Singelo, engraçado e tocante. Entrou pra minha lista de melhor filmes do cinema moderno japonês. Deveria entrar no livro dos 1001 filmes pra ver antes de morrer.
Se você está procurando um enredo que faça sentido e progrida de maneira lógica, esse filme não é pra você. Mas também não foi pra mim. Embora fã do Terry Gilliam e Christoph Waltz, não curti este filme. A ideia tinha potencial em apresentar um futuro distópico (como em Brazil, o filme) abordando temas como a razão da existência, o destino, a fé e a sociedade, mas a linguagem apresentada (cores berrantes, cenários artificiais, atuações secundárias medíocres e os diálogos principalmente) me fez ficar divagando, não me prendeu. Tive que ficar voltando o filme pra rever certas cenas. O Teorema Zero do título exige que Qohen prove que tudo é nada: que o universo inteiro, cheio de pessoas, em última análise não tem significado. Parece que o filme em si me passou essa mesma sensação de vazio.
Esse filme é ótimo, principalmente no quesito atuação, como já foi falado bastante aqui nos comentários, principalmente pela Bette Davis, um monstro de atriz. A revelação no final é terrível e torna todo aquele circo de horrores que vimos até então ainda pior.
A princípio, não estava achando o filme perfeito por causa da construção do personagem da Blanche. Não acreditava que ela pudesse ficar tão passiva diante de tantas agressões sofridas pela irmã. "Porque ela não grita por socorro?", "Porque ela não liga pra polícia ao invés de ligar pro médico?" eu pensava. Achava que isso fosse problema de roteiro. Mas no fim tudo se explica: tendo sido injusta com Baby Jane no passado, forjando seu próprio acidente, não poderia permitir que a irmã fosse presa por culpa dela, creio eu.
Fiquei muito satisfeito de ter assistido a esse filme, por ter me apresentado o experimento em si. Milgram foi ousado e muito inteligente em suas observações sobre o comportamento humano, nota 10 pra ele. Mas o filme não se sustenta sozinho, perdendo o ritmo muito cedo e confiando demais no recurso da quebra da quarta parede, que embora muito interessante, aqui é usado o tempo todo e acaba perdendo seu impacto narrativo . Nota 6/10.
Não ligo se fazem diversas alterações numa adaptação pro cinema. A cor do cabelo do Armin, a ausência da mãe do Eren, um tal de Shikishima no lugar do Levi... isso tudo não "estraga" o longa. Aliás, pra todos os que estão culpando o estúdio pelas mudanças efetuadas, saibam que Hajime Isayama, o próprio autor do mangá, foi quem as sugeriu. Ele alegou que apenas copiar o material fonte iria "eliminar o aspecto criativo" do filme (tsc!). Inclusive uma característica importante dos titãs também foi modificada: aqui eles se movem à noite. Talvez pra facilitar pra equipe dos efeitos especiais, já que a iluminação iria fazer as criaturas menos realistas. Até gostei do visual dos titãs, mesclando atores com CGI, ficou legal, passou certa credibilidade. Mas isso infelizmente não salva o filme, que é apenas mediano, independente se é fiel ao mangá ou não.
Um filme que demorei 30 anos pra assistir. O De Niro empunhando um florete na capa do VHS nunca me chamou a atenção, e eu não sabia direito sobre o que era a história. Mas era um desses filmes que aparecem sempre nas listas, então eu tinha que dar uma chance, entrou no catálogo da Netflix e hoje já ia sair. Ontem parei pra vê-lo, e como me arrependi de não ter visto antes! Talvez muita gente não saiba das dificuldades em filmar em selvas, e aqui temos um trabalho muito bem feito em termos de direção e fotografia. Nunca surge uma cena clara demais ou escura demais. Um retrato nu e cru do conflito entre a fé e os interesses políticos em território indígena, retratado com primor por Roland Joffé e que merece ser conferido, tanto pelos valores técnicos quanto pela mensagem pessimista - ou, realista - do que há de melhor e pior na alma do ser humano.
Georgetown, Guiana. Muscle, de 43 anos e sua mãe Mary, de 74 anos, lutam cada um à sua maneira para se libertar de algum vício, colocando-os em conflito uns com os outros. Mary vagueia na estrada, implora por dinheiro para ficar bêbada, e às vezes cai e se machuca, então seu filho Muscle decide que a única maneira de impedi-la de se machucar é mantê-la trancada em um quarto pequeno e escuro. Esta medida desesperada e extrema revela uma história familiar violenta, e que vai revelando-os como sobreviventes de um passado atroz do qual corajosamente lutam para se libertar. Uma história humana, crua e tocante.
