Vitor Farias

Poderia tranquilamente ser um episódio de Garth Marenghi's Darkplace. O que, pra mim, é um baita de um elogio.

Tava dando nada por esse aqui e fui absolutamente surpreendido. As pessoas subestimam muito pelo simples fato de ser uma produção de baixo orçamento, o que me revolta genuinamente toda vez. O fato é que existe uma direção muito sagaz aqui, e isso independe de qualquer tipo de equipamento - dinheiro nenhum compra. Na verdade eu diria até que talvez justamente por esse baixo orçamento, dá pra sentir algumas das decisões criativas na ponta da língua. É um sabor que só os filmes "baratos" têm. E esse aqui é saboroso e muito, muito assustador.

Esse aqui é bem cretino, e nem é sobre não ter nada a ver com os dois primeiros Demons (que aliás são ótimos), porque aparentemente nunca foi pra ter mesmo. O famoso golpe de marketing falso. O problema dele mesmo é só ser um filme que sai do nada e vai pra lugar nenhum.
Com mais de uma hora no ciclo mais repetitivo do universo, que consiste basicamente em ficar insistindo no mesmo tropo chatíssimo de mulher maluca/homem cético, até que alguma ação, e bem ruim diga-se de passagem, só acontece lá pros últimos 20 minutos. Do nada ao lugar nenhum.
A única coisa que realmente vale são as duas únicas músicas temas que se repetem durante o filme inteiro. São bem legais.