Co-produção hispano-francesa da Arcadia Motion Pictures, Lokiz Films, Noodles Production, Les Films du Worso, RTVE e Movistar Plus+ indicada ao Oscar de melhor animação. Foi baseado numa estória em quadrinhos de mesmo nome de Sara Varon.
Como não houve diálogos no filme, os dubladores foram creditados, mas não associados a um determinado personagem. Eles não falam, apenas emitem sons.Dog carrega uma sacola nas primeiras partes do filme que tem um logotipo. Esse logotipo é Naranjito, o mascote da Copa do Mundo de Futebol da Espanha de 82. Uma homenagem à terra natal do diretor Pablo Berger. Na janela do quarto do Dog há 4 robôs de brinquedo: C3PO e R2D2 da franquia Star Wars, Robbie the Robot do Planeta proibido (56) e Mazinger Z da série de TV Mazinger Z (72).
Embalado ao som dos anos 70 de "September", da banda Earth, Wind & Fire, é sensível, nostálgico e delicado. Um terno retrato de amizade e solidão com um olhar profundamente amoroso sobre a cidade de Nova York. Uma proposta tão clássica quanto revolucionária sobre a fragilidade da amizade, o medo da solidão e do tempo. uma maravilha que lembra muito os desenhos da Disney, onde possui uma quantidade relevante de toda espécie de animais circulando na cidade.
Produção canadense da Notice Pictures, National Film Board of Canada, AC Films, Minor Realm e ShivHans Pictures indicado ao Oscar de melhor documentário, além de ter participado de diversos festivais nos Estados Unidos e no mundo, vencendo a maioria dos prêmios. O filme é centrado em uma família em Jharkhand, na Índia, que faz campanha por justiça depois que sua filha adolescente foi brutalmente estuprada.
Um olhar brutal e incisivo sobre o labiríntico sistema judicial indiano segue as consequências de uma terrível agressão sexual em Jharkhand, na Índia. A adolescente Kiran e sua família são heróis, mas esta não é uma simples história de heroísmo. O filme expõe os caminhos desconfortáveis e inadequados disponíveis para os sobreviventes que buscam justiça. A investigação sobre a natureza da masculinidade tóxica e da cultura do estupro na sociedade indiana moderna.
Eu acho que deveriam criar uma lei até certo ponto polêmica, mas que, com certeza, diminuiria drasticamente este tipo de crime repulsivo em nível mundial: a castração dos estupradores, que resolve até muito mais do que simplesmente a prisão destes meliantes.
Comédia dramática biográfica da Franklin Entertainment e Searchlight Pictures indicada ao Oscar de melhor canção original. O filme foi baseado no livro de memórias "A boy, a burrito and a cookie: from janitor to executive", de Richard Montañez, que afirma ter inventado Flamin' Hot Cheetos.
A afirmação de Richard Montañez de ter inventado o Flamin' Hot Cheetos foi contestada. De acordo com uma reportagem do Los Angeles Times, Flamin' Hot Cheetos foram inventados por uma equipe de profissionais da alimentação liderada por Lynne Greenfeld na sede da Frito-Lay em Plano, Texas, para competir com lanches picantes vendidos em minimercados no centro da cidade no Centro-Oeste. A Frito-Lay confirmou que Montañez lançou vários lanches de sucesso desenvolvidos para clientes latinos enquanto trabalhava como operador de máquina. Estréia na direção de Eva Longoria.
O verdadeiro Richard Montanez aparece durante a montagem da distribuição de sacos de Flamin' Hot Cheetos. Ele usa uma camisa xadrez azul marinho em um piquenique em família. Sua esposa, Judy Montanez, aparece ao lado do marido durante a montagem da distribuição de sacos de Flamin' Hot Cheetos. Ela usa uma blusa branca sem mangas em um piquenique em família.
Uma estréia motivacional de Eva Longoria. Pode comemorar a revolução da junk food, mas o filme tem substância real. É tanto uma história de sucesso quanto uma história de amor. É a história de um casal dedicado, uma ode à riqueza vibrante da cultura chicana e um magnífico exemplo de representação tão necessária no cinema. Já experimentei todos os produtos possíveis da Cheetos, mas este específico retratado no filme fiquei curioso de encontrá-lo um dia.
Produção francesa indicada a 5 estatuetas no Oscar: melhor filme, melhor diretor, melhor atriz, Sandra Huller, melhor roteiro original e melhor edição; no Globo de Ouro, mais 4 nomeações: melhor filme de drama, melhor atriz de drama, Sandra Huller, melhor filme em língua estrangeira e melhor roteiro; no BAFTA, mais 7 indicações: incluindo melhor filme, melhor diretor, melhor atriz, Sandra Huller, melhor roteiro original e melhor filme de língua não inglesa; no Festival de Cinema de Cannes, mais 3 nomeações: Palma Queer, vencendo a Palma de Ouro de melhor filme, e o Palm Dog.
Por seu papel como Snoop, o border collie Messi foi premiado com o Palm Dog no Festival de Cinema de Cannes de 2023. Justine Triet escreveu o filme para Sandra Hüller. Esta foi a 2° colaboração deles depois de Sibyl (19). Como o filme é sobre a busca pela verdade, nenhum flashback real foi permitido pelos roteiristas. Os dois únicos do filme, a briga e a ida de carro ao veterinário, são vistos pelo público por meio do uso de áudio na sala do tribunal, seja uma gravação de áudio ou uma lembrança vocal.
Um thriller e drama jurídico de verdadeira profundidade psicológica e emocional. É tenso, insuportavelmente às vezes, mas também sutil e satisfatório. O filme é bom, mas o que o prejudica é sua extensa duração, que cansa as vezes. Talvez, se a diretora cortasse uns 30 ou 40 minutos de projeção, acho que não faria falta nenhuma.
Produção alemã da if... Productions e Zweites Deutsches Fernsehen indicada ao Oscar de melhor filme internacional; no Festival de Cinema de Berlim, mais 2 nomeações: vencedor do Label Europa Cinemas e do Prêmio C.I.C.A.E. Filmado em Hamburgo, na Alemanha.
Este tenso drama alemão sobre um incidente de roubo em uma escola reflete de forma perspicaz o estado do mundo hoje em uma sala de aula em crise, apoiado por um excelente desempenho principal de Leonie Benesch. O filme opera tanto no nível psicológico quanto no social, com implicações sombrias sobre os principais ambientes institucionais (escolas e além) e as pessoas que os povoam. Um intrigante thriller de ética em sala de aula.
Mas afinal, quem realmente foi o(a) culpado(a) daquele roubo no vídeo mostrado por Carla na direção da escola? A mãe do aluno Oskar foi mesmo a responsável por aquele ato, mesmo não sendo uma prova totalmente conclusiva? Ou quem mais poderia ter sido o ladrão daquela cena mostrada?
Produção teuto-japonesa da Master Mind e Wenders Images indicada ao Oscar de melhor filme internacional, representando o Japão na cerimônia; no Festival de Cinema de Cannes, mais 3 nomeações: Palma de Ouro de melhor filme, e vencedor de melhor ator, Koji Yakusho, e Prêmio do Júri Ecumênico. Filmado em apenas 17 dias, em Tóquio, no Japão, O roteiro levou apenas 3 semanas para ser escrito.
Este singelo e tocante filme foi rodado 60 anos depois do diretor japonês Yasujirô Ozu ter feito seu último filme, A rotina tem seu encanto (62), em Tóquio. Wenders disse que "não é coincidência que o nome do nosso herói seja Hirayama", que também é o nome do personagem principal do último filme de Ozu.
Um drama japonês dirigido por um veterano cineasta alemão e com trilha sonora tipicamente norte-americana, destacando-se a clássica do The Animals "The House of the Rising Sun", tocada tanto na sua versão original em inglês como na versão japonesa. Neste retrato delicado do mundo de um introvertido, Wenders apresenta um ponto de vista complexo que é animador e otimista. Simples e comovente, uma ode à rotina de trabalho e à conexão humana cotidiana. Curioso que na 1° parte, o personagem principal, Hirayama, não é capaz de falar uma única palavra, quanto mais uma frase inteira. Diante das pessoas que se aproximam dele, o máximo que faz pra se comunicar é com olhares ou gestos; a partir da 2° parte, parece um novo filme, o senhor japonês Hirayama se transforma, começa a falar mais, principalmente depois da visita de sua sobrinha, Niko.
