Drama de aventura e épico de ficção da Legendary Pictures e Warner Bros. Pictures que é a sequência de Duna (21), e a 2° de uma adaptação em 2 partes do romance de 1965 "Duna", de Frank Herbert (1920-1986). As filmagens aconteceram em Wadi Araba e Wadi Rum, Jordânia, Budapeste, na Hungria, Treviso, Veneto, na Itália, Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, e no deserto da Namíbia.
No início do filme, um padre Sardaukar canta "O poder sobre as especiarias é o poder sobre todos" como prólogo, conforme legendado na tela. O ator e músico Sting, que apareceu em Duna (84), recusou uma participação especial neste filme. Lançado no aniversário de 55 anos de Javier Bardem. O veterano Christopher Walken filmou suas cenas em 2 semanas. Da autoparódia ao épico, ‘Duna, parte dois’, contém diversas versões possíveis de si mesmo, mas nenhuma verdadeiramente alcançada.
Antes de mais nada, não gosto muito do diretor Villeneuve, pois até agora nenhum dos filmes que vi dele me chamou tanto a atenção. Este filme de agora não faz o meu estilo, além da extensa duração, é bem INSOSSO, CHATO, CANSATIVO, MODORRENTO..., me parece uma repetição de vários filmes antigos que vi no passado. Não tem nada de interessante, é o mais do mesmo, não sei por que tamanha balbúrdia do pessoal achando que esse se compare ou se assemelhe a qualquer clássico do gênero (longe disso!) e a nota tão alta assim pra um filme tão comum e insípido como esse.
Co-produção da Austrália, Canadá e Estados Unidos da TriStar Pictures, Spyglass Media Group, Ethereal Visage Productions, Cream Productions e Dragonfly Entertainment. Este filme é a versão longa deste trailer falso, o curta Thanksgiving (07), também do mesmo diretor, cujo filme foi baseado em um trailer falso em Grindhouse (07). Uma continuação deverá ser produzida em seguida.
A fonte sangrenta usada no cartão de título e nos créditos finais é a mesma usada no trailer original de "Grindhouse". O filme incorpora uma infinidade de canções clássicas dos anos 80, prestando ainda mais homenagem às influências "slasher" centrais dos anos 80. Este foi o 1° filme de terror distribuído pela Tristar Pictures desde A morte do demônio (13). O jornalista que questiona os assassinatos emergentes ao longo do filme é interpretado pelo escritor/diretor Eli Roth. Patrick Dempsey e Gina Gershon são os mais conhecidos do elenco.
Mais um filme de "assassino em série mascarado" com uma força descomunal que ataca e mata pessoas ingênuas pelo caminho e nunca é descoberto facilmente. Parece que ele é invisível e está em todos os lugares ao mesmo tempo. A revelação do verdadeiro assassino na parte final é meramente ridícula e inesperada. Quantos filmes parecidos já não foram realizados como esse? Outro filme de terror desastroso e fraco que se esforça para ser meramente medíocre. Há muito sadismo e crueldade que podem agradar aos amantes de "slasher", mas para quem gosta de terror com suspense é melhor procurar outro filme. Uma cópia flagrante de "Pânico" que inclui algumas mortes criativas, não dá pra negar, mas a estória batida e previsível já se imagina no começo como vai terminar.
Co-produção sino-estadunidense que é uma animação de aventura, comédia e fantasia de artes marciais da DreamWorks Animation, Universal Pictures e China Film Group Corporation. Foi o 3° filme da DreamWorks do diretor Mike Mitchell, depois de Shrek para sempre (10) e Trolls (16).
Outros filmes dos personagens: os curtas para a TV Kung Fu Panda: Especial de Natal (10) e Kung Fu Panda: Segredos do Pergaminho (16), os vídeos Os Segredos dos cinco furiosos (08) e Kung Fu Panda: Os segredos dos Mestres (11), as séries de TV Kung Fu Panda: Lendas do Dragão Guerreiro (2011–2016), Kung Fu Panda: The paws of destiny (2018–2019) e Kung Fu Panda: O Cavaleiro Dragão (2022–2023). Viola Davis foi a 3° vencedora consecutiva do Oscar a interpretar o vilão em um filme "Kung Fu Panda", depois de Gary Oldman em Kung Fu Panda 2 (11) e J.K. Simmons em Kung Fu Panda 3 (16). Jack Black, Dustin Hoffman, James Hong e Seth Rogen são os únicos atores que aparecem em todos os 4 filmes Kung Fu Panda.
Como quase sempre em filmes de animação, quando resolvem seguir adiante nas sequências, a maioria dos filmes tendem a cair o ritmo, começam a ficar repetitivos demais e a graça começa a perder-se em relação aos filmes originais. Continua à tona, principalmente para os mais pequenos, embora a cada edição perca aquela inspiração que a primeira teve. Um passo atrás em relação ao último filme em termos de ambição, este continua, no entanto, com o humor alegre e amigável da saga, com bons momentos, mas já avisando que querer aumentar a franquia poderá ser pior do que imaginam.
Documentário musical biográfico da Higher Ground Productions, Mercury Studios, Our Time Projects e Netflix indicado ao Oscar de melhor canção original; no BAFTA, foi nomeado a melhor documentário. Ele explora um ano na vida do músico Jon Batiste, sua carreira musical e a luta de sua esposa contra a leucemia. O ex-presidente americano Barack Obama e sua esposa, Michelle Obama, estão entre os produtores executivos do filme.
Jon Batiste: Crescendo em Nova Orleans, a música sempre fez parte da família. Meu pai foi meu primeiro mentor musical. Minha mãe, ela realmente acreditava no piano clássico como base. "Conheça o seu ofício. Faça o que você quer." E a certa altura, tive que decidir. Ficar. Encontrar meu caminho como músico em casa ou ir para a faculdade e fazer alguma coisa. Foi assim que acabei na Julliard.
Uma celebração da arte, da resiliência e da mutabilidade do espírito humano. Parece ser uma verdadeira sinfonia americana e um retrato de uma vida americana específica. Comovente e cheio de música; um retrato surpreendente de coragem e criatividade diante das terríveis adversidades da vida. Este é um filme que capta como a arte não é apenas a forma como curamos; mas como vivemos.
Comédia dramática romântica em Technicolor e VistaVision da Capri Productions e Paramount Pictures indicada ao Oscar de melhor direção de arte em cores; no Globo de Ouro, mais 2 nomeações; melhor filme de comédia ou musical e melhor atriz de comédia ou musical, Sophia Loren. O penúltimo filme de Clark Gable (1901-1960), logo depois faria ainda Os desajustados (61), antes de sua morte.
Filmado em Roma e na Ilha de Capri, Nápoles, Campânia, na Itália. Houve uma produção indiana, English Babu Desi Mem (96), que foi uma refilmagem não autorizada. Embora Clark Gable e Sophia Loren não tenham se dado bem durante as filmagens, ele ajudou a contrabandear Carlo Ponti para a ilha para comemorar seu 25º aniversário. Este foi o último filme que Clark Gable fez e foi lançado durante sua vida. Clark Gable ficou viciado em comida italiana enquanto fazia o filme e seu peso aumentou para 230 libras. Ele ficou claramente muito mais pesado em algumas cenas do que em outras.
Não havia muita química entre Gable e Loren, que tinha o dobro da idade do interesse amoroso, Sophia, nesta comédia um pouco morna e totalmente previsível de conflito cultural, mas não deixa de ser simpática e divertida em alguns momentos. O ator e diretor Vittorio de Sica (1901-1974) tem uma participação pequena, mas quem rouba o filme em todas as cenas que aparece é o garoto Carlo Angeletti, que aqui ficou conhecido como Marietto.
Comédia de guerra da Llenroc Productions e Paramount Pictures indicado ao Oscar de melhor direção de arte em preto e branco; no Globo de Ouro, mais 3 nomeações: melhor ator de comédia ou musical, Charlton Heston (1923-2008), melhor ator coadjuvante, Harry Guardino (1925-1995), e melhor atriz coadjuvante, Gabriella Pallotta. O filme foi baseado no romance de 1961, "The Easter dinner", do ex-espião Donald Downes (1903-1983).
Último filme de Salvatore Baccaloni (1900-1969). O diretor Melville Shavelson (1917-2007) originalmente queria Bob Hope para o papel principal. A semelhança entre Elsa Martinelli (1935-2017) e Gabriella Pallotta é muito grande, tanto que ambas italianas fizeram papéis de irmãs.
Os créditos finais são sobrepostos a imagens de soldados americanos saindo da Itália. Isto é seguido por uma foto de um pombo piscando para a câmera, 'Gerônimo II', como o pombo que conquistou Roma.
Produção francesa da Compagnie Commerciale Française Cinématographique, Stera Films e Columbia Films. S.A. indicada ao Oscar de melhor direção de arte em preto e branco. Esta comédia dramática romântica foi adaptada de 3 contos de Guy de Maupassant (1850-1893) - "Le masque/A máscara" (1889), "La Maison Tellier/A casa de Madame Tellier" (1881) e "Le modèle/A modelo" (1883).
