Demorei para assistir "Boyhood" porque a maioria das pessoas falavam que era um filme lento, com um roteiro simples, e que só era legal porque acompanhamos o envelhecimento de todos os atores por 12 anos. Só que esse "pequeno" detalhe eleva a experiência a um nível extraordinário. Pra quem não sabe, o filme foi realizado durante 12 anos. Parece que a equipe e os atores se reuniam uma vez por ano e filmavam durante uma ou duas semanas. Então, aqui temos realmente uma história simples, crua e verdadeira. Nada demais. É a vida, como a nossa. Só que ao começarmos a acompanhar o crescimento desse menino e os momentos de sua vida com família e amigos, não conseguimos parar. O filme pode até ser um pouco longo demais e com muitos altos e baixos, mas a experiência vale muito a pena. Vai ganhar o Oscar de Melhor Filme com certeza.
Mais uma vez um filme cristão desperdiça um bom argumento para tentar entubar uma mensagem de qualquer maneira na mente das pessoas. Os esteriótipos, os clichês estão todos lá e retratados da pior forma possível. Escutei análises de não-cristãos sobre o filme e todos criticam não o fato do filme ter uma veia evangelística, mas por se sentirem sendo tratados como idiotas. Eu concordo. É um filme pra crente ver e eu continuo lamentando a forma como esses filmes são feitos...
Tartarugas Ninjas é o Guardiões da Galáxia que deu errado. Definitivamente, o cinema não é lugar para elas. Uma bomba. Personagens sem carisma, cenas de ação exageradas e sem tensão alguma, nem mesmo o humor funciona. O pior filme que vi esse ano. Sem dúvidas.
Gosto de filmes ingleses. Eles tem uma dose de realidade interessante. Recomendo esse filme. Drama, comédia, ironias e denúncias na medida certa. Sem contar que Judi Dench está excelente. Escute minha áudio-crítica em https://soundcloud.com/saladacult/coquetel-10-philomena-review
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Ótima estréia do Padilha em Hollywood, mesmo tendo um desafio enorme pela frente (refilmar um clássico do mundo "xiita" nerd), ele se saiu bem. Apesar de se distanciar um pouco do primeiro filme em algumas questões, não deixa de ter o seu valor. Recomendo. Escute minha áudio-crítica em https://soundcloud.com/saladacult/coquetel-robocop-review
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O ser humano tem muito medo de ficar sozinho e é sobre isso que o filme de Spike Jonze aborda ao contar uma sensível história sobre relacionamentos. Escute minha áudio-crítica em http://www.saladacult.com.br/ela-2013/.
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Um conceito maneiríssimo dentro de um roteiro e uma narrativa bem mais ou menos! O livro deve ser bem melhor que esse filme. Escute minha áudio-crítica em http://www.saladacult.com.br/enders-game-o-jogo-exterminador-2013/
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Antes de tudo gostaria de deixar claro que eu sou um fã incondicional do universo da Terra-Média, o qual já "visitava" bem antes dos filmes da saga "O Senhor dos Anéis" serem lançados. Portanto, é um pouco difícil ser imparcial ao comentar sobre o novo longa do diretor Peter Jackson. O que posso dizer é que depois de um primeiro filme que dividiu opiniões, temos uma sequência que melhora alguns aspectos de seu antecessor, mas que deixa cair o nível em outros.
A companhia composta pelos 13 anões, pelo hobbit Bilbo (Martin Freeman) e pelo mago Gandalf (Ian McKellen), continua sua caminhada em direção à Montanha Solitária para expulsar o dragão Smaug (voz de Bennedict Cumberbatch) e recuperar os tesouros e a casa que já pertenceram aos anões um dia. Perseguido por Orcs e lutando contra um mal que ainda não se revelou, os nossos heróis, liderados por Thórin (Richard Armitage), acabam se envolvendo com elfos e humanos em sua jornada.
Apesar de ter gostado desse filme, tenho a impressão de que Jackson não está conseguindo tirar mais caldo dessa laranja ou está perdendo a mão em relação ao universo da Terra-Média. Poucas coisas conseguiram me surpreender ao assistir o longa. São os mesmos movimentos de câmera, praticamente os mesmo cenários, a mesma música e isso incomoda um pouco. Novamente, temos um filme excessivamente longo que consegue deixar até aquele que é fã um pouco cansado. Eu assisti o filme em uma sala HFR (48 quadros por segundo) e, diferente de seu antecessor, eu não recomendo. Não sei porque, mas os efeitos visuais do filme ficaram muito aquém daquilo que estávamos acostumados a ver, e assistir com essa tecnologia deixa isso muito evidente.
Agora, vamos deixar as coisas negativas de lado e falar das coisas boas. Enquanto o primeiro filme tem um clima mais leve e infantil, aqui temos algo mais sombrio e violento. O clima de tensão e urgência permeia todo o tempo de projeção, diferente do primeiro, que gastou quase uma hora para nos apresentar os personagens e nos introduzir naquela história. Essa á uma característica normal de filmes de passagem, aqueles que são preparatórios para o último ato. De novo temos um Martin Freeman muito bem com seu Bilbo Bolseiro e também temos um fantástico Smaug. Talvez o melhor dragão já mostrado nos cinemas, abrilhantado ainda mais com o vozeirão de Bennedict Cumberbatch. As cenas de ação são divertidas e bem coreografadas, ainda mais quando temos os elfos Legolas (Orlando Bloom) e Tauriel (Evangeline Lilly). Há esforço em fazer o link com a saga de "O Senhor dos Anéis", introduzindo uma história paralela com o Necromante e seu exército de Orcs, mas eu não tenho muita convicção de que isso ajuda a história. Talvez, se essa trama não existisse, o filme seria mais curto e com uma narrativa mais dinâmica e concisa, mas entendo e respeito a decisão do diretor em fazer essa ligação.
É difícil dizer se esse filme é melhor que o primeiro. Talvez não, porque eu esperava um pouco mais. Ainda assim saí bem satisfeito do cinema.
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Quando o primeiro “Jogos Vorazes” chegou aos cinemas brasileiros, a maioria das pessoas tinham pouquíssimas expectativas em relação ao filme. Tirando os jovens que já conheciam os livros escritos por Suzanne Collins, ninguém mais tinha ouvido falar sobre a história da menina Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence). Os produtores conseguiram montar uma fórmula de sucesso ao conseguirem encaixar uma protagonista talentosa e carismática com uma realidade distópica interessantíssima, violência na medida certa e um romance que não beira a pieguice. Funcionou no primeiro filme e continua funcionando nesse.
