Melhor que o primeiro em diversos aspectos: o valor de produção aumenta, o roteiro é mais alinhavado... dar play nesse thriller dinamarquês com um balde de pipoca ao lado se torna uma combinação certeira pra um sábado a noite.
Cá entre nós: é bastante competente pra um episódio de uma série de TV documental. O problema é que toda essa história talvez merecia mais, uma investigação mais minuciosa, um respaldo para que todo o movimento #FreeBritney, que tem um início ridículo - quase uma paródia de si mesmo - não parecesse apenas uma teoria da conspiração de fãs ensandecidos. Tudo que Britney viveu nos últimos vinte anos rende uma longa discussão sobre mídia, machismo e saúde mental, e esse episódio produzido pelo The New York Times resume e arranha apenas a superfície do problema.
Com qualidade suficiente pra colocar muito filme hollywoodiano no chinelo, esse filme policial dinamarquês baseado num best-seller continua muito bem construído e executado. Me surpreende que os EUA não tenha enxergado a oportunidade de um remake aqui (ainda)...
Mirando no live action do Sonic e acertando no do Pica Pau, o novo filme de Tom & Jerry tem suas competências visuais completamente limadas pelo roteiro imbecil e incapaz de manter um nível de diálogos minimamente satisfatório (parece um trabalho feito de qualquer jeito, afinal os protagonistas não falam). Somos brindados com uma desconfortável e abaixo da média Chloë Grace-Moretz, que convenhamos, não precisaria fazer esforço algum num filme como esse e, mesmo assim, entrega MENOS do que deveria. Nada parece muito no lugar, a não ser o humor digitalmente físico dos protagonistas (e antagonistas) animados, mas que é apenas uma reprodução de várias piadas visuais que já conhecemos há OITO DÉCADAS. Se você ainda acha graça delas, tudo bem: vá ciente que não há nenhuma nova tirada sequer. Agora se você espera uma experiência minimamente divertida em família, não acho que essa seja a melhor opção.
Envelhecendo melhor do que poderíamos esperar de uma comédia de quatro décadas atrás, o filme é ainda engraçado e relevante - no que diz respeito a relevância da discussão, entretanto, não sei se é algo necessariamente bom...
Há muitos filmes dentro de O Mensageiro do Último Dia mas eles não funcionam tão bem em conjunto. Há ideias muito boas (e algumas sequências aterrorizantes), mas são mais de duas horas (e um prólogo de VINTE E DOIS MINUTOS que não vai a lugar algum) de um filme meio indeciso e lançado pela Disney sem qualquer cuidado apenas para desovar a herança da Fox. Se fosse uma minissérie, talvez, toda essa história funcionaria melhor.
O cinema feito "na marra" por Rodrigo Aragão está cada vez mais ambicioso. Porém nesse aqui, embora a ideia seja incrível, não sei se sou tão fã assim da montagem. É visualmente deslumbrante, mas o vai e vem na linha temporal me cansou mais do que deveria. Fora que no terceiro ato o roteiro joga a toalha e vira só uma grande mostra de maquiagem e efeitos visuais práticos e digitais — sensacionais inclusive, que botam muito filme de Hollywood com dez vezes mais orçamento no chinelo. É uma boa adição a filmografia do capixaba? Sim, com certeza. Mas o mais importante é que, num país que trata tão mal a cultura e o audiovisual e principalmente os filmes de gênero, Aragão e sua equipe são heróis da resistência (que esperamos ver fazendo muito mais longas em breve).
"My love is vengeance that's never free". O pequeno verso de "Behind Blue Eyes", embora nada tenha a ver com essa história, a define muito bem: num sistema opressor em que homens nunca deixam de ser garotos, eles gozam do poder enquanto elas guardam seus medos e traumas na bolsa todo dia ao sair de casa.
Protagonizado por uma sensacional Carey Mulligan, o primeiro longa-metragem de Emerald Fennell é a surpresa mais agridoce da temporada. Colorido aos olhos e dolorido no peito, o filme repleto de sarcasmo e ironia quase nos faz esquecer qual o assunto urgente e indigesto que ele está tratando, tudo isso culminando num final que cai como um soco no estômago ao som de uma versão orquestrada de "Toxic" de Britney Spears. Por falar em trilha sonora, acredito que "Boys" de Charli XCX e "Stars Are Blind" de Paris Hilton nunca atingirão glória maior do que a de estarem presentes nesse filme. Pungente, poderoso e pop, Bela Vingança tem cara daquelas obras que atravessam gerações. Isso só o tempo dirá, mas o tema que ele discute está muito longe de se tornar um passado distante.
A premissa é relativamente simples, mas o longa consegue usar com bastante eficiência suas ferramentas para elevar a tensão gradativamente até te pegar de calças curtas num terceiro ato catártico e imprevisível. Uma grata surpresa - nada revolucionário, mas perspicaz o suficiente pra te manter vidrado até o fim.
