As cenas de ação dessa animação são fabulosas. Na verdade, pra mim, foi isso que deixou o filme muito envolvente, pois a história é bem chatinha. Não sei se isso se perdeu no processo de adaptação...O filme tem momentos de humor muito bons também.
A história é legal, bem desenvolvida e a direção artística é sensacional. A cena do black-out é ótima. A dublagem francesa está impecável, deu uma identidade firme aos personagens.
Excelente filme. O roteiro se pauta em poucos e oportunos diálogos que apresentam a lacunar relação dos dois personagens. Há aquela excitação pelo desconhecido típica de um relacionamento que começa de modo não convencional. A atração e o desejo começam com um tom sexual e vão adquirindo outras formas à medida que eles se envolvem mais. Mesmo assim, fica um pouco no ar até que pontos eles conhecem um ao outro. A edição do filme também é muito bacana.
Wim Wenders em mais um lindo filme. Para quem já foi a Lisboa (principalmente numa primavera) sabe o quanto esta cidade é fascinante, mágica e hipnotizante. Ele soube entender de uma forma magnífica o espírito lisboeta. Fez ótimas locações, além de um escrever um roteiro muito bom. Cada vez fico mais fã de Wim *.*
Um tema que eu achei que esse filme discutiu bem é que o amor não é suficiente numa relação, e, principalmente, quando ela é a distância. A paciência parece, em alguns momentos, ser mais importante do que o desejo de ficar junto. A capa do filme, assim como os créditos finais, dialogam bem com o efeito de edição do filme. Às vezes é meio nebuloso o sentimento deles: o querer, o precisar, o amar e o sentir falta. Enfim, não apreciei muito o final, mas achei que a história foi contada de um modo legal e com momentos fofos sem ser muito piegas.
Gostei muito do filme. O roteiro é muito bom e a cena final é super angustiante, com um diálogo muito intenso. Porém, acho que o filme é muito longo, algumas cenas ficaram um tanto massantes, fato que acabou deixando a história um tanto tediosa.
A meu ver, um dos melhores filmes dessa temporada. O início do filme é perfeito ao fazer um desenho da paisagem moderna da cidade. Em seguida, discute muito bem a concepção de cidade atrelada ao modo de vida do sujeito moderno. Os personagens parecem ter em suas personalidades a náusea sartreana. Além disso, há aquele desejo de "vomitar o tédio sobre a cidade", presente no livro "A rosa do povo", de Carlos Drummond de Andrade.É uma relação complicada do indivíduo com o mundo virtual,
pois a "internet aproxima o ser do mundo, mas o distancia da vida".
A solidão, a angústia, a dificuldade de se relacionar com o mundo externo são temas que Gustavo Taretto desenvolve muito bem. As músicas são legais e o relacionamento do casal é tão fofinho. Aquela cena
do suicídio do cachorro foi muito tensa. O sentimento d tristeza é tão grande e intenso que causa uma reviravolta no modo de vida de todos, até dos animais.
Filme incrível. Wim Wenders dirige esse documentário de um modo muito diferente da maioria das produções do gênero: a palavra é elemento secundário, dando espaço a um lindo show de dança-teatro que diz muita coisa de Pina através de gestos e movimentos. A forma de narrar o trabalho da coreógrafa apresenta bem os mistérios que existem na relação arte, corpo e linguagem. Por não conhecer o trabalho de Pina, não entendi algumas passagens do filme. Vou buscar informações sobre sua obra para rever o documentário. É um espetáculo lindo de imagens. As músicas do filme são ótimas.
Quem diria que aquela mocinha de Dawson's Creek fosse se transformar nessa bela atriz. Pelo menos eu não imaginava. O filme superou as minhas expectativas pela forma que a história foi contada. Primeiramente, filmes que retratam a história de artistas ou grandes personalidades tendem a contar como tudo começou desde criança até o fim da vida. Já "Sete dias com Marilyn" faz apenas um retrato de alguns dias da diva. O filme mostrou bem sua insegurança e como aquela figura mítica que a atriz possuía era em grande parte um personagem, que camuflava um pouco sua solidão e seus medos. Teve um fato que eu gostei e ao mesmo tempo não gostei: Marilyn às vezes fica meio coadjuvante quando o assistente de filmes toma para ele a perspectiva da história, visto que ele é o narrador. Michelle Williams está muito graciosa nesse filme. Uma linda atuação. Ela cresce cada vez mais. Outra coisa que eu adorei no filme: mostrar os bastidores de uma produção, os conflitos entre a equipe técnica e os atores. Achei isso fantástico. Não esperava que esse ponto fosse tão bem desenvolvido.