O diretor tentou contar algumas histórias do livro do Gênesis aqui, partindo do ponto de vista de personagens secundários. Mas no processo, ao abrir mão da substância bíblica que há nos originais, acaba não passando a força narrativa que eles possuem. Ao tentar contar as histórias sem parecer muito "religioso" e mais pautado numa suposta realidade sem o "fator Deus", o filme acaba fracassando como história bíblica e também como entretenimento. E os trajes também não convenceram. Eles tinham botões naquela época? E um dos personagens (Cain, talvez) parecia estar usando uma camiseta térmica! Tenho certeza de que naquele tempo e naquela cultura não se usavam calças. Além disso, o que houve com alguns dos personagens masculinos sendo barbeados e com cortes de cabelo do século 21? Um filminho lamentável.
Uma pessoa com depressão, cujo lugar onde mais quer ficar é no conforto de sua cama, é levada pela necessidade a procurar seus colegas de trabalho durante o fim de semana, olhar nos olhos deles e suplicar que abram mão de seus bônus de 1.000 euros pra mantê-la no emprego... isso sim que é superação! Me imaginei no lugar de Sandra várias vezes, e não conseguia me ver fazendo o que ela fez, se humilhando e constrangendo os outros pelo bem de sua família. No final, sua maior vitória não foi conseguir ou não ficar no emprego, mas ter percebido que ela não era "um lixo, uma ninguém" como achava que era. Ótimo filme.
Interessante como este filme divide opiniões, mesmo entre aqueles que entenderam boa parte da trama, ou gente como eu, que ficou pensando muito nele após ter assistido e foi procurar informações internet afora. Definitivamente, esse é um caso de problemas sérios de adaptação do livro, ou omissão proposital de informações, pra fazer o espectador ficar confuso, o que não me agradou. Mesmo prestando atenção e percebendo que
Medora e Vernon eram irmãos, que as ações de Vernon NÃO são por causa de traumas da guerra, que há algo espiritual envolvendo os gêmeos desde a infância e que há um comportamento comparável ao de lobos na família,
fiquei desapontado como o filme foi montado. Além dos problemas na decisão de montagem ou edição do filme, fiquei surpreso com o comportamento de Cheeon, exagerado além da conta, o que pra mim não funcionou dentro da trama e me tirou da imersão que até então eu estava envolvido. Longe de ser um filme ruim, tem uma direção muito competente e cenários maravilhosos, mas deixou a desejar pela pretensão.
Pra mim, o mais engraçado desse filme são as entrevistas com o Masaru (Hitoshi Matsumoto, comediante no Japão), que retrata o tédio e a indiferença na vida dele... o cara manda muito bem! Pena que os efeitos especiais medíocres tiram um pouco da graça.
Esse filme me surpreendeu: diferente do Guilala de 1967, aqui o tom é de humor e sátira. Vemos oito líderes das principais nações do mundo em uma conferência que subitamente é interrompida pela chegada do monstro. A partir daí cada um se reveza dando sugestões e planos mirabolantes pra acabar com a gigantesca criatura de aparência ridícula. Os líderes tem um comportamento caricato e exagerado, mas tudo contribui para a comédia, que é bem pontual. Enfim, o estúdio decidiu não levar Guilala a sério, e essa foi uma decisão muito bem acertada.
Hideaki Anno acertou aqui ao fazer um filme do G diferente. Aproveitando elementos de Neon Genesis Evangelion, usa e abusa da sátira da falência da burocracia diante de uma crise. São os erros e acertos das decisões humanas que dão destaque aqui. Além disso, o longa traz de volta o monstro invencível, uma "força da natureza", que agora evolui e muda de forma rapidamente durante o processo de destruição de tudo que fica em seu caminho. Um retrato da impotência e da fragilidade humana diante do desconhecido.
Escola do Riso
4.3 16Singelo, engraçado e tocante.
Entrou pra minha lista de melhor filmes do cinema moderno japonês.
Deveria entrar no livro dos 1001 filmes pra ver antes de morrer.
O Teorema Zero
3.1 224 Assista AgoraSe você está procurando um enredo que faça sentido e progrida de maneira lógica, esse filme não é pra você. Mas também não foi pra mim.
Embora fã do Terry Gilliam e Christoph Waltz, não curti este filme. A ideia tinha potencial em apresentar um futuro distópico (como em Brazil, o filme) abordando temas como a razão da existência, o destino, a fé e a sociedade, mas a linguagem apresentada (cores berrantes, cenários artificiais, atuações secundárias medíocres e os diálogos principalmente) me fez ficar divagando, não me prendeu. Tive que ficar voltando o filme pra rever certas cenas.
O Teorema Zero do título exige que Qohen prove que tudo é nada: que o universo inteiro, cheio de pessoas, em última análise não tem significado. Parece que o filme em si me passou essa mesma sensação de vazio.
