Tive uma relação de amor e ódio com a Tyra e a Tatianna. Duas bonecas, mas controversas em relação a personalidade. Porém, nesse ponto, foram bem melhor que a Rebecca da season 1, que era somente linda. Já a Tatianna foi DEMAIS como Britney no Snacht Game, e a Tyra encantava com os looks transformadores. Senti falta da Pandora Boxx entre as finalistas, porque apesar de cafona, ela era muito divertida. Jessica Wild também era muito divertida. Não concordo com o final, a Raven merecia mil vezes mais. Minha preferida sem dúvida: belíssima e completa.
Montada ou desmontada, estou completamente apaixonada pela Raven. ♥
Gostei muito do resultado final, porém minha preferida é a Miss Flowers. Ela se tornou minha preferida logo de cara. A personalidade da Nina é doce, porém tem uma força imensa no palco, e nenhum desses extremos é forçação de barra. Talentosa, humilde. Minha drag preferida da temporada, sem dúvidas, por mim seria a campeã.
Shannel também me conquistou muito, ela é super talentosa. Meio arrogante, mas nada que seja irritante (como no caso da Akashia, por exemplo). Ela simplesmente tem poder e sabe disso. As apresentações dela são na verdade espetáculos. Os jurados foram mesmo injustos com ela, poxa.
Ongina foi uma das melhores coisas da temporada, sem dúvida. Não consigo aceitar um top 3 sem ela. Talentosa, divertida, e ainda nos surpreende com uma história comovente no episódio 4.
A weirdo da Tammie podia ter ficado um pouco mais, adorei muito o jeito meio Bette Davis misturado com Mars Attack! dela. Mas as injustiças maiores ficam com a eliminação da Jade e a duração da Rebecca no programa. Em relação a beleza, ela era realmente linda, mas a Jade pra mim ganhava fácil, além de não ter uma personalidade tão fake.
A personagem da Evelyn é muito interessante. É uma transexual que não cai no esteriótipo caricato, e ao mesmo tempo, também não faz questão de se encaixar nos bons costumes e na moralidade. É uma trans, sim senhora, e estudada, informada. E consegue conciliar tudo isso com a vida noturna. É puta. Puta é uma palavra que só quer dizer coisa boa.
A presença calada de Lwei é curiosa, e me fez pensar se ele buscava se encaixar em alguma coisa, ou simplesmente estava encaixado em tudo. Ao contrário do que li em alguns comentários abaixo, não achei o personagem fraco. Ele é sereno. Daquele tipo de gente que a gente convive e não faz ideia do que se passa na mente.
O escritor me incomodou. Eu o achei um covarde. Seja por ter abandonado o filho, seja por deixar a mãe o sustentar, seja pela conversa sobre o suicídio. Fui fraca e o julguei. Talvez por infelizmente me ver nele de algum modo.
Esse filme é a prova de que não tem coisa mais interessante que gente. É como viajar de ônibus sem fone de ouvido. Você ouve cada história e fica meio comovido, meio hilariado. Três histórias de pessoas completamente diferentes que só o que tem em comum é o céu sobre os ombros. Mas com esse céu sobre os ombros, vem os pés sobre a terra, e com os pés sobre a terra vem todos os medos, incertezas, contradições, desesperanças... mas também os sonhos e a força.
Dá vontade de sentar com os atores e com o diretor e bater o maior papo.
Linda essa capa, esse nome e a trilha sonora. As atuações estão magníficas também: Emily Watson tá visceral e Stellan Skarsgård nunca decepciona. Essa parceria Skarsgård - Von Trier só rende coisa boa, e isso é desde sempre.
Nunca pensei que uma das histórias de amor mais bonitas que já vi seria feita pelo Lars. Apesar de que é aquele tipo de coisa que você - como não poderia deixar de ser, tratando-se do brother Lars - não sabe se é de fato bonito, ou simplesmente terrível; não sabe se te deixa com borboletas na barriga ou esse desconforto é literalmente enjoo causado pelas coisas que ele escancara sem dó; não sabe se o que mais te marcou no filme é o que ele tem a dizer sobre a bondade, ou o que te mais marcou é justamente o que ele tem a dizer sobre a maldade. Se desperta fé ou a descrença na humanidade. Se é grotesco ou sublime. Se anda na linha tênue ou se atinge os extremos.
Só sei que funcionou comigo e eu estou completamente encantada.
Babenco é sensacional. Definitivamente é um dos meus diretores preferidos. Gosto muito desse fraco que ele tem por contar histórias sob a perspectiva do marginal, humanizá-los (sem demagogia) e escancarar a podridão dos poderosos. E ele faz isso sem muitos artifícios, na honestidade, secura, nudez e crueza, mas consegue deixar isso bonito, até lírico. As cenas dos sonhos me lembraram muito Buñuel - o que me fez gostar ainda mais do filme.
Pixote foi onde ele ganhou meu coração, mas Lúcio Flávio também não decepciona. A injustiça social é tão grande que é difícil o filme não despertar um certo banditismo - mesmo que somente de forma "artística", claro. Me peguei torcendo pelo vilão, e então percebi que quase já não sabia quem era o "vilão". Mas nós sabemos.
Detalhe para a trilha sonora feita por John Neschling. Lindona demais.
Não gosto e evito comparar duas mídias diferentes, como a literatura e o cinema, e além disso, não costumo ser exigente quanto as adaptações. Mas acredito que esse filme é o típico caso daquelas adaptações que são rasas pra quem não conhece a história do livro, e ainda mais rasa pra quem a conhece. O filme é indiscutivelmente bonito, mas não faz jus a obra prima do Milan. Porém adorei as escolhas dos atores principais. O jeito de raposa e a manha do Day-Lewis e o olhar carregado, doloroso e embargado da Binoche ilustram bem a oposição peso/leveza que propõe a história. Me encheu de vontade reler... um dos meus livros preferidos, inesquecível e emocionante.
O discurso final é de ouro... útil até hoje, e sempre será. Dizer que Chaplin é gênio é uma coisa óbvia, porém não cansa repetir. Esse cara foi tão incrível em filmes mudos e soube usar muito bem, e num ótimo momento, o poder da voz.
