fantasma do Paraíso
3.8 104Phantom of the Paradise, é um musical estranho, tanto na sua temática quanto na sua estética, tem um Brian de Palma claramente se divertindo na direção... Infelizmente o filme não foi muito compreendido e acabou sendo um fracasso nas bilheterias; eu pessoalmente adoro.
7.5
The Square - A Arte da Discórdia
3.6 318 Assista AgoraRuben Östlund já havia me surpreendido com seu cinema reflexivo e humor mordaz no ótimo Force Majeure, porém em The Square ele elevou ao máximo esses elementos e me conquistou de vez...
A cena da síndrome de Tourette é uma aula de como manipular o senso de humor e culpa do espectador, e ele faz isso várias vezes durante o filme, gerando um misto de sensações que variam de ironia e desconforto fazendo do filme algo inesquecível!
Nota: 8,6
A Melhor Escolha
3.4 101 Assista AgoraSegue aquela onda do Linklater de segurar seus filmes pelos diálogos e atuações; Eu gosto, embora tenha sentido falta de uma pungencia maior em relação ao drama do personagem do Steve Carell...
É um filme menor do diretor, funciona pelo texto que é muito bom e pelo personagem do Bryan Cranston que é a alma e o coração do filme...
Nota: 7,4
A Morte de Stalin
3.6 134 Assista AgoraMelhor filme de 2018 até então... Extravagante e inteligente, sem deixar de ser históricamente relevante e hilário!
Nota: 10
Histórias de Além-Túmulo
3.2 244 Assista AgoraA dupla de atores Andy Nyman e Jeremy Dyson, se encontram na direção desse que é um dos melhores filmes de horror do ano, mesmo dentro de um certo despojamento da história e da reviravolta questionável no terceiro ato,conseguem manter o espectador grudado na tela até o fim...
Tecnincamente a direção é muito acima da média, com bom uso da fotografia nos momentos de transição de uma cena para outra e a escolha dos angulos certos em determinados momentos.... Todas as atuações são muito boas destaque pro Martin Freeman sempre bem, além do filme ter um bom ritmo e uma história que deixa com aquela pulga atrás da orelha...
O filme não é assustador, é tudo muito simples,o terror se dá principalmete por causa das três histórias que são inseridas durante sua progressão, sendo a primeira a mais climática, a segunda a mais assustadora e mais legal tambem e a terceira menos forte porém importante pra reviravolta que se dá no fim...
Ghost Stories prova que o genero ainda pode dar muita coisa boa, embora não seja perfeito nem assustador é um filme extremamente simpático e envolvente, que funciona dentro de sua simplicidade graças a um roteiro bem feito e uma direção extremamente bem conduzida...
Nota : 7,5
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraDireção perfeita do John Krasinski, entregando um dos filmes mais tensos dos últimos anos, que deixa você torcendo pelos personagens e causa reações físicas no espectador, que fica se contorcendo na cadeira do cinema preocupado se as criaturas vão ou não ouvir determinado som.
É muito fácil se conectar a atmosfera do filme, talvez por isso até o silêncio se estendeu ao público, algo que me surpreendeu já que entrei na sala preocupado com a algazarra que geralmente a galera sem edução faz.
A Quiet Place é no fim das contas um dos filmes mais assustadores, tensos e perverso dos últimos anos, a premissa é executada com uma magistral virtuosidade, não deixando espaço para contestações ou reclamações.
Nota: 8,9
Colheita Maldita: Fugitivos
1.9 22Não é tão ruim... A falta de tensão é algo que incomoda, mais nem foi o que me aborreceu mais, senti que o maior problema foi a dificuldade de situar esse filme com a história original, onde essa história se encaixa em relação aos outros filmes, se ignora todos os outros já que claramente não é um remake, é quase um reboot, ou pelo menos seria se tivesse explicado melhor a geografia do filme em relação a linha do tempo, pelo que ficou entendido esse filme acontece 13 anos depois do original,e ignora o que ocorreu nos outros filmes que não o primeiro, o problema talvez tenha sido a escassez de cenas que remontam o passado, são apenas duas ou três, sendo que uma nada mais é que um delírio da personagem principal, além de ser uma clara homenagem a uma cena clássica do filme original.
A história central chega a prender, mais eu senti muita falta do Isaac, do milharal, da iconografia e de vários elementos que fazem eu gostar dessa franquia mesmo tendo tantos filmes duvidosos, o filme é amancipatório demais e isso estraga um pouco na experiência...
