"Sempre senti que minha vida deveria significar alguma coisa. Mas, por mais que eu tentasse... Eu simplesmente nunca tive a chance. Você tenta e tenta... Sempre esperando que desta vez seja diferente. Mas nunca é, não é? Um dia você se olha no espelho e a luz dos seus olhos desapareceu. De repente, isso te atinge. Quanta juventude você desperdiçou perseguindo algo que nunca foi seu?"
“Sempre estive fascinado pela ideia de ser loucamente amado e de amar loucamente. Porém, esta é uma carga muito exigente... Será que consigo suportá-la?"
“Todos os dias ela adia o amanhã, transformando o hoje em ontem.”
“Andar de trem é a maneira perfeita de escapar do tédio dos meus dias. A paisagem flui cinematograficamente. Os efeitos sonoros são perfeitos. Minha fantasia sobre ela se fortalece. Não ficarei entediado por um tempo. Os dias que passo com ela são como um banho morno. Até seu leve sorriso me deixa bem humorado. Cada dia que se passa é uma contagem regressiva para a morte. Ninguém quer perder esses momentos. Mais uma razão para filmá-la, eu acho. Filmes, especialmente as animações, são a pura encarnação de nossas fantasias pessoais e coletivas manipuladas de forma seletiva em estruturas narrativas... Mesmo os filmes live-action não correspondem à realidade. E portanto, a realidade, substituída pela fantasia, perde o seu valor. Chamamos isso de 'inversão da realidade e da fantasia'. Não me importo mais com nada disso. Minha consciência, minha realidade, minha matéria... Tudo se concentra nela. Certamente, ela deseja escapar para a fantasia. Certamente, eu anseio escapar da fantasia. Eu queria guardar um registro visual desses fenômenos contraditórios. Mas o meu comportamento não passa de uma desculpa para a minha incapacidade de me comunicar, exceto através de imagens.”
Completamente horrorizada por esse filme. Vi algumas pessoas comentando que o filme “banaliza o holocausto”. Mas a minha percepção é completamente contrária. O holocausto é normalizado pelos personagens principais do filme, que são nazistas. E como nós acompanhamos a rotina dessa família, pode até parecer que tá sendo normalizado. Mas, com um olhar mais atento, dá pra perceber que o filme não compactua com o ponto de vista de seus personagens. Os elementos do horror que acontecia naquele lugar estão sempre presentes. Os gritos e tiros constantes. Os empregados judeus aparecendo em cena apenas quando mais ninguém se encontra à vista. A fumaça constante no céu. E pra mim, essa banalidade do mal é ainda mais aterrorizante. Nazistas não são monstros embaixo da nossa cama, sequer tinham aparência de pessoas asquerosas. Eram pessoas comuns que cometiam uma das piores atrocidades que a humanidade já viveu e voltavam pra casa, pra suas esposas e filhos amorosos e tinham um ótimo jantar em família. Me apavora o fato de que o ser humano pode ser horroroso assim em seu estado natural. Me revirou no estômago as esposas comentando sobre como queriam/conseguiam os pertences dos judeus que foram levados. A forma como o filme inicialmente vai apresentando personagem da Sandra Huller como uma esposa inofensiva, mas vai pontuando elementos de como ela completamente desprezível tal qual o marido, como quando as empregadas da casa se encolhiam na presença dela, em como ela insistia na ideia de que “estava vivendo a vida dos sonhos”, mesmo presenciando tudo no campo de concentração ao lado. O fato de que nem a mãe dela conseguiu viver muito tempo na casa da família porque não aguentou presenciar o que tava acontecendo… Inclusive, me fez pensar muito em como vários alemães naquela época deveriam ser como ela: tava tudo bem estar ciente de tudo que acontecia, portanto que não presenciassem de fato alguma coisa acontecendo. Enfim, faz muito tempo que um filme não me inspira a escrever uma review aqui. É um filme marcante e brutal na trivialidade de seus personagens. Amei!
