Sempre me seduziu muito essa premissa de tratar super-heróis como pessoas num mundo real. De forma humanizada.
Acho que a trilogia do Nolan a respeito do Batman é considerada - com razão - a melhor trilogia de super-heróis já feita justamente por isso, por essa humanização, essa aproximação ao que é real. Como seria o Batman se ele de fato existisse na vida real? Se ele fosse um cara bilionário, inteligente? Como ele criaria todos os acessórios que usa? Como ele teria adquirido seu treinamento? Etc. Eis o trunfo, pra mim.
Em Corpo Fechado eu vi essa semente. De certa forma. E isso que me intrigou.
Com o último da trilogia, Vidro, toda a amarração é bem feita. A crença em nós mesmos nos dá poderes incríveis. E sim. É verdade.
Óbvio que num mundo como o nosso, o governo jamais deixaria que pessoas extraordinárias viessem à tona, assim. E até isso é crível no filme. Teria sido uma merda se só tivesse acabado nas mortes de todos, a troco de nada. Mas o mentor é muito inteligente e o personagem Samuel Jackson fodástico. O Luthor é quem é no Superman pq é um cara inteligente demaaaaaais e isso não pode ser descartado. Que final!
Não entendo muito bem pq muitos comentários se referem às personagens como pessoas desequilibradas e com distúrbios psicológicos.
Eu acho as personagens muito reais. Ninguém é perfeito. Todos nós temos nossas questões, defeitos e virtudes, frequência emocional, traumas ou assuntos pendentes - conscientemente ou não.
Sinto que são duas pessoas que têm ritmos distintos e modos de ver a vida diferente uma da outra e no meio disso tudo elas se conectam, de alguma forma.
E mesmo qdo esse vínculo aparentemente se desfaz, uma modifica a outra. Afinal, quem consegue sair ileso de outro alguém que transpassa sua vida? Mesmo que sutilmente. Algo ficou em Sergio e algo ficou em Naima. E qdo digo isso, não é na visão romântica, florida dos contos de fadas, como se uma nunca mais fosse esquecer a outra, não. É no sentido de que nossa visão é constantemente modificada e o que levamos conosco são as conexões que conseguimos estabelecer. Isso fica claro qdo Naima
não dá pra ficar na zona de conforto no amor. Que é preciso se jogar.
Ou aquele diálogo final entre as duas, a ruptura delas. As palavras não ditas e ditas ainda assim... com o olhar. O olhar que Sergio troca pela última vez com Naima, antes de sair porta afora. Nossa, me tocou profundamente.
Gosto dessa potência e intensidade de Sergio. Quase desmedida. Mas não culpo tb Naima. Acho simplesmente que são duas pessoas com frequências e visões distintas. E a vida é assim. Somos diferentes e tudo bem. Cada um no seu ritmo. No seu tempo. E às vezes esses ritmos se bifurcam, se misturam. Às vezes dá certo. Outras vezes não.
Na verdade, vendo o filme pela segunda vez, acho que Naima se assusta com a intensidade de Sergio. Acho não. Ela diz isso pra Sergio, na briga final. Tudo foi muito intenso e rápido pra Naima e aí entra a frequência afetiva de cada um. O ritmo de cada um. Ela se assustou. Se sentiu sufocada. E se afastou. Acontece, às vezes. Nem todo mundo é intenso ou sabe lidar com Sergios na vida. Que por outro lado sofre e acaba sempre mais exposta por ser assim, visceral.
"Nascido em 4 de Julho", "Vanilla Sky", "Magnólia". Até "Entrevista com o Vampiro", em que nos entrega um Lestat frio, sedutor e mortal.
Que pena que tenha jogado seu talento num nicho raso como os que atua fazendo sempre a mesma coisa. Amo os filmes de ação tb. Mas me dói perceber como ele poderia ter continuado num caminho muito maior. Que pena.
a cena, por exemplo, da Esti pedindo que o Dovid conceda a liberdade dela é estapafúrdia para quem vive num mundo sem regras dotadas por religiões x ou y. A liberdade é dela. Não tem que ser dada por ninguém.
