Dirigido por Joseph Zito, trata-se de uma produção clássica da antiga Cannon Filmes. Estúdio de baixo orçamento, com filmes aparentemente simplórios, mas que fizeram a alegria de muita gente nos anos 80 e 90. Eu que o diga.
Braddock é um coronel que foi prisioneiro na guerra do Vietnã. Passado alguns anos do término, ele continua ter pesadelos dos dias amargos de tortura e acredita piamente que existem outros campos com vários prisioneiros americanos. Para isso, ele vai a uma convenção no Vietnã, aparentemente para ter que depor em uma corte, além de tentar provar a sua teoria. Só que Braddock fará do seu jeito!
Trata-se de um dos maiores clássicos de Chuck Norris. Em Braddock, Norris estigmatizou o estilo homem bruto com poucos e amigos de uma forma estupenda. O personagem é um sujeito extremamente revoltado e endurecido pelo horror da guerra! Além disso, ele é linha dura, poucas palavras, nada diplomático e claro, o exército de um só homem!
Duas cenas que merecem ser comentadas. A primeira, quando Braddock é recebido pelo General Trau (James Hong, Kung Fu Panda) que lhe estende a mão, em gesto de cumprimento. Braddock faz cara de indiferença e faz questão de mostrar que não veio para pregar a paz ou coisa do tipo. É hilário e ao mesmo tempo impactante! Outra cena é quando Ann (Lenore Kasdorf, Tropas Estrelares), assessora do Senador Porter (David Tress, Xanadu) o convida para um drink no quarto dele. Enquanto ela fala, Braddock tira a roupa na maior cara de pau e quando ela se vira e fica espantada, ele diz: “Eu sou um pouco tímido! Pode ser virar?”
O primeiro filme da trilogia tem um roteiro bem trabalhado, com uma trama política, por mostrar um clima de conspiração no ar e mostrar o lado psicológico do personagem de Norris com as lembranças sofridas na guerra. A parte de ação é bem equilibrada com um pouco de espionagem (que lembra um pouco Operação Dragão), tiros e alguma luta. O clima de suspense também é presente!
Não gosto de tomar ou formar opinião, mas claro que muitos vão dizer que Braddock é um filme para enaltecer o espírito do império americano. Mas creio duas coisas: primeiro todo o cinema de país quer valorizar a sua história e que o que nos garante que não existiram prisioneiros no pós guerra e que morreram na prisão? Acredito que não se pode julgar uma visão e mais ainda uma ficção. O filme tem a participação de M. Emmet Walsh (O casamento do meu melhor amigo).
O segundo filme é interessante, pois mostra como ele saiu do Vietnã. O terceiro já se cria uma história de um filho que Braddock não conhecia, para que ele volte ao Vietnã para dar mais tiros! É o que acontece com a maioria das franquias ou trilogias: ou as continuações são inferiores ou tão boas quanto a primeira!
Mais uma dica para quem quer conhecer um pouco dos trabalhos do lendário Chuck Norris! http://curiosomundodocinema.blogspot.com.br/
No ano de 1989, final da década de oitenta e prenúncio dos vindouros anos noventa, um famoso personagem das histórias em quadrinhos ganhava sua primeira adaptação para as telas do cinema - O Justiceiro (The Punisher) ganhava vida pela primeira vez na interpretação do então astro Dolph Lundgren, oriundo de vários filmes de ação que o tornaram bem conhecido entre os fãs do cinema físico demonstrando altas doses de carisma e testosterona, chegando a emagrecer cerca de onze quilos, além de realizar uma intensa preparação física em artes marciais e corrida para viver o personagem, segundo relatou em entrevista à revista norte americana Comic Scene, na época de lançamento do filme. Nesta aventura comandada pelo diretor Mark Goldblat, que dirigiu vários filmes de ação B na segunda metade da década de oitenta, o personagem Frank Castle é apresentado com um visual um tanto inusitado e diferente das histórias em quadrinhos, vestindo jaqueta de couro preta, mas sem a enorme caveira no peito, algo que deve ter decepcionado vários fãs do personagem. Montando uma possante moto também de cor preta, o Justiceiro percorre as ruas e becos da cidade onde vive caçando criminosos e destruindo quadrilhas ou organizações criminosas. Assim como é mostrado em algumas aventuras dos quadrinhos, ele vive num lugar subterrâneo, localizado em uma galeria de esgoto onde vive em meio a um arsenal de armas de grosso calibre e objetos que são restos de lembranças de sua família, que fora morta brutalmente por criminosos em anos anteriores, como é mostrado em flasbacks durante a narrativa. A ação do filme felizmente é rica em sua composição, respeitando o universo dos quadrinhos onde Castle enfrenta diversos tipos de criminosos, de mafiosos a gangsters em cenas brutais e chocantes - e neste filme o Justiceiro bate de frente com a Yakuza, a milenar máfia japonesa, infiltrada junto ao crime organizado dos Estados Unidos, o que rende ótimas cenas de lutas onde o ator sueco expõe toda sua habilidade marcial em confrontos com vários dublês japoneses que interpretam os integrantes da máfia japonesa. Lundgren que é um ator razoável, esforça-se ao máximo para encarnar o personagem. Com os cabelos tingidos de preto e vestindo roupas de couro, que lembram muito o personagem Mad Max, Lundgren passa o filme todo ostentando uma aparência cansada, com olheiras profundas, ressaltas pela maquiagem, e o físico definido do ator naturalmente compõe a figura clássica do persongem de maneira correta. O elenco ainda conta com boas atuações de dois atores bem conhecidos da década de oitenta, Louis Gosset Junior, que interpreta um policial determinado que segue os passos de Frank Castle e o ator Jeroen Krabbé, que mais uma vez interpreta um vilão, algo bastante comum em sua carreira de ator coadjuvante. O filme teve pouquíssima expressão na época de seu lançamento e hoje está praticamente esquecido, assim como os filmes recentes de 2003, com John Travolta e Thomas e Jane e de 2008 com Ray Stevenson e Dominic West. O Justiceiro de Dolph Lundgren é portanto, o primeiro de uma trilogia de filmes injustiçados que só será lembrado por fãs que realmente valorizam as adaptações do maior caçador das histórias em quadrinhos. Afinal, a justiça tarda, mas não falha :) http://wwwactionclub-actionclub.blogspot.com.br/
Em uma garagem escura, uma mulher tenta em vão dar partida em seu carro. Repentinamente, surgem homens mal encarados que retiram-na do veículo e começam a rasgar sua blusa. Antes que a fornicação seja concretizada, surge um homem armado. Este homem é um senhor bigodudo que, ao ser questionado sobre seu nome, responde humildemente “Eu sou a morte”. O revolver dispara e o homem olha assustado para o cadáver: ele acabara de matar a si mesmo. Paul Kersey (Charles Bronson) acorda assustado em sua cama. Felizmente, para ele e para nós, tudo não passou de um pesadelo.
Sejá lá o que o diretor J. Lee Thompson planejou com esse começo de filme, obviamente ele acabou desistindo no meio do caminho em nome daquilo que a série Desejo de Matar tem de melhor: mortes, mortes e mais mortes. Kersey nunca teve e não é aqui que ele terá peso na consciência por matar bandidos, então quando a filha de seu novo affair morre de overdose, ele une-se a um magnata que também perdeu uma filha para as drogas e declara guerra aos dois maiores contrabandistas da cidade. Matando membros das duas gangues, ele coloca-as uma contra a outra e prepara-se para desfechar seu golpe final contra os chefões do tráfico.
Desejo de Matar 4, em todos os sentidos, é uma versão piorada de seu antecessor. O conceito de guerra é o mesmo (no 3 contra os criminosos de um bairro, aqui contra as drogas), há um bandido sendo explodido HELL YEAH! (primeiro com um lança mísseis, agora com um lança granadas), matam a namorada de Kersey (por favor, isso é SPOILER do mesmo jeito que o é dizer que o navio afunda no Titanic) e, claro, a contagem de corpos é alta mas em nenhum momento, nem mesmo na cena de invasão da fábrica de drogas, chega ao nível da última cena do Desejo de Matar 3 onde nosso amado vigilante brinca de tiro ao alvo nas ruas de Nova York.
Qual é o problema? O problema são essas malditas drogas! Brincadeira, isso ai é só a melhor frase do longa. Após 3 filmes fica difícil encontrar caminhos para problematizar a questão do vigilantismo trazida inicialmente. Dando-se por vencido desde o início (eu realmente fiquei impressionado com a forma como ele abandonou os rumos que a cena inicial sugeria sem maiores explicações), o diretor foca apenas em reunir aqui o que funcionou anteriormente (estupro, investigação policial, mortes violentas, etc), mas há realmente muito pouco material digno de nota ao longo da 1h39min d de Operação Crackdown. Sim, continua divertido se você gosta de filmes B e sabe reconhecer o poder da imobilidade canastrona do Charles Bronson, mas não há nada, absolutamente nada aqui além dessa diversão simples, direta e passageira. http://javiuesse.wordpress.com/
Tendo trabalhado todo o potencial de sua crítica social envolvendo o vigilantismo no primeiro filme e repetido isso no segundo, o diretor Michael Winner resolveu simplificar as coisas em Desejo de Matar 3. Kersey, que é acusado pela polícia de NY de ter matado o amigo, é solto com a condição de diminuir os níveis altíssimos de criminalidade da cidade. Instalando-se no apartamento do velho amigo, ele faz amizade com alguns vizinhos e começa a matar os bandidos que infestam as ruas da cidade.
