Um filme consistente sobre (in)evitáveis perdas e suas consequências. O retorno ao passado pode desenterrar memórias dolorosas, mas importantes o suficiente para persistirem na cabeça de Lee Chandler (Casey Affleck), um homem de meia idade com pouco a dizer. Conforme acompanhamos os acontecimentos das várias fases de sua vida, nos tornamos compreensivos com sua personalidade acetosa e abraçamos uma fragilidade que inclusive nós mesmos estamos sujeitos.
Manchester By The Sea não é só realista na construção de seus personagens, mas também na forma com que eles expressam suas dores e anseios. Casey Affleck entrega uma performance consistente e verdadeira o suficiente para lhe render uma indicação ao Oscar de Melhor Ator, e sua química com Lucas Hedges no papel de Patrick Chandler funciona perfeitamente e agrega ainda mais ao resultado final.
Os laços e conexões pessoais bem estabelecidos pelo roteiro fazem as duas horas de exibição passarem voando. Vale destacar a presença de Michelle Williams, que apesar do pouco tempo na tela, mostrou um trabalho classudo de atuação.
Todos esses elementos unidos a excelente ambientação de uma cidade pacata, resultam em um filme simples, mas preenchido de situações e questionamentos importantes para qualquer um que se considere humano.
Repo Man é uma das bagunças mais engraçadas que eu já assisti, e é esse catado que deixa a receita final tão interessante.
O filme conta a história de Otto, um jovem que simplesmente caga e anda para tudo que se possa considerar uma responsabilidade. Após mandar o chefe se fuder e ser demitido da melhor maneira possível (se é que isso existe), ele começa uma nova vida profissional como recuperador, pessoas encarregadas de recuperar veículos de devedores.
Completamente consciente da sua breguice e estilo de humor, Repo Man vai se transformando em uma viagem que envolve punks, ET’S, mecânicos cósmicos e a CIA. Desistiu? Tomara que não. Porque o próprio enredo já proporciona cenários bizarros o suficiente pra me fazer rir só de lembrar. Apesar de o ritmo sofrer em algumas sequencias, é uma comedia que com certeza tem seu valor.
Com uma fotografia simples, mas com escolhas inteligentes na estética e no uso das cores, Do The Right Thing é um filme mais atual do que nunca, perfeito pra mostrar para aquele seu tio que tem sonhos molhados com higienização social.
Nova York. A voz do locutor da rádio Amor cumpre bem o seu papel, penetrando os ouvidos dos cidadãos recém despertos em um dia quente no bairro do Brooklyn. O calor parece inquietar os corpos em descanso, e logo as ruas vão se preenchendo com diferentes cores e sons. Sal, um homem com aspecto durão, encara a fachada de sua pizzaria acompanhado de seus filhos Vito e Pino. Ali perto, o entregador Mookie conta cuidadosamente suas economias antes de se dirigir ao seu local de trabalho.
Nada de especial, certo? Errado. Pois um dos grandes méritos de “Do The Right Thing” é exatamente a combinação certeira entre ambientação competente e ótimos personagens. Nesse filme de 1989, o diretor Spike Lee nos convida para um dia em um bairro saciado com diversidade, territorialismo e sonhos. Mas não é um dia qualquer. A onda de calor já é uma realidade, e ao mesmo tempo em que o incomodo é perceptível nas expressões, o temperamento dos personagens parece ser um reflexo da temperatura de seus corpos.
Como parte de uma critica altamente expositiva e sempre necessária, o racismo e a xenofobia tornam-se pivôs de uma explosão social com graves consequências. O que mais me agrada nas decisões de Spike Lee, é que praticamente nenhum personagem escapa de vestir a viseira do preconceito, seja por raiva, por um estigma do passado, ou por uma situação a primeira vista inofensiva, mas que como um gigante botão vermelho implorando para não ser pressionado, pode impulsionar acontecimentos incontroláveis até para os mais sábios.
O prefeito, Radio Raheem, Dono do Amor, Sal eu poderia ficar horas falando sobre essas personalidades, mas pra que ficar contando o que o filme tem de melhor? A trilha sonora também estabelece um diálogo, e Fight The Power do Public Enemy parece não enjoar. Lutar contra o poder são as palavras que servem como combustível tanto para o espectador, quanto para os personagens, e isso é essencial para entender a verdadeira importância desse filme.