Documentário incrível, que soube inevitavelmente ser forte e ao mesmo tempo bonito, ao passo que o narrador contextualiza suas filmagens com o crescimento do filhinho mais novo e suas câmeras destruídas. Com naturalidade, desconstrói aquela imagem de terroristas barbudos fanáticos e violentos que nossa mídia fascista puxa saco dos Estados Unidos - que está sem dúvidas à favor do Israel, visando somente os próprios interesses em nome do "free world" - nos passa, e mostra como é cruel o sionismo e desigual essa luta. Ah! Detalhe para a presença de bandeiras do Brasil (especialmente na parte que eles estão vendo a Copa). Achei tão legal!
Ótimo documentário! Interessante para compreender como se sucedeu o golpe. Essencial para qualquer pessoa interessada em História. Essa história não pode ser esquecida! Nós precisamos conhecer nosso passado que, aliás, nem é tão passado assim. Essa noite durou 21 anos, mas sofremos resquícios dela ainda hoje, depois de 50 anos, sem contar os muitos que saíram impunes e os que até hoje defendem o golpe.
Inacreditável a cara dura dos EUA para intervir da maneira que bem entendem, manipulando e comprando a mídia, tudo para favorece-los. E cara, esse embaixador Lincoln Gordon é a cara do Ian Holm.
O ambiente é frio, chega a ser agressivo, as pessoas são estranhas com sotaques esquisitos, etc., e essas coisas contribuíram muito para o clima que causa estranhamento, fazendo com que a gente se sinta mais "Sob a Pele" da alienígena do que sob a pele "deles". Como quando ela anda na rua e se sente totalmente desencaixada, porém a tudo observa, seja notando alguma hostilidade grátis, ou então nas surpreendentes bondades instintivas das pessoas. E foram nesses detalhes que o filme se tornou tão sensível, apesar da trilha sonora (genial, diga-se de passagem) totalmente creepy. Lindo e assustador - destaque para as cenas da "sala negra" -, aliás, são características que combinadas só dão em coisa boa, vide Kubrick e Lynch, prováveis influências de Jonathan Glazer.
Foi no mínimo curiosa a facilidade de me sentir na pele dela, porque no começo ela é uma perigosa predadora, e isso não atrai, mas causa repulsa (ao menos em mim). Usa sua pele para atrair as presas. E isso se repete, e se repete. Porém, sutilmente ela vira a presa, uma frágil presa, e isso é inevitável (tão inevitável quanto me faz sentir, não em vão, a inesquecível faixa "Death", da trilha sonora).
Sob a pele. No começo do filme ela teve a preocupação excessiva com as roupas, para que depois de um tempo, quando começou a ter um problema de identidade, deixasse de usar o casado, passando frio e etc. No momento que aflora a empatia na alienígena, ela tem a oportunidade de usar roupa dos outros (a jaqueta daquele homem que cuidou dela).
Já no fim do filme, a cena dela com a própria pele nas mãos é muito significativa. Ela logo percebe que a pele e aquelas roupas não eram nada, da mesma forma que o rapaz deformado não se resumia na sua deformidade. Ao meu ver, ela aos poucos (durante as suas duradouras encaradas no espelho) já não se reconhecia em sua pele, afinal, aprendeu, para bem ou para mal, com esse curto contato com os humanos, que a identidade que temos na pele não é nada comparado ao interior - que ela tanto buscava nos homens para se alimentar, mas acabou sendo contaminada, ao chegar no âmago dos homens, pela a dor, a solidão e até mesmo uma espécie de amor.
Mas tragicamente parece que, quando enfim ela abaixa a guarda, e ao deixar de ser uma predadora, ela se encontra com a pior espécie do ser humano, aquele que a machucou por desejar sua pele, somente sua pele, e desconsiderar qualquer interior. Porém, quando assustado com seu lado de dentro, a censura e extermina sem pensar duas vezes. No mínimo um soco no estômago.
Estava eu olhando nomes de anjos e seus significados (insônia dá nisso) quando encontro o nome "Barman", que significa "anjo da inteligência". Na hora eu lembrei do Donnie, que não somente se apaixonou por um barman, como foi um "anjo da inteligência", uma criança cognitivamente explorada pelos pais para conseguir dinheiro em programas de auditório. Isso sem falar da conversa do Donnie com o outro senhor que estava disputando a atenção do barman "É perigoso confundir crianças com anjos" (afirmação a qual Donnie responde que "não é perigoso..."). Anjos, aliás, estão bem presentes na história. Inclusive no programa de auditório, onde Stanley está sentado na frente de uma parede onde há o logo do programa, que curiosamente faz com ele pareça ter asas, como dá pra ver nessa imagem https://imlg.files.wordpress.com/2009/12/magnolia_stanley.jpg) É uma coisa pequena, mas fiquei fascinada quando notei! Esse negócio do "anjo da inteligência" pode ser só coincidência, eu pensei, mas o mais louco é que Magnólia trata muito de coincidências. Coincidência ou uma força superior (no caso, intenção do PT Anderson)? Não sei. Deve ser apenas viagem minha.
Filmaço! Clima desesperador mesmo, totalmente camusiano (principalmente os cinco minutos finais). Uma história aparentemente simples, mas que é um soco no estômago mesmo aplicada a qualquer época além da Grande Depressão. Sem contar a coletânea de personagens muito bem escolhidos: entre eles Sailor, que depois da Primeira Guerra Mundial não tinha nada, provavelmente nem esposa, filhos, etc., se agarrava tão fortemente à sua certeza (seu uniforme) que passa o filme todo sendo chamado apenas por "marinheiro"; a grávida que pelo menos carregava no ventre o motivo para tentar resistir até o final da maratona; Alice que, na esperança de ser "descoberta" por algum olheiro de Hollywood, tentava ostentar toda o glamour que já não mais poderia ter através dos vestidos; Gloria que frustrada com a vida se agarrava a competição como última esperança para seu bruto desespero; e por último o personagem mais curioso: Robert, participando da maratona "por estar por ali por acaso", sendo levado pelo andar da carruagem até o último segundo - uma espécie de Meursault -, através da leveza da casualidade expressa o máximo peso do absurdo da situação, da falta de sentido e insanidade (dos participantes, organizadores e do público) no decorrer da história.
E o fato da gente ficar sem saber quem é que ganhou a maratona (torço para o casal com a mulher grávida!) só mostra o quão sem sentido é aquilo ali. O vencedor não importa, contando que tenha sofrimento pra entreter e aliviar a miséria do público.