Para passar o que eu senti assistindo esse filme, não é necessário usar elogios exagerados, rir de/ou ironizar certas cenas. DESCREVER o que rola no filme já é o suficiente:
Os bandidos atingidos pela Wildley de Kersey não caem, eles voam. Uma advogada apaixona-se por Kersey após vê-lo apenas duas vezes. Lembrando, Kersey é interpretado pelo Charles Bronson. TODOS os cidadãos mortos pelos bandidos são velhinhos inocentes ou patrióticos veteranos condecorados de alguma guerra. TODOS os criminosos são drogados e tatuados. No bairro onde passa-se o filme, eles existem na proporção de 10 para cada 1 cidadão honesto. Desejo de Matar 3 é daqueles filmes cuja apreciação depende muito da forma como tu decide encará-lo. Visto buscando um bom argumento e boas atuações, ele é um lixo completo. Analisando-o como aquilo que ele explicitamente demonstra ser, um testosterona total, ele é uma obra de gênio. Bronson, que na época já era um senhor de 64 anos de idade, corre atrás de bandidos, namora, convida-se para almoçar na casa dos vizinhos, enfrenta gangues de motoqueiros arruaceiros cuja origem ninguém consegue explicar e, após um tiroteio épico ocorrido em meio a uma verdadeira guerra civil, atira com um lança foguetes NA CARA no rosto de um marginal. Não dá para ficar indiferente a isso, Bronson é rei e Desejo de Matar 3 revelou-se um de seus filmes mais divertidos. http://javiuesse.wordpress.com/
Depois de limpar a escória das ruas de Nova York em Desejo de Matar, o arquiteto Paul Kersey (Charles Bronson) muda-se para Los Angeles e tenta recomeçar a vida ao lado de sua filha e de sua nova namorada. Tudo corria bem até o dia em que Kersey envolve-se em uma briga com um homem que rouba sua carteira. O bandido foge após levar uma surra e reúne uma gangue para ir até a casa do arquiteto. Eles estupram a empregada que estava trabalhando no local e em seguida sequestram a filha de Kersey. Diante dessa nova tragédia pessoal, Kersey passa a agir novamente como o vigilante e inicia uma caçada para vingar-se dos arruaceiros.
Produzido cerca de 6 anos após o original (o que pode ser considerado uma raridade no que diz respeito a continuações), Desejo de Matar 2 sustenta-se em cima da idéia de oferecer mais do que já foi visto e aprovado pelo público (o primeiro foi um dos campeões de bilheteria de 74) explorando ao máximo o aspecto que mais chamou a atenção no primeiro: a violência. Kersey, que no primeiro filme matava bandidos meio que aleatoriamente, dessa vez puxa o gatilho para vingar-se, o que significa tiros na cara acompanhados por frases sarcásticas (Você acredita em Jesus? Pois agora você vai conhecê-lo).
Continuando com a defesa da idéia de que “bandido bom é bandido morto”, o diretor Michael Winner abre o filme com quotes de noticiários sobre o aumento da violência em Los Angeles e apela para o lado emocional do expectador ao mostrar nos mínimos detalhes uma cena longa e angustiante de estupro. É com enorme prazer que vemos Kersey matar um a um os estupradores nas cenas seguintes. Como eu comentei no Desejo de Matar, é fácil experimentar essa sensação e justiça quando os vilões são personagens feitos intencionalmente para despertarem nosso ódio e antipatia. Querer aplicar essa mesmas lógica para os problemas e tragédias do cotidiano é, na maioria dos casos, deixar a razão ser encoberta pela emoção e transformar-se naquilo que se condena, o paradoxo do abismo que foi imortalizado nas palavras de Nietzsche .
A repetição do tema e das motivações dos personagens pode ser um problema, mas no quesito violência e ação Desejo de Matar 2 é tão bom quanto seu antecessor. Charles Bronson parece ter nascido para o papel e as músicas compostas pelo guitarrista do Led Zeppelin Jimmy Page são um belo atrativo.
CURIOSIDADE: Conta-se que o título da continuação deveria usar “II” no lugar de “2″, idéia descartada após uma pesquisa do estúdio indicar que menos de 50% dos americanos entrevistados conheciam os numerais romanos… http://javiuesse.wordpress.com/
Em 1986 a produtora Cannon Group resolveu escalar seu astro Chuck Norris para estrelar o filme FireWalker, uma produção que procurava seguir os passos de Indiana Jones. Ao seu lado foi contratado o ator e ídolo black Louis Gossett Jr que tinha se destacado na aventura B “Águia de Aço”, um genérico do grande sucesso “Top Gun – Ases Indomáveis”. A produção seria realizada no México por causa das locações exóticas que o país poderia disponibilizar para a fotografia do filme e os baixos custos de se filmar por lá. Era um filme bem diferente para Chuck Norris. O ator que vinha de vários sucessos em filmes de ação que seguiam o estilo mais cru, tinha agora que bancar o aventureiro cheio de piadinhas do script. Definitivamente não era bem a praia dele. A Cannon apostava em um grande sucesso tanto que investiu mais do que costumava investir em efeitos especiais e pirotecnia. O diretor contratado era J. Lee Thompson, o mesmo que havia dirigido “As Minas do Rei Salomão” outro genérico de Indiana Jones pela mesma Cannon. Já deu para perceber logo de cara que originalidade realmente não era o forte desse “Aventureiros de Fogo”.
Apesar dos esforços do estúdio o filme não conseguiu se dar bem nas bilheterias. Os fãs de Norris gostavam de vê-lo em filmes mais simples, de pura pancadaria, não uma produção que procurava seguir os passos dos famosos filmes de Spielberg. Ele tinha seu próprio estilo e imitar os outros soava como uma péssima idéia. O roteiro também não era nada bom, muito mal escrito e sem boas cenas de ação (um pecado para o fã clube de Chuck Norris). Assim o filme simplesmente não pegou, não deu certo. A crítica por sua vez detestou (mais do que o normal em se tratando de filmes de Norris). “Imbecil”, “Péssimo” e “estúpido” foram adjetivos usados para qualificar o filme. O próprio Chuck Norris ficou chateado com o resultado. Para falar a verdade ele nunca havia comprado inteiramente a idéia. Como resultado da má repercussão do filme ele resolveu dar um tempo e ficou dois anos longe das telas de cinema, só retornando com “Braddock 3” que logo também se tornou um fracasso de público e crítica. De qualquer modo “Aventureiros de Fogo” marcou o fim da melhor fase do ator nas telas de cinema. A década de 1980 foi onde ele realizou seus maiores sucessos comerciais. Filmes simples, sem muitos recursos, com orçamentos bem modestos, mas que conseguiam trazer bom retorno de bilheteria. O erro do estúdio foi tentar transformá-lo em um novo Harrison Ford, coisa que ele definitivamente não era. Depois disso Norris rompeu com a Cannon e tentou bancar seus próprios filmes, algo que não deu muito certo. A salvação só viria mesmo na TV quando finalmente reencontraria o sucesso na pele de um Texas Ranger durão. No final fica a lição, não se pode transformar um ator em outro, por mais sedutora que seja essa idéia. http://action-pabloaluisio.blogspot.com.br/
antiquado thriller de guerra, provavelmente o último de sua espécie. Um elenco estelar com algum bom suspense. por mais implausível que pareça a história, ela se baseia em fatos reais.
Terceiro filme de Dolph Lundgren depois de "Rocky IV" ('85) e "Masters of Universe" ('87) e dirigido por um especialista do género, Joseph Zito (dos veículos de Chuck Norris - "Missing in Action" de '84 e "Invasion U.S.A." de '85), "Red Scorpion" é um filme recheado da ação com o tema da Guerra Fria como pano de fundo possuindo certas semelhanças com o terceiro filme de Rambo também estreado em '88. Filmado em Joanesburgo na África do Sul, foi uma produção deveras complicada que se ressentiu no resultado final, pois "Red Scorpion" ao romper com o boicote internacional contra o País pela prática do Apartheid tendo sido lá filmado levou a poderosa Warner Bros. a desistir de distribuir o filme, deixando a equipe técnica e atores parados cerca de 3 meses à espera que outro Estúdio pegasse na produção. Quando finalmente ficou completo, dos iniciais 8 milhões investidos, ascendeu para o dobro e certos atores com compromissos profissionais nos E.U.A. tiveram que desistir do filme como é o caso do malogrado ator de personagens-tipo Brion James que desaparece misteriosamente da trama sem que a sua saída seja explicada. Lançado finalmente em Abril de '89 depois de quase 1 ano guardado na gaveta, acabou sendo um fracasso de bilheteiras na altura, mas tornou-se um filme-de-culto nos anos seguintes em vídeo. Tecnicamente, "Red Scorpion" é um filme com sequências de ação bem encenadas, o que prova que Zito com um orçamento acima da média consegue entregar um filme visualmente competente, embora seja ineficiente nos restantes campos, especialmente na direção de atores. Dolph ainda pouco maduro à frente das câmaras repete a sua postura fria, sem emoção e de poucas palavras do personagem que lhe deu a fama, Ivan Drago, mas a sua postura imponente, reservaria ao ator uma carreira prolífera como ator de ação. Lundgren é a perfeita máquina de matar e caso tivesse estreado no cinema no início dos anos 80 , poderia ter sido o escolhido para o Terminator em vez de Schwarzenegger, e isto sem querer tirar o mérito a Arnold no papel que lhe trouxe a fama, porque além da sua portentosa presença na tela, Dolph rodou grande parte das suas sequências de ação sem recorrer ao uso de duplos.
Em suma, "Red Scorpion" é um filme só para fãs do gênero de ação mais sério, rude e espalhafatoso. Ao contrário de outros filmes do gênero da década de 80, aqui não há lugar para toques de comédia para aligeirar o tom do filme, pois Zito e Lundgren vão diretos ao assunto, só parando com metade de África do Sul em chamas e os vilões soviéticos e cubanos todos massacrados...
A possante continuação de Doido Para Brigar… Louco para Amar, dessa vez capitaneada por Buddy Van Horn, começa semelhante à anterior, com uma trilha incidental tão baseada na música country e folk quanto no primeiro episódio. Mais uma vez, a caminhonete de Phillo e Clyde está na estrada para mais desventuras em cenários repletos de areia e personagens bidimensionais. O grupo de heróis procura mais porradaria.