Com uma fotografia simples, mas com escolhas inteligentes na estética e no uso das cores, Do The Right Thing é um filme mais atual do que nunca, perfeito pra mostrar para aquele seu tio que tem sonhos molhados com higienização social.
O choque passional e toxico entre Dia e Steve é como um acidente feio acontecendo na sua frente: É desconfortável, mas você não consegue parar de olhar.
Mommy é um filme que conta a história de Dia, uma viúva com a tarefa nada fácil de criar seu filho adolescente Steve, dono de uma mente castigada pela morte prematura do pai, e recém chegado de um longo período em uma clinica psiquiátrica. O filme oferece um olhar intimo em uma relação de mãe e filho que é cativante o suficiente pra te tornar refém das lentes do diretor Xavier Dolan logo nos primeiros minutos.
A naturalidade das atuações não só convence, como também se mostra capaz de chocar o espectador desavisado através dos diálogos pouco convencionais para esse estilo de história. O choque passional e toxico entre Dia e Steve é como um acidente feio acontecendo na sua frente: É desconfortável, mas você não consegue parar de olhar.
Dolan demonstrou pouca preocupação com padrões estéticos comuns ao filmar grande parte da obra em uma proporção de 1:1, característica que pode parecer pretensiosa para alguns, mas que pra mim foi um acerto corajoso quando percebemos as motivações por trás dessa decisão. E nem por isso a fotografia sofre, ja que com o uso inteligente dos enquadramentos o resultado não parece vazio e muito menos incomodo de assistir.
Decisões artísticas a parte, quem rouba a cena mesmo são as atuações de Anne Dorval e Antoine-Olivier Pilon. Demonstrando um entendimento ímpar do que significa atuar, a dupla nos entrega personagens carismáticos, naturais, e o mais importante: humanos.O olhar infantil de Steve em estado de metamorfose, tornando-se enraivecido ao encarar sua mãe, assustada, perdida, lentamente cedendo.
Em um filme com grande foco no desenvolvimento dos personagens, é engraçado perceber que suas expressões fazem grande parte do trabalho. Tratando-se de trilha sonora, é um ponto que agradou muita gente, mas no meu caso eu achei apenas ok. Não me entendam errado, as cenas da dança de Steve e do Karaoke são essenciais para o resultado final, e as músicas escolhidas para outras cenas não são nem de longe ruins, mas tenho a impressão de que teve um apelo mais forte pra quem realmente já gostava dessas músicas antes.
De toda forma, Mommy é uma experiencia unica e tudo o que dizem por aí!
Eu gostei. A construção da ligação entre o grupo é feita de forma bem interessante, os mistérios são bem dosados e o capricho na fotografia é notável. Achei a maioria das atuações competentes (não lembro de ter me incomodado com alguém), e os diálogos bem cadenciados para um bom entendimento da questão espiritual e principalmente das sensações da Praire.
Apesar de a história se desgastar bastante e tomar decisões que na minha opinião poderiam ser trabalhadas de maneira mais criativa, vale a pena conferir até pelo tema central (Experiencia de Quase-Morte) e os mistérios que rodeiam esse assunto em especifico.
O tipo de documentário que te tira da zona de conforto não só pelas questões sociais, mas pelos personagens que habitam a cidade de Flint. Enquanto uns pagam o preço da ganancia corporativa, outros são apenas caricaturas treinadas para manter sua imagem publica, e é claro, seu emprego.
Mesmo inexperiente e de certa forma arrogante, Michael Moore ainda consegue entregar um panorama da decadência econômica de um lugar que até hoje sofre com as consequências do que foi apresentado no filme. Recomendo bastante.
The General não é exatamente um filme: é uma dança. Uma dança que tem cada movimento calculado e aperfeiçoado, e que aproveita cada elemento disponível pra atingir o resultado desejado em suas cenas. É também uma aula de precisão e criatividade, um pega-pega brilhantemente filmado.
Buster Keaton desliza pelo cenário como se ele fosse parte do seu corpo, enquanto suas expressões (e até mesmo a falta delas) se encarregam de dizer o necessário. E que trilha sonora!
