"Talvez eu o amasse. Acreditei amá-lo. Amei o suficiente para conhecer o significado da palavra. Como saber? Sempre pensei que saberia no instante que acontecesse. Só o que eu sabia é que nunca me cansaria dele. Eu queria passar cada segundo do meu tempo com ele. No entanto, estar com ele também não era o suficiente. Eu queria olhá-lo, que ele me tocasse. E que nós ficássemos juntos o tempo todo, por 3.628.800 segundos". "I am sailing, I am sailing. Home again, 'cross the sea. I am sailing, stormy waters to be near you, to be free". A cena do walkman <3 O filme nos lembra sobre o medo de perder quem amamos. E esse medo é desproporcional quando se é LGBT, quando não somos aceitos pelos familiares, e perdemos alguém que amamos, a certeza de que não poderemos vê-lo após partir. A cena de desespero do necrotério me deu gatilho
Anos 80, o silêncio dos homens gays largados na marginalidade pelas autoridades e pela sociedade. Na sargeta, uma presa fácil para crimes sem rastros e violências ainda maiores. Apenas silêncio.
2021, o Brasil é o país que mais mata LGBts no mundo. Apenas silêncio.
Roteiro ruim pra ser um filme do Rambo. Eventos fracos e desnecessários. Da metade em diante fica “interessante”. Mesmo se fosse mais um filme clichê do gênero, daria no máximo 3,0. Como destruíram a imagem do Rambo, prefiro nem marcar.
Um filme sobre transtorno de personalidades múltiplas.
O filme te deixa como o Teddy, sozinho, se questionando quanto à realidade, duvidando de tudo e de todos. Vc é levado com a tormenta, do atormentado, e fica confuso. Assume o papel do Teddy com empatia e deseja também a fuga (da ilha, dos problemas sem saída ), vc só acredita nele, e em mais em ninguem. Manipulado por
Teddy, e suas personalidades, você apenas diz: ele está São, está fazendo tudo para conseguir sair /superar (e está sendo levado a isso por profissionais - mas na sua mente ele está apenas enfrentando toda uma conspiração contra ele.) Vc, ainda convencido da sanidade dele, e sem querer aceitar tanto quanto ele, acredita ainda no final que ele está dando um jeito de dizer “o que querem que ele diga”, não o que ele acredita, para conseguir fugir. Porque Você ainda tem dúvida e está doente tanto quanto ele com a sua teoria da conspiração na mente, e mania de perseguição. Acreditou em tudo o que as outras personalidades dele disseram, o que ele mesmo queria ouvir e o que vc junto a ele queria acreditar.
Mas, a realidade dói e te decepciona ao final qnd você percebe, em uma centelha de “consciência”, que ele prefere viver com seus monstros, a morrer como um homem bom (O homem que vc queria que ele fosse e idealizou). Prefere conviver com seus personagens, pois está familiarizado, “brincando de casinha”, e revivendo tudo, se punindo mentalmente misturado ao seu assassino interior. Não quer largar os personagens e as lembranças, assim como não quer aceitar sua culpa jogaNDO a culpa em alguém, ao mesmo tempo que punindo o culpado (ele mesmo) Revivendo tudo de novo, apegado ao que lhe restou, o passado.
muito massa! Sem falar na atuação impecável de di Caprio , que merecia, no mínimo, indicação ao Oscar. Se você for disperso, não é um filme pra ver só uma vez. Mais um favorito!