Logo se nota a diferença nas duas versões, pois nesse Punhos de Aço – Um Lutador de Rua as lutas são estilisticamente mais bem filmadas, com maiores variações de ângulos e planos filmados, além de um belo enfoque nas gostosas genéricas — algo que fez muita falta no primeiro filme. Com um espaço de apenas dois anos, a estética mudou, e Punhos de Aço mostra no primeiro ano da década como seria a tônica das comédias dos anos oitenta.
Após sua primeira luta, Phillo demonstra enfado e cansaço, já não quer mais lutar. A maturidade o atingiu em cheio, e seu desejo de aposentar veio à tona. Ganhar o pão com o suor e sangue das lutas de rua é cada vez menos atrativo. O grande motivo disso ainda era o chute que Phillo tomara. O brucutu valente acusou o golpe, mas não deixa de frequentar os lugares onde Lynn (Sondra Locke mais uma vez) possivelmente poderia cantar. Apesar da aproximação da cantora, ele ainda se mostra ressentido pelo término.
Os opositores dessa vez têm questões um pouco mais sérias, ainda que a abordagem seja leve e caricata ao extremo, mostrando grandes empresários engravatados que se entretêm com rinhas de animais silvestres. Os embates clandestinos são cruéis e desiguais, além de muito toscos, dado o seu caráter completamente irreal. Até a gangue das Viúvas Negras é repaginada, ainda sendo um dos alívios cômicos, mas bem menos risível que antes. Clyde tornara-se mais ativo na comédia, protagonizando cenas muito espirituosas, especialmente para um ator que não é humano. Mais do que isso, sua irmandade com Phillo é ainda mais forte que antes, com o auxilio… do símio até em questões amorosas.
Phillo recebe uma proposta de milhares de dólares para retornar às brigas de rua. Ele reage recusando a proposta, mas mostra uma ponta de reticência na recusa. A prova da mudança de tempos é a mentalidade libertária de todos. Lynn invade o celeiro dos Beddoe e flagra Clyde e Phillo dormindo de conchinha, e como uma autêntica mulher pra frentex, não titubeia com a cena homo-besti-afetiva que assiste, e tem com o protagonista ali mesmo, diante do macaco e em meio a um ambiente sujo, com o terceiro elemento da equação claramente no cio. Sua volúpia o faz ficar mais forte, e suas exibições aumentam, tendo uma especialização em desmonte de veículos em questão de segundos. O orangotango apresenta uma força descomunal quando é ordenado pelo seu dono. As contravenções de Phillo, que visam ajudar seu parceiro animal, incluem dopagem, insinuação de estupro, rapto de animais silvestres, tudo isso para prosseguir até um swing-inter-espécies.
Uma terrível trama envolvendo os vilões que tentaram contratar Phillo no começo do filme é desenvolvida, com o sequestro da mocinha. Apesar da execução geral ser melhor que a do primeiro filme, o desfecho é muito fraco, contendo uma mensagem agridoce demais. Outro problema é a longa duração, acumulados 113 minutos de uma comédia que carece muito de ritmo.
A boa presença de Walken contribui bastante para este redondinho filme de ação e espionagem baseado em obra de Frederick Forsythe. Não li o livro, mas os fãs consideram a adaptação muito fraca e superficial, o que provavelmente é verdade, visto que muita coisa poderia ser melhor desenvolvida no filme. O grupo de mercenários, por exemplo, não é aprofundado e acabamos não conseguindo criar ligação com nenhum dos personagens, enquanto outras situações poderiam render mais suspense ou conteúdo. Mas ainda assim não é um filme ruim. Embora esquemático, é suficientemente curioso e funciona como passatempo. Não é um filme cheio de ação e explosões, possui todo um desenvolvimento de espionagem e jogadas políticas para culminar num clímax de ação (boas cenas de guerra, sem exageros comuns de filmes deste tipo). Não confundir com "Selvagens Cães de Guerra". http://action-pabloaluisio.blogspot.com.br/2014/01/os-caes-de-guerra.html
Com o sucesso de "Exterminador do Futuro" e "Conan" os estúdios americanos descobriram que tinham um novo chamariz de bilheteria nas telas. O cinema americano então resolveu apostar suas fichas nesse ator austríaco de nome impronunciável que sempre aparecia nos filmes geralmente mudo, mas que compensava isso trucidando as cabeças de seus inimigos. Arnold Schwarzenegger era essa aposta. Chamar o sujeito de ator realmente era uma licença poética, porque ele mal conseguia falar inglês (e quando falava ninguém entendia nada mesmo, por causa de seu sotaque forte). Também não tinha qualquer talento dramático. Isso era bem curioso porque não era a primeira vez que sujeitos fortões faziam sucesso nas telas. No passado os filmes de Hércules e Maciste já tinham provado que havia público para esse tipo de produção. A diferença agora era que os estúdios estavam dispostos a realizar excelentes produções em torno do nome do novo ator e não apenas produções B com orçamentos restritos como acontecia com Steve Reeves no passado, por exemplo. Dino de Laurentis o famoso produtor de grandes filmes estava particularmente interessado em Schwarzenegger e resolveu contratar o ator para estrelar um filme diferente, ambientado no mundo da moderna máfia americana, só que sem os roteiros mais trabalhados dos filmes de Martin Scorsese (que era especialista nesse tipo de produção). O enredo deveria ser o mais simples possível, só o suficiente para o ator austríaco ter alguma motivação antes de sair distribuindo tiros e socos nas cenas finais.
"Jogo Bruto" foi concebido para ir no rastro dos recentes sucessos de bilheteria do cinema de extrema ação dos anos 80. Numa época em que Chuck Norris estrelava um filme atrás do outro e conseguia ótimos resultados de bilheteria com suas fitas de orçamento modesto, Arnold Schwarzenegger surgia como um suposto concorrente dele (em breve obviamente iria superar o concorrente e se tornar um grande astro das telas com filmes de ótimo resultado de bilheteria). O diretor desse filme é o talentoso britânico John Irvin que enfrentou dificuldades com o produtor Di Laurentis durante as filmagens. Acontece que ele vinha desenvolvendo uma certa trama dentro da produção que começou a irritar Di Laurentis que queria uma fita de pura ação e só, sem nuances ou roteiros complicados. Após visitar o set Dino jogou metade do roteiro fora e mandou Irvin elaborar com seus roteiristas um novo final ao estilo "Comando Para Matar" - que havia feito grande sucesso poucos meses antes. E assim foi feito. Visto hoje "Jogo Bruto" apresenta essa dualidade. Metade do filme tenta mostrar uma trama policial de complicada teia de interesses e a outra metade é pura ação descerebrada. O filme custou meros 8 milhões de dólares (em breve só o cachê de Schwarzennegger ultrapassaria esse valor com folgas) e fez sucesso, mostrando de uma vez por todas para os estúdios que o novo ator era uma aposta certeira para grandes sucessos de bilheteria. Nascia assim um dos ícones dos filmes de pura ação da década de 80.
“Bradock 3 – O Resgate” foi dirigido pelo irmão mais jovem de Chuck Norris, Aaron Norris. O roteiro também é do próprio Chuck Norris que aqui quis denunciar a situação de filhos de militares americanos que ainda vivem no país asiático, muitas vezes sofrendo de preconceito por serem mestiços do invasor estrangeiro. Tudo bem intencionado mas é óbvio que se tratando de um filme com Chuck Norris da década de 80 o enfoque se concentra mesmo na mais pura ação! É curioso porque Norris não se acanha e recicla os mais variados clichês de outros filmes de ação famosos da época. Há uma cena de tortura que lembra bastante Rambo II inclusive. O clímax também me fez lembrar de “Comando Para Matar” quando apenas um homem consegue vencer todo um exército, colocando tudo abaixo por onde passa. Mas o interessante é que mesmo sendo muito derivativo de outras produções da década de 80, “Braddock 3” não é tão ruim como muitos dizem por aí. O filme é ágil, tem boas cenas de lutas e explosões e é um filme tipicamente de Chuck Norris na produtora Cannon Group. A única diferença mais substancial é o fato do coronel ter que lidar com um jovem que é seu filho – o que até gera alguns momentos bem piegas. No saldo final porém a verdade é que “Braddock 3” diverte os fãs de Chuck Norris. O filme entrega exatamente aquilo que se espera dele. fonte Pablo Aluísio e Júlio Abreu.
Touro Indomável é uma das belas obras que o cinema nos brindou na década de 80 e marca mais um grande trabalho da parceria Martin Scorsese e Robert De Niro. Quatro anos antes eles já tinham feito outro grande trabalho conjunto no filme Táxi Driver. Em uma breve introdução histórica, este projeto já estava sendo pensado pela dupla por bastante tempo, mas Scorsese não apresentava tanta empolgação quanto seu amigo. Com isso, a ideia terminou ficando engavetada por um bom tempo, mas De Niro não parava de acreditar que eles poderiam fazer uma boa história contando a vida do pugilista Jake La Motta. Reza a lenda, que enquanto esteve internado, por problemas com drogas, Scorsese foi duramente pressionado para realizar o filme e assim resolveu ceder a pressão do parceiro e arriscar na produção.