MAS não podemos esquecer que estamos vendo uma obra sob a ótica de pessoas que NÃO CONHECEM outra realidade que não aquela pautada pela religião que lhes fora imposta. E NAQUELA RELIGIÃO, NAQUELE CONTEXTO, é a regra.
Outra situação que exemplifica o quanto o contexto é importante é a cena em que mostra que tb é a regra, naquele mundo,
a mulher se deitar uma vez por semana com o marido. É esperado, diz Esti. Alguns podem achar que se trata de um estupro quase que corretivo ( e talvez o seja de fato), demonizando Dovid por se aproveitar da lealdade de Esti perante à religião mas esquecem que ele próprio também cresceu sob os preceitos daquela mesma religião. Para ele, TAMBÉM, é normal. Natural. Provavelmente, se alguém dissesse para ele assim: "ô seu escroto, vc está subjugando a sua mulher. A estuprando toda semana." Ele iria achar que essa pessoa não entende nada.
Eu não estou aqui querendo passar a mão na cabeça de opressores mas a gente tem que parar com a mania de ver homens comuns como monstros. Dovid é um ser humano que foi ensinado de uma forma x e age de acordo. Uma das tantas reflexões do filme.
Lembrei de uma matéria que li de uma jornalista que entrevistou mais de 100 estupradores na Índia, na cadeia. Todos eram pessoas comuns, muitos pais de família, tinham esposas, eram filhos de alguém, professores, bem vistos em seus trabalhos. Nenhum tinha a noção de que o que cometeram era um estupro. Nenhum. Eles achavam que tinham esse direito. Pq? Pq foram ensinados assim. Cresceram numa estrutura sólida de sociedade que ensina que os homens são donos das mulheres e que podem fazer o que bem quiserem conosco. Esse panorama vai mudar como? Quando a gente parar de apontar o dedo dizendo que são psicopatas, monstros perversos e percebermos que são homens doutrinados sob o machismo e que isso muda através de estudo, de abrir mentes e de informação. O que no filme Dovid também não tem.
Se você viu esse filme SEM CONTEXTUALIZAR que se trata de uma comunidade reclusa, fechada por uma religião (Meu Deus, é a primeira frase do trailer!), você não exerceu a empatia com os personagens e logo não vai se sensibilizar com muitos aspectos da obra.
E eu entendo outra queixa recorrente de quem já ta cansada de se deparar com obras que retratem casais homoafetivos em conflito, geralmente com uma terceira pessoa no meio, no caso do filme é um homem. Eu sei que as coisas estão mudando (AINDA BEM) Temos mais representatividade tb (ainda muito pouco). E eu também quero ver obras - sejam no cinema, na televisão, na internet, em todos os lugares - em que eles representem um casal de lésbicas sem um homem no meio. Sem conflitos. Sem problemas. MAS infelizmente ainda existem MUITOS casos assim no dia a dia. Na vida. E olhem quantas pessoas irão assistir esse filme e se reconhecer na Esti. Entender os seus conflitos, sua dualidade, se ver naquela situação. Muitas. Quantas pessoas irão olhar para a Ronit e se ver nela? Pessoas que abandonaram suas raízes para não abrir mão de serem quem são. Acreditem: AINDA é importante expressar essas questões.
Quanto ao filme, nossa... Rachel's maravilhosas. Desobediência me enganou. Eu achei que ia ao cinema ver um filme de romance e saí de lá com um filme rico sobre liberdade, escolhas e suas consequências e um retrato cru do quanto, muitas vezes, a religião te oprime, massacra. Foi muito significativo pra mim a cena em que a Ronit
tira a peruca da Esti, durante o sexo. De todas as peças, ela tirou justo a peruca, primeiramente. Como quem diz: de agora em diante, é você. A libertação de Esti começa ali. A cena do sexo é o pontapé para o empoderamento da personagem da McAdams que se entregou de corpo e alma à personagem!
Todas as cenas - tirando a do sexo - são claustrofóbicas. Propositalmente. Para gente entender, sentir essa agonia que aquele mundo opressor, castrador nos causa. Em nós. Na Esti. O filme é dela. Para ela. O romance entre as duas serve como base para a libertação da personagem. E o amor é isso, no fim das contas. Esse poder absoluto que nos faz pessoas melhores. Que maravilhosidade.