Eu queria muito ter gostado desse, inclusive estava com grandes expectativas, mas apesar da protagonista me lembrar um pouco a Jeanne Dielman, tá longe de ser uma personagem tão marcante quanto. Me esforcei, mas tenho a sensação de que vou esquecer desse filme antes da cerimônia do Oscar 2024 chegar.
Como a umbanda é uma religião interessante, viu? Sinto que o roteiro poderia ter sido um pouco mais desenvolvido, principalmente como o Mestre Alípio se tornou o Mestre e a relação dele com o Besouro. Mas é um filme tão lindo e tão significativo!
Mais de um ano depois de ter assistido esse drama, eu volto aqui para fazer uma análise-barra-desabafo sobre ele.
Eu amo como Twenty-five Twenty-one constrói essa sensação de nostalgia desde o início. Ele nunca engana os telespectadores, desde o início ele deixa os indícios do final, seja no fato da filha da Heedo não reconhecer o jovem Yijin, seja no fato do sobrenome da filha dela não levar o "Baek" dele. Mas a química entre os personagens, não só dos principais, mas do quinteto em si é tão maravilhosa que você se pega esquecendo desses pequenos (grandes) sinais e torce para estar errado até o último momento. Isso só mostra o quanto a jornada desse drama vale a pena! A Heedo e o Yijin se conhecem num momento complicado da vida dos dois. Enquanto a Heedo tá tentando lidar com a possibilidade de ter que desistir do seu sonho de ser esgrimista e também com a estagnação do seu desempenho, o Yijin tá se debatendo pra suportar a responsabilidade da falência do negócio dos seus pais que foi deixada inteiramente nos ombros dele. Os dois se tornam uma grande fonte de apoio e conforto um pro outro. Eu amo como esse apoio é a base, o nascimento e a ruína do relacionamento entre eles. De "onde quer que você esteja, garantirei que meu apoio chegue até você" para "eu não poderia me aproximar de você porque eu te apoio" que se transformou em "meu apoio não está mais chegando até ele" e em "para ser sincero, seu apoio foi pesado pra mim". Sei que muita gente estranha ou até se indigna com o fato da Heedo de 2023 não lembrar de coisas como a viagem à praia, mas com o tempo, quantas vezes esquecemos de coisas que nós julgavámos importantes no momento em que elas aconteceram? A Heedo teve inúmeras vitórias, foi campeã nacional, mundial, viajou o mundo, se aposentou no auge da sua carreira, se apaixonou, casou, teve uma filha... O Yijin também, se tornou um âncora de sucesso e conseguiu reunir a família dele. Vários momentos importantes ao longo da vida deles foram se sobrepondo àqueles momentos da juventude. É o natural de uma vida bem vivida. Muitas pessoas também reclamam sobre o fato do drama não mostrar o marido da Heedo e gente, por deus, o título do drama já diz tudo, a história é sobre aquele capítulo específico da vida da Heedo (e do Yijin) e o que foi importante naquele momento da vida dela, os acontecimentos que fizeram ela aprender e amadurecer. Muitas pessoas também reclamam sobre o fato do relacionamento da Yurim com o Jiwoong ter dado certo mesmo quando eles não eram tão desenvolvidos quanto o relacionamento da Heedo com o Yijin e a resposta é simples: comunicação. Yurim e Jiwoong tiveram objetivos claros desde o início, eles estabeleceram suas regras e seguiram às claras o tempo inteiro. Enquanto o relacionamento da Heedo com o Yijin começou a ruir justamente quando a comunicação começou a falhar ao ponto do Yijin tomar uma grande decisão sem consultar/informar à Heedo. Mas também não é culpa dele... Depois de tudo que ele passou em Nova York, acho que o senso de dever e responsabilidade dele com a profissão aflorou demais, sem contar que era uma oportunidade