Hoje, 32 anos depois, só tenho que agradecer pelo esforço do ator em realizar esta película. Muitas são as histórias que temos de atores que dedicam uma vida em prol de um personagem, mas poucos foram tão capazes de apresentar um trabalho de tanta qualidade como esta interpretação do pugilista do anos 40 feita por De Niro. O longa é tão grandioso, que para muitos é o maior filme de sua década. Em matéria de premiações, o longa foi indicado a 8 Oscar e foi vencedor de dois, Melhor Ator e Melhor Edição. Dizem que só não ganhou o de melhor filme, por conta de uma recente tentativa de assassinato ao presidente Ronald Reagan, cujo o infrator disse que se fundamentava nos “ensinamentos” de Táxi Driver, o que causou alguns problemas a Scorsese. Ele chegou a ser escoltado na cerimônia de premiação e acho que isso influenciou em sua derrota naquele ano. A academia temia que outros casos semelhantes pudessem surgir influenciados por uma vitória do Scorsese. Antes de assistir a produção eu achava que este era um longa sobre Boxe, mas hoje posso dizer tranquilamente que ele é uma vertente narrativa, usada para a construção e expressão de um grande personagem. O roteiro do filme é algo muito mais denso e o esporte citado é uma forma de expressão. O personagem principal, além de pugilista, é uma pessoa ciumenta, possessiva e agressiva, que tinha raros momentos de felicidade. Entrar no ringue, para ele, era a chance de expurgar toda sua tristeza e raiva reprimida, o que fazia com que suas lutas não fossem baseadas em estratégias e sim na emoção que sentia no momento. Quanto maior sua raiva, mais forte ele batia nos oponentes e sua relação com a mulher era um termômetro para esses sentimentos. Não duvido da qualidade de todos os envolvidos na produção, mas ainda estou digerindo a atuação de Robert De Niro. Se eu já tinha ficado impressionado com seu trabalho em Táxi Driver, acho que em Touro Indomável ele supera bastante o seu Travis Bickle e entrega uma atuação ainda mais completa. Ele nos brinda com um La Motta raivoso, agressivo, de baixa estima, paranoico, ciumento, possessivo e auto-destrutivo. Uma pessoa impulsiva que não sabe lidar com adversidades e capaz de destruir a tudo e a todos, inclusive a si mesmo. A entrega do ator é tanta que, para atingir o máximo de realismo, ele treinou boxe por um ano com o pugilista que inspira a obra e, além disso, engordou 25 quilos em 2 semanas, para interpretá-lo depois de aposentado. Seu semblante nos ringues é de um touro enfurecido e alucinado. Uma pessoa obcecada e pronta para o ataque. Fora dele, seu olhar é de um louco sem auto confiança e que acredita que a violência irá resolver todos os seus problemas. Um monstro irracional e de pavio curto. Joe Pesci, muito famoso pelos filmes de máfia que fez, também aparece muito bem na obra e foi até premiado como melhor ator principal estreante em cinema no Bafta.
Outro aspecto muito interessante da obra é seu trabalho de fotografia. O primeiro ponto a se analisar é que a decisão de fazê-la em preto e branco foi crucial para que tivéssemos uma maior sensação de realidade e até mesmo de que chegássemos a imaginar que estávamos diante de um documentário. Além disso, importante é que com as tonalidades mais acinzentadas, o sangue, que seria um sério problema de classificação que o filme enfrentaria, se tornou menos agressivo, considerando que não foi nem um pouco economizado. Como curiosidade fica a informação de que foram caldas de chocolate, que simularam o sangue, o que comprova mais um ganho com a utilização em preto e branco. A premiada montagem também merece seu destaque, pois Thelma Schoonmaker dá um show particular em sua apresentação. A primeira coisa que pude perceber foi a forma como ela conduziu as lutas. La Motta apanhava mil socos com uma velocidade implacável, mas revidava com uma câmera lenta de tirar o fôlego. Por sinal, muito marcante os banhos de sangue saindo dos lutadores em câmera lenta. Os sentimentos do protagonista eram expressados através da velocidade e fúria dos seus golpes. Sua raiva fazia com que a arena fosse gigantesca, um espaço único em sua vida. A mixagem de som também se destaca com a utilização de som de animais representando a platéia nas lutas. Que grande sacada!
Touro Indomável é sem sombra de dúvidas um grande filme e me deixou bastante empolgado para continuar visitando o universo dos clássicos. É muito bom ver um Robert De Niro diferente do que eu conhecia e conhecer a história de um diretor, que já gostava bastante pelos últimos trabalhos e que gosto ainda mais ao conhecer seus clássicos. FONTE http://www.cinemadetalhado.com.br/
Stanley Kubrick disse, certa vez, que adorava adaptar livros medíocres, porque sempre resultavam em bons filmes. Essa foi uma indireta bastante direta para Stephen King e seus fãs, que bateram o pé e até hoje se contorcem para sua adaptação de O Iluminado, que alguns dizem ser o livro mais assustador de King. Muitos consideram este o trabalho mais fraco do diretor. Opinião que, obviamente, já devem ter percebido que não compartilho. Acho este filme, do início ao fim, uma obra-prima do horror, e não é difícil entender o porquê.
É fato que as histórias de King funcionam nos livros, pois instigam nossa imaginação, mas na tela tudo fica mais trash. Ao invés de dar medo, acabamos rindo, por mais bem feitos que sejam seus monstros. Não é de se espantar que os melhores filmes baseados em suas obras, além deste, sejam Um Sonho de Liberdade e À Espera de um Milagre - justamente dramas, que não utilizam do artifício "monstros de borracha somados à efeitos especiais" para funcionar. E é justamente esse o ponto crucial para o filme de Kubrick ser tão bom, e, ao mesmo tempo, tão odiado pelos adoradores da obra de origem.
Ele retirou todos os monstros e tudo mais que têm no livro e manteve apenas o climão e as atitudes de Jack. Com isso, tudo ficou mais sugestivo, misterioso. Apenas alguns monstrinhos, no final do filme, servem de aperitivo aos fãs e dizer, para nós, que estamos assistindo ao filme, que existia algo muito mais macabro do que poderíamos imaginar. Kubrick preferiu se concentrar na degradação dos personagens no sentido psicológico pelo ambiente, e não totalmente pela sobrenaturalidade. Esse ponto é importante, porque para os personagens, Jack apenas enlouqueceu devido a solidão, mas para nós, que estamos assistindo, sabemos melhor tudo o que está acontecendo.
No filme, conhecemos a história de Jack Torrance (Jack Nicholson), que aceita o trabalho de zelador de um imenso hotel durante a baixa temporada do local - um inverno bastante denso e torturoso. Durante esse período, ele tenta escrever o seu livro, mas um passado sombrio do hotel começa a aterrorizar a família e afetar diretamente a sanidade de Jack. Sua mulher se torna passiva a tudo o que está acontecendo, enquanto seu filho tem poderes paranormais de comunicação com as forças ocultas do lugar.
Um dos melhores aspectos do filme é sua parte técnica. Tudo contribui para reforçar o clima de solidão do local - algo extremamente necessário, uma vez que a transição do Jack pai exemplar para o psicopata tinha de ser convincente (uma das grandes críticas ao filme é justamente que ela foi rápida demais). Os cenários, amplos e espaçosos, construídos todos em locação, utilizando apenas a fachada de um grande hotel para as externas, reforçam a teoria da solidão e do isolamento.
A arte é grandiosa... E vazia. As salas são grandes, com muito espaço, o que deixa o local altamente pertubador. Some isso ao pesado clima, construído minuciosamente por Kubrick, e já dá para perceber o quão aterrorizante é a experiência. A fotografia é realista e não deixa que a diferença entre estúdio e locação sobressaia, além de um excepcional uso do inovador Steady Cam*, principalmente na cena do labirinto. (*um equipamento que evita a trepidação da câmera, enquanto corremos com ela em mãos)
O Iluminado não é um filme explícito de sustos. É construído para nos deixar mal, com medo de uma pessoa que, teoricamente, nos ama e só quer o nosso bem. Algumas seqüências são de gelar a espinha, como a aparição das gêmeas no corredor, ou então o elevador que derrama uma enorme quantidade de sangue. O melhor é que, assim como diversos outros filmes de Kubrick, nada é mastigado demais na história. Sempre há uma brecha para a interpretação, para que cheguemos a uma conclusão por conta própria, sem necessidade de que o filme diga para nós sua intenção.
A cena mais marcante é quando Jack coloca seu rosto entre uma abertura feita na porta com machadadas e diz a imortal frase "Here's Johnny!". Jack Nicholson, um dos maiores atores de todos os tempos, improvisou tal fala, e fez um trabalho absolutamente brilhante em cena. Sua preparação sempre especial lhe concedeu alguns momentos únicos, como a seqüência do bar. Já Shelley Duvall, só faltou a coitada ser agredida por Kubrick, tamanho o número de broncas que levou do diretor, mas pelo menos o resultado final conseguiu ser convincente. Em determinada cena, ela chegou a filmar mais de 100 takes para que Kubrick conseguisse o que queria. Não descarto a possibilidade de algumas pessoas torcerem para que Jack consiga matar a esposa, de tão chata que ela é.
Fiel ou não ao livro, Kubrick construiu um filme extremamente cativante, que consegue mexer com nossos medos interiores - e ainda muito melhor que a refilmagem de 1997, que se dizia a versão definitiva e fiel à obra de origem. O Iluminado é uma obra-prima do horror, que não necessita apelar para sustos fáceis para assustar, como a grande maioria dos títulos faz. Seja no drama, na guerra ou na ficção, esta é apenas mais uma prova da versatilidade do gênio por trás das câmeras. Um grande presente para aqueles que gostam de ser atormentados por uma história verdadeiramente macabra. fonte http://www.cineplayers.com/
Charles Bronson fez carreira no cinema como ator de um só papel: o brucutu de poucas palavras e cara fechada que, na hora do pau, distribui tiros e porradas com uma eficiência assustadora. “Perseguição Mortal” (Death Hunt, EUA, 1981), filme de baixo orçamento dirigido por Peter Hunt, aproveita essa limitação do potencial de atuação do astro norte-americano, em uma aventura de baixo orçamento cujo maior destaque é a fotografia, calcada em belas imagens das paisagens geladas do Canadá.
A história do filme, baseada em um caso real, foi severamente criticada na época do lançamento, pelos historiadores do país na América do Norte. Eles alegaram que a narrativa tomava muitas liberdades em relação aos fatos reais, inclusive distorcendo a personalidade real de muitos dos envolvidos no caso, considerado a maior caçada humana já ocorrida no território canadense. Não importa. Peter Hunt fez uma aventura descerebrada, um filme simples e direto sobre um tema batido, repetido muitas vezes no cinema – o homem inflexível que prefere morrer a ceder a algo que considera errado.
