Num primeiro momento, me pareceu que a Nétifliquisho pegara uma história sombria da Vertigo/DC e a transformou numa história fofinha à lá Disney...
Quem conhece a série em quadrinhos do Jeff Lemire pode se decepcionar num primeiro momento. Os primeiros episódios são muito lentos, Gus chega a ser irritante por vezes pare e uma criança mimada disfarçada de fofa, há a inclusão de elementos, situações e personagens que não têm na HQ... Além disso, há várias referências a outras peças da indústria cultural que tratam de cenários pós-apocalípticos, de Planeta de Macacos à Y, o Último Homem, passando por Despertar dos Mortos.
Mas ao final, percebe-se que se trata de uma espécie de 'Ano Um' de "Sweet Tooth, com a série em streaming
Bem produzido, com uma bela fotografia (que não corresponde ao cenário pós-apocalíptico árido da HQ homônima), uma boa edição (o grande mérito para esta bem sucedida adaptação), personagens carismáticos (sim, estão um pouco diferentes dos quadrinhos, mas esta é uma adaptação para outra mídia) e expectativa elevada para a próxima temporada.
"Nomadland" é uma espécie de "As Vinhas da Ira (John Ford, 1940)" contemporâneo. Mas, o (bom) filme vencedor do Oscar deste ano é também um exemplo de realismo capitalista! Ou seja, na impossibilidade de se pensar a transformação radical da sociedade, romantiza-se a condição de vida precária e o trabalho intermitente de parte considerável da geração X!
Boa edição, apesar do problema de ritmo. Parece que eu assisti a três episódios de uma série da nétifliquish, sem me aprofundar nos demais núcleos de personagens além daquele da galera do sk8.
Tem algumas conveniências de roteiro que não prejudicam o clima hitchcockiano de construção da trama e de desenvolvimento da história. Vale a pena assistir. Me fez lembrar de "O Que Terá Acontecido a Baby Jane"!
#2) Sandman deveria ser referenciado, de tanto que Bruce Wayne sonha (neste filme e no Batman vs Superman)!
#3) Zeca Snaidi capturou relativamente bem a essência dos super-heróis da DC, em tudo que o plantel meta-humano daquela editora tem tanto de icônico quanto de limitado e bidimensional.
#4) Um filme do subgênero de super-heróis que vai ao encontro do público médio. Ou seja, você não precisa saber de muita coisa a priori para curtir o filme a acompanhar a sua história.
Bem fraquinho! Não sei como que é esta discussão na Espanha, mas acho que o plot do filme mais atrapalha do que ajuda a causa e em nada esclarece os desinformados.
A referência à sitcom "A Feiticeira" é óbvia. Mas tem também um clima típico dos romances e contos de Philip K. Dick. Neste sentido, outra inspiração parece ser a minissérie "Vision", do Tom King. Além disso, tem a introdução
Mantém a fórmula da 1ª temporada, incrementa consideravelmente o fan service e conclui a jornada do protagonista. Neste sentido, foi mais feliz do que o último filme da saga nos cinemas. Jon Favreau é gente que sabe!
Lembra muito os seriados televisivos dos anos 1970, como Kung Fu, Hulk e Planeta dos Macacos. Ou seja, a cada episódio, o protagonista está num lugar diferente, ajudando algum nativo para conseguir algo ou uma informação que o ajudará a concluir a sua jornada - que nunca se conclui. Um bom e divertido passatempo.
2020 foi um ano tão lazarento que os criadores da série "Black Mirror" preferiram fazer uma retrospectiva do que um novo episódio! Mezzo bazófia, mezzo crítica social Vale a pena!
Tem alguns momentos que lembra "Solaris" (a refilmagem com o George Clooney), tem outro que lembra "Gravidade" (também com Clooney) e tem também uma sequência inteira que lembra "Contato", "Ad Astra" e até "Interestelar"! Enfim, um pout-pourri de vários filmes de temática similar. Chato pra caráter. Uma espécie de sci-fi de white people problems.
Um prólogo que repete o primeiro filme e que, apesar da beleza visual, só se justifica de fato pela cena pós-crédito. O filme se perde e fica cansativo após o primeiro ato. Só dei uma estrela a mais por conta do apelo emotivo e nostálgico da cena pós-crédito!
A animação é muito boa e a trilha-sonora (a cargo de Trent 'Nine Inch Nails' Reznor e Atticus Ross - a mesma dupla responsável pela trilha da série Watchmen) é o destaque, com misturas de jazz e ambient-trance. Para além (!) das referências espiritualistas, é interessante também observar os termos e noções oriundas do mundo corporativo (mentor, mentoria, rebranding, missão etc.). Ou seja, um sutil paralelo entre o preparo para a vida com o preparo para o mercado de trabalhos precarizados, de contratos temporários e frustrações decorrentes de uma busca sem fim pela realização - espírito (!²) da época, sinal dos tempos.