Facilmente um dos piores filmes do TRU (Thalita Rebouças Universe), Pai em Dobro se sustenta no carisma de Maisa — que, magnética como só ela, consegue nos segurar por 100 minutos de uma história que já vimos sendo feita várias vezes melhor (e da última vez tinha ABBA ao invés de Anavitória na trilha sonora).
Meia estrela só pelo fato de terem feito a coitada da Maisa pisar pela primeira (e provavelmente a única) vez em toda a sua vida no Terminal Novo Rio... tadinha.
Dave Bautista é um The Rock ainda em treinamento, mas essa comédia inofensiva é daquelas que nós não reclamaríamos quando fossem exibidas na Tela Quente (se a dublagem sumir com os palavrões dá até pra passar na Sessão da Tarde).
A difícil trajetória de transformar um refúgio num lar. Processar a dor, a culpa e entender sua própria individualidade é um trabalho árduo num sistema que quer que você desista — mas a resistência é por você e por todos que tentaram antes.
E claro, é tudo assustador o suficiente caso você não queira pensar em nada disso.
Um filme que Christopher Nolan faria se tivesse um mínimo de ousadia, Possessor é uma obra violenta e de digestão difícil, mas altamente recompensadora.
Só uma pessoa que conviveu com a Morte por tantos anos poderia transformá-la e transcendê-la dessa maneira. De certa forma, Babenco nunca irá embora — pois ele, sua arte e sua herança são um só.
Melhor que o primeiro não só pelo roteiro mais alinhavado, mas principalmente por libertar Marcus Majella daquela heteronormatividade forçada do original. Mais livre e mais divertido, o resultado é um filme para a família que nada de braçada em meio aos clichês, capaz de divertir as crianças e, ao menos, não entediar os adultos - mesmo sendo uma história que você já viu sendo contada várias vezes.
Esse filme família tem lá suas qualidades, mas dá suas derrapadas no roteiro e na direção. Marcus Majella é um bom ator, mas nada tira a sensação de um filme que foi escrito para um outro ator (L****** H*****, rs), cheio de espaço para cacos e improvisações que não acontecem.
Eu só queria ver um filmeco de ação pra distrair a cabeça e fui presenteado com um roteiro engenhoso, uma direção afiada e um dos meus filmes de ficção científica favoritos dos últimos anos.
A vontade de ser uma versão feminista de "Get Out" é inversamente proporcional a qualidade desse roteiro. Não há nenhum mérito em ser um remake de Black Christmas também, afinal as semelhanças e referências são ínfimas. Longe de ser o desastre que pintaram, a sensação que fica é que essa ideia pode e deve ser revisitada no futuro — afinal, essa premissa está longe de ficar datada.
A edição é meio esquisita às vezes, mas mesmo perdido num mar de conveniências é um filme pra família bonitinho, com uma moral da história atualizada, pronto pra substituir as velharias que passam na Sessão da Tarde nos dias úteis.
PS.: Sempre tenho que comentar, mas é impressionante como a Isla Fisher é claramente a substituta da Amy Adams, rs.
Ridiculamente absurdo, completamente exagerado e com um humor bastante datado: algo que casa com as expectativas de um filme estrelado por Leandro Hassum. Entretanto, esse tipo de obra funciona muito pra um certo típico de público (não tanto pra mim, admito) e até que ele fica um pouco interessante depois do óbvio plot twist à brasileira.
Chega a ser doloroso assistir Blake Lively se esforçando física e artisticamente (com perucas feias e um sotaque inglês de qualidade duvidosa) como se estivesse num futuro indicado ao Oscar. O resultado final é amargo: o que no máximo poderia ser um bom filme de ação genérico termina sendo um filme de espiões medíocre, lento, sem um menor esforço lógico e que exige muita suspensão de descrença do espectador.
Departamento Q: O Ausente
3.6 58Melhor que o primeiro em diversos aspectos: o valor de produção aumenta, o roteiro é mais alinhavado... dar play nesse thriller dinamarquês com um balde de pipoca ao lado se torna uma combinação certeira pra um sábado a noite.
Framing Britney Spears: A Vida de uma Estrela
4.0 184Cá entre nós: é bastante competente pra um episódio de uma série de TV documental. O problema é que toda essa história talvez merecia mais, uma investigação mais minuciosa, um respaldo para que todo o movimento #FreeBritney, que tem um início ridículo - quase uma paródia de si mesmo - não parecesse apenas uma teoria da conspiração de fãs ensandecidos. Tudo que Britney viveu nos últimos vinte anos rende uma longa discussão sobre mídia, machismo e saúde mental, e esse episódio produzido pelo The New York Times resume e arranha apenas a superfície do problema.