Tenho que comentar também sobre essa capa: belíssima. O título também, tanto o original (que a princípio é uma incógnita, mas quando faz sentido se torna fantástico) quanto o escolhido na tradução.
Eu estou completamente apaixonada por esse filme! O cinema pernambucano já era meu xodó, então já esperava coisa boa, principalmente vinda do Hilton Lacerda, mas superou todas as minhas expectativas. É pura arte! Ri, me arrepiei e até tive vontade de chorar pela boniteza do filme em diversas cenas. Que felicidade que senti depois de vê-lo!
Ambientação muito boa! Tudo nesse filme transborda anos 70. Além disso, uma linda homenagem ao teatro, a liberdade, ao amor, as cores, aos corpos, a tudo! Atuações maravilhosas de todo o elenco, e, bem, Irandhir Santos é um dos melhores da atualidade sem dúvida alguma! Já havia me conquistado pela sua entrega total em A Febre do Rato (que também tem esse ar de liberdade tão gostoso e transgressor), e aqui ele está de encher os olhos, só prova o quão versátil, ousado e livre ele é! Tudo bem natural, cru e nu. Cinema lindo, esse nosso. Um orgulho. Ah, Recife. Se já não fosse apaixonada por ti, mesmo que a distância, estaria agora.
E pra deixar a coisa ainda mais apaixonante, maravilhosa apresentação do lindo do Johnny Hooker!
Vi esse filme há umas duas semanas, eu acho, mas tenho que dizer: a cena final da dança da Ana adornada com as lembranças das prostitutas do irmão é uma das cenas mais marcantes que já vi. Coisa linda. Dança com o diabo no corpo, com fúria!
Lindo demais. Esse tema já mexe comigo, e não tinha como esperar algo menos "escancarador" vindo de Buñuel. Achei maravilhoso, porque pra mim foi uma mistura da beleza de Les quatre cents coups com a feiura de Pixote - dois filmes importantes pra mim!
Rever esse filme me fez aproveitar cada minuto dele! Já havia gostado na primeira vez que vi, porém me limitei a admirar as interpretações, porque não tinha uma opinião muito formada sobre o filme. Mas se por acaso achei um pouco arrastado, desconexo e muito estranho numa primeira assistida, digo que se o filme tivesse dez horas de cenas desconexas com essa atuação do Joaquin Phoenix, eu veria sem pensar duas vezes.
Personagens estranhos, de fato. Temperamentos odiosos. E muito incômodos - principalmente quando de súbito e com estranhamento percebemos que há uma certa identificação, mas logo rejeitamos a ideia - afinal, a história parece distante, num espaço distante, numa época um pouco distante. O filme em si causa incômodo, porque Anderson flerta com os lados mais fracos e desesperados (numa roupagem cintilante de líder, de mestre, de pai) e animalescos (Quell, um exemplo vivo) da mente humana. Mesmo que tentemos negar. Negação é algo terrível. Causa antipatia, e julgamos com rapidez, tentamos caracterizar os personagens como algo bom ou ruim, sendo que essa posição maniqueísta é precipitada, uma vez que somos ambíguos.
As interpretações estão fascinantes. PT Anderson sonda a mente humana e dela consegue absorver ângulos tão sutis quanto deformados. E os escancara, e é feio. E ele flerta com isso. É um dos melhores diretores da atualidade, sem dúvida alguma, e acho que talvez o melhor em matéria de dirigir atuações: consegue extrair com sucesso o que há de melhor e mais adoentado em cada ator, além de parecer dar espaço o suficiente e liberdade pros caras se expressarem e criarem.
Philip Seymour Hoffman fará muita falta pro cinema, o cara era realmente bom. Mas o fato dele ter morrido lançou uma certa luz mórbida quase metafísica pro iluminado Mestre, não vou saber explicar direito essa sensação, mas achei foda. Acho que o tornou mais inatingível, então sua desconstrução e momentos em que alguém o questionava também me afetaram bastante. Sobre o Joaquin, eu realmente não sei o que dizer! Atuação MONSTRUOSA, de arrepiar! Disforme, perturbado e desagradável. Uma construção completa e desconstrutora! Desde a voz sempre embargada, respiração pesada, aos esgares e a postura.
Pensei num turbilhão de coisa pra comentar (isso aqui serve pra mim mais ou menos como um desabafo!) mas não conseguiria dizer tudo, ainda bem. Foi um prazer rever! Não sei se mudei muito desde a primeira vez que vi, há mais ou menos um ano, ou se desta vez assisti em um bom momento, enfim, arrisco dizer que agora é meu preferido do PT Anderson.
Fiquei muito incomodada com a cena da Cersei com o Jaime. E nem digo pela profanação do velório e nem mesmo pelo incesto. Até então, eu curiosamente não me sentia incomodada com a relação dos dois, pois dava pra sentir que o que sentiam um pelo outro era algo muito maior que a cumplicidade de irmãos. São um só, dividiram um só útero, não há hierarquia de idade nem de sexo porque é como se completassem, equilibrassem, etc. E amor e o desejo eram consequências, acasos, enfim, o que fosse, mas havia muito respeito e admiração na relação dos dois. Então aquela cena foi, pra mim, muito incoerente.
Incoerente porque pareceu praticamente um estupro, e isso não está de acordo com o respeito e cumplicidade mostrada até agora entre os irmãos. Fiquei confusa e não sabia se quiseram mesmo mostrar um estupro, ou a relutância da Cersei era só fachada, e ela o queria também. De acordo com um artigo que li, foi algo assim que o diretor disse. Não é um argumento de estupradores? Bem, gosto muito do fato da série tratar assuntos tão polêmicos. Isso é demais! O fato de ter me incomodado é um bom sinal, porque me fez pensar. Mas ficou incoerente, para mim. A não ser que eu esteja interpretando errado mesmo.
De qualquer forma, mesmo com essa suposta incoerência, foi um ótimo episódio, como sempre. Arya e Hound. ♥
Ainda não li o terceiro livro (mas pretendo, então fujo de spoilers), e são tantas coisas fodas nesses dois primeiros episódios (ai que saudade que eu estava sentindo!) que nem caberiam aqui, mas vamos à alguns pontos:
Quem poderia imaginar que Hound e Arya poderiam se tornar essa dupla do caralho? Meu Deus! Curto muito o personagem Hound, ele tem sua própria moral que muitas vezes é imoral, mas gosto muito desse jeito honesto e direto dele. E a Arya tem um potencial incrível e está cada vez mais foda.