Aparentemente, após a vitória do 74º Jogos, Katniss e seu par, Peeta Mellark (Josh Hutcherson), se tornaram uma espécie de símbolo de esperança por um novo tempo para o povo subjugado pelo governo de seu país. Para acalmar os ânimos, o presidente Snow (Donald Sutherland) e o novo showrunner (Philip Seymour Hoffman) apostam todas as fichas na 75ª edição dos jogos para reverter o cenário.
O ponto alto do filme é sem dúvida a atriz Jennifer Lawrence. Como o livro é contado à partir da perspectiva de Katniss, aqui temos a atriz em praticamente 100% das cenas. Lawrence é a mais nova queridinha de Hollywood e isso é completamente justificável. Com uma beleza que foge dos padrões artificiais que tentam nos empurrar hoje em dia e com um talento acima da média, a jovem atriz convence e hipnotiza os espectadores com uma Katniss que ao mesmo tempo que se mostra frágil e sensível, sabe transmitir a força e a coragem necessárias para comprarmos o personagem. O restante do elenco, apesar de não brilharem, seguram bem as pontas. Gosto muito de Woody Harrelson e ele sempre se sai bem quando está em cena.
“Em Chamas” possui um ótimo ritmo, apesar de achar que algumas cenas poderiam ter sido cortadas ou diminuídas, fazendo com que o filme funcione muito bem e deixe um ótimo cenário preparado para a sua continuação. Agora, é importantíssimo assistir o primeiro filme para não ficar boiando na história.
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O diretor Denis Villeneuve, que ganhou notoriedade com o filme “Incêndios”, nos brinda com esse ótimo filme de drama/suspense familiar estrelado por um elenco de peso, com nomes como: Hugh Jackman, Jake Gyllenhaal, Viola Davis, Terrence Howard, Melissa Leo e Paul Dano.
O filme narra a história de um pai de família (Hugh Kackman) que deve lidar com o desaparecimento de sua filha e de uma amiga dela. Quando suspeita que o detetive encarregado das buscas (Jake Gyllenhaal) já desistiu de procurar pelo culpado, este pai desesperado começa a desconfiar e fazer sua própria investigação.
Jackman e Gyllenhaal estão muito bem em seus papéis, aplicando trejeitos e características que dão uma profundidade interessante para seus personagens. Paul Dano também está ótimo com seu perturbado Alex. Destaque para Hugh Jackman que cada vez mais vai se colocando como um dos melhores atores da atualidade. Villeneuve conduz o filme de uma forma bem competente, imergindo o espectador na sua trama logo no início, cozinhando-o por cerca de duas horas para só então resolver o conflito.
Na minha opinião, apesar de longo (quase 2:30), o filme não é cansativo. A história é bem contada e nos dois primeiros atos, foge do clichê “policial persegue bandido”, trazendo tramas paralelas que a enriquecem. Basta acompanhar a jornada do personagem de Hugh Jackman para entender o que estou falando. Até onde o ser humano pode chegar em situações extremas? Será que faríamos a mesma coisa em uma situação como essa?
O filme não é perfeito, claro. O seu último ato acaba cometendo alguns desliezes ao tentar supreender o espectador na resolução da trama. Apesar de entendermos, acaba soando um pouco forçado, já que nenhuma dica (ou poucas, para os mais atentos) havia sido dada anteriormente. Nada que estrague a experiência, mas não foi tão impactante quanto se esperava.
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Os filmes solo de Thor representam a vertente épica da Marvel. Guerras entre mundos, exércitos de seres poderosos, criaturas enormes, capa e espada são apenas alguns dos pontos que podemos relacionar com esse tipo de filme. Ao contrário da maioria, eu gostei bastante do primeiro filme e em "Thor: O Mundo Sombrio" temos o melhor de seu antecessor somado a um personagem mais bem estabelecido, um Universo Marvel mais bem definido e uma história épica, dramática e bem contada.
Em sua busca por Thor, Jane Foster acaba se envolvendo em algo que desperta um antigo mal que assolava o Universo. Para salvar sua amada, Thor volta para a Terra para resgatá-la e levá-la para Asgard a fim de salvar sua vida e ao mesmo tempo proteger os Nove Mundos dessa nova ameaça.
Apesar de contar com altos e baixos, o que a Marvel está fazendo com seus filmes é digno de aplausos. A relação entre eles e a cada novo lançamento podermos ver a expansão desse Universo é algo fantástico. Sempre mantendo o mesmo tom de aventura com humor típico das HQs, os filmes da Marvel tem suas identidades muito bem definidas. O novo filme de Thor tem essa mesma pegada com um "plus" de ser uma história épica, contada em um outro mundo que não a Terra. É quase uma ficção científica com boas doses de aventura.
Chris Hemsworth está cada vez mais seguro como Thor. Ele dá a sobriedade e a aparência física que o personagem necessita, sem deixar de demonstrar a sua canastrice habitual. Tom Hiddleston brilha mais uma vez como Loki e a relação entre os dois é algo forte e que ajuda muito o filme andar para frente. Possuir atores do nível de Anthony Hopkins, Rene Russo, Idris Elba e Natalie Portman ajudam demais a elevar a qualidade de qualquer filme, e aqui não é diferente. Alan Taylor estréia no cinema com o pé direito, trazendo uma direção segura, imprimindo um ritmo que pouco oscila durante os 120 minutos de projeção.
Diferentemente do último filme do Homem de Ferro, o novo filme de Thor me deixou ansioso para ver o que virá a seguir no Universo Marvel. É claro que o filme tem alguns defeitos e alguns furos de roteiros, mas acho que não vale a pena falar sobre isso aqui porque não estragam de forma nenhuma a experiência. Aliás, os filmes da Marvel estabeleceram isso no cinema. Ao contrário de seu "rival", a DC Comics, que tem trazido filmes mais densos e que tentam se aproximar do mundo real, a Marvel segue em seu mundo fantástico e até "incoerente" das HQs. Eu gosto, e você?
OBS: Não deixe de ver as 2 cenas pós-créditos (uma muito boa e outra que serve apenas para diversão).
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Sinceramente, eu demorei para assistir esse filme porque a crítica foi tão pesada que eu acabei deixando passar. Injustiça. Se não é um filme espetacular, ao menos é uma aventura/ficção competente, com uma história amarrada e uma narrativa que não deixa a peteca cair.
Um pouso forçado deixa o adolescente Kitai Raige (Jaden Smith) e seu pai Cypher (Will Smith) presos na Terra, 1.000 anos depois da humanidade ter sido obrigada a fugir de lá. Com seu pai gravemente ferido, Kitai deve enfrentar uma jornada em busca da parte da nave que possui um tipo de comunicador, enfrentando terreno desconhecido, evoluídas espécies animais que agora dominam o planeta, e uma criatura alienígena que escapou durante o acidente.