O road movie mais lindo que já vi. Engraçado que, histórias desse tipo, que tratam de Rock, como é o caso, atraem geralmente quem gosta do gênero musical e tal. Porém, esse filme é tão sensível e discute tanta coisa que terminar por não carregar esse tipo de bandeira. A atuação de Kate Hudson é linda. Há muitas cenas que ela "fala" muita coisa apenas com gestos e seu sorriso. O elenco todo está excelente. O protagonista se vê entre a perda da sua inocência, a honestidade de uma amizade e a ascenção profissional durante boa parte do filme. Pena que Cameron Crowe não conseguiu fazer um roteiro tão bom quanto este em "Elizabethtown". Quando escuto agora "Tiny Dancer" lembro mais do filme que o próprio Elton, por causa da força que o roteiro se apropriou dessa canção. Outra coisa que gostei muito foi como a forma que o filme sai da atmosfera triste das separações naturais da vida para a percepção que certas separações são mesmo necessárias.
Um dos melhores filmes que já vi na vida. O roteiro desse filme possui uma crítica ácida ao talkshow e ao poder hipnótico da linguagem televisiva na vida da sociedade moderna. Ellen Burstyn está espetacular como Sarah. A atriz carrega no olhar e em todas suas expressões uma tristeza e uma solidão que chega arrepiar. Algumas pessoas se sentem incomodadas com a presença incessante da trilha sonora na história, mas Clint Mansell compôs uma obra prima: a mer ver, combinou bastante com a atmosfera do filme, tornando-se praticamente um personagem. A narrativa discute muito também o quanto o discurso cinematográfico pode ser fragmentado. Há alguns planos que parecem ser uma bricolagem. E as quatro estações? O calor é elemento ausente no filme e nos personagens também. A cena final é belíssima. A posição física dos personagens representa perfeitamente a necessidade de cada um de proteção, de desejo de voltar o passado. Antiutópico, o fim do filme retrata uma das sensações mais nauseantes do mundo contemporâneo: estamos todos sozinhos. Enfim, é um filme difícil de assistir, não apenas por conter cenas fortes, mas por também apresentar de uma forma tão direta (e ao mesmo tempo indireta) a dor do ser humano frente ao fracasso da realização do chamado "sonho americano".
Nossa, que filme excelente! Bem melhor do que eu esperava. O contexto histórico da história é algo muito presente no roteiro e, a meu ver, mostrou muito bem o lado do homem e da mulher nos direitos e importância num matrimônio e na criação de um filho. A sociedade sempre sempre julga mais a mulher em situações de "abandono" de lar do que o homem, duvidando da capacidade deste em comandar uma casa. É claro que sabemos que há uma razão cultural para essa subestimação, mas não é uma regra fixa. O diretor direcionou de modo formidável essa discussão, desde o início até a cena final (de tirar o fôlego). O filme conta com belas atuações: Meryl Streep (como sempre detonando), Dustin Hoffman e Jane Alexander. Além disso, gostei muito da forma como o diretor transformou uma história que seria, tipicamente, um drama familiar, em uma história que mostra as mudanças de espírito de uma época, apresentando não apenas a ascensão do movimento feminista, como também a nova organização da estrutura familiar. A relação do casal ficou um pouco nas entrelinhas. Outro ponto que achei genial, pois, nas cenas de tribunal, parecia que havia um caldeirão de sentimentos que se confundiam: amor entre homem e mulher, amor paterno e fraterno, vontade de não ter fracassado conjugalmente e desesperança de que um dia as coisas podem ser como antes.
Kristen Wiig e Melissa McCarthy estão ótimas nesse filme. Porém, o roteiro do filme oscila bastante entre cenas bem engraçadas e boas piadas com cenas chatas e desnecessárias. Poderia ter sido muito melhor. Mas mesmo assim, acho que vale assistir. É tão raro agora aparecer um bom filme de comédia que, quando aparece um mais ou menos, tem que aproveitar.