Joana com sua utopia de amar demais, e sua humanização. Seria este seu pecado? Alguém conseguiu duvidar de Joana, de Dira Paes? (caralho!) Inserida no domínio do Estado (ainda considerado laico) sobre os corpos, com seus detectores da heteronormatividade, onde o tesão precisa ser controlado apenas para procriar, formar as famílias do Estado. Corpos doutrinados. Aqui não há burocracia humanizada, nem parto humanizado (ponto). A ultrassonografia é feita no pênis do homem, e todo questionamento sobre fertilidade depende da fé. O enquadramento rígido da cena do sexo, impede o ar sacana de um possível "swing religioso". Das cores neon (vaporwave e aquele som anos 80..., aquele som que hipnotiza... lembra o fashwave dos fascistas? medo! ) à associação do carnaval, a subversão de papéis sociais, transformação temporária do "prisioneiro" em rei; e a humilhação, submissão e punição do rei, frágil e infértil frente ao seu deus, de cabeça pra baixo e nu. Quem tem fé não duvida, e o homem sem fé é um homem infértil. 100% Jesus ou nada. A cabine de oração futurística drivethru, onde a fé é questionada... e arrepia. Lembrando como a religião se encaixa na fragilidade das pessoas (problemas de relacionamento, doença, perdas de entes queridos...), desses encontros de casais... a reconciliação e toda uma lavagem cerebral e sacrifícios, a aproximação do impacto negativo da influencia da religião sobre a saúde mental. "Quem tem fé não tem dúvida" , não há espaço para o questionamento. E com esse ar nostálgico e futurista, ela se justifica ali... (medo dessas novas igrejas "atualizadas"... tipo "A Ponte" aqui em Recife :x) O filme aborda algo bem atual, mas que também não vemos no cinema brasileiro. Dessa forma, ele acaba cumprindo com certa perfeição o seu papel. Porém, apesar de achar muito inteligente o que o diretor quis passar, acredito que "Divino Amor" poderia ter sido menos pertubador nas entrelinhas e mais pertubador de cara. O "swing religioso" se vc perceber, fez até sentido (pelo apelo sonoro e visual do filme), e não soaria tão péssimo se não fosse a parte do "fruto amargo". Talvez a intenção do filme fora esta... uma vez que os elementos usados hipnotizam e convencem. A crítica ficou nas entrelinhas, o que eu achei um desperdício, por poder atingir mais de cara todos os públicos... A mensagem do filme, fora "o a sociedade não está preparada para receber Jesus", foi realmente passada para todos os públicos? Talvez por ver outras distopias mais escancaradas, e intuitivas, como a série “The Handmaid’s Tale”, esperava algo mais simples de se perceber logo de cara, algo mais substancial. Porém, gosto do trabalho de Gabriel Mascaro e acredito muito no potencial do diretor! Sei que ele, genial como é, se não quis, tinha condições de fazer uma comunicação menos complexa sobre o tema, para dar melhor visão às pessoas. Reforço meu gosto pelas obras do diretor, adorei Divino Amor, e amei MUITO "Boi Neon". Só acho que criei muitas expectativas no tema, e fiquei desejando uma mensagem mais esmiuçada do filme.
Achei o filme bem porco. E, me trouxe uma reflexão... de início senti que não me chocou tanto quanto outros filmes do gênero. Algumas cenas de violência davam um certo tédio, e eu ficava esperando algo substancial, algo que revirasse o estômago, que surpreendesse o contexto.. E depois, me questionando sobre o porquê de não chocar..., refleti se não estava menosprezando de certa forma as pessoas daquele contexto “sujo”: alcoólatras, homens sujos, e as putas, velhas, alcoólatras, sujas e bêbadas, e de certa forma e naturalizando a violência contra elas, tanto quanto elas, que já esperavam pela violência, tanto que sequer retrucavam, anestesiadas e viciadas numa vida de merda... E a gente nem se questiona o porquê disso, só naturaliza tbm, inclusive o machismo podre das cenas e a objetificação das mulheres. ****a restrição do spoiler não tá pegando...****
Não entendi a do pênis sobre a mesa, não deu nem tempo kkk, pq eu realmente esperava pelo óbvio... E depois, nada aconteceu? oi?
Bom, o fato é que damos força, sem perceber, ao assassino e naturalizamos a violência contra essas mulheres. Não criamos empatia ao contexto “sujo". E se acontecesse tudo isso a um público mais clean, ficaria mais revoltado? Acredito que sim. Se fosse criança , por exemplo, estaria em depressão pós-filme.
Nos devaneios com a mocinha, o diretor pega leve, então não choca... se torna apenas um desejo clean, para um serial Killer.
Já a faxineira a princípio tem o mesmo abono do diretor, mas “perde” um pouco qnd se revela um pouco fora do “clean”, fugindo dessa aura inicial, qnd se mostra bebendo, incendiando uma farrinha, e influenciada pelas irresponsabilidades do marido alcoólatra. E aí é atacada... e a gente até se comove um pouco pela história dela...
Já com as prostitutas velhas, não há abono, é violência gratuita. O diretor já não se importa, e alguém se importa? A gente só olha sem sentir nada, tão anestesiados quanto as putas alcoólatras ... e quando você nota que não sentiu empatia pela situação, e que autorizou na mente tudo aquilo sem se dar conta... é que você percebe que o filme te deu uma porrada na cara, mas você está anestesiado e submissivo demais para sentir.
Apesar de não ser fã do som delas, achei os diálogos engraçadinhos e um romance sapatônico fofo. Achei bacana a mistura dos diálogos virtuais na vida cotidiana, e como isso trouxe as múltiplas formas de se relacionar, que se atualizam na mesma medida da espera nas redes pela novidade,que não vem porque “já vimos tudo do dia”. Achei interessante a forma individual de cada uma de se relacionar, porém com a mesma procura sincera pelo pertencimento e desapego, ao mesmo tempo. Gostei das duas! Impossível não me misturar/reconhecer nas histórias. As situações são bem aleatórias e diferentes, muito massa! Um filme gostoso de assistir.
