"Secrets and Lies" tem todos os ingredientes de um bom drama familiar: além dos segredos e mentiras, rancor, ressentimentos, parentes que não se gostam e por aí vai. Apesar de cenas e diálogos longos, o filme não dá nenhum sinal de esgotamento em seu roteiro um segundo sequer. Mas também com um elenco desses! Há cenas muito bonitas nesse filme, de uma sinceridade muito tocante. O que me incomodou um pouco foi só o excesso de trilha sonora no início do filme. Há situações já carregadas de drama o suficiente para se usar música no fundo. A direção do filme tem aquele toque singular inglês para tratar de conflitos familiares. A Brenda Blethyn e Marianne Jean-Baptiste fizeram uma dupla incrível. Estão impecáveis nesse filme.
Só o personagem do Bud Cort já vale o filme inteiro. Quando a personagem de Ruth Gordon entra em cena, a história ganha um lindo brilho. O filme é leve e pesado ao mesmo tempo, com canções muito bonitas. Eu a todo mundo quando olhava para o Harold lembrava um pouco da atuação maravilhosa do Paul Dano em "Little Miss Sunshine". "Harold and Maude" é aquele tipo de filme que você assisti e diz ao final: "ganhei o meu dia".
É um exercício de paciência os 137 minutos de "The Master". Vale assistir apenas pelas grandes atuações e pela incrível direção de arte que nos transporta para os anos 50. A Amy Adams é realmente uma ótima atriz, pois o personagem dela é chatíssimo e mesmo assim ela driblou isso, a mer ver.
"Viver uma teoria". Essa é uma das premissas que, a meu ver, construíram o bom roteiro de "Kon-Tiki". Thor Heyerdahl conseguiu mostrar que o passado nem sempre está tão longe do presente. Viveu o que acreditou e mostrou o modo como uma teoria se estrutura no real e também na fé. O filme tecnicamente é maravilhoso. Agora é partir pro documentário!
O James Dean está sensacional nesse filme. O personagem dele é fabuloso e incrivelmente bem escrito. A mudança do irmão na segunda parte do filme deu um outro ritmo à narrativa. Agora o título traduzido em português destruiu o intertexto bíblico com a história de Caim e Abel (Caleb e Aron). O final do filme é ótimo!
Mohamed Diab está de parabéns por ter realizado esse filme. Além de ter um grito de protesto para a legitimação dos direitos da mulher, o filme apresenta muito bem o encontro das três protagonistas e o confronto de cultura que existe entre elas. As atuações são brilhantes. Os coadjuvantes são muito bons também. Fico imaginando como deve ser difícil para as atrizes construir essas personagens, sabendo que estão representando a vida, a dor e o sofrimento de tantas mulheres do Egito. A história é muito bem narrada. Esse filme é um ótimo registro e retrato da opressão de gênero e da persistente resistência cultural em aceitar o estilo de vida do outro.
E mais uma vez a HBO em uma excelente produção. A direção de "Game Change" acertou em cheio quando fez a opção de apresentar os bastidores das eleições americanas com enfoque na organização de uma campanha e na participação da mídia na construção dos personagens políticos. É uma narrativa que vai além de um drama político. A Julianne Moore se destaca o filme inteiro. Ela deu uma simplicidade incrível ao personagem da Sarah Palin, sem deixar de lado suas características um tanto difíceis de lidar. Todo o elenco está de parabéns por esse trabalho. Ed Harris ficou bem parecido com o McCain. Woody Harrelson e Sarah Paulson estão brilhantes como os assessores políticos. O filme mereceu todas as premiações do Golden Globe. Ah, e ainda tem a parte técnica que foi impecável, principalmente a maquiagem e a fotografia.
Que filme lindo. O roteiro consegue integrar humor e drama de forma impecável. Não imaginava que ia me emocionar e rir ao mesmo tempo com essa história. De quebra ainda tem uma curta e divertida crítica ao estatuto da arte em uma cena hilária. A direção conseguiu desenvolver bem a ideia de que sentimentos bons, às vezes, quando em excesso, podem se tornar ruins ao ser humano, dependendo da situação.