Pai e filho na vida real, Will e Jaden Smith trazem o relacionamento para as telonas mais uma vez (antes foi no ótimo "A Procura da Felicidade"). Apesar de ser um filme de aventura, o drama que move a história não é apenas a sobrevivência de ambos, mas sim o resgate e a salvação do relacionamento entre eles. Will interpreta um homem sem medo, frio, sem esboçar qualquer tipo de emoção, que funciona mais como um general do que como um pai para seu filho. Já Jaden interpreta um filho impetuoso, emotivo e que tenta a qualquer custo corresponder as expectativas do pai. O relacionamento dos dois funciona na tela. É uma história bonita, escrita pelo próprio Will Smith.
As cenas de ação são na medida certa. Não é aquele tipo de filme que você não para para respirar em nenhum momento. Por vezes ele é arrastado, focando no diálogo entre pai e filho, mas isso é bom. Ajuda a construirmos melhor aqueles personagens. Visualmente o filme é muito bonito também.
Muitos falaram que não parecia um filme de M. Night Shyamalan e eu discordo. Consegui reconhecer algumas nuances do diretor em algumas cenas. Aliás, acredito que a implicância que foi criada com Shyamalan tenha sido um dos principais motivos pelo filme ter fracassado. É claro que os últimos filmes do diretor não foram bons, mas sabemos que existe uma marcação com ele em Hollywood. "Depois da Terra" chegou junto com uma pergunta: "Será que dessa vez o Shyamalan acertou?" Isso acaba gerando um olhar um pouco pesado para o filme. Ele já chega tendo que se provar em algo. É complicado.
Vou repetir mais uma vez. Não é um filme brilhante, mas está longe de ser a bomba que a maioria das pessoas falou por aí. Assistam sem preconceitos e tirem suas próprias opiniões.
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Guillermo Del Toro é um nerd declarado, e como qualquer criança que cresceu na América Latina entre os anos 80-90, acompanhou de perto os ‘tokusatsu‘, os famosos seriados japoneses como Changeman, Jaspion, National Kid, Ultraman, Spectreman, etc. ‘Círculo de Fogo‘ é visivelmente a sua homenagem a esse universo. Um filme que se propõe a não ser levado a sério desde o início, mas que é conduzido com muito carinho por seu diretor. Isso pode ser notado nas diversas referências a cultura pop japonesa e também na sua sempre caprichada direção de arte.
A sinopse do filme é bem simples. Quando várias criaturas monstruosas, conhecidas como Kaiju, começam a emergir do mar, tem início uma batalha entre estes seres e os humanos. Para combatê-los, a humanidade desenvolve uma série de robôs gigantescos, os Jaegers, cada um controlado por duas pessoas através de uma conexão neural.
Tenho certeza que o fã inveterado dos tokusatsu vai se divertir como nunca ao assistir ‘Círculo de Fogo‘. Como esse não e o meu caso, alguns problemas do filme me incomodaram um pouco. Acredito que apesar de Del Toro se esforçar em aprofundar alguns personagens, isso não funciona muito bem, justamente por não termos alguém com carisma suficiente para carregar esse fardo. Em alguns momentos do filme, me lembrei de Independence Day, no qual o ator Will Smith faz muito bem essa conexão com o espectador. No filme de Del Toro, as atuações não são ruins, mas são rasa, ao ponto da melhor performance ser a de uma menininha de cinco anos de idade. Idris Elba interpreta um general que comanda a operação dos Jaegers. Charlie Hunnam e Rinko Kikuchi são os principais pilotos do exército de robôs. Todos os três personagens possuem dramas interessantes, mas faltou carisma para elevar um pouco mais o nível do filme.
Esse é um filme para ser assistido em IMAX 3D. Não assista em outra tela, a não ser que não tenha opção. Visualmente, apesar de ser fantástico, senti um pouco de dificuldade de entender o que estava acontecendo na tela. A maioria das lutas são filmadas a noite e dentro da água. Com os diversos elementos ‘respingando’ na tela, ficou um pouco confuso. No entanto, é tudo muito bonito e bem feito. Podemos sentir o peso dos robôs enquanto eles se movimentam, tanto através das imagens quanto do som. Como disse anteriormente, a direção de arte é especialidade nos filmes de Del Toro.
Enfim, saí do cinema satisfeito. Apesar de não conseguir fugir de alguns clichês, o filme é bastante divertido e se eu que não sou fã do gênero me diverti, imagine para quem é viciado. Filme pipoca de qualidade.
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Não sei se você já assistiu a série “Entourage”, mas para mim é uma das melhores séries já feitas. Como sou um apaixonado por cinema, nessa série acompanhamos os bastidores de Hollywood, e por isso lembrei bastante dela ao assistir “Bling Ring – A Gangue de Hollywood”, escrito e dirigido por Sofia Coppola.
No filme acompanhamos um grupo de estudantes interpretados por Emma Watson (como é bom ver que ela se desvencilhou completamente da Hermione de “Harry Potter”), Israel Broussard, Thaissa Farmiga e Leslie Mann, que resolvem invadir as casas dos famosos e roubar seus pertences pessoais como roupas, jóias e sapatos. O filme é baseado em uma história real e Sofia Coppola tenta dar esse ar de realidade a sua narrativa ao fazer com que os seus atores se portem de forma natural diante da câmera.
Além dessa naturalidade, a diretora tenta inserir alguns elementos visuais e sonoros fora do padrão, como que querendo que seu filme seja realmente classificado dentro de um cinema alternativo. Isso funciona em grande parte do filme, mas em alguns momentos passa uma sensação de exagero. Um ponto positivo da direção de Coppola é que ela conta a história de uma forma imparcial, sem querer dar nenhuma lição diante daquilo que é mostrado na tela. Ela mostra os fatos e deixa para o espectador fazer o seu julgamento.
Os jovens atores estão excelentes, dividindo igualmente o destaque na tela. Talvez por querer ser alternativo demais, “Bling Ring” não tenha alcançado o sucesso esperado. No entanto, ainda é um bom filme para assistir em casa.
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Imagine um filme onde os atores interpretam a si próprios durante um evento apocalíptico. Essa é a premissa de “É o Fim”, dirigido por Seth Rogen e protagonizado pelo próprio. Com uma premissa dessas, é claro que o filme não pode ser levado a sério. Porém, se assistido com esse espírito, mesmo com alguns problemas, consegue divertir o espectador.
