Criar um filme de aventura, hoje, parece ser mesmo difícil. Apesar de ser um estilo que ao se disposto de elementos interessantes ganha o espectador com uma facilidade maior, a fonte das ideias tem sido as histórias que já conquistaram a plateia anteriormente ou aquelas que o fizeram fora das telas. Assim, em meio a tantas continuações, remakes e adaptações, Super 8 se sobressai não só pela sua qualidade de produção, mas também pelo trunfo de ser uma história totalmente original, mesmo que não parta do zero para convencer as pessoas a pagarem pelo seu ingresso.
A sequência inicial de Melancolia, realizada com um efeito de câmera lenta que daria arrepios em qualquer figura mais resistente ao uso de alta tecnologia (um seguidor ferrenho do Dogma 95, por exemplo), carrega consigo uma exuberância visual poucas vezes vista no cinema recente. Por essa razão, é decepcionante constatar que o roteiro de Lars von Trier aposte em uma lógica narrativa tão óbvia em todo o restante da projeção, enfraquecendo seu excelente esforço na direção.
Quero Matar Meu Chefe chega aos cinemas neste dia 5 seguindo os rastros do sucesso de Se Beber, Não Case. Apesar de ter um padrão brevemente parecido com este, a estreia desse fim de semana conserva bastante autonomia no seu humor, para o bem do seu êxito, e traz consigo nomes pesados, como Kevin Spacey, Jennifer Aniston, Colin Farrell e Jamie Foxx.
Se há apenas três anos, quando a Marvel Studios lançou seu primeiro filme financiado independentemente, o aclamado Homem de Ferro, alguém lançasse a ideia de que uma adaptação do Capitão América poderia bater de frente com a aventura estrelada por Robert Downey Jr, a declaração provavelmente seria alvo de descrença. Afinal, Steve Rogers (interpretado aqui pelo ex-Tocha Humana Chris Evans), à primeira vista é uma figura pouco verossímil – mesmo em se tratando de super-heróis –, longe de apresentar a profundidade emocional de um playboy alcoólatra dividido entre a glória e a redenção. Contudo, a produção capitaneada por Joe Johnston escapa do narcisismo ufanista para o qual poderia apelar e conta a atemporal história de um garoto franzino que teimosamente sonha em ser um herói.
O tema de um assalto a banco é, no imaginário do espectador comum, uma epopeia, pura ação e adrenalina e com toques de suspense. Assalto ao Banco Central não é esse tipo de filme. Sua chegada aos cinemas como uma grande produção nacional, detentor de um elenco famoso (que conta com Milhem Cortaz, Eriberto Leão, Giulia Gam, Lima Duarte e participações de Antonio Abujamra e Milton Gonçalves), parece vender o contrário
Honestamente, seria mais fácil iniciar este texto com o tijolinho de informações sobre a duração da série nos cinemas e seus tantos bilhões de dólares gerados. Mas isso é coisa sabida e repetida a exaustão até por quem não aprecia Harry Potter. Críticas, como bem devem ser, são textos impessoais que buscam através de toda a imparcialidade possível (porque total seria acreditar no inexistente) e boa argumentação apontar as principais características de uma obra. Eu seria desonesto comigo e com a coerência do que será aqui exposto se, desta vez, eu não me bandeasse um pouquinho para o conforto da parcialidade. Mas, claro, sem deixar o bom senso desligado.
Para quem viveu boa parte da sua infância nos anos 80 e adora o cinema de entretenimento, o anúncio do lançamento de um filme baseado nos robôs que se transformam em carros e diversos tipos de tralhas mecânicas talvez tenha se transformado, com trocadilhos, na maior expectativa do ano de 2007. Principalmente quando Steven Spielberg se torna o produtor executivo de uma produção tão arriscada e ousada. Diz a “lenda” que a ideia de produzir um filme baseado na linha de brinquedos, desenhos animados e HQs da Hasbro (inicialmente publicadas pela Marvel) começou em 2002 por iniciativa da própria empresa, que inicialmente desejava adaptar G.I.Joe (a.k.a Comandos em Ação). Spielberg, fã dos robôs, soube da ideia e se juntou ao projeto, convencendo a empresa a adaptar Transformers no lugar do G.I.Joe.