A direção e o roteiro desse filme são excelentes. Fiquei surpreso com o tamanho cuidado em desenvolver um tema tão delicado, partindo do ponto de vista tanto da criança quanto dos pais.
No início do filme achei que os pais seriam vilanizados. Estava enganado. O roteiro, no momento em que eu achava que ia direcionar para um possível tratamento do egoísmo materno e paterno no que diz respeito a inclusão da ideologia na vida de Anna, começa a enfatizar mais o amor aos filhos.
O filme se saiu muito bem ao discutir o caminho para a compreensão de uma ideologia (o que isso pode nos "custar") e a recepção que uma criança pode ter, tendo em vista que antes só fora indicada a outros caminhos que não o proposto a partir de agora. A trilha sonora também é muito boa e a atriz principal teve um ótimo desempenho. O final é fabuloso. Além disso, a história cresce a cada minuto, sem perder o bom ritmo.
Que história emocionante!Hilary Swank e seus grandes papéis! Ela está, como sempre, fantástica. Rolou uma química muito boa entre ela e o Sam Rockwell. O filme ainda conta com coadjuvantes de peso: Clea Duvall, Melissa Leo e Juliette Lewis também estão ótimas. Vale muito a pena ver esse filme.
Mais um ótimo filme de Tony Kaye, mantendo o estilo de "A outra história americana". Belíssima fotografia e roteiro. Só não gostei da quantidade de personagens do filme. Acho que isso fez com que algumas situações não fossem tão bem aproveitadas quanto poderiam ser. Adrien Brody é um grande ator. O roteiro do filme faz um sutil mergulho nas angústias do personagem principal. O que parecia no início do filme pra mim se tratar apenas de uma história sobre professor e seus alunos é redirecionada várias vezes. E esse movimento de mudar o rumo da disucssão sem sair do contexto principal da narrativa foi desenvolvido muito bem.
Grande filme! Discute de forma muito segura os limites do real e o ficcional, a relação entre esses dois mundos e a dificuldade da composição de uma personagem quando ele está viva na vida real e precisa ser transformada em ficção. A Andréa Beltrão está maravilhosa nesse filme. As histórias são contadas com tanta sinceridade, tristeza e amor que não há como mergulhar fundo em cada uma delas. Ao mesmo tempo, o filme faz um retrato do povo brasileiro, passando por cada estilo de vida das mulheres que participaram desse "jogo de cena" e mostrando assim que o Brasil pode ir ao cinema também sem ser por meios de representação de favelas e sertão. O que será que havia de real naquele palco? O que há de "verdade" quando se está olhando para uma câmera? Como escreveu Milan Kandera em "A insustententável leveza do ser": viver dentro da verdade, não mentir nem para si mesmo nem para os outros, só seria possível se vivessêmos sem público. Acho que a proposta e o roteiro do filme de Eduardo Coutinho dialogam bem com essa passagem. Por fim, vejo no filme também uma homenagem ao próprio cinema.
O grande representante canadense ao Oscar 2012. Que filme genial! Vale a pena cada segundo dessa belíssima história, brilhantemente dirigida. O roteirista e diretor Philippe Falardeau conduz a narrativa com uma habilidade incrível e uma sensibilidade rara, ao meu ver. Bachir, Alice e Simon formam elos de amizade muito peculiares. O embate do professor com a turma por causa das circunstâncias de sua chegada e choque cultural inevitável por causa de seu antigo país de residência é o combustível que move os primeiros conflitos da história e que depois ganha outra forma.