Maurice Yvain iria originalmente compor uma partitura original, mas foi substituído por Joe Hajos, que baseou a maior parte de sua música na música popular do final do século XIX. As estréias de Liliane Yvernault e Maïa Jusanova. As obras de Guy de Maupassant provavelmente foram adaptadas por mais cineastas franceses do que as de qualquer outro autor (com a possível exceção de Georges Simenon).
Um trabalho visualmente suntuoso e irregular, tedioso e irremediavelmente irrelevante. Cada uma das peças explora lados conflitantes da natureza humana. Tive dificuldades de me concentrar nesse tipo de antologia modorrenta, ou seja, não faz meu tipo este tipo de narração confusa e embaralhada. Achei torturante finalizar este filme e nem sei se teria coragem de revisá-lo novamente num futuro próximo após essa minha primeira experiência decepcionante.
Faroeste épico e drama romântico em Metrocolor e CinemaScope da MGM indicado a 2 categorias no Oscar: melhor direção de arte em cores e melhor som. O filme foi baseado no romance homônimo de 1930 de Edna Ferber (1885-1968). O diretor Anthony Mann (1906-1967) foi demitido perto do final das filmagens e substituído por Charles Walters (1911-1982), que não foi creditado.
Este foi um remake de Cimarron (31), que foi o 1° faroeste a ganhar o Oscar de melhor filme. Surpreendentemente, nenhum outro faroeste havia ganhado o Oscar de melhor filme na época em que este filme foi lançado, e passariam quase 60 anos até que outro faroeste ganhasse, Dança com Lobos (90). Uma multidão de 1.000 figurantes, 700 cavalos e 500 carroças e charretes foram usadas para a cena da corrida terrestre. Último filme de John Cason (1918-1961), que morreu em um acidente de carro em julho de 1961.
Prólogo dos créditos de abertura: Ao meio-dia de 22 de abril de 1889, uma seção dos últimos territórios não colonizados na América seria dada gratuitamente às primeiras pessoas que a reivindicassem. Eles vieram do norte e vieram do sul e vieram do outro lado do mar. Em apenas um dia, um território inteiro seria colonizado. Um novo estado nasceria. Eles o chamaram de Oklahoma.
Um vigoroso e subestimado western com elenco de verdadeiro luxo e a sabedoria visual de Mann criam sequências de beleza inesquecível. Destaques para o sempre eficiente Genn Ford (1916-2006) e a bela austríaca Maria Schell (1926-2005), além da sempre linda Anne Baxter (1923-1985). Neste, como na maioria dos filmes do gênero, não poderiam faltar as tradicionais canções "When Johnny comes marching home", de Louis Lambert, e a divertida "Polly-Wolly-Doodle", escrita por Daniel Decatur Emmett.
Drama biográfico da 20th Century Fox indicado a 2 categorias no Oscar: melhor direção de arte em preto e branco, e melhor figurino em preto e branco. O roteiro foi de John Patrick (1905-1995), baseado no romance homônimo de 1951 de Irving Stone (1903-1989). Andrew Jackson (1767-1845) foi o 7° presidente dos Estados Unidos e exerceu 2 mandatos, de 1829 a 1937.
Charlton Heston (1923-2008) interpretou Andrew Jackson pela 2° vez em Lafite, o corsário (58). Susan Hayward (1917-1975) gostou do filme, lembrando Rachel Jackson como um de seus papéis "gentis" favoritos. Último filme da atriz Margaret Wycherly (1881-1956). Estréias no cinema de Juanita Evers (1888-1988), Vera Francis (1925-2014) e Ruth Attaway (1910-1987).
O filme toma a liberdade, provavelmente para construir lentamente a tensão dramática, de situar a morte da filha adotiva indígena dos Jackson, Lyncoya, muito mais cedo na história do que na vida real. Na realidade, Lyncoya morreu no mesmo ano que Rachel, 1828, ano da eleição de Andrew para a presidência. O final do filme parece retratar a morte de Rachel ocorrendo no dia, ou talvez no dia seguinte, da eleição de Andrew para a presidência. Na realidade, a sua morte ocorreu várias semanas após a eleição, em 22 de dezembro de 1828.
História interessante com muitos momentos tristes pra quem se interessa por política e, em especial, a dos EUA, onde passamos a conhecer a história real de Andrew Jackson, talvez um dos menos conhecidos ou populares presidentes norte-americanos.
Produção inglesa em Technicolor e CinemaScope da MGM indicada a 2 categorias no Oscar: melhor direção de arte em cores e melhor som; no Festival de Cinema de Cannes, foi nomeado ao Grande Prêmio do Festival. O filme foi baseado na obra "Le morte D’Arthur", de Sir Thomas Malory (1393-1425), publicada pela primeira vez em 1485 por William Caxton (1422-1491)..
Este drama de aventura foi o 2° de uma trilogia não oficial feita pelo mesmo diretor e produtor e estrelada por Robert Taylor (1911-1969), entre Ivanhoé, o vingador do Rei (52) e A coroa e a espada (55). Outras versões baseadas nesta mesma estória: Lancelot, o cavaleiro de ferro (63), a animação A espada era a lei (63), Camelot (67), Excalibur, a espada do poder (81), os filmes feitos para a TV Camelot (82) e Merlin e a espada (83), além de Lancelot, o primeiro cavaleiro (95) e Rei Arthur (04).
O 1° filme da MGM a ser rodado em CinemaScope. Stanley Baker (1928-1976) foi contratado em muito pouco tempo depois que George Sanders teve que ser substituído por motivo de doença. A palestina Anne Crawford (1920-1956), que interpreta Morgan Le Fay, era apenas 7 anos e 3 meses mais velha que Stanley Baker, que interpreta seu filho Modred. Houve algumas críticas sobre a escalação de Robert Taylor, de meia-idade, como Lancelot. O próprio Taylor se sentiu mal neste filme. O ator só aceitou o papel de Lancelot principalmente por insistência dos produtores e porque queria trabalhar com Ava Gardner (1922-1990).
Ricamente nomeado, apresentando um relato lúcido da lenda arturiana, com Robert Taylor liderando um elenco sólido como o confiável cavaleiro Sir Lancelot, o bom rei interpretado por Mel Ferrer (1917-2008), e com a Rainha Guinevere ensaiada por Ava Gardner, beneficiando de seu esplendor colorido e ambiente fortemente cristão, incluindo um casamento real católico e um momento transcendente de revelação envolvendo o Santo Graal.
Drama romântico de aventura da 20th Century Fox indicado ao Oscar de melhor direção de arte em preto e branco. O filme foi baseado no best-seller homônimo de 1946 de Frank Yerby (1916-1991), seu 1° livro, sendo o 6° romance mais vendido nos EUA no ano anterior. A trama se passa na Nova Orleans da década de 1820 pré-guerra.
Não era amplamente conhecido na época que Yerby era afro-americano. Yerby escreveu 33 livros de ficção histórica. Estréia não creditada no cinema de William Schallert (1922-2016) e estréia da atriz Randy Stuart (1924-1996). É sobre bom rever as belezas e os talentos de Maureen O'Hara (1920-2015) e Patricia Medina (1919-2012).
A violência permeia a esfera doméstica e, além dela, neste drama de época desigual. O produtor e diretor soviético John M. Stahl (1886-1950) faz uma ligação entre o poder económico e a relação conjugal de um homem: à medida que um cresce, a outra definha. É a estória de um casal que reserva seus ressentimentos, adiando a reconciliação, possivelmente preso pela fantasia hegemônica que representa sua frutífera plantação. Enquanto isso, sua queda é sua redenção.
Produção inglesa em Technicolor da Ealing Studios indicado ao Oscar de melhor direção de arte. Também conhecido como "Sarabanda", este drama romântico biográfico de época foi baseado no romance homônimo de 1935 da australiana Helen Simpson (1897-1940). Situado na Hanôver do século XVII, a trama se passa de 14 de setembro de 1682 a 13 de novembro de 1726.
A "sarabanda" mencionada no título é uma espécie de dança espanhola. Este foi o 1° filme do Ealing Studios a ser rodado em cores. O verdadeiro Philip Christoph Von Königsmark foi atacado e sequestrado pelos homens do Eleitor. Ele desapareceu e, de acordo com as confissões de seus supostos assassinos, muitos anos após o evento, seu corpo foi pesado e jogado no rio Leine. O filme foi baseado em grande parte em uma série de cartas de amor publicadas em "The love of an uncrowned Queen" (1900), que podem ou não ser falsificações. Enquanto filmava testes de tela como substituto de Stewart Granger (1913-1993), Sir Christopher Lee conseguiu um papel neste filme, mas a cena foi cortada, provavelmente porque os dois atores eram muito parecidos.
Prólogo dos créditos de abertura: de uma Alemanha que era então um conjunto de Estados pequenos e independentes, George Louis de Hanover sucedeu ao trono da Inglaterra. Como Rei George Primeiro, ele deixou para trás uma prisioneira no Castelo de Ahlden - uma mulher cujo nome ele tentou apagar das páginas da história, cuja história ele determinou que deveria morrer com ela. Era a história da mulher que foi sua esposa... Sophie Dorothea. Epílogo final dos créditos: Sophie Dorothea, Nascida em Celle..... 15 de setembro. 1666; Esposa do Rei George l da Inglaterra e mãe do Rei George ll; morreu em em Ahlden... 13 de novembro. 1726
Alguns ascendem pelo pecado e outros caem pela virtude. O seu povo é forte, o seu diálogo é franco e dá uma imagem viva de um período grosseiramente rico. Bonitas locações e deslumbrantes figurinos que contrastam com a perfeita reconstituição de época.