Durante uma festa na casa de James Franco, terremotos começam a acontecer no mundo, liberando um grande mal sobre a terra, fazendo com que Seth Rogen, Jonah Hill, Jay Baruchel e Craig Robinson fiquem presos na casa de Franco enquanto tentam sobreviver aos perigos que estão do lado de fora. O filme também conta com as participações de Paul Rudd, Michael Cera, Rihanna, David Krumholtz, Mindy Kaling, Aziz Ansari, Danny McBride, Emma Watson, Kevin Hart e Martin Starr.
Um dos grandes problemas do filme é a sua duração. A situação é hilária e os primeiros 45 minutos são ótimos enquanto conhecemos esses “personagens” e somos introduzidos na trama. A coisa é tão surreal que de alguma maneira desperta a nossa curiosidade. É claro que é um filme meio pastelão, mas que por causa da idéia original, consegue se destacar um pouco mais dentro do gênero. Porém, uma obra desse tipo não pode ter mais de 90 minutos e é aí que a coisa começa a ficar cansativa. Por não ter mais para onde ir, o pastelão perde um pouco o tom e baixa o nível.
Se você gosta de filmes de comédia e não se incomoda com palavrões e piadas sexuais, é bem capaz de gostar do filme. Como disse, apesar de ficar cansativo, consegui me divertir um pouco.
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O diretor James Wan, de apenas 36 anos, certamente possui uma mente perturbada. Diretor de filmes como “Jogos Mortais” e “Sobrenatural”, ele conseguiu capturar todo o clima dos ótimos filmes de terror dos anos 80-90 e condensar em “Invocação do Mal”, tornando esse um dos filmes mais assustadores dos últimos tempos.
Como qualquer história de filmes de terror, não tem como fugir dos temas clichês que caraterizam o gênero. Uma família se muda para uma casa mal-assombrada e conta com a ajuda de um casal especialista em paranormalidade para resolver a situação. Também não há como fugir de referências óbvias. Eu me lembrei bastante de filmes como “Poltergeist”, “O Exorcista” e até mesmo “O Sexto Sentido”, todos clássicos do gênero. James Wan soube sugar os principais temperos desses filmes para construir o seu.
Sendo assim, acredito que o mérito do sucesso da obra está praticamente todo nas mãos do seu diretor. A forma como James Wan movimenta a câmera, os silêncios, a tensão, está tudo muito bem amarrado. Há muito tempo não me sentia tão nervoso vendo um filme desse tipo. Esse é o segundo filme do gênero que assisto nesse ano. O primeiro foi “A Morte do Demônio” (leia a minha crítica aqui), no qual questionei se esse tipo de filme ainda funciona hoje em dia. Wan me mostrou que sim, é possível, apesar de não ser um filme de terror-horror como “A Morte do Demônio”, e sim um terror-suspense.
O elenco está bem competente, liderado pelo quarteto Patrick Wilson, Vera Farmiga, Ron Livingston e Lili Taylor. Como a história se passa nos anos 70, tanto o bom figurino e a direção de arte nos remetem exatamente a era do terror que citei no início do texto.
Eu daria 5 caesars para “Invocação do Mal” se ele não deslizasse um pouco no seu ato final, perdendo um pouco o tom que estava sendo desenvolvido anteriormente, o que me incomodou um pouco. No entanto, isso não tira o mérito do filme. Recomendo assistir em um ambiente bem escuro, com um bom aparelho de som. Afinal de contas, filmes de terror servem justamente para isso: causar medo. E nada melhor do que o cinema para proporcionar em nós esse sentimento tão primitivo do ser humano, sem que realmente corramos algum tipo de risco real. Ou será que corremos?
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O primeiro filme de Neill Blomkamp, “Distrito 9″, se tornou um fenômeno. Respaldado por ninguém menos que Peter Jackson, o filme que contava a história de uma invasão alienígena de uma forma inédita, logo se tornou um clássico. Havia um aspecto social muito forte em “Distrito 9″, algo que Blomkamp tentou trazer para “Elysium”, mas que não soube valorizar e deixou se perder em meio a cenas de ação pouco convincentes.
Em um futuro não muito distante, a Terra se tornou um lugar poluído. Os habitantes ricos se mudaram para uma estação espacial chamada Elysium, onde ninguém fica doente e ninguém envelhece, e onde é proibida a entrada dos cidadãos terrenos. Max (Matt Damon) é um dos habitantes miseráveis do planeta que ao sofrer um acidente no trabalho, precisa ir até Elysium para receber a cura. Com a ajuda de Spider (Wagner Moura) ele se engaja em uma missão para ajudar os habitantes da Terra e conseguir também o que ele queria.
O aspecto social abordado nesse longa é justamente a desigualdade social. Porém Blomkamp não se aprofunda muito nisso e acaba descambando para um filme de ação que não convence muito. O ambiente do filme é muito bem feito, os robôs, a tecnologia. Tudo é bem realista, o que ajuda o espectador a se conectar com aquele lugar. Muito legal ver o Wagner Moura em Hollywood. No início, eu tive um estranhamento, mas logo consegui me convencer do seu personagem e da sua atuação, mesmo com aquele inglês bem carregado de sotaque latino. Matt Damon tem uma atuação estilo Matt Damon e Alice Braga também tem uma atuação estilo Alice Braga. Nada demais, mas bem competentes. O vilão do filme é extremamente caricato, não sei se propositalmente, mas me incomodou um pouco. Assim como os diálogos, bem pobres.
Não é um filme ruim, mas nesse ano em que tivemos várias ficções-científicas, esperava que “Elysium” fosse se destacar um pouco mais. Um filme eficiente, mas que não será tão lembrado quanto o primeiro filme de Blomkamp, “Distrito 9″.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraDemorei para assistir "Boyhood" porque a maioria das pessoas falavam que era um filme lento, com um roteiro simples, e que só era legal porque acompanhamos o envelhecimento de todos os atores por 12 anos. Só que esse "pequeno" detalhe eleva a experiência a um nível extraordinário. Pra quem não sabe, o filme foi realizado durante 12 anos. Parece que a equipe e os atores se reuniam uma vez por ano e filmavam durante uma ou duas semanas. Então, aqui temos realmente uma história simples, crua e verdadeira. Nada demais. É a vida, como a nossa. Só que ao começarmos a acompanhar o crescimento desse menino e os momentos de sua vida com família e amigos, não conseguimos parar. O filme pode até ser um pouco longo demais e com muitos altos e baixos, mas a experiência vale muito a pena. Vai ganhar o Oscar de Melhor Filme com certeza.
Joe
3.4 251Até que enfim o Nicholas Cage voltou a fazer algo bom de verdade... Filmaço!