Theon completamente acabado. Me deu uma dor no coração vê-lo assim; eu sinceramente o adorava. Ele era um cara pretensioso e fez péssimas escolhas, mas o mundo foi ruim para ele. E falando nisso, que atuação essa do Iwan Rheon, heim? Já o adorava desde Misfits, mas ele se superou como Ramsay com esse olhar demente e diabólico. Dá um frio na espinha.
Stannis, o novo Rei Louco?
Triste pelo fato de que o Tyrion precisou "terminar" com a Shae, ainda mais daquela maneira, foi de cortar o coração, mas foi melhor assim. Aliás, pobre Tyrion. Meu preferido desde sempre, espero que não sofra muitas consequências em decorrência dos últimos acontecimentos.
Encenação da morte do Robbie com o teatro dos anões foi terrivelmente de mau gosto, mas eu ri do "cavalo" do anão-Stannis: Melisandre! Isso nem falar no "cavalo" do anão-Renly né... putz.
Joffrey sem dúvidas mereceu o que teve, e COMO MERECEU. Foi uma das coisas que eu mais esperei desde a primeira temporada (desde a morte da lobinha Lady, pra ser mais exata!) então foi satisfatória, mas confesso que esse ator que o interpreta é TÃO BOM (inclusive por fazer todos odiarem Joffrey com tanta intensidade!) que vai ficar um espaço vazio aqui no meu peito. Mas foi melhor assim, claro, ele era completamente odioso. Inclusive, ótima cena de morte. Eu queria algo realmente doloroso, e não poderia ter sido melhor. Chocante, sufocante, desesperadora. Um arraso aquela cena, a maquiagem e tudo mais. Me deu uma sensação péssima que só Game of Thrones sabe causar, rs.
"They're screwing with the wrong people", PORRA!!!
Considero todas as temporadas igualmente fodas, então acho difícil escolher uma preferida. Mas essa aqui se superou. Foi a temporada mais humana, com conflitos morais e questões controversas. The Walking Dead mostrou que de fato não é só ação, tiros e carnificina (como alguns prefeririam que fosse, pelo jeito) com episódios equilibrados e cheios de silêncios importantes. Mas também não faltou ação, não! Pelo contrário, foi de tirar o fôlego!
Gostei muito do crescimento e aprofundamento dos personagens nessa temporada, foi um dos pontos mais fortes. Desde a primeira temporada o Andrew me fascina na sua atuação como Rick, mas ele ainda consegue me surpreender episódio após episódio. UM PUTA ATOR! Chega logo, Outubro!
Fritadíssimo! Visual bacana, ótima participação do De Niro, excelente atuação do Jonathan Pryce e, apesar de ter achado um pouco arrastada, gostei bastante da história.
Além de ser uma homenagem às mais diversas distopias da literatura, vale também pelas belas metáforas, tanto do personagem do De Niro sendo engolido e pela burocracia e desaparecer nos papéis no final do filme, quanto pelo protagonista lutando com aquele monstro gigante - que com certeza é uma alusão ao sistema, grande e opressor e podador de asas, mas que, já que ver um filme do Terry é uma licença pra viajar na maionese, confesso que a sombra do "monstro" me fez lembrar (de forma exagerada e patética, mas que combinaria com o tom do filme) a Estátua da Liberdade. Curiosamente, a estátua tem como nome oficial A Liberdade Iluminando o Mundo. E se tem uma coisa que é mais opressora que a prisão, é viver à sombra repressiva de uma falsa liberdade.
Sobre o título, li que Gilliam pretendia que o filme se chamasse "1984 and a 1/2", como forma de homenagear Otto e Mezzo, do diretor Federico Fellini, além da clara homenagem ao 1984 do George Orwell. Mas daí lançaram o filme 1984 (baseado na distopia do Orwell) e Gilliam desistiu da ideia.
Então pra mim o fato do filme se chamar "Brazil" não tem nenhum sentido diretamente ligado a uma crítica ao país-Brasil - a não ser, é claro, à burocracia, mas essa não é uma característica restrita ao nosso país, e sim universal. Acho que o nome "Brazil" entra mais como referencia a música Aquarela do Brasil (que é tocada diversas vezes ao longo do filme, principalmente nas divagações/sonhos do protagonista), como uma espécie de Pasárgada. Principalmente porque o ambiente em que se passa o filme é todo cinzento, empoeirado, sufocante, eletrônico e automático, e a "aquarela" acaba colorindo um pouco as utopias do protagonista, seus sonhos, seu voo.
Aliás, falando nisso, o protagonista parecia meio alienado (entre várias características, aumenta o volume da música em cima das notícias, enquanto dirige) pela imaginação, mas no meio desse caos, a imaginação da liberdade não seria uma forma de subversão?
Uma mistura de Kafka, Orwell, Kubrick, Dalí, Júpiter Maçã... isso é Terry Gilliam!
Não somente pelo barulho que fez, mas principalmente em comparação aos outros trabalhos do Lars, achei esse o mais light. Digo não em relação a cenas fortes ou algo assim, mas no efeito que causou em mim. Não senti o "soco no estômago" que o Lars costuma me dar e que eu tanto amo, mas ainda assim é um filme denso, reflexivo, sensível e lindíssimo, que não merece menos que cinco estrelas, Amanhã verei o Volume II!
RuPaul's Drag Race (2ª Temporada)
4.0 229Tive uma relação de amor e ódio com a Tyra e a Tatianna. Duas bonecas, mas controversas em relação a personalidade. Porém, nesse ponto, foram bem melhor que a Rebecca da season 1, que era somente linda. Já a Tatianna foi DEMAIS como Britney no Snacht Game, e a Tyra encantava com os looks transformadores. Senti falta da Pandora Boxx entre as finalistas, porque apesar de cafona, ela era muito divertida. Jessica Wild também era muito divertida. Não concordo com o final, a Raven merecia mil vezes mais. Minha preferida sem dúvida: belíssima e completa.