Filmaço! Indispensável seja por conta dos temas abordados (feminismo, direito ao aborto e direito reprodutivo), seja pela forma como Agnès Varda os aborda a partir da construção e do desenvolvimento das trajetórias e das subjetividades das protagonistas, Um filme obrigatório. Um clássico - do cinema francês, quiçá do cinema mundial - pouco conhecido.
O filme é muito feliz ao demonstrar como que a memória social é formada por lembranças e esquecimentos (ambos, deliberados) e, principalmente, como que esta mesma memória é construída a partir de diferentes experiências subjetivas. Além disso, é muito importante quanto ao resgate da influência da eugenia e da higienização sociais na formação da nossa identidade nacional moderna - inclusive, nesta parte, lembra muito o doc "Homo Sapiens 1900" (Peter Cohen, 1998). Uma parte de nossa história que precisa ser conhecida e necessita ser discutida. Um bom exemplo de adaptação de um trabalho acadêmico para outra mídia.
Sweet Tooth (1ª Temporada)
4.1 295REALISMO CAPITALISTA PARA A GERAÇÃO ALPHA:
Num primeiro momento, me pareceu que a Nétifliquisho pegara uma história sombria da Vertigo/DC e a transformou numa história fofinha à lá Disney...
Quem conhece a série em quadrinhos do Jeff Lemire pode se decepcionar num primeiro momento. Os primeiros episódios são muito lentos, Gus chega a ser irritante por vezes pare e uma criança mimada disfarçada de fofa, há a inclusão de elementos, situações e personagens que não têm na HQ...
Além disso, há várias referências a outras peças da indústria cultural que tratam de cenários pós-apocalípticos, de Planeta de Macacos à Y, o Último Homem, passando por Despertar dos Mortos.
Mas ao final, percebe-se que se trata de uma espécie de 'Ano Um' de "Sweet Tooth, com a série em streaming
terminando na captura de Gus pelo grupo do General
ao fim do primeiro arco de histórias
Bem produzido, com uma bela fotografia (que não corresponde ao cenário pós-apocalíptico árido da HQ homônima), uma boa edição (o grande mérito para esta bem sucedida adaptação), personagens carismáticos (sim, estão um pouco diferentes dos quadrinhos, mas esta é uma adaptação para outra mídia) e expectativa elevada para a próxima temporada.
Nomadland
3.9 896 Assista Agora"Nomadland" é uma espécie de "As Vinhas da Ira (John Ford, 1940)" contemporâneo.
Mas, o (bom) filme vencedor do Oscar deste ano é também um exemplo de realismo capitalista! Ou seja, na impossibilidade de se pensar a transformação radical da sociedade, romantiza-se a condição de vida precária e o trabalho intermitente de parte considerável da geração X!
Meu Nome é Bagdá
3.7 42Boa edição, apesar do problema de ritmo. Parece que eu assisti a três episódios de uma série da nétifliquish, sem me aprofundar nos demais núcleos de personagens além daquele da galera do sk8.
Fuja
3.4 1,1K Assista AgoraTem algumas conveniências de roteiro que não prejudicam o clima hitchcockiano de construção da trama e de desenvolvimento da história. Vale a pena assistir.
Me fez lembrar de "O Que Terá Acontecido a Baby Jane"!
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3K#1) Jared Leto é o pior Coringa ever!
#2) Sandman deveria ser referenciado, de tanto que Bruce Wayne sonha (neste filme e no Batman vs Superman)!
#3) Zeca Snaidi capturou relativamente bem a essência dos super-heróis da DC, em tudo que o plantel meta-humano daquela editora tem tanto de icônico quanto de limitado e bidimensional.
#4) Um filme do subgênero de super-heróis que vai ao encontro do público médio. Ou seja, você não precisa saber de muita coisa a priori para curtir o filme a acompanhar a sua história.
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 797 Assista AgoraBem mediano e formulaico.
O Tigre Branco
3.8 403 Assista AgoraSuperestimado.
Mediano como cinema de entretenimento. Fraco como crítica social.
Eu Me Importo
3.3 1,2K Assista AgoraPrevisível e superficial.
O Recepcionista
2.6 232Previsível e raso. Vitrina para jovens atores.
Terror nas Trevas
3.6 132Exercício de estilo.
Amnésia
4.2 2,2K Assista AgoraMesmo 20 anos depois, ainda funciona!
Mas é curioso notar como que os 'vícios' dos irmãos Nolan estão todos lá - incluindo o final explicadinho!