Nota: 5,1
O Ritual
3.2 475 Assista AgoraO Ritual é um bom exemplo de um filme de terror com uma atmosfera que funciona, roteiro bem escrito e tensão na medida certa... Apesar do ápice narrativo estar no terceiro ato, os momentos que eu mais gostei foram os deles perdidos na floresta, me lembrou um pouco a Bruxa de Blair em alguns momentos.
O diretor David Bruckner mostra que sabe trabalhar bem com o gênero, e apesar do filme ter tudo pra dar errado, ele têm total controle do que faz e entrega um bom exemplar do gênero, muito melhor do que outros filmes com a mesma temática que saíram recentemente.
7,4
Terra Selvagem
3.8 594 Assista AgoraTaylor Sheridan é um roteirista foda ( Sicario, Hell or High Watter) e em Wind RIver ele não só escreve como dirige o filme, o que é ótimo já que ele tem total controle do que esta sendo mostrado e isso pode ser visto em todas as suas nuances do primeiro ao último minuto da obra...
O realismo presente em todos seus filmes, a não necessidade de recursos, floreios ou até mesmo surpresas, está tudo de volta aqui nesse que pra mim não chega a ser seu melhor roteiro mais é o seu melhor filme, graças ao controle já citado antes que o diretor tem de tudo que faz... O filme não tenta enganar o público, está tudo ali na tela, a investigação é simples e não se preocupa em te surpreender por meio de plot-twist, ao invés de deixar o público adivinhando ele opta por mostrar exatamente o que aconteceu, é uma opção arriscada, já que isso deixa a montagem e construção do filme diferentes do usual, porém o roteiro do Sheridan é tão poderoso que isso se torna algo a favor, a força do filme está nos diálogos e no forte sub texto que fala de luto, perda e como sobreviver após perder um filho de forma tão trágica, e é justamente aí que entra Jeremy Renner, no personagem mais robusto de toda sua carreira, o tempo inteiro tanto em silêncio quanto nas suas falas ele consegue transmitir o peso dessa tristeza de forma incrível, não vou me surpreender se ele for lembrado nas premiações... Elizabeth Olsen também está muito boa, seu personagem, sua coragem faz dicotomia com sua fragilidade, e sua vontade é o alicerce que faz o filme andar...
Tecnicamente o filme é perfeito, a cinematografia é maravilhosa, composta de uma fotografia estonteante, talvez a melhor do ano até agora, o branco da imensidão da neve em contraste com o cinza da terra ou azul do céu cria algumas transposições imagéticas de tirar o folego, e fazem daquela neve e daquele lugar quase um personagem da história.
Wind River não chega a ser o melhor filme do ano, mas foi sem dúvidas um dos que mais gostei, merece ser descoberto e Taylor Sheridan é um cara a ser seguido de perto! Nota: 8,9
Perigo Próximo
3.4 484 Assista AgoraBetter Watch Out não é uma mistura de terror com comédia como está sendo dito em alguns lugares... O filme está mais pra um suspense extremamente bem conduzido, com toques sutis de humor-negro que em momento nenhum cai pra galhofa como no recente The Babysitter por exemplo...
Chris Peckover já havia mandado bem no terror cheio de crítica social Undocumented, e aqui ele está em estado de graça, além de se mostrar sempre um passo a frente do espectador ele conduz sua câmera com maestria por entre os cômodos da casa sempre de forma suave, algumas vezes até mostrando algo em segundo plano acontecendo ao fundo enquanto o foco esta no personagem que está no primeiro plano, é uma direção inventiva e que traz um frescor novo ao gênero...
Há um trabalho de manipulação do público muito competente aqui, o filme te surpreende algumas vezes (não veja o trailer), o inocente se torna doentio, e as reviravoltas mudam o que você pensava que sabia sobre o que esta acontecendo em tela... Levi Miller esta sensacional, ele rouba a cena e engana direitinho o público, a bela Olivia deJonge também arrasa, embora o mesmo não pode ser dito de alguns personagens secundários.
Better Watch Out entra na lista ao lado de filmes como Esqueceram de Mim, Grinch e Natal Sangrento (entre outros), como um clássico instantâneo do cinema natalino!
Nota: 8,0
O Hóspede
3.1 485O Hóspede é o melhor filme do Adam Wingard, dos fracos Você é o Próximo, A Horrible way to Die, e recentemente dos remakes de Bruxa de Blair e Death Note, ou seja, essa afirmação não significa muito...