Me pergunto se existe algo tão passional quanto uma comedia muda...
Acabei de assistir ontem e minha opinião é: Não é ruim, mas poderia ser melhor.
Já citei alguns dos problemas que me incomodaram em um comentário anterior como a artificialidade perceptível na ambientação e nas atuações. O pessoal que não aceita críticas as vezes não entende que ter um conteúdo bom não salva um produto final com cara de amador, e essa foi realmente a impressão que ficou (na minha opinião). Talvez o orçamento não permitiu algo mais complexo nesses termos, mas espero que em uma segunda temporada eles tenham um pouco mais de capricho com os personagens e que foquem em nos proporcionar maior imersão nesse universo criado.
Por enquanto vi até o 6º episodio e não gostei de algumas atuações e da ambientação.
João Miguel ta muito bem como era esperado, mas fora ele o único que se destacou na minha opinião foi o ator que faz o Rafael. Cade a naturalidade nos diálogos? Ja o problema da ambientação é não ser imersiva o suficiente, tipo, a todo momento eu pensava: "Legal esse escritório que eles alugaram pra gravar as cenas do processo".
Quando acabar de assistir coloco minha opinião completa...
Punishment Park pode não ser sutil nas críticas que faz, mas é incrível saber que em 1971 fizeram um filme tão ousado tanto no formato como no conteúdo.
Na minha opinião foi a temporada mais fraca, o que não significa que foi ruim. Nessa eu achei que tava tudo muito na bandeja, as criticas foram entregues de forma muito mais acessível.
Sou muito mais fã do estilo sci-fi pesadão e denso que rolou nas duas primeiras. Mas ainda assim é uma serie acima da media, recomendo bastante!
Que acerto da Netflix! Uma serie que não precisa se sabotar ou emburrecer seus personagens pra entreter, com escolhas maduras no roteiro e na direção (simplicidade não é defeito) e referencias de sobra pra galera que cresceu nos anos 80/90. Tem gente que achou muito infantil? Pra mim é o contrario, achei mais corajosa e menos enlatada do que muita serie por aí.
Com todo respeito a galerinha do "ainn, não precisa ser 100% igual aos quadrinhos", mas descaracterizar uma obra como Preacher é praticamente tirar a alma de todo aquele universo. Um universo onde o desfigurado vira piada, onde caipiras racistas e homofóbicos são colocados em seus devidos lugares, onde o bizarro é explorado de forma microscópica, onde o "herói" não tem medo de ser o vilão.
Garth Ennis (o criador) ta aprovando e achando tudo legal? No fim das contas ele merece esse destaque que a obra está recebendo, mas como fã, me dói ver o que poderia ter sido nas mãos das pessoas certas (HBO, Netflix, estou olhando pra vcs)
Que tapa na cara do sonho hollywoodiano. Coitados desses moleques... até achei esquisito não encontrar legendas em nenhum lugar, esse documentário é importantíssimo pra desmantelar essa "invisibilidade" da pedofilia na industria dos filmes.
Fiz um comentário meio duro no piloto, mas deixando claro que esperaria o desfecho antes de dar um veredito, e valeu a pena: Vinyl é uma serie boa pra caralho.
Coisas que eu tinha criticado, como a falta de carisma dos personagens secundários e as adaptações dos rockstars, melhoraram bastante ao longo da temporada.
Julie, Zak e Lester cresceram bastante como personagens e o mestre Bobby Cannavale (que alias, ja tinha destruido em Boardwalk Empire) não decepcionou e deu aula em todos os episódios, inclusive com dancinha MOJOGROOVE após dar um tirão no banheiro.
Scorsese, Bobby Cannavale + Rock Classico e Blues. Tem todos os ingredientes pra me fazer virar um grande fã da serie, mas infelizmente achei o piloto meio fraco. É questão de gosto pessoal, mas não gostei do formato que a história ta sendo apresentada, os flashbacks/uso de time skip.
Também faço ressalvas a algumas atuações. Achei que faltou carisma em alguns personagens, como por exemplo a assistente da gravadora, ou até mesmo os parceiros do Richie. O que tem mais personalidade é aquele advogado que só fala merda nas horas erradas...