Montada ou desmontada, estou completamente apaixonada pela Raven. ♥
RuPaul's Drag Race (1ª Temporada)
4.0 222Loca! <3
Gostei muito do resultado final, porém minha preferida é a Miss Flowers. Ela se tornou minha preferida logo de cara. A personalidade da Nina é doce, porém tem uma força imensa no palco, e nenhum desses extremos é forçação de barra. Talentosa, humilde. Minha drag preferida da temporada, sem dúvidas, por mim seria a campeã.
Shannel também me conquistou muito, ela é super talentosa. Meio arrogante, mas nada que seja irritante (como no caso da Akashia, por exemplo). Ela simplesmente tem poder e sabe disso. As apresentações dela são na verdade espetáculos. Os jurados foram mesmo injustos com ela, poxa.
Ongina foi uma das melhores coisas da temporada, sem dúvida. Não consigo aceitar um top 3 sem ela. Talentosa, divertida, e ainda nos surpreende com uma história comovente no episódio 4.
A weirdo da Tammie podia ter ficado um pouco mais, adorei muito o jeito meio Bette Davis misturado com Mars Attack! dela. Mas as injustiças maiores ficam com a eliminação da Jade e a duração da Rebecca no programa. Em relação a beleza, ela era realmente linda, mas a Jade pra mim ganhava fácil, além de não ter uma personalidade tão fake.
O Céu Sobre Os Ombros
3.6 49A personagem da Evelyn é muito interessante. É uma transexual que não cai no esteriótipo caricato, e ao mesmo tempo, também não faz questão de se encaixar nos bons costumes e na moralidade. É uma trans, sim senhora, e estudada, informada. E consegue conciliar tudo isso com a vida noturna. É puta. Puta é uma palavra que só quer dizer coisa boa.
A presença calada de Lwei é curiosa, e me fez pensar se ele buscava se encaixar em alguma coisa, ou simplesmente estava encaixado em tudo. Ao contrário do que li em alguns comentários abaixo, não achei o personagem fraco. Ele é sereno. Daquele tipo de gente que a gente convive e não faz ideia do que se passa na mente.
O escritor me incomodou. Eu o achei um covarde. Seja por ter abandonado o filho, seja por deixar a mãe o sustentar, seja pela conversa sobre o suicídio. Fui fraca e o julguei. Talvez por infelizmente me ver nele de algum modo.
Esse filme é a prova de que não tem coisa mais interessante que gente. É como viajar de ônibus sem fone de ouvido. Você ouve cada história e fica meio comovido, meio hilariado. Três histórias de pessoas completamente diferentes que só o que tem em comum é o céu sobre os ombros. Mas com esse céu sobre os ombros, vem os pés sobre a terra, e com os pés sobre a terra vem todos os medos, incertezas, contradições, desesperanças... mas também os sonhos e a força.
Dá vontade de sentar com os atores e com o diretor e bater o maior papo.
Ondas do Destino
4.2 335 Assista AgoraLinda essa capa, esse nome e a trilha sonora. As atuações estão magníficas também: Emily Watson tá visceral e Stellan Skarsgård nunca decepciona. Essa parceria Skarsgård - Von Trier só rende coisa boa, e isso é desde sempre.
Nunca pensei que uma das histórias de amor mais bonitas que já vi seria feita pelo Lars. Apesar de que é aquele tipo de coisa que você - como não poderia deixar de ser, tratando-se do brother Lars - não sabe se é de fato bonito, ou simplesmente terrível; não sabe se te deixa com borboletas na barriga ou esse desconforto é literalmente enjoo causado pelas coisas que ele escancara sem dó; não sabe se o que mais te marcou no filme é o que ele tem a dizer sobre a bondade, ou o que te mais marcou é justamente o que ele tem a dizer sobre a maldade. Se desperta fé ou a descrença na humanidade. Se é grotesco ou sublime. Se anda na linha tênue ou se atinge os extremos.
Só sei que funcionou comigo e eu estou completamente encantada.
Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia
3.7 106Babenco é sensacional. Definitivamente é um dos meus diretores preferidos. Gosto muito desse fraco que ele tem por contar histórias sob a perspectiva do marginal, humanizá-los (sem demagogia) e escancarar a podridão dos poderosos. E ele faz isso sem muitos artifícios, na honestidade, secura, nudez e crueza, mas consegue deixar isso bonito, até lírico. As cenas dos sonhos me lembraram muito Buñuel - o que me fez gostar ainda mais do filme.
Pixote foi onde ele ganhou meu coração, mas Lúcio Flávio também não decepciona. A injustiça social é tão grande que é difícil o filme não despertar um certo banditismo - mesmo que somente de forma "artística", claro. Me peguei torcendo pelo vilão, e então percebi que quase já não sabia quem era o "vilão". Mas nós sabemos.
Detalhe para a trilha sonora feita por John Neschling. Lindona demais.
A Insustentável Leveza do Ser
3.8 338Não gosto e evito comparar duas mídias diferentes, como a literatura e o cinema, e além disso, não costumo ser exigente quanto as adaptações. Mas acredito que esse filme é o típico caso daquelas adaptações que são rasas pra quem não conhece a história do livro, e ainda mais rasa pra quem a conhece. O filme é indiscutivelmente bonito, mas não faz jus a obra prima do Milan. Porém adorei as escolhas dos atores principais. O jeito de raposa e a manha do Day-Lewis e o olhar carregado, doloroso e embargado da Binoche ilustram bem a oposição peso/leveza que propõe a história. Me encheu de vontade reler... um dos meus livros preferidos, inesquecível e emocionante.
O Grande Ditador
4.6 803 Assista AgoraO discurso final é de ouro... útil até hoje, e sempre será. Dizer que Chaplin é gênio é uma coisa óbvia, porém não cansa repetir. Esse cara foi tão incrível em filmes mudos e soube usar muito bem, e num ótimo momento, o poder da voz.
Cinco Câmeras Quebradas
4.5 58Documentário incrível, que soube inevitavelmente ser forte e ao mesmo tempo bonito, ao passo que o narrador contextualiza suas filmagens com o crescimento do filhinho mais novo e suas câmeras destruídas. Com naturalidade, desconstrói aquela imagem de terroristas barbudos fanáticos e violentos que nossa mídia fascista puxa saco dos Estados Unidos - que está sem dúvidas à favor do Israel, visando somente os próprios interesses em nome do "free world" - nos passa, e mostra como é cruel o sionismo e desigual essa luta. Ah! Detalhe para a presença de bandeiras do Brasil (especialmente na parte que eles estão vendo a Copa). Achei tão legal!