Falando do filme, o ponto de partida é tão interessante que você acaba relevando alguns problemas como a previsibilidade do roteiro, (já que com menos de 40 minutos de filme eu sabia exatamente como ele terminaria) , a explicação fraca para a origem do personagem central, além de alguns diálogos expositivos demais.
Apesar disso o filme tem mais acertos que erros, desde a trilha sonora sintética que parece ter saído de algum trabalho do John Carpenter, a atmosfera que apesar de trazer aquela sensação de que algo esta errado consegue transmitir tambem uma sensação de descontração sem interferir na qualidade do filme, e é claro a atuação quase robótica mais repleta de charme e mistério do bom Dan Stevens...
O Hóspede é um filme esquecível que não fica na memória de quem assiste, mas está longe de ser descartável como foi dito embaixo, é um filme de certa forma despretensioso que diverte durante seus 99 minutos, e pelo menos entrega o que se propõem: tem ação, suspense e mistério ainda que não seja ótimo...
Nota: 7,3
O Cidadão Ilustre
4.0 198 Assista AgoraImpecável, honesto e virtuoso! Nota 9,0
O Despertar do Psicopata
2.0 37 Assista AgoraBem produzido o filme tem um ótimo ponto de partida, parece que vai ser um thriller de qualidade no começo, mais logo na virada do primeiro para o segundo ato você começa a perceber que na verdade tudo não passa de uma bobagem...
Além de ser muito incoerente em quase tudo que se propõem a fórmula de tentativa de sustos e de criar um vilão imponente não funciona, além de ser muito clichê e as vezes até babaca em alguns momentos... É uma pena um filme com um ponto de partida tão interessante se auto destruir antes mesmo da sua metade se tornando um filme quase impossível de se acompanhar e que me irritou profundamente em alguns momentos.... Nota: 3,9/10
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraO argentino Andy Muschietti que debutou com o acima da média mais nada de especial Mama, aqui em IT a coisa, parece ter encontrado sua voz... Ele acerta em todos os aspectos do filme, investe muito na amizade dos garotos e transforma esse elemento no principal foco narrativo responsável por dar a alma ao filme, já que todo mundo sabe que um filme de horror é muito mais satisfatório quando nos importamos com o destino dos personagens, e aqui todos os integrantes do grupo tem sua personalidade bem trabalhada, a amizade é muito crível,existe um desenvolvimento de personagens e eles interagem entre si de uma forma muito natural, direção e atores caminham muito bem juntos e o resultado final é excelente, destaque para o Finn Wolfhard de Stranger Things...
Quanto ao Pennywise, o Bill Skarsgård dá um show, é diferente da abordagem do Tim Curry, mas aqui o palhaço está mais macabro, mais perigoso e assustador, apesar de sofrer um pouco com o excesso de cgi, assim como acontece em Mama, as cenas em quem podemos ver o ator interpretando o palhaço são excelentes a forma como ele muda o semblante de sorridente pra sério e a fisicalidade do personagem chamam atenção... As cenas de horror são feitas com muita qualidade, é tudo na dose certa, e o mais importante, mantém o clima criado por Stephen King no livro,sem perder os elementos que fazem de It um excelente filme de terror e um clássico instantâneo do cinema de horror contemporâneo. Nota: 8,5
Berberian Sound Studio
3.3 35 Assista AgoraSensacional, quase uma carta de amor, ou uma ode à sonoplastia dos filmes de terror...
O filme é lento e parado, mas a atmosfera aqui é perfeita, graças ao uso maravilhoso do som que cria toda a tensão, e transposições imagéticas muito interessantes,além do grande trabalho do Toby Jones como Gilderoy.... embora o filme seja quase estático, há muito para se apreciar aqui. Nota: 7,9
A Vida Em Espera
3.3 77 Assista AgoraWakefield foi um filme que me agradou bastante, primeiro pela narrativa diferente, pelo fato do filme se passar praticamente todo na cabeça do personagem principal, e os devaneios que ele têm ser o principal foco narrativa da história,e segundo pelo qualidade da atuação do Bryan Cranston que carrega o filme quase todo nas costas...
Apesar do final deixar tudo pra imaginação do espectador, eu confesso que me identifiquei com a loucura do Howard Wakefield, e cheguei a me ver tomando a mesma atitude que ele.