Deus Não Está Morto
2.8 1,4K Assista AgoraMais uma vez um filme cristão desperdiça um bom argumento para tentar entubar uma mensagem de qualquer maneira na mente das pessoas. Os esteriótipos, os clichês estão todos lá e retratados da pior forma possível. Escutei análises de não-cristãos sobre o filme e todos criticam não o fato do filme ter uma veia evangelística, mas por se sentirem sendo tratados como idiotas. Eu concordo. É um filme pra crente ver e eu continuo lamentando a forma como esses filmes são feitos...
O Céu é de Verdade
3.3 189 Assista AgoraQuando os filmes cristãos se preocuparem mais em contar boas histórias do que dar algum tipo de mensagem, pode ser que saia alguma coisa boa...
As Tartarugas Ninja
3.1 1,3K Assista AgoraTartarugas Ninjas é o Guardiões da Galáxia que deu errado. Definitivamente, o cinema não é lugar para elas. Uma bomba. Personagens sem carisma, cenas de ação exageradas e sem tensão alguma, nem mesmo o humor funciona. O pior filme que vi esse ano. Sem dúvidas.
Sem Escalas
3.5 902 Assista AgoraO filme vai bem até a sua metade. Depois, é uma sequência IMPRESSIONANTE de diálogos e cenas clichês. Na minha opinião, estragou um bom filme.
Philomena
4.0 920 Assista AgoraGosto de filmes ingleses. Eles tem uma dose de realidade interessante. Recomendo esse filme. Drama, comédia, ironias e denúncias na medida certa. Sem contar que Judi Dench está excelente. Escute minha áudio-crítica em https://soundcloud.com/saladacult/coquetel-10-philomena-review
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RoboCop
3.3 2,0K Assista AgoraÓtima estréia do Padilha em Hollywood, mesmo tendo um desafio enorme pela frente (refilmar um clássico do mundo "xiita" nerd), ele se saiu bem. Apesar de se distanciar um pouco do primeiro filme em algumas questões, não deixa de ter o seu valor. Recomendo. Escute minha áudio-crítica em https://soundcloud.com/saladacult/coquetel-robocop-review
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Ela
4.2 5,8K Assista AgoraO ser humano tem muito medo de ficar sozinho e é sobre isso que o filme de Spike Jonze aborda ao contar uma sensível história sobre relacionamentos. Escute minha áudio-crítica em http://www.saladacult.com.br/ela-2013/.
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Ender's Game: O Jogo do Exterminador
3.4 891 Assista AgoraUm conceito maneiríssimo dentro de um roteiro e uma narrativa bem mais ou menos! O livro deve ser bem melhor que esse filme. Escute minha áudio-crítica em http://www.saladacult.com.br/enders-game-o-jogo-exterminador-2013/
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O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista AgoraMelhor atuação da carreira do DiCaprio! Escute minha áudio-crítica em http://www.saladacult.com.br/o-lobo-de-wall-street-2013/
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Universidade Monstros
3.9 1,8K Assista AgoraQuer escrever para o Salada Cult?
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Nesse ‘prequel’ descobrimos como Mike Wazowski e James Sullivan se tornaram os monstros que foram apresentados em Monstros S.A.
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Capitão Phillips
4.0 1,6K Assista AgoraQuer escrever para o Salada Cult?
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Filmaço! Escute minha áudio-crítica em http://www.saladacult.com.br/capitao-phillips-2013/
Blackfish: Fúria Animal
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Filmaço! Gera uma discussão muito interessante sobre a natureza do homem e sua influência na natureza selvagem.
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O Hobbit: A Desolação de Smaug
4.0 2,5K Assista AgoraQuer escrever para o Salada Cult?
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Antes de tudo gostaria de deixar claro que eu sou um fã incondicional do universo da Terra-Média, o qual já "visitava" bem antes dos filmes da saga "O Senhor dos Anéis" serem lançados. Portanto, é um pouco difícil ser imparcial ao comentar sobre o novo longa do diretor Peter Jackson. O que posso dizer é que depois de um primeiro filme que dividiu opiniões, temos uma sequência que melhora alguns aspectos de seu antecessor, mas que deixa cair o nível em outros.
A companhia composta pelos 13 anões, pelo hobbit Bilbo (Martin Freeman) e pelo mago Gandalf (Ian McKellen), continua sua caminhada em direção à Montanha Solitária para expulsar o dragão Smaug (voz de Bennedict Cumberbatch) e recuperar os tesouros e a casa que já pertenceram aos anões um dia. Perseguido por Orcs e lutando contra um mal que ainda não se revelou, os nossos heróis, liderados por Thórin (Richard Armitage), acabam se envolvendo com elfos e humanos em sua jornada.
Apesar de ter gostado desse filme, tenho a impressão de que Jackson não está conseguindo tirar mais caldo dessa laranja ou está perdendo a mão em relação ao universo da Terra-Média. Poucas coisas conseguiram me surpreender ao assistir o longa. São os mesmos movimentos de câmera, praticamente os mesmo cenários, a mesma música e isso incomoda um pouco. Novamente, temos um filme excessivamente longo que consegue deixar até aquele que é fã um pouco cansado. Eu assisti o filme em uma sala HFR (48 quadros por segundo) e, diferente de seu antecessor, eu não recomendo. Não sei porque, mas os efeitos visuais do filme ficaram muito aquém daquilo que estávamos acostumados a ver, e assistir com essa tecnologia deixa isso muito evidente.
Agora, vamos deixar as coisas negativas de lado e falar das coisas boas. Enquanto o primeiro filme tem um clima mais leve e infantil, aqui temos algo mais sombrio e violento. O clima de tensão e urgência permeia todo o tempo de projeção, diferente do primeiro, que gastou quase uma hora para nos apresentar os personagens e nos introduzir naquela história. Essa á uma característica normal de filmes de passagem, aqueles que são preparatórios para o último ato. De novo temos um Martin Freeman muito bem com seu Bilbo Bolseiro e também temos um fantástico Smaug. Talvez o melhor dragão já mostrado nos cinemas, abrilhantado ainda mais com o vozeirão de Bennedict Cumberbatch. As cenas de ação são divertidas e bem coreografadas, ainda mais quando temos os elfos Legolas (Orlando Bloom) e Tauriel (Evangeline Lilly). Há esforço em fazer o link com a saga de "O Senhor dos Anéis", introduzindo uma história paralela com o Necromante e seu exército de Orcs, mas eu não tenho muita convicção de que isso ajuda a história. Talvez, se essa trama não existisse, o filme seria mais curto e com uma narrativa mais dinâmica e concisa, mas entendo e respeito a decisão do diretor em fazer essa ligação.
É difícil dizer se esse filme é melhor que o primeiro. Talvez não, porque eu esperava um pouco mais. Ainda assim saí bem satisfeito do cinema.