É difícil vc não se pegar balançando a cabeça, e quando menos espera já está entrando na festa. Um lugar aparentemente seguro, que começa a se transformar na visão do inferno. É uma experiência sensorial, excepcional, de morte.
“Ótimo filme, não indico pra ninguém”. (Como disse o Bruno de Mendonça)
Minha avaliação foi para o filme legendado. Apesar de estranhar um pouco, por ter o ouvido acostumado ao dublado original, achei muito maravilhoso! Tive a impressão de que se visse a versão o dublada, ficaria decepcionado. Mas penso em vê-la também. Experiência bem nostálgica!
"Não precisa ver a laranja. Basta esquecer que ela não está aqui". Alimente o gato.
Para não achar chato vc tem que Esquecer o padrão de filme e usar a sua imaginação. O bom desse filme é que os comentários não serão iguais porque cada um usa a sua própria imaginação para preencher suas dúvidas. O filme muda de gênero várias vezes, ele deixa a imaginação fluir... pois tudo é colocado em dúvida, como a existência da laranja. No mínimo alguém se pergunta: "o gato existe?".
Genial! Uma obra de arte. Sai do cinema satisfeito, assistiria de novo e em vez de puto com o diretor (como muitos estão criticando), sai puto com a platéia inclusive cmg. O filme pesa a obra de arte e a sociedade. A prícipio ele se mostra cínico, e insensível às dores do mundo, mas se constrói, e se justifica como denúncia da insensibilidade, da ausência de solidariedade no mundo. Traz o sofrimento desapiedado como estratégia, muito além do prazer perverso do diretor, ou da celebração da morte, ou puramente da violência contra mulheres e saudações a Hitler como muitos acharam e criticaram. Ele não só se denuncia, se compara, mas denuncia a própria platéia, a sociedade. A impureza do sentimento e da sociedade humana, da obra, do abstrato. A obra que torna como objeto de espetáculo o espectador alienado.
Eu só percebo no filme em sacadas muito fodas, e a intenção dele nos lembrar, e inclusive jogar na nossa cara, sobre como a sociedade é machista e misógina, onde a mulher não têm voz e é humilhada. Assim como nos mostra de forma escancarada o feminicídio, onde a mulher é morta pelo moralismo, e sepultada pelo silêncio obscuro dessa mesma sociedade. Entre outras violências naturalizadas.
Na primeira cena, quando ele mata a mulher porque ela era “chata”, eu ouvi muitas risadas e pessoas dizendo: também, que mulher chata, mereceu! Ouvi isso de mulheres. Na viúva, começou com as risadas... todos aliviados porque ele conseguiu fugir arrastando a mulher num saco pela pista, mas quando ele virou o corpo da mulher com o rosto oco (ralado de asfalto), as pessoas começaram a prestar mais atenção no terror da coisa, ou não... Na cena do patinho, todo mundo puto com o diretor porque Jack, criança, pegou um patinho da lagoa, cortou a pata com um alicate, e o devolveu para o lago. As pessoas gritando lá indignadas, a maioria ignora como chegam à mesa os animais que comem. Esse é o mesmo pessoal que come pato, galinha, e compra já cortado. O que choca os seres humanos? Não lembraram que a cena retrata a infância de um Psicopata, de tão acostumados a um mundo “safo” cor de rosa. Achei foda como ele fala da caça, e compara ela aos seres humanos com a mesma frieza que tratam os animais. Dizendo que os humanos escolhem quais animais vivem e quais não vivem. Os que protegem e os que matam. Ao caçar uma mulher e seus dois filhos simulando uma caça aos veados, Jack, em sua observação lógica de caça, mata os filhos e depois a mãe, onde retrata a psicopatologia do caçador humano, aquele mesmo que mata animais à toa, somente para que tenha TROFÈUS de sua capacidade para a atrocidade. Novamente platéia indignada com aquilo, afinal tinha criança, mas a sensibilidade sobre matar veados, por ex, não seria a mesma que foi com o patinho! A cena da mulher falando com o policial e ele a descredibilizando e a culpando. Ao invés de protegê-la, 0o policial (sociedade) a questiona e a entrega ao seu assassino. Aqui, quantas mulheres não conseguem proteção com a lei maria da penha, e só voltam para casa, para o corredor da morte? Ela gritando e ngm nem aí... lembrando que “em briga de casal ngm mete a colher” e os vários feminicídios após isso. Além disso ele nos mostra o massacre psicológico causado por um relacionamento abusivo, reforça como na cultura machista a mulher não é só descredibilizada como é humilhada. É incrível como a platéia escolhe quem protege ou não o tempo todo, ou apenas silencia e é conivente com o assassino.