Ficou claro que há um futuro próximo para as duas. Ronit se declara, pede para Esti lhe informar onde ela ficará. E um reencontro é selado. E a vida segue pq o filme não é sobre as duas. É sobre liberdade. De ser quem somos. De escolher nossos caminhos.
Esse filme virá para o Brasil? Eu não estou vendo ele na lista dos próximos lançamentos dos principais cinemas do RJ, por exemplo. Se alguém souber de algo...
Adorei. O vilão, pra mim, foi uma metáfora para todas as pessoas que se perdem de alguma forma, no mundo, por falta de oportunidades, por ter o básico negado. Quantas pessoas teriam traçado um caminho diferente se tivessem tido oportunidade e acolhimento? Talvez muitos. Talvez o Erik, no filme, tb.
Muitos outros pontos positivos, relacionados ao povo Wakandiano, como a falta de interferência e domínio dos brancos, tendo sua cultura enaltecida e um sentimento próprio de reconhecimento do quanto eles são incríveis, bonitos e poderosos. Talvez um exemplo de como mtos países africanos poderiam ser ricos e prósperos se não fosse a colonização e interferência dos brancos. Muita coisa a refletir. Frases e diálogos que serviram como um tapa na nossa cara de privilegiados num sistema injusto, racista. Um filme necessário. Representatividade importa e muito! Que venham mtos mais.
Tava querendo ver esse filme há mto tempo. Ele é bom mas a força do filme está na atuação de Juliette Binoche. Atores que conseguem transmitir tudo com o olhar são os meus preferidos e Juliette faz isso de um jeito arrebatador. Para que palavras se tudo é dito no olhar? A dor pesa, é palpável, impregna o ambiente do filme, as cenas. Tudo graças a ela. Que interpretação!
Cara, eu me amarrei!!! Fiquei chocada em como o Tom Cruise canta bem!!! A trilha sonora é maravilhoooooooosa e me deu uma baita nostalgia!!! O filme é propositadamente idiota, babacão e é isso que faz ele ser engraçado e legal hahahaha
"Logan" é o melhor filme do Universo Marvel já feito, o terceiro melhor filme de super-heróis já feito (ficando atrás apenas do "Batman - The Dark Knight " e "Batman - The Dark Knight Rises" e um dos melhores filmes que vi nos últimos anos.
Que filme foda. Que filme digno! Hugh Jackman, assim vc me arrasa!
Ponto fraco: roteiro. Foi a única deslizada. Não há aprofundamento nos personagens e com isso tudo fica meio raso. PORÉÉÉÉM, apesar disso, o filme tem o saldo positivo, agrada e faz seu papel! Olha, sinceramente, eu gostei MUITO! Deu vontade de ter o meu DNA mapeado e escalar os prédios antigos de algum lugar histórico foda. Que direção de arte!!! Figurino, trilha sonora, adorei tudo isso!
TUDO ESTÁ LÁ: á águia, as alucinações por conta do Animus, os golpes, o parkour, os fatos reais misturados a história dos Assassinos e dos Templários. TUDO está ali!
Acertaram em fazer o filme a partir de uma história nova, a parte dos jogos. Se, ainda assim, caíram na falha de não conseguirem dar uma certa profundidade aos personagens - e nem culpo só o roteiro por isso, realmente é muito difícil adaptar jogos e livros para o cinema. O timing é diferente, perde-se muita coisa, às vezes até coisas importantes são deixadas de lado - imagina só se tivessem feito uma adaptação do Altair ou do Ezio. Perderíamos MUITO mais. Foi a melhor saída.
Pergunto-me se ela não poderia ter sido salva, de alguma forma. Com a cobrança massacrante e essa vida superficial e devoradora de Hollywood, talvez se ela tivesse sido vista além do ícone, além da gostosa, além da Marilyn Monroe... talvez o desfecho pudesse ter sido diferente. Não sei. Não saberemos. Mas terminei o filme com esse gosto amargo da vida e de mais uma mulher sendo derrotada pelo machismo nosso. Se hj já é difícil, imagino naquela época. Uma pena. Bom filme. E triste.
Gostei de TUDO no trailer, até da música que muitos não aprovaram.