Jogos Vorazes: Em Chamas
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Quando o primeiro “Jogos Vorazes” chegou aos cinemas brasileiros, a maioria das pessoas tinham pouquíssimas expectativas em relação ao filme. Tirando os jovens que já conheciam os livros escritos por Suzanne Collins, ninguém mais tinha ouvido falar sobre a história da menina Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence). Os produtores conseguiram montar uma fórmula de sucesso ao conseguirem encaixar uma protagonista talentosa e carismática com uma realidade distópica interessantíssima, violência na medida certa e um romance que não beira a pieguice. Funcionou no primeiro filme e continua funcionando nesse.
Aparentemente, após a vitória do 74º Jogos, Katniss e seu par, Peeta Mellark (Josh Hutcherson), se tornaram uma espécie de símbolo de esperança por um novo tempo para o povo subjugado pelo governo de seu país. Para acalmar os ânimos, o presidente Snow (Donald Sutherland) e o novo showrunner (Philip Seymour Hoffman) apostam todas as fichas na 75ª edição dos jogos para reverter o cenário.
O ponto alto do filme é sem dúvida a atriz Jennifer Lawrence. Como o livro é contado à partir da perspectiva de Katniss, aqui temos a atriz em praticamente 100% das cenas. Lawrence é a mais nova queridinha de Hollywood e isso é completamente justificável. Com uma beleza que foge dos padrões artificiais que tentam nos empurrar hoje em dia e com um talento acima da média, a jovem atriz convence e hipnotiza os espectadores com uma Katniss que ao mesmo tempo que se mostra frágil e sensível, sabe transmitir a força e a coragem necessárias para comprarmos o personagem. O restante do elenco, apesar de não brilharem, seguram bem as pontas. Gosto muito de Woody Harrelson e ele sempre se sai bem quando está em cena.
“Em Chamas” possui um ótimo ritmo, apesar de achar que algumas cenas poderiam ter sido cortadas ou diminuídas, fazendo com que o filme funcione muito bem e deixe um ótimo cenário preparado para a sua continuação. Agora, é importantíssimo assistir o primeiro filme para não ficar boiando na história.
Os Suspeitos
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O diretor Denis Villeneuve, que ganhou notoriedade com o filme “Incêndios”, nos brinda com esse ótimo filme de drama/suspense familiar estrelado por um elenco de peso, com nomes como: Hugh Jackman, Jake Gyllenhaal, Viola Davis, Terrence Howard, Melissa Leo e Paul Dano.
O filme narra a história de um pai de família (Hugh Kackman) que deve lidar com o desaparecimento de sua filha e de uma amiga dela. Quando suspeita que o detetive encarregado das buscas (Jake Gyllenhaal) já desistiu de procurar pelo culpado, este pai desesperado começa a desconfiar e fazer sua própria investigação.
Jackman e Gyllenhaal estão muito bem em seus papéis, aplicando trejeitos e características que dão uma profundidade interessante para seus personagens. Paul Dano também está ótimo com seu perturbado Alex. Destaque para Hugh Jackman que cada vez mais vai se colocando como um dos melhores atores da atualidade. Villeneuve conduz o filme de uma forma bem competente, imergindo o espectador na sua trama logo no início, cozinhando-o por cerca de duas horas para só então resolver o conflito.
Na minha opinião, apesar de longo (quase 2:30), o filme não é cansativo. A história é bem contada e nos dois primeiros atos, foge do clichê “policial persegue bandido”, trazendo tramas paralelas que a enriquecem. Basta acompanhar a jornada do personagem de Hugh Jackman para entender o que estou falando. Até onde o ser humano pode chegar em situações extremas? Será que faríamos a mesma coisa em uma situação como essa?
O filme não é perfeito, claro. O seu último ato acaba cometendo alguns desliezes ao tentar supreender o espectador na resolução da trama. Apesar de entendermos, acaba soando um pouco forçado, já que nenhuma dica (ou poucas, para os mais atentos) havia sido dada anteriormente. Nada que estrague a experiência, mas não foi tão impactante quanto se esperava.
Um dos melhores suspenses do ano. Recomendo.
Thor: O Mundo Sombrio
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Os filmes solo de Thor representam a vertente épica da Marvel. Guerras entre mundos, exércitos de seres poderosos, criaturas enormes, capa e espada são apenas alguns dos pontos que podemos relacionar com esse tipo de filme. Ao contrário da maioria, eu gostei bastante do primeiro filme e em "Thor: O Mundo Sombrio" temos o melhor de seu antecessor somado a um personagem mais bem estabelecido, um Universo Marvel mais bem definido e uma história épica, dramática e bem contada.
Em sua busca por Thor, Jane Foster acaba se envolvendo em algo que desperta um antigo mal que assolava o Universo. Para salvar sua amada, Thor volta para a Terra para resgatá-la e levá-la para Asgard a fim de salvar sua vida e ao mesmo tempo proteger os Nove Mundos dessa nova ameaça.
Apesar de contar com altos e baixos, o que a Marvel está fazendo com seus filmes é digno de aplausos. A relação entre eles e a cada novo lançamento podermos ver a expansão desse Universo é algo fantástico. Sempre mantendo o mesmo tom de aventura com humor típico das HQs, os filmes da Marvel tem suas identidades muito bem definidas. O novo filme de Thor tem essa mesma pegada com um "plus" de ser uma história épica, contada em um outro mundo que não a Terra. É quase uma ficção científica com boas doses de aventura.
Chris Hemsworth está cada vez mais seguro como Thor. Ele dá a sobriedade e a aparência física que o personagem necessita, sem deixar de demonstrar a sua canastrice habitual. Tom Hiddleston brilha mais uma vez como Loki e a relação entre os dois é algo forte e que ajuda muito o filme andar para frente. Possuir atores do nível de Anthony Hopkins, Rene Russo, Idris Elba e Natalie Portman ajudam demais a elevar a qualidade de qualquer filme, e aqui não é diferente. Alan Taylor estréia no cinema com o pé direito, trazendo uma direção segura, imprimindo um ritmo que pouco oscila durante os 120 minutos de projeção.
Diferentemente do último filme do Homem de Ferro, o novo filme de Thor me deixou ansioso para ver o que virá a seguir no Universo Marvel. É claro que o filme tem alguns defeitos e alguns furos de roteiros, mas acho que não vale a pena falar sobre isso aqui porque não estragam de forma nenhuma a experiência. Aliás, os filmes da Marvel estabeleceram isso no cinema. Ao contrário de seu "rival", a DC Comics, que tem trazido filmes mais densos e que tentam se aproximar do mundo real, a Marvel segue em seu mundo fantástico e até "incoerente" das HQs. Eu gosto, e você?
OBS: Não deixe de ver as 2 cenas pós-créditos (uma muito boa e outra que serve apenas para diversão).