Departamento Q: Guardiões das Causas Perdidas
3.8 105 Assista AgoraCom qualidade suficiente pra colocar muito filme hollywoodiano no chinelo, esse filme policial dinamarquês baseado num best-seller continua muito bem construído e executado. Me surpreende que os EUA não tenha enxergado a oportunidade de um remake aqui (ainda)...
Annabelle 3: De Volta Para Casa
2.8 682 Assista AgoraEmbora um pouco lento demais, o terceiro filme do spin-off de Invocação do Mal é divertido e bastante competente.
Tom & Jerry: O Filme
2.8 147 Assista AgoraMirando no live action do Sonic e acertando no do Pica Pau, o novo filme de Tom & Jerry tem suas competências visuais completamente limadas pelo roteiro imbecil e incapaz de manter um nível de diálogos minimamente satisfatório (parece um trabalho feito de qualquer jeito, afinal os protagonistas não falam). Somos brindados com uma desconfortável e abaixo da média Chloë Grace-Moretz, que convenhamos, não precisaria fazer esforço algum num filme como esse e, mesmo assim, entrega MENOS do que deveria. Nada parece muito no lugar, a não ser o humor digitalmente físico dos protagonistas (e antagonistas) animados, mas que é apenas uma reprodução de várias piadas visuais que já conhecemos há OITO DÉCADAS. Se você ainda acha graça delas, tudo bem: vá ciente que não há nenhuma nova tirada sequer. Agora se você espera uma experiência minimamente divertida em família, não acho que essa seja a melhor opção.
Como Eliminar seu Chefe
3.6 81Envelhecendo melhor do que poderíamos esperar de uma comédia de quatro décadas atrás, o filme é ainda engraçado e relevante - no que diz respeito a relevância da discussão, entretanto, não sei se é algo necessariamente bom...
O Mensageiro do Último Dia
2.6 160 Assista AgoraHá muitos filmes dentro de O Mensageiro do Último Dia mas eles não funcionam tão bem em conjunto. Há ideias muito boas (e algumas sequências aterrorizantes), mas são mais de duas horas (e um prólogo de VINTE E DOIS MINUTOS que não vai a lugar algum) de um filme meio indeciso e lançado pela Disney sem qualquer cuidado apenas para desovar a herança da Fox. Se fosse uma minissérie, talvez, toda essa história funcionaria melhor.
O Cemitério das Almas Perdidas
3.1 72O cinema feito "na marra" por Rodrigo Aragão está cada vez mais ambicioso. Porém nesse aqui, embora a ideia seja incrível, não sei se sou tão fã assim da montagem. É visualmente deslumbrante, mas o vai e vem na linha temporal me cansou mais do que deveria. Fora que no terceiro ato o roteiro joga a toalha e vira só uma grande mostra de maquiagem e efeitos visuais práticos e digitais — sensacionais inclusive, que botam muito filme de Hollywood com dez vezes mais orçamento no chinelo. É uma boa adição a filmografia do capixaba? Sim, com certeza. Mas o mais importante é que, num país que trata tão mal a cultura e o audiovisual e principalmente os filmes de gênero, Aragão e sua equipe são heróis da resistência (que esperamos ver fazendo muito mais longas em breve).
[Assistido na Mostra de Cinema de Tiradentes]
Bela Vingança
3.8 1,3K Assista Agora"My love is vengeance that's never free". O pequeno verso de "Behind Blue Eyes", embora nada tenha a ver com essa história, a define muito bem: num sistema opressor em que homens nunca deixam de ser garotos, eles gozam do poder enquanto elas guardam seus medos e traumas na bolsa todo dia ao sair de casa.
Protagonizado por uma sensacional Carey Mulligan, o primeiro longa-metragem de Emerald Fennell é a surpresa mais agridoce da temporada. Colorido aos olhos e dolorido no peito, o filme repleto de sarcasmo e ironia quase nos faz esquecer qual o assunto urgente e indigesto que ele está tratando, tudo isso culminando num final que cai como um soco no estômago ao som de uma versão orquestrada de "Toxic" de Britney Spears. Por falar em trilha sonora, acredito que "Boys" de Charli XCX e "Stars Are Blind" de Paris Hilton nunca atingirão glória maior do que a de estarem presentes nesse filme. Pungente, poderoso e pop, Bela Vingança tem cara daquelas obras que atravessam gerações. Isso só o tempo dirá, mas o tema que ele discute está muito longe de se tornar um passado distante.
Caçada
3.2 104 Assista AgoraA premissa é relativamente simples, mas o longa consegue usar com bastante eficiência suas ferramentas para elevar a tensão gradativamente até te pegar de calças curtas num terceiro ato catártico e imprevisível. Uma grata surpresa - nada revolucionário, mas perspicaz o suficiente pra te manter vidrado até o fim.