única e um passo a mais pra ele, finalmente, reunir a família dele de novo. E por falar em família, eu amo como o drama deixa nas entrelinhas o quanto que nosso relacionamento com a nossa família impacta nos nossos relacionamentos amorosos também. O Yijin teve que apoiar e segurar as responsabilidades da família dele sozinho e, com isso, ele aprendeu também a sofrer sozinho, "sem incomodar ninguém". Desse jeito, quando ele desenvolveu depressão em Nova York, a única forma de proteger a Heedo do estado em que ele estava foi isolando ela enquanto lidava com a dor sozinho. Já a Heedo sempre se sentiu excluída pela mãe, a distância que a profissão da mãe impôs entre as duas refletiu em muito a forma como ela lidou com a distância entre ela e o Yijin. Ela percebeu que tava se enfiando em um buraco que ela já conhecia. Talvez se a Heedo não tivesse passado por isso antes, ela tivesse sido mais tolerante com a situação. Sei que nem sempre somos capazes de levar conosco as pessoas de um tempo querido nas nossas vidas, por vários motivos e divergências, mas acredito de coração que o que elas nos ensinam florescem e sobrevivem em nós através dos detalhes, assim como a Heedo de 2023 mantém o seu carro na cor vermelha. É possível seguir em frente, e ainda sim, não esquecer completamente de alguém que você amou. Esse é o ponto de Twenty-five Twenty-one: sinto que nem a Heedo nem o Yijin se arrependeram de terem se amado. Ao invés de disso, os dois carregam a memória de terem sido o primeiro amor um do outro com orgulho e isso é claro na cena final do túnel onde a Heedo finalmente reescreve o passado na sua imaginação, terminando o relacionamento dessa vez não com uma briga e palavras ásperas, mas com carinho e agradecimentos. "Hoje, você deveria ser o primeiro a ir embora". Dessa vez, quando a Heedo deixa o túnel, as únicas memórias que permanecem são as boas. Vamos ser sinceros, é muito incomum encontrar pessoas que terminam ficando junto com o seu primeiro amor. Você se apaixona, se machuca, você muda e cresce, se esquece e segue em frente. Mas as pessoas que passam pela sua vida sempre farão parte de quem você é agora.
P.s.: O que me deixou mais triste foi o fato de que a Heedo foi a única que se afastou dos amigos da juventude ao ponto da filha dela não saber nem da existência da Yurim... Isso me doeu tanto porque tenho certeza que a Seungwan não perdeu o contato com o Jiwoong e consequentemente também não perdeu contato com a Yurim, e o Yijin já era próximo da Yurim também. E se a Seungwan ficou com o irmão mais novo do Yijin, o grupo realmente se manteve próximo com exceção da Heedo ):
Taipei Suicide Story
3.8 5"Sempre senti que minha vida deveria significar alguma coisa.
Mas, por mais que eu tentasse... Eu simplesmente nunca tive a chance.
Você tenta e tenta... Sempre esperando que desta vez seja diferente.
Mas nunca é, não é?
Um dia você se olha no espelho e a luz dos seus olhos desapareceu.
De repente, isso te atinge.
Quanta juventude você desperdiçou perseguindo algo que nunca foi seu?"
Nossa Irmã Mais Nova
4.0 75 Assista AgoraComo pode o vínculo formado por mulheres através de escolhas ser a coisa mais linda do mundo???
Exhuma
3.4 34KIM GO EUN EU TE AMO TANTO
Ritual
4.2 7“Sempre estive fascinado pela ideia de ser loucamente amado e de amar loucamente.
Porém, esta é uma carga muito exigente...
Será que consigo suportá-la?"
“Todos os dias ela adia o amanhã, transformando o hoje em ontem.”
“Andar de trem é a maneira perfeita de escapar do tédio dos meus dias.
A paisagem flui cinematograficamente.
Os efeitos sonoros são perfeitos.
Minha fantasia sobre ela se fortalece.
Não ficarei entediado por um tempo.