Co-produção ítalo-franco-belga indicada ao Oscar de melhor filme internacional, representando a Itália; no Globo de Ouro, foi nomeado a melhor filme de língua não inglesa; no Festival de Cinema de Veneza, mais 13 indicações: incluindo Leão de Ouro de melhor filme, e vencedor do Leão de Prata de melhor diretor, Prêmio Marcello Mastroianni para melhor ator jovem, Seydou Sarr.
As filmagens aconteceram em Dakar, no Senegal, Merzouga, Errachidia e Casablanca, no Marrocos, e na Sicília, Itália. O filme baseia-se numa idéia original de Matteo Garrone e é inspirado em histórias reais de rotas africanas de migrantes para a Europa. Estréia no cinema de Moustapha Fall.
O realizador deste drama insiste de forma apaixonada e brilhante num cinema dedicado a explorar as chaves da narração. Não é um filme esplendoroso, achei uma estória um tanto absurda e improvável de ter acontecido (coisas do cinema), mas a gente torce pros dois primos inconsequentes que desobedecem suas famílias e partem pra uma jornada imprevisível para a Europa em busca de dinheiro. Estamos diante de um filme que levanta muitas dúvidas sobre sua honestidade e sua eficácia política. O cineasta não aponta para a política de nenhum país europeu, não gera vontade de rebelar-se, mas olha para ele e obriga-nos a olhar para nós próprios. Quando a gente pensa que alguma surpresa vai acontecer, logo no final, termina de forma abrupta e fica por isso mesmo.
Não deu nem tempo de levarem o rapaz pra operar a perna no hospital devido ao grave estado de saúde, e os dois primos nem chegam a conhecer a cidade mais próxima do destino, quando o filme acaba.
Co-produção anglo-ugandense-estadunidense da National Geographic e Disney+ indicado ao Oscar de melhor documentário; no BAFTA, foi nomeado a estréia notável de um escritor, diretor ou produtor britânico, escrito e dirigido por Christopher Sharp e Moses Bwayo. Filmado em Kampala, Uganda.
Ele narra a campanha presidencial do popular cantor ugandês Bobi Wine contra o líder do regime de longa data, Yoweri Museveni, de 73 anos e no 5° mandato. Concorrendo às eleições presidenciais de 2021 no país, Bobi Wine usa a sua música para denunciar o regime ditatorial e apoiar a sua missão de vida de defender os oprimidos e o povo sem voz de Uganda. Nesta luta, ele também deve enfrentar a polícia e os militares do país, que não têm medo de usar a violência e a tortura numa tentativa vã de intimidar e silenciar a ele e aos seus apoiantes.
O filme surpreende pelo seu imediatismo, principalmente pelas cenas comoventes e espontâneas dos filhos pequenos de Bobi Wine lutando com suas ausências e desaparecimentos. Um documentário incrível sobre um músico que se torna deputado e é espancado e torturado enquanto tenta concorrer à presidência contra o ditador autocrático Museveni. Interessante de observar que em vários países ditatoriais os governos anti-democráticos e tirânicos sempre agem da mesma forma pra se perpetuar no poder: mandam os militares e a polícia descer o cacete nos manifestantes (eleitores), fazendo ameaças, dando tiros e até matando.
Co-produção chileno-estadunidense indicado ao Oscar de melhor documentário; no Festival de Cinema de Berlim, foi nomeado ao Prêmio Panorama do Público de melhor documentário.
Augusto Góngora (1952-2023) foi o apresentador das transmissões chilenas do Oscar. Agora, a história de sua luta contra o Alzheimer está indicada ao Oscar de melhor documentário. O filme acompanha a relação do jornalista chileno Augusto Góngora e da atriz chilena Paulina Urrutia, 17 anos mais nova do que ele.
A força do relacionamento deles e os vislumbres do homem vibrante e inteligente que ainda existe sob a neblina tornam este filme tão inesperadamente emocionante quanto triste. Documentário delicado sobre Alzheimer equilibra reflexão pessoal e consciência histórica. Na verdade, é elucidativo para quem nunca viu a demência de perto e profundamente familiar para quem já viu. Mas ainda mais profundo é o registro do filme sobre um amor notável.
Produção ucraniana da Associated Press e Frontline PBS indicado ao Oscar de melhor documentário; no BAFTA, foi nomeado a 2 categorias: melhor filme de língua não inglesa e melhor documentário, além de ter concorrido a diversos prêmios em festivais nos Estados Unidos e outras partes do mundo.
O filme conta a história dos 20 dias iniciais que o cineasta/jornalista Mstyslav Chernov passou com seus colegas na sitiada Mariupol depois que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia. Este documentário de guerra teve sua inscrição oficial da Ucrânia para a categoria melhor longa-metragem internacional do 96º Oscar em 2024, mas não foi indicado nessa categoria.
É sempre complicado comentar ou julgar esse tipo de filmes pra quem não vive o momento e simplesmente dá uma opinião qualquer que todo mundo sabe. Toda essa cruel atrocidade nos foi contada em apenas 20 dias, imaginem se novas filmagens fossem feitas da guerra, que já passou dos 2 anos e ainda não terminou. Angustiante mas essencial, triste mas necessário. Um olhar inabalável sobre o verdadeiro preço da guerra da Rússia contra a Ucrânia que captura um retrato horrível de destruição. Um instantâneo visceral e trêmulo da guerra em sua forma mais impiedosa. Por que o crápula do Putin ainda está vivo?
Drama musical da Amblin Entertainment e Warner Bros. indicado ao Oscar de melhor atriz coadjuvante, Danielle Brooks; no Globo de Ouro, mais 2 nomeações: melhor atriz de comédia ou musical, Fantasia Barrino, e melhor atriz coadjuvante, Danielle Brooks; no BAFTA, mais 2 indicações melhor atriz, Fantasia Barrino, e melhor atriz coadjuvante, Danielle Brooks, além de diversas outras indicações em festivais pelos Estados Unidos.
Este filme foi baseado no musical teatral de mesmo nome, que por sua vez, foi baseado no romance homônimo de 1982, de Alice Walker. Steven Spielberg, Oprah Winfrey e Quincy Jones estão entre os produtores. Adaptado do filme homônimo A cor púrpura (85) e sua adaptação musical. Este foi o 6° filme dirigido pelo ganense Blitz Bazawule.
Fantasia Barrino (Celie) reprisa seu papel no filme, tendo assumido o papel originado por LaChanze na produção original da Broadway de 2005 de The Color Purple, e Danielle Brooks (Sophia) reprisa seu papel no revival da Broadway de 2015. Esta é a segunda vez que Taraji P. Henson interpreta uma personagem chamada Shug, depois de Ritmo de um Sonho (2005). Oprah Winfrey se recusou a aparecer no filme.
Atuações excelentes e os números musicais impressionantes garantem que este seja um remake que justifica sua existência. As músicas inspiradas no R&B e no gospel são inspiradas e alegres, as coreografias são bacanas e a energia das atrizes são melhores ainda. O filme apresenta suas notas de graça tão honestamente quanto presta homenagem à vida em sua forma mais sombria. Combina o melhor das adaptações anteriores num híbrido que une a profundidade da palavra escrita com a energia estrondosa da performance musical.
Comédia dramática da Orion Pictures e MGM indicado a 5 estatuetas no Oscar: melhor filme, melhor ator, Jeffrey Wright, melhor ator coadjuvante, Sterling K. Brown, melhor roteiro adaptado, e melhor trilha sonora; no Globo de Ouro, foi nomeado a mais 2 categorias: melhor filme de comédia ou musical e melhor ator de comédia ou musical, Jeffrey Wright; no BAFTA, foi indicado a melhor roteiro adaptado.
O filme foi baseado no livro de 2001 "Erasure", de Percival Everett. Estréia na direção de Cord Jefferson. A maioria dos títulos de livros de ficção dos finalistas do "Prêmio Literário" eram nomes de bandas cujos membros o roteirista Cord Jefferson era amigo durante o ensino fundamental e médio em Tucson. Embora haja muito jazz na trilha sonora, nada disso é de Thelonious Monk, que dá nome ao personagem principal. Um filme composto basicamente por atores afro-americanos em sua maioria.
Um trabalho inteligente e encantador para a próxima geração de escritores que lutam com as mesmas questões existenciais. Ele confronta e debocha da miopia do mercado cultural, zombando de como Hollywood e outros tentam comercializar a experiência afro-americana, em uma sátira contundente sobre raça e literatura que todos deveriam ver. É, por sua vez, divertido e silenciosamente comovente, ao mesmo tempo em que é fundamentado por uma reviravolta profundamente simpática, possivelmente a melhor até agora, de Jeffrey Wright.
