SEM SPOILERS Aqui, não levantarei comparações com o livro, até por encarar adaptações como obras que devem ser vistas à parte do material original. Afinal, ninguém leva em conta que Blade Runner é título de um livro, mas adapta um livro de outro cara, né? Duna sofre, ao longo de todo o filme, de um problema que vai irritar muita gente: Diálogos expositivos. Não são 1/2 dúzia ou 10. O filme todo é assim. E entendo que tenha sido necessário em alguns momentos; mas, em outros, a cena sequer precisaria existir, pra começo de conversa. Por exemplo, o filme tem 2h35min. Ao longo de 35min, somos apresentados à Família Atreides, ao contexto em que se encontram, ao protagonista, etc. Só que adivinha? Dava pra ter feito com 15min a menos sem que nada se perdesse. Quase tudo entraria organicamente no resto do filme. Só vejo 1 elemento como precisando ser apresentado de outro modo. E na boa? Não levaria 30s explicar de outra forma, que levou alguns minutos. Parece picuinha essa questão do tempo, mas teria economizado tempo pra não fazer o final abrupto que foi... E quando digo que o final de Duna foi abrupto, é porque foi tão abrupto, que lembra quando se está assistindo Sessão da Tarde e enfiam um comercial num momento em que o corte quebra o clima do filme. A diferença é que os comerciais durarão alguns anos. Daí minha implicância com tempo gasto. E, falando de quebra abrupta de imersão, em vários momentos, a trilha sonora simplesmente não se encaixa. Na tela, uma desgraça se desenrolando. No áudio, uma música remetendo a... um momento de glória? Isso ocorre em vários momentos da obra, quebrando legal a imersão. Outra coisa que quebra a imersão são os efeitos especiais... Não sou de implicar com isso, mas... Eles não são ruins. Eles são maravilhosos, sério mesmo... Exceto às vezes. Tem hora que os efeitos ficam horríveis, padrão série antiga do SyFy ou Doctor Who. Quebra a magia na hora. Porém, existem três pontos altíssimos que seguram a imersão no que é apresentado: - TODAS as atuações estão ótimas, sem exceção. - Existem alguns momentos em que a câmera mostra cenas apenas com tal propósito. - A trama instiga pra cacete a ver no que vai dar. Diversos personagens são muito cativantes, e eu gostaria de ter visto mais deles em vários momentos. O problema é que o diretor se empolgou com essa ideia e deixou ganchos desnecessários para spin-offs (o que tá pra rolar, diga-se de passagem). Outro ponto legal é terem focado mais na parte de Ficção Científica do que de Fantasia, propriamente dita, deste mundo, isso estruturalmente falando. Na prática, pro grande público, o filme anda num meio-termo intrigante. Legal a jogada feita. Duna rende várias easter eggs divertidas, mas MUITO sutis e que trabalham de modo eficiente no desenvolvimento da dinâmica dos personagens. Por exemplo, em certo ponto, o personagem de Oscar Isaac diz que gostaria de ter sido piloto, aludindo para o público a Star Wars. Outro ponto legal foi não terem se rendido à 'marvelização dos filmes'. E o que seria isso? Não enfiar uma piada a cada momento imaginável. A trama é bastante tensa e os personagens respondem de forma convincente a isso, mantendo o clima necessário para a obra funcionar bem. CONCLUSÃO: Duna funcionaria MUITO MELHOR como uma série que com orçamento de Game of Thrones. Como filme, não rola. Eu gostei, mas sabendo que é ruim. A ideia de claramente ser um Vol. 1 passou a mesma vibe de Lanterna Verde prometendo continuação ao fim, antes dos créditos.
Eu fico olhando esse elenco, cara, e pensando: Po, o Clube das Wynx deixará de ser sobre uma escola e será na fase da pós-graduação ou do mestrado, porque não é possível que esse bando de cavalona esteja interpretando adolescente.
Coisas que quero ver na adaptação de Duna, mesmo sabendo que não vão colocar lá: - Os habitantes de Arrakis comendo caca de verme gigante. - Crítica à idolatria de indivíduos, traçando paralelos entre figuras messiânicas políticas e religiosas. - Aécio Neves cheirando o tempero.
Sabe como eu sei que o filme do Batman vai ser ruim? Porque toca Nirvana no trailer. Nada contra a banda, nem a favor. Mas o fantasma do Kurt Cobain é a "Maldição de Macbeth" do audiovisual. Toda vez que colocam pra tocar num trailer, principalmente se for uma música repaginada, pode ter certeza: Será ruim. O último caso digno de nota foi até com uma série de super-heróis, "Os Defensores"... E claro, ninguém gostou. Mas toda vez acontece isso quando tocam Nirvana. Pode reparar...