Lembrando ainda que o filme era sobre um Serial Killer. As pessoas pagam para assistirem violência gratuita, pagam para ver filmes de terror, com tortura física ou psicológica, comendo pipoca, mas esse era absurdo? Todo mundo sabia que era um filme sobre um Serial Killer nenhuma novidade, e acredito que grande parte da platéia sabia quem é Lars, mas foi ao filme muito mais na ânsia de criticá-lo, pelas polêmicas do filme, do que com senso crítico pós-filme.
Achei muito foda quando ele fala “O céu e o inferno é um e um mesmo”, a humanidade condenatória, separada por um falso senso de justiça, através da presença ou ausência de um Deus (de si), que ao mesmo tempo que julga habita o céu e o inferno. Quando ele "se torna o próprio jack" falando sobre ficar impune, ele fala muito mais sobre a sociedade hipocrita, que faz um escândalo com o filme, do que sobre o que torna “persona non grata”. Quando ele elogia Hitler ele, causa uma sensação ruim, porque fala muito mais sobre o Jack que habita em cada um de nós, sobre a nossa hipocrisia e da ironia de Lars que ao invés de hipócrita, é cínico e sarcástico. Mais fácil só confundir Jack/hitler com Lars, do que a si mesmo, e não perceber que a ligação entre Hitler e Jack, além das mortes, era apenas que ele era pintor e arquiteto frustrado. E Lars apenas mais uma vez nos lembra que Hitler foi eleito e aclamado pelo povo... [...]
Uma obra de arte não compreendida, dificil de digerir, e por isso muito vomitada/xingada. Os comentários negativos de quem diz que “gosta” dos filmes de Lars não me convenceram... Esse filme dele foi muito foda. Além de brilhante em suas referências artísticas, que o acompanha em todos os “incidentes”, em sua tragetória, principalmente no passeio de Jack/Dante, acompanhado de Virgílio, ao inferno... Com a diferença de que o inferno não é mais metafísico, é bastante real, é social, é presente e é frio.
Como uma comédia pode nos deixar chocados? Nossa... Não sei se as estrelas seriam as mesmas se não estivéssemos no atual cenário político, com o Hitler do Brasil. Mas, sentir o filme por completo me deixou estarrecido.
Este filme é um tapa na cara da sociedade. Olhando nos comentários só percebo muita ignorância. É difícil apreciar um filme desses quando as pessoas acham que tudo deve pertencer a uma caixa e levar um rotulo. "É menino? é Menina? quer ser menino? quer ser menina? gosta de menino? gosta de menina?" Quando é díficil de entender que Alex só queria SER. A binaridade de gênero acaba sendo muito normativa e opressiva para os intersexuais, e também para todos os gêneros que vão além do masculino e feminino, e também de cromossomos. E sim, ELES EXISTEM. A sociedade ignorante é quem os adoece. E não, o rapaz que ficou com Alex não tem que ser gay, não tem que ser pansexual, bissexual ou heterossexual. Ele não tem que ser nada, não tem que ter um rótulo. Porque as dúvidas sobre o sexo, sexualidade ou gênero de uma pessoa, nem precisam ser esclarecidas. E só o que acontece aqui, aos espectadores ignorantes, são perguntas e dúvidas bizarras, que você não costuma responder socialmente. O final é exatamente o que deve ser: A subjetividade da rejeição do que não pertence à caixinhas, curiosidade e o povo querendo cagar regra. "Esqueça dela, ela é muito para você". Belo filme. Mais um favorito!
Verão de 85
3.5 173 Assista Agora"Talvez eu o amasse. Acreditei amá-lo. Amei o suficiente para conhecer o significado da palavra. Como saber? Sempre pensei que saberia no instante que acontecesse. Só o que eu sabia é que nunca me cansaria dele. Eu queria passar cada segundo do meu tempo com ele. No entanto, estar com ele também não era o suficiente. Eu queria olhá-lo, que ele me tocasse. E que nós ficássemos juntos o tempo todo, por 3.628.800 segundos". "I am sailing, I am sailing. Home again, 'cross the sea. I am sailing, stormy waters to be near you, to be free". A cena do walkman <3
O filme nos lembra sobre o medo de perder quem amamos. E esse medo é desproporcional quando se é LGBT, quando não somos aceitos pelos familiares, e perdemos alguém que amamos, a certeza de que não poderemos vê-lo após partir.