Animação de aventura, comédia e drama de ficção e suspense da Blue Sky Studios, indicado ao Oscar de melhor animação, além de ter participado de diversos festivais de cinema nos Estados Unidos, que foi baseado na história em quadrinhos de 2015 de mesmo nome, de ND Stevenson.
No final dos créditos, Nimona “etiqueta” a tela com um logotipo da Annapura semelhante a um grafite. Eugene Lee Yang foi o único ator a ler para Ambrosious Goldenloin, depois que o designer de produção sugeriu seu nome para o personagem a ser modelado, e então foi enviado para um teste. Lorraine Toussaint, que interpreta a rainha, também interpreta Shadow Weaver em She-Ra e as Princesas do Poder (18), criada por ND Stevenson. Incomum para um filme, são 15 minutos de créditos finais.
Uma obra coerente e louvável, um filme de aventura juvenil que cumpre maravilhosamente tudo o que se propõe, descaradamente impertinente e hilariantemente subversiva, que luta corajosamente contra o monstro da intolerância.
Comédia de aventura e drama romântico de animação da Walt Disney Pictures e Pixar Animation Studios indicado ao Oscar de melhor animação; no Globo de Ouro, foi nomeado a melhor filme de animação; no BAFTA, foi indicado a melhor longa-metragem de animação.
O filme foi baseado na vida do diretor Peter Sohn com seus pais imigrando da Coréia para os EUA - sem falar inglês e se estabelecendo no Bronx. A família de Sohn também abriu uma mercearia chamada Frutas e Legumes de Sohn - semelhante à família de Ember no filme. O 1° filme da Pixar desde a franquia Carros (06) que não apresentava nenhum humano (só tinha elementos como personagens).
Apesar de sua construção de mundo confusa e superlotada, tem momentos encantadores suficientes para sobreviver. O melhor é que não é apenas uma estória de amor; é uma estória sobre família, dever e sonhos. Consegue ser agradavelmente comovente, embora não tão profundo ou emocionante como alguns dos projetos anteriores dos estúdios.
Co-produção da Coréia do Sul e Estados Unidos indicado a 2 estatuetas no Oscar: melhor filme e melhor roteiro original; no Globo de Ouro, mais 5 nomeações: melhor filme de drama, melhor diretor, melhor atriz de drama, Greta Lee, melhor filme em língua estrangeira e melhor roteiro; no BAFTA, mais 3 indicações: melhor ator, Teo Yoo, melhor roteiro original e melhor filme em língua não inglesa; no Festival de Cinema de Berlim, foi nomeado ao Urso de Ouro de melhor filme. Estréia na direção de Celine Song.
Apesar do sotaque forte e do inglês ruim de seu personagem, Teo Yoo, que interpreta Hae Sung, na verdade, fala inglês muito fluentemente, além de 3 outros idiomas. Tanto Teo Yoo quanto Greta Lee moraram anteriormente no East Village de Manhattan, onde muitas das cenas do filme foram filmadas. O número 11 pode ser visto em algumas cenas. Sabe-se que o número 11 está associado ao conceito de Chamas Gêmeas, um relacionamento intenso e único entre duas pessoas em que são duas metades da mesma alma.
O enredo é semiautobiográfico e inspirado em acontecimentos reais da vida de Celine Song. É um filme ao mesmo tempo sóbrio e cheio de ardor, modesto mas transcendental e dotado de uma serenidade que transforma o amargo em algo resplandecente. Uma estória comovente sobre reencontros e amores interrompidos. Celine Song nos conta uma estória cheia de delicadeza, sensibilidade e empatia.
Ficção de aventura e fantasia, essa animação da Columbia Pictures, Marvel Entertainment e Sony Pictures Animation foi indicada ao Oscar de melhor animação; no Globo de Ouro, foi nomeado em 3 categorias: melhor filme de animação, melhor trilha sonora original e conquista cinematográfica e de bilheteria; no BAFTA, foi indicado a melhor longa-metragem de animação e melhor trilha sonora. Este foi o 10° filme relacionado ao "Homem-Aranha" a ser lançado nos cinemas.
Há um comunicado durante os créditos finais: Miles Morales retornará em ‘Homem-Aranha: Além do Verso-Aranha’. Antes dos créditos finais, há uma declaração: Continua. Com duração de 2 horas e 20 minutos (140 min), este é o filme de animação americano mais longo até hoje, superando o recordista anterior, Consuming spirits (12) em 4 minutos. O desenvolvimento do filme começou antes do lançamento de Homem-Aranha: No Aranhaverso (18).
Antes de mais nada, pra mim, foi um martírio acabar de ver a este filme superestimado. Achei tão chato e insuportável como foi o anterior. Esse negócio de múltiplas realidades, multiverso, essa enxurrada de Homens-Aranhas fazendo estripulias por todos os lados, cansa até a alma. Só é mais indicado àqueles fanáticos por desenhos animados de super-heróis, o que nunca foi o meu caso.
Co-produção franco-neo-zelandesa-canadense-estadunidense da Marvel Studios e Walt Disney Studios Motion Pictures indicado ao Oscar de melhores efeitos visuais; no Globo de Ouro, foi nomeado a melhores efeitos visuais. Baseado na Marvel Comics, é o 32º filme do Universo Cinematográfico Marvel.
Anunciado um mês antes do lançamento de Guardiões da Galáxia Vol. 2 (17). Durante os créditos finais, o criador da Marvel, Stan Lee (1922-2018), aparece brevemente em uma fotografia que surge junto com os créditos, assim como várias fotos dos Guardiões em várias poses. O diretor James Gunn foi homenageado pela PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) por retratar experimentos com animais no filme.
Há uma cena no final dos créditos finais: uma nova escalação dos "Guardiões da Galáxia" entra em ação. “O Lendário Senhor das Estrelas retornará”. Acompanhando está uma cena de Peter Quill conversando com seu avô na Terra.
Este 3° capítulo da franquia é um filme realmente caloroso e confuso que às vezes faz você esquecer que está um pouco entediado com o ataque de filmes de super-heróis. Não tem novidades nenhuma em relação aos seus antecessores, as vezes é um tanto cansativo devido a longa duração desnecessária. Muitas vezes parece que James Gunn fez uma lista de reprodução de músicas de que gosta e depois criou cenas para acompanhá-las. O diretor encerra sua jornada na Marvel com uma carta de amor grande, estranha, confusa e genuinamente emocional para seu grupo maluco de heróis improváveis.
Produção chilena da Fábula e Netflix em preto e branco (a última cena de poucos segundos é em cores) indicado ao Oscar de melhor fotografia; no Festival de Cinema de Veneza, mais 2 nomeações: Leão de Ouro de melhor filme, e vencendo o Osela Dourada de melhor roteiro.
Humor negro, fantasia e terror que é uma sátira que retrata o ditador chileno Augusto Pinochet (1915-2006) como um vampiro de 250 anos em busca da morte. O filme teve fortes referências com o clássico do expressionismo alemão Nosferatu (22), cujo formato dos dentes de vampiro de Fyodor remete aos dentes do Conde Orlok. O título se traduz em "O Conde", uma alusão ao Drácula. Várias alusões foram feitas a outras estórias de vampiros como Drácula, Blade e Entrevista com o Vampiro. Ótima trilha sonora com músicas clássicas e coral de igreja.
Uma farsa política como um terror sombrio e engraçado sobre vampiros, oferecendo uma visão inventiva sobre por que os déspotas continuam afundando suas presas no mundo. Interessante dizer que Pinochet deu o golpe de Estado ao ver seu país se transformando em comunista e, muito provavelmente, caminhando para a ditadura. Conseguiu evitar o retrocesso desta ideologia macabra que estava por acontecer, apesar do preço caro que a população teve que pagar.
Drama biográfico da Higher Ground Productions e Netflix indicado ao Oscar de melhor ator, Colman Domingo; no Globo de Ouro, mais 2 nomeações: melhor ator de drama, Colman Domingo, e melhor canção original; no BAFTA, foi indicado a melhor ator, Colman Domingo. Os produtores executivos são o ex-presidente Barack Obama e a ex-primeira-dama Michelle Obama, que produziram vários projetos da Netflix.
O filme foi baseado na história real de Bayard Rustin (1912-1987), que ajudou Martin Luther King Jr. e outros a organizar a Marcha de 1963 em Washington. Bayard Rustin foi membro do conselho de administração da organização pró-democracia e de direitos humanos Freedom House. Colman Domingo e Glynn Turman estrelaram anteriormente o filme de George C. Wolfe, A voz suprema do Blues (20).