Villanelle é a expressão mais complexa do transtorno de personalidade antissocial que já vi na ficção Ela é psicopata, mas não a versão cortadora de corpos que a gente vê na maioria. Ela tem emoções complexas, questões claras, sentindo empatia e controla seus impulsos bem. Existe uma enorme quantidade de raiva sob o charme superficial dela, mas poucas pessoas ficam em sua vida o tempo suficiente para vê-la baixar a guarda. Ela vive quase inteiramente dentro de seu próprio mundo, o que faz sentido, uma vez que claramente não consegue sentir o que os outros sentem muito bem. Como personagem, ela é fascinante de assistir, mas eu nunca gostaria de conhecê-la na vida real.
Creio que Juan Solanas traz o realismo da América do Sul de uma distopia fria vista em "Metropolis", que se pode ler como uma metáfora de exploração e apartheid para países industrializados e em desenvolvimento: Romeu e Julieta, de planetas nitidamente contíguos, vencem a gravidade e as proibições com o amor.
As paisagens CGI são notáveis e as leis e regras complicadas. Tudo o que vem do outro mundo é atraído exclusivamente pela gravidade, que causa muitos acidentes engraçados, quedas através de camadas de nuvens e abraços flutuantes, nos quais os pesos se anulam. Mas a física e ficção científica completamente incoerentes são apenas camuflagens para uma pura história de amor de fantasia, incluindo uma parábola política sobre os efeitos do neocolonialismo econômico.
Então, Adam e Eden se conhecem como adolescentes inocentes, ele vem da área de crise, destruída e suja, ela vem de um mundo consumidor e assustador. Então, quando sinistras ruínas de Mogadíscio e as luzes de Nova York como em "Incepcion" eles ficam cara a cara, separados por uma milha de leis aéreas e guardas de fronteira. O mocinho é um tanto desajeitado e ingênuo, e no decorrer dos anos permanece pálido, possui emoções frias, existem até personagens secundários mais interessantes, especialmente Timothy Spall, o rabo de córneo de Harry Potter.
Internacional e eclético Apesar disso, o resto de tudo se encaixa, com os panoramas grandiosos, feitos de decoração steampunk (a estrutura do dirigível se assemelha aos filmes de Miyazaki), arquitetura sul-americana (como o Café Dos Mundos), escritórios assépticos de Wall Street, edifícios em ruínas com uma aparência de Havana e com picos de montanhas fantasiadas em sonhos, desenhadas com acrílico e aerógrafo. É um filme Internacional e eclético, maravilhosamente amalgamado. E além de tudo, sustentado politicamente: você pode sentir as experiências negativas da Argentina com falências e grupos de exploração estatais, bem como o aumento do auto-empoderamento social contra os turbocapitalistas. A criatividade surge em pequenos círculos humanos de consertadores de garagem e essa é também a salvação deste mundo corporativo injusto e amplo, que apenas conhece proibições, brutalidade e roubo. Pra mim a mensagem é: ocupe as fábricas e ocupe Wall Street.
É legal a série mostrar a questão primitiva de ter o sangue como um elo, que às vezes não nos permite pensar, decidir ou ver a verdade por trás de um ato aterrorizante. Laurie é a personagem mais conflituosa da série, ela enfrenta a condenação da sociedade e se torna a mãe vulnerável. Achei que a atriz fez um trabalho bacana como matriarca, sua química com Evans e Jaden é boa. Como tive que assistir os últimos ep. em inglês por falta de dublagens, percebi que Dockery conseguiu um sotaque americano ótimo, embora eu acredite que não seja de Boston. Porém, em cenas de choro nenhuma lágrima escorria dos olhos dessa gente, por isso, mesmo com essa abrangência e profundidade, a série sofre em um projeto que simplesmente não justifica seu tempo de execução e não consegue também escapar de um estilo visual deprimente. Que nem os episódios de "Ozark" levemente lavados em um filtro azul. Tyldum seguiu o mesmo caminho e os resultados é algo estéril. A história de um assassinato de criança e o tumulto emocional que ela cria em uma comunidade e na família do assassino acusado precisa sangrar, chorar e gritar. Mas parece tão distante da realidade que raramente se permite uma emoção que não pareça calculada por uma equipe de produção ou mesmo em diálogos forçados no tribunal, do estilo " sua família era feliz?", para simplesmente mostrar um flashback da família feliz antes do acontecimento. É o tipo de projeto que gira em torno de frases como "gene do assassinato" e "pornografia", como o seu pai compartilhando uma notícia assustadora que ele encontrara no Facebook, e não revela exatamente nada sobre a mentira a branca usina nuclear chamada "família".