Os dias que passo com ela são como um banho morno.
Até seu leve sorriso me deixa bem humorado.
Cada dia que se passa é uma contagem regressiva para a morte.
Ninguém quer perder esses momentos.
Mais uma razão para filmá-la, eu acho.
Filmes, especialmente as animações, são a pura encarnação de nossas fantasias pessoais e coletivas manipuladas de forma seletiva em estruturas narrativas... Mesmo os filmes live-action não correspondem à realidade.
E portanto, a realidade, substituída pela fantasia, perde o seu valor. Chamamos isso de 'inversão da realidade e da fantasia'.
Não me importo mais com nada disso.
Minha consciência, minha realidade, minha matéria... Tudo se concentra nela.
Certamente, ela deseja escapar para a fantasia.
Certamente, eu anseio escapar da fantasia.
Eu queria guardar um registro visual desses fenômenos contraditórios.
Mas o meu comportamento não passa de uma desculpa para a minha incapacidade de me comunicar, exceto através de imagens.”
Mami Wata
3.6 3Submissão da Nigéria ao Oscar 2024.
Irmandade da Sauna a Vapor
3.8 2Submissão da Estônia ao Oscar 2024.
Zona de Interesse
3.6 594 Assista AgoraCompletamente horrorizada por esse filme. Vi algumas pessoas comentando que o filme “banaliza o holocausto”. Mas a minha percepção é completamente contrária.
O holocausto é normalizado pelos personagens principais do filme, que são nazistas. E como nós acompanhamos a rotina dessa família, pode até parecer que tá sendo normalizado. Mas, com um olhar mais atento, dá pra perceber que o filme não compactua com o ponto de vista de seus personagens. Os elementos do horror que acontecia naquele lugar estão sempre presentes. Os gritos e tiros constantes. Os empregados judeus aparecendo em cena apenas quando mais ninguém se encontra à vista. A fumaça constante no céu.
E pra mim, essa banalidade do mal é ainda mais aterrorizante. Nazistas não são monstros embaixo da nossa cama, sequer tinham aparência de pessoas asquerosas. Eram pessoas comuns que cometiam uma das piores atrocidades que a humanidade já viveu e voltavam pra casa, pra suas esposas e filhos amorosos e tinham um ótimo jantar em família. Me apavora o fato de que o ser humano pode ser horroroso assim em seu estado natural.
Me revirou no estômago as esposas comentando sobre como queriam/conseguiam os pertences dos judeus que foram levados. A forma como o filme inicialmente vai apresentando personagem da Sandra Huller como uma esposa inofensiva, mas vai pontuando elementos de como ela completamente desprezível tal qual o marido, como quando as empregadas da casa se encolhiam na presença dela, em como ela insistia na ideia de que “estava vivendo a vida dos sonhos”, mesmo presenciando tudo no campo de concentração ao lado. O fato de que nem a mãe dela conseguiu viver muito tempo na casa da família porque não aguentou presenciar o que tava acontecendo… Inclusive, me fez pensar muito em como vários alemães naquela época deveriam ser como ela: tava tudo bem estar ciente de tudo que acontecia, portanto que não presenciassem de fato alguma coisa acontecendo.
Enfim, faz muito tempo que um filme não me inspira a escrever uma review aqui.
É um filme marcante e brutal na trivialidade de seus personagens. Amei!
Submissão do Reino Unido ao Oscar 2024.
Songs of Earth
3.4 1Submissão da Noruega ao Oscar 2024.
Tiger Stripes
2.6 4Submissão da Malásia ao Oscar 2024.
Himiko
3.9 7Queria muito saber qual o tipo de entorpecente os japoneses usaram nos anos 70...
Maestro
3.1 260Ai gente, sem condições, o filme é pedante demais, dá pra ouvir o Bradley Cooper mendigando um Oscar.
A Sociedade da Neve
4.2 720 Assista AgoraSubmissão da Espanha ao Oscar 2024.