Maybe you lacked grit. I see you, running through the trees. You’re small. The trees are like…giants. Men are chasing you…You step out the trees. You ain’t that fast. Aw, son. They kill you. They shoot ya to pieces
Só deviam lançar com a certeza de uma classificação +16. Se for pra ficar censurando é melhor nem adaptar. Sei que a AMC é canal a cabo, mas até aí censuraram bastante de TWD...será que vão ter cu pra colocar as personalidades bizarras de Preacher no ar? To ansioso pra ver o que vai sair...
Esse filme é simplesmente sensacional. Vi pela segunda vez hoje e não da pra não sentir raiva do Eli, o cara é ganancioso, esperto, mas não supera Plainview, um cara frio, focado. E nem por isso eu o odeio. Vai entender?
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraUm filme simples, mas preenchido de situações e questionamentos importantes para qualquer um que se considere humano.
Review completo:
Um filme consistente sobre (in)evitáveis perdas e suas consequências. O retorno ao passado pode desenterrar memórias dolorosas, mas importantes o suficiente para persistirem na cabeça de Lee Chandler (Casey Affleck), um homem de meia idade com pouco a dizer. Conforme acompanhamos os acontecimentos das várias fases de sua vida, nos tornamos compreensivos com sua personalidade acetosa e abraçamos uma fragilidade que inclusive nós mesmos estamos sujeitos.
Manchester By The Sea não é só realista na construção de seus personagens, mas também na forma com que eles expressam suas dores e anseios. Casey Affleck entrega uma performance consistente e verdadeira o suficiente para lhe render uma indicação ao Oscar de Melhor Ator, e sua química com Lucas Hedges no papel de Patrick Chandler funciona perfeitamente e agrega ainda mais ao resultado final.
Os laços e conexões pessoais bem estabelecidos pelo roteiro fazem as duas horas de exibição passarem voando. Vale destacar a presença de Michelle Williams, que apesar do pouco tempo na tela, mostrou um trabalho classudo de atuação.
Todos esses elementos unidos a excelente ambientação de uma cidade pacata, resultam em um filme simples, mas preenchido de situações e questionamentos importantes para qualquer um que se considere humano.
Repo Man: A Onda Punk
3.3 94 Assista Agora“Yeah, Let’s eat sushi and not pay!”
Review:
Repo Man é uma das bagunças mais engraçadas que eu já assisti, e é esse catado que deixa a receita final tão interessante.
O filme conta a história de Otto, um jovem que simplesmente caga e anda para tudo que se possa considerar uma responsabilidade. Após mandar o chefe se fuder e ser demitido da melhor maneira possível (se é que isso existe), ele começa uma nova vida profissional como recuperador, pessoas encarregadas de recuperar veículos de devedores.
Completamente consciente da sua breguice e estilo de humor, Repo Man vai se transformando em uma viagem que envolve punks, ET’S, mecânicos cósmicos e a CIA. Desistiu? Tomara que não. Porque o próprio enredo já proporciona cenários bizarros o suficiente pra me fazer rir só de lembrar. Apesar de o ritmo sofrer em algumas sequencias, é uma comedia que com certeza tem seu valor.
"Yeah, Let’s eat sushi and not pay!”
Faça a Coisa Certa
4.2 398Com uma fotografia simples, mas com escolhas inteligentes na estética e no uso das cores, Do The Right Thing é um filme mais atual do que nunca, perfeito pra mostrar para aquele seu tio que tem sonhos molhados com higienização social.
Review Completo:
Nova York. A voz do locutor da rádio Amor cumpre bem o seu papel, penetrando os ouvidos dos cidadãos recém despertos em um dia quente no bairro do Brooklyn. O calor parece inquietar os corpos em descanso, e logo as ruas vão se preenchendo com diferentes cores e sons. Sal, um homem com aspecto durão, encara a fachada de sua pizzaria acompanhado de seus filhos Vito e Pino. Ali perto, o entregador Mookie conta cuidadosamente suas economias antes de se dirigir ao seu local de trabalho.