Pai em Dobro
3.0 129 Assista AgoraFacilmente um dos piores filmes do TRU (Thalita Rebouças Universe), Pai em Dobro se sustenta no carisma de Maisa — que, magnética como só ela, consegue nos segurar por 100 minutos de uma história que já vimos sendo feita várias vezes melhor (e da última vez tinha ABBA ao invés de Anavitória na trilha sonora).
Meia estrela só pelo fato de terem feito a coitada da Maisa pisar pela primeira (e provavelmente a única) vez em toda a sua vida no Terminal Novo Rio... tadinha.
#52FilmsByWomen
Aprendiz de Espiã
3.1 58 Assista AgoraDave Bautista é um The Rock ainda em treinamento, mas essa comédia inofensiva é daquelas que nós não reclamaríamos quando fossem exibidas na Tela Quente (se a dublagem sumir com os palavrões dá até pra passar na Sessão da Tarde).
O Que Ficou Para Trás
3.6 510 Assista AgoraA difícil trajetória de transformar um refúgio num lar. Processar a dor, a culpa e entender sua própria individualidade é um trabalho árduo num sistema que quer que você desista — mas a resistência é por você e por todos que tentaram antes.
E claro, é tudo assustador o suficiente caso você não queira pensar em nada disso.
Possessor
3.4 301 Assista AgoraUm filme que Christopher Nolan faria se tivesse um mínimo de ousadia, Possessor é uma obra violenta e de digestão difícil, mas altamente recompensadora.
Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer Parou
4.0 63Só uma pessoa que conviveu com a Morte por tantos anos poderia transformá-la e transcendê-la dessa maneira. De certa forma, Babenco nunca irá embora — pois ele, sua arte e sua herança são um só.
#52FilmsByWomen
Um Tio Quase Perfeito 2
2.6 26Melhor que o primeiro não só pelo roteiro mais alinhavado, mas principalmente por libertar Marcus Majella daquela heteronormatividade forçada do original. Mais livre e mais divertido, o resultado é um filme para a família que nada de braçada em meio aos clichês, capaz de divertir as crianças e, ao menos, não entediar os adultos - mesmo sendo uma história que você já viu sendo contada várias vezes.
Um Tio Quase Perfeito
2.7 93Esse filme família tem lá suas qualidades, mas dá suas derrapadas no roteiro e na direção. Marcus Majella é um bom ator, mas nada tira a sensação de um filme que foi escrito para um outro ator (L****** H*****, rs), cheio de espaço para cacos e improvisações que não acontecem.
Upgrade: Atualização
3.7 686 Assista AgoraEu só queria ver um filmeco de ação pra distrair a cabeça e fui presenteado com um roteiro engenhoso, uma direção afiada e um dos meus filmes de ficção científica favoritos dos últimos anos.
Natal Sangrento
2.1 181 Assista AgoraA vontade de ser uma versão feminista de "Get Out" é inversamente proporcional a qualidade desse roteiro. Não há nenhum mérito em ser um remake de Black Christmas também, afinal as semelhanças e referências são ínfimas. Longe de ser o desastre que pintaram, a sensação que fica é que essa ideia pode e deve ser revisitada no futuro — afinal, essa premissa está longe de ficar datada.
#52FilmsByWomen
Fada Madrinha
3.2 83A edição é meio esquisita às vezes, mas mesmo perdido num mar de conveniências é um filme pra família bonitinho, com uma moral da história atualizada, pronto pra substituir as velharias que passam na Sessão da Tarde nos dias úteis.
PS.: Sempre tenho que comentar, mas é impressionante como a Isla Fisher é claramente a substituta da Amy Adams, rs.
#52FilmsByWomen
O Amor Dá Trabalho
2.7 39 Assista AgoraRidiculamente absurdo, completamente exagerado e com um humor bastante datado: algo que casa com as expectativas de um filme estrelado por Leandro Hassum. Entretanto, esse tipo de obra funciona muito pra um certo típico de público (não tanto pra mim, admito) e até que ele fica um pouco interessante depois do óbvio plot twist à brasileira.
O Ritmo da Vingança
2.5 72 Assista AgoraChega a ser doloroso assistir Blake Lively se esforçando física e artisticamente (com perucas feias e um sotaque inglês de qualidade duvidosa) como se estivesse num futuro indicado ao Oscar. O resultado final é amargo: o que no máximo poderia ser um bom filme de ação genérico termina sendo um filme de espiões medíocre, lento, sem um menor esforço lógico e que exige muita suspensão de descrença do espectador.
#52FilmsByWomen
Encontro de Natal
3.4 39 Assista AgoraFilmes gays de natal™: minha nova obsessão.
Quero todo ano agora
Dashing in December
3.2 22COWBOYS GAYS NATALINOS!!!!
E FELIZES!!!