O Dia que Durou 21 Anos
4.3 226Ótimo documentário! Interessante para compreender como se sucedeu o golpe. Essencial para qualquer pessoa interessada em História. Essa história não pode ser esquecida! Nós precisamos conhecer nosso passado que, aliás, nem é tão passado assim. Essa noite durou 21 anos, mas sofremos resquícios dela ainda hoje, depois de 50 anos, sem contar os muitos que saíram impunes e os que até hoje defendem o golpe.
Inacreditável a cara dura dos EUA para intervir da maneira que bem entendem, manipulando e comprando a mídia, tudo para favorece-los. E cara, esse embaixador Lincoln Gordon é a cara do Ian Holm.
Sob a Pele
3.2 1,4K Assista AgoraEsperava ver algo bem original, mas não esperava me apaixonar tanto. Puramente sensorial e perceptivo, tudo nesse filme é bizarro! E isso é um elogio.
O ambiente é frio, chega a ser agressivo, as pessoas são estranhas com sotaques esquisitos, etc., e essas coisas contribuíram muito para o clima que causa estranhamento, fazendo com que a gente se sinta mais "Sob a Pele" da alienígena do que sob a pele "deles". Como quando ela anda na rua e se sente totalmente desencaixada, porém a tudo observa, seja notando alguma hostilidade grátis, ou então nas surpreendentes bondades instintivas das pessoas. E foram nesses detalhes que o filme se tornou tão sensível, apesar da trilha sonora (genial, diga-se de passagem) totalmente creepy. Lindo e assustador - destaque para as cenas da "sala negra" -, aliás, são características que combinadas só dão em coisa boa, vide Kubrick e Lynch, prováveis influências de Jonathan Glazer.
Foi no mínimo curiosa a facilidade de me sentir na pele dela, porque no começo ela é uma perigosa predadora, e isso não atrai, mas causa repulsa (ao menos em mim). Usa sua pele para atrair as presas. E isso se repete, e se repete. Porém, sutilmente ela vira a presa, uma frágil presa, e isso é inevitável (tão inevitável quanto me faz sentir, não em vão, a inesquecível faixa "Death", da trilha sonora).
Sob a pele. No começo do filme ela teve a preocupação excessiva com as roupas, para que depois de um tempo, quando começou a ter um problema de identidade, deixasse de usar o casado, passando frio e etc. No momento que aflora a empatia na alienígena, ela tem a oportunidade de usar roupa dos outros (a jaqueta daquele homem que cuidou dela).
Já no fim do filme, a cena dela com a própria pele nas mãos é muito significativa. Ela logo percebe que a pele e aquelas roupas não eram nada, da mesma forma que o rapaz deformado não se resumia na sua deformidade. Ao meu ver, ela aos poucos (durante as suas duradouras encaradas no espelho) já não se reconhecia em sua pele, afinal, aprendeu, para bem ou para mal, com esse curto contato com os humanos, que a identidade que temos na pele não é nada comparado ao interior - que ela tanto buscava nos homens para se alimentar, mas acabou sendo contaminada, ao chegar no âmago dos homens, pela a dor, a solidão e até mesmo uma espécie de amor.
Mas tragicamente parece que, quando enfim ela abaixa a guarda, e ao deixar de ser uma predadora, ela se encontra com a pior espécie do ser humano, aquele que a machucou por desejar sua pele, somente sua pele, e desconsiderar qualquer interior. Porém, quando assustado com seu lado de dentro, a censura e extermina sem pensar duas vezes. No mínimo um soco no estômago.
Game of Thrones (4ª Temporada)
4.6 1,5K Assista AgoraQue episódio maravilhoso esse 4x09.
Magnólia
4.1 1,3K Assista AgoraUma observação:
Estava eu olhando nomes de anjos e seus significados (insônia dá nisso) quando encontro o nome "Barman", que significa "anjo da inteligência". Na hora eu lembrei do Donnie, que não somente se apaixonou por um barman, como foi um "anjo da inteligência", uma criança cognitivamente explorada pelos pais para conseguir dinheiro em programas de auditório. Isso sem falar da conversa do Donnie com o outro senhor que estava disputando a atenção do barman "É perigoso confundir crianças com anjos" (afirmação a qual Donnie responde que "não é perigoso..."). Anjos, aliás, estão bem presentes na história. Inclusive no programa de auditório, onde Stanley está sentado na frente de uma parede onde há o logo do programa, que curiosamente faz com ele pareça ter asas, como dá pra ver nessa imagem https://imlg.files.wordpress.com/2009/12/magnolia_stanley.jpg) É uma coisa pequena, mas fiquei fascinada quando notei! Esse negócio do "anjo da inteligência" pode ser só coincidência, eu pensei, mas o mais louco é que Magnólia trata muito de coincidências. Coincidência ou uma força superior (no caso, intenção do PT Anderson)? Não sei. Deve ser apenas viagem minha.
A Noite dos Desesperados
4.2 111 Assista AgoraFilmaço! Clima desesperador mesmo, totalmente camusiano (principalmente os cinco minutos finais). Uma história aparentemente simples, mas que é um soco no estômago mesmo aplicada a qualquer época além da Grande Depressão. Sem contar a coletânea de personagens muito bem escolhidos: entre eles Sailor, que depois da Primeira Guerra Mundial não tinha nada, provavelmente nem esposa, filhos, etc., se agarrava tão fortemente à sua certeza (seu uniforme) que passa o filme todo sendo chamado apenas por "marinheiro"; a grávida que pelo menos carregava no ventre o motivo para tentar resistir até o final da maratona; Alice que, na esperança de ser "descoberta" por algum olheiro de Hollywood, tentava ostentar toda o glamour que já não mais poderia ter através dos vestidos; Gloria que frustrada com a vida se agarrava a competição como última esperança para seu bruto desespero; e por último o personagem mais curioso: Robert, participando da maratona "por estar por ali por acaso", sendo levado pelo andar da carruagem até o último segundo - uma espécie de Meursault -, através da leveza da casualidade expressa o máximo peso do absurdo da situação, da falta de sentido e insanidade (dos participantes, organizadores e do público) no decorrer da história.
E o fato da gente ficar sem saber quem é que ganhou a maratona (torço para o casal com a mulher grávida!) só mostra o quão sem sentido é aquilo ali. O vencedor não importa, contando que tenha sofrimento pra entreter e aliviar a miséria do público.