O Que Terá Acontecido a Baby Jane?
4.4 828 Assista AgoraEsse filme é ótimo, principalmente no quesito atuação, como já foi falado bastante aqui nos comentários, principalmente pela Bette Davis, um monstro de atriz.
A revelação no final é terrível e torna todo aquele circo de horrores que vimos até então ainda pior.
A princípio, não estava achando o filme perfeito por causa da construção do personagem da Blanche. Não acreditava que ela pudesse ficar tão passiva diante de tantas agressões sofridas pela irmã. "Porque ela não grita por socorro?", "Porque ela não liga pra polícia ao invés de ligar pro médico?" eu pensava. Achava que isso fosse problema de roteiro. Mas no fim tudo se explica: tendo sido injusta com Baby Jane no passado, forjando seu próprio acidente, não poderia permitir que a irmã fosse presa por culpa dela, creio eu.
Quem Tem Medo de Virginia Woolf?
4.3 497 Assista AgoraUma obra-prima!!!
O Experimento de Milgram
3.5 169 Assista AgoraFiquei muito satisfeito de ter assistido a esse filme, por ter me apresentado o experimento em si. Milgram foi ousado e muito inteligente em suas observações sobre o comportamento humano, nota 10 pra ele. Mas o filme não se sustenta sozinho, perdendo o ritmo muito cedo e confiando demais no recurso da quebra da quarta parede, que embora muito interessante, aqui é usado o tempo todo e acaba perdendo seu impacto narrativo . Nota 6/10.
Mystics in Bali
3.2 21Esse é daqueles tão escabrosos de ruins que dão a volta e se tornam... clássicos!
KKKKKKK!
Ataque dos Titãs: Parte 1
2.5 213 Assista AgoraNão ligo se fazem diversas alterações numa adaptação pro cinema. A cor do cabelo do Armin, a ausência da mãe do Eren, um tal de Shikishima no lugar do Levi... isso tudo não "estraga" o longa. Aliás, pra todos os que estão culpando o estúdio pelas mudanças efetuadas, saibam que Hajime Isayama, o próprio autor do mangá, foi quem as sugeriu. Ele alegou que apenas copiar o material fonte iria "eliminar o aspecto criativo" do filme (tsc!).
Inclusive uma característica importante dos titãs também foi modificada: aqui eles se movem à noite. Talvez pra facilitar pra equipe dos efeitos especiais, já que a iluminação iria fazer as criaturas menos realistas.
Até gostei do visual dos titãs, mesclando atores com CGI, ficou legal, passou certa credibilidade.
Mas isso infelizmente não salva o filme, que é apenas mediano, independente se é fiel ao mangá ou não.
A Missão
3.8 225Um filme que demorei 30 anos pra assistir. O De Niro empunhando um florete na capa do VHS nunca me chamou a atenção, e eu não sabia direito sobre o que era a história.
Mas era um desses filmes que aparecem sempre nas listas, então eu tinha que dar uma chance, entrou no catálogo da Netflix e hoje já ia sair. Ontem parei pra vê-lo, e como me arrependi de não ter visto antes! Talvez muita gente não saiba das dificuldades em filmar em selvas, e aqui temos um trabalho muito bem feito em termos de direção e fotografia. Nunca surge uma cena clara demais ou escura demais.
Um retrato nu e cru do conflito entre a fé e os interesses políticos em território indígena, retratado com primor por Roland Joffé e que merece ser conferido, tanto pelos valores técnicos quanto pela mensagem pessimista - ou, realista - do que há de melhor e pior na alma do ser humano.
Dungeons & Dragons: A Aventura Começa Agora
2.0 167Raro eu dizer isso de um filme: lixo completo.
A Aparição
3.4 154 Assista AgoraMuito bom! Esse marcou época!
The Bastard Sings the Sweetest Song
4.3 1Georgetown, Guiana. Muscle, de 43 anos e sua mãe Mary, de 74 anos, lutam cada um à sua maneira para se libertar de algum vício, colocando-os em conflito uns com os outros. Mary vagueia na estrada, implora por dinheiro para ficar bêbada, e às vezes cai e se machuca, então seu filho Muscle decide que a única maneira de impedi-la de se machucar é mantê-la trancada em um quarto pequeno e escuro. Esta medida desesperada e extrema revela uma história familiar violenta, e que vai revelando-os como sobreviventes de um passado atroz do qual corajosamente lutam para se libertar. Uma história humana, crua e tocante.