Depois da Terra
2.6 1,4K Assista AgoraQuer escrever para o Salada Cult?
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Sinceramente, eu demorei para assistir esse filme porque a crítica foi tão pesada que eu acabei deixando passar. Injustiça. Se não é um filme espetacular, ao menos é uma aventura/ficção competente, com uma história amarrada e uma narrativa que não deixa a peteca cair.
Um pouso forçado deixa o adolescente Kitai Raige (Jaden Smith) e seu pai Cypher (Will Smith) presos na Terra, 1.000 anos depois da humanidade ter sido obrigada a fugir de lá. Com seu pai gravemente ferido, Kitai deve enfrentar uma jornada em busca da parte da nave que possui um tipo de comunicador, enfrentando terreno desconhecido, evoluídas espécies animais que agora dominam o planeta, e uma criatura alienígena que escapou durante o acidente.
Pai e filho na vida real, Will e Jaden Smith trazem o relacionamento para as telonas mais uma vez (antes foi no ótimo "A Procura da Felicidade"). Apesar de ser um filme de aventura, o drama que move a história não é apenas a sobrevivência de ambos, mas sim o resgate e a salvação do relacionamento entre eles. Will interpreta um homem sem medo, frio, sem esboçar qualquer tipo de emoção, que funciona mais como um general do que como um pai para seu filho. Já Jaden interpreta um filho impetuoso, emotivo e que tenta a qualquer custo corresponder as expectativas do pai. O relacionamento dos dois funciona na tela. É uma história bonita, escrita pelo próprio Will Smith.
As cenas de ação são na medida certa. Não é aquele tipo de filme que você não para para respirar em nenhum momento. Por vezes ele é arrastado, focando no diálogo entre pai e filho, mas isso é bom. Ajuda a construirmos melhor aqueles personagens. Visualmente o filme é muito bonito também.
Muitos falaram que não parecia um filme de M. Night Shyamalan e eu discordo. Consegui reconhecer algumas nuances do diretor em algumas cenas. Aliás, acredito que a implicância que foi criada com Shyamalan tenha sido um dos principais motivos pelo filme ter fracassado. É claro que os últimos filmes do diretor não foram bons, mas sabemos que existe uma marcação com ele em Hollywood. "Depois da Terra" chegou junto com uma pergunta: "Será que dessa vez o Shyamalan acertou?" Isso acaba gerando um olhar um pouco pesado para o filme. Ele já chega tendo que se provar em algo. É complicado.
Vou repetir mais uma vez. Não é um filme brilhante, mas está longe de ser a bomba que a maioria das pessoas falou por aí. Assistam sem preconceitos e tirem suas próprias opiniões.
Círculo de Fogo
3.8 2,6K Assista AgoraQuer escrever para o Salada Cult?
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Guillermo Del Toro é um nerd declarado, e como qualquer criança que cresceu na América Latina entre os anos 80-90, acompanhou de perto os ‘tokusatsu‘, os famosos seriados japoneses como Changeman, Jaspion, National Kid, Ultraman, Spectreman, etc. ‘Círculo de Fogo‘ é visivelmente a sua homenagem a esse universo. Um filme que se propõe a não ser levado a sério desde o início, mas que é conduzido com muito carinho por seu diretor. Isso pode ser notado nas diversas referências a cultura pop japonesa e também na sua sempre caprichada direção de arte.
A sinopse do filme é bem simples. Quando várias criaturas monstruosas, conhecidas como Kaiju, começam a emergir do mar, tem início uma batalha entre estes seres e os humanos. Para combatê-los, a humanidade desenvolve uma série de robôs gigantescos, os Jaegers, cada um controlado por duas pessoas através de uma conexão neural.
Tenho certeza que o fã inveterado dos tokusatsu vai se divertir como nunca ao assistir ‘Círculo de Fogo‘. Como esse não e o meu caso, alguns problemas do filme me incomodaram um pouco. Acredito que apesar de Del Toro se esforçar em aprofundar alguns personagens, isso não funciona muito bem, justamente por não termos alguém com carisma suficiente para carregar esse fardo. Em alguns momentos do filme, me lembrei de Independence Day, no qual o ator Will Smith faz muito bem essa conexão com o espectador. No filme de Del Toro, as atuações não são ruins, mas são rasa, ao ponto da melhor performance ser a de uma menininha de cinco anos de idade. Idris Elba interpreta um general que comanda a operação dos Jaegers. Charlie Hunnam e Rinko Kikuchi são os principais pilotos do exército de robôs. Todos os três personagens possuem dramas interessantes, mas faltou carisma para elevar um pouco mais o nível do filme.
Esse é um filme para ser assistido em IMAX 3D. Não assista em outra tela, a não ser que não tenha opção. Visualmente, apesar de ser fantástico, senti um pouco de dificuldade de entender o que estava acontecendo na tela. A maioria das lutas são filmadas a noite e dentro da água. Com os diversos elementos ‘respingando’ na tela, ficou um pouco confuso. No entanto, é tudo muito bonito e bem feito. Podemos sentir o peso dos robôs enquanto eles se movimentam, tanto através das imagens quanto do som. Como disse anteriormente, a direção de arte é especialidade nos filmes de Del Toro.
Enfim, saí do cinema satisfeito. Apesar de não conseguir fugir de alguns clichês, o filme é bastante divertido e se eu que não sou fã do gênero me diverti, imagine para quem é viciado. Filme pipoca de qualidade.
Bling Ring - A Gangue de Hollywood
3.0 1,7K Assista AgoraQuer escrever para o Salada Cult?
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Não sei se você já assistiu a série “Entourage”, mas para mim é uma das melhores séries já feitas. Como sou um apaixonado por cinema, nessa série acompanhamos os bastidores de Hollywood, e por isso lembrei bastante dela ao assistir “Bling Ring – A Gangue de Hollywood”, escrito e dirigido por Sofia Coppola.
No filme acompanhamos um grupo de estudantes interpretados por Emma Watson (como é bom ver que ela se desvencilhou completamente da Hermione de “Harry Potter”), Israel Broussard, Thaissa Farmiga e Leslie Mann, que resolvem invadir as casas dos famosos e roubar seus pertences pessoais como roupas, jóias e sapatos. O filme é baseado em uma história real e Sofia Coppola tenta dar esse ar de realidade a sua narrativa ao fazer com que os seus atores se portem de forma natural diante da câmera.
Além dessa naturalidade, a diretora tenta inserir alguns elementos visuais e sonoros fora do padrão, como que querendo que seu filme seja realmente classificado dentro de um cinema alternativo. Isso funciona em grande parte do filme, mas em alguns momentos passa uma sensação de exagero. Um ponto positivo da direção de Coppola é que ela conta a história de uma forma imparcial, sem querer dar nenhuma lição diante daquilo que é mostrado na tela. Ela mostra os fatos e deixa para o espectador fazer o seu julgamento.