A cena de desespero do necrotério me deu gatilho
Arquivos de um Serial Killer
3.2 39 Assista AgoraAnos 80, o silêncio dos homens gays largados na marginalidade pelas autoridades e pela sociedade. Na sargeta, uma presa fácil para crimes sem rastros e violências ainda maiores. Apenas silêncio.
2021, o Brasil é o país que mais mata LGBts no mundo. Apenas silêncio.
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraExistem crianças no fundo do poço, mas os "de cima" não veem, nunca viram.
Rambo: Até o Fim
3.2 550 Assista AgoraRoteiro ruim pra ser um filme do Rambo. Eventos fracos e desnecessários. Da metade em diante fica “interessante”. Mesmo se fosse mais um filme clichê do gênero, daria no máximo 3,0. Como destruíram a imagem do Rambo, prefiro nem marcar.
Ilha do Medo
4.2 4,0K Assista AgoraUm filme sobre transtorno de personalidades múltiplas.
O filme te deixa como o Teddy, sozinho, se questionando quanto à realidade, duvidando de tudo e de todos. Vc é levado com a tormenta, do atormentado, e fica confuso. Assume o papel do Teddy com empatia e deseja também a fuga (da ilha, dos problemas sem saída ), vc só acredita nele, e em mais em ninguem. Manipulado por
Teddy, e suas personalidades, você apenas diz: ele está São, está fazendo tudo para conseguir sair /superar (e está sendo levado a isso por profissionais - mas na sua mente ele está apenas enfrentando toda uma conspiração contra ele.)
Vc, ainda convencido da sanidade dele, e sem querer aceitar tanto quanto ele, acredita ainda no final que ele está dando um jeito de dizer “o que querem que ele diga”, não o que ele acredita, para conseguir fugir. Porque Você ainda tem dúvida e está doente tanto quanto ele com a sua teoria da conspiração na mente, e mania de perseguição. Acreditou em tudo o que as outras personalidades dele disseram, o que ele mesmo queria ouvir e o que vc junto a ele queria acreditar.
Mas, a realidade dói e te decepciona ao final qnd você percebe, em uma centelha de “consciência”, que ele prefere viver com seus monstros, a morrer como um homem bom (O homem que vc queria que ele fosse e idealizou). Prefere conviver com seus personagens, pois está familiarizado, “brincando de casinha”, e revivendo tudo, se punindo mentalmente misturado ao seu assassino interior. Não quer largar os personagens e as lembranças, assim como não quer aceitar sua culpa jogaNDO a culpa em alguém, ao mesmo tempo que punindo o culpado (ele mesmo)
Revivendo tudo de novo, apegado ao que lhe restou, o passado.
muito massa! Sem falar na atuação impecável de di Caprio , que merecia, no mínimo, indicação ao Oscar.
Se você for disperso, não é um filme pra ver só uma vez.
Mais um favorito!
100 Escovadas Antes de Dormir
2.7 503Eu gostei do filme, achei a narrativa adolescente muito bacana e convincente. Sofri junto com a personagem.
Divino Amor
3.3 240Joana com sua utopia de amar demais, e sua humanização. Seria este seu pecado? Alguém conseguiu duvidar de Joana, de Dira Paes? (caralho!) Inserida no domínio do Estado (ainda considerado laico) sobre os corpos, com seus detectores da heteronormatividade, onde o tesão precisa ser controlado apenas para procriar, formar as famílias do Estado. Corpos doutrinados. Aqui não há burocracia humanizada, nem parto humanizado (ponto). A ultrassonografia é feita no pênis do homem, e todo questionamento sobre fertilidade depende da fé. O enquadramento rígido da cena do sexo, impede o ar sacana de um possível "swing religioso". Das cores neon (vaporwave e aquele som anos 80..., aquele som que hipnotiza... lembra o fashwave dos fascistas? medo! ) à associação do carnaval, a subversão de papéis sociais, transformação temporária do "prisioneiro" em rei; e a humilhação, submissão e punição do rei, frágil e infértil frente ao seu deus, de cabeça pra baixo e nu. Quem tem fé não duvida, e o homem sem fé é um homem infértil. 