Suspense romântico noir da RKO Radio Pictures indicado ao Oscar de melhor direção de arte em preto e branco. O filme foi baseado no romance homônimo de 1943, de Margaret Carpenter (1893-1987), ambientado na virada do século XX.
O título é uma variação comum de uma frase de Hipócrates, o pai grego da medicina: "A vida é curta, a arte é longa, a decisão difícil e a experiência perigosa." A frase é recitada por Nick Bederaux no filme. Este foi o último filme de Ruth Eddings (1908-1995) em papel não creditado. Destaque para a beleza de Hedy Lamarr (1914-2000).
Com sua experiência anterior na direção de thrillers e filmes de terror, o diretor francês Jacques Tourneur (1904-1977) preenche a estória com inúmeros pequenos detalhes misteriosos que criam uma atmosfera mais sutil e sombria. Thriller altamente atmosférico que funciona como um quebra-cabeça narrativo a ser resolvido, mas como um aspecto irredutível da experiência humana, mesmo que as vezes um pouco confuso.
Produção inglesa em Technicolor da Gabriel Pascal Productions, Independent Producers e United Artists indicada ao Oscar de melhor direção de arte; no Festival de Cinema de Cannes, foi nomeado ao Grande Prêmio do Festival. O filme foi adaptado da peça homônima de 1901 do irlandês George Bernard Shaw (1856-1950). Algumas cenas foram dirigidas por Brian Desmond Hurst (1895-1986), que não recebeu nenhum crédito formal.
Este drama romântico biográfico de guerra teve outras versões: a produção brasileira e série de TV César e Cleópatra (56), 2 filmes feitos para a TV, a produção alemã Caesar und Cleopatra (64) e a produção inglesa Caesar and Cleopatra (76), além da produção canadense Caesar and Cleopatra (09).
O papel de Júlio César foi originalmente oferecido a Sir John Gielgud, que recusou, porque detestava o diretor austro-húngaro Gabriel Pascal (1894-1954). Pascal, que era produtor, só dirigiu 2 filmes em sua carreira, foi ao Egito coletar areia para conseguir a cor certa. Claude Rains (1889-1967) fez história ao ser o primeiro ator a receber um salário de 1 milhão de dólares para interpretar Júlio César neste filme. Esta foi a única aparição na tela de Anthony Harvey (1930-2017), de 15 anos, que se tornou um aclamado editor e posteriormente diretor. Ele ficou mais conhecido por dirigir O leão no inverno (68), outro romance histórico baseado em uma peça. Durante as filmagens, Vivien Leigh (1913-1967) teve um aborto espontâneo, o que atrasou a produção em 5 semanas.
Mesmo tendo sido um fracasso de bilheteria e defenestrado por boa parte da crítica mundial, não achei tão ruim assim. Uma história de ótima aparência e bem executado que glorifica a escravidão, o imperialismo e a ditadura benigna. Dois famosos atores aparecem em participações especiais: Roger Moore (1927-2017) numa ponta como soldado romano e Jean Simmons (1929-2010) como uma harpista.
Faroeste dramático em preto e branco da Universal Pictures indicado ao Oscar de melhor direção de arte. O filme foi adaptado para as telas por Lawrence Hazard (1897-1959) do romance de Rex Beach (1877-1949) de 1906 com o mesmo nome. A Universal emprestou o diretor Ray Enright (1896-1965) da Warner Bros. Esta foi a 4° de 5 versões cinematográficas do romance de Rex Beach.
Outras versões: os mudos The Spoilers (14) e The Spoilers (23), além de Inferno dourado (30) e Rastros da corrupção (55). Houve tensões entre Randolph Scott (1898-1987) e John Wayne (1907-1979) durante as filmagens. A luta climática na parte final foi uma das mais longas do cinema e dura pouco menos de 4 minutos. De acordo com o relatório de continuidade do estúdio, a cena da luta levou 5 dias para ser tramada e filmada. Único filme em que John Wayne aparece com blackface e único filme em que ele aparece com roupas femininas. Último filme de Richard Barthelmess (1895-1963).
Prólogo: "Esta é uma história do Norte congelado quando não apenas não estava congelado - mas chegou gloriosamente perto de ser um ponto quente. Nome 1900"
Não é o filme mais bem estruturado do mundo, ainda é rápido, semi-espirituoso, cheio de insinuações e expõe métodos de abuso de poder. Há todos os elementos possíveis de um western tradicional, como danças de saloon, romance, brigas no bar e tiroteios. Marlene Dietrich (1901-1992) é a dona de bar mais glamorosa e sexy que já se viu.
Comédia romântica em preto e branco da Columbia Pictures indicada ao Oscar de melhor direção de arte. O filme foi adaptado por Donald Ogden Stewart (1894-1980) e Sidney Buchman (1902-1975) da peça homônima de 1928 de Philip Barry (1896-1949). Este filme é uma refilmagem de Holiday (30).
Cary Grant (1904-1986) realizou suas próprias acrobacias. Antes de se tornar ator, fez parte de uma trupe acrobática de vaudeville. Edward Everett Horton (1886-1970) repetiu o papel de Nick Potter, que também interpretou na versão anterior do filme Holiday (30). O 3° de 4 filmes que juntaram Cary Grant e Katharine Hepburn (1907-2003). Os outros 3 foram: Vivendo em dúvida (35), Levada da breca (38) e Núpcias de escândalo (40). Último longa-metragem de Jean Dixon (1893-1981) e Marion Ballou (1870-1939).
Esta comédia de costumes sugere que a felicidade pode ser encontrada na liberdade, longe da riqueza perniciosa da alta sociedade - mas é também um pouco ingénua, reduzindo a complexidade dos seus temas a questões de certo e errado, ao mesmo tempo que termina com uma resolução fácil e previsível. Há, também, um toque de melancolia que aprofunda ainda mais as conexões emocionais.
Aventura de mistério e romance em Technicolor da MGM e Loew's Inc. que é uma versão cinematográfica do romance homônimo de 1894 de Anthony Hope (1863-1933) e Edward Rose (1849-1904) e uma refilmagem da versão sonora de 1937 e do mudo de 1922. A trama deste filme se passa em junho de 1897.
Outras versões: os mudos The prisoner of Zenda (13), a produção inglesa The prisoner of Zenda (15) e O prisioneiro de Zenda (22), além dos sonoros, a série de TV inglesa Rupert of Hentzau (64), O prisioneiro de Zenda (79), a minissérie de televisão inglesa The prisoner of Zenda (84), a animação australiana O prisioneiro de Zenda (1988), e o filme feito para a TV The prisoner of Zenda, Inc. (96).
Lewis Stone (1879-1953) já interpretou Rudolf Rassendyll e o Rei Rudolf V da Ruritânia em O prisioneiro de Zenda (22). A partitura desta versão era uma adaptação daquela composta por Alfred Newman (1900-1970) para a versão de 1937. Esta foi a montagem mais cara (e financeiramente bem-sucedida) das 8 versões cinematográficas deste material feitas desde que foi levado às telas. O nome do país fictício Ruritânia nunca é mencionado no filme, mas pode ser visto em um pôster na estação ferroviária. Este filme de 1952 não é apenas mais uma adaptação, mas um remake plano por plano com alterações mínimas no roteiro em relação a O prisioneiro de Zenda (37)
Prólogo dos créditos de abertura: Perto do final do século passado, quando a História ainda usava uma Rosa e a Política ainda não havia superado a Valsa, um Grande Escândalo Real foi sussurrado nas antessalas da Europa. Por mais verdade que fosse, qualquer semelhança em O PRISIONEIRO DE ZENDA com heróis, vilões ou heroínas, vivos ou mortos, é uma coincidência não intencional...
Bom filme de aventura onde ação, amor e suspense se combinam com simpatia sem ficar entediado nem por um momento. Stewart Granger (1913-1993), James Mason (1909-1984) e Deborah Kerr (1921-2007) brincam com entusiasmo nesta estória boba, mas divertida. A sequência final da luta de espadas é bem legal.
Drama romântico de mistério em preto e branco da MGM indicado a 2 estatuetas no Oscar: melhor ator, Charles Boyer (1899-1978), e melhor direção de arte. Também conhecido como "O romance de Madame Walewska", o filme foi baseado na obra de 1933 "Pani Walewska", do polonês Wacław Gąsiorowski (1869-1939). O diretor tcheco Gustav Machatý (1901-1963) assumiu parte da direção mas não foi creditado. Helen Jerome (peça)
Este filme perdeu mais dinheiro para a MGM do que qualquer outro filme durante o período de 1920 a 1949. De todos os seus muitos diretores de cinema, pode-se supor que Clarence Brown (1890-1987) era o favorito de Greta Garbo (1905-1990), aqui em seu antepenúltimo filme. Realizaram 7 filmes juntos nos 11 anos entre o 1°, A carne e o diabo (26), e o último, O romance de Madame Walewska (37). Último filme de Lois Meredith (1890-1967).