Hellboy: A Espada das Tempestades
3.2 19História bem mediana para o que o universo do personagem pode oferecer.
Uma animação correta.
Vovó Saiu do Armário
2.6 55 Assista AgoraBem fraquinho! Não sei como que é esta discussão na Espanha, mas acho que o plot do filme mais atrapalha do que ajuda a causa e em nada esclarece os desinformados.
WandaVision
4.2 844 Assista AgoraA referência à sitcom "A Feiticeira" é óbvia. Mas tem também um clima típico dos romances e contos de Philip K. Dick. Neste sentido, outra inspiração parece ser a minissérie "Vision", do Tom King.
Além disso, tem a introdução
da S.W.O.R.D. no MCU. Mas fiquei na dúvida se a vizinha Agnes seria a bruxa Agatha Harkness
Espero que a história evolua mais no 3º episódio.
O Mandaloriano: Star Wars (2ª Temporada)
4.5 445 Assista AgoraMantém a fórmula da 1ª temporada, incrementa consideravelmente o fan service e conclui a jornada do protagonista. Neste sentido, foi mais feliz do que o último filme da saga nos cinemas.
Jon Favreau é gente que sabe!
O Mandaloriano: Star Wars (1ª Temporada)
4.4 532 Assista AgoraLembra muito os seriados televisivos dos anos 1970, como Kung Fu, Hulk e Planeta dos Macacos. Ou seja, a cada episódio, o protagonista está num lugar diferente, ajudando algum nativo para conseguir algo ou uma informação que o ajudará a concluir a sua jornada - que nunca se conclui.
Um bom e divertido passatempo.
2020 Nunca Mais
3.4 892020 foi um ano tão lazarento que os criadores da série "Black Mirror" preferiram fazer uma retrospectiva do que um novo episódio!
Mezzo bazófia, mezzo crítica social
Vale a pena!
O Céu da Meia-Noite
2.7 510Tem alguns momentos que lembra "Solaris" (a refilmagem com o George Clooney), tem outro que lembra "Gravidade" (também com Clooney) e tem também uma sequência inteira que lembra "Contato", "Ad Astra" e até "Interestelar"! Enfim, um pout-pourri de vários filmes de temática similar. Chato pra caráter. Uma espécie de sci-fi de white people problems.
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraUm prólogo que repete o primeiro filme e que, apesar da beleza visual, só se justifica de fato pela cena pós-crédito.
O filme se perde e fica cansativo após o primeiro ato.
Só dei uma estrela a mais por conta do apelo emotivo e nostálgico da cena pós-crédito!
Soul
4.3 1,4KA animação é muito boa e a trilha-sonora (a cargo de Trent 'Nine Inch Nails' Reznor e Atticus Ross - a mesma dupla responsável pela trilha da série Watchmen) é o destaque, com misturas de jazz e ambient-trance.
Para além (!) das referências espiritualistas, é interessante também observar os termos e noções oriundas do mundo corporativo (mentor, mentoria, rebranding, missão etc.). Ou seja, um sutil paralelo entre o preparo para a vida com o preparo para o mercado de trabalhos precarizados, de contratos temporários e frustrações decorrentes de uma busca sem fim pela realização - espírito (!²) da época, sinal dos tempos.
Uma Canta, a Outra Não
4.2 44 Assista AgoraFilmaço!
Indispensável seja por conta dos temas abordados (feminismo, direito ao aborto e direito reprodutivo), seja pela forma como Agnès Varda os aborda a partir da construção e do desenvolvimento das trajetórias e das subjetividades das protagonistas,
Um filme obrigatório.
Um clássico - do cinema francês, quiçá do cinema mundial - pouco conhecido.
Menino 23: Infâncias Perdidas no Brasil
4.4 86O filme é muito feliz ao demonstrar como que a memória social é formada por lembranças e esquecimentos (ambos, deliberados) e, principalmente, como que esta mesma memória é construída a partir de diferentes experiências subjetivas.
Além disso, é muito importante quanto ao resgate da influência da eugenia e da higienização sociais na formação da nossa identidade nacional moderna - inclusive, nesta parte, lembra muito o doc "Homo Sapiens 1900" (Peter Cohen, 1998).
Uma parte de nossa história que precisa ser conhecida e necessita ser discutida.
Um bom exemplo de adaptação de um trabalho acadêmico para outra mídia.
Isolados: Medo Invisível
2.3 73 Assista AgoraÉ oportunismo, que chama?
Stalking Chernobyl - Exploração Após o Apocalipse
3.4 1Gostaria de ver mais sobre os robôs biológicos e os liquidadores do que sobre os stalkers...