Para quem trabalha com Educação, esse é um filme indispensável. No entanto, ele vai muito além dos "muros da escola". O que a sala de aula representa para as pessoas? E o que acontece quando ela aparenta deixar de ser um lugar de proteção e passa a ser uma espécie de cemitério? Qual a reação das crianças perante ao suicídio? Esses questionamentos são algumas das muitas questões que o filme levanta. Discute a relação entre professor e alunos, professor e pais, professor e funcionários, morte, "ensinar versus educar", amizade, amadurecimento, etc. Em nenhum momento a história principal se perde. Isso é algo difícil de manter, levando em consideração a vastidão temática do filme. No geral, a história fala sobretudo sobre os nossos fantasmas interiores e que, às vezes, por mais que eles sejam de naturezas distintas, compartilhar os sentimentos com alguém que você se sente seguro é o primeiro caminho a se tomar para se sentir melhor. Enfim, há tempos não via um filme que me balançava tanto os meus pensamentos. O final é muito bonito!
Filme maravilhoso. Risada garantida em quase toda a história. Cenas hilárias e muito fofas. O final é muito bom. Julianne Moore arrasando como sempre. A tradução brasileira do filme ficou ruim demais.
Lindo filme. Fiquei surpreso com a abordagem do tema "fim do mundo" num estilo de filme muito próprio: uma "comédia" numa atmosfera altamente melancólica. Só achei que o roteiro poderia ter sido melhor explorado. O Steve Carell está tão bem quanto em "Pequena Miss Sunshine". Achei que ele se destacou o filme inteiro. Ele faz o tipo de personagem triste, mas leve ao mesmo tempo.
Às vezes pensamos que poderíamos ter aproveitado mais algo se tivesséssemos tido mais tempo ou então que certas pessoas deveriam ter surgido mais cedo em nossas vidas. Mas há uma hora, um momento, para as coisas acontecerem. Nem antes e nem depois. Agora! Essa questão foi brilhantemente abordada na rápida cena do final. A trilha sonora é uma graça.
Eita Truffaut! Ótimo filme. A trajetória do garoto é apresentada de uma forma muito envolvente, do início até o fim. E diga-se de passagem, que final! A tradução brasileira ficou legal!
Que história encantadora. É impressionante como o diretor consegue conduzir com tanta leveza um tema tão delicado. É uma obra corajosa. O contexto da escola, por ser um internato católico, problematiza ainda mais a forma como se dá a relação entre os alunos, entre eles e os professores e entre e os pais (um algo que ficou meio nas entrelinhas).
O filme começa de uma forma bem poética e em seguida continua interessante pela bela fotografia e destaque de lindas paisagens. Porém, há uns momentos bem monótonos. Mas gostei muito de ver.
Lindo filme! O roteiro no final fecha brilhantemente a discussão da vida como prisão e da vida como libertação. O lado espiritual do filme, a meu ver, consegue tocar o telespectador independemente de crer ou não no poder que o ser humano tem dentro de si. Ainda tem a questão da injustiça: "está em todo lugar, a qualquer momento", infelizmente. O elenco do filme é excelente. Clássico dos Cine Belas-artes.
É um bom filme, mas não vi nada tão surpreendente assim. O personagem Travis é muito bem desenvolvido durante toda a história, mas a narrativa só conseguiu chamar a minha atenção por ele exclusivamente. Achei que a forma como o filme foi contado permitia um pouco mais de ação. A trilha sonora é muito boa realmente e é utilizada sem exageros.
Segredos e Mentiras
4.1 97 Assista Agora"Secrets and Lies" tem todos os ingredientes de um bom drama familiar: além dos segredos e mentiras, rancor, ressentimentos, parentes que não se gostam e por aí vai. Apesar de cenas e diálogos longos, o filme não dá nenhum sinal de esgotamento em seu roteiro um segundo sequer. Mas também com um elenco desses! Há cenas muito bonitas nesse filme, de uma sinceridade muito tocante. O que me incomodou um pouco foi só o excesso de trilha sonora no início do filme. Há situações já carregadas de drama o suficiente para se usar música no fundo. A direção do filme tem aquele toque singular inglês para tratar de conflitos familiares. A Brenda Blethyn e Marianne Jean-Baptiste fizeram uma dupla incrível. Estão impecáveis nesse filme.