O conceito de fazer com que tudo pareça uma única cena é obviamente interessante. Porém, acaba por ter suas vantagens e desvantagens. A vantagem é que em um filme bem montado, tecnicamente não passa despercebido. É uma grande experiência seguir os dois jovens soldados em sua jornada. A desvantagem é que, em algumas cenas, parece um pouco prolongado e coisas acontecem repentinamente. Em compensação, acho incrível como há imagens terrivelmente sugestivas, de imaginação apocalíptica, pilhas de munição abandonada,as trincheiras são assustadoras, aludindo mais a uma presença extraterrestre do que europeus de carne e osso.
E, cara, em meio a um estado de vida altamente perturbador obviamente geraria uma obsessão onipresente e quase espiritual por parte do inimigo com o inimigo, e então há a necessidade de buscar informações, só que há algo que não compreensível: com tantas vidas em jogo, o Exército britânico teria encarregado apenas dois homens de uma tarefa tão vital?!
" Às vezes, as mentiras são mais verdadeiras que a verdade."
Acho a história fascinante e inerente porque todos os personagens, de uma maneira ou de outra, usam máscaras e ninguém é realmente quem diz ser. Porém, acho que na tentativa de fazer seu papel como discreta, desconfortável, indisposta e boba, Kristen Stweart volta a se vincular a Crepúsculo.
Sério mesmo, é uma robô raptada pelo malvado que aparece do nada, em pé e nua, possui um disco rígido e sangra verde. Ah e tem heterocromia zoada ( juro que pensei que iam explicar os zóis diferentes com lasers coloridos ou coisas assim) Como se não bastasse, ela obedece o antagonista e mata geral, depois o trai com o mocinho porque supostamente descobre que tem uma alma, é esfaqueada durante a fuga, sai pelo deserto, desmaia e se apaixona por uma menina prisioneira no paraíso das drogas. No final, após chegar a um local seguro, resolve ir procurar robôs bizarros como ela...
É, bem ruim. O problema sou eu que gosto de filmes assim. Já é o segundo desse estilo que a Suki Waterhouse faz, ansiosa pelo terceiro.
É ruim hein. Por exemplo, na obra, logo somos introduzidos ao conceito de troca de corpos, ou "capas" (como a série prefere chamar), através de cartuchos. O personagem entrou num corpo altamente preparado e tal, e eu comecei a me lembrar de imediato de pessoas que passaram um mês em coma e, por isso, precisaram de um longo tempo fazendo fisioterapia. Quanto tempo de fisioterapia e reaprendizado de mobilidade o sujeito precisa ao trocar de corpo? Seis meses? Um ano? Talvez dois? Tudo bem: vamos falar então da tão elogiada construção de mundo que não leva em conta a natural deterioração de materiais. Poxa, a série é ambientada num futuro extremamente distante, mas eu juro que vi uma TV de tubo funcionar lá. OK, OK... Aí você vê, na vida real, cientistas sendo capazes de colocar eletrodos num cérebro humano e transmitir imagens rústicas do que uma pessoa está sonhando. Mas entrar em contato com a mente de outra pessoa gera imagens tão distorcidas, que você tem a sensação de olhar pra um ultrassom colorido. E eu não vou falar daquela personagem lutando com uma espada... Eu não vou falar daquela espada... Porque se você não tem supervelocidade, pra que diabos vai querer uma espada hoje em dia caso vá lutar contra gente fortemente armada? E, pior, por que vai querer fazer isso num futuro em que as armas são evidentemente mais potentes? Mas tudo bem... Vamos falar do subaproveitamento da principal tecnologia da série. Se você põe um cartucho em um corpo, e a pessoa cujo upload de consciência está naquele cartucho é quem passa a habitar aquela "capa", como é que ninguém pensou em pegar vários cartuchos, deletar deles vários dados, mantendo apenas o que trata daquilo que foi aprendido, e então colocar vários cartuchos no mesmo corpo, mantendo apenas o próprio cartucho com todos os dados? Pronto, o sujeito ricaço dono dessa maravilha saberia muito mais que qualquer ser humano vivo. Olha aí um mote pra se ter "um Lex Luthor" próprio na série. Agora, o pior crime de todos: A série até tenta abordar as implicações sociais de um futuro com capitalismo tardio no qual você pode assumir um corpo novo ao morrer. Ela tenta... Você vê gente lidando assim com o luto, com questões políticas, vê a diferença entre ricos e pobres usando isso, e tudo o mais... Mas não vê o principal. O dia-a-dia. Imagine um homem morrer, trocar de corpo e ir beber uma cerveja. Ele volta pra casa querendo mijar, acabou de levar um "não" de uma mulher gatíssima no bar. Ele entra em casa, tira a calça e vai tocar uma punheta. Antes de tocar no pênis, já ereto, ele se pergunta: "Será que tocar uma com o pau de outra pessoa é gay?" Porra, aí não dá. Não me desce.