Colman Domingo tem uma atuação imponente e carismática em Rustin, um drama de ritmo acelerado que conta a história do subestimado líder dos direitos civis Bayard Rustin, um afro-americano gay, que tinha um relacionamento homossexual com outro homem negro (e de vez em quando, com um homem branco), um típico democrata/comunista da esquerda que se dizia oprimida, que travou várias batalhas públicas e privadas contra o racismo e a homofobia. Colman Domingo é hipnotizante em uma cinebiografia estereotipada.
Co-produção anglo-estadunidense que é uma comédia e drama de aventura indicado ao Oscar de melhor curta em live-action. O filme foi baseado no conto homônimo de 1977 de Roald Dahl (1916-1990). É a 2° adaptação cinematográfica de uma obra de Dahl dirigida por Anderson, depois de O fantástico Sr. Raposo (09).
Reúne Ralph Fiennes e Ben Kingsley 30 anos depois de A lista de Schindler (93). Um dos 4 curtas da Netflix dirigidos por Wes Anderson e baseados nas estórias de Roald Dahl, todos lançados em 4 dias na mesma semana: 27 a 30 de setembro de 2023. Eis os outros filmes: Parte 2 The Swan (23), Parte 3 The Rat Catcher (23) e Parte 4 Veneno (23).
Não curto muito este estilo dos personagens falando diretamente para as câmeras, narrando e atuando ao mesmo tempo, além dos cenários móveis que mais parecem um teatro filmado pra inglês ver. Resumindo, achei um filme chato, sem graça e entediante.
Co-produção anglo-estaduninense que é um drama de guerra biográfico indicado ao Oscar de melhor maquiagem e penteado. O filme retrata a vida de Golda Meir (1898-1978), a 4ª Primeira-Ministra de Israel, principalmente durante a Guerra do Yom Kippur (73). O diretor israelense Guy Nattiv já havia ganhado um Oscar de melhor curta-metragem em live-action com Skin (18).
Helen Mirren passaria 3,5 horas na cadeira de maquiagem para se transformar em Golda. Os espectadores que sabem pouco sobre a história de vida de Golda Meir podem se surpreender ao ouvir a atriz britânica Helen Mirren interpretando o papel de uma Primeira-Ministra israelense com sotaque americano. Na verdade, Meir, que nasceu na atual Ucrânia, cresceu em Milwaukee, Wisconsin, depois que sua família imigrou para a América, quando ela tinha cerca de 8 anos de idade. Ela permaneceu nos Estados Unidos até os 20 e poucos anos, quando imigrou para a terra então conhecida como Mandato Britânico da Palestina.
Helen Mirren fuma em todas as cenas do filme. Golda Meir na vida real era uma fumante inveterada, a ponto de acender um cigarro atrás do outro, até mesmo fumar durante procedimentos médicos (como é visto no filme). Começa com uma citação sobre Israel recebendo uma lição pela sua 'arrogância', mas à medida que o filme avança, a intenção política do filme torna-se mais clara. As palavras “Palestina” ou “Palestino” nunca são pronunciadas neste filme e podemos tirar as nossas próprias conclusões disso. Mergulha-nos nos detalhes do combate da Guerra do Yom Kippur, e isso faz parte do seu dinamismo como filme. Um drama tenso, traumático e triste!
Drama biográfico verídico indicado a 2 estatuetas no Oscar: melhor atriz, Annette Bening, e melhor atriz coadjuvante, Jodie Foster. O filme foi baseado nas memórias de Diana Nyad de 2015, "Find a Way". O filme fala sobre as múltiplas tentativas da nadadora Nyad, no início de 2010, de nadar de Cuba até o Estreito da Flórida, com flashbacks de sua infância.
Estréia na direção de narrativa de longa-metragem de ficção do casal Elizabeth Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin. Os dois foram os realizadores do filme Free Solo (18), vencedor do Oscar de melhor documentário. Para se preparar para o filme, Annette Bening trabalhou com a ex-atleta olímpica Rada Owen por cerca de 1 ano, além de personal trainer na academia. A travessia de Diana Nyad de Cuba para a Flórida não foi formalmente ratificada devido à falta de observadores independentes e a registos incompletos. O Livro Guinness de Recordes Mundiais revogou a conquista de Nyad.
Annette Bening e Jodie Foster são excelentes em uma comovente homenagem à nadadora de maratona aquática. Um retrato da determinação e coragem dos atletas que se esforçam ao máximo, independente da idade que estejam. O filme deixa algumas mensagens positivas de que tudo é possível na vida, mesmo depois dos 60 anos. Basta ter força de vontade, garra e determinação pra realizar seus sonhos, mesmo que aparentemente impossíveis.
Aventura de ficção da Walt Disney Pictures, Lucasfilm e Paramount Pictures indicado ao Oscar de melhor trilha sonora original; no Framboesa de Ouro, foi nomeado em 2 categorias: pior prequela, remake, rip-off ou sequela e pior roteiro. É a 5° e última parcela da série de filmes Indiana Jones e a sequência de Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008).
Único filme da série "Indiana Jones" que não teve créditos de abertura. O 1° filme de "Indiana Jones" distribuído pela Disney. Também foi o 1° a usar o logotipo do castelo da Disney. O filme mais longo de "Indiana Jones", com 2 horas e 34 minutos. Neste filme, Harrison Ford é mais de 20 anos mais velho do que Sir Sean Connery era quando interpretou o pai de Indy em Indiana Jones e a Última Cruzada (89). O único filme em que Indy não usa o chicote para balançar.
O filme não é tão ruim assim como parece, achei até melhor do que o filme anterior que, pra mim, foi o pior da franquia até agora. Tem boas cenas de ação (mesmo que exageradas ou com a ajuda de CGIs) e o veterano Harrison Ford continua em boa forma, apesar da idade avançada. O que mais prejudicou foram a duração excessiva e as várias sequências inverossímeis do roteiro que vou colocar apenas alguns pra não ocupar muito tempo:
aquela sequência do herói com o cavalo invadindo a estação do metrô e avançando nos trilhos antes do trem chegar é surreal; outra cena do idoso Indiana ter levado um baita murro na cara e na cena seguinte ter agido como se nada tivesse acontecido naquele momento; outra cena mal feita quando ele notadamente leva um tiro no peito e logo tá agindo normalmente nas imagens seguintes.
Produção japonesa que é um épico drama de ficção e terror indicada ao Oscar de melhores efeitos visuais produzido pela Toho Studios e Robot Communications e distribuído pela Toho, sendo o 37º filme da franquia "Godzilla". O filme é um remake solto inferior de Godzilla (54) - já que retrata o primeiro encontro do Japão com o monstro - reiniciado cerca de uma década antes, no período imediato do pós-guerra.
No final dos créditos finais, há sons dos passos de Godzilla e dos escombros desmoronando, terminando com o rugido de Godzilla. O "Menos Um" refere-se ao fato de que o Japão já havia sido devastado pela Segunda Guerra Mundial (reduzido a zero), mas com o surgimento de Godzilla, coloca o Japão no negativo. Isso se reflete no slogan original japonês do filme, que se traduz como "Japão do pós-guerra. De zero a menos". Este foi o 1° filme japonês do "Godzilla" a ser lançado nos cinemas no Brasil desde A fúria dos Monstros (75). Como apenas na versão americana de Godzilla 2000 (99), os créditos finais terminam com Godzilla rugindo na trilha sonora.
Por mais previsível e saturado que esteja, é quase sempre divertido assistir a estes filmes, principalmente se forem japoneses. É um dos melhores filmes já feitos até agora sobre o único "Rei dos Monstros", cuja versão asiática surge com todo o seu poder e orgulho contra as produções norte-americanas. Este funciona porque coloca o trauma da história bem no centro da história, criando, em última análise, uma história sobre seres humanos se unindo para curar e derrotar uma força inexplicável de destruição.
Meu Amigo Robô
4.0 86Co-produção hispano-francesa da Arcadia Motion Pictures, Lokiz Films, Noodles Production, Les Films du Worso, RTVE e Movistar Plus+ indicada ao Oscar de melhor animação. Foi baseado numa estória em quadrinhos de mesmo nome de Sara Varon.
Como não houve diálogos no filme, os dubladores foram creditados, mas não associados a um determinado personagem. Eles não falam, apenas emitem sons.Dog carrega uma sacola nas primeiras partes do filme que tem um logotipo. Esse logotipo é Naranjito, o mascote da Copa do Mundo de Futebol da Espanha de 82. Uma homenagem à terra natal do diretor Pablo Berger. Na janela do quarto do Dog há 4 robôs de brinquedo: C3PO e R2D2 da franquia Star Wars, Robbie the Robot do Planeta proibido (56) e Mazinger Z da série de TV Mazinger Z (72).
