Toller, durante boa parte do filme, fala sobre a destruição da criação divina, referindo-se sobretudo aos danos ambientes. Contudo, ele se contradiz, quando fere a criação divina ao infringir dor (física) ao próprio corpo. Suicidar-se seria mais uma forma de destruição, e não de preservação da vida. É aí onde Mary reaparece (o nome da personagem é, óbvio, muito simbólico), impedindo os intentos de Toller. Ela que, ao contrário do marido, quis manter o filho mesmo diante de tanta miséria que assola o mundo. Que teve esperança. E é isso que ela representa: viver sobrevivendo, sobreviver vivendo, resistir em vida pela vida, viver pela vida, preservar vivendo a vida, qualquer que seja, porque:
"Todo ato de preservação é um ato de criação. Cada coisa preservada renova a criação. É como participamos da Criação".
Estou apaixonado pelo modo como o filme é cercado pelo passado, mas mais apaixonado ainda por ser uma narrativa cheia de vida, de teimosia, de calor. A herança aqui não é algo para ser repetido, mas para dar continuidade, para mudá-la sem, ao mesmo tempo, perdê-la de vista. Há também um misto de dor e alegria que só entende quem luta para viver sem limites, sem barreiras. Por último, mas não menos importante, Timothée Chalamet é uma força da natureza. Só sua performance já é uma obra-prima.
Get Out, de Jordan Peele, é um filme de terror consciente dos clichês do gênero e em nenhum momento os toma como um vilão para a sua capacidade criativa. Ele usa e abusa dos lugares-comuns de maneira extremamente irônica e consegue mexer na ferida do racismo de modo exemplar. Não há espaço para simplificações e uma abordagem água com açúcar que mais atrapalha que ajuda nessa luta. Ele não perdoa ninguém e nem o expectador, quebrando expectativas de modo satírico o tempo inteiro. Ser um sucesso de bilheteria pode ter sido um resultado de uma estrutura parecida com muitos filmes pipoca. o que não deixa de ser uma escolha genial. Get Out nos atinge com força pelo fato de brincar e subverter padrões nos quais estamos acostumados. É no conforto, nos lugares seguros que ele aperta o gatilho. E, por isso, dói muito mais.
Muito bom! O diretor pega uma história batida e entrega um filme divertidíssimo. Vai longe. Lembro do comentarista do Oscar lá na Globo tirando sarro da recém-oscarizada Brie Larson por estar envolvida nesse filme. Acho que alguém se arrependeu pelo que disse. rs
Qualquer um que encontrou na arte um modo de compreender o mundo corre o risco de derrubar algumas lágrimas durante o documentário (como aconteceu comigo). Owen não só faz dos filmes da Disney uma ferramenta para entender as coisas a sua volta, ele também age por meio deles. É emocionante, sem dúvida. Minhas queixas, porém, se voltam para algumas cenas que tive a impressão de serem muito invasivas. A família e ele me pareciam desconfortáveis às vezes, deixando assim alguns tópicos mal explorados. Como resultado, a discussão a respeito do seu relacionamento com seus familiares não me convenceu muito.
Talvez se eu não tivesse assistido ao filme como assisti, não teria gostando tanto. Numa tarde de ventos suaves, sozinho em casa, com minha cachorra no colo, totalmente desarmado, mas ciente de mim. Certain Women me deixou com o coração aquecido do começo ao fim com o tipo de personagem que podemos encontrar quando viramos a esquina, mas que não reparamos na sua dor, na sua alegria. Muito bonito, gostei pra caramba!
O filme tem atuações incríveis, mas não é aquilo que aparentemente prega. Tenta criticar um mundo, só que esquece que faz parte dele. Sabe falar mal do outro, mas não tem um olhar crítico de si mesmo. Quando tenta ridicularizar um costume, acaba enaltecendo o próprio. Falta sensibilidade, falta humanidade. Sem contar que é forçado demais, óbvio demais. O filme transborda sentimentalismo bobo, vazio. É esquisito quando não gosto de um filme que tem uma nota tão alta no filmow. Por favor, não me apedrejem. Huehue Juro que até tentei gostar do filme, mas não deu. PAZ <3
Depois de ver O lamento, tenho a certeza de que esse ano nos presenteou com uma boa safra de filmes de terror/suspense. A lista só cresce: The witch, Shelley, Train to Busan, The monster, Don't breath, 10 Cloverfield Lane, The conjuring 2, The invitation, The shallows, Antibirth... Todo mundo agradece!
Que filmaço! Acabei de assistir e sinto que a cena final desse filme ficará por muito tempo na minha cabeça. Estou extasiado. A trilha sonora é impecável. Como li em um comentário sobre o filme, o nome do compositor, Scott Walker, deveria vir antes do nome do diretor, como fez Hitchcock em Psicose. Trabalho impressionante! A direção só peca em prolongar demais algumas cenas, mas fora isso entrega um suspense inquietante que, mesmo de ritmo lento (como reclamam alguns), me prendeu durante todo o filme. Sem contar que ele aprendeu direitinho a regra do "mostre, não conte". Esses diretores estreantes como os de The witch, The babadook, Shelley e It follows estão deixando muitos veteranos no chinelo. Mal posso esperar pelos próximos trabalhos deles.