Animais Fantásticos 3 terá uma trama situada no Brasil durante a década de 30, dizem. Quero Newt enfrentando um bruxo das trevas filiado à Ação Integralista Brasileira. E Plínio Salgado tem que ser um animago que vira oxiúro. Se não for assim, nem quero.
Se eu fosse chata e elitista, só de sacanagem, eu diria que esse filme do Scorcese não é cinema:
Deu pra perceber como o filme influenciou pesadamente Chuck Palahniuk, e como essa influência ficou ainda mais acentuada na adaptação cinematográfica de sua obra mais famosa. Dá pra ver também como algumas partes vieram a influenciar HQs futuras de O Justiceiro. Exatamente por perceber a raiz de influência destas e outras obras, mas talvez meu incômodo se dê pelo fato de eu encontrar ali uma influência pesada de "Desejo de Matar". E não, eu não estou falando do filme com Charles Bronson. Existe no filme Desejo de Matar uma romantização do vigilantismo, do homicídio a criminosos, e eu não entendo como os filmes não são usados como memes pela Extrema-Direita para ilustrar o argumento de que bandido bom é bandido morto. Quando falo de Desejo de Matar, falo do livro, lançado um ano antes do filme (visivelmente gravado às pressas e com pouco orçamento, se você for reparar nos detalhes). E talvez meu problema em ver Taxi Driver tenha sido o fato de que eu li Desejo de Matar, que é uma crítica pesada ao típico pensamento de classe-média, que, assim como Travis em Taxi Driver, tende a colocar no mesmo balaio assaltantes, usuários de drogas, traficantes, negros, prostitutas, homossexuais, estrangeiros e tudo o que for diferente do homem branco, cristão, supostamente de bem. Uma crítica bem evidente no livro Desejo de Matar, que se perde no filme e é refletida de forma extremamente superficial em Taxi Driver.
Começa com algumas boas piadas, mas gradualmente se desfaz em uma bagunça completa. McKinnon parece improvisar o máximo que pode para compensar o interesse cada vez menor dos roteiristas em sua própria história.
Mas uma coisa me chama a atenção nessa série num sentido ruim, involuntariamente cômico... Eu não sei se o ator que assume o papel do protagonista tá tentando fazer cara de bonzinho, de gente boa, ingênuo ou o quê. Mas cada expressão que ele faz nos trailers e imagens promocionais que me aparecem me incomodam profundamente. Até joguei no Google Imagens pra conferir, e parece que o cara tá sempre prestes a rir por ter deixado escapar um pum. E ainda que o tema me interessasse muito, eu não conseguiria levar a sério um programa no qual o protagonista parece sofrer de flatulência crônica enquanto acha graça disso por supostamente ninguém ter escutado ou sentido o cheiro.
Fui com a mente aberta para assisti esse filme, e reconheço que ele não é tão ruim assim, pois de fato está ao nível de um terror, mas apenas não está a altura do primeiro, e é daí que vem toda a decepção.
O trailer dessa miscelânea promete uma sofisticada comédia de humor negro, mas, em 15 minutos, toda a esperança se evapora graças as palhaçadas das duas personagens principais. Cheguei a pensar que talvez estivessem tentando tranformar em uma paródia estilo thrillers suburb noir como em Gone Girl, mas nem consegui olhar por esse ângulo. Parecia que eles tinham a ideia de um thriller, porém perceberam que era entediantedemais para ser, então começaram a temperar com um monte de diálogos engraçados, ou o contrário, tinham uma comédia que tentavam tranformar em sérias tomadas por quaisquer motivos.
Sherlock é um homem super esperto que passa a maior parte do tempo sendo esperto-não-esperto. Pra mim, Holmes não funciona da mesma forma no século XXI
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraSEM SPOILERS
Aqui, não levantarei comparações com o livro, até por encarar adaptações como obras que devem ser vistas à parte do material original.
Afinal, ninguém leva em conta que Blade Runner é título de um livro, mas adapta um livro de outro cara, né?
Duna sofre, ao longo de todo o filme, de um problema que vai irritar muita gente:
Diálogos expositivos.
Não são 1/2 dúzia ou 10. O filme todo é assim.
E entendo que tenha sido necessário em alguns momentos; mas, em outros, a cena sequer precisaria existir, pra começo de conversa.
Por exemplo, o filme tem 2h35min.
Ao longo de 35min, somos apresentados à Família Atreides, ao contexto em que se encontram, ao protagonista, etc.
Só que adivinha?
Dava pra ter feito com 15min a menos sem que nada se perdesse. Quase tudo entraria organicamente no resto do filme.