Nossa, superou todas as minhas expectativas. O filme tem uma dose exata de ação e aventura em todos dos minutos. Sem rodeios, o roteiro é bem direto e com boas brechas para uma continuação, que será bem merecida. Os efeitos especiais estão ótimos!Faz algum tempo que não vejo um filme de ação tão bom.
O filme têm uns probleminhas no roteiro, mas quem disse que eu lembrei disso quando estava na sala de cinema? Martin Scorcese dá uma grande aula de como se fazer um filme em 3D: enquadramentos sensacionais, fotografia impecável e um contra-plongeé que até agora nunca tinha visto. As cenas parecem que abraçam o telespectador. E mais: uma linda homenagem as origens do cinema. Uma homenagem original, diferente de outras que apenas fazem citações a filmes antigos por citar. O conceito de cinema como magia cruza o cinema moderno, da evolução tecnológica. A cena do trem invadindo a estação é uma perfeita alusão aos irmãos Lumiére. Por fim, vale destacar a ótima atuação de Ben Kingsley. O filme merece muitos e muitos méritos.
Meryl Streep é diva desde sempre. Ela está uma exuberância só nesse filme. Confesso que a história na primeira parte não me fisgou muito, porém, da metade em diante a perspectiva da narrativa muda quase que completamente e deixa o filme super interessante. O sotaque polonês da Meryl ficou maravilhoso. E há cenas que o personagem dela toma conta de toda a atenção do telespectador.
Jessica Tandy e Morgan Freeman dão show nesse filme. "Conduzindo Miss Daisy" é uma pérola da categoria de filmes que unem muito bem drama e comédia. O filme tem pontos altos em ambos os gêneros. A música de Hans Zimmer também ajudou bastante: leve e engraçada. A tradução brasileira ficou ótima: o conduzir a Miss Daisy não está no sentido de direção de carro apenas, está também no acompanhamento e na importância que Hoke teve na vida dela.
A história do filme se desenvolve bem, porém existe uns momentos bem chatinhos, melosos demais. Mas, com um tema desse, fica meio difícil julgar o teor de drama de certos trechos. O filme já vale a pena assistir pela cena final: muito linda! Além disso, acho que foi um grande mérito do roteiro todas as partes que o protagonista vê a sua memória cara a cara, não apenas na sua forma quando pequeno, como também em crianças ao seu redor. Essa relação com a infância foi trabalhada de modo excelente. Gostei bastante da fotografia. Ela só melhora no decorrer do filme. Que dizer dos segundos finais? Quando vi esse filme lembrei um pouco de "Minha Vida Sem Mim", que segue mais ou menos esse mesmo caminho ao nos dar um filme interessante com um tema já batido, fato que só comprova que não há temas ruins para o fazer artístico. Tudo depende da maneira como ele é construído.
"Os homens morrem, mas também nascem". Grande filme. O roteiro é impecável, com grandes falas e belas interpretações. A fotografia também é maravilhosa. O filme possui uns momentos de leveza e alegria que raramente são presentes em filmes que tratam sobre o tema da guerra. As mulheres são tratadas como mercadoria de várias formas, destacando os trechos em que elas são "entregues". O diretor abordou o lado das motivações em que as levaram a tomar certas decisões, carregando isso por toda a história. A meu ver, é um daqueles filmes que um dia temos que assistir.
Que filme fantástico! Histórias com esse clima noir fazem muita falta hoje. O tempo todo o espectador é jogado de um lado para outro com as suspeitas do que realmente aconteceu. Gostei muito do elenco.
O início do filme e o final são muito bons, mas a narrativa se perde um pouco. Achei que o olhar da criança sobre o que estava acontecendo ao redor poderia ser melhor explorado. Essa questão teve uma abordagem muito parecida com a maioria dos filmes em que uma criança é a protagonista. A fotografia é muito legal!