Nada de especial, certo? Errado. Pois um dos grandes méritos de “Do The Right Thing” é exatamente a combinação certeira entre ambientação competente e ótimos personagens. Nesse filme de 1989, o diretor Spike Lee nos convida para um dia em um bairro saciado com diversidade, territorialismo e sonhos. Mas não é um dia qualquer. A onda de calor já é uma realidade, e ao mesmo tempo em que o incomodo é perceptível nas expressões, o temperamento dos personagens parece ser um reflexo da temperatura de seus corpos.
Como parte de uma critica altamente expositiva e sempre necessária, o racismo e a xenofobia tornam-se pivôs de uma explosão social com graves consequências. O que mais me agrada nas decisões de Spike Lee, é que praticamente nenhum personagem escapa de vestir a viseira do preconceito, seja por raiva, por um estigma do passado, ou por uma situação a primeira vista inofensiva, mas que como um gigante botão vermelho implorando para não ser pressionado, pode impulsionar acontecimentos incontroláveis até para os mais sábios.
O prefeito, Radio Raheem, Dono do Amor, Sal eu poderia ficar horas falando sobre essas personalidades, mas pra que ficar contando o que o filme tem de melhor? A trilha sonora também estabelece um diálogo, e Fight The Power do Public Enemy parece não enjoar. Lutar contra o poder são as palavras que servem como combustível tanto para o espectador, quanto para os personagens, e isso é essencial para entender a verdadeira importância desse filme.
Com uma fotografia simples, mas com escolhas inteligentes na estética e no uso das cores, Do The Right Thing é um filme mais atual do que nunca, perfeito pra mostrar para aquele seu tio que tem sonhos molhados com higienização social.
Mommy
4.3 1,2K Assista AgoraO choque passional e toxico entre Dia e Steve é como um acidente feio acontecendo na sua frente: É desconfortável, mas você não consegue parar de olhar.
Mommy é um filme que conta a história de Dia, uma viúva com a tarefa nada fácil de criar seu filho adolescente Steve, dono de uma mente castigada pela morte prematura do pai, e recém chegado de um longo período em uma clinica psiquiátrica. O filme oferece um olhar intimo em uma relação de mãe e filho que é cativante o suficiente pra te tornar refém das lentes do diretor Xavier Dolan logo nos primeiros minutos.
A naturalidade das atuações não só convence, como também se mostra capaz de chocar o espectador desavisado através dos diálogos pouco convencionais para esse estilo de história. O choque passional e toxico entre Dia e Steve é como um acidente feio acontecendo na sua frente: É desconfortável, mas você não consegue parar de olhar.
Dolan demonstrou pouca preocupação com padrões estéticos comuns ao filmar grande parte da obra em uma proporção de 1:1, característica que pode parecer pretensiosa para alguns, mas que pra mim foi um acerto corajoso quando percebemos as motivações por trás dessa decisão. E nem por isso a fotografia sofre, ja que com o uso inteligente dos enquadramentos o resultado não parece vazio e muito menos incomodo de assistir.
Decisões artísticas a parte, quem rouba a cena mesmo são as atuações de Anne Dorval e Antoine-Olivier Pilon. Demonstrando um entendimento ímpar do que significa atuar, a dupla nos entrega personagens carismáticos, naturais, e o mais importante: humanos.O olhar infantil de Steve em estado de metamorfose, tornando-se enraivecido ao encarar sua mãe, assustada, perdida, lentamente cedendo.
Em um filme com grande foco no desenvolvimento dos personagens, é engraçado perceber que suas expressões fazem grande parte do trabalho. Tratando-se de trilha sonora, é um ponto que agradou muita gente, mas no meu caso eu achei apenas ok. Não me entendam errado, as cenas da dança de Steve e do Karaoke são essenciais para o resultado final, e as músicas escolhidas para outras cenas não são nem de longe ruins, mas tenho a impressão de que teve um apelo mais forte pra quem realmente já gostava dessas músicas antes.
De toda forma, Mommy é uma experiencia unica e tudo o que dizem por aí!
Nota Final: 4 Estrelas
The OA (Parte 1)
4.1 981 Assista AgoraEu gostei. A construção da ligação entre o grupo é feita de forma bem interessante, os mistérios são bem dosados e o capricho na fotografia é notável. Achei a maioria das atuações competentes (não lembro de ter me incomodado com alguém), e os diálogos bem cadenciados para um bom entendimento da questão espiritual e principalmente das sensações da Praire.