Achei meio pombo. Direção e roteiro sem inspiração nenhuma, cheios de clichês e cafonices. Deu vergonha alheia. O elenco está muito mal conduzido, nem o fofo do Jacob salva. Pra completar, os efeitos visuais são terríveis. Enfim, não funciona como terror, nem como drama. Facilmente esquecível.
Um filme sobre vidas vazias que só encontram uma segunda chance na sua autodestruição e/ou na do próximo. Talvez seja pessimista ao extremo, mas não se pode negar que tenha razão. O vazio e o conformismo está por toda parte no filme: na comida industrializada nas cenas iniciais; nas inquietações que são silenciadas pelo cigarro, pelo furto, pelas idas frequentes ao planetário. As violências que seguem com a chegada de Murata servem como válvula propulsora para despertar o que há de mais humano nos três, seus desejos reprimidos, mesmo que sejam bizarros e cruéis. Pode haver consequências severas para si próprio e para o outro ao libertar-se. Ao manter-se preso também. Viver às vezes dói mesmo.
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraRobert Eggers adora pássaros comendo o corpo humano.
Seres Rastejantes
2.9 298 Assista AgoraNossa, 1h30 que passaram voando. Divertido, pena que alguns efeitos visuais não envelheceram bem.
Assunto de Família
4.2 400 Assista AgoraLegendado em inglês:
https:// rarbgproxied . org / torrent/91mhyjq
Border
3.6 219 Assista AgoraTorrent:
bit . ly/ 2RUYbDE
Legenda em inglês:
bit . ly/ 2E3w3dA
Mirai
3.6 119Legenda Pt-Br: bit . ly/ 2DiE3WD
Jogador Nº 1
3.9 1,4K Assista AgoraMeus olhos encheram de lágrimas na cena de
O Iluminado.
Fé Corrompida
3.7 375 Assista AgoraMinha leitura do final:
Toller, durante boa parte do filme, fala sobre a destruição da criação divina, referindo-se sobretudo aos danos ambientes. Contudo, ele se contradiz, quando fere a criação divina ao infringir dor (física) ao próprio corpo. Suicidar-se seria mais uma forma de destruição, e não de preservação da vida. É aí onde Mary reaparece (o nome da personagem é, óbvio, muito simbólico), impedindo os intentos de Toller. Ela que, ao contrário do marido, quis manter o filho mesmo diante de tanta miséria que assola o mundo. Que teve esperança. E é isso que ela representa: viver sobrevivendo, sobreviver vivendo, resistir em vida pela vida, viver pela vida, preservar vivendo a vida, qualquer que seja, porque:
"Todo ato de preservação é um ato de criação. Cada coisa preservada renova a criação. É como participamos da Criação".
Cam
3.1 550 Assista AgoraThe big brother isn't watching you. The big brother is you.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraEstou apaixonado pelo modo como o filme é cercado pelo passado, mas mais apaixonado ainda por ser uma narrativa cheia de vida, de teimosia, de calor. A herança aqui não é algo para ser repetido, mas para dar continuidade, para mudá-la sem, ao mesmo tempo, perdê-la de vista. Há também um misto de dor e alegria que só entende quem luta para viver sem limites, sem barreiras.
Por último, mas não menos importante, Timothée Chalamet é uma força da natureza. Só sua performance já é uma obra-prima.
Perigo Próximo
3.4 484 Assista AgoraJoffrey, de GoT, tá perdendo. Haha O filme me surpreendeu muito. Não imaginava que fosse me divertir tanto assistindo.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraGet Out, de Jordan Peele, é um filme de terror consciente dos clichês do gênero e em nenhum momento os toma como um vilão para a sua capacidade criativa. Ele usa e abusa dos lugares-comuns de maneira extremamente irônica e consegue mexer na ferida do racismo de modo exemplar. Não há espaço para simplificações e uma abordagem água com açúcar que mais atrapalha que ajuda nessa luta. Ele não perdoa ninguém e nem o expectador, quebrando expectativas de modo satírico o tempo inteiro. Ser um sucesso de bilheteria pode ter sido um resultado de uma estrutura parecida com muitos filmes pipoca. o que não deixa de ser uma escolha genial. Get Out nos atinge com força pelo fato de brincar e subverter padrões nos quais estamos acostumados. É no conforto, nos lugares seguros que ele aperta o gatilho. E, por isso, dói muito mais.
Kong: A Ilha da Caveira
3.3 1,2K Assista AgoraMuito bom! O diretor pega uma história batida e entrega um filme divertidíssimo. Vai longe. Lembro do comentarista do Oscar lá na Globo tirando sarro da recém-oscarizada Brie Larson por estar envolvida nesse filme. Acho que alguém se arrependeu pelo que disse. rs
A Frente Fria que a Chuva Traz
2.5 152 Assista AgoraIrmão brasileiro de American Honey.