Gênesis
1.9 6O diretor tentou contar algumas histórias do livro do Gênesis aqui, partindo do ponto de vista de personagens secundários. Mas no processo, ao abrir mão da substância bíblica que há nos originais, acaba não passando a força narrativa que eles possuem. Ao tentar contar as histórias sem parecer muito "religioso" e mais pautado numa suposta realidade sem o "fator Deus", o filme acaba fracassando como história bíblica e também como entretenimento.
E os trajes também não convenceram. Eles tinham botões naquela época? E um dos personagens (Cain, talvez) parecia estar usando uma camiseta térmica! Tenho certeza de que naquele tempo e naquela cultura não se usavam calças. Além disso, o que houve com alguns dos personagens masculinos sendo barbeados e com cortes de cabelo do século 21?
Um filminho lamentável.
Império Perdido
2.4 20Daqueles tão ruins que dão a volta... hahaha!
Seu Crime, Seu Sofrimento
3.4 43 Assista AgoraO filme é divertido, mas que porcaria de nome é esse que deram pra ele aqui no Brasil???
Turbo Kid
3.5 169 Assista grátisKung Fury é menor e melhor.
Dois Dias, Uma Noite
3.9 542Uma pessoa com depressão, cujo lugar onde mais quer ficar é no conforto de sua cama, é levada pela necessidade a procurar seus colegas de trabalho durante o fim de semana, olhar nos olhos deles e suplicar que abram mão de seus bônus de 1.000 euros pra mantê-la no emprego... isso sim que é superação! Me imaginei no lugar de Sandra várias vezes, e não conseguia me ver fazendo o que ela fez, se humilhando e constrangendo os outros pelo bem de sua família. No final, sua maior vitória não foi conseguir ou não ficar no emprego, mas ter percebido que ela não era "um lixo, uma ninguém" como achava que era. Ótimo filme.
L.M. O Homem de Metal
1.9 3Replicado no Filmow como:
https://filmow.com/lucas-martino-o-homem-de-metal-t103656/
L.M. O Homem de Metal
1.9 3Replicado no Filmow como:
https://filmow.com/who-t99522/
Robo Jox: Os Gladiadores Do Futuro
3.1 17"AQUILEEEEES!!!!"
Noite de Lobos
2.5 304 Assista AgoraInteressante como este filme divide opiniões, mesmo entre aqueles que entenderam boa parte da trama, ou gente como eu, que ficou pensando muito nele após ter assistido e foi procurar informações internet afora.
Definitivamente, esse é um caso de problemas sérios de adaptação do livro, ou omissão proposital de informações, pra fazer o espectador ficar confuso, o que não me agradou.
Mesmo prestando atenção e percebendo que
Medora e Vernon eram irmãos, que as ações de Vernon NÃO são por causa de traumas da guerra, que há algo espiritual envolvendo os gêmeos desde a infância e que há um comportamento comparável ao de lobos na família,
Além dos problemas na decisão de montagem ou edição do filme, fiquei surpreso com o comportamento de Cheeon, exagerado além da conta, o que pra mim não funcionou dentro da trama e me tirou da imersão que até então eu estava envolvido.
Longe de ser um filme ruim, tem uma direção muito competente e cenários maravilhosos, mas deixou a desejar pela pretensão.
Monstro Gigante Reigo
1.8 1 Assista AgoraConta com a participação de Susumu Kurobe, o Hayata de Ultraman.
O Gigante do Japão
3.5 7 Assista AgoraPra mim, o mais engraçado desse filme são as entrevistas com o Masaru (Hitoshi Matsumoto, comediante no Japão), que retrata o tédio e a indiferença na vida dele... o cara manda muito bem! Pena que os efeitos especiais medíocres tiram um pouco da graça.
The Monster X Strikes Back: Attack the G8 Summit
3.2 1Esse filme me surpreendeu: diferente do Guilala de 1967, aqui o tom é de humor e sátira. Vemos oito líderes das principais nações do mundo em uma conferência que subitamente é interrompida pela chegada do monstro. A partir daí cada um se reveza dando sugestões e planos mirabolantes pra acabar com a gigantesca criatura de aparência ridícula. Os líderes tem um comportamento caricato e exagerado, mas tudo contribui para a comédia, que é bem pontual.
Enfim, o estúdio decidiu não levar Guilala a sério, e essa foi uma decisão muito bem acertada.
Shin Godzilla
3.6 153 Assista AgoraHideaki Anno acertou aqui ao fazer um filme do G diferente.
Aproveitando elementos de Neon Genesis Evangelion, usa e abusa da sátira da falência da burocracia diante de uma crise. São os erros e acertos das decisões humanas que dão destaque aqui. Além disso, o longa traz de volta o monstro invencível, uma "força da natureza", que agora evolui e muda de forma rapidamente durante o processo de destruição de tudo que fica em seu caminho. Um retrato da impotência e da fragilidade humana diante do desconhecido.