Os jovens atores estão excelentes, dividindo igualmente o destaque na tela. Talvez por querer ser alternativo demais, “Bling Ring” não tenha alcançado o sucesso esperado. No entanto, ainda é um bom filme para assistir em casa.
É o Fim
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Imagine um filme onde os atores interpretam a si próprios durante um evento apocalíptico. Essa é a premissa de “É o Fim”, dirigido por Seth Rogen e protagonizado pelo próprio. Com uma premissa dessas, é claro que o filme não pode ser levado a sério. Porém, se assistido com esse espírito, mesmo com alguns problemas, consegue divertir o espectador.
Durante uma festa na casa de James Franco, terremotos começam a acontecer no mundo, liberando um grande mal sobre a terra, fazendo com que Seth Rogen, Jonah Hill, Jay Baruchel e Craig Robinson fiquem presos na casa de Franco enquanto tentam sobreviver aos perigos que estão do lado de fora. O filme também conta com as participações de Paul Rudd, Michael Cera, Rihanna, David Krumholtz, Mindy Kaling, Aziz Ansari, Danny McBride, Emma Watson, Kevin Hart e Martin Starr.
Um dos grandes problemas do filme é a sua duração. A situação é hilária e os primeiros 45 minutos são ótimos enquanto conhecemos esses “personagens” e somos introduzidos na trama. A coisa é tão surreal que de alguma maneira desperta a nossa curiosidade. É claro que é um filme meio pastelão, mas que por causa da idéia original, consegue se destacar um pouco mais dentro do gênero. Porém, uma obra desse tipo não pode ter mais de 90 minutos e é aí que a coisa começa a ficar cansativa. Por não ter mais para onde ir, o pastelão perde um pouco o tom e baixa o nível.
Se você gosta de filmes de comédia e não se incomoda com palavrões e piadas sexuais, é bem capaz de gostar do filme. Como disse, apesar de ficar cansativo, consegui me divertir um pouco.
Invocação do Mal
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O diretor James Wan, de apenas 36 anos, certamente possui uma mente perturbada. Diretor de filmes como “Jogos Mortais” e “Sobrenatural”, ele conseguiu capturar todo o clima dos ótimos filmes de terror dos anos 80-90 e condensar em “Invocação do Mal”, tornando esse um dos filmes mais assustadores dos últimos tempos.
Como qualquer história de filmes de terror, não tem como fugir dos temas clichês que caraterizam o gênero. Uma família se muda para uma casa mal-assombrada e conta com a ajuda de um casal especialista em paranormalidade para resolver a situação. Também não há como fugir de referências óbvias. Eu me lembrei bastante de filmes como “Poltergeist”, “O Exorcista” e até mesmo “O Sexto Sentido”, todos clássicos do gênero. James Wan soube sugar os principais temperos desses filmes para construir o seu.
Sendo assim, acredito que o mérito do sucesso da obra está praticamente todo nas mãos do seu diretor. A forma como James Wan movimenta a câmera, os silêncios, a tensão, está tudo muito bem amarrado. Há muito tempo não me sentia tão nervoso vendo um filme desse tipo. Esse é o segundo filme do gênero que assisto nesse ano. O primeiro foi “A Morte do Demônio” (leia a minha crítica aqui), no qual questionei se esse tipo de filme ainda funciona hoje em dia. Wan me mostrou que sim, é possível, apesar de não ser um filme de terror-horror como “A Morte do Demônio”, e sim um terror-suspense.
O elenco está bem competente, liderado pelo quarteto Patrick Wilson, Vera Farmiga, Ron Livingston e Lili Taylor. Como a história se passa nos anos 70, tanto o bom figurino e a direção de arte nos remetem exatamente a era do terror que citei no início do texto.
Eu daria 5 caesars para “Invocação do Mal” se ele não deslizasse um pouco no seu ato final, perdendo um pouco o tom que estava sendo desenvolvido anteriormente, o que me incomodou um pouco. No entanto, isso não tira o mérito do filme. Recomendo assistir em um ambiente bem escuro, com um bom aparelho de som. Afinal de contas, filmes de terror servem justamente para isso: causar medo. E nada melhor do que o cinema para proporcionar em nós esse sentimento tão primitivo do ser humano, sem que realmente corramos algum tipo de risco real. Ou será que corremos?
Elysium
3.3 2,0K Assista AgoraConheça o Salada Cult - http://www.saladacult.com.br/elysium-2013/
O primeiro filme de Neill Blomkamp, “Distrito 9″, se tornou um fenômeno. Respaldado por ninguém menos que Peter Jackson, o filme que contava a história de uma invasão alienígena de uma forma inédita, logo se tornou um clássico. Havia um aspecto social muito forte em “Distrito 9″, algo que Blomkamp tentou trazer para “Elysium”, mas que não soube valorizar e deixou se perder em meio a cenas de ação pouco convincentes.
Em um futuro não muito distante, a Terra se tornou um lugar poluído. Os habitantes ricos se mudaram para uma estação espacial chamada Elysium, onde ninguém fica doente e ninguém envelhece, e onde é proibida a entrada dos cidadãos terrenos. Max (Matt Damon) é um dos habitantes miseráveis do planeta que ao sofrer um acidente no trabalho, precisa ir até Elysium para receber a cura. Com a ajuda de Spider (Wagner Moura) ele se engaja em uma missão para ajudar os habitantes da Terra e conseguir também o que ele queria.
O aspecto social abordado nesse longa é justamente a desigualdade social. Porém Blomkamp não se aprofunda muito nisso e acaba descambando para um filme de ação que não convence muito. O ambiente do filme é muito bem feito, os robôs, a tecnologia. Tudo é bem realista, o que ajuda o espectador a se conectar com aquele lugar. Muito legal ver o Wagner Moura em Hollywood. No início, eu tive um estranhamento, mas logo consegui me convencer do seu personagem e da sua atuação, mesmo com aquele inglês bem carregado de sotaque latino. Matt Damon tem uma atuação estilo Matt Damon e Alice Braga também tem uma atuação estilo Alice Braga. Nada demais, mas bem competentes. O vilão do filme é extremamente caricato, não sei se propositalmente, mas me incomodou um pouco. Assim como os diálogos, bem pobres.
Não é um filme ruim, mas nesse ano em que tivemos várias ficções-científicas, esperava que “Elysium” fosse se destacar um pouco mais. Um filme eficiente, mas que não será tão lembrado quanto o primeiro filme de Blomkamp, “Distrito 9″.