Só vejo 1 elemento como precisando ser apresentado de outro modo. E na boa? Não levaria 30s explicar de outra forma, que levou alguns minutos.
Parece picuinha essa questão do tempo, mas teria economizado tempo pra não fazer o final abrupto que foi...
E quando digo que o final de Duna foi abrupto, é porque foi tão abrupto, que lembra quando se está assistindo Sessão da Tarde e enfiam um comercial num momento em que o corte quebra o clima do filme.
A diferença é que os comerciais durarão alguns anos.
Daí minha implicância com tempo gasto.
E, falando de quebra abrupta de imersão, em vários momentos, a trilha sonora simplesmente não se encaixa.
Na tela, uma desgraça se desenrolando. No áudio, uma música remetendo a... um momento de glória?
Isso ocorre em vários momentos da obra, quebrando legal a imersão.
Outra coisa que quebra a imersão são os efeitos especiais... Não sou de implicar com isso, mas...
Eles não são ruins.
Eles são maravilhosos, sério mesmo...
Exceto às vezes.
Tem hora que os efeitos ficam horríveis, padrão série antiga do SyFy ou Doctor Who.
Quebra a magia na hora.
Porém, existem três pontos altíssimos que seguram a imersão no que é apresentado:
- TODAS as atuações estão ótimas, sem exceção.
- Existem alguns momentos em que a câmera mostra cenas apenas com tal propósito.
- A trama instiga pra cacete a ver no que vai dar.
Diversos personagens são muito cativantes, e eu gostaria de ter visto mais deles em vários momentos. O problema é que o diretor se empolgou com essa ideia e deixou ganchos desnecessários para spin-offs (o que tá pra rolar, diga-se de passagem).
Outro ponto legal é terem focado mais na parte de Ficção Científica do que de Fantasia, propriamente dita, deste mundo, isso estruturalmente falando.
Na prática, pro grande público, o filme anda num meio-termo intrigante. Legal a jogada feita.
Duna rende várias easter eggs divertidas, mas MUITO sutis e que trabalham de modo eficiente no desenvolvimento da dinâmica dos personagens.
Por exemplo, em certo ponto, o personagem de Oscar Isaac diz que gostaria de ter sido piloto, aludindo para o público a Star Wars.
Outro ponto legal foi não terem se rendido à 'marvelização dos filmes'.
E o que seria isso?
Não enfiar uma piada a cada momento imaginável. A trama é bastante tensa e os personagens respondem de forma convincente a isso, mantendo o clima necessário para a obra funcionar bem.
CONCLUSÃO:
Duna funcionaria MUITO MELHOR como uma série que com orçamento de Game of Thrones.
Como filme, não rola.
Eu gostei, mas sabendo que é ruim.
A ideia de claramente ser um Vol. 1 passou a mesma vibe de Lanterna Verde prometendo continuação ao fim, antes dos créditos.
Fate: A Saga Winx (1ª Temporada)
3.2 193 Assista AgoraEu fico olhando esse elenco, cara, e pensando:
Po, o Clube das Wynx deixará de ser sobre uma escola e será na fase da pós-graduação ou do mestrado, porque não é possível que esse bando de cavalona esteja interpretando adolescente.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraCoisas que quero ver na adaptação de Duna, mesmo sabendo que não vão colocar lá:
- Os habitantes de Arrakis comendo caca de verme gigante.
- Crítica à idolatria de indivíduos, traçando paralelos entre figuras messiânicas políticas e religiosas.
- Aécio Neves cheirando o tempero.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraSabe como eu sei que o filme do Batman vai ser ruim?
Porque toca Nirvana no trailer.
Nada contra a banda, nem a favor.
Mas o fantasma do Kurt Cobain é a "Maldição de Macbeth" do audiovisual. Toda vez que colocam pra tocar num trailer, principalmente se for uma música repaginada, pode ter certeza:
Será ruim.
O último caso digno de nota foi até com uma série de super-heróis, "Os Defensores"... E claro, ninguém gostou.
Mas toda vez acontece isso quando tocam Nirvana.
Pode reparar...
Killing Eve - Dupla Obsessão (3ª Temporada)
3.8 168 Assista AgoraVillanelle é a expressão mais complexa do transtorno de personalidade antissocial que já vi na ficção Ela é psicopata, mas não a versão cortadora de corpos que a gente vê na maioria. Ela tem emoções complexas, questões claras, sentindo empatia e controla seus impulsos bem. Existe uma enorme quantidade de raiva sob o charme superficial dela, mas poucas pessoas ficam em sua vida o tempo suficiente para vê-la baixar a guarda. Ela vive quase inteiramente dentro de seu próprio mundo, o que faz sentido, uma vez que claramente não consegue sentir o que os outros sentem muito bem. Como personagem, ela é fascinante de assistir, mas eu nunca gostaria de conhecê-la na vida real.