Porra... todas as expectativas possíveis e mais altas do mundo para esse lançamento. O elenco é de primeira! A fotografia, o visual ta incrível. Ai, meu Deus... esperar tanto tempo vai ser tenso!!!
Chorei horrores. Sempre me sinto tocada por histórias de mulheres que mudam o rumo da história. Nesse, não foi diferente. São por mulheres como essas que lutaram por direitos que hj em dia temos. Obrigada.
Quem já viu "Para Sempre Cinderela", com a Drew Barrymore - releitura do clássico contos de fadas da Disney - e vai ao cinema ver a "nova" versão "Cinderela", chora. De tudo, menos de satisfação.
Gostei do filme, é leve, bonitinho. O problema é que eu o vi um dia depois de ter assistido "Carol", nos cinemas. Estou em êxtase e na vibe do filme de Cate e Rooney. Senão fosse isso, com certeza eu teria gostado e embarcado melhor em "Kyss Mig". Ainda sim, o saldo é positivo.
Vidro
3.5 1,4K Assista AgoraLembro que qdo vi Corpo Fechado, achei incrível.
Sempre me seduziu muito essa premissa de tratar super-heróis como pessoas num mundo real. De forma humanizada.
Acho que a trilogia do Nolan a respeito do Batman é considerada - com razão - a melhor trilogia de super-heróis já feita justamente por isso, por essa humanização, essa aproximação ao que é real. Como seria o Batman se ele de fato existisse na vida real? Se ele fosse um cara bilionário, inteligente? Como ele criaria todos os acessórios que usa? Como ele teria adquirido seu treinamento? Etc. Eis o trunfo, pra mim.
Em Corpo Fechado eu vi essa semente. De certa forma. E isso que me intrigou.
Com o último da trilogia, Vidro, toda a amarração é bem feita. A crença em nós mesmos nos dá poderes incríveis. E sim. É verdade.
Óbvio que num mundo como o nosso, o governo jamais deixaria que pessoas extraordinárias viessem à tona, assim. E até isso é crível no filme. Teria sido uma merda se só tivesse acabado nas mortes de todos, a troco de nada. Mas o mentor é muito inteligente e o personagem Samuel Jackson fodástico. O Luthor é quem é no Superman pq é um cara inteligente demaaaaaais e isso não pode ser descartado. Que final!
Muito bom.
Duck Butter
2.8 146Não entendo muito bem pq muitos comentários se referem às personagens como pessoas desequilibradas e com distúrbios psicológicos.
Eu acho as personagens muito reais. Ninguém é perfeito. Todos nós temos nossas questões, defeitos e virtudes, frequência emocional, traumas ou assuntos pendentes - conscientemente ou não.
Sinto que são duas pessoas que têm ritmos distintos e modos de ver a vida diferente uma da outra e no meio disso tudo elas se conectam, de alguma forma.
E mesmo qdo esse vínculo aparentemente se desfaz, uma modifica a outra. Afinal, quem consegue sair ileso de outro alguém que transpassa sua vida? Mesmo que sutilmente. Algo ficou em Sergio e algo ficou em Naima. E qdo digo isso, não é na visão romântica, florida dos contos de fadas, como se uma nunca mais fosse esquecer a outra, não. É no sentido de que nossa visão é constantemente modificada e o que levamos conosco são as conexões que conseguimos estabelecer. Isso fica claro qdo Naima
resolve adotar o cachorro e consegue derrubar mais esse muro na sua vida
Algumas partes dos diálogos mexeram muito comigo. Qdo a Sergio diz que
não dá pra ficar na zona de conforto no amor. Que é preciso se jogar.
Ou aquele diálogo final entre as duas, a ruptura delas. As palavras não ditas e ditas ainda assim... com o olhar. O olhar que Sergio troca pela última vez com Naima, antes de sair porta afora. Nossa, me tocou profundamente.
Gosto dessa potência e intensidade de Sergio. Quase desmedida. Mas não culpo tb Naima. Acho simplesmente que são duas pessoas com frequências e visões distintas. E a vida é assim. Somos diferentes e tudo bem. Cada um no seu ritmo. No seu tempo. E às vezes esses ritmos se bifurcam, se misturam. Às vezes dá certo. Outras vezes não.