Este melodrama histórico pode até não estar entre os melhores trabalhos do diretor Brown, mas não deixa de ser uma história curiosa e interessante, em mais um dos romances entre o icônico Napoleão Bonaparte e sua jovem amada polonesa Marie Walewska. Os figurinos se destacam durante o cenário do salão de baile até o cenário ricamente detalhado e seu estilo elegante - compensam bastante qualquer clichê romântico e a trama um pouco lenta.
Drama de mistério e suspense psicológico e apocalíptico da Esmail Corp., Higher Ground Productions, Netflix Studios e Red Om Films. O filme foi baseado no romance homônimo de 2020 de Rumaan Alam, originário de Bangladesh. O ex-presidente americano Barack Obama e sua esposa e Michele Obama atuam como produtores executivos deste filme. Recebeu críticas geralmente positivas dos críticos especializados.
Denzel Washington foi escalado, mas desistiu e foi substituído por Mahershala Ali. A atriz Julia Roberts e sua filha Farrah Mackenzie realmente se uniram ao fazer o filme. Julia Roberts e Kevin Bacon já apareceram juntos em Linha mortal (90). A estréia no cinema do ator e músico Charlie Evans.
Uma descida de mais de 2 horas ao caos que é convincente e totalmente aterrorizante. Uma estória que nos prende do início ao fim de forma imprevisível. Um dos melhores filmes do ano, sem dúvida, irá desencadear muitas conversas. Um intrigante e surpreendente thriller a la Shyamalan, lembrando muito seus filmes estranhos, por ser impressionantemente perturbador com coisas a dizer sobre raça, tecnologia e teorias da conspiração. Um thriller apocalíptico complexo que é ameaçador e pessimista, mas também instigante e divertido.
O que estaria acontecendo com aqueles vários cervos na floresta? Queriam avisar alguma coisa? E aquela revoada de pássaros passando pelo bosque, além daqueles flamingos, de uma hora para outra, invadindo a piscina da casa? Obs: aquela mordida que o jovem Archie o levou a perder alguns de seus dentes ficou por isso mesmo e nada foi resolvido. E o que dizer da esposa de G.H. Scott, que voltaria de viagem de avião e nada ficaram sabendo de seu paradeiro. Mesmo com algumas situações não explicadas, o filme tem mais aspectos positivos e instigantes do que o contrário.
Co-produção anglo-franco-estadunidense que é uma animação em stop-motion de aventura e comédia da Aardman Animations, Netflix Animation e Pathé indicado ao BAFTA de melhor longa-metragem de animação. O diretor Sam Fell é o mesmo de Por água abaixo (06) e ParaNorman (12).
Nenhum dos personagens humanos fica surpreso ao ouvir as galinhas falarem. O 1° filme da Aardman da década de 20. Lynn Ferguson, Jane Horrocks, Imelda Staunton e Miranda Richardson são os únicos atores do 1° filme, reprisando seus papéis como Mac, Babs Bunty e Sra. Tweedy. A 2° sequência da Aardman, depois de Shaun, o carneiro: O filme – A fazenda contra-ataca (19). Foi a 1° sequência de um filme da DreamWorks Animation sem o envolvimento do referido estúdio.
Mesmo tendo sido feito mais de 20 anos após o original, me parece que a fórmula já veio se desgastando um pouco e nem sei se novas sequências vão aguentar o ritmo destes personagens. Por mim, que pare logo nesse 2° exemplar. Um roteiro básico em estrutura, previsível no que se passa. Um agradável exercício de animação que pode ter mais ou menos interesse, mas que não incomodará ninguém.
Co-produção anglo-polonesa-estadunidense indicada a 5 categorias no Oscar: melhor filme, melhor diretor, melhor filme internacional, melhor roteiro adaptado e melhor som; no Globo de Ouro, mais 3 nomeações: melhor filme de drama, melhor filme em língua não inglesa e melhor trilha sonora original; no Festival de Cinema de Cannes, mais 5 indicações: incluindo a Palma de Ouro de melhor filme e o Grande Prêmio do Festival.
Este drama de guerra foi filmado em Auschwitz, Oswiecim e Malopolskie, na Polônia. O inglês Sir Martin Amis (1949-2023), autor do romance original homônimo de 2014, morreu em 19 de maio de 2023, mesmo dia em que o filme teve sua estréia mundial no Festival de Cinema de Cannes. O cão da família no filme foi interpretado pelo cachorro de estimação de Sandra Hüller. Este foi o primeiro filme do diretor Jonathan Glazer em língua não inglesa.
Demorei tanto pra ver esse filme e agora que consegui, me senti totalmente decepcionado com sua proposta. Dos indicados a melhor filme no ano, este e "Barbie", pra mim, foram os piores filmes. Prefiro ver aqueles documentários dos anos 40 falando e mostrando realisticamente os horrores do Holocausto do que este filme simplório que parece que não sai do lugar e é bem superficial. Jonathan Glazer evitou deliberadamente os horrores mais familiares do Holocausto para mostrar mais uma camada de desumanidade.
Documentário da Columbia Pictures, Romax Productions e Wolper Pictures indicado ao Oscar de melhor trilha sonora original; no Globo de Ouro, foi nomeado a melhor documentário. Foi dirigido por Nicolas Noxon (1936-2016) - um membro regular da equipe dos primeiros especiais de televisão da National Geographic - em parceria com Irwin Rosten (1924-2010).
O filme foi exibido no Festival de Cinema de Cannes de 1974, mas não entrou na competição principal. O documentário elucidativo cobre os rituais de acasalamento e a sexualidade no reino animal. mostrando a reprodução entre eles, desde os de tamanho microscópico, aves, peixes, diversas espécies de répteis, mamíferos silvestres e selvagens, até entre os elefantes. Graças às cenas de cópula, o filme foi comercializado com o slogan "Tão real que nunca será exibido na TV".
Produção soviética da Mosfilm indicada a 2 estatuetas no Oscar: melhor filme estrangeiro e melhor trilha sonora original; no Globo de Ouro, foi nomeado a melhor filme de língua não inglesa. Drama biográfico sobre o famoso compositor russo Pyotr Ilyich Tchaikovsky.(1840-1893). Este filme é uma refilmagem da produção alemã Noite de baile (39); ainda teve o curta Heavenly music (43), o inglês Delírio de amor (71) e a minissérie de televisão inglesa Tchaikovsky (07).
Filme dedicado ao grande compositor russo. A história centra-se nos últimos 20 anos da sua vida, nos quais se tece a amizade com a Baronesa Von Meck, uma mulher excepcional do seu tempo que durante muitos anos foi o anjo da guarda de Tchaikovsky. O filme também traz uma retrospectiva da infância e adolescência do compositor. Uma vida contada poeticamente tendo como pano de fundo fragmentos de suas óperas e composições de balé interpretadas pelos melhores músicos russos.
Filme biográfico episódico e impressionista de um artista que é um pouco melhor do que a maioria, que raramente exibe muito talento artístico. Há as tradicionais músicas clássicas do compositor, algumas óperas e um concerto dirigido pelo próprio retratado dias antes de sua morte. O ritmo é lento mas não é cansativo ou monótono. O compositor hollywoodiano Dmitri Tiomkin (1894-1979) fez o arranjo da música para "Tchaikovsky" e do próprio filme.
Co-produção anglo-hispano-estadunidense da Christopher Columbus Productions, Quinto Centenario e Warner Bros., que é um drama de aventura biográfico baseado na estória de Mario Puzo (1920-1999). No Framboesa de Ouro, foi indicado em 6 categorias: pior filme, pior diretor, pior ator coadjuvante, Marlon Brando (1924-2004), pior roteiro, e pior nova estrela, George Corraface, vencendo o de pior ator, Tom Selleck. Selleck recebeu seu prêmio em um gesto surpresa de Chevy Chase no The Chevy Chase Show (93). Ao receber aplausos pela homenagem, Selleck pediu ao público “Em vez de aplausos, coloque a língua entre os lábios e me dê a framboesa”. Para deleite dele e de Chase, o público agradeceu.
Outros 15 filmes foram feitos, baseados no mesmo personagem central: 7 longas, 2 séries de TV, 2 minisséries de televisão, 1 filme para TV, 1 episódio para a TV, 1 curta e 1 videogame. Foi alegado que o elenco e a equipe técnica deste filme não receberam nenhum salário devido a problemas de financiamento. Este projeto foi desenvolvido simultaneamente com 1492: A Conquista do Paraíso (92), de Ridley Scott, a ser lançado a tempo do 500º aniversário da descoberta da América por Colombo. Este foi o último filme cinematográfico de Michael Gothard (1939-1992), que cometeu um suicídio por enforcamento.
Mesmo aparecendo nos créditos como um dos atores principais, Marlon Brando teve uma participação pequena e discreta. Ele ficou tão incomodado com o filme na época que não queria que seu nome estivesse nos créditos após recusarem dele algumas mudanças no roteiro. Não é politicamente correto. Também não é cinematicamente correto, humanamente correto ou historicamente correto. Apesar de ter sido um fracasso de crítica e público, confesso que me diverti um pouco.