Bronson interpreta o caçador Albert Johnson. Na cena de abertura, o sujeito taciturno interrompe uma briga de cães (esporte muito popular na região), contra a vontade de um grupo de arruaceiros. Ele força um dos homens (Ed Lauter) a vendê-lo o animal que está perdendo a luta, um cão branco muito ferido. Acontece que os arruaceiros não ficam nada satisfeitos com a intervenção de Johnson e prestam queixa de roubo contra ele ao sargento da Polícia Montada responsável pela região, Edgar Millen (Lee Marvin).
As circunstâncias fazem com que Johnson tenha que fugir para a fronteira do Alaska, onde as temperaturas baixíssimas do rigoroso inverno e a falta de comida têm grande chance de matá-lo. Enquanto isso, ele é perseguido por uma turba de caçadores de recompensa, atrás de prêmios oferecidos por um jornal e um bar, que vislumbram na caçada a possibilidade de faturar muito dinheiro, vendendo produtos aos caçadores que tentam capturar o fugitivo.
O filme constrói uma boa dinâmica entre os dois personagens principais, ambos sujeitos experientes e durões que se respeitam bastante, embora estejam em lados diferentes – lembra, por exemplo, “Um Mundo Perdido”, de Clint Eastwood. Peter Hunt (que tem no currículo um bom filme da série 007, “A Serviço de sua Majestade”) também acerta ao explorar as paisagens geladas do local, utilizando muitas panorâmicas e tomadas aéreas para impregnar o longa-metragem de uma atmosfera desolada – o frio quase consegue transcender a tela.
Além disso, as cenas de ação são bem violentas, quase gore, com muito sangue e uso abundante de câmera lenta, na linha de Sam Peckinpah, só que mais econômicas e menos grandiloquentes. “Perseguição Mortal” não foi feito para mudar o cinema, mas é uma aventura eficiente e um filme, bem… muito macho. fonte http://www.cinereporter.com.br/
O filme é bem direto, não se aprofunda em nada, há diálogos toscos, situações absurdas, mas funciona perfeitamente como um filme de ação casca grossa que consegue prender o telespectador até o final. A direção de Dwight H. Little segue a proposta do puro entretenimento e nada mais, temos cenas de perseguição de carro, tiroteios e muita pancadaria. Comparado com os filmes de ação da última década, Marcado para a Morte é uma aula do que deve ser feito. Steven Seagal esta muito bem no papel de um policial recém aposentado, cínico e de poucas palavras que não leva desaforo para casa. É extremamente empolgante assistir ele quebrar a gangue de jamaicanos com poucos golpes de forma grosseira e brutal, uma boa mistura de aikido com krav maga, onde temos maravilhosas fraturas expostas, mutilações, afundamento do globo ocular e por ai vai. Quem não viu, não perca tempo e de uma chance, pois não vai se arrepender. fonte http://neurovisual.blogspot.com.br/
Michael Cimino gosta de situações extremas. Era assim em "O Franco Atirador", em "O Ano do Dragão". É assim também neste "Horas de Desespero". Talvez ele tenha optado pelo "remake" de um filme de 1955, feito por William Wyler, para melhor mostrar uma viagem que se faz quase sem sair do lugar: há um fugitivo, é verdade, há os reféns cuja casa ele ocupa. Há a garota por quem espera. A espera carregada de angústia, talvez falte um pouco de surpresa, nunca de tensão. Thriller" tenso, embora não seja o mais forte que Cimino já fez. fonte Folha de S.Paulo
O final de "A Experiência" de 1995 é uma cena mostrando um rato mutante contaminado com o DNA alienígena, numa clara indicação de que haveria uma sequência. E esta realmente veio três anos depois, embora não retomando o filme apartir daí (aliás, sequer é feita alguma menção a tal cena) e nem contando com os mesmos roteirista e diretor. Até o renomado H.R. Giger não participa deste filme, aproveitando-se apenas sua idéia original do design da criatura.
"A Experiência 2 - A Mutação" mistura erotismo, violência e suspense de uma forma bem menos eficiente que seu antecessor e nem sempre na dose certa. Mesmo que na atualidade (e em 1998 também) não se use a expressão 'filme B', este exemplar se encaixa perfeitamente na definição do termo por mostrar uma estória pobre apoiada por fracos efeitos visuais.
Sil (Natasha Henstridge) foi morta no primeiro filme, porém, a Dra. Laura Baker (Marg Helgenberger) reconstruiu geneticamente a alienígena que agora chama-se Eve (novamente Natasha Henstridge). Na verdade, tal clonagem foi feita na tentativa de deter uma ameaça trazida pelo comandante de uma missão a Marte, o astronauta Patrick Ross (Justin Lazard), filho do senador Judson Ross (James Cromwell) o qual quer torná-lo presidente dos EUA depois da missão.
Após ser o primeiro homem a pisar no planeta vermelho, Patrick volta à terra contaminado por um DNA alienígena que o transformou em um ser que tem por única missão procriar com uma humana para colonizar a terra com sua crias híbridas. Patrick tem um companheiro da missão espacial que não foi infectado, por ser portador de uma anemia.
Quando percebe que ele mesmo se tornou um monstro e o perigo que representa, Patrick tenta acabar consigo dando um tiro na cabeça, mas o DNA alienígena regenera o dano e ele não morre. Seu colega de missão vê isso e entra em contato com o ex-militar assassino Press Lenox (Michael Madsen), membro da equipe que acabou com Sil no primeiro filme, e com a Dra. Laura, também da equipe, e relata-lhes o que aconteceu. Eles passam então a tentar deter Patrick usando Eve para atraí-lo.
No entanto, mesmo sendo mantida sob estrita vigilância, Eve consegue se comunicar telepaticamente com o alienígena. O instinto de Eve de acasalar acaba sendo forte demais e ela escapa para procriar com Patrick, o que é fatal para os humanos, já que o produto de tal união pode ser algo extremamente perigoso.
O destaque do primeiro "A Experiência" eram os efeitos visuais regulares a cargo do eficiente H.R.Giger e o bom elenco. Já nesta continuação essas duas qualidades se perdem no roteiro medíocre de Chris Brancato, baseado nos personagens criados por Dennis Feldman, e o resultado é um filme ruim, cansativo e que exagera na violência e no clima erótico, principalmente entre os alienígenas.
O diretor húngaro Peter Medak e o montador Richard Nord não conseguem o mesmo ritmo ágil do primeiro filme, que já não era uma obra-prima. Outro problema é que esta sequência tenta se levar a sério ao apresentar assuntos bem estranhos como a contaminação do astronauta numa missão a Marte, por exemplo.
Do grande elenco anterior ficaram apenas Natasha Henstridge (que continua tendo sua beleza explorada na produção), Michael Madsen e Marg Helgenberger, o que não é grande coisa pois eles não salvam o filme.
Apesar de inferiores, os efeitos visuais acabam se tornando o que de menos ruim existe no filme. "A Experiência 2 - A Mutação" estreou nos EUA dia 10/04/1998 em 2,510 salas e faturou por lá apenas US$ 19,221,939 em sua carreira na tela grande. Muito menos que o primeiro filme, mas o sucesso em vídeo doméstico explica duas novas continuações, piores ainda, feitas em 2004 e 2007 fonte http://www.cineplayers.com/
Fazer comédia de ação é algo muito comum no cinema americano. De uns tempos para cá, no entanto, uma improvável variante se deu. A comédia de ação romântica. Desde o acachapante sucesso de Sr & sra. Smith (EUA 2005). A fórmula vem sendo repetida sem o mesmo resultado nas telas e nas bilheterias. Caçador de recompensas (The bounty hunter, EUA 2010) é o mais um filme desse sub-gênero. Estrelado pela ex do Sr. Smith Brad Pitt e por Gerard Butler (ator facilmente identificável em filmes de ação e em comédias românticas), a fita dirigida por Andy Tennant (dos agradáveis Doce lar e Hitch – conselheiro amoroso) é uma conjunção de química do casal protagonista, fórmulas batidas e bem sucedidas do filme de 2005 e clichês mais velhos do que aquela dentadura esquecida no banheiro. Caçador de recompensas peca por sua irregularidade. Tennant não sabe adornar bem um filme de comédia que também tem uma trama de ação. Ora o filme é cômico, ora é sério. O diretor encontra dificuldades para fazer o que Doug Liman fazia com relativa naturalidade no filme de 2005. A parte esse pequeno desnível, Caçador de recompensas é um deleite. Tem boas piadas, Butler e Anniston esbanjam química, a trilha sonora pop é boa e os coadjuvantes funcionam bem. Tudo é previsível no filme, o que já era de se esperar, mas Butler e Anniston brilham imensamente e criam personagens simpáticos e contundentes, mesmo com um roteiro esburacado. A química da dupla é realmente impressionante. O que ajuda a entender o porque do envolvimento entre eles na vida real (só para não perder o bonde, tal qual ocorrera no filme de 2005). fonte http://claquetecultural.blogspot.com.br
Bastante incomum esse filme na filmografia do Steven Seagal, porque ele mal bate nos capangas do filme. Pra falar a verdade, temos apenas duas cenas de ação envolvendo seu personagem, o que torna a obra menos excitante para quem estiver procurando boas cenas de briga. Seagal é um cientista cheio de títulos e diplomas, que leva uma vida pacata e simples numa cidadezinha. Óbvio que os personagens de Seagal nunca conseguem a paz, mesmo morando em cidades minúsculas e inóspitas. Assim, a região abriga um fanático político que resolve começar uma guerra biológica, inoculando-se com um vírus e infectando todo mundo ao seu redor. O interessante é que o imbecil pensa ter uma cura para a doença, mas mais tarde ele descobre que a vacina que ele tem não funciona para aquela variedade do vírus.
Quando Seagal não resolve as coisas na força física, ele se torna o mais incrível dos cientistas. Seu personagem irá achar a cura da doença e ainda livrar a cidade do bando de fanáticos políticos (porque esses vilões sempre têm seguidores), coisa que as autoridades nunca conseguem fazer em filmes como esse.