Folhas de Outono
3.8 100Eu queria muito ter gostado desse, inclusive estava com grandes expectativas, mas apesar da protagonista me lembrar um pouco a Jeanne Dielman, tá longe de ser uma personagem tão marcante quanto. Me esforcei, mas tenho a sensação de que vou esquecer desse filme antes da cerimônia do Oscar 2024 chegar.
Submissão da Finlândia ao Oscar 2024.
Dias Perfeitos
4.2 281 Assista Agora"Este mundo consiste em muitos outros mundos diferentes. Alguns estão relacionados e outros não."
Submissão do Japão ao Oscar 2024.
Inshallah, um Menino!
3.6 2Submissão da Jordânia ao Oscar 2024.
20 Dias em Mariupol
3.9 57 Assista AgoraSubmissão da Ucrânia ao Oscar 2024.
Besouro
3.1 551Como a umbanda é uma religião interessante, viu? Sinto que o roteiro poderia ter sido um pouco mais desenvolvido, principalmente como o Mestre Alípio se tornou o Mestre e a relação dele com o Besouro. Mas é um filme tão lindo e tão significativo!
Amerikatsi
3.3 2Submissão da Armênia ao Oscar 2024.
The Old Oak
3.5 6“É a esperança que causa tanta dor. (…) Mas se eu parar de ter esperança, meu coração vai parar de bater.”
Autobiography
3.4 1Tensão e desconforto são as duas palavras que descrevem esse filme.
Submissão da Indonésia ao Oscar 2024.
Glorious Ashes
2.8 1Submissão do Vietnã ao Oscar 2024.
Terra de Deus
3.6 13 Assista AgoraSubmissão do Islândia ao Oscar 2024.
Um Fardo
3.5 1Submissão do Iêmen ao Oscar 2024.
Twenty-Five Twenty-One
4.4 54Mais de um ano depois de ter assistido esse drama, eu volto aqui para fazer uma análise-barra-desabafo sobre ele.
Eu amo como Twenty-five Twenty-one constrói essa sensação de nostalgia desde o início. Ele nunca engana os telespectadores, desde o início ele deixa os indícios do final, seja no fato da filha da Heedo não reconhecer o jovem Yijin, seja no fato do sobrenome da filha dela não levar o "Baek" dele. Mas a química entre os personagens, não só dos principais, mas do quinteto em si é tão maravilhosa que você se pega esquecendo desses pequenos (grandes) sinais e torce para estar errado até o último momento. Isso só mostra o quanto a jornada desse drama vale a pena!
A Heedo e o Yijin se conhecem num momento complicado da vida dos dois. Enquanto a Heedo tá tentando lidar com a possibilidade de ter que desistir do seu sonho de ser esgrimista e também com a estagnação do seu desempenho, o Yijin tá se debatendo pra suportar a responsabilidade da falência do negócio dos seus pais que foi deixada inteiramente nos ombros dele.
Os dois se tornam uma grande fonte de apoio e conforto um pro outro.
Eu amo como esse apoio é a base, o nascimento e a ruína do relacionamento entre eles. De "onde quer que você esteja, garantirei que meu apoio chegue até você" para "eu não poderia me aproximar de você porque eu te apoio" que se transformou em "meu apoio não está mais chegando até ele" e em "para ser sincero, seu apoio foi pesado pra mim".
Sei que muita gente estranha ou até se indigna com o fato da Heedo de 2023 não lembrar de coisas como a viagem à praia, mas com o tempo, quantas vezes esquecemos de coisas que nós julgavámos importantes no momento em que elas aconteceram? A Heedo teve inúmeras vitórias, foi campeã nacional, mundial, viajou o mundo, se aposentou no auge da sua carreira, se apaixonou, casou, teve uma filha... O Yijin também, se tornou um âncora de sucesso e conseguiu reunir a família dele. Vários momentos importantes ao longo da vida deles foram se sobrepondo àqueles momentos da juventude. É o natural de uma vida bem vivida.