Duna: Parte 2
4.3 691Drama de aventura e épico de ficção da Legendary Pictures e Warner Bros. Pictures que é a sequência de Duna (21), e a 2° de uma adaptação em 2 partes do romance de 1965 "Duna", de Frank Herbert (1920-1986). As filmagens aconteceram em Wadi Araba e Wadi Rum, Jordânia, Budapeste, na Hungria, Treviso, Veneto, na Itália, Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, e no deserto da Namíbia.
No início do filme, um padre Sardaukar canta "O poder sobre as especiarias é o poder sobre todos" como prólogo, conforme legendado na tela. O ator e músico Sting, que apareceu em Duna (84), recusou uma participação especial neste filme. Lançado no aniversário de 55 anos de Javier Bardem. O veterano Christopher Walken filmou suas cenas em 2 semanas. Da autoparódia ao épico, ‘Duna, parte dois’, contém diversas versões possíveis de si mesmo, mas nenhuma verdadeiramente alcançada.
Antes de mais nada, não gosto muito do diretor Villeneuve, pois até agora nenhum dos filmes que vi dele me chamou tanto a atenção. Este filme de agora não faz o meu estilo, além da extensa duração, é bem INSOSSO, CHATO, CANSATIVO, MODORRENTO..., me parece uma repetição de vários filmes antigos que vi no passado. Não tem nada de interessante, é o mais do mesmo, não sei por que tamanha balbúrdia do pessoal achando que esse se compare ou se assemelhe a qualquer clássico do gênero (longe disso!) e a nota tão alta assim pra um filme tão comum e insípido como esse.
Feriado Sangrento
3.1 412Co-produção da Austrália, Canadá e Estados Unidos da TriStar Pictures, Spyglass Media Group, Ethereal Visage Productions, Cream Productions e Dragonfly Entertainment. Este filme é a versão longa deste trailer falso, o curta Thanksgiving (07), também do mesmo diretor, cujo filme foi baseado em um trailer falso em Grindhouse (07). Uma continuação deverá ser produzida em seguida.
A fonte sangrenta usada no cartão de título e nos créditos finais é a mesma usada no trailer original de "Grindhouse". O filme incorpora uma infinidade de canções clássicas dos anos 80, prestando ainda mais homenagem às influências "slasher" centrais dos anos 80. Este foi o 1° filme de terror distribuído pela Tristar Pictures desde A morte do demônio (13). O jornalista que questiona os assassinatos emergentes ao longo do filme é interpretado pelo escritor/diretor Eli Roth. Patrick Dempsey e Gina Gershon são os mais conhecidos do elenco.
Mais um filme de "assassino em série mascarado" com uma força descomunal que ataca e mata pessoas ingênuas pelo caminho e nunca é descoberto facilmente. Parece que ele é invisível e está em todos os lugares ao mesmo tempo. A revelação do verdadeiro assassino na parte final é meramente ridícula e inesperada. Quantos filmes parecidos já não foram realizados como esse? Outro filme de terror desastroso e fraco que se esforça para ser meramente medíocre. Há muito sadismo e crueldade que podem agradar aos amantes de "slasher", mas para quem gosta de terror com suspense é melhor procurar outro filme. Uma cópia flagrante de "Pânico" que inclui algumas mortes criativas, não dá pra negar, mas a estória batida e previsível já se imagina no começo como vai terminar.
Kung Fu Panda 4
3.1 67 Assista AgoraCo-produção sino-estadunidense que é uma animação de aventura, comédia e fantasia de artes marciais da DreamWorks Animation, Universal Pictures e China Film Group Corporation. Foi o 3° filme da DreamWorks do diretor Mike Mitchell, depois de Shrek para sempre (10) e Trolls (16).
Outros filmes dos personagens: os curtas para a TV Kung Fu Panda: Especial de Natal (10) e Kung Fu Panda: Segredos do Pergaminho (16), os vídeos Os Segredos dos cinco furiosos (08) e Kung Fu Panda: Os segredos dos Mestres (11), as séries de TV Kung Fu Panda: Lendas do Dragão Guerreiro (2011–2016), Kung Fu Panda: The paws of destiny (2018–2019) e Kung Fu Panda: O Cavaleiro Dragão (2022–2023). Viola Davis foi a 3° vencedora consecutiva do Oscar a interpretar o vilão em um filme "Kung Fu Panda", depois de Gary Oldman em Kung Fu Panda 2 (11) e J.K. Simmons em Kung Fu Panda 3 (16). Jack Black, Dustin Hoffman, James Hong e Seth Rogen são os únicos atores que aparecem em todos os 4 filmes Kung Fu Panda.
Como quase sempre em filmes de animação, quando resolvem seguir adiante nas sequências, a maioria dos filmes tendem a cair o ritmo, começam a ficar repetitivos demais e a graça começa a perder-se em relação aos filmes originais. Continua à tona, principalmente para os mais pequenos, embora a cada edição perca aquela inspiração que a primeira teve. Um passo atrás em relação ao último filme em termos de ambição, este continua, no entanto, com o humor alegre e amigável da saga, com bons momentos, mas já avisando que querer aumentar a franquia poderá ser pior do que imaginam.
Jon Batiste: American Symphony
3.3 25Documentário musical biográfico da Higher Ground Productions, Mercury Studios, Our Time Projects e Netflix indicado ao Oscar de melhor canção original; no BAFTA, foi nomeado a melhor documentário. Ele explora um ano na vida do músico Jon Batiste, sua carreira musical e a luta de sua esposa contra a leucemia. O ex-presidente americano Barack Obama e sua esposa, Michelle Obama, estão entre os produtores executivos do filme.
Jon Batiste: Crescendo em Nova Orleans, a música sempre fez parte da família. Meu pai foi meu primeiro mentor musical. Minha mãe, ela realmente acreditava no piano clássico como base. "Conheça o seu ofício. Faça o que você quer." E a certa altura, tive que decidir. Ficar. Encontrar meu caminho como músico em casa ou ir para a faculdade e fazer alguma coisa. Foi assim que acabei na Julliard.
Uma celebração da arte, da resiliência e da mutabilidade do espírito humano. Parece ser uma verdadeira sinfonia americana e um retrato de uma vida americana específica. Comovente e cheio de música; um retrato surpreendente de coragem e criatividade diante das terríveis adversidades da vida. Este é um filme que capta como a arte não é apenas a forma como curamos; mas como vivemos.
Começou em Nápoles
3.9 29 Assista AgoraComédia dramática romântica em Technicolor e VistaVision da Capri Productions e Paramount Pictures indicada ao Oscar de melhor direção de arte em cores; no Globo de Ouro, mais 2 nomeações; melhor filme de comédia ou musical e melhor atriz de comédia ou musical, Sophia Loren. O penúltimo filme de Clark Gable (1901-1960), logo depois faria ainda Os desajustados (61), antes de sua morte.
Filmado em Roma e na Ilha de Capri, Nápoles, Campânia, na Itália. Houve uma produção indiana, English Babu Desi Mem (96), que foi uma refilmagem não autorizada. Embora Clark Gable e Sophia Loren não tenham se dado bem durante as filmagens, ele ajudou a contrabandear Carlo Ponti para a ilha para comemorar seu 25º aniversário. Este foi o último filme que Clark Gable fez e foi lançado durante sua vida. Clark Gable ficou viciado em comida italiana enquanto fazia o filme e seu peso aumentou para 230 libras. Ele ficou claramente muito mais pesado em algumas cenas do que em outras.
Não havia muita química entre Gable e Loren, que tinha o dobro da idade do interesse amoroso, Sophia, nesta comédia um pouco morna e totalmente previsível de conflito cultural, mas não deixa de ser simpática e divertida em alguns momentos. O ator e diretor Vittorio de Sica (1901-1974) tem uma participação pequena, mas quem rouba o filme em todas as cenas que aparece é o garoto Carlo Angeletti, que aqui ficou conhecido como Marietto.
O Pombo que Conquistou Roma
3.4 1Comédia de guerra da Llenroc Productions e Paramount Pictures indicado ao Oscar de melhor direção de arte em preto e branco; no Globo de Ouro, mais 3 nomeações: melhor ator de comédia ou musical, Charlton Heston (1923-2008), melhor ator coadjuvante, Harry Guardino (1925-1995), e melhor atriz coadjuvante, Gabriella Pallotta. O filme foi baseado no romance de 1961, "The Easter dinner", do ex-espião Donald Downes (1903-1983).
Último filme de Salvatore Baccaloni (1900-1969). O diretor Melville Shavelson (1917-2007) originalmente queria Bob Hope para o papel principal. A semelhança entre Elsa Martinelli (1935-2017) e Gabriella Pallotta é muito grande, tanto que ambas italianas fizeram papéis de irmãs.
Os créditos finais são sobrepostos a imagens de soldados americanos saindo da Itália. Isto é seguido por uma foto de um pombo piscando para a câmera, 'Gerônimo II', como o pombo que conquistou Roma.