A Pixar, como um dos maiores estúdios em animação do mundo, possui um currículo praticamente impecável, no que diz respeito às suas obras, sejam elas curtas ou longas. Infelizmente, o trabalho de John Lasseter vem a manchar essa reputação – até então inabalável – do estúdio.
Fac-símile do único romance de Oscar Wilde, o filme tenta resgatar o tema do pacto faustiano no ambiente lúgubre da Londres vitoriana. O herói do título vende a alma ao diabo, em troca das únicas coisas que valeriam a pena ter: beleza e juventude. E para sempre: o retrato envelhece no lugar do retratado, e vai absorvendo as marcas e agruras sucessivamente sustentadas por Dorian. Rica de sentidos e interpretações na literatura, o diretor Oliver Parker achata a história num pastiche de horror de segunda mão e pornô soft. Alguns cortes secos na elaboração do ritmo e planos em primeira pessoa esboçam pretensão autoral, mas ela rapidamente submerge no oceano de macetes e clichês.
Em Maelström, filme de 2000 do mesmo diretor quebequense, assistimos à extração cirúrgica de um feto ao som de “Good Morning, Starshine“. No começo de Incêndios (2010), sucesso-de-crítica-e-público, ouvimos Radiohead enquanto crianças endurecidas, de algum lugar do Oriente Médio, têm os cabelos raspados por guerrilheiros, presumivelmente aguardando um destino sombrio.
E se você desejasse profundamente uma coisa? E se essa coisa que você deseja profundamente acontecesse? O sonho de Gil, personagem de Owen Wilson no filme Meia Noite em Paris – que estreia na próxima sexta-feira (17) –, é viver na capital francesa, na década de 1920. Em visita a cidade – em companhia da noiva Inez (Rachel McAdams) e seus pais, vividos por Kurt Fuller (Jonh, um conservador homem de negócios) e Mimi Kennedy (Helen, uma conservadora esposa de um homem de negócios) – ele consegue.
É um ponto digno de debate se algum segmento no mundo do cinema apresentou um desenvolvimento tão intenso e abrangente na última década quanto o das animações. Enquanto em meados da década de 90 o espectador podia ter uma ideia bastante apurada do que encontraria ao entrar numa sala de exibição para ver um “desenho”, hoje temos produções arrojadas com comentários sociais, mensagens ecológicas mais profundas e até autoparódia inteligente.
A chegada de X-Men Origens: Wolverine parecia ser o decreto do fim da franquia X-Men nos cinemas. A produção sofrera todos os tipos de empurrões para baixo, desde o vazamento do longa em fase de pós-produção até as duras críticas e o baixo retorno em bilheterias. Para resgatar os mutantes da Marvel com a mesma força de antes, restava à Fox permitir que o rigor empregado pelo diretor Bryan Singer nos dois primeiros filmes tivesse espaço em uma tentativa posterior. Por sorte, é o que se vê agora em X-Men: Primeira Classe.
Quase todos os filmes da grande indústria americana tentam, de algum modo, ser um clássico dentro do seu gênero. Um exemplo bem expressivo é o recente “clássico” Se Beber Não Case, que até ganhou um irmãozinho. Essa tentativa é explícita quando se lança mão de elementos cool – uma boa trilha sonora, um local cinematográfico, um personagem cheio de atitude – para contar uma velha e querida estória (se me for permitido o uso desse neologismo de 1919). Ou seja, uma velha fórmula narrativa e uns temperos moderninhos modelam o corpo folclórico cinematográfico tal como a publicidade manipula a percepção de uma sociedade na qual ser cool é imperativo.