Tenho que comentar também sobre essa capa: belíssima. O título também, tanto o original (que a princípio é uma incógnita, mas quando faz sentido se torna fantástico) quanto o escolhido na tradução.
Tatuagem
4.2 923Eu estou completamente apaixonada por esse filme! O cinema pernambucano já era meu xodó, então já esperava coisa boa, principalmente vinda do Hilton Lacerda, mas superou todas as minhas expectativas. É pura arte! Ri, me arrepiei e até tive vontade de chorar pela boniteza do filme em diversas cenas. Que felicidade que senti depois de vê-lo!
Ambientação muito boa! Tudo nesse filme transborda anos 70. Além disso, uma linda homenagem ao teatro, a liberdade, ao amor, as cores, aos corpos, a tudo! Atuações maravilhosas de todo o elenco, e, bem, Irandhir Santos é um dos melhores da atualidade sem dúvida alguma! Já havia me conquistado pela sua entrega total em A Febre do Rato (que também tem esse ar de liberdade tão gostoso e transgressor), e aqui ele está de encher os olhos, só prova o quão versátil, ousado e livre ele é! Tudo bem natural, cru e nu. Cinema lindo, esse nosso. Um orgulho. Ah, Recife. Se já não fosse apaixonada por ti, mesmo que a distância, estaria agora.
E pra deixar a coisa ainda mais apaixonante, maravilhosa apresentação do lindo do Johnny Hooker!
Lavoura Arcaica
4.2 382 Assista AgoraVi esse filme há umas duas semanas, eu acho, mas tenho que dizer: a cena final da dança da Ana adornada com as lembranças das prostitutas do irmão é uma das cenas mais marcantes que já vi. Coisa linda. Dança com o diabo no corpo, com fúria!
Os Esquecidos
4.3 110Lindo demais. Esse tema já mexe comigo, e não tinha como esperar algo menos "escancarador" vindo de Buñuel. Achei maravilhoso, porque pra mim foi uma mistura da beleza de Les quatre cents coups com a feiura de Pixote - dois filmes importantes pra mim!
Game of Thrones (4ª Temporada)
4.6 1,5K Assista AgoraPeter Dinklage é GIGANTE.
O Mestre
3.7 1,0K Assista AgoraRever esse filme me fez aproveitar cada minuto dele! Já havia gostado na primeira vez que vi, porém me limitei a admirar as interpretações, porque não tinha uma opinião muito formada sobre o filme. Mas se por acaso achei um pouco arrastado, desconexo e muito estranho numa primeira assistida, digo que se o filme tivesse dez horas de cenas desconexas com essa atuação do Joaquin Phoenix, eu veria sem pensar duas vezes.
Personagens estranhos, de fato. Temperamentos odiosos. E muito incômodos - principalmente quando de súbito e com estranhamento percebemos que há uma certa identificação, mas logo rejeitamos a ideia - afinal, a história parece distante, num espaço distante, numa época um pouco distante. O filme em si causa incômodo, porque Anderson flerta com os lados mais fracos e desesperados (numa roupagem cintilante de líder, de mestre, de pai) e animalescos (Quell, um exemplo vivo) da mente humana. Mesmo que tentemos negar. Negação é algo terrível. Causa antipatia, e julgamos com rapidez, tentamos caracterizar os personagens como algo bom ou ruim, sendo que essa posição maniqueísta é precipitada, uma vez que somos ambíguos.
As interpretações estão fascinantes. PT Anderson sonda a mente humana e dela consegue absorver ângulos tão sutis quanto deformados. E os escancara, e é feio. E ele flerta com isso. É um dos melhores diretores da atualidade, sem dúvida alguma, e acho que talvez o melhor em matéria de dirigir atuações: consegue extrair com sucesso o que há de melhor e mais adoentado em cada ator, além de parecer dar espaço o suficiente e liberdade pros caras se expressarem e criarem.
Philip Seymour Hoffman fará muita falta pro cinema, o cara era realmente bom. Mas o fato dele ter morrido lançou uma certa luz mórbida quase metafísica pro iluminado Mestre, não vou saber explicar direito essa sensação, mas achei foda. Acho que o tornou mais inatingível, então sua desconstrução e momentos em que alguém o questionava também me afetaram bastante. Sobre o Joaquin, eu realmente não sei o que dizer! Atuação MONSTRUOSA, de arrepiar! Disforme, perturbado e desagradável. Uma construção completa e desconstrutora! Desde a voz sempre embargada, respiração pesada, aos esgares e a postura.
Pensei num turbilhão de coisa pra comentar (isso aqui serve pra mim mais ou menos como um desabafo!) mas não conseguiria dizer tudo, ainda bem. Foi um prazer rever! Não sei se mudei muito desde a primeira vez que vi, há mais ou menos um ano, ou se desta vez assisti em um bom momento, enfim, arrisco dizer que agora é meu preferido do PT Anderson.
Game of Thrones (4ª Temporada)
4.6 1,5K Assista Agora4x03:
Fiquei muito incomodada com a cena da Cersei com o Jaime. E nem digo pela profanação do velório e nem mesmo pelo incesto. Até então, eu curiosamente não me sentia incomodada com a relação dos dois, pois dava pra sentir que o que sentiam um pelo outro era algo muito maior que a cumplicidade de irmãos. São um só, dividiram um só útero, não há hierarquia de idade nem de sexo porque é como se completassem, equilibrassem, etc. E amor e o desejo eram consequências, acasos, enfim, o que fosse, mas havia muito respeito e admiração na relação dos dois. Então aquela cena foi, pra mim, muito incoerente.
Incoerente porque pareceu praticamente um estupro, e isso não está de acordo com o respeito e cumplicidade mostrada até agora entre os irmãos. Fiquei confusa e não sabia se quiseram mesmo mostrar um estupro, ou a relutância da Cersei era só fachada, e ela o queria também. De acordo com um artigo que li, foi algo assim que o diretor disse. Não é um argumento de estupradores? Bem, gosto muito do fato da série tratar assuntos tão polêmicos. Isso é demais! O fato de ter me incomodado é um bom sinal, porque me fez pensar. Mas ficou incoerente, para mim. A não ser que eu esteja interpretando errado mesmo.