Embalado ao som dos anos 70 de "September", da banda Earth, Wind & Fire, é sensível, nostálgico e delicado. Um terno retrato de amizade e solidão com um olhar profundamente amoroso sobre a cidade de Nova York. Uma proposta tão clássica quanto revolucionária sobre a fragilidade da amizade, o medo da solidão e do tempo. uma maravilha que lembra muito os desenhos da Disney, onde possui uma quantidade relevante de toda espécie de animais circulando na cidade.
Matar um Tigre
3.9 30 Assista AgoraProdução canadense da Notice Pictures, National Film Board of Canada, AC Films, Minor Realm e ShivHans Pictures indicado ao Oscar de melhor documentário, além de ter participado de diversos festivais nos Estados Unidos e no mundo, vencendo a maioria dos prêmios. O filme é centrado em uma família em Jharkhand, na Índia, que faz campanha por justiça depois que sua filha adolescente foi brutalmente estuprada.
Um olhar brutal e incisivo sobre o labiríntico sistema judicial indiano segue as consequências de uma terrível agressão sexual em Jharkhand, na Índia. A adolescente Kiran e sua família são heróis, mas esta não é uma simples história de heroísmo. O filme expõe os caminhos desconfortáveis e inadequados disponíveis para os sobreviventes que buscam justiça. A investigação sobre a natureza da masculinidade tóxica e da cultura do estupro na sociedade indiana moderna.
Eu acho que deveriam criar uma lei até certo ponto polêmica, mas que, com certeza, diminuiria drasticamente este tipo de crime repulsivo em nível mundial: a castração dos estupradores, que resolve até muito mais do que simplesmente a prisão destes meliantes.
Flamin' Hot: O Sabor que Mudou a História
3.3 65 Assista AgoraComédia dramática biográfica da Franklin Entertainment e Searchlight Pictures indicada ao Oscar de melhor canção original. O filme foi baseado no livro de memórias "A boy, a burrito and a cookie: from janitor to executive", de Richard Montañez, que afirma ter inventado Flamin' Hot Cheetos.
A afirmação de Richard Montañez de ter inventado o Flamin' Hot Cheetos foi contestada. De acordo com uma reportagem do Los Angeles Times, Flamin' Hot Cheetos foram inventados por uma equipe de profissionais da alimentação liderada por Lynne Greenfeld na sede da Frito-Lay em Plano, Texas, para competir com lanches picantes vendidos em minimercados no centro da cidade no Centro-Oeste. A Frito-Lay confirmou que Montañez lançou vários lanches de sucesso desenvolvidos para clientes latinos enquanto trabalhava como operador de máquina. Estréia na direção de Eva Longoria.
O verdadeiro Richard Montanez aparece durante a montagem da distribuição de sacos de Flamin' Hot Cheetos. Ele usa uma camisa xadrez azul marinho em um piquenique em família. Sua esposa, Judy Montanez, aparece ao lado do marido durante a montagem da distribuição de sacos de Flamin' Hot Cheetos. Ela usa uma blusa branca sem mangas em um piquenique em família.
Uma estréia motivacional de Eva Longoria. Pode comemorar a revolução da junk food, mas o filme tem substância real. É tanto uma história de sucesso quanto uma história de amor. É a história de um casal dedicado, uma ode à riqueza vibrante da cultura chicana e um magnífico exemplo de representação tão necessária no cinema. Já experimentei todos os produtos possíveis da Cheetos, mas este específico retratado no filme fiquei curioso de encontrá-lo um dia.
Anatomia de uma Queda
4.0 833 Assista AgoraProdução francesa indicada a 5 estatuetas no Oscar: melhor filme, melhor diretor, melhor atriz, Sandra Huller, melhor roteiro original e melhor edição; no Globo de Ouro, mais 4 nomeações: melhor filme de drama, melhor atriz de drama, Sandra Huller, melhor filme em língua estrangeira e melhor roteiro; no BAFTA, mais 7 indicações: incluindo melhor filme, melhor diretor, melhor atriz, Sandra Huller, melhor roteiro original e melhor filme de língua não inglesa; no Festival de Cinema de Cannes, mais 3 nomeações: Palma Queer, vencendo a Palma de Ouro de melhor filme, e o Palm Dog.
Por seu papel como Snoop, o border collie Messi foi premiado com o Palm Dog no Festival de Cinema de Cannes de 2023. Justine Triet escreveu o filme para Sandra Hüller. Esta foi a 2° colaboração deles depois de Sibyl (19). Como o filme é sobre a busca pela verdade, nenhum flashback real foi permitido pelos roteiristas. Os dois únicos do filme, a briga e a ida de carro ao veterinário, são vistos pelo público por meio do uso de áudio na sala do tribunal, seja uma gravação de áudio ou uma lembrança vocal.
Um thriller e drama jurídico de verdadeira profundidade psicológica e emocional. É tenso, insuportavelmente às vezes, mas também sutil e satisfatório. O filme é bom, mas o que o prejudica é sua extensa duração, que cansa as vezes. Talvez, se a diretora cortasse uns 30 ou 40 minutos de projeção, acho que não faria falta nenhuma.
A Sala dos Professores
3.9 141 Assista AgoraProdução alemã da if... Productions e Zweites Deutsches Fernsehen indicada ao Oscar de melhor filme internacional; no Festival de Cinema de Berlim, mais 2 nomeações: vencedor do Label Europa Cinemas e do Prêmio C.I.C.A.E. Filmado em Hamburgo, na Alemanha.
Este tenso drama alemão sobre um incidente de roubo em uma escola reflete de forma perspicaz o estado do mundo hoje em uma sala de aula em crise, apoiado por um excelente desempenho principal de Leonie Benesch. O filme opera tanto no nível psicológico quanto no social, com implicações sombrias sobre os principais ambientes institucionais (escolas e além) e as pessoas que os povoam. Um intrigante thriller de ética em sala de aula.
Mas afinal, quem realmente foi o(a) culpado(a) daquele roubo no vídeo mostrado por Carla na direção da escola? A mãe do aluno Oskar foi mesmo a responsável por aquele ato, mesmo não sendo uma prova totalmente conclusiva? Ou quem mais poderia ter sido o ladrão daquela cena mostrada?
Dias Perfeitos
4.2 313 Assista AgoraProdução teuto-japonesa da Master Mind e Wenders Images indicada ao Oscar de melhor filme internacional, representando o Japão na cerimônia; no Festival de Cinema de Cannes, mais 3 nomeações: Palma de Ouro de melhor filme, e vencedor de melhor ator, Koji Yakusho, e Prêmio do Júri Ecumênico. Filmado em apenas 17 dias, em Tóquio, no Japão, O roteiro levou apenas 3 semanas para ser escrito.
Este singelo e tocante filme foi rodado 60 anos depois do diretor japonês Yasujirô Ozu ter feito seu último filme, A rotina tem seu encanto (62), em Tóquio. Wenders disse que "não é coincidência que o nome do nosso herói seja Hirayama", que também é o nome do personagem principal do último filme de Ozu.
Um drama japonês dirigido por um veterano cineasta alemão e com trilha sonora tipicamente norte-americana, destacando-se a clássica do The Animals "The House of the Rising Sun", tocada tanto na sua versão original em inglês como na versão japonesa. Neste retrato delicado do mundo de um introvertido, Wenders apresenta um ponto de vista complexo que é animador e otimista. Simples e comovente, uma ode à rotina de trabalho e à conexão humana cotidiana. Curioso que na 1° parte, o personagem principal, Hirayama, não é capaz de falar uma única palavra, quanto mais uma frase inteira. Diante das pessoas que se aproximam dele, o máximo que faz pra se comunicar é com olhares ou gestos; a partir da 2° parte, parece um novo filme, o senhor japonês Hirayama se transforma, começa a falar mais, principalmente depois da visita de sua sobrinha, Niko.
Eu, Capitão
4.0 71 Assista AgoraCo-produção ítalo-franco-belga indicada ao Oscar de melhor filme internacional, representando a Itália; no Globo de Ouro, foi nomeado a melhor filme de língua não inglesa; no Festival de Cinema de Veneza, mais 13 indicações: incluindo Leão de Ouro de melhor filme, e vencedor do Leão de Prata de melhor diretor, Prêmio Marcello Mastroianni para melhor ator jovem, Seydou Sarr.