Uma das várias regras não escritas de Hollywood estipula que uma sequência deve sempre trazer de volta tudo o que o original fez bem feito, mas aumentado. Julgando por este aspecto, portanto, quando uma comédia faz tanto sucesso de público e crítica quanto Se Beber, Não Case fez em 2009, as apostas em seu sucessor são altas. Esperam-se piadas em maior quantidade – além de mais ousadas – e se esperam novos elementos para divertir o espectador. Tudo isso ainda mostrando respeito e fazendo referências ao seu antecessor. É uma tarefa homérica. Exatamente por isso entristece, mas não surpreende, que Se Beber, Não Case – Parte II pegue o caminho fácil e siga ao pé da letra a receita do primeiro e termine ficando apenas à sua sombra
Os tempos de pirataria estão acabando. Manter o ofício está cada vez mais difícil. Jack Sparrow (Johnny Depp) sabe disso, ainda que sua residência governada pelo Mickey não tenha aberto os olhos a este fato. O que conduz ao erro Piratas do Caribe – Navegando em Águas Misteriosas.
Na natureza humana, existe uma ordem natural – quase uma regra – de que o homem nasce, cresce, se reproduz e morre. Por consequência, os filhos veem seus pais morrerem. Algumas vezes, porém, essa ordem entra em colapso. E, assim, uma das dores possivelmente mais devastadoras é o impulso de Reencontrando a Felicidade.
Qualquer pessoa que acompanhe notícias sobre o mundo do cinema pipoca já sabe que a Marvel Studios pretende lançar no próximo ano um filme com OsVingadores. O filme, sendo uma adaptação da história em quadrinhos que inclui alguns heróis do Universo Marvel, contaria com a presença do Homem de Ferro, Hulk, Capitão América e Thor. E enquanto os filmes “solo” dos dois primeiros funcionam bem independentemente do que virá em 2012, Thor parece mais preocupado em preparar o personagem-título para se acomodar ao cenário de Os Vingadores do que possuir uma coerência independente. Falha número um.
Baseado no livro homônimo de Sara Gruen, que atingiu o topo da lista de best-sellers do The New York Times, Água para Elefantes conta a história de Jacob Jankowski, interpretado pelo veterano Hal Holbrook nas breves sequências contemporâneas e pelo galã de Crepúsculo, Robert Pattinson, no longo flashback da década de 30 que é, na verdade, o próprio filme.
Ao contrário do que possa parecer à primeira vista, a grande estrela por trás de A Garota da Capa Vermelha não é Amanda Seyfried, sua atriz principal. O nome que possui maior destaque em todos os pôsteres e trailers é o de sua diretora, a controversa Catherine Hardwicke (Aos Treze). Mais conhecida por comandar a adaptação do livro/febre adolescente Crepúsculo para as telas, ela agora tem a missão de aplicar um estilo mais sombrio e gótico nesta história repaginada de Chapeuzinho Vermelho. Além de, obviamente, atrair o público alvo de seu último sucesso de bilheteria para esse.
Se há algo bem difícil de se sustentar hoje, esse algo é a neutralidade perante alguns títulos lançados semana após semana nos cinemas. Gêneros se reciclam da maneira mais literal possível: resgata para se fazer a mesma coisa, com uma textura às vezes pior. Quando preguiçoso, um filme pode apenas reunir alguns recortes do que já deu certo um dia – há muito tempo – mas sempre escolhendo o pedacinho mais batido. Filme adolescente segue bem essa linha. E aí é impossível, por mais sensato que se possa ser, evitar ser preconceituoso. O que pode causar algumas quebradas de cara também. Eu Sou o Número Quatro, está bem no meio disso tudo, mas sobrevive apesar da grande malha de lugares comuns.
Quando o primeiro filme da franquia Pânico foi lançado em 1996, o que mais chamou a atenção do público foi a maneira como o longa conseguiu juntar ao mesmo tempo os sustos comuns nos filmes slash e uma paródia-crítica aos filmes do gênero, ressaltando seus clichês e fórmulas, culminando assim em um interessante e divertido exercício de metalinguagem. Além disso, o original possuía uma linha de raciocínio lógica e uma trama que foi mantida como base para a existência das duas continuações, resultando em uma trilogia que se fechava em si mesma. Dessa forma, muitos fãs se perguntavam como a série continuaria mantendo sua lógica depois de um ciclo fechado com a criação do que promete ser uma nova trilogia. O resultado, porém, eleva ainda mais o nível da história de Sidney, Gale e Dewey, os sobreviventes dos primeiros três filmes.