100% Jesus ou nada. A cabine de oração futurística drivethru, onde a fé é questionada... e arrepia. Lembrando como a religião se encaixa na fragilidade das pessoas (problemas de relacionamento, doença, perdas de entes queridos...), desses encontros de casais... a reconciliação e toda uma lavagem cerebral e sacrifícios, a aproximação do impacto negativo da influencia da religião sobre a saúde mental. "Quem tem fé não tem dúvida" , não há espaço para o questionamento. E com esse ar nostálgico e futurista, ela se justifica ali... (medo dessas novas igrejas "atualizadas"... tipo "A Ponte" aqui em Recife :x) O filme aborda algo bem atual, mas que também não vemos no cinema brasileiro. Dessa forma, ele acaba cumprindo com certa perfeição o seu papel. Porém, apesar de achar muito inteligente o que o diretor quis passar, acredito que "Divino Amor" poderia ter sido menos pertubador nas entrelinhas e mais pertubador de cara. O "swing religioso" se vc perceber, fez até sentido (pelo apelo sonoro e visual do filme), e não soaria tão péssimo se não fosse a parte do "fruto amargo". Talvez a intenção do filme fora esta... uma vez que os elementos usados hipnotizam e convencem. A crítica ficou nas entrelinhas, o que eu achei um desperdício, por poder atingir mais de cara todos os públicos... A mensagem do filme, fora "o a sociedade não está preparada para receber Jesus", foi realmente passada para todos os públicos? Talvez por ver outras distopias mais escancaradas, e intuitivas, como a série “The Handmaid’s Tale”, esperava algo mais simples de se perceber logo de cara, algo mais substancial. Porém, gosto do trabalho de Gabriel Mascaro e acredito muito no potencial do diretor! Sei que ele, genial como é, se não quis, tinha condições de fazer uma comunicação menos complexa sobre o tema, para dar melhor visão às pessoas. Reforço meu gosto pelas obras do diretor, adorei Divino Amor, e amei MUITO "Boi Neon". Só acho que criei muitas expectativas no tema, e fiquei desejando uma mensagem mais esmiuçada do filme.
O Bar Luva Dourada
3.5 340Achei o filme bem porco. E, me trouxe uma reflexão...
de início senti que não me chocou tanto quanto outros filmes do gênero. Algumas cenas de violência davam um certo tédio, e eu ficava esperando algo substancial, algo que revirasse o estômago, que surpreendesse o contexto.. E depois, me questionando sobre o porquê de não chocar..., refleti se não estava menosprezando de certa forma as pessoas daquele contexto “sujo”: alcoólatras, homens sujos, e as putas, velhas, alcoólatras, sujas e bêbadas, e de certa forma e naturalizando a violência contra elas, tanto quanto elas, que já esperavam pela violência, tanto que sequer retrucavam, anestesiadas e viciadas numa vida de merda... E a gente nem se questiona o porquê disso, só naturaliza tbm, inclusive o machismo podre das cenas e a objetificação das mulheres.
****a restrição do spoiler não tá pegando...****
Não entendi a do pênis sobre a mesa, não deu nem tempo kkk, pq eu realmente esperava pelo óbvio... E depois, nada aconteceu? oi?
Bom, o fato é que damos força, sem perceber, ao assassino e naturalizamos a violência contra essas mulheres. Não criamos empatia ao contexto “sujo".
E se acontecesse tudo isso a um público mais clean, ficaria mais revoltado? Acredito que sim. Se fosse criança , por exemplo, estaria em depressão pós-filme.
Nos devaneios com a mocinha, o diretor pega leve, então não choca... se torna apenas um desejo clean, para um serial Killer.
Já a faxineira a princípio tem o mesmo abono do diretor, mas “perde” um pouco qnd se revela um pouco fora do “clean”, fugindo dessa aura inicial, qnd se mostra bebendo, incendiando uma farrinha, e influenciada pelas irresponsabilidades do marido alcoólatra. E aí é atacada... e a gente até se comove um pouco pela história dela...
Já com as prostitutas velhas, não há abono, é violência gratuita. O diretor já não se importa, e alguém se importa? A gente só olha sem sentir nada, tão anestesiados quanto as putas alcoólatras ... e quando você nota que não sentiu empatia pela situação, e que autorizou na mente tudo aquilo sem se dar conta... é que você percebe que o filme te deu uma porrada na cara, mas você está anestesiado e submissivo demais para sentir.
Ana e Vitória
3.2 357“Trouxe coxinha”.
Apesar de não ser fã do som delas, achei os diálogos engraçadinhos e um romance sapatônico fofo. Achei bacana a mistura dos diálogos virtuais na vida cotidiana, e como isso trouxe as múltiplas formas de se relacionar, que se atualizam na mesma medida da espera nas redes pela novidade,que não vem porque “já vimos tudo do dia”.