As filmagens aconteceram em Dakar, no Senegal, Merzouga, Errachidia e Casablanca, no Marrocos, e na Sicília, Itália. O filme baseia-se numa idéia original de Matteo Garrone e é inspirado em histórias reais de rotas africanas de migrantes para a Europa. Estréia no cinema de Moustapha Fall.
O realizador deste drama insiste de forma apaixonada e brilhante num cinema dedicado a explorar as chaves da narração. Não é um filme esplendoroso, achei uma estória um tanto absurda e improvável de ter acontecido (coisas do cinema), mas a gente torce pros dois primos inconsequentes que desobedecem suas famílias e partem pra uma jornada imprevisível para a Europa em busca de dinheiro. Estamos diante de um filme que levanta muitas dúvidas sobre sua honestidade e sua eficácia política. O cineasta não aponta para a política de nenhum país europeu, não gera vontade de rebelar-se, mas olha para ele e obriga-nos a olhar para nós próprios. Quando a gente pensa que alguma surpresa vai acontecer, logo no final, termina de forma abrupta e fica por isso mesmo.
Não deu nem tempo de levarem o rapaz pra operar a perna no hospital devido ao grave estado de saúde, e os dois primos nem chegam a conhecer a cidade mais próxima do destino, quando o filme acaba.
Bobi Wine: O Presidente Do Povo
3.7 27Co-produção anglo-ugandense-estadunidense da National Geographic e Disney+ indicado ao Oscar de melhor documentário; no BAFTA, foi nomeado a estréia notável de um escritor, diretor ou produtor britânico, escrito e dirigido por Christopher Sharp e Moses Bwayo. Filmado em Kampala, Uganda.
Ele narra a campanha presidencial do popular cantor ugandês Bobi Wine contra o líder do regime de longa data, Yoweri Museveni, de 73 anos e no 5° mandato. Concorrendo às eleições presidenciais de 2021 no país, Bobi Wine usa a sua música para denunciar o regime ditatorial e apoiar a sua missão de vida de defender os oprimidos e o povo sem voz de Uganda. Nesta luta, ele também deve enfrentar a polícia e os militares do país, que não têm medo de usar a violência e a tortura numa tentativa vã de intimidar e silenciar a ele e aos seus apoiantes.
O filme surpreende pelo seu imediatismo, principalmente pelas cenas comoventes e espontâneas dos filhos pequenos de Bobi Wine lutando com suas ausências e desaparecimentos. Um documentário incrível sobre um músico que se torna deputado e é espancado e torturado enquanto tenta concorrer à presidência contra o ditador autocrático Museveni. Interessante de observar que em vários países ditatoriais os governos anti-democráticos e tirânicos sempre agem da mesma forma pra se perpetuar no poder: mandam os militares e a polícia descer o cacete nos manifestantes (eleitores), fazendo ameaças, dando tiros e até matando.
A Memória Infinita
4.0 44Co-produção chileno-estadunidense indicado ao Oscar de melhor documentário; no Festival de Cinema de Berlim, foi nomeado ao Prêmio Panorama do Público de melhor documentário.
Augusto Góngora (1952-2023) foi o apresentador das transmissões chilenas do Oscar. Agora, a história de sua luta contra o Alzheimer está indicada ao Oscar de melhor documentário. O filme acompanha a relação do jornalista chileno Augusto Góngora e da atriz chilena Paulina Urrutia, 17 anos mais nova do que ele.
A força do relacionamento deles e os vislumbres do homem vibrante e inteligente que ainda existe sob a neblina tornam este filme tão inesperadamente emocionante quanto triste. Documentário delicado sobre Alzheimer equilibra reflexão pessoal e consciência histórica. Na verdade, é elucidativo para quem nunca viu a demência de perto e profundamente familiar para quem já viu. Mas ainda mais profundo é o registro do filme sobre um amor notável.
20 Dias em Mariupol
3.9 57 Assista AgoraProdução ucraniana da Associated Press e Frontline PBS indicado ao Oscar de melhor documentário; no BAFTA, foi nomeado a 2 categorias: melhor filme de língua não inglesa e melhor documentário, além de ter concorrido a diversos prêmios em festivais nos Estados Unidos e outras partes do mundo.
O filme conta a história dos 20 dias iniciais que o cineasta/jornalista Mstyslav Chernov passou com seus colegas na sitiada Mariupol depois que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia. Este documentário de guerra teve sua inscrição oficial da Ucrânia para a categoria melhor longa-metragem internacional do 96º Oscar em 2024, mas não foi indicado nessa categoria.
É sempre complicado comentar ou julgar esse tipo de filmes pra quem não vive o momento e simplesmente dá uma opinião qualquer que todo mundo sabe. Toda essa cruel atrocidade nos foi contada em apenas 20 dias, imaginem se novas filmagens fossem feitas da guerra, que já passou dos 2 anos e ainda não terminou. Angustiante mas essencial, triste mas necessário. Um olhar inabalável sobre o verdadeiro preço da guerra da Rússia contra a Ucrânia que captura um retrato horrível de destruição. Um instantâneo visceral e trêmulo da guerra em sua forma mais impiedosa. Por que o crápula do Putin ainda está vivo?
A Cor Púrpura
3.5 106Drama musical da Amblin Entertainment e Warner Bros. indicado ao Oscar de melhor atriz coadjuvante, Danielle Brooks; no Globo de Ouro, mais 2 nomeações: melhor atriz de comédia ou musical, Fantasia Barrino, e melhor atriz coadjuvante, Danielle Brooks; no BAFTA, mais 2 indicações melhor atriz, Fantasia Barrino, e melhor atriz coadjuvante, Danielle Brooks, além de diversas outras indicações em festivais pelos Estados Unidos.
Este filme foi baseado no musical teatral de mesmo nome, que por sua vez, foi baseado no romance homônimo de 1982, de Alice Walker. Steven Spielberg, Oprah Winfrey e Quincy Jones estão entre os produtores. Adaptado do filme homônimo A cor púrpura (85) e sua adaptação musical. Este foi o 6° filme dirigido pelo ganense Blitz Bazawule.
Fantasia Barrino (Celie) reprisa seu papel no filme, tendo assumido o papel originado por LaChanze na produção original da Broadway de 2005 de The Color Purple, e Danielle Brooks (Sophia) reprisa seu papel no revival da Broadway de 2015. Esta é a segunda vez que Taraji P. Henson interpreta uma personagem chamada Shug, depois de Ritmo de um Sonho (2005). Oprah Winfrey se recusou a aparecer no filme.
Atuações excelentes e os números musicais impressionantes garantem que este seja um remake que justifica sua existência. As músicas inspiradas no R&B e no gospel são inspiradas e alegres, as coreografias são bacanas e a energia das atrizes são melhores ainda. O filme apresenta suas notas de graça tão honestamente quanto presta homenagem à vida em sua forma mais sombria. Combina o melhor das adaptações anteriores num híbrido que une a profundidade da palavra escrita com a energia estrondosa da performance musical.
Ficção Americana
3.8 387 Assista AgoraComédia dramática da Orion Pictures e MGM indicado a 5 estatuetas no Oscar: melhor filme, melhor ator, Jeffrey Wright, melhor ator coadjuvante, Sterling K. Brown, melhor roteiro adaptado, e melhor trilha sonora; no Globo de Ouro, foi nomeado a mais 2 categorias: melhor filme de comédia ou musical e melhor ator de comédia ou musical, Jeffrey Wright; no BAFTA, foi indicado a melhor roteiro adaptado.
O filme foi baseado no livro de 2001 "Erasure", de Percival Everett. Estréia na direção de Cord Jefferson. A maioria dos títulos de livros de ficção dos finalistas do "Prêmio Literário" eram nomes de bandas cujos membros o roteirista Cord Jefferson era amigo durante o ensino fundamental e médio em Tucson. Embora haja muito jazz na trilha sonora, nada disso é de Thelonious Monk, que dá nome ao personagem principal. Um filme composto basicamente por atores afro-americanos em sua maioria.
Um trabalho inteligente e encantador para a próxima geração de escritores que lutam com as mesmas questões existenciais. Ele confronta e debocha da miopia do mercado cultural, zombando de como Hollywood e outros tentam comercializar a experiência afro-americana, em uma sátira contundente sobre raça e literatura que todos deveriam ver. É, por sua vez, divertido e silenciosamente comovente, ao mesmo tempo em que é fundamentado por uma reviravolta profundamente simpática, possivelmente a melhor até agora, de Jeffrey Wright.