Ensina-me a Viver
4.3 873 Assista AgoraSó o personagem do Bud Cort já vale o filme inteiro. Quando a personagem de Ruth Gordon entra em cena, a história ganha um lindo brilho. O filme é leve e pesado ao mesmo tempo, com canções muito bonitas. Eu a todo mundo quando olhava para o Harold lembrava um pouco da atuação maravilhosa do Paul Dano em "Little Miss Sunshine". "Harold and Maude" é aquele tipo de filme que você assisti e diz ao final: "ganhei o meu dia".
Repulsa ao Sexo
4.0 461 Assista AgoraO olhar da câmera desse filme exprime uma inquitação, uma agonia, em completa consonância com a atuação da Catherine Deneuve.
O Mestre
3.7 1,0K Assista AgoraÉ um exercício de paciência os 137 minutos de "The Master". Vale assistir apenas pelas grandes atuações e pela incrível direção de arte que nos transporta para os anos 50. A Amy Adams é realmente uma ótima atriz, pois o personagem dela é chatíssimo e mesmo assim ela driblou isso, a mer ver.
Vivendo
4.0 45É bom se preparar para uma depressão pós-filme depois de "Zhit". Que filme pesado.
Expedição Kon Tiki
3.9 282 Assista Agora"Viver uma teoria". Essa é uma das premissas que, a meu ver, construíram o bom roteiro de "Kon-Tiki". Thor Heyerdahl conseguiu mostrar que o passado nem sempre está tão longe do presente. Viveu o que acreditou e mostrou o modo como uma teoria se estrutura no real e também na fé. O filme tecnicamente é maravilhoso. Agora é partir pro documentário!
Vidas Amargas
4.2 176 Assista AgoraO James Dean está sensacional nesse filme. O personagem dele é fabuloso e incrivelmente bem escrito. A mudança do irmão na segunda parte do filme deu um outro ritmo à narrativa. Agora o título traduzido em português destruiu o intertexto bíblico com a história de Caim e Abel (Caleb e Aron). O final do filme é ótimo!
Cairo 678
4.3 120 Assista AgoraMohamed Diab está de parabéns por ter realizado esse filme. Além de ter um grito de protesto para a legitimação dos direitos da mulher, o filme apresenta muito bem o encontro das três protagonistas e o confronto de cultura que existe entre elas. As atuações são brilhantes. Os coadjuvantes são muito bons também. Fico imaginando como deve ser difícil para as atrizes construir essas personagens, sabendo que estão representando a vida, a dor e o sofrimento de tantas mulheres do Egito. A história é muito bem narrada. Esse filme é um ótimo registro e retrato da opressão de gênero e da persistente resistência cultural em aceitar o estilo de vida do outro.
Virada no Jogo
3.7 109 Assista AgoraE mais uma vez a HBO em uma excelente produção. A direção de "Game Change" acertou em cheio quando fez a opção de apresentar os bastidores das eleições americanas com enfoque na organização de uma campanha e na participação da mídia na construção dos personagens políticos. É uma narrativa que vai além de um drama político. A Julianne Moore se destaca o filme inteiro. Ela deu uma simplicidade incrível ao personagem da Sarah Palin, sem deixar de lado suas características um tanto difíceis de lidar. Todo o elenco está de parabéns por esse trabalho. Ed Harris ficou bem parecido com o McCain. Woody Harrelson e Sarah Paulson estão brilhantes como os assessores políticos. O filme mereceu todas as premiações do Golden Globe. Ah, e ainda tem a parte técnica que foi impecável, principalmente a maquiagem e a fotografia.
Intocáveis
4.4 4,1K Assista AgoraQue filme lindo. O roteiro consegue integrar humor e drama de forma impecável. Não imaginava que ia me emocionar e rir ao mesmo tempo com essa história. De quebra ainda tem uma curta e divertida crítica ao estatuto da arte em uma cena hilária. A direção conseguiu desenvolver bem a ideia de que sentimentos bons, às vezes, quando em excesso, podem se tornar ruins ao ser humano, dependendo da situação.