Vida, Animada
3.9 59Qualquer um que encontrou na arte um modo de compreender o mundo corre o risco de derrubar algumas lágrimas durante o documentário (como aconteceu comigo). Owen não só faz dos filmes da Disney uma ferramenta para entender as coisas a sua volta, ele também age por meio deles. É emocionante, sem dúvida. Minhas queixas, porém, se voltam para algumas cenas que tive a impressão de serem muito invasivas. A família e ele me pareciam desconfortáveis às vezes, deixando assim alguns tópicos mal explorados. Como resultado, a discussão a respeito do seu relacionamento com seus familiares não me convenceu muito.
Seoul Station
3.2 53O final desse filme dá vontade de aplaudir de pé.
Rastro de Maldade
3.7 408 Assista Agora"É por isso que a vida na fronteira é tão difícil. Não é por causa dos índios ou dos elementos, mas por causa dos idiotas."
Certas Mulheres
3.1 76 Assista AgoraTalvez se eu não tivesse assistido ao filme como assisti, não teria gostando tanto. Numa tarde de ventos suaves, sozinho em casa, com minha cachorra no colo, totalmente desarmado, mas ciente de mim. Certain Women me deixou com o coração aquecido do começo ao fim com o tipo de personagem que podemos encontrar quando viramos a esquina, mas que não reparamos na sua dor, na sua alegria. Muito bonito, gostei pra caramba!
Florence: Quem é Essa Mulher?
3.5 351 Assista Agora"Meu querido, eu sou cantora!" - Maisa
Jovens, Loucos e Mais Rebeldes
3.4 147 Assista AgoraPor que os filmes do Richard Linklater são sempre tão agradáveis de assistir?
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraO filme tem atuações incríveis, mas não é aquilo que aparentemente prega. Tenta criticar um mundo, só que esquece que faz parte dele. Sabe falar mal do outro, mas não tem um olhar crítico de si mesmo. Quando tenta ridicularizar um costume, acaba enaltecendo o próprio. Falta sensibilidade, falta humanidade. Sem contar que é forçado demais, óbvio demais. O filme transborda sentimentalismo bobo, vazio.
É esquisito quando não gosto de um filme que tem uma nota tão alta no filmow. Por favor, não me apedrejem. Huehue Juro que até tentei gostar do filme, mas não deu. PAZ <3
O Lamento
3.9 430 Assista AgoraDepois de ver O lamento, tenho a certeza de que esse ano nos presenteou com uma boa safra de filmes de terror/suspense. A lista só cresce: The witch, Shelley, Train to Busan, The monster, Don't breath, 10 Cloverfield Lane, The conjuring 2, The invitation, The shallows, Antibirth...
Todo mundo agradece!
A Infância de Um Líder
3.1 59 Assista AgoraQue filmaço! Acabei de assistir e sinto que a cena final desse filme ficará por muito tempo na minha cabeça. Estou extasiado.
A trilha sonora é impecável. Como li em um comentário sobre o filme, o nome do compositor, Scott Walker, deveria vir antes do nome do diretor, como fez Hitchcock em Psicose. Trabalho impressionante!
A direção só peca em prolongar demais algumas cenas, mas fora isso entrega um suspense inquietante que, mesmo de ritmo lento (como reclamam alguns), me prendeu durante todo o filme. Sem contar que ele aprendeu direitinho a regra do "mostre, não conte".
Esses diretores estreantes como os de The witch, The babadook, Shelley e It follows estão deixando muitos veteranos no chinelo. Mal posso esperar pelos próximos trabalhos deles.
O Sono da Morte
3.2 575 Assista AgoraAchei meio pombo. Direção e roteiro sem inspiração nenhuma, cheios de clichês e cafonices. Deu vergonha alheia. O elenco está muito mal conduzido, nem o fofo do Jacob salva. Pra completar, os efeitos visuais são terríveis.
Enfim, não funciona como terror, nem como drama. Facilmente esquecível.
Cold Fish
3.8 115Um filme sobre vidas vazias que só encontram uma segunda chance na sua autodestruição e/ou na do próximo. Talvez seja pessimista ao extremo, mas não se pode negar que tenha razão.
O vazio e o conformismo está por toda parte no filme: na comida industrializada nas cenas iniciais; nas inquietações que são silenciadas pelo cigarro, pelo furto, pelas idas frequentes ao planetário.
As violências que seguem com a chegada de Murata servem como válvula propulsora para despertar o que há de mais humano nos três, seus desejos reprimidos, mesmo que sejam bizarros e cruéis.
Pode haver consequências severas para si próprio e para o outro ao libertar-se. Ao manter-se preso também. Viver às vezes dói mesmo.
Que metáfora linda a do planeta Terra no final! Será que daqui a milhões de anos vamos mesmo nos autodestruir?