A Guerra Biológica tem muitos furos de roteiro, mas nada que incomode tanto. O fato é que o filme é uma espécie de “Em Terreno Selvagem” (outro filme de Seagal, para os mais perdidos) sem lutas. Temos uma trama com temática biológica, valorização da natureza, respeito aos índios – elementos já apresentados em outros filmes dele como o já citado Em Terreno Selvagem e Ameaça Subterrânea – bastante superiores. O vilão é muito bobo – um típico caipira nacionalista norte-americano, com discursos republicanos e teorias da conspiração na ponta da língua. O personagem não provoca receios (especialmente pelo intérprete bem ruinzinho), mas entra na história dos filmes do Seagal como um dos vilões com morte mais criativa que o mestre do Aikido já matou. Nunca uma taça de vinho foi tão mortal... fonte http://midnightdrivein.blogspot.com.br/
Realizado pelo cineasta Andrew Sipes, "Atração Explosiva" é um filme com muitos chavões e cenas inconvincentes. Visto com expectativas maiores, o filme decepciona pelo grande número de ações gratuitas e sem lógica.
Em outras palavras, "Atração Explosiva" não é um grande filme, mas também não deve desagradar àqueles que não dispensam um espetáculo movido por muita ação e efeitos especiais. Ok, então ele tem quase nenhum enredo e o que há não faz muito sentido. Por isso, foi condenado a ser marcada pela crítica, Ainda está longe de ser o pior filme já feito e, certamente, longe do pior no ano em que saiu (1995 foi o ano de " Showgirls ", " Waterworld ", e " Congo " Fair Game" ,não passa de um filme de ação despretensioso , que explora a beleza sensual da top model Cindy Crawford, que não pode ser levada a serio como uma verdadeira atriz .
John Carpenter, o mítico diretor de “Halloween – A Noite do Terror” (1978), “Fuga de Nova York” (1981) e “O Enigma de Outro Mundo” (1982), arriscou-se em uma produção de ficção-fantasia, bem diferente do seu estilo em “Starman – O Homem das Estrelas” (1984).
A empreitada de estimados 28 milhões de dólares não foi bem de bilheteria, e não conseguiu recuperar o investimento no mercado interno. As críticas negativas de especialistas e do público prejudicaram. Até esse momento Carpenter estava com tudo nesse início de anos 80 e o resultado marcou um período de declínio em sua carreira.
Em “Starman – O Homem das Estrelas” a mudança do gênero que o consagrou – o horror – é nítida. Especula-se que foi muito em função dos sucessos de Steven Spielberg que em 1977 emplacou “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” e repetiu o sucesso em 1982 com “E.T. – O Extraterrestre”.
A trama de “Starman” é bastante simples e linear. Após o governo americano lançar uma sonda com mensagens e convite aos alienígenas para conhecerem a Terra, uma nave espacial resolve aceitar o “convite” em busca de contato pacífico com os humanos. No entanto, a nave é perseguida pelo governo logo após sua entrada em nossa atmosfera. E choca-se no interior do país. Sem meio de transporte e por não possuir uma forma física definida, a criatura de luz procura refúgio em uma cabana nas proximidades. Encontrando a jovem viúva Jenny Hayden (Karen Allen) que mantem viva a memória do falecido Scott (Jeff Bridges). A partir de uma mecha de cabelo de Scott e com as avançadas tecnologias alienígenas a criatura transforma-se no próprio Scott para facilitar sua adaptação com Jenny. Com o novo corpo ele contará com a ajuda de Jenny para se locomover ao longo de três estados e reencontrar-se com outros seres espaciais para voltar ao planeta natal. Sob o pretexto dessa jornada de conhecimento e fuga, o alienígena irá conhecer os hábitos da nossa primitiva sociedade, convivendo com o medo inicial de Jenny até o seu clímax de fascinação e de amor, mostrando que os humanos podem ser monstruosos e ao mesmo tempo fascinantes.
Considerando o roteiro, a busca pela nave espacial “perdida” é o recurso do “McGuffin”. Funciona como a “Arca da Aliança” em “Indiana Jones e o Caçadores da Arca Perdida” (Spielberg, 1981) ou como a misteriosa maleta de “Ronin” (John Frankenheimer, 1998). A viagem de Scott e Jenny é apenas um mero ponto de partida para o diretor explorar alguns temas que sempre fascinaram a humanidade, como: estamos mesmos sozinhos? Ou qual a natureza da condição humana?
A partir disso o filme se desenvolve na forma de “road movie” e acompanharmos a dupla ser perseguida impiedosamente pela polícia, pelo exército e pelos burocratas do governo. Vamos sendo apresentados a situações que trazem reflexão sobre a natureza humana, como “amor”, “imigração” e “ecologia”. O jeito “criança” de Scott representa a pureza e nos traz a percepção de como as coisas deveriam ser em uma sociedade humanista.
A atuação de Jeff Bridges é o ponto alto do filme. O ator que estava famoso com o sucesso de outra ficção dois anos antes “Tron – Uma Odisseia Eletrônica” (Steven Lisberger, 1982) consegue sua melhor interpretação nesse início de carreira e foi indicado ao Oscar de melhor ator em 1985 pelo filme. Quem não alcançou o mesmo sucesso foi Karen Allen (a mocinha que também esteve em “Indiana Jones e os Caçadores da arca Perdida”). Ela está insonsa demais e não despertar a paixão e a identificação do público. Faltou química para o casal de protagonistas. Carpenter não conseguiu criar cenas memoráveis na obra e o ritmo é bastante lento e repetitivo na construção de pontos de virada, chegando ao seu clímax sem grande voracidade. “Starman” é um filme que não envelheceu bem, os efeitos visuais e especiais são bastante datados quando vistos hoje. Apesar de não ter nenhuma cena inesquecível o prólogo inicial no espaço, a queda da nave e o primeiro contato de Starman com Jenny são cenas bem concebidas, incluindo a bizarra sequência de nascimento de Scott – bem ao estilo do diretor. “Starman” não é nenhum grande filme, nem, tampouco, marcou uma época, mas é bastante interessante dentro da análise dos anos 80 em que cineastas tentaram se aproximar do modo politicamente correto com o qual Spielberg criava filmes para massas. fonte http://planosequencia.com/jeff-bridges-um-homem-de-estrela/
Christopher Lee tem uma excelente performance em um papel muito incomum como Kurt , um sadico . Bava sempre usa a cor tão bem e , provavelmente, muito melhor do que qualquer diretor que eu posso pensar no momento. Cada cena para ele é uma obra de arte e combatida com isso em mente. Os conjuntos góticas, trajes de época , e a trilha sonora são todos de primeira,Todos os atores fazem trabalhos decentes,Daliah Lavie de uma beleza marcante, com um rosto expressivo.
Mas a falha maior e mais proeminente no filme para mim, e aquele que realmente reduziu minha apreciação deste filme, foi o ritmo extremamente lento , mesmo para Bava, Parece uma eternidade até que algo acontece, e quando não acontece muita coisa . O filme é estranho no assunto e propositadamente vago em grande parte do enredo. Muito é esclarecido no final , mas o resultado é um longo caminho para uma pequena recompensa. .
Braddock: O Super Comando
3.0 116 Assista AgoraDirigido por Joseph Zito, trata-se de uma produção clássica da antiga Cannon Filmes. Estúdio de baixo orçamento, com filmes aparentemente simplórios, mas que fizeram a alegria de muita gente nos anos 80 e 90. Eu que o diga.
Braddock é um coronel que foi prisioneiro na guerra do Vietnã. Passado alguns anos do término, ele continua ter pesadelos dos dias amargos de tortura e acredita piamente que existem outros campos com vários prisioneiros americanos. Para isso, ele vai a uma convenção no Vietnã, aparentemente para ter que depor em uma corte, além de tentar provar a sua teoria. Só que Braddock fará do seu jeito!
Trata-se de um dos maiores clássicos de Chuck Norris. Em Braddock, Norris estigmatizou o estilo homem bruto com poucos e amigos de uma forma estupenda. O personagem é um sujeito extremamente revoltado e endurecido pelo horror da guerra! Além disso, ele é linha dura, poucas palavras, nada diplomático e claro, o exército de um só homem!
Duas cenas que merecem ser comentadas. A primeira, quando Braddock é recebido pelo General Trau (James Hong, Kung Fu Panda) que lhe estende a mão, em gesto de cumprimento. Braddock faz cara de indiferença e faz questão de mostrar que não veio para pregar a paz ou coisa do tipo. É hilário e ao mesmo tempo impactante! Outra cena é quando Ann (Lenore Kasdorf, Tropas Estrelares), assessora do Senador Porter (David Tress, Xanadu) o convida para um drink no quarto dele. Enquanto ela fala, Braddock tira a roupa na maior cara de pau e quando ela se vira e fica espantada, ele diz: “Eu sou um pouco tímido! Pode ser virar?”
O primeiro filme da trilogia tem um roteiro bem trabalhado, com uma trama política, por mostrar um clima de conspiração no ar e mostrar o lado psicológico do personagem de Norris com as lembranças sofridas na guerra. A parte de ação é bem equilibrada com um pouco de espionagem (que lembra um pouco Operação Dragão), tiros e alguma luta. O clima de suspense também é presente!
Não gosto de tomar ou formar opinião, mas claro que muitos vão dizer que Braddock é um filme para enaltecer o espírito do império americano. Mas creio duas coisas: primeiro todo o cinema de país quer valorizar a sua história e que o que nos garante que não existiram prisioneiros no pós guerra e que morreram na prisão? Acredito que não se pode julgar uma visão e mais ainda uma ficção. O filme tem a participação de M. Emmet Walsh (O casamento do meu melhor amigo).
O segundo filme é interessante, pois mostra como ele saiu do Vietnã. O terceiro já se cria uma história de um filho que Braddock não conhecia, para que ele volte ao Vietnã para dar mais tiros! É o que acontece com a maioria das franquias ou trilogias: ou as continuações são inferiores ou tão boas quanto a primeira!