O Cinema brasileiro vive um de seus momentos mais frutíferos em muito tempo. Por consequência, alguns nomes dessa nossa Arte passam a ser reconhecidos internacionalmente. Em contrapartida, uma parte se aventura pelo mercado cinematográfico internacional em projetos voltados a esse mercado. Carlos Saldanha é um exemplar que refere a esse sucesso, porém com um diferencial: em Rio, deverá satisfazer ao público global sedento por blockbuster, ao mesmo tempo em que realiza um filme que se passa em seus país, o que gera uma responsabilidade em não cair nos estereótipos estrangeiros equivocados em uma homenagem banal, calcada em um patriotismo barato. Para os entusiastas, um alívio: ele conseguiu.
Uma tentativa de sair do óbvio é o grande feito admirável de Sem Limites. Bradley Cooper em um papel nem tão desafiador e um Robert De Niro apagado montam uma história que prende, surpreende, mas não apreende a lógica do próprio roteiro. Apesar de a grande falha do filme estar no roteiro, sua premissa de argumento é riquíssima e fonte de discussões em diversos campos das ciências biológicas e humanas. Das discussões acadêmicas, o tema do controle completo do cérebro chega à tela grande.
Super 8
3.6 2,5K Assista AgoraCriar um filme de aventura, hoje, parece ser mesmo difícil. Apesar de ser um estilo que ao se disposto de elementos interessantes ganha o espectador com uma facilidade maior, a fonte das ideias tem sido as histórias que já conquistaram a plateia anteriormente ou aquelas que o fizeram fora das telas. Assim, em meio a tantas continuações, remakes e adaptações, Super 8 se sobressai não só pela sua qualidade de produção, mas também pelo trunfo de ser uma história totalmente original, mesmo que não parta do zero para convencer as pessoas a pagarem pelo seu ingresso.
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Melancolia
3.8 3,1K Assista AgoraA sequência inicial de Melancolia, realizada com um efeito de câmera lenta que daria arrepios em qualquer figura mais resistente ao uso de alta tecnologia (um seguidor ferrenho do Dogma 95, por exemplo), carrega consigo uma exuberância visual poucas vezes vista no cinema recente. Por essa razão, é decepcionante constatar que o roteiro de Lars von Trier aposte em uma lógica narrativa tão óbvia em todo o restante da projeção, enfraquecendo seu excelente esforço na direção.
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Quero Matar Meu Chefe
3.4 1,7K Assista AgoraQuero Matar Meu Chefe chega aos cinemas neste dia 5 seguindo os rastros do sucesso de Se Beber, Não Case. Apesar de ter um padrão brevemente parecido com este, a estreia desse fim de semana conserva bastante autonomia no seu humor, para o bem do seu êxito, e traz consigo nomes pesados, como Kevin Spacey, Jennifer Aniston, Colin Farrell e Jamie Foxx.
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Capitão América: O Primeiro Vingador
3.5 3,1K Assista AgoraSe há apenas três anos, quando a Marvel Studios lançou seu primeiro filme financiado independentemente, o aclamado Homem de Ferro, alguém lançasse a ideia de que uma adaptação do Capitão América poderia bater de frente com a aventura estrelada por Robert Downey Jr, a declaração provavelmente seria alvo de descrença. Afinal, Steve Rogers (interpretado aqui pelo ex-Tocha Humana Chris Evans), à primeira vista é uma figura pouco verossímil – mesmo em se tratando de super-heróis –, longe de apresentar a profundidade emocional de um playboy alcoólatra dividido entre a glória e a redenção. Contudo, a produção capitaneada por Joe Johnston escapa do narcisismo ufanista para o qual poderia apelar e conta a atemporal história de um garoto franzino que teimosamente sonha em ser um herói.