Na verdade, vendo o filme pela segunda vez, acho que Naima se assusta com a intensidade de Sergio. Acho não. Ela diz isso pra Sergio, na briga final. Tudo foi muito intenso e rápido pra Naima e aí entra a frequência afetiva de cada um. O ritmo de cada um. Ela se assustou. Se sentiu sufocada. E se afastou. Acontece, às vezes. Nem todo mundo é intenso ou sabe lidar com Sergios na vida. Que por outro lado sofre e acaba sempre mais exposta por ser assim, visceral.
Entendo Naima.
Eu prefiro ser Sergio.
Magnólia
4.1 1,3K Assista AgoraTom Cruise era um ator maravilhoso.
"Nascido em 4 de Julho", "Vanilla Sky", "Magnólia". Até "Entrevista com o Vampiro", em que nos entrega um Lestat frio, sedutor e mortal.
Que pena que tenha jogado seu talento num nicho raso como os que atua fazendo sempre a mesma coisa. Amo os filmes de ação tb. Mas me dói perceber como ele poderia ter continuado num caminho muito maior. Que pena.
Capitã Marvel
3.7 2,0K Assista AgoraPara os que reclamam que a Capitã Marvel é muito séria e não sorri:
Não falam isso do Batman, né? Pq será?
Uma nova era de representatividade está chegando com força. O futuro será incrível.
Carol Danvers dona da porra toda.
Professor Marston e as Mulheres Maravilhas
3.9 171 Assista Agora“I want you to love me for all of my days”
To bagunçada com esse filme.
Cinquenta Tons de Liberdade
2.5 456O pior filme que vi nos últimos anos.
Desobediência
3.7 729 Assista AgoraQuando a gente vê uma obra, temos que ter o cuidado de sempre contextualizar aquilo.
Situações que podem parecer absurdas para quem vive num mundo dito "normal", para outras são de praxe.
a cena, por exemplo, da Esti pedindo que o Dovid conceda a liberdade dela é estapafúrdia para quem vive num mundo sem regras dotadas por religiões x ou y. A liberdade é dela. Não tem que ser dada por ninguém.
Outra situação que exemplifica o quanto o contexto é importante é a cena em que mostra que tb é a regra, naquele mundo,
a mulher se deitar uma vez por semana com o marido. É esperado, diz Esti.
Alguns podem achar que se trata de um estupro quase que corretivo ( e talvez o seja de fato), demonizando Dovid por se aproveitar da lealdade de Esti perante à religião mas esquecem que ele próprio também cresceu sob os preceitos daquela mesma religião. Para ele, TAMBÉM, é normal. Natural. Provavelmente, se alguém dissesse para ele assim: "ô seu escroto, vc está subjugando a sua mulher. A estuprando toda semana." Ele iria achar que essa pessoa não entende nada.
Eu não estou aqui querendo passar a mão na cabeça de opressores mas a gente tem que parar com a mania de ver homens comuns como monstros. Dovid é um ser humano que foi ensinado de uma forma x e age de acordo. Uma das tantas reflexões do filme.
Lembrei de uma matéria que li de uma jornalista que entrevistou mais de 100 estupradores na Índia, na cadeia. Todos eram pessoas comuns, muitos pais de família, tinham esposas, eram filhos de alguém, professores, bem vistos em seus trabalhos. Nenhum tinha a noção de que o que cometeram era um estupro. Nenhum. Eles achavam que tinham esse direito. Pq? Pq foram ensinados assim. Cresceram numa estrutura sólida de sociedade que ensina que os homens são donos das mulheres e que podem fazer o que bem quiserem conosco. Esse panorama vai mudar como? Quando a gente parar de apontar o dedo dizendo que são psicopatas, monstros perversos e percebermos que são homens doutrinados sob o machismo e que isso muda através de estudo, de abrir mentes e de informação. O que no filme Dovid também não tem.
Se você viu esse filme SEM CONTEXTUALIZAR que se trata de uma comunidade reclusa, fechada por uma religião (Meu Deus, é a primeira frase do trailer!), você não exerceu a empatia com os personagens e logo não vai se sensibilizar com muitos aspectos da obra.