Duas estrelas apenas pela participação da Viola Davis e pela bela fotografia do filme. Sinceramente, esse filme não parece ser do Stephen Daldry. A história é mal construída do começo ao fim. Achei que era exagero dos comentários em escrever que o garoto é um chato. Na verdade, chato é muito pouco. Que protagonista mais sem graça! A história tem uma sensibilidade bonita, que é trabalhada em um momento ou outro de uma forma legal. E eu que achava que a Sandra Bullock ia estragar o filme. Ela nem precisou se esforçar tanto: roteiro e direção já fizeram isso por si só. E olhe que sou super fã desse diretor (e do roteirista também) e de todos os seus filmes anteriores. Não sei qual foi a dele nessa produção.
Bem, o que salva esse filme é a direção do Clint. Não achei o roteiro tão ruim assim. Eu penso que o roteirista usou como estratégia não fazer uma narrativa essencialmente política, histórica ou biográfica. Isso é algo difícil de se fazer e, ao meu ver, foi um dos acertos do filme. Lembrei do "The Iron Lady", que tenta fazer um pouco isso, mas fracassa totalmente. A forma como a homossexualidade de Edgar é retratada foi muito boa, super cuidadosa. Enfim, vale a pena ver. O Leonardo Di caprio está bem na pele do Edgar, mas não achei que foi algo tão esplêndido. Ah, a maquiagem é vergonhosa. Há partes do filme que os atores parecem ter saído do "The Walking Dead".
Lindo filme! O diretor trabalhou muito bem o tema do significado da peregrinação para o casal. O abandono na velhice foi algo interpretado de uma forma natural pelos atores. A história possui alguns rodeios desnecessários, mas, acho isso irrelevante se considerarmos que é um filme de estreia do diretor e das outras qualidades do filme.
As Aventuras de Tintim
3.7 1,8K Assista AgoraAs cenas de ação dessa animação são fabulosas. Na verdade, pra mim, foi isso que deixou o filme muito envolvente, pois a história é bem chatinha. Não sei se isso se perdeu no processo de adaptação...O filme tem momentos de humor muito bons também.
Um Gato em Paris
3.8 192 Assista AgoraA história é legal, bem desenvolvida e a direção artística é sensacional. A cena do black-out é ótima. A dublagem francesa está impecável, deu uma identidade firme aos personagens.
Uma Relação Pornográfica
3.6 29Excelente filme. O roteiro se pauta em poucos e oportunos diálogos que apresentam a lacunar relação dos dois personagens. Há aquela excitação pelo desconhecido típica de um relacionamento que começa de modo não convencional. A atração e o desejo começam com um tom sexual e vão adquirindo outras formas à medida que eles se envolvem mais. Mesmo assim, fica um pouco no ar até que pontos eles conhecem um ao outro. A edição do filme também é muito bacana.
O Céu de Lisboa
4.0 30Wim Wenders em mais um lindo filme. Para quem já foi a Lisboa (principalmente numa primavera) sabe o quanto esta cidade é fascinante, mágica e hipnotizante. Ele soube entender de uma forma magnífica o espírito lisboeta. Fez ótimas locações, além de um escrever um roteiro muito bom. Cada vez fico mais fã de Wim *.*
Loucamente Apaixonados
3.5 1,2K Assista AgoraUm tema que eu achei que esse filme discutiu bem é que o amor não é suficiente numa relação, e, principalmente, quando ela é a distância. A paciência parece, em alguns momentos, ser mais importante do que o desejo de ficar junto. A capa do filme, assim como os créditos finais, dialogam bem com o efeito de edição do filme. Às vezes é meio nebuloso o sentimento deles: o querer, o precisar, o amar e o sentir falta. Enfim, não apreciei muito o final, mas achei que a história foi contada de um modo legal e com momentos fofos sem ser muito piegas.
Paris, Texas
4.3 696 Assista AgoraGostei muito do filme. O roteiro é muito bom e a cena final é super angustiante, com um diálogo muito intenso. Porém, acho que o filme é muito longo, algumas cenas ficaram um tanto massantes, fato que acabou deixando a história um tanto tediosa.
Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual
4.3 2,3K Assista AgoraA meu ver, um dos melhores filmes dessa temporada. O início do filme é perfeito ao fazer um desenho da paisagem moderna da cidade. Em seguida, discute muito bem a concepção de cidade atrelada ao modo de vida do sujeito moderno. Os personagens parecem ter em suas personalidades a náusea sartreana. Além disso, há aquele desejo de "vomitar o tédio sobre a cidade", presente no livro "A rosa do povo", de Carlos Drummond de Andrade.É uma relação complicada do indivíduo com o mundo virtual,
pois a "internet aproxima o ser do mundo, mas o distancia da vida".
do suicídio do cachorro foi muito tensa. O sentimento d tristeza é tão grande e intenso que causa uma reviravolta no modo de vida de todos, até dos animais.
Pina
4.4 408Filme incrível. Wim Wenders dirige esse documentário de um modo muito diferente da maioria das produções do gênero: a palavra é elemento secundário, dando espaço a um lindo show de dança-teatro que diz muita coisa de Pina através de gestos e movimentos. A forma de narrar o trabalho da coreógrafa apresenta bem os mistérios que existem na relação arte, corpo e linguagem. Por não conhecer o trabalho de Pina, não entendi algumas passagens do filme. Vou buscar informações sobre sua obra para rever o documentário. É um espetáculo lindo de imagens. As músicas do filme são ótimas.
Sete Dias com Marilyn
3.7 1,7K Assista AgoraQuem diria que aquela mocinha de Dawson's Creek fosse se transformar nessa bela atriz. Pelo menos eu não imaginava. O filme superou as minhas expectativas pela forma que a história foi contada. Primeiramente, filmes que retratam a história de artistas ou grandes personalidades tendem a contar como tudo começou desde criança até o fim da vida. Já "Sete dias com Marilyn" faz apenas um retrato de alguns dias da diva. O filme mostrou bem sua insegurança e como aquela figura mítica que a atriz possuía era em grande parte um personagem, que camuflava um pouco sua solidão e seus medos. Teve um fato que eu gostei e ao mesmo tempo não gostei: Marilyn às vezes fica meio coadjuvante quando o assistente de filmes toma para ele a perspectiva da história, visto que ele é o narrador. Michelle Williams está muito graciosa nesse filme. Uma linda atuação. Ela cresce cada vez mais. Outra coisa que eu adorei no filme: mostrar os bastidores de uma produção, os conflitos entre a equipe técnica e os atores. Achei isso fantástico. Não esperava que esse ponto fosse tão bem desenvolvido.
Quase Famosos
4.1 1,4K Assista AgoraO road movie mais lindo que já vi. Engraçado que, histórias desse tipo, que tratam de Rock, como é o caso, atraem geralmente quem gosta do gênero musical e tal. Porém, esse filme é tão sensível e discute tanta coisa que terminar por não carregar esse tipo de bandeira. A atuação de Kate Hudson é linda. Há muitas cenas que ela "fala" muita coisa apenas com gestos e seu sorriso. O elenco todo está excelente. O protagonista se vê entre a perda da sua inocência, a honestidade de uma amizade e a ascenção profissional durante boa parte do filme. Pena que Cameron Crowe não conseguiu fazer um roteiro tão bom quanto este em "Elizabethtown". Quando escuto agora "Tiny Dancer" lembro mais do filme que o próprio Elton, por causa da força que o roteiro se apropriou dessa canção. Outra coisa que gostei muito foi como a forma que o filme sai da atmosfera triste das separações naturais da vida para a percepção que certas separações são mesmo necessárias.
Réquiem para um Sonho
4.3 4,4K Assista AgoraUm dos melhores filmes que já vi na vida. O roteiro desse filme possui uma crítica ácida ao talkshow e ao poder hipnótico da linguagem televisiva na vida da sociedade moderna. Ellen Burstyn está espetacular como Sarah. A atriz carrega no olhar e em todas suas expressões uma tristeza e uma solidão que chega arrepiar. Algumas pessoas se sentem incomodadas com a presença incessante da trilha sonora na história, mas Clint Mansell compôs uma obra prima: a mer ver, combinou bastante com a atmosfera do filme, tornando-se praticamente um personagem. A narrativa discute muito também o quanto o discurso cinematográfico pode ser fragmentado. Há alguns planos que parecem ser uma bricolagem. E as quatro estações? O calor é elemento ausente no filme e nos personagens também. A cena final é belíssima. A posição física dos personagens representa perfeitamente a necessidade de cada um de proteção, de desejo de voltar o passado. Antiutópico, o fim do filme retrata uma das sensações mais nauseantes do mundo contemporâneo: estamos todos sozinhos. Enfim, é um filme difícil de assistir, não apenas por conter cenas fortes, mas por também apresentar de uma forma tão direta (e ao mesmo tempo indireta) a dor do ser humano frente ao fracasso da realização do chamado "sonho americano".