O Prazer
4.0 13Produção francesa da Compagnie Commerciale Française Cinématographique, Stera Films e Columbia Films. S.A. indicada ao Oscar de melhor direção de arte em preto e branco. Esta comédia dramática romântica foi adaptada de 3 contos de Guy de Maupassant (1850-1893) - "Le masque/A máscara" (1889), "La Maison Tellier/A casa de Madame Tellier" (1881) e "Le modèle/A modelo" (1883).
Maurice Yvain iria originalmente compor uma partitura original, mas foi substituído por Joe Hajos, que baseou a maior parte de sua música na música popular do final do século XIX. As estréias de Liliane Yvernault e Maïa Jusanova. As obras de Guy de Maupassant provavelmente foram adaptadas por mais cineastas franceses do que as de qualquer outro autor (com a possível exceção de Georges Simenon).
Um trabalho visualmente suntuoso e irregular, tedioso e irremediavelmente irrelevante. Cada uma das peças explora lados conflitantes da natureza humana. Tive dificuldades de me concentrar nesse tipo de antologia modorrenta, ou seja, não faz meu tipo este tipo de narração confusa e embaralhada. Achei torturante finalizar este filme e nem sei se teria coragem de revisá-lo novamente num futuro próximo após essa minha primeira experiência decepcionante.
Cimarron: Jornada da Vida
3.7 9 Assista AgoraFaroeste épico e drama romântico em Metrocolor e CinemaScope da MGM indicado a 2 categorias no Oscar: melhor direção de arte em cores e melhor som. O filme foi baseado no romance homônimo de 1930 de Edna Ferber (1885-1968). O diretor Anthony Mann (1906-1967) foi demitido perto do final das filmagens e substituído por Charles Walters (1911-1982), que não foi creditado.
Este foi um remake de Cimarron (31), que foi o 1° faroeste a ganhar o Oscar de melhor filme. Surpreendentemente, nenhum outro faroeste havia ganhado o Oscar de melhor filme na época em que este filme foi lançado, e passariam quase 60 anos até que outro faroeste ganhasse, Dança com Lobos (90). Uma multidão de 1.000 figurantes, 700 cavalos e 500 carroças e charretes foram usadas para a cena da corrida terrestre. Último filme de John Cason (1918-1961), que morreu em um acidente de carro em julho de 1961.
Prólogo dos créditos de abertura: Ao meio-dia de 22 de abril de 1889, uma seção dos últimos territórios não colonizados na América seria dada gratuitamente às primeiras pessoas que a reivindicassem. Eles vieram do norte e vieram do sul e vieram do outro lado do mar. Em apenas um dia, um território inteiro seria colonizado. Um novo estado nasceria. Eles o chamaram de Oklahoma.
Um vigoroso e subestimado western com elenco de verdadeiro luxo e a sabedoria visual de Mann criam sequências de beleza inesquecível. Destaques para o sempre eficiente Genn Ford (1916-2006) e a bela austríaca Maria Schell (1926-2005), além da sempre linda Anne Baxter (1923-1985). Neste, como na maioria dos filmes do gênero, não poderiam faltar as tradicionais canções "When Johnny comes marching home", de Louis Lambert, e a divertida "Polly-Wolly-Doodle", escrita por Daniel Decatur Emmett.
O Destino Me Persegue
3.2 4Drama biográfico da 20th Century Fox indicado a 2 categorias no Oscar: melhor direção de arte em preto e branco, e melhor figurino em preto e branco. O roteiro foi de John Patrick (1905-1995), baseado no romance homônimo de 1951 de Irving Stone (1903-1989). Andrew Jackson (1767-1845) foi o 7° presidente dos Estados Unidos e exerceu 2 mandatos, de 1829 a 1937.
Charlton Heston (1923-2008) interpretou Andrew Jackson pela 2° vez em Lafite, o corsário (58). Susan Hayward (1917-1975) gostou do filme, lembrando Rachel Jackson como um de seus papéis "gentis" favoritos. Último filme da atriz Margaret Wycherly (1881-1956). Estréias no cinema de Juanita Evers (1888-1988), Vera Francis (1925-2014) e Ruth Attaway (1910-1987).
O filme toma a liberdade, provavelmente para construir lentamente a tensão dramática, de situar a morte da filha adotiva indígena dos Jackson, Lyncoya, muito mais cedo na história do que na vida real. Na realidade, Lyncoya morreu no mesmo ano que Rachel, 1828, ano da eleição de Andrew para a presidência. O final do filme parece retratar a morte de Rachel ocorrendo no dia, ou talvez no dia seguinte, da eleição de Andrew para a presidência. Na realidade, a sua morte ocorreu várias semanas após a eleição, em 22 de dezembro de 1828.
Os Cavaleiros da Távola Redonda
3.3 18Produção inglesa em Technicolor e CinemaScope da MGM indicada a 2 categorias no Oscar: melhor direção de arte em cores e melhor som; no Festival de Cinema de Cannes, foi nomeado ao Grande Prêmio do Festival. O filme foi baseado na obra "Le morte D’Arthur", de Sir Thomas Malory (1393-1425), publicada pela primeira vez em 1485 por William Caxton (1422-1491)..
Este drama de aventura foi o 2° de uma trilogia não oficial feita pelo mesmo diretor e produtor e estrelada por Robert Taylor (1911-1969), entre Ivanhoé, o vingador do Rei (52) e A coroa e a espada (55). Outras versões baseadas nesta mesma estória: Lancelot, o cavaleiro de ferro (63), a animação A espada era a lei (63), Camelot (67), Excalibur, a espada do poder (81), os filmes feitos para a TV Camelot (82) e Merlin e a espada (83), além de Lancelot, o primeiro cavaleiro (95) e Rei Arthur (04).
O 1° filme da MGM a ser rodado em CinemaScope. Stanley Baker (1928-1976) foi contratado em muito pouco tempo depois que George Sanders teve que ser substituído por motivo de doença. A palestina Anne Crawford (1920-1956), que interpreta Morgan Le Fay, era apenas 7 anos e 3 meses mais velha que Stanley Baker, que interpreta seu filho Modred. Houve algumas críticas sobre a escalação de Robert Taylor, de meia-idade, como Lancelot. O próprio Taylor se sentiu mal neste filme. O ator só aceitou o papel de Lancelot principalmente por insistência dos produtores e porque queria trabalhar com Ava Gardner (1922-1990).
Ricamente nomeado, apresentando um relato lúcido da lenda arturiana, com Robert Taylor liderando um elenco sólido como o confiável cavaleiro Sir Lancelot, o bom rei interpretado por Mel Ferrer (1917-2008), e com a Rainha Guinevere ensaiada por Ava Gardner, beneficiando de seu esplendor colorido e ambiente fortemente cristão, incluindo um casamento real católico e um momento transcendente de revelação envolvendo o Santo Graal.
Débil é a Carne
3.4 2Drama romântico de aventura da 20th Century Fox indicado ao Oscar de melhor direção de arte em preto e branco. O filme foi baseado no best-seller homônimo de 1946 de Frank Yerby (1916-1991), seu 1° livro, sendo o 6° romance mais vendido nos EUA no ano anterior. A trama se passa na Nova Orleans da década de 1820 pré-guerra.
Não era amplamente conhecido na época que Yerby era afro-americano. Yerby escreveu 33 livros de ficção histórica. Estréia não creditada no cinema de William Schallert (1922-2016) e estréia da atriz Randy Stuart (1924-1996). É sobre bom rever as belezas e os talentos de Maureen O'Hara (1920-2015) e Patricia Medina (1919-2012).
A violência permeia a esfera doméstica e, além dela, neste drama de época desigual. O produtor e diretor soviético John M. Stahl (1886-1950) faz uma ligação entre o poder económico e a relação conjugal de um homem: à medida que um cresce, a outra definha. É a estória de um casal que reserva seus ressentimentos, adiando a reconciliação, possivelmente preso pela fantasia hegemônica que representa sua frutífera plantação. Enquanto isso, sua queda é sua redenção.
Sepulcro Para um Amor
3.2 1Produção inglesa em Technicolor da Ealing Studios indicado ao Oscar de melhor direção de arte. Também conhecido como "Sarabanda", este drama romântico biográfico de época foi baseado no romance homônimo de 1935 da australiana Helen Simpson (1897-1940). Situado na Hanôver do século XVII, a trama se passa de 14 de setembro de 1682 a 13 de novembro de 1726.
A "sarabanda" mencionada no título é uma espécie de dança espanhola. Este foi o 1° filme do Ealing Studios a ser rodado em cores. O verdadeiro Philip Christoph Von Königsmark foi atacado e sequestrado pelos homens do Eleitor. Ele desapareceu e, de acordo com as confissões de seus supostos assassinos, muitos anos após o evento, seu corpo foi pesado e jogado no rio Leine. O filme foi baseado em grande parte em uma série de cartas de amor publicadas em "The love of an uncrowned Queen" (1900), que podem ou não ser falsificações. Enquanto filmava testes de tela como substituto de Stewart Granger (1913-1993), Sir Christopher Lee conseguiu um papel neste filme, mas a cena foi cortada, provavelmente porque os dois atores eram muito parecidos.