De qualquer forma, mesmo com essa suposta incoerência, foi um ótimo episódio, como sempre. Arya e Hound. ♥
Game of Thrones (4ª Temporada)
4.6 1,5K Assista Agora4x01 e 4x02:
Ainda não li o terceiro livro (mas pretendo, então fujo de spoilers), e são tantas coisas fodas nesses dois primeiros episódios (ai que saudade que eu estava sentindo!) que nem caberiam aqui, mas vamos à alguns pontos:
Quem poderia imaginar que Hound e Arya poderiam se tornar essa dupla do caralho? Meu Deus! Curto muito o personagem Hound, ele tem sua própria moral que muitas vezes é imoral, mas gosto muito desse jeito honesto e direto dele. E a Arya tem um potencial incrível e está cada vez mais foda.
Theon completamente acabado. Me deu uma dor no coração vê-lo assim; eu sinceramente o adorava. Ele era um cara pretensioso e fez péssimas escolhas, mas o mundo foi ruim para ele. E falando nisso, que atuação essa do Iwan Rheon, heim? Já o adorava desde Misfits, mas ele se superou como Ramsay com esse olhar demente e diabólico. Dá um frio na espinha.
Stannis, o novo Rei Louco?
Triste pelo fato de que o Tyrion precisou "terminar" com a Shae, ainda mais daquela maneira, foi de cortar o coração, mas foi melhor assim. Aliás, pobre Tyrion. Meu preferido desde sempre, espero que não sofra muitas consequências em decorrência dos últimos acontecimentos.
Encenação da morte do Robbie com o teatro dos anões foi terrivelmente de mau gosto, mas eu ri do "cavalo" do anão-Stannis: Melisandre! Isso nem falar no "cavalo" do anão-Renly né... putz.
Joffrey sem dúvidas mereceu o que teve, e COMO MERECEU. Foi uma das coisas que eu mais esperei desde a primeira temporada (desde a morte da lobinha Lady, pra ser mais exata!) então foi satisfatória, mas confesso que esse ator que o interpreta é TÃO BOM (inclusive por fazer todos odiarem Joffrey com tanta intensidade!) que vai ficar um espaço vazio aqui no meu peito. Mas foi melhor assim, claro, ele era completamente odioso. Inclusive, ótima cena de morte. Eu queria algo realmente doloroso, e não poderia ter sido melhor. Chocante, sufocante, desesperadora. Um arraso aquela cena, a maquiagem e tudo mais. Me deu uma sensação péssima que só Game of Thrones sabe causar, rs.
Ansiosa pelos próximos episódios. ♥
The Walking Dead (4ª Temporada)
4.1 1,6K Assista Agora"They're screwing with the wrong people", PORRA!!!
Considero todas as temporadas igualmente fodas, então acho difícil escolher uma preferida. Mas essa aqui se superou. Foi a temporada mais humana, com conflitos morais e questões controversas. The Walking Dead mostrou que de fato não é só ação, tiros e carnificina (como alguns prefeririam que fosse, pelo jeito) com episódios equilibrados e cheios de silêncios importantes. Mas também não faltou ação, não! Pelo contrário, foi de tirar o fôlego!
Gostei muito do crescimento e aprofundamento dos personagens nessa temporada, foi um dos pontos mais fortes. Desde a primeira temporada o Andrew me fascina na sua atuação como Rick, mas ele ainda consegue me surpreender episódio após episódio. UM PUTA ATOR! Chega logo, Outubro!
Brazil, o Filme
3.8 404 Assista AgoraFritadíssimo! Visual bacana, ótima participação do De Niro, excelente atuação do Jonathan Pryce e, apesar de ter achado um pouco arrastada, gostei bastante da história.
Além de ser uma homenagem às mais diversas distopias da literatura, vale também pelas belas metáforas, tanto do personagem do De Niro sendo engolido e pela burocracia e desaparecer nos papéis no final do filme, quanto pelo protagonista lutando com aquele monstro gigante - que com certeza é uma alusão ao sistema, grande e opressor e podador de asas, mas que, já que ver um filme do Terry é uma licença pra viajar na maionese, confesso que a sombra do "monstro" me fez lembrar (de forma exagerada e patética, mas que combinaria com o tom do filme) a Estátua da Liberdade. Curiosamente, a estátua tem como nome oficial A Liberdade Iluminando o Mundo. E se tem uma coisa que é mais opressora que a prisão, é viver à sombra repressiva de uma falsa liberdade.
Sobre o título, li que Gilliam pretendia que o filme se chamasse "1984 and a 1/2", como forma de homenagear Otto e Mezzo, do diretor Federico Fellini, além da clara homenagem ao 1984 do George Orwell. Mas daí lançaram o filme 1984 (baseado na distopia do Orwell) e Gilliam desistiu da ideia.
Então pra mim o fato do filme se chamar "Brazil" não tem nenhum sentido diretamente ligado a uma crítica ao país-Brasil - a não ser, é claro, à burocracia, mas essa não é uma característica restrita ao nosso país, e sim universal. Acho que o nome "Brazil" entra mais como referencia a música Aquarela do Brasil (que é tocada diversas vezes ao longo do filme, principalmente nas divagações/sonhos do protagonista), como uma espécie de Pasárgada. Principalmente porque o ambiente em que se passa o filme é todo cinzento, empoeirado, sufocante, eletrônico e automático, e a "aquarela" acaba colorindo um pouco as utopias do protagonista, seus sonhos, seu voo.
Aliás, falando nisso, o protagonista parecia meio alienado (entre várias características, aumenta o volume da música em cima das notícias, enquanto dirige) pela imaginação, mas no meio desse caos, a imaginação da liberdade não seria uma forma de subversão?
Uma mistura de Kafka, Orwell, Kubrick, Dalí, Júpiter Maçã... isso é Terry Gilliam!
Ninfomaníaca: Volume 2
3.6 1,6K Assista AgoraHey, Joe, where you goin' with that gun in your hand?
Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista AgoraNão somente pelo barulho que fez, mas principalmente em comparação aos outros trabalhos do Lars, achei esse o mais light. Digo não em relação a cenas fortes ou algo assim, mas no efeito que causou em mim. Não senti o "soco no estômago" que o Lars costuma me dar e que eu tanto amo, mas ainda assim é um filme denso, reflexivo, sensível e lindíssimo, que não merece menos que cinco estrelas, Amanhã verei o Volume II!