A Culpa é do Fidel
4.3 304A direção e o roteiro desse filme são excelentes. Fiquei surpreso com o tamanho cuidado em desenvolver um tema tão delicado, partindo do ponto de vista tanto da criança quanto dos pais.
No início do filme achei que os pais seriam vilanizados. Estava enganado. O roteiro, no momento em que eu achava que ia direcionar para um possível tratamento do egoísmo materno e paterno no que diz respeito a inclusão da ideologia na vida de Anna, começa a enfatizar mais o amor aos filhos.
O filme se saiu muito bem ao discutir o caminho para a compreensão de uma ideologia (o que isso pode nos "custar") e a recepção que uma criança pode ter, tendo em vista que antes só fora indicada a outros caminhos que não o proposto a partir de agora. A trilha sonora também é muito boa e a atriz principal teve um ótimo desempenho. O final é fabuloso. Além disso, a história cresce a cada minuto, sem perder o bom ritmo.
O Primeiro Amor
4.1 1,3K Assista AgoraO filme tem a mesma atmosfera de leveza, inocência e pureza de "Stand by me". Só Rob Reiner mesmo.
A Condenação
4.0 558 Assista AgoraQue história emocionante!Hilary Swank e seus grandes papéis! Ela está, como sempre, fantástica. Rolou uma química muito boa entre ela e o Sam Rockwell. O filme ainda conta com coadjuvantes de peso: Clea Duvall, Melissa Leo e Juliette Lewis também estão ótimas. Vale muito a pena ver esse filme.
O Substituto
4.4 1,7K Assista AgoraMais um ótimo filme de Tony Kaye, mantendo o estilo de "A outra história americana". Belíssima fotografia e roteiro. Só não gostei da quantidade de personagens do filme. Acho que isso fez com que algumas situações não fossem tão bem aproveitadas quanto poderiam ser. Adrien Brody é um grande ator. O roteiro do filme faz um sutil mergulho nas angústias do personagem principal. O que parecia no início do filme pra mim se tratar apenas de uma história sobre professor e seus alunos é redirecionada várias vezes. E esse movimento de mudar o rumo da disucssão sem sair do contexto principal da narrativa foi desenvolvido muito bem.
Jogo de Cena
4.4 336Grande filme! Discute de forma muito segura os limites do real e o ficcional, a relação entre esses dois mundos e a dificuldade da composição de uma personagem quando ele está viva na vida real e precisa ser transformada em ficção. A Andréa Beltrão está maravilhosa nesse filme. As histórias são contadas com tanta sinceridade, tristeza e amor que não há como mergulhar fundo em cada uma delas. Ao mesmo tempo, o filme faz um retrato do povo brasileiro, passando por cada estilo de vida das mulheres que participaram desse "jogo de cena" e mostrando assim que o Brasil pode ir ao cinema também sem ser por meios de representação de favelas e sertão. O que será que havia de real naquele palco? O que há de "verdade" quando se está olhando para uma câmera? Como escreveu Milan Kandera em "A insustententável leveza do ser": viver dentro da verdade, não mentir nem para si mesmo nem para os outros, só seria possível se vivessêmos sem público. Acho que a proposta e o roteiro do filme de Eduardo Coutinho dialogam bem com essa passagem. Por fim, vejo no filme também uma homenagem ao próprio cinema.
O que Traz Boas Novas
4.0 101 Assista AgoraO grande representante canadense ao Oscar 2012. Que filme genial! Vale a pena cada segundo dessa belíssima história, brilhantemente dirigida. O roteirista e diretor Philippe Falardeau conduz a narrativa com uma habilidade incrível e uma sensibilidade rara, ao meu ver. Bachir, Alice e Simon formam elos de amizade muito peculiares. O embate do professor com a turma por causa das circunstâncias de sua chegada e choque cultural inevitável por causa de seu antigo país de residência é o combustível que move os primeiros conflitos da história e que depois ganha outra forma.