Apesar de a história se desgastar bastante e tomar decisões que na minha opinião poderiam ser trabalhadas de maneira mais criativa, vale a pena conferir até pelo tema central (Experiencia de Quase-Morte) e os mistérios que rodeiam esse assunto em especifico.
Roger e Eu
3.8 34 Assista AgoraO tipo de documentário que te tira da zona de conforto não só pelas questões sociais, mas pelos personagens que habitam a cidade de Flint. Enquanto uns pagam o preço da ganancia corporativa, outros são apenas caricaturas treinadas para manter sua imagem publica, e é claro, seu emprego.
Mesmo inexperiente e de certa forma arrogante, Michael Moore ainda consegue entregar um panorama da decadência econômica de um lugar que até hoje sofre com as consequências do que foi apresentado no filme. Recomendo bastante.
A General
4.4 175 Assista AgoraThe General não é exatamente um filme: é uma dança. Uma dança que tem cada movimento calculado e aperfeiçoado, e que aproveita cada elemento disponível pra atingir o resultado desejado em suas cenas. É também uma aula de precisão e criatividade, um pega-pega brilhantemente filmado.
Buster Keaton desliza pelo cenário como se ele fosse parte do seu corpo, enquanto suas expressões (e até mesmo a falta delas) se encarregam de dizer o necessário. E que trilha sonora!
Me pergunto se existe algo tão passional quanto uma comedia muda...
3% (1ª Temporada)
3.6 772 Assista AgoraAcabei de assistir ontem e minha opinião é: Não é ruim, mas poderia ser melhor.
Já citei alguns dos problemas que me incomodaram em um comentário anterior como a artificialidade perceptível na ambientação e nas atuações. O pessoal que não aceita críticas as vezes não entende que ter um conteúdo bom não salva um produto final com cara de amador, e essa foi realmente a impressão que ficou (na minha opinião). Talvez o orçamento não permitiu algo mais complexo nesses termos, mas espero que em uma segunda temporada eles tenham um pouco mais de capricho com os personagens e que foquem em nos proporcionar maior imersão nesse universo criado.
3% (1ª Temporada)
3.6 772 Assista AgoraPor enquanto vi até o 6º episodio e não gostei de algumas atuações e da ambientação.
João Miguel ta muito bem como era esperado, mas fora ele o único que se destacou na minha opinião foi o ator que faz o Rafael. Cade a naturalidade nos diálogos? Ja o problema da ambientação é não ser imersiva o suficiente, tipo, a todo momento eu pensava: "Legal esse escritório que eles alugaram pra gravar as cenas do processo".
Quando acabar de assistir coloco minha opinião completa...
Parque da Punição
4.3 18Punishment Park pode não ser sutil nas críticas que faz, mas é incrível saber que em 1971 fizeram um filme tão ousado tanto no formato como no conteúdo.
Black Mirror (3ª Temporada)
4.5 1,3K Assista AgoraNa minha opinião foi a temporada mais fraca, o que não significa que foi ruim. Nessa eu achei que tava tudo muito na bandeja, as criticas foram entregues de forma muito mais acessível.
Sou muito mais fã do estilo sci-fi pesadão e denso que rolou nas duas primeiras. Mas ainda assim é uma serie acima da media, recomendo bastante!
Stranger Things (1ª Temporada)
4.5 2,7K Assista AgoraQue acerto da Netflix! Uma serie que não precisa se sabotar ou emburrecer seus personagens pra entreter, com escolhas maduras no roteiro e na direção (simplicidade não é defeito) e referencias de sobra pra galera que cresceu nos anos 80/90. Tem gente que achou muito infantil? Pra mim é o contrario, achei mais corajosa e menos enlatada do que muita serie por aí.
Segunda temporada pode vir pra hj!
Vinyl (1ª Temporada)
4.1 145Cancelaram :(
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/06/hbo-cancela-2-temporada-de-vinyl-de-martin-scorsese-e-mick-jagger.html
Dizem que foi por causa da audiencia, mas tinha tudo pra melhorar mais ainda com o tempo...uma pena!