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Assalto ao Banco Central
3.0 1,3KO tema de um assalto a banco é, no imaginário do espectador comum, uma epopeia, pura ação e adrenalina e com toques de suspense. Assalto ao Banco Central não é esse tipo de filme. Sua chegada aos cinemas como uma grande produção nacional, detentor de um elenco famoso (que conta com Milhem Cortaz, Eriberto Leão, Giulia Gam, Lima Duarte e participações de Antonio Abujamra e Milton Gonçalves), parece vender o contrário
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Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
4.3 5,2K Assista AgoraHonestamente, seria mais fácil iniciar este texto com o tijolinho de informações sobre a duração da série nos cinemas e seus tantos bilhões de dólares gerados. Mas isso é coisa sabida e repetida a exaustão até por quem não aprecia Harry Potter. Críticas, como bem devem ser, são textos impessoais que buscam através de toda a imparcialidade possível (porque total seria acreditar no inexistente) e boa argumentação apontar as principais características de uma obra. Eu seria desonesto comigo e com a coerência do que será aqui exposto se, desta vez, eu não me bandeasse um pouquinho para o conforto da parcialidade. Mas, claro, sem deixar o bom senso desligado.
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Transformers
3.4 1,3K Assista AgoraPara quem viveu boa parte da sua infância nos anos 80 e adora o cinema de entretenimento, o anúncio do lançamento de um filme baseado nos robôs que se transformam em carros e diversos tipos de tralhas mecânicas talvez tenha se transformado, com trocadilhos, na maior expectativa do ano de 2007. Principalmente quando Steven Spielberg se torna o produtor executivo de uma produção tão arriscada e ousada. Diz a “lenda” que a ideia de produzir um filme baseado na linha de brinquedos, desenhos animados e HQs da Hasbro (inicialmente publicadas pela Marvel) começou em 2002 por iniciativa da própria empresa, que inicialmente desejava adaptar G.I.Joe (a.k.a Comandos em Ação). Spielberg, fã dos robôs, soube da ideia e se juntou ao projeto, convencendo a empresa a adaptar Transformers no lugar do G.I.Joe.
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Carros 2
3.1 855 Assista AgoraA Pixar, como um dos maiores estúdios em animação do mundo, possui um currículo praticamente impecável, no que diz respeito às suas obras, sejam elas curtas ou longas. Infelizmente, o trabalho de John Lasseter vem a manchar essa reputação – até então inabalável – do estúdio.
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O Retrato de Dorian Gray
3.2 1,5K Assista AgoraFac-símile do único romance de Oscar Wilde, o filme tenta resgatar o tema do pacto faustiano no ambiente lúgubre da Londres vitoriana. O herói do título vende a alma ao diabo, em troca das únicas coisas que valeriam a pena ter: beleza e juventude. E para sempre: o retrato envelhece no lugar do retratado, e vai absorvendo as marcas e agruras sucessivamente sustentadas por Dorian. Rica de sentidos e interpretações na literatura, o diretor Oliver Parker achata a história num pastiche de horror de segunda mão e pornô soft. Alguns cortes secos na elaboração do ritmo e planos em primeira pessoa esboçam pretensão autoral, mas ela rapidamente submerge no oceano de macetes e clichês.
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Incêndios
4.5 1,9K Assista AgoraEm Maelström, filme de 2000 do mesmo diretor quebequense, assistimos à extração cirúrgica de um feto ao som de “Good Morning, Starshine“. No começo de Incêndios (2010), sucesso-de-crítica-e-público, ouvimos Radiohead enquanto crianças endurecidas, de algum lugar do Oriente Médio, têm os cabelos raspados por guerrilheiros, presumivelmente aguardando um destino sombrio.
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Meia-Noite em Paris
4.0 3,8K Assista AgoraE se você desejasse profundamente uma coisa? E se essa coisa que você deseja profundamente acontecesse? O sonho de Gil, personagem de Owen Wilson no filme Meia Noite em Paris – que estreia na próxima sexta-feira (17) –, é viver na capital francesa, na década de 1920. Em visita a cidade – em companhia da noiva Inez (Rachel McAdams) e seus pais, vividos por Kurt Fuller (Jonh, um conservador homem de negócios) e Mimi Kennedy (Helen, uma conservadora esposa de um homem de negócios) – ele consegue.