Para quem trabalha com Educação, esse é um filme indispensável. No entanto, ele vai muito além dos "muros da escola". O que a sala de aula representa para as pessoas? E o que acontece quando ela aparenta deixar de ser um lugar de proteção e passa a ser uma espécie de cemitério? Qual a reação das crianças perante ao suicídio? Esses questionamentos são algumas das muitas questões que o filme levanta. Discute a relação entre professor e alunos, professor e pais, professor e funcionários, morte, "ensinar versus educar", amizade, amadurecimento, etc. Em nenhum momento a história principal se perde. Isso é algo difícil de manter, levando em consideração a vastidão temática do filme. No geral, a história fala sobretudo sobre os nossos fantasmas interiores e que, às vezes, por mais que eles sejam de naturezas distintas, compartilhar os sentimentos com alguém que você se sente seguro é o primeiro caminho a se tomar para se sentir melhor. Enfim, há tempos não via um filme que me balançava tanto os meus pensamentos. O final é muito bonito!
Amor a Toda Prova
3.8 2,1K Assista AgoraFilme maravilhoso. Risada garantida em quase toda a história. Cenas hilárias e muito fofas. O final é muito bom. Julianne Moore arrasando como sempre. A tradução brasileira do filme ficou ruim demais.
Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo
3.5 1,8K Assista AgoraLindo filme. Fiquei surpreso com a abordagem do tema "fim do mundo" num estilo de filme muito próprio: uma "comédia" numa atmosfera altamente melancólica. Só achei que o roteiro poderia ter sido melhor explorado. O Steve Carell está tão bem quanto em "Pequena Miss Sunshine". Achei que ele se destacou o filme inteiro. Ele faz o tipo de personagem triste, mas leve ao mesmo tempo.
Às vezes pensamos que poderíamos ter aproveitado mais algo se tivesséssemos tido mais tempo ou então que certas pessoas deveriam ter surgido mais cedo em nossas vidas. Mas há uma hora, um momento, para as coisas acontecerem. Nem antes e nem depois. Agora! Essa questão foi brilhantemente abordada na rápida cena do final. A trilha sonora é uma graça.
Os Incompreendidos
4.4 645Eita Truffaut! Ótimo filme. A trajetória do garoto é apresentada de uma forma muito envolvente, do início até o fim. E diga-se de passagem, que final! A tradução brasileira ficou legal!
As Amizades Particulares
4.1 114Que história encantadora. É impressionante como o diretor consegue conduzir com tanta leveza um tema tão delicado. É uma obra corajosa. O contexto da escola, por ser um internato católico, problematiza ainda mais a forma como se dá a relação entre os alunos, entre eles e os professores e entre e os pais (um algo que ficou meio nas entrelinhas).
O Farol
3.7 16O filme começa de uma forma bem poética e em seguida continua interessante pela bela fotografia e destaque de lindas paisagens. Porém, há uns momentos bem monótonos. Mas gostei muito de ver.
À Espera de Um Milagre
4.4 2,1K Assista AgoraLindo filme! O roteiro no final fecha brilhantemente a discussão da vida como prisão e da vida como libertação. O lado espiritual do filme, a meu ver, consegue tocar o telespectador independemente de crer ou não no poder que o ser humano tem dentro de si. Ainda tem a questão da injustiça: "está em todo lugar, a qualquer momento", infelizmente. O elenco do filme é excelente. Clássico dos Cine Belas-artes.
Taxi Driver
4.2 2,5K Assista AgoraÉ um bom filme, mas não vi nada tão surpreendente assim. O personagem Travis é muito bem desenvolvido durante toda a história, mas a narrativa só conseguiu chamar a minha atenção por ele exclusivamente. Achei que a forma como o filme foi contado permitia um pouco mais de ação. A trilha sonora é muito boa realmente e é utilizada sem exageros.
Freud, Além da Alma
3.9 175 Assista AgoraÉ um filme fantástico. Trabalha o tema da psicanálise de forma minuciosa e nem um pouco cansativa.