Mais uma dica para quem quer conhecer um pouco dos trabalhos do lendário Chuck Norris!
http://curiosomundodocinema.blogspot.com.br/
O Justiceiro
3.0 128 Assista AgoraNo ano de 1989, final da década de oitenta e prenúncio dos vindouros anos noventa, um famoso personagem das histórias em quadrinhos ganhava sua primeira adaptação para as telas do cinema - O Justiceiro (The Punisher) ganhava vida pela primeira vez na interpretação do então astro Dolph Lundgren, oriundo de vários filmes de ação que o tornaram bem conhecido entre os fãs do cinema físico demonstrando altas doses de carisma e testosterona, chegando a emagrecer cerca de onze quilos, além de realizar uma intensa preparação física em artes marciais e corrida para viver o personagem, segundo relatou em entrevista à revista norte americana Comic Scene, na época de lançamento do filme.
Nesta aventura comandada pelo diretor Mark Goldblat, que dirigiu vários filmes de ação B na segunda metade da década de oitenta, o personagem Frank Castle é apresentado com um visual um tanto inusitado e diferente das histórias em quadrinhos, vestindo jaqueta de couro preta, mas sem a enorme caveira no peito, algo que deve ter decepcionado vários fãs do personagem.
Montando uma possante moto também de cor preta, o Justiceiro percorre as ruas e becos da cidade onde vive caçando criminosos e destruindo quadrilhas ou organizações criminosas. Assim como é mostrado em algumas aventuras dos quadrinhos, ele vive num lugar subterrâneo, localizado em uma galeria de esgoto onde vive em meio a um arsenal de armas de grosso calibre e objetos que são restos de lembranças de sua família, que fora morta brutalmente por criminosos em anos anteriores, como é mostrado em flasbacks durante a narrativa.
A ação do filme felizmente é rica em sua composição, respeitando o universo dos quadrinhos onde Castle enfrenta diversos tipos de criminosos, de mafiosos a gangsters em cenas brutais e chocantes - e neste filme o Justiceiro bate de frente com a Yakuza, a milenar máfia japonesa, infiltrada junto ao crime organizado dos Estados Unidos, o que rende ótimas cenas de lutas onde o ator sueco expõe toda sua habilidade marcial em confrontos com vários dublês japoneses que interpretam os integrantes da máfia japonesa.
Lundgren que é um ator razoável, esforça-se ao máximo para encarnar o personagem. Com os cabelos tingidos de preto e vestindo roupas de couro, que lembram muito o personagem Mad Max, Lundgren passa o filme todo ostentando uma aparência cansada, com olheiras profundas, ressaltas pela maquiagem, e o físico definido do ator naturalmente compõe a figura clássica do persongem de maneira correta.
O elenco ainda conta com boas atuações de dois atores bem conhecidos da década de oitenta, Louis Gosset Junior, que interpreta um policial determinado que segue os passos de Frank Castle e o ator Jeroen Krabbé, que mais uma vez interpreta um vilão, algo bastante comum em sua carreira de ator coadjuvante.
O filme teve pouquíssima expressão na época de seu lançamento e hoje está praticamente esquecido, assim como os filmes recentes de 2003, com John Travolta e Thomas e Jane e de 2008 com Ray Stevenson e Dominic West. O Justiceiro de Dolph Lundgren é portanto, o primeiro de uma trilogia de filmes injustiçados que só será lembrado por fãs que realmente valorizam as adaptações do maior caçador das histórias em quadrinhos. Afinal, a justiça tarda, mas não falha :)
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Desejo de Matar 4: Operação Crackdown
3.1 79 Assista AgoraEm uma garagem escura, uma mulher tenta em vão dar partida em seu carro. Repentinamente, surgem homens mal encarados que retiram-na do veículo e começam a rasgar sua blusa. Antes que a fornicação seja concretizada, surge um homem armado. Este homem é um senhor bigodudo que, ao ser questionado sobre seu nome, responde humildemente “Eu sou a morte”. O revolver dispara e o homem olha assustado para o cadáver: ele acabara de matar a si mesmo. Paul Kersey (Charles Bronson) acorda assustado em sua cama. Felizmente, para ele e para nós, tudo não passou de um pesadelo.
Sejá lá o que o diretor J. Lee Thompson planejou com esse começo de filme, obviamente ele acabou desistindo no meio do caminho em nome daquilo que a série Desejo de Matar tem de melhor: mortes, mortes e mais mortes. Kersey nunca teve e não é aqui que ele terá peso na consciência por matar bandidos, então quando a filha de seu novo affair morre de overdose, ele une-se a um magnata que também perdeu uma filha para as drogas e declara guerra aos dois maiores contrabandistas da cidade. Matando membros das duas gangues, ele coloca-as uma contra a outra e prepara-se para desfechar seu golpe final contra os chefões do tráfico.
Desejo de Matar 4, em todos os sentidos, é uma versão piorada de seu antecessor. O conceito de guerra é o mesmo (no 3 contra os criminosos de um bairro, aqui contra as drogas), há um bandido sendo explodido HELL YEAH! (primeiro com um lança mísseis, agora com um lança granadas), matam a namorada de Kersey (por favor, isso é SPOILER do mesmo jeito que o é dizer que o navio afunda no Titanic) e, claro, a contagem de corpos é alta mas em nenhum momento, nem mesmo na cena de invasão da fábrica de drogas, chega ao nível da última cena do Desejo de Matar 3 onde nosso amado vigilante brinca de tiro ao alvo nas ruas de Nova York.
Qual é o problema? O problema são essas malditas drogas! Brincadeira, isso ai é só a melhor frase do longa. Após 3 filmes fica difícil encontrar caminhos para problematizar a questão do vigilantismo trazida inicialmente. Dando-se por vencido desde o início (eu realmente fiquei impressionado com a forma como ele abandonou os rumos que a cena inicial sugeria sem maiores explicações), o diretor foca apenas em reunir aqui o que funcionou anteriormente (estupro, investigação policial, mortes violentas, etc), mas há realmente muito pouco material digno de nota ao longo da 1h39min d de Operação Crackdown. Sim, continua divertido se você gosta de filmes B e sabe reconhecer o poder da imobilidade canastrona do Charles Bronson, mas não há nada, absolutamente nada aqui além dessa diversão simples, direta e passageira.
http://javiuesse.wordpress.com/
Desejo de Matar 3
3.4 145 Assista AgoraTendo trabalhado todo o potencial de sua crítica social envolvendo o vigilantismo no primeiro filme e repetido isso no segundo, o diretor Michael Winner resolveu simplificar as coisas em Desejo de Matar 3. Kersey, que é acusado pela polícia de NY de ter matado o amigo, é solto com a condição de diminuir os níveis altíssimos de criminalidade da cidade. Instalando-se no apartamento do velho amigo, ele faz amizade com alguns vizinhos e começa a matar os bandidos que infestam as ruas da cidade.
Para passar o que eu senti assistindo esse filme, não é necessário usar elogios exagerados, rir de/ou ironizar certas cenas. DESCREVER o que rola no filme já é o suficiente:
Os bandidos atingidos pela Wildley de Kersey não caem, eles voam.
Uma advogada apaixona-se por Kersey após vê-lo apenas duas vezes. Lembrando, Kersey é interpretado pelo Charles Bronson.
TODOS os cidadãos mortos pelos bandidos são velhinhos inocentes ou patrióticos veteranos condecorados de alguma guerra.
TODOS os criminosos são drogados e tatuados. No bairro onde passa-se o filme, eles existem na proporção de 10 para cada 1 cidadão honesto.
Desejo de Matar 3 é daqueles filmes cuja apreciação depende muito da forma como tu decide encará-lo. Visto buscando um bom argumento e boas atuações, ele é um lixo completo. Analisando-o como aquilo que ele explicitamente demonstra ser, um testosterona total, ele é uma obra de gênio. Bronson, que na época já era um senhor de 64 anos de idade, corre atrás de bandidos, namora, convida-se para almoçar na casa dos vizinhos, enfrenta gangues de motoqueiros arruaceiros cuja origem ninguém consegue explicar e, após um tiroteio épico ocorrido em meio a uma verdadeira guerra civil, atira com um lança foguetes NA CARA no rosto de um marginal. Não dá para ficar indiferente a isso, Bronson é rei e Desejo de Matar 3 revelou-se um de seus filmes mais divertidos.
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Desejo de Matar 2
3.3 114 Assista AgoraDepois de limpar a escória das ruas de Nova York em Desejo de Matar, o arquiteto Paul Kersey (Charles Bronson) muda-se para Los Angeles e tenta recomeçar a vida ao lado de sua filha e de sua nova namorada. Tudo corria bem até o dia em que Kersey envolve-se em uma briga com um homem que rouba sua carteira. O bandido foge após levar uma surra e reúne uma gangue para ir até a casa do arquiteto. Eles estupram a empregada que estava trabalhando no local e em seguida sequestram a filha de Kersey. Diante dessa nova tragédia pessoal, Kersey passa a agir novamente como o vigilante e inicia uma caçada para vingar-se dos arruaceiros.
Produzido cerca de 6 anos após o original (o que pode ser considerado uma raridade no que diz respeito a continuações), Desejo de Matar 2 sustenta-se em cima da idéia de oferecer mais do que já foi visto e aprovado pelo público (o primeiro foi um dos campeões de bilheteria de 74) explorando ao máximo o aspecto que mais chamou a atenção no primeiro: a violência. Kersey, que no primeiro filme matava bandidos meio que aleatoriamente, dessa vez puxa o gatilho para vingar-se, o que significa tiros na cara acompanhados por frases sarcásticas (Você acredita em Jesus? Pois agora você vai conhecê-lo).