Kramer vs. Kramer
4.1 546 Assista AgoraNossa, que filme excelente! Bem melhor do que eu esperava. O contexto histórico da história é algo muito presente no roteiro e, a meu ver, mostrou muito bem o lado do homem e da mulher nos direitos e importância num matrimônio e na criação de um filho. A sociedade sempre sempre julga mais a mulher em situações de "abandono" de lar do que o homem, duvidando da capacidade deste em comandar uma casa. É claro que sabemos que há uma razão cultural para essa subestimação, mas não é uma regra fixa. O diretor direcionou de modo formidável essa discussão, desde o início até a cena final (de tirar o fôlego). O filme conta com belas atuações: Meryl Streep (como sempre detonando), Dustin Hoffman e Jane Alexander. Além disso, gostei muito da forma como o diretor transformou uma história que seria, tipicamente, um drama familiar, em uma história que mostra as mudanças de espírito de uma época, apresentando não apenas a ascensão do movimento feminista, como também a nova organização da estrutura familiar. A relação do casal ficou um pouco nas entrelinhas. Outro ponto que achei genial, pois, nas cenas de tribunal, parecia que havia um caldeirão de sentimentos que se confundiam: amor entre homem e mulher, amor paterno e fraterno, vontade de não ter fracassado conjugalmente e desesperança de que um dia as coisas podem ser como antes.
Missão Madrinha de Casamento
3.2 1,7K Assista AgoraKristen Wiig e Melissa McCarthy estão ótimas nesse filme. Porém, o roteiro do filme oscila bastante entre cenas bem engraçadas e boas piadas com cenas chatas e desnecessárias. Poderia ter sido muito melhor. Mas mesmo assim, acho que vale assistir. É tão raro agora aparecer um bom filme de comédia que, quando aparece um mais ou menos, tem que aproveitar.
Planeta dos Macacos: A Origem
3.8 3,2K Assista AgoraNossa, superou todas as minhas expectativas. O filme tem uma dose exata de ação e aventura em todos dos minutos. Sem rodeios, o roteiro é bem direto e com boas brechas para uma continuação, que será bem merecida. Os efeitos especiais estão ótimos!Faz algum tempo que não vejo um filme de ação tão bom.
A Invenção de Hugo Cabret
4.0 3,6K Assista AgoraO filme têm uns probleminhas no roteiro, mas quem disse que eu lembrei disso quando estava na sala de cinema? Martin Scorcese dá uma grande aula de como se fazer um filme em 3D: enquadramentos sensacionais, fotografia impecável e um contra-plongeé que até agora nunca tinha visto. As cenas parecem que abraçam o telespectador. E mais: uma linda homenagem as origens do cinema. Uma homenagem original, diferente de outras que apenas fazem citações a filmes antigos por citar. O conceito de cinema como magia cruza o cinema moderno, da evolução tecnológica. A cena do trem invadindo a estação é uma perfeita alusão aos irmãos Lumiére. Por fim, vale destacar a ótima atuação de Ben Kingsley. O filme merece muitos e muitos méritos.
A Escolha de Sofia
4.0 514 Assista AgoraMeryl Streep é diva desde sempre. Ela está uma exuberância só nesse filme. Confesso que a história na primeira parte não me fisgou muito, porém, da metade em diante a perspectiva da narrativa muda quase que completamente e deixa o filme super interessante. O sotaque polonês da Meryl ficou maravilhoso. E há cenas que o personagem dela toma conta de toda a atenção do telespectador.
Conduzindo Miss Daisy
3.9 415 Assista AgoraJessica Tandy e Morgan Freeman dão show nesse filme. "Conduzindo Miss Daisy" é uma pérola da categoria de filmes que unem muito bem drama e comédia. O filme tem pontos altos em ambos os gêneros. A música de Hans Zimmer também ajudou bastante: leve e engraçada. A tradução brasileira ficou ótima: o conduzir a Miss Daisy não está no sentido de direção de carro apenas, está também no acompanhamento e na importância que Hoke teve na vida dela.