Prólogo dos créditos de abertura: de uma Alemanha que era então um conjunto de Estados pequenos e independentes, George Louis de Hanover sucedeu ao trono da Inglaterra. Como Rei George Primeiro, ele deixou para trás uma prisioneira no Castelo de Ahlden - uma mulher cujo nome ele tentou apagar das páginas da história, cuja história ele determinou que deveria morrer com ela. Era a história da mulher que foi sua esposa... Sophie Dorothea. Epílogo final dos créditos: Sophie Dorothea, Nascida em Celle..... 15 de setembro. 1666; Esposa do Rei George l da Inglaterra e mãe do Rei George ll; morreu em em Ahlden... 13 de novembro. 1726
Idílio Perigoso
3.8 4Suspense romântico noir da RKO Radio Pictures indicado ao Oscar de melhor direção de arte em preto e branco. O filme foi baseado no romance homônimo de 1943, de Margaret Carpenter (1893-1987), ambientado na virada do século XX.
O título é uma variação comum de uma frase de Hipócrates, o pai grego da medicina: "A vida é curta, a arte é longa, a decisão difícil e a experiência perigosa." A frase é recitada por Nick Bederaux no filme. Este foi o último filme de Ruth Eddings (1908-1995) em papel não creditado. Destaque para a beleza de Hedy Lamarr (1914-2000).
Com sua experiência anterior na direção de thrillers e filmes de terror, o diretor francês Jacques Tourneur (1904-1977) preenche a estória com inúmeros pequenos detalhes misteriosos que criam uma atmosfera mais sutil e sombria. Thriller altamente atmosférico que funciona como um quebra-cabeça narrativo a ser resolvido, mas como um aspecto irredutível da experiência humana, mesmo que as vezes um pouco confuso.
César e Cleópatra
3.3 13Produção inglesa em Technicolor da Gabriel Pascal Productions, Independent Producers e United Artists indicada ao Oscar de melhor direção de arte; no Festival de Cinema de Cannes, foi nomeado ao Grande Prêmio do Festival. O filme foi adaptado da peça homônima de 1901 do irlandês George Bernard Shaw (1856-1950). Algumas cenas foram dirigidas por Brian Desmond Hurst (1895-1986), que não recebeu nenhum crédito formal.
Este drama romântico biográfico de guerra teve outras versões: a produção brasileira e série de TV César e Cleópatra (56), 2 filmes feitos para a TV, a produção alemã Caesar und Cleopatra (64) e a produção inglesa Caesar and Cleopatra (76), além da produção canadense Caesar and Cleopatra (09).
O papel de Júlio César foi originalmente oferecido a Sir John Gielgud, que recusou, porque detestava o diretor austro-húngaro Gabriel Pascal (1894-1954). Pascal, que era produtor, só dirigiu 2 filmes em sua carreira, foi ao Egito coletar areia para conseguir a cor certa. Claude Rains (1889-1967) fez história ao ser o primeiro ator a receber um salário de 1 milhão de dólares para interpretar Júlio César neste filme. Esta foi a única aparição na tela de Anthony Harvey (1930-2017), de 15 anos, que se tornou um aclamado editor e posteriormente diretor. Ele ficou mais conhecido por dirigir O leão no inverno (68), outro romance histórico baseado em uma peça. Durante as filmagens, Vivien Leigh (1913-1967) teve um aborto espontâneo, o que atrasou a produção em 5 semanas.
Mesmo tendo sido um fracasso de bilheteria e defenestrado por boa parte da crítica mundial, não achei tão ruim assim. Uma história de ótima aparência e bem executado que glorifica a escravidão, o imperialismo e a ditadura benigna. Dois famosos atores aparecem em participações especiais: Roger Moore (1927-2017) numa ponta como soldado romano e Jean Simmons (1929-2010) como uma harpista.
A Indomável
3.7 9Faroeste dramático em preto e branco da Universal Pictures indicado ao Oscar de melhor direção de arte. O filme foi adaptado para as telas por Lawrence Hazard (1897-1959) do romance de Rex Beach (1877-1949) de 1906 com o mesmo nome. A Universal emprestou o diretor Ray Enright (1896-1965) da Warner Bros. Esta foi a 4° de 5 versões cinematográficas do romance de Rex Beach.
Outras versões: os mudos The Spoilers (14) e The Spoilers (23), além de Inferno dourado (30) e Rastros da corrupção (55). Houve tensões entre Randolph Scott (1898-1987) e John Wayne (1907-1979) durante as filmagens. A luta climática na parte final foi uma das mais longas do cinema e dura pouco menos de 4 minutos. De acordo com o relatório de continuidade do estúdio, a cena da luta levou 5 dias para ser tramada e filmada. Único filme em que John Wayne aparece com blackface e único filme em que ele aparece com roupas femininas. Último filme de Richard Barthelmess (1895-1963).
Prólogo: "Esta é uma história do Norte congelado quando não apenas não estava congelado - mas chegou gloriosamente perto de ser um ponto quente. Nome 1900"
Boêmio Encantador
4.0 30Comédia romântica em preto e branco da Columbia Pictures indicada ao Oscar de melhor direção de arte. O filme foi adaptado por Donald Ogden Stewart (1894-1980) e Sidney Buchman (1902-1975) da peça homônima de 1928 de Philip Barry (1896-1949). Este filme é uma refilmagem de Holiday (30).
Cary Grant (1904-1986) realizou suas próprias acrobacias. Antes de se tornar ator, fez parte de uma trupe acrobática de vaudeville. Edward Everett Horton (1886-1970) repetiu o papel de Nick Potter, que também interpretou na versão anterior do filme Holiday (30). O 3° de 4 filmes que juntaram Cary Grant e Katharine Hepburn (1907-2003). Os outros 3 foram: Vivendo em dúvida (35), Levada da breca (38) e Núpcias de escândalo (40). Último longa-metragem de Jean Dixon (1893-1981) e Marion Ballou (1870-1939).
Esta comédia de costumes sugere que a felicidade pode ser encontrada na liberdade, longe da riqueza perniciosa da alta sociedade - mas é também um pouco ingénua, reduzindo a complexidade dos seus temas a questões de certo e errado, ao mesmo tempo que termina com uma resolução fácil e previsível. Há, também, um toque de melancolia que aprofunda ainda mais as conexões emocionais.
O Prisioneiro de Zenda
3.6 3Aventura de mistério e romance em Technicolor da MGM e Loew's Inc. que é uma versão cinematográfica do romance homônimo de 1894 de Anthony Hope (1863-1933) e Edward Rose (1849-1904) e uma refilmagem da versão sonora de 1937 e do mudo de 1922. A trama deste filme se passa em junho de 1897.
Outras versões: os mudos The prisoner of Zenda (13), a produção inglesa The prisoner of Zenda (15) e O prisioneiro de Zenda (22), além dos sonoros, a série de TV inglesa Rupert of Hentzau (64), O prisioneiro de Zenda (79), a minissérie de televisão inglesa The prisoner of Zenda (84), a animação australiana O prisioneiro de Zenda (1988), e o filme feito para a TV The prisoner of Zenda, Inc. (96).
Lewis Stone (1879-1953) já interpretou Rudolf Rassendyll e o Rei Rudolf V da Ruritânia em O prisioneiro de Zenda (22). A partitura desta versão era uma adaptação daquela composta por Alfred Newman (1900-1970) para a versão de 1937. Esta foi a montagem mais cara (e financeiramente bem-sucedida) das 8 versões cinematográficas deste material feitas desde que foi levado às telas. O nome do país fictício Ruritânia nunca é mencionado no filme, mas pode ser visto em um pôster na estação ferroviária. Este filme de 1952 não é apenas mais uma adaptação, mas um remake plano por plano com alterações mínimas no roteiro em relação a O prisioneiro de Zenda (37)
Prólogo dos créditos de abertura: Perto do final do século passado, quando a História ainda usava uma Rosa e a Política ainda não havia superado a Valsa, um Grande Escândalo Real foi sussurrado nas antessalas da Europa. Por mais verdade que fosse, qualquer semelhança em O PRISIONEIRO DE ZENDA com heróis, vilões ou heroínas, vivos ou mortos, é uma coincidência não intencional...
Maria Valewska
3.8 8Drama romântico de mistério em preto e branco da MGM indicado a 2 estatuetas no Oscar: melhor ator, Charles Boyer (1899-1978), e melhor direção de arte. Também conhecido como "O romance de Madame Walewska", o filme foi baseado na obra de 1933 "Pani Walewska", do polonês Wacław Gąsiorowski (1869-1939). O diretor tcheco Gustav Machatý (1901-1963) assumiu parte da direção mas não foi creditado. Helen Jerome (peça)
Este filme perdeu mais dinheiro para a MGM do que qualquer outro filme durante o período de 1920 a 1949. De todos os seus muitos diretores de cinema, pode-se supor que Clarence Brown (1890-1987) era o favorito de Greta Garbo (1905-1990), aqui em seu antepenúltimo filme. Realizaram 7 filmes juntos nos 11 anos entre o 1°, A carne e o diabo (26), e o último, O romance de Madame Walewska (37). Último filme de Lois Meredith (1890-1967).
Este melodrama histórico pode até não estar entre os melhores trabalhos do diretor Brown, mas não deixa de ser uma história curiosa e interessante, em mais um dos romances entre o icônico Napoleão Bonaparte e sua jovem amada polonesa Marie Walewska. Os figurinos se destacam durante o cenário do salão de baile até o cenário ricamente detalhado e seu estilo elegante - compensam bastante qualquer clichê romântico e a trama um pouco lenta.