E eu entendo outra queixa recorrente de quem já ta cansada de se deparar com obras que retratem casais homoafetivos em conflito, geralmente com uma terceira pessoa no meio, no caso do filme é um homem. Eu sei que as coisas estão mudando (AINDA BEM) Temos mais representatividade tb (ainda muito pouco). E eu também quero ver obras - sejam no cinema, na televisão, na internet, em todos os lugares - em que eles representem um casal de lésbicas sem um homem no meio. Sem conflitos. Sem problemas. MAS infelizmente ainda existem MUITOS casos assim no dia a dia. Na vida. E olhem quantas pessoas irão assistir esse filme e se reconhecer na Esti. Entender os seus conflitos, sua dualidade, se ver naquela situação. Muitas. Quantas pessoas irão olhar para a Ronit e se ver nela? Pessoas que abandonaram suas raízes para não abrir mão de serem quem são. Acreditem: AINDA é importante expressar essas questões.
Quanto ao filme, nossa... Rachel's maravilhosas. Desobediência me enganou. Eu achei que ia ao cinema ver um filme de romance e saí de lá com um filme rico sobre liberdade, escolhas e suas consequências e um retrato cru do quanto, muitas vezes, a religião te oprime, massacra. Foi muito significativo pra mim a cena em que a Ronit
tira a peruca da Esti, durante o sexo. De todas as peças, ela tirou justo a peruca, primeiramente. Como quem diz: de agora em diante, é você. A libertação de Esti começa ali. A cena do sexo é o pontapé para o empoderamento da personagem da McAdams que se entregou de corpo e alma à personagem!
Todas as cenas - tirando a do sexo - são claustrofóbicas. Propositalmente. Para gente entender, sentir essa agonia que aquele mundo opressor, castrador nos causa. Em nós. Na Esti. O filme é dela. Para ela. O romance entre as duas serve como base para a libertação da personagem. E o amor é isso, no fim das contas. Esse poder absoluto que nos faz pessoas melhores. Que maravilhosidade.
O fim não foi aberto pra mim.
Ficou claro que há um futuro próximo para as duas. Ronit se declara, pede para Esti lhe informar onde ela ficará. E um reencontro é selado. E a vida segue pq o filme não é sobre as duas. É sobre liberdade. De ser quem somos. De escolher nossos caminhos.
Lindo.
Desobediência
3.7 729 Assista AgoraEm cólicas para o dia 21!! #Chegalogo
Desobediência
3.7 729 Assista AgoraEsse filme virá para o Brasil? Eu não estou vendo ele na lista dos próximos lançamentos dos principais cinemas do RJ, por exemplo. Se alguém souber de algo...
Pantera Negra
4.2 2,3K Assista AgoraAdorei. O vilão, pra mim, foi uma metáfora para todas as pessoas que se perdem de alguma forma, no mundo, por falta de oportunidades, por ter o básico negado. Quantas pessoas teriam traçado um caminho diferente se tivessem tido oportunidade e acolhimento? Talvez muitos. Talvez o Erik, no filme, tb.
Muitos outros pontos positivos, relacionados ao povo Wakandiano, como a falta de interferência e domínio dos brancos, tendo sua cultura enaltecida e um sentimento próprio de reconhecimento do quanto eles são incríveis, bonitos e poderosos. Talvez um exemplo de como mtos países africanos poderiam ser ricos e prósperos se não fosse a colonização e interferência dos brancos. Muita coisa a refletir. Frases e diálogos que serviram como um tapa na nossa cara de privilegiados num sistema injusto, racista. Um filme necessário. Representatividade importa e muito! Que venham mtos mais.
Cinquenta Tons Mais Escuros
2.5 762 Assista AgoraTem algum ser mais escroto do que Christian Grey e alguém mais sem vida do que Anastasia?
A Espera
3.7 60 Assista AgoraTava querendo ver esse filme há mto tempo. Ele é bom mas a força do filme está na atuação de Juliette Binoche. Atores que conseguem transmitir tudo com o olhar são os meus preferidos e Juliette faz isso de um jeito arrebatador. Para que palavras se tudo é dito no olhar? A dor pesa, é palpável, impregna o ambiente do filme, as cenas. Tudo graças a ela. Que interpretação!