No fim graças a um texto maravilhoso e todo essa questão da linha tênue entre loucura e sensatez, além da atuação belíssima do protagonista faz de Wakefield uma experiencia muito agradável! NOta: 7,8
A Atração
3.2 65Um daqueles raros momentos em que o cinema deixa de ser algo comercial e passa a se tornar uma manifestação artística... The Lure não é perfeito, mas é um filme bizarro, provocativo, belo e ao mesmo tempo mórbido, as músicas são excelentes, e apesar de perder a força na transição do segundo pro terceiro ato, é um grande musical, uma combinação arriscada que acabou gerando um filme estranho porém irresistivel! Nota; 7,9
Eleição - O Submundo do Poder
3.8 14Os filmes do Johnnie To possuem uma sobriedade e um realismo intenso que aqui em Election pode ser visto no que talvez seja sua forma mais acurada entre seus trabalhos...
Aqui o diretor opta por dar enfase na relação entre os personagens (que são muito bem trabalhados), e principalmente nas tradições que cercam a gigantesca organização criminosa que é a tríade chinesa, e as relações entre poder, irmandade, fidelidade e outros valores que permeiam esse submundo. De forma resumida, da pra dizer que Election é um filme parado, que nunca para, as ações e decisões dos personagens, além da busca desenfreada pelo tradicional bastão que representa o poder dentro da organização, prendem muito mais a atenção do que a violência, que até aparece no filme, sempre pegando de surpresa o público, sendo um mal necessário ao invés de um gancho narrativo.
O filme ainda conta com algumas cenas geniais como o embate a noite na rua e a do ritual que torna Kun o novo presidente, além de possuir ótimos personagens no que diz respeito aos pertencentes ao círculo criminoso da organização, é um trabalho muito bem feito, um gosto adquirido pela sua narrativa aparentemente lenta e de certa forma complicada e intricada... é um filme difícil de recomendar, já que tem um público muito especifico, mais se você conhece e gosta dos filmes do Johnnie To como Drug War e Fong Juk e o cinema tão característico desse diretor chinês te chama a atenção, esse trabalho se torna obrigatório, e dentro do que se propõem é um filmaço, sem duvida um dos melhores do To que eu tanto gosto! Nota: 8,4
O Ano Mais Violento
3.5 285J.C Chandor opta por uma abordagem mais intimista de seu personagem principal, em detrimento de algo mais expositivo, superficialmente é um filme de máfia, mais na sua verdadeira composição é um filme sobre um homem normal, lutando contra seus extintos violentos, tentando prosperar da forma certa em seu negócio de transporte apesar das coisas estarem dando sempre errado ele ainda assim tenta resolver tudo dentro da lei, em um ano que foi considerado o mais violento de N.Y..
Tecnicamente o filme é um petardo, a fotografia meio em sépia, os movimentos de câmera deixam o filme muito charmoso, e estiloso... Na transição do segundo pro terceiro ato ele acaba se arrastado um pouco, mais o ritmo lento faz parte do dna dessa obra, o diretor não tem pressa e sabe muito bem que seus melhor trunfo aqui são os diálogos e a quimica entre os personagens do monstro Oscar Isaac e da sempre maravilhosa Jessica Chanstain, as cenas dos dois contracenando são inacreditavelmente verdadeiras, um trabalho de ator maravilhoso!
Nota: 8,3
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraO filme consegue ser tenso, intrigante e ao mesmo tempo engraçado: des de ''The Wailing" não vejo um alívio cômico funcionar tão bem em um filme do gênero...
A história foge dos clichês, não chega a ser surpreendente, mais a forma como as ideias são executadas aqui faz toda a diferença, o filme é muito ágil e bastante provocante,além de causar um sentimento de aflição durante toda a projeção do mesmo ; parece um episódio maior e de mais qualidade de Black Mirror, trocando a crítica à tecnologia por uma critica social ao racismo, já que o efeito que o filme causa é bem parecido...
Tecnicamente também chama a atenção os movimentos de câmera, que mostram que o diretor sabe bem o que esta fazendo, e principalmente a atuação do Daniel Kaluuya, que tem um dos olhares mais expressivos que já vi.
Get Out ganha um lugarzinho lá no alto na lista de melhores filmes de 'terror' dos últimos anos... ágil, inteligente e provocante sem deixar de ser assustador e peverso!
Nota: 9,0