Nimona
4.1 235 Assista AgoraAnimação de aventura, comédia e drama de ficção e suspense da Blue Sky Studios, indicado ao Oscar de melhor animação, além de ter participado de diversos festivais de cinema nos Estados Unidos, que foi baseado na história em quadrinhos de 2015 de mesmo nome, de ND Stevenson.
No final dos créditos, Nimona “etiqueta” a tela com um logotipo da Annapura semelhante a um grafite. Eugene Lee Yang foi o único ator a ler para Ambrosious Goldenloin, depois que o designer de produção sugeriu seu nome para o personagem a ser modelado, e então foi enviado para um teste. Lorraine Toussaint, que interpreta a rainha, também interpreta Shadow Weaver em She-Ra e as Princesas do Poder (18), criada por ND Stevenson. Incomum para um filme, são 15 minutos de créditos finais.
Uma obra coerente e louvável, um filme de aventura juvenil que cumpre maravilhosamente tudo o que se propõe, descaradamente impertinente e hilariantemente subversiva, que luta corajosamente contra o monstro da intolerância.
Elementos
3.7 470Comédia de aventura e drama romântico de animação da Walt Disney Pictures e Pixar Animation Studios indicado ao Oscar de melhor animação; no Globo de Ouro, foi nomeado a melhor filme de animação; no BAFTA, foi indicado a melhor longa-metragem de animação.
O filme foi baseado na vida do diretor Peter Sohn com seus pais imigrando da Coréia para os EUA - sem falar inglês e se estabelecendo no Bronx. A família de Sohn também abriu uma mercearia chamada Frutas e Legumes de Sohn - semelhante à família de Ember no filme. O 1° filme da Pixar desde a franquia Carros (06) que não apresentava nenhum humano (só tinha elementos como personagens).
Apesar de sua construção de mundo confusa e superlotada, tem momentos encantadores suficientes para sobreviver. O melhor é que não é apenas uma estória de amor; é uma estória sobre família, dever e sonhos. Consegue ser agradavelmente comovente, embora não tão profundo ou emocionante como alguns dos projetos anteriores dos estúdios.
Vidas Passadas
4.2 782 Assista AgoraCo-produção da Coréia do Sul e Estados Unidos indicado a 2 estatuetas no Oscar: melhor filme e melhor roteiro original; no Globo de Ouro, mais 5 nomeações: melhor filme de drama, melhor diretor, melhor atriz de drama, Greta Lee, melhor filme em língua estrangeira e melhor roteiro; no BAFTA, mais 3 indicações: melhor ator, Teo Yoo, melhor roteiro original e melhor filme em língua não inglesa; no Festival de Cinema de Berlim, foi nomeado ao Urso de Ouro de melhor filme. Estréia na direção de Celine Song.
Apesar do sotaque forte e do inglês ruim de seu personagem, Teo Yoo, que interpreta Hae Sung, na verdade, fala inglês muito fluentemente, além de 3 outros idiomas. Tanto Teo Yoo quanto Greta Lee moraram anteriormente no East Village de Manhattan, onde muitas das cenas do filme foram filmadas. O número 11 pode ser visto em algumas cenas. Sabe-se que o número 11 está associado ao conceito de Chamas Gêmeas, um relacionamento intenso e único entre duas pessoas em que são duas metades da mesma alma.
O enredo é semiautobiográfico e inspirado em acontecimentos reais da vida de Celine Song. É um filme ao mesmo tempo sóbrio e cheio de ardor, modesto mas transcendental e dotado de uma serenidade que transforma o amargo em algo resplandecente. Uma estória comovente sobre reencontros e amores interrompidos. Celine Song nos conta uma estória cheia de delicadeza, sensibilidade e empatia.
Homem-Aranha: Através do Aranhaverso
4.3 527 Assista AgoraFicção de aventura e fantasia, essa animação da Columbia Pictures, Marvel Entertainment e Sony Pictures Animation foi indicada ao Oscar de melhor animação; no Globo de Ouro, foi nomeado em 3 categorias: melhor filme de animação, melhor trilha sonora original e conquista cinematográfica e de bilheteria; no BAFTA, foi indicado a melhor longa-metragem de animação e melhor trilha sonora. Este foi o 10° filme relacionado ao "Homem-Aranha" a ser lançado nos cinemas.
Há um comunicado durante os créditos finais: Miles Morales retornará em ‘Homem-Aranha: Além do Verso-Aranha’. Antes dos créditos finais, há uma declaração: Continua. Com duração de 2 horas e 20 minutos (140 min), este é o filme de animação americano mais longo até hoje, superando o recordista anterior, Consuming spirits (12) em 4 minutos. O desenvolvimento do filme começou antes do lançamento de Homem-Aranha: No Aranhaverso (18).
Antes de mais nada, pra mim, foi um martírio acabar de ver a este filme superestimado. Achei tão chato e insuportável como foi o anterior. Esse negócio de múltiplas realidades, multiverso, essa enxurrada de Homens-Aranhas fazendo estripulias por todos os lados, cansa até a alma. Só é mais indicado àqueles fanáticos por desenhos animados de super-heróis, o que nunca foi o meu caso.
Guardiões da Galáxia: Vol. 3
4.2 811 Assista AgoraCo-produção franco-neo-zelandesa-canadense-estadunidense da Marvel Studios e Walt Disney Studios Motion Pictures indicado ao Oscar de melhores efeitos visuais; no Globo de Ouro, foi nomeado a melhores efeitos visuais. Baseado na Marvel Comics, é o 32º filme do Universo Cinematográfico Marvel.
Anunciado um mês antes do lançamento de Guardiões da Galáxia Vol. 2 (17). Durante os créditos finais, o criador da Marvel, Stan Lee (1922-2018), aparece brevemente em uma fotografia que surge junto com os créditos, assim como várias fotos dos Guardiões em várias poses. O diretor James Gunn foi homenageado pela PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) por retratar experimentos com animais no filme.
Há uma cena no final dos créditos finais: uma nova escalação dos "Guardiões da Galáxia" entra em ação. “O Lendário Senhor das Estrelas retornará”. Acompanhando está uma cena de Peter Quill conversando com seu avô na Terra.
Este 3° capítulo da franquia é um filme realmente caloroso e confuso que às vezes faz você esquecer que está um pouco entediado com o ataque de filmes de super-heróis. Não tem novidades nenhuma em relação aos seus antecessores, as vezes é um tanto cansativo devido a longa duração desnecessária. Muitas vezes parece que James Gunn fez uma lista de reprodução de músicas de que gosta e depois criou cenas para acompanhá-las. O diretor encerra sua jornada na Marvel com uma carta de amor grande, estranha, confusa e genuinamente emocional para seu grupo maluco de heróis improváveis.
O Conde
3.2 97 Assista AgoraProdução chilena da Fábula e Netflix em preto e branco (a última cena de poucos segundos é em cores) indicado ao Oscar de melhor fotografia; no Festival de Cinema de Veneza, mais 2 nomeações: Leão de Ouro de melhor filme, e vencendo o Osela Dourada de melhor roteiro.
Humor negro, fantasia e terror que é uma sátira que retrata o ditador chileno Augusto Pinochet (1915-2006) como um vampiro de 250 anos em busca da morte. O filme teve fortes referências com o clássico do expressionismo alemão Nosferatu (22), cujo formato dos dentes de vampiro de Fyodor remete aos dentes do Conde Orlok. O título se traduz em "O Conde", uma alusão ao Drácula. Várias alusões foram feitas a outras estórias de vampiros como Drácula, Blade e Entrevista com o Vampiro. Ótima trilha sonora com músicas clássicas e coral de igreja.
Uma farsa política como um terror sombrio e engraçado sobre vampiros, oferecendo uma visão inventiva sobre por que os déspotas continuam afundando suas presas no mundo. Interessante dizer que Pinochet deu o golpe de Estado ao ver seu país se transformando em comunista e, muito provavelmente, caminhando para a ditadura. Conseguiu evitar o retrocesso desta ideologia macabra que estava por acontecer, apesar do preço caro que a população teve que pagar.
Rustin
3.3 81 Assista AgoraDrama biográfico da Higher Ground Productions e Netflix indicado ao Oscar de melhor ator, Colman Domingo; no Globo de Ouro, mais 2 nomeações: melhor ator de drama, Colman Domingo, e melhor canção original; no BAFTA, foi indicado a melhor ator, Colman Domingo. Os produtores executivos são o ex-presidente Barack Obama e a ex-primeira-dama Michelle Obama, que produziram vários projetos da Netflix.