Preacher (1ª Temporada)
4.0 325Com todo respeito a galerinha do "ainn, não precisa ser 100% igual aos quadrinhos", mas descaracterizar uma obra como Preacher é praticamente tirar a alma de todo aquele universo. Um universo onde o desfigurado vira piada, onde caipiras racistas e homofóbicos são colocados em seus devidos lugares, onde o bizarro é explorado de forma microscópica, onde o "herói" não tem medo de ser o vilão.
Garth Ennis (o criador) ta aprovando e achando tudo legal? No fim das contas ele merece esse destaque que a obra está recebendo, mas como fã, me dói ver o que poderia ter sido nas mãos das pessoas certas (HBO, Netflix, estou olhando pra vcs)
An Open Secret
4.0 9Que tapa na cara do sonho hollywoodiano. Coitados desses moleques... até achei esquisito não encontrar legendas em nenhum lugar, esse documentário é importantíssimo pra desmantelar essa "invisibilidade" da pedofilia na industria dos filmes.
E tem uns até fazendo X-Men com budget de centenas de milhões nesse bolo...
Agora vejo como Elijah Wood foi corajoso com as recentes declarações que fez sobre o assunto.
Vinyl (1ª Temporada)
4.1 145Fiz um comentário meio duro no piloto, mas deixando claro que esperaria o desfecho antes de dar um veredito, e valeu a pena: Vinyl é uma serie boa pra caralho.
Coisas que eu tinha criticado, como a falta de carisma dos personagens secundários e as adaptações dos rockstars, melhoraram bastante ao longo da temporada.
Julie, Zak e Lester cresceram bastante como personagens e o mestre Bobby Cannavale (que alias, ja tinha destruido em Boardwalk Empire) não decepcionou e deu aula em todos os episódios, inclusive com dancinha MOJOGROOVE após dar um tirão no banheiro.
Aguardando a segunda.
Vinyl (1ª Temporada)
4.1 145Scorsese, Bobby Cannavale + Rock Classico e Blues. Tem todos os ingredientes pra me fazer virar um grande fã da serie, mas infelizmente achei o piloto meio fraco. É questão de gosto pessoal, mas não gostei do formato que a história ta sendo apresentada, os flashbacks/uso de time skip.
Também faço ressalvas a algumas atuações. Achei que faltou carisma em alguns personagens, como por exemplo a assistente da gravadora, ou até mesmo os parceiros do Richie. O que tem mais personalidade é aquele advogado que só fala merda nas horas erradas...
Vou nem falar da atuação do cara que fez o Robert Plant né? Deu vergonha.
Mas continuarei assistindo mesmo assim. O Bobby ta ótimo e ainda estamos no começo. Espero que melhore!
Preacher (1ª Temporada)
4.0 325"Ja avisei que vai dar merda isso..."
Steve Jobs
3.5 591 Assista AgoraDanny Boyle + Aaron Sorkin, só isso.
True Detective (2ª Temporada)
3.6 773Maybe you lacked grit. I see you, running through the trees. You’re small. The trees are like…giants. Men are chasing you…You step out the trees. You ain’t that fast. Aw, son. They kill you. They shoot ya to pieces
True Detective (2ª Temporada)
3.6 773O cara da alucinação da Bezzerides me lembrou o Bob de Twin Peaks.
Preacher (1ª Temporada)
4.0 325Só deviam lançar com a certeza de uma classificação +16. Se for pra ficar censurando é melhor nem adaptar. Sei que a AMC é canal a cabo, mas até aí censuraram bastante de TWD...será que vão ter cu pra colocar as personalidades bizarras de Preacher no ar? To ansioso pra ver o que vai sair...
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraE o DiCaprio ta envolvido. Pelo jeito vem coisa boa por ae!
http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2014/04/leonardo-dicaprio-estara-em-novo-filme-do-diretor-alejandro-inarritu.html
Sangue Negro
4.3 1,2K Assista AgoraEsse filme é simplesmente sensacional. Vi pela segunda vez hoje e não da pra não sentir raiva do Eli, o cara é ganancioso, esperto, mas não supera Plainview, um cara frio, focado. E nem por isso eu o odeio. Vai entender?
Isso é um filme meus amigos.