Rock of Ages: O Filme
3.1 1,3K Assista AgoraCara, eu me amarrei!!! Fiquei chocada em como o Tom Cruise canta bem!!! A trilha sonora é maravilhoooooooosa e me deu uma baita nostalgia!!! O filme é propositadamente idiota, babacão e é isso que faz ele ser engraçado e legal hahahaha
Logan
4.3 2,6K Assista Agora"Logan" é o melhor filme do Universo Marvel já feito, o terceiro melhor filme de super-heróis já feito (ficando atrás apenas do "Batman - The Dark Knight " e "Batman - The Dark Knight Rises" e um dos melhores filmes que vi nos últimos anos.
Que filme foda. Que filme digno! Hugh Jackman, assim vc me arrasa!
Assassin's Creed
2.9 950 Assista AgoraPonto fraco: roteiro. Foi a única deslizada. Não há aprofundamento nos personagens e com isso tudo fica meio raso.
PORÉÉÉÉM, apesar disso, o filme tem o saldo positivo, agrada e faz seu papel!
Olha, sinceramente, eu gostei MUITO! Deu vontade de ter o meu DNA mapeado e escalar os prédios antigos de algum lugar histórico foda. Que direção de arte!!! Figurino, trilha sonora, adorei tudo isso!
TUDO ESTÁ LÁ: á águia, as alucinações por conta do Animus, os golpes, o parkour, os fatos reais misturados a história dos Assassinos e dos Templários. TUDO está ali!
Acertaram em fazer o filme a partir de uma história nova, a parte dos jogos. Se, ainda assim, caíram na falha de não conseguirem dar uma certa profundidade aos personagens - e nem culpo só o roteiro por isso, realmente é muito difícil adaptar jogos e livros para o cinema. O timing é diferente, perde-se muita coisa, às vezes até coisas importantes são deixadas de lado - imagina só se tivessem feito uma adaptação do Altair ou do Ezio. Perderíamos MUITO mais. Foi a melhor saída.
Achei o final muito rápido tb, meio jogado sem cuidado, poderiam ter feito um final mais elaborado
Cavaleiro de Copas
3.2 413Alguém me explica este filme? Ta puxado.
Sete Dias com Marilyn
3.7 1,7K Assista AgoraTerminei o filme agora.
Pergunto-me se ela não poderia ter sido salva, de alguma forma. Com a cobrança massacrante e essa vida superficial e devoradora de Hollywood, talvez se ela tivesse sido vista além do ícone, além da gostosa, além da Marilyn Monroe... talvez o desfecho pudesse ter sido diferente. Não sei. Não saberemos. Mas terminei o filme com esse gosto amargo da vida e de mais uma mulher sendo derrotada pelo machismo nosso. Se hj já é difícil, imagino naquela época. Uma pena. Bom filme. E triste.
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraPassaram-se quase 5 meses e eu ainda estou irremediavelmente apaixonada por este filme.
Assassin's Creed
2.9 950 Assista AgoraGostei de TUDO no trailer, até da música que muitos não aprovaram.
Porra... todas as expectativas possíveis e mais altas do mundo para esse lançamento. O elenco é de primeira! A fotografia, o visual ta incrível. Ai, meu Deus... esperar tanto tempo vai ser tenso!!!
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraPosso colocar o Charlie num potinho?
Que sensibilidade.
Amor Por Direito
4.0 460 Assista AgoraChorei horrores. Sempre me sinto tocada por histórias de mulheres que mudam o rumo da história. Nesse, não foi diferente. São por mulheres como essas que lutaram por direitos que hj em dia temos. Obrigada.
Vanilla Sky
3.8 2,0K Assista Agora"the little things... there's nothing bigger"
Cinderela
3.4 1,4K Assista AgoraQuem já viu "Para Sempre Cinderela", com a Drew Barrymore - releitura do clássico contos de fadas da Disney - e vai ao cinema ver a "nova" versão "Cinderela", chora. De tudo, menos de satisfação.
Kyss Mig
3.8 273Gostei do filme, é leve, bonitinho. O problema é que eu o vi um dia depois de ter assistido "Carol", nos cinemas. Estou em êxtase e na vibe do filme de Cate e Rooney. Senão fosse isso, com certeza eu teria gostado e embarcado melhor em "Kyss Mig". Ainda sim, o saldo é positivo.