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Kung Fu Panda 2
3.5 835 Assista AgoraÉ um ponto digno de debate se algum segmento no mundo do cinema apresentou um desenvolvimento tão intenso e abrangente na última década quanto o das animações. Enquanto em meados da década de 90 o espectador podia ter uma ideia bastante apurada do que encontraria ao entrar numa sala de exibição para ver um “desenho”, hoje temos produções arrojadas com comentários sociais, mensagens ecológicas mais profundas e até autoparódia inteligente.
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X-Men: Primeira Classe
3.9 3,4K Assista AgoraA chegada de X-Men Origens: Wolverine parecia ser o decreto do fim da franquia X-Men nos cinemas. A produção sofrera todos os tipos de empurrões para baixo, desde o vazamento do longa em fase de pós-produção até as duras críticas e o baixo retorno em bilheterias. Para resgatar os mutantes da Marvel com a mesma força de antes, restava à Fox permitir que o rigor empregado pelo diretor Bryan Singer nos dois primeiros filmes tivesse espaço em uma tentativa posterior. Por sorte, é o que se vê agora em X-Men: Primeira Classe.
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O Poder e a Lei
3.8 611 Assista grátisQuase todos os filmes da grande indústria americana tentam, de algum modo, ser um clássico dentro do seu gênero. Um exemplo bem expressivo é o recente “clássico” Se Beber Não Case, que até ganhou um irmãozinho. Essa tentativa é explícita quando se lança mão de elementos cool – uma boa trilha sonora, um local cinematográfico, um personagem cheio de atitude – para contar uma velha e querida estória (se me for permitido o uso desse neologismo de 1919). Ou seja, uma velha fórmula narrativa e uns temperos moderninhos modelam o corpo folclórico cinematográfico tal como a publicidade manipula a percepção de uma sociedade na qual ser cool é imperativo.
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Se Beber, Não Case! Parte II
3.5 2,4K Assista AgoraUma das várias regras não escritas de Hollywood estipula que uma sequência deve sempre trazer de volta tudo o que o original fez bem feito, mas aumentado. Julgando por este aspecto, portanto, quando uma comédia faz tanto sucesso de público e crítica quanto Se Beber, Não Case fez em 2009, as apostas em seu sucessor são altas. Esperam-se piadas em maior quantidade – além de mais ousadas – e se esperam novos elementos para divertir o espectador. Tudo isso ainda mostrando respeito e fazendo referências ao seu antecessor. É uma tarefa homérica. Exatamente por isso entristece, mas não surpreende, que Se Beber, Não Case – Parte II pegue o caminho fácil e siga ao pé da letra a receita do primeiro e termine ficando apenas à sua sombra
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Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas
3.6 2,7K Assista AgoraOs tempos de pirataria estão acabando. Manter o ofício está cada vez mais difícil. Jack Sparrow (Johnny Depp) sabe disso, ainda que sua residência governada pelo Mickey não tenha aberto os olhos a este fato. O que conduz ao erro Piratas do Caribe – Navegando em Águas Misteriosas.
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Reencontrando a Felicidade
3.5 622Na natureza humana, existe uma ordem natural – quase uma regra – de que o homem nasce, cresce, se reproduz e morre. Por consequência, os filhos veem seus pais morrerem. Algumas vezes, porém, essa ordem entra em colapso. E, assim, uma das dores possivelmente mais devastadoras é o impulso de Reencontrando a Felicidade.
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Thor
3.3 3,1K Assista AgoraQualquer pessoa que acompanhe notícias sobre o mundo do cinema pipoca já sabe que a Marvel Studios pretende lançar no próximo ano um filme com OsVingadores. O filme, sendo uma adaptação da história em quadrinhos que inclui alguns heróis do Universo Marvel, contaria com a presença do Homem de Ferro, Hulk, Capitão América e Thor. E enquanto os filmes “solo” dos dois primeiros funcionam bem independentemente do que virá em 2012, Thor parece mais preocupado em preparar o personagem-título para se acomodar ao cenário de Os Vingadores do que possuir uma coerência independente. Falha número um.