Achei interessante a forma individual de cada uma de se relacionar, porém com a mesma procura sincera pelo pertencimento e desapego, ao mesmo tempo.
Gostei das duas! Impossível não me misturar/reconhecer nas histórias. As situações são bem aleatórias e diferentes, muito massa! Um filme gostoso de assistir.
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraÉ difícil vc não se pegar balançando a cabeça, e quando menos espera já está entrando na festa. Um lugar aparentemente seguro, que começa a se transformar na visão do inferno. É uma experiência sensorial, excepcional, de morte.
“Ótimo filme, não indico pra ninguém”. (Como disse o Bruno de Mendonça)
O Rei Leão
3.8 1,6K Assista AgoraMinha avaliação foi para o filme legendado.
Apesar de estranhar um pouco, por ter o
ouvido acostumado ao dublado original, achei muito maravilhoso! Tive a impressão de que se visse a versão o dublada, ficaria decepcionado. Mas penso em vê-la também.
Experiência bem nostálgica!
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista AgoraUm tapa na cara da sociedade.
Agora imagine esse filme há 20 anos. (uma voadora de dois pés)
Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual
4.3 2,3K Assista Agora"Cómo encontrar el amor si no sabes dónde está?"
Bohemian Rhapsody
4.1 2,2K Assista Agora"We are the champions, my friends
And we'll keep on fighting till the end"
Em Chamas
3.9 378 Assista Agora"Não precisa ver a laranja. Basta esquecer que ela não está aqui". Alimente o gato.
Para não achar chato vc tem que Esquecer o padrão de filme e usar a sua imaginação. O bom desse filme é que os comentários não serão iguais porque cada um usa a sua própria imaginação para preencher suas dúvidas. O filme muda de gênero várias vezes, ele deixa a imaginação fluir... pois tudo é colocado em dúvida, como a existência da laranja. No mínimo alguém se pergunta: "o gato existe?".
A Casa Que Jack Construiu
3.5 788 Assista AgoraGenial! Uma obra de arte. Sai do cinema satisfeito, assistiria de novo e em vez de puto com o diretor (como muitos estão criticando), sai puto com a platéia inclusive cmg.
O filme pesa a obra de arte e a sociedade. A prícipio ele se mostra cínico, e insensível às dores do mundo, mas se constrói, e se justifica como denúncia da insensibilidade, da ausência de solidariedade no mundo. Traz o sofrimento desapiedado como estratégia, muito além do prazer perverso do diretor, ou da celebração da morte, ou puramente da violência contra mulheres e saudações a Hitler como muitos acharam e criticaram. Ele não só se denuncia, se compara, mas denuncia a própria platéia, a sociedade. A impureza do sentimento e da sociedade humana, da obra, do abstrato. A obra que torna como objeto de espetáculo o espectador alienado.
Eu só percebo no filme em sacadas muito fodas, e a intenção dele nos lembrar, e inclusive jogar na nossa cara, sobre como a sociedade é machista e misógina, onde a mulher não têm voz e é humilhada. Assim como nos mostra de forma escancarada o feminicídio, onde a mulher é morta pelo moralismo, e sepultada pelo silêncio obscuro dessa mesma sociedade. Entre outras violências naturalizadas.
Na primeira cena, quando ele mata a mulher porque ela era “chata”, eu ouvi muitas risadas e pessoas dizendo: também, que mulher chata, mereceu! Ouvi isso de mulheres.
Na viúva, começou com as risadas... todos aliviados porque ele conseguiu fugir arrastando a mulher num saco pela pista, mas quando ele virou o corpo da mulher com o rosto oco (ralado de asfalto), as pessoas começaram a prestar mais atenção no terror da coisa, ou não...
Na cena do patinho, todo mundo puto com o diretor porque Jack, criança, pegou um patinho da lagoa, cortou a pata com um alicate, e o devolveu para o lago. As pessoas gritando lá indignadas, a maioria ignora como chegam à mesa os animais que comem. Esse é o mesmo pessoal que come pato, galinha, e compra já cortado. O que choca os seres humanos?
Não lembraram que a cena retrata a infância de um Psicopata, de tão acostumados a um mundo “safo” cor de rosa.
Achei foda como ele fala da caça, e compara ela aos seres humanos com a mesma frieza que tratam os animais. Dizendo que os humanos escolhem quais animais vivem e quais não vivem. Os que protegem e os que matam. Ao caçar uma mulher e seus dois filhos simulando uma caça aos veados, Jack, em sua observação lógica de caça, mata os filhos e depois a mãe, onde retrata a psicopatologia do caçador humano, aquele mesmo que mata animais à toa, somente para que tenha TROFÈUS de sua capacidade para a atrocidade. Novamente platéia indignada com aquilo, afinal tinha criança, mas a sensibilidade sobre matar veados, por ex, não seria a mesma que foi com o patinho!
