Caio-Cabelow

A Morte convida para Dançar - 2008 - USA - 🎥Dirigido por: Nelson McCormick - visto no dia 28.07.23
Que filme ruim. Uma pena o Idris Elba que aceitou essa bomba e foi desperdiçado do elenco. O roteiro é muito ruim, cheio de furos e falhas na narrativa. Coisas muito óbvias e mal feitas. Filme com absurdos sem pé e nem cabeça. Muito fraco. Uma decepção. Fiquei sabendo depois que era um remake de um filme de 1980. Espero que o original seja melhor. Esse filme aqui dá para aproveitar pouca coisa: o elenco adolescente dos formandos são muito ruins, chatos, desinteressantes. Para aproveitar, só a final girl que é a melhor personagem, o serial killer, algumas mortes onde algumas foram bem criativas, não são ruins. Tentou ser mais um trash, mas para mim não gostei, achei bem ruim, chato de acompanhar em todo o seu contexto, olha que adoro os filmes slasher. O geral do seu ritmo acelerado, das mortes até vai, mas como foi conduzido em sentido de roteiro, história, deixou a desejar. Vou assistir depois a versão original do filme. Trilha sonora, não esquecendo, lembro que foi interessante, como também o figurino dos personagens chatos. Só também.
Nota: 3,5

Clímax - 2018 - França - 🎥Dirigido por: Gaspar Noé - visto no dia 28.07.23
Gostei da atmosfera do filme. Muito interessante. É um filme diferente, com proposta diferente, que não vai chegar ao mercado comercial mais popular de cinema consumido pela massa. Filme diferente, fora do convencional, trás uma experiência sensorial, imagética bem peculiar. Trabalha muito com o som, os efeitos sonoros para transmitir várias sensações dos personagens ao redor da película: desde ao usar entorpecentes, alcool e seus efeitos no cérebro, na reação sonora, imagética, comportamental da pessoa. Isso é bem relatado em toda a obra. É uma viagem bem intimista, feito para incômodar, causar desconforto, uma reação de surpresa ou asco no telespectador, ou causar uma estranheza. E além daqui a dança ser uma arte, uma expressão para se libertar da realidade, uma fuga da realidade, aqui no ensaio, a paranóia, o desespero toma conta de todos. E é uma descida ao inferno literalmente. Como cada personagem reage é muito interessante, as consequências são letais. As filmagens, a camera como transita pela tela, como mostra cada personagem, seus estados em geral, foi muito criativo, imersivo naquele ambiente. Uma bad trip condicionada literalmente. Recomendo para quem gosta de um cinema diferente, com uma atmosfera delirante e pesada. O diretor Gaspar Noé tem grandes filmes, a maioria me surpreendeu positivamente. Ele retrata muito bem a condição de ser humano em si, suas ações e consequências, mergulha nisso. Exemplar muito bom. Foi considerado um dos filmes perturbadores pelo Getro.
Nota: 8,0

Cruz e Sousa - O Poeta do Desterro - 1988 - Brasil - 🎥Dirigido por: Sylvio Back - visto no dia 25.07.23
Outro filme que gostei de Sylvio Back. Esse filme é diferente, estrutura narrativa diferente, por isso que falo: há várias formas de contar uma história. Aqui no filme, é uma homenagem clara ao poeta Cruz e Sousa, o maior nome do simbolismo no Brasil. Simbolismo possui as seguintes características: misticismo, musicalidade, rigor formal, uso de reticências, valorização do mistério, maiúscula alegorizante e sinestesia. Seus autores duvidavam da razão e da realidade concreta; por isso, buscavam, por meio dos sentidos, atingir o plano das essências." E isso que o filme quis relatar, Cruz e Sousa é o principal representante desse movimento artístico e literário do séc XIX. O filme aborda as características em geral como a poesia rimada, filosofia profunda do autor, o misticismo e a intuição e total fuga da realidade do autor que tinha uma vida sofrida e que já tinha uma saúde debilitada. A arte como refúgio. O filme realçou, relatou isso de forma bem criativa, experimental, esteticamente interessante. Isso tudo realçado e influenciado pela sociedade difícil que o mundo vivia na época, de sofrimento, guerras e miséria. Uma pena que morreu tão novo aos 36 anos com tuberculose. Teve uma vida de muito sofrimento. Suas obras são eternas, bem reflexivas. O ator Kadu Karneiro fez um grande trabalho representando Cruz e Sousa. Uma pena que poucos brasileiros conheçam a sua obra. Gostei muito dos destaques das cores que o filme relatou, a loucura também que acometeu o Cruz e Sousa, filmagens diferenciadas e traz aquela angústia característica que na qual o autor tava vivendo, seus poemas realçavam todo esse sentimento. Ótima direção, trabalho de Sylvio Back, filme diferente e um conteúdo muito bem vindo para o cinema nacional. Mas não é um filme para o público popular, é bem intimista, mas é uma experiência que vale a pena. Para quem é fã de literatura é um prato cheio.
Nota: 9,0