Muitas pessoas também reclamam sobre o fato do drama não mostrar o marido da Heedo e gente, por deus, o título do drama já diz tudo, a história é sobre aquele capítulo específico da vida da Heedo (e do Yijin) e o que foi importante naquele momento da vida dela, os acontecimentos que fizeram ela aprender e amadurecer.
Muitas pessoas também reclamam sobre o fato do relacionamento da Yurim com o Jiwoong ter dado certo mesmo quando eles não eram tão desenvolvidos quanto o relacionamento da Heedo com o Yijin e a resposta é simples: comunicação. Yurim e Jiwoong tiveram objetivos claros desde o início, eles estabeleceram suas regras e seguiram às claras o tempo inteiro. Enquanto o relacionamento da Heedo com o Yijin começou a ruir justamente quando a comunicação começou a falhar ao ponto do Yijin tomar uma grande decisão sem consultar/informar à Heedo. Mas também não é culpa dele... Depois de tudo que ele passou em Nova York, acho que o senso de dever e responsabilidade dele com a profissão aflorou demais, sem contar que era uma oportunidade única e um passo a mais pra ele, finalmente, reunir a família dele de novo.
E por falar em família, eu amo como o drama deixa nas entrelinhas o quanto que nosso relacionamento com a nossa família impacta nos nossos relacionamentos amorosos também. O Yijin teve que apoiar e segurar as responsabilidades da família dele sozinho e, com isso, ele aprendeu também a sofrer sozinho, "sem incomodar ninguém". Desse jeito, quando ele desenvolveu depressão em Nova York, a única forma de proteger a Heedo do estado em que ele estava foi isolando ela enquanto lidava com a dor sozinho. Já a Heedo sempre se sentiu excluída pela mãe, a distância que a profissão da mãe impôs entre as duas refletiu em muito a forma como ela lidou com a distância entre ela e o Yijin. Ela percebeu que tava se enfiando em um buraco que ela já conhecia. Talvez se a Heedo não tivesse passado por isso antes, ela tivesse sido mais tolerante com a situação.
Sei que nem sempre somos capazes de levar conosco as pessoas de um tempo querido nas nossas vidas, por vários motivos e divergências, mas acredito de coração que o que elas nos ensinam florescem e sobrevivem em nós através dos detalhes, assim como a Heedo de 2023 mantém o seu carro na cor vermelha. É possível seguir em frente, e ainda sim, não esquecer completamente de alguém que você amou. Esse é o ponto de Twenty-five Twenty-one: sinto que nem a Heedo nem o Yijin se arrependeram de terem se amado. Ao invés de disso, os dois carregam a memória de terem sido o primeiro amor um do outro com orgulho e isso é claro na cena final do túnel onde a Heedo finalmente reescreve o passado na sua imaginação, terminando o relacionamento dessa vez não com uma briga e palavras ásperas, mas com carinho e agradecimentos. "Hoje, você deveria ser o primeiro a ir embora". Dessa vez, quando a Heedo deixa o túnel, as únicas memórias que permanecem são as boas.
Vamos ser sinceros, é muito incomum encontrar pessoas que terminam ficando junto com o seu primeiro amor. Você se apaixona, se machuca, você muda e cresce, se esquece e segue em frente. Mas as pessoas que passam pela sua vida sempre farão parte de quem você é agora.
P.s.: O que me deixou mais triste foi o fato de que a Heedo foi a única que se afastou dos amigos da juventude ao ponto da filha dela não saber nem da existência da Yurim... Isso me doeu tanto porque tenho certeza que a Seungwan não perdeu o contato com o Jiwoong e consequentemente também não perdeu contato com a Yurim, e o Yijin já era próximo da Yurim também. E se a Seungwan ficou com o irmão mais novo do Yijin, o grupo realmente se manteve próximo com exceção da Heedo ):