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Água para Elefantes
3.5 2,0K Assista AgoraBaseado no livro homônimo de Sara Gruen, que atingiu o topo da lista de best-sellers do The New York Times, Água para Elefantes conta a história de Jacob Jankowski, interpretado pelo veterano Hal Holbrook nas breves sequências contemporâneas e pelo galã de Crepúsculo, Robert Pattinson, no longo flashback da década de 30 que é, na verdade, o próprio filme.
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A Garota da Capa Vermelha
3.0 2,5K Assista AgoraAo contrário do que possa parecer à primeira vista, a grande estrela por trás de A Garota da Capa Vermelha não é Amanda Seyfried, sua atriz principal. O nome que possui maior destaque em todos os pôsteres e trailers é o de sua diretora, a controversa Catherine Hardwicke (Aos Treze). Mais conhecida por comandar a adaptação do livro/febre adolescente Crepúsculo para as telas, ela agora tem a missão de aplicar um estilo mais sombrio e gótico nesta história repaginada de Chapeuzinho Vermelho. Além de, obviamente, atrair o público alvo de seu último sucesso de bilheteria para esse.
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Eu Sou o Número Quatro
3.1 2,0KSe há algo bem difícil de se sustentar hoje, esse algo é a neutralidade perante alguns títulos lançados semana após semana nos cinemas. Gêneros se reciclam da maneira mais literal possível: resgata para se fazer a mesma coisa, com uma textura às vezes pior. Quando preguiçoso, um filme pode apenas reunir alguns recortes do que já deu certo um dia – há muito tempo – mas sempre escolhendo o pedacinho mais batido. Filme adolescente segue bem essa linha. E aí é impossível, por mais sensato que se possa ser, evitar ser preconceituoso. O que pode causar algumas quebradas de cara também. Eu Sou o Número Quatro, está bem no meio disso tudo, mas sobrevive apesar da grande malha de lugares comuns.
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Pânico 4
3.2 2,7K Assista AgoraQuando o primeiro filme da franquia Pânico foi lançado em 1996, o que mais chamou a atenção do público foi a maneira como o longa conseguiu juntar ao mesmo tempo os sustos comuns nos filmes slash e uma paródia-crítica aos filmes do gênero, ressaltando seus clichês e fórmulas, culminando assim em um interessante e divertido exercício de metalinguagem. Além disso, o original possuía uma linha de raciocínio lógica e uma trama que foi mantida como base para a existência das duas continuações, resultando em uma trilogia que se fechava em si mesma. Dessa forma, muitos fãs se perguntavam como a série continuaria mantendo sua lógica depois de um ciclo fechado com a criação do que promete ser uma nova trilogia. O resultado, porém, eleva ainda mais o nível da história de Sidney, Gale e Dewey, os sobreviventes dos primeiros três filmes.
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Rio
3.6 2,7K Assista AgoraO Cinema brasileiro vive um de seus momentos mais frutíferos em muito tempo. Por consequência, alguns nomes dessa nossa Arte passam a ser reconhecidos internacionalmente. Em contrapartida, uma parte se aventura pelo mercado cinematográfico internacional em projetos voltados a esse mercado. Carlos Saldanha é um exemplar que refere a esse sucesso, porém com um diferencial: em Rio, deverá satisfazer ao público global sedento por blockbuster, ao mesmo tempo em que realiza um filme que se passa em seus país, o que gera uma responsabilidade em não cair nos estereótipos estrangeiros equivocados em uma homenagem banal, calcada em um patriotismo barato. Para os entusiastas, um alívio: ele conseguiu.
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Sem Limites
3.8 1,9K Assista AgoraUma tentativa de sair do óbvio é o grande feito admirável de Sem Limites. Bradley Cooper em um papel nem tão desafiador e um Robert De Niro apagado montam uma história que prende, surpreende, mas não apreende a lógica do próprio roteiro. Apesar de a grande falha do filme estar no roteiro, sua premissa de argumento é riquíssima e fonte de discussões em diversos campos das ciências biológicas e humanas. Das discussões acadêmicas, o tema do controle completo do cérebro chega à tela grande.
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