Mundos Opostos
3.4 611 Assista AgoraCreio que Juan Solanas traz o realismo da América do Sul de uma distopia fria vista em "Metropolis", que se pode ler como uma metáfora de exploração e apartheid para países industrializados e em desenvolvimento: Romeu e Julieta, de planetas nitidamente contíguos, vencem a gravidade e as proibições com o amor.
As paisagens CGI são notáveis e as leis e regras complicadas. Tudo o que vem do outro mundo é atraído exclusivamente pela gravidade, que causa muitos acidentes engraçados, quedas através de camadas de nuvens e abraços flutuantes, nos quais os pesos se anulam. Mas a física e ficção científica completamente incoerentes são apenas camuflagens para uma pura história de amor de fantasia, incluindo uma parábola política sobre os efeitos do neocolonialismo econômico.
Então, Adam e Eden se conhecem como adolescentes inocentes, ele vem da área de crise, destruída e suja, ela vem de um mundo consumidor e assustador. Então, quando sinistras ruínas de Mogadíscio e as luzes de Nova York como em "Incepcion" eles ficam cara a cara, separados por uma milha de leis aéreas e guardas de fronteira. O mocinho é um tanto desajeitado e ingênuo, e no decorrer dos anos permanece pálido, possui emoções frias, existem até personagens secundários mais interessantes, especialmente Timothy Spall, o rabo de córneo de Harry Potter.
Internacional e eclético
Apesar disso, o resto de tudo se encaixa, com os panoramas grandiosos, feitos de decoração steampunk (a estrutura do dirigível se assemelha aos filmes de Miyazaki), arquitetura sul-americana (como o Café Dos Mundos), escritórios assépticos de Wall Street, edifícios em ruínas com uma aparência de Havana e com picos de montanhas fantasiadas em sonhos, desenhadas com acrílico e aerógrafo. É um filme Internacional e eclético, maravilhosamente amalgamado. E além de tudo, sustentado politicamente: você pode sentir as experiências negativas da Argentina com falências e grupos de exploração estatais, bem como o aumento do auto-empoderamento social contra os turbocapitalistas. A criatividade surge em pequenos círculos humanos de consertadores de garagem e essa é também a salvação deste mundo corporativo injusto e amplo, que apenas conhece proibições, brutalidade e roubo. Pra mim a mensagem é: ocupe as fábricas e ocupe Wall Street.
Jogando com Prazer
2.6 634 Assista AgoraÉ tipo aquele vazio existencial sentido depois de zerar GTA San Andreas.
Em Defesa de Jacob
4.0 228 Assista AgoraÉ legal a série mostrar a questão primitiva de ter o sangue como um elo, que às vezes não nos permite pensar, decidir ou ver a verdade por trás de um ato aterrorizante.
Laurie é a personagem mais conflituosa da série, ela enfrenta a condenação da sociedade e se torna a mãe vulnerável. Achei que a atriz fez um trabalho bacana como matriarca, sua química com Evans e Jaden é boa. Como tive que assistir os últimos ep. em inglês por falta de dublagens, percebi que Dockery conseguiu um sotaque americano ótimo, embora eu acredite que não seja de Boston. Porém, em cenas de choro nenhuma lágrima escorria dos olhos dessa gente, por isso, mesmo com essa abrangência e profundidade, a série sofre em um projeto que simplesmente não justifica seu tempo de execução e não consegue também escapar de um estilo visual deprimente. Que nem os episódios de "Ozark" levemente lavados em um filtro azul. Tyldum seguiu o mesmo caminho e os resultados é algo estéril. A história de um assassinato de criança e o tumulto emocional que ela cria em uma comunidade e na família do assassino acusado precisa sangrar, chorar e gritar. Mas parece tão distante da realidade que raramente se permite uma emoção que não pareça calculada por uma equipe de produção ou mesmo em diálogos forçados no tribunal, do estilo " sua família era feliz?", para simplesmente mostrar um flashback da família feliz antes do acontecimento. É o tipo de projeto que gira em torno de frases como "gene do assassinato" e "pornografia", como o seu pai compartilhando uma notícia assustadora que ele encontrara no Facebook, e não revela exatamente nada sobre a mentira a branca usina nuclear chamada "família".
1917
4.2 1,8K Assista AgoraO conceito de fazer com que tudo pareça uma única cena é obviamente interessante. Porém, acaba por ter suas vantagens e desvantagens. A vantagem é que em um filme bem montado, tecnicamente não passa despercebido. É uma grande experiência seguir os dois jovens soldados em sua jornada. A desvantagem é que, em algumas cenas, parece um pouco prolongado e coisas acontecem repentinamente. Em compensação, acho incrível como há imagens terrivelmente sugestivas, de imaginação apocalíptica, pilhas de munição abandonada,as trincheiras são assustadoras, aludindo mais a uma presença extraterrestre do que europeus de carne e osso.