A cena da mulher falando com o policial e ele a descredibilizando e a culpando. Ao invés de protegê-la, 0o policial (sociedade) a questiona e a entrega ao seu assassino. Aqui, quantas mulheres não conseguem proteção com a lei maria da penha, e só voltam para casa, para o corredor da morte?
Ela gritando e ngm nem aí... lembrando que “em briga de casal ngm mete a colher” e os vários feminicídios após isso. Além disso ele nos mostra o massacre psicológico causado por um relacionamento abusivo, reforça como na cultura machista a mulher não é só descredibilizada como é humilhada.
É incrível como a platéia escolhe quem protege ou não o tempo todo, ou apenas silencia e é conivente com o assassino.
Lembrando ainda que o filme era sobre um Serial Killer. As pessoas pagam para assistirem violência gratuita, pagam para ver filmes de terror, com tortura física ou psicológica, comendo pipoca, mas esse era absurdo? Todo mundo sabia que era um filme sobre um Serial Killer nenhuma novidade, e acredito que grande parte da platéia sabia quem é Lars, mas foi ao filme muito mais na ânsia de criticá-lo, pelas polêmicas do filme, do que com senso crítico pós-filme.
Achei muito foda quando ele fala “O céu e o inferno é um e um mesmo”, a humanidade condenatória, separada por um falso senso de justiça, através da presença ou ausência de um Deus (de si), que ao mesmo tempo que julga habita o céu e o inferno.
Quando ele "se torna o próprio jack" falando sobre ficar impune, ele fala muito mais sobre a sociedade hipocrita, que faz um escândalo com o filme, do que sobre o que torna “persona non grata”. Quando ele elogia Hitler ele, causa uma sensação ruim, porque fala muito mais sobre o Jack que habita em cada um de nós, sobre a nossa hipocrisia e da ironia de Lars que ao invés de hipócrita, é cínico e sarcástico. Mais fácil só confundir Jack/hitler com Lars, do que a si mesmo, e não perceber que a ligação entre Hitler e Jack, além das mortes, era apenas que ele era pintor e arquiteto frustrado. E Lars apenas mais uma vez nos lembra que Hitler foi eleito e aclamado pelo povo... [...]
Uma obra de arte não compreendida, dificil de digerir, e por isso muito vomitada/xingada.
Os comentários negativos de quem diz que “gosta” dos filmes de Lars não me convenceram... Esse filme dele foi muito foda. Além de brilhante em suas referências artísticas, que o acompanha em todos os “incidentes”, em sua tragetória, principalmente no passeio de Jack/Dante, acompanhado de Virgílio, ao inferno... Com a diferença de que o inferno não é mais metafísico, é bastante real, é social, é presente e é frio.
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Não sei se as estrelas seriam as mesmas se não estivéssemos no atual cenário político, com o Hitler do Brasil. Mas, sentir o filme por completo me deixou estarrecido.
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Gostei da trilha!
22 de Julho
3.7 219 Assista AgoraCom a atual situação do Brasil nestas eleições, fiquei mal o filme inteiro...
XXY
3.8 506 Assista AgoraEste filme é um tapa na cara da sociedade.
Olhando nos comentários só percebo muita ignorância. É difícil apreciar um filme desses quando as pessoas acham que tudo deve pertencer a uma caixa e levar um rotulo. "É menino? é Menina? quer ser menino? quer ser menina? gosta de menino? gosta de menina?" Quando é díficil de entender que Alex só queria SER.
A binaridade de gênero acaba sendo muito normativa e opressiva para os intersexuais, e também para todos os gêneros que vão além do masculino e feminino, e também de cromossomos. E sim, ELES EXISTEM. A sociedade ignorante é quem os adoece.
E não, o rapaz que ficou com Alex não tem que ser gay, não tem que ser pansexual, bissexual ou heterossexual. Ele não tem que ser nada, não tem que ter um rótulo. Porque as dúvidas sobre o sexo, sexualidade ou gênero de uma pessoa, nem precisam ser esclarecidas. E só o que acontece aqui, aos espectadores ignorantes, são perguntas e dúvidas bizarras, que você não costuma responder socialmente.
O final é exatamente o que deve ser: A subjetividade da rejeição do que não pertence à caixinhas, curiosidade e o povo querendo cagar regra.
"Esqueça dela, ela é muito para você".
Belo filme.
Mais um favorito!
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