O Mundo Depois de Nós
3.2 901 Assista AgoraDrama de mistério e suspense psicológico e apocalíptico da Esmail Corp., Higher Ground Productions, Netflix Studios e Red Om Films. O filme foi baseado no romance homônimo de 2020 de Rumaan Alam, originário de Bangladesh. O ex-presidente americano Barack Obama e sua esposa e Michele Obama atuam como produtores executivos deste filme. Recebeu críticas geralmente positivas dos críticos especializados.
Denzel Washington foi escalado, mas desistiu e foi substituído por Mahershala Ali. A atriz Julia Roberts e sua filha Farrah Mackenzie realmente se uniram ao fazer o filme. Julia Roberts e Kevin Bacon já apareceram juntos em Linha mortal (90). A estréia no cinema do ator e músico Charlie Evans.
Uma descida de mais de 2 horas ao caos que é convincente e totalmente aterrorizante. Uma estória que nos prende do início ao fim de forma imprevisível. Um dos melhores filmes do ano, sem dúvida, irá desencadear muitas conversas. Um intrigante e surpreendente thriller a la Shyamalan, lembrando muito seus filmes estranhos, por ser impressionantemente perturbador com coisas a dizer sobre raça, tecnologia e teorias da conspiração. Um thriller apocalíptico complexo que é ameaçador e pessimista, mas também instigante e divertido.
O que estaria acontecendo com aqueles vários cervos na floresta? Queriam avisar alguma coisa? E aquela revoada de pássaros passando pelo bosque, além daqueles flamingos, de uma hora para outra, invadindo a piscina da casa? Obs: aquela mordida que o jovem Archie o levou a perder alguns de seus dentes ficou por isso mesmo e nada foi resolvido. E o que dizer da esposa de G.H. Scott, que voltaria de viagem de avião e nada ficaram sabendo de seu paradeiro. Mesmo com algumas situações não explicadas, o filme tem mais aspectos positivos e instigantes do que o contrário.
A Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets
3.4 236 Assista AgoraCo-produção anglo-franco-estadunidense que é uma animação em stop-motion de aventura e comédia da Aardman Animations, Netflix Animation e Pathé indicado ao BAFTA de melhor longa-metragem de animação. O diretor Sam Fell é o mesmo de Por água abaixo (06) e ParaNorman (12).
Nenhum dos personagens humanos fica surpreso ao ouvir as galinhas falarem. O 1° filme da Aardman da década de 20. Lynn Ferguson, Jane Horrocks, Imelda Staunton e Miranda Richardson são os únicos atores do 1° filme, reprisando seus papéis como Mac, Babs Bunty e Sra. Tweedy. A 2° sequência da Aardman, depois de Shaun, o carneiro: O filme – A fazenda contra-ataca (19). Foi a 1° sequência de um filme da DreamWorks Animation sem o envolvimento do referido estúdio.
Mesmo tendo sido feito mais de 20 anos após o original, me parece que a fórmula já veio se desgastando um pouco e nem sei se novas sequências vão aguentar o ritmo destes personagens. Por mim, que pare logo nesse 2° exemplar. Um roteiro básico em estrutura, previsível no que se passa. Um agradável exercício de animação que pode ter mais ou menos interesse, mas que não incomodará ninguém.
Zona de Interesse
3.6 612 Assista AgoraCo-produção anglo-polonesa-estadunidense indicada a 5 categorias no Oscar: melhor filme, melhor diretor, melhor filme internacional, melhor roteiro adaptado e melhor som; no Globo de Ouro, mais 3 nomeações: melhor filme de drama, melhor filme em língua não inglesa e melhor trilha sonora original; no Festival de Cinema de Cannes, mais 5 indicações: incluindo a Palma de Ouro de melhor filme e o Grande Prêmio do Festival.
Este drama de guerra foi filmado em Auschwitz, Oswiecim e Malopolskie, na Polônia. O inglês Sir Martin Amis (1949-2023), autor do romance original homônimo de 2014, morreu em 19 de maio de 2023, mesmo dia em que o filme teve sua estréia mundial no Festival de Cinema de Cannes. O cão da família no filme foi interpretado pelo cachorro de estimação de Sandra Hüller. Este foi o primeiro filme do diretor Jonathan Glazer em língua não inglesa.
Demorei tanto pra ver esse filme e agora que consegui, me senti totalmente decepcionado com sua proposta. Dos indicados a melhor filme no ano, este e "Barbie", pra mim, foram os piores filmes. Prefiro ver aqueles documentários dos anos 40 falando e mostrando realisticamente os horrores do Holocausto do que este filme simplório que parece que não sai do lugar e é bem superficial. Jonathan Glazer evitou deliberadamente os horrores mais familiares do Holocausto para mostrar mais uma camada de desumanidade.
Birds Do It, Bees Do It
3.5 1Documentário da Columbia Pictures, Romax Productions e Wolper Pictures indicado ao Oscar de melhor trilha sonora original; no Globo de Ouro, foi nomeado a melhor documentário. Foi dirigido por Nicolas Noxon (1936-2016) - um membro regular da equipe dos primeiros especiais de televisão da National Geographic - em parceria com Irwin Rosten (1924-2010).
O filme foi exibido no Festival de Cinema de Cannes de 1974, mas não entrou na competição principal. O documentário elucidativo cobre os rituais de acasalamento e a sexualidade no reino animal. mostrando a reprodução entre eles, desde os de tamanho microscópico, aves, peixes, diversas espécies de répteis, mamíferos silvestres e selvagens, até entre os elefantes. Graças às cenas de cópula, o filme foi comercializado com o slogan "Tão real que nunca será exibido na TV".
Tchaikovski
3.8 2Produção soviética da Mosfilm indicada a 2 estatuetas no Oscar: melhor filme estrangeiro e melhor trilha sonora original; no Globo de Ouro, foi nomeado a melhor filme de língua não inglesa. Drama biográfico sobre o famoso compositor russo Pyotr Ilyich Tchaikovsky.(1840-1893). Este filme é uma refilmagem da produção alemã Noite de baile (39); ainda teve o curta Heavenly music (43), o inglês Delírio de amor (71) e a minissérie de televisão inglesa Tchaikovsky (07).
Filme dedicado ao grande compositor russo. A história centra-se nos últimos 20 anos da sua vida, nos quais se tece a amizade com a Baronesa Von Meck, uma mulher excepcional do seu tempo que durante muitos anos foi o anjo da guarda de Tchaikovsky. O filme também traz uma retrospectiva da infância e adolescência do compositor. Uma vida contada poeticamente tendo como pano de fundo fragmentos de suas óperas e composições de balé interpretadas pelos melhores músicos russos.
Filme biográfico episódico e impressionista de um artista que é um pouco melhor do que a maioria, que raramente exibe muito talento artístico. Há as tradicionais músicas clássicas do compositor, algumas óperas e um concerto dirigido pelo próprio retratado dias antes de sua morte. O ritmo é lento mas não é cansativo ou monótono. O compositor hollywoodiano Dmitri Tiomkin (1894-1979) fez o arranjo da música para "Tchaikovsky" e do próprio filme.
Cristóvão Colombo - A Aventura do Descobrimento
2.6 7Co-produção anglo-hispano-estadunidense da Christopher Columbus Productions, Quinto Centenario e Warner Bros., que é um drama de aventura biográfico baseado na estória de Mario Puzo (1920-1999). No Framboesa de Ouro, foi indicado em 6 categorias: pior filme, pior diretor, pior ator coadjuvante, Marlon Brando (1924-2004), pior roteiro, e pior nova estrela, George Corraface, vencendo o de pior ator, Tom Selleck. Selleck recebeu seu prêmio em um gesto surpresa de Chevy Chase no The Chevy Chase Show (93). Ao receber aplausos pela homenagem, Selleck pediu ao público “Em vez de aplausos, coloque a língua entre os lábios e me dê a framboesa”. Para deleite dele e de Chase, o público agradeceu.
Outros 15 filmes foram feitos, baseados no mesmo personagem central: 7 longas, 2 séries de TV, 2 minisséries de televisão, 1 filme para TV, 1 episódio para a TV, 1 curta e 1 videogame. Foi alegado que o elenco e a equipe técnica deste filme não receberam nenhum salário devido a problemas de financiamento. Este projeto foi desenvolvido simultaneamente com 1492: A Conquista do Paraíso (92), de Ridley Scott, a ser lançado a tempo do 500º aniversário da descoberta da América por Colombo. Este foi o último filme cinematográfico de Michael Gothard (1939-1992), que cometeu um suicídio por enforcamento.
Mesmo aparecendo nos créditos como um dos atores principais, Marlon Brando teve uma participação pequena e discreta. Ele ficou tão incomodado com o filme na época que não queria que seu nome estivesse nos créditos após recusarem dele algumas mudanças no roteiro. Não é politicamente correto. Também não é cinematicamente correto, humanamente correto ou historicamente correto. Apesar de ter sido um fracasso de crítica e público, confesso que me diverti um pouco.