O filme foi baseado na história real de Bayard Rustin (1912-1987), que ajudou Martin Luther King Jr. e outros a organizar a Marcha de 1963 em Washington. Bayard Rustin foi membro do conselho de administração da organização pró-democracia e de direitos humanos Freedom House. Colman Domingo e Glynn Turman estrelaram anteriormente o filme de George C. Wolfe, A voz suprema do Blues (20).
Colman Domingo tem uma atuação imponente e carismática em Rustin, um drama de ritmo acelerado que conta a história do subestimado líder dos direitos civis Bayard Rustin, um afro-americano gay, que tinha um relacionamento homossexual com outro homem negro (e de vez em quando, com um homem branco), um típico democrata/comunista da esquerda que se dizia oprimida, que travou várias batalhas públicas e privadas contra o racismo e a homofobia. Colman Domingo é hipnotizante em uma cinebiografia estereotipada.
A Incrível História de Henry Sugar
3.6 165 Assista AgoraCo-produção anglo-estadunidense que é uma comédia e drama de aventura indicado ao Oscar de melhor curta em live-action. O filme foi baseado no conto homônimo de 1977 de Roald Dahl (1916-1990). É a 2° adaptação cinematográfica de uma obra de Dahl dirigida por Anderson, depois de O fantástico Sr. Raposo (09).
Reúne Ralph Fiennes e Ben Kingsley 30 anos depois de A lista de Schindler (93). Um dos 4 curtas da Netflix dirigidos por Wes Anderson e baseados nas estórias de Roald Dahl, todos lançados em 4 dias na mesma semana: 27 a 30 de setembro de 2023. Eis os outros filmes: Parte 2 The Swan (23), Parte 3 The Rat Catcher (23) e Parte 4 Veneno (23).
Não curto muito este estilo dos personagens falando diretamente para as câmeras, narrando e atuando ao mesmo tempo, além dos cenários móveis que mais parecem um teatro filmado pra inglês ver. Resumindo, achei um filme chato, sem graça e entediante.
Golda: A Mulher De Uma Nação
3.0 64Co-produção anglo-estaduninense que é um drama de guerra biográfico indicado ao Oscar de melhor maquiagem e penteado. O filme retrata a vida de Golda Meir (1898-1978), a 4ª Primeira-Ministra de Israel, principalmente durante a Guerra do Yom Kippur (73). O diretor israelense Guy Nattiv já havia ganhado um Oscar de melhor curta-metragem em live-action com Skin (18).
Helen Mirren passaria 3,5 horas na cadeira de maquiagem para se transformar em Golda. Os espectadores que sabem pouco sobre a história de vida de Golda Meir podem se surpreender ao ouvir a atriz britânica Helen Mirren interpretando o papel de uma Primeira-Ministra israelense com sotaque americano. Na verdade, Meir, que nasceu na atual Ucrânia, cresceu em Milwaukee, Wisconsin, depois que sua família imigrou para a América, quando ela tinha cerca de 8 anos de idade. Ela permaneceu nos Estados Unidos até os 20 e poucos anos, quando imigrou para a terra então conhecida como Mandato Britânico da Palestina.
Helen Mirren fuma em todas as cenas do filme. Golda Meir na vida real era uma fumante inveterada, a ponto de acender um cigarro atrás do outro, até mesmo fumar durante procedimentos médicos (como é visto no filme). Começa com uma citação sobre Israel recebendo uma lição pela sua 'arrogância', mas à medida que o filme avança, a intenção política do filme torna-se mais clara. As palavras “Palestina” ou “Palestino” nunca são pronunciadas neste filme e podemos tirar as nossas próprias conclusões disso. Mergulha-nos nos detalhes do combate da Guerra do Yom Kippur, e isso faz parte do seu dinamismo como filme. Um drama tenso, traumático e triste!
NYAD
3.7 158Drama biográfico verídico indicado a 2 estatuetas no Oscar: melhor atriz, Annette Bening, e melhor atriz coadjuvante, Jodie Foster. O filme foi baseado nas memórias de Diana Nyad de 2015, "Find a Way". O filme fala sobre as múltiplas tentativas da nadadora Nyad, no início de 2010, de nadar de Cuba até o Estreito da Flórida, com flashbacks de sua infância.
Estréia na direção de narrativa de longa-metragem de ficção do casal Elizabeth Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin. Os dois foram os realizadores do filme Free Solo (18), vencedor do Oscar de melhor documentário. Para se preparar para o filme, Annette Bening trabalhou com a ex-atleta olímpica Rada Owen por cerca de 1 ano, além de personal trainer na academia. A travessia de Diana Nyad de Cuba para a Flórida não foi formalmente ratificada devido à falta de observadores independentes e a registos incompletos. O Livro Guinness de Recordes Mundiais revogou a conquista de Nyad.
Annette Bening e Jodie Foster são excelentes em uma comovente homenagem à nadadora de maratona aquática. Um retrato da determinação e coragem dos atletas que se esforçam ao máximo, independente da idade que estejam. O filme deixa algumas mensagens positivas de que tudo é possível na vida, mesmo depois dos 60 anos. Basta ter força de vontade, garra e determinação pra realizar seus sonhos, mesmo que aparentemente impossíveis.
Indiana Jones e a Relíquia do Destino
3.2 335 Assista AgoraAventura de ficção da Walt Disney Pictures, Lucasfilm e Paramount Pictures indicado ao Oscar de melhor trilha sonora original; no Framboesa de Ouro, foi nomeado em 2 categorias: pior prequela, remake, rip-off ou sequela e pior roteiro. É a 5° e última parcela da série de filmes Indiana Jones e a sequência de Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008).
Único filme da série "Indiana Jones" que não teve créditos de abertura. O 1° filme de "Indiana Jones" distribuído pela Disney. Também foi o 1° a usar o logotipo do castelo da Disney. O filme mais longo de "Indiana Jones", com 2 horas e 34 minutos. Neste filme, Harrison Ford é mais de 20 anos mais velho do que Sir Sean Connery era quando interpretou o pai de Indy em Indiana Jones e a Última Cruzada (89). O único filme em que Indy não usa o chicote para balançar.
O filme não é tão ruim assim como parece, achei até melhor do que o filme anterior que, pra mim, foi o pior da franquia até agora. Tem boas cenas de ação (mesmo que exageradas ou com a ajuda de CGIs) e o veterano Harrison Ford continua em boa forma, apesar da idade avançada. O que mais prejudicou foram a duração excessiva e as várias sequências inverossímeis do roteiro que vou colocar apenas alguns pra não ocupar muito tempo:
aquela sequência do herói com o cavalo invadindo a estação do metrô e avançando nos trilhos antes do trem chegar é surreal; outra cena do idoso Indiana ter levado um baita murro na cara e na cena seguinte ter agido como se nada tivesse acontecido naquele momento; outra cena mal feita quando ele notadamente leva um tiro no peito e logo tá agindo normalmente nas imagens seguintes.
Godzilla: Minus One
4.0 448Produção japonesa que é um épico drama de ficção e terror indicada ao Oscar de melhores efeitos visuais produzido pela Toho Studios e Robot Communications e distribuído pela Toho, sendo o 37º filme da franquia "Godzilla". O filme é um remake solto inferior de Godzilla (54) - já que retrata o primeiro encontro do Japão com o monstro - reiniciado cerca de uma década antes, no período imediato do pós-guerra.
No final dos créditos finais, há sons dos passos de Godzilla e dos escombros desmoronando, terminando com o rugido de Godzilla. O "Menos Um" refere-se ao fato de que o Japão já havia sido devastado pela Segunda Guerra Mundial (reduzido a zero), mas com o surgimento de Godzilla, coloca o Japão no negativo. Isso se reflete no slogan original japonês do filme, que se traduz como "Japão do pós-guerra. De zero a menos". Este foi o 1° filme japonês do "Godzilla" a ser lançado nos cinemas no Brasil desde A fúria dos Monstros (75). Como apenas na versão americana de Godzilla 2000 (99), os créditos finais terminam com Godzilla rugindo na trilha sonora.
Por mais previsível e saturado que esteja, é quase sempre divertido assistir a estes filmes, principalmente se forem japoneses. É um dos melhores filmes já feitos até agora sobre o único "Rei dos Monstros", cuja versão asiática surge com todo o seu poder e orgulho contra as produções norte-americanas. Este funciona porque coloca o trauma da história bem no centro da história, criando, em última análise, uma história sobre seres humanos se unindo para curar e derrotar uma força inexplicável de destruição.