E, cara, em meio a um estado de vida altamente perturbador obviamente geraria uma obsessão onipresente e quase espiritual por parte do inimigo com o inimigo, e então há a necessidade de buscar informações, só que há algo que não compreensível: com tantas vidas em jogo, o Exército britânico teria encarregado apenas dois homens de uma tarefa tão vital?!
JT Leroy - Escritor Fantasma
3.1 21 Assista Agora" Às vezes, as mentiras são mais verdadeiras que a verdade."
Acho a história fascinante e inerente porque todos os personagens, de uma maneira ou de outra, usam máscaras e ninguém é realmente quem diz ser.
Porém, acho que na tentativa de fazer seu papel como discreta, desconfortável, indisposta e boba, Kristen Stweart volta a se vincular a Crepúsculo.
Guerreiros do Futuro
1.5 46 Assista AgoraNo meio de tantos problemas desse filme, a personagem de Suki Waterhouse foi a que mais me desagradou:
Sério mesmo, é uma robô raptada pelo malvado que aparece do nada, em pé e nua, possui um disco rígido e sangra verde. Ah e tem heterocromia zoada ( juro que pensei que iam explicar os zóis diferentes com lasers coloridos ou coisas assim) Como se não bastasse, ela obedece o antagonista e mata geral, depois o trai com o mocinho porque supostamente descobre que tem uma alma, é esfaqueada durante a fuga, sai pelo deserto, desmaia e se apaixona por uma menina prisioneira no paraíso das drogas. No final, após chegar a um local seguro, resolve ir procurar robôs bizarros como ela...
Altered Carbon (1ª Temporada)
3.8 358 Assista AgoraÉ ruim hein.
Por exemplo, na obra, logo somos introduzidos ao conceito de troca de corpos, ou "capas" (como a série prefere chamar), através de cartuchos.
O personagem entrou num corpo altamente preparado e tal, e eu comecei a me lembrar de imediato de pessoas que passaram um mês em coma e, por isso, precisaram de um longo tempo fazendo fisioterapia.
Quanto tempo de fisioterapia e reaprendizado de mobilidade o sujeito precisa ao trocar de corpo?
Seis meses?
Um ano?
Talvez dois?
Tudo bem: vamos falar então da tão elogiada construção de mundo que não leva em conta a natural deterioração de materiais. Poxa, a série é ambientada num futuro extremamente distante, mas eu juro que vi uma TV de tubo funcionar lá.
OK, OK...
Aí você vê, na vida real, cientistas sendo capazes de colocar eletrodos num cérebro humano e transmitir imagens rústicas do que uma pessoa está sonhando. Mas entrar em contato com a mente de outra pessoa gera imagens tão distorcidas, que você tem a sensação de olhar pra um ultrassom colorido.
E eu não vou falar daquela personagem lutando com uma espada...
Eu não vou falar daquela espada...
Porque se você não tem supervelocidade, pra que diabos vai querer uma espada hoje em dia caso vá lutar contra gente fortemente armada? E, pior, por que vai querer fazer isso num futuro em que as armas são evidentemente mais potentes?
Mas tudo bem...
Vamos falar do subaproveitamento da principal tecnologia da série.
Se você põe um cartucho em um corpo, e a pessoa cujo upload de consciência está naquele cartucho é quem passa a habitar aquela "capa", como é que ninguém pensou em pegar vários cartuchos, deletar deles vários dados, mantendo apenas o que trata daquilo que foi aprendido, e então colocar vários cartuchos no mesmo corpo, mantendo apenas o próprio cartucho com todos os dados?
Pronto, o sujeito ricaço dono dessa maravilha saberia muito mais que qualquer ser humano vivo.
Olha aí um mote pra se ter "um Lex Luthor" próprio na série.
Agora, o pior crime de todos:
A série até tenta abordar as implicações sociais de um futuro com capitalismo tardio no qual você pode assumir um corpo novo ao morrer.
Ela tenta...
Você vê gente lidando assim com o luto, com questões políticas, vê a diferença entre ricos e pobres usando isso, e tudo o mais...
Mas não vê o principal.
O dia-a-dia.
Imagine um homem morrer, trocar de corpo e ir beber uma cerveja.
Ele volta pra casa querendo mijar, acabou de levar um "não" de uma mulher gatíssima no bar.
Ele entra em casa, tira a calça e vai tocar uma punheta.
Antes de tocar no pênis, já ereto, ele se pergunta:
"Será que tocar uma com o pau de outra pessoa é gay?"
Porra, aí não dá.
Não me desce.
Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore
3.3 570Animais Fantásticos 3 terá uma trama situada no Brasil durante a década de 30, dizem.
Quero Newt enfrentando um bruxo das trevas filiado à Ação Integralista Brasileira.
E Plínio Salgado tem que ser um animago que vira oxiúro.
Se não for assim, nem quero.
Taxi Driver
4.2 2,5K Assista AgoraSe eu fosse chata e elitista, só de sacanagem, eu diria que esse filme do Scorcese não é cinema:
Deu pra perceber como o filme influenciou pesadamente Chuck Palahniuk, e como essa influência ficou ainda mais acentuada na adaptação cinematográfica de sua obra mais famosa.
Dá pra ver também como algumas partes vieram a influenciar HQs futuras de O Justiceiro.
Exatamente por perceber a raiz de influência destas e outras obras, mas talvez meu incômodo se dê pelo fato de eu encontrar ali uma influência pesada de "Desejo de Matar".
E não, eu não estou falando do filme com Charles Bronson.
Existe no filme Desejo de Matar uma romantização do vigilantismo, do homicídio a criminosos, e eu não entendo como os filmes não são usados como memes pela Extrema-Direita para ilustrar o argumento de que bandido bom é bandido morto.
Quando falo de Desejo de Matar, falo do livro, lançado um ano antes do filme (visivelmente gravado às pressas e com pouco orçamento, se você for reparar nos detalhes).
E talvez meu problema em ver Taxi Driver tenha sido o fato de que eu li Desejo de Matar, que é uma crítica pesada ao típico pensamento de classe-média, que, assim como Travis em Taxi Driver, tende a colocar no mesmo balaio assaltantes, usuários de drogas, traficantes, negros, prostitutas, homossexuais, estrangeiros e tudo o que for diferente do homem branco, cristão, supostamente de bem.
Uma crítica bem evidente no livro Desejo de Matar, que se perde no filme e é refletida de forma extremamente superficial em Taxi Driver.
Meu Ex é um Espião
3.1 190 Assista AgoraComeça com algumas boas piadas, mas gradualmente se desfaz em uma bagunça completa. McKinnon parece improvisar o máximo que pode para compensar o interesse cada vez menor dos roteiristas em sua própria história.
The Good Doctor: O Bom Doutor (1ª Temporada)
4.3 248 Assista AgoraMas uma coisa me chama a atenção nessa série num sentido ruim, involuntariamente cômico...
Eu não sei se o ator que assume o papel do protagonista tá tentando fazer cara de bonzinho, de gente boa, ingênuo ou o quê.
Mas cada expressão que ele faz nos trailers e imagens promocionais que me aparecem me incomodam profundamente.
Até joguei no Google Imagens pra conferir, e parece que o cara tá sempre prestes a rir por ter deixado escapar um pum.
E ainda que o tema me interessasse muito, eu não conseguiria levar a sério um programa no qual o protagonista parece sofrer de flatulência crônica enquanto acha graça disso por supostamente ninguém ter escutado ou sentido o cheiro.
Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa
3.4 1,4KSei lá! o jeito que a DC me engana com os trailers é diferente
It: Capítulo Dois
3.4 1,5K Assista AgoraFui com a mente aberta para assisti esse filme, e reconheço que ele não é tão ruim assim, pois de fato está ao nível de um terror, mas apenas não está a altura do primeiro, e é daí que vem toda a decepção.
Vingadores: Ultimato
4.3 2,6K Assista AgoraNÉ POSSIVEL
Kick-Ass 2
3.6 1,8K Assista AgoraCena pós créditos
Um Pequeno Favor
3.3 687 Assista AgoraO trailer dessa miscelânea promete uma sofisticada comédia de humor negro, mas, em 15 minutos, toda a esperança se evapora graças as palhaçadas das duas personagens principais.
Cheguei a pensar que talvez estivessem tentando tranformar em uma paródia estilo thrillers suburb noir como em Gone Girl, mas nem consegui olhar por esse ângulo. Parecia que eles tinham a ideia de um thriller, porém perceberam que era entediantedemais para ser, então começaram a temperar com um monte de diálogos engraçados, ou o contrário, tinham uma comédia que tentavam tranformar em sérias tomadas por quaisquer motivos.
Black Mirror: Bandersnatch
3.5 1,4KDormi e acabei num time loop
Oito Mulheres e um Segredo
3.6 1,1K Assista AgoraEu nao terei nada contra se chamarem Julia Roberts pro próximo filme. Espero que tenha um próximo filme..
Sherlock (1ª Temporada)
4.6 747 Assista AgoraSherlock é um homem super esperto que passa a maior parte do tempo sendo esperto-não-esperto. Pra mim, Holmes não funciona da mesma forma no século XXI