O Tempo que Resta
3.6 108A história do filme se desenvolve bem, porém existe uns momentos bem chatinhos, melosos demais. Mas, com um tema desse, fica meio difícil julgar o teor de drama de certos trechos. O filme já vale a pena assistir pela cena final: muito linda! Além disso, acho que foi um grande mérito do roteiro todas as partes que o protagonista vê a sua memória cara a cara, não apenas na sua forma quando pequeno, como também em crianças ao seu redor. Essa relação com a infância foi trabalhada de modo excelente. Gostei bastante da fotografia. Ela só melhora no decorrer do filme. Que dizer dos segundos finais? Quando vi esse filme lembrei um pouco de "Minha Vida Sem Mim", que segue mais ou menos esse mesmo caminho ao nos dar um filme interessante com um tema já batido, fato que só comprova que não há temas ruins para o fazer artístico. Tudo depende da maneira como ele é construído.
Mulheres no Front
4.3 17"Os homens morrem, mas também nascem". Grande filme. O roteiro é impecável, com grandes falas e belas interpretações. A fotografia também é maravilhosa. O filme possui uns momentos de leveza e alegria que raramente são presentes em filmes que tratam sobre o tema da guerra. As mulheres são tratadas como mercadoria de várias formas, destacando os trechos em que elas são "entregues". O diretor abordou o lado das motivações em que as levaram a tomar certas decisões, carregando isso por toda a história. A meu ver, é um daqueles filmes que um dia temos que assistir.
Laura
4.1 132 Assista AgoraQue filme fantástico! Histórias com esse clima noir fazem muita falta hoje. O tempo todo o espectador é jogado de um lado para outro com as suspeitas do que realmente aconteceu. Gostei muito do elenco.
Pão Negro
3.9 44O início do filme e o final são muito bons, mas a narrativa se perde um pouco. Achei que o olhar da criança sobre o que estava acontecendo ao redor poderia ser melhor explorado. Essa questão teve uma abordagem muito parecida com a maioria dos filmes em que uma criança é a protagonista. A fotografia é muito legal!
Tão Forte e Tão Perto
4.0 2,0K Assista AgoraDuas estrelas apenas pela participação da Viola Davis e pela bela fotografia do filme. Sinceramente, esse filme não parece ser do Stephen Daldry. A história é mal construída do começo ao fim. Achei que era exagero dos comentários em escrever que o garoto é um chato. Na verdade, chato é muito pouco. Que protagonista mais sem graça! A história tem uma sensibilidade bonita, que é trabalhada em um momento ou outro de uma forma legal. E eu que achava que a Sandra Bullock ia estragar o filme. Ela nem precisou se esforçar tanto: roteiro e direção já fizeram isso por si só. E olhe que sou super fã desse diretor (e do roteirista também) e de todos os seus filmes anteriores. Não sei qual foi a dele nessa produção.
J. Edgar
3.5 646 Assista AgoraBem, o que salva esse filme é a direção do Clint. Não achei o roteiro tão ruim assim. Eu penso que o roteirista usou como estratégia não fazer uma narrativa essencialmente política, histórica ou biográfica. Isso é algo difícil de se fazer e, ao meu ver, foi um dos acertos do filme. Lembrei do "The Iron Lady", que tenta fazer um pouco isso, mas fracassa totalmente. A forma como a homossexualidade de Edgar é retratada foi muito boa, super cuidadosa. Enfim, vale a pena ver. O Leonardo Di caprio está bem na pele do Edgar, mas não achei que foi algo tão esplêndido. Ah, a maquiagem é vergonhosa. Há partes do filme que os atores parecem ter saído do "The Walking Dead".
Abu, Filho de Adão
3.6 3Lindo filme! O diretor trabalhou muito bem o tema do significado da peregrinação para o casal. O abandono na velhice foi algo interpretado de uma forma natural pelos atores. A história possui alguns rodeios desnecessários, mas, acho isso irrelevante se considerarmos que é um filme de estreia do diretor e das outras qualidades do filme.