Continuando com a defesa da idéia de que “bandido bom é bandido morto”, o diretor Michael Winner abre o filme com quotes de noticiários sobre o aumento da violência em Los Angeles e apela para o lado emocional do expectador ao mostrar nos mínimos detalhes uma cena longa e angustiante de estupro. É com enorme prazer que vemos Kersey matar um a um os estupradores nas cenas seguintes. Como eu comentei no Desejo de Matar, é fácil experimentar essa sensação e justiça quando os vilões são personagens feitos intencionalmente para despertarem nosso ódio e antipatia. Querer aplicar essa mesmas lógica para os problemas e tragédias do cotidiano é, na maioria dos casos, deixar a razão ser encoberta pela emoção e transformar-se naquilo que se condena, o paradoxo do abismo que foi imortalizado nas palavras de Nietzsche .
A repetição do tema e das motivações dos personagens pode ser um problema, mas no quesito violência e ação Desejo de Matar 2 é tão bom quanto seu antecessor. Charles Bronson parece ter nascido para o papel e as músicas compostas pelo guitarrista do Led Zeppelin Jimmy Page são um belo atrativo.
CURIOSIDADE: Conta-se que o título da continuação deveria usar “II” no lugar de “2″, idéia descartada após uma pesquisa do estúdio indicar que menos de 50% dos americanos entrevistados conheciam os numerais romanos…
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Os Aventureiros do Fogo
3.0 42Em 1986 a produtora Cannon Group resolveu escalar seu astro Chuck Norris para estrelar o filme FireWalker, uma produção que procurava seguir os passos de Indiana Jones. Ao seu lado foi contratado o ator e ídolo black Louis Gossett Jr que tinha se destacado na aventura B “Águia de Aço”, um genérico do grande sucesso “Top Gun – Ases Indomáveis”. A produção seria realizada no México por causa das locações exóticas que o país poderia disponibilizar para a fotografia do filme e os baixos custos de se filmar por lá. Era um filme bem diferente para Chuck Norris. O ator que vinha de vários sucessos em filmes de ação que seguiam o estilo mais cru, tinha agora que bancar o aventureiro cheio de piadinhas do script. Definitivamente não era bem a praia dele. A Cannon apostava em um grande sucesso tanto que investiu mais do que costumava investir em efeitos especiais e pirotecnia. O diretor contratado era J. Lee Thompson, o mesmo que havia dirigido “As Minas do Rei Salomão” outro genérico de Indiana Jones pela mesma Cannon. Já deu para perceber logo de cara que originalidade realmente não era o forte desse “Aventureiros de Fogo”.
Apesar dos esforços do estúdio o filme não conseguiu se dar bem nas bilheterias. Os fãs de Norris gostavam de vê-lo em filmes mais simples, de pura pancadaria, não uma produção que procurava seguir os passos dos famosos filmes de Spielberg. Ele tinha seu próprio estilo e imitar os outros soava como uma péssima idéia. O roteiro também não era nada bom, muito mal escrito e sem boas cenas de ação (um pecado para o fã clube de Chuck Norris). Assim o filme simplesmente não pegou, não deu certo. A crítica por sua vez detestou (mais do que o normal em se tratando de filmes de Norris). “Imbecil”, “Péssimo” e “estúpido” foram adjetivos usados para qualificar o filme. O próprio Chuck Norris ficou chateado com o resultado. Para falar a verdade ele nunca havia comprado inteiramente a idéia. Como resultado da má repercussão do filme ele resolveu dar um tempo e ficou dois anos longe das telas de cinema, só retornando com “Braddock 3” que logo também se tornou um fracasso de público e crítica. De qualquer modo “Aventureiros de Fogo” marcou o fim da melhor fase do ator nas telas de cinema. A década de 1980 foi onde ele realizou seus maiores sucessos comerciais. Filmes simples, sem muitos recursos, com orçamentos bem modestos, mas que conseguiam trazer bom retorno de bilheteria. O erro do estúdio foi tentar transformá-lo em um novo Harrison Ford, coisa que ele definitivamente não era. Depois disso Norris rompeu com a Cannon e tentou bancar seus próprios filmes, algo que não deu muito certo. A salvação só viria mesmo na TV quando finalmente reencontraria o sucesso na pele de um Texas Ranger durão. No final fica a lição, não se pode transformar um ator em outro, por mais sedutora que seja essa idéia.
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Espionagem em Goa
3.2 8antiquado thriller de guerra, provavelmente o último de sua espécie. Um elenco estelar com algum bom suspense.
por mais implausível que pareça a história, ela se baseia em fatos reais.
Escorpião Vermelho
3.0 43Terceiro filme de Dolph Lundgren depois de "Rocky IV" ('85) e "Masters of Universe" ('87) e dirigido por um especialista do género, Joseph Zito (dos veículos de Chuck Norris - "Missing in Action" de '84 e "Invasion U.S.A." de '85), "Red Scorpion" é um filme recheado da ação com o tema da Guerra Fria como pano de fundo possuindo certas semelhanças com o terceiro filme de Rambo também estreado em '88.
Filmado em Joanesburgo na África do Sul, foi uma produção deveras complicada que se ressentiu no resultado final, pois "Red Scorpion" ao romper com o boicote internacional contra o País pela prática do Apartheid tendo sido lá filmado levou a poderosa Warner Bros. a desistir de distribuir o filme, deixando a equipe técnica e atores parados cerca de 3 meses à espera que outro Estúdio pegasse na produção.
Quando finalmente ficou completo, dos iniciais 8 milhões investidos, ascendeu para o dobro e certos atores com compromissos profissionais nos E.U.A. tiveram que desistir do filme como é o caso do malogrado ator de personagens-tipo Brion James que desaparece misteriosamente da trama sem que a sua saída seja explicada.
Lançado finalmente em Abril de '89 depois de quase 1 ano guardado na gaveta, acabou sendo um fracasso de bilheteiras na altura, mas tornou-se um filme-de-culto nos anos seguintes em vídeo.
Tecnicamente, "Red Scorpion" é um filme com sequências de ação bem encenadas, o que prova que Zito com um orçamento acima da média consegue entregar um filme visualmente competente, embora seja ineficiente nos restantes campos, especialmente na direção de atores.
Dolph ainda pouco maduro à frente das câmaras repete a sua postura fria, sem emoção e de poucas palavras do personagem que lhe deu a fama, Ivan Drago, mas a sua postura imponente, reservaria ao ator uma carreira prolífera como ator de ação.
Lundgren é a perfeita máquina de matar e caso tivesse estreado no cinema no início dos anos 80 , poderia ter sido o escolhido para o Terminator em vez de Schwarzenegger, e isto sem querer tirar o mérito a Arnold no papel que lhe trouxe a fama, porque além da sua portentosa presença na tela, Dolph rodou grande parte das suas sequências de ação sem recorrer ao uso de duplos.
Em suma, "Red Scorpion" é um filme só para fãs do gênero de ação mais sério, rude e espalhafatoso. Ao contrário de outros filmes do gênero da década de 80, aqui não há lugar para toques de comédia para aligeirar o tom do filme, pois Zito e Lundgren vão diretos ao assunto, só parando com metade de África do Sul em chamas e os vilões soviéticos e cubanos todos massacrados...
FONTE CINE NOSTALGIA
Punhos de Aço: Um Lutador de Rua
3.4 40 Assista AgoraA possante continuação de Doido Para Brigar… Louco para Amar, dessa vez capitaneada por Buddy Van Horn, começa semelhante à anterior, com uma trilha incidental tão baseada na música country e folk quanto no primeiro episódio. Mais uma vez, a caminhonete de Phillo e Clyde está na estrada para mais desventuras em cenários repletos de areia e personagens bidimensionais. O grupo de heróis procura mais porradaria.
Logo se nota a diferença nas duas versões, pois nesse Punhos de Aço – Um Lutador de Rua as lutas são estilisticamente mais bem filmadas, com maiores variações de ângulos e planos filmados, além de um belo enfoque nas gostosas genéricas — algo que fez muita falta no primeiro filme. Com um espaço de apenas dois anos, a estética mudou, e Punhos de Aço mostra no primeiro ano da década como seria a tônica das comédias dos anos oitenta.
Após sua primeira luta, Phillo demonstra enfado e cansaço, já não quer mais lutar. A maturidade o atingiu em cheio, e seu desejo de aposentar veio à tona. Ganhar o pão com o suor e sangue das lutas de rua é cada vez menos atrativo. O grande motivo disso ainda era o chute que Phillo tomara. O brucutu valente acusou o golpe, mas não deixa de frequentar os lugares onde Lynn (Sondra Locke mais uma vez) possivelmente poderia cantar. Apesar da aproximação da cantora, ele ainda se mostra ressentido pelo término.
Os opositores dessa vez têm questões um pouco mais sérias, ainda que a abordagem seja leve e caricata ao extremo, mostrando grandes empresários engravatados que se entretêm com rinhas de animais silvestres. Os embates clandestinos são cruéis e desiguais, além de muito toscos, dado o seu caráter completamente irreal. Até a gangue das Viúvas Negras é repaginada, ainda sendo um dos alívios cômicos, mas bem menos risível que antes. Clyde tornara-se mais ativo na comédia, protagonizando cenas muito espirituosas, especialmente para um ator que não é humano. Mais do que isso, sua irmandade com Phillo é ainda mais forte que antes, com o auxilio… do símio até em questões amorosas.
Phillo recebe uma proposta de milhares de dólares para retornar às brigas de rua. Ele reage recusando a proposta, mas mostra uma ponta de reticência na recusa. A prova da mudança de tempos é a mentalidade libertária de todos. Lynn invade o celeiro dos Beddoe e flagra Clyde e Phillo dormindo de conchinha, e como uma autêntica mulher pra frentex, não titubeia com a cena homo-besti-afetiva que assiste, e tem com o protagonista ali mesmo, diante do macaco e em meio a um ambiente sujo, com o terceiro elemento da equação claramente no cio. Sua volúpia o faz ficar mais forte, e suas exibições aumentam, tendo uma especialização em desmonte de veículos em questão de segundos. O orangotango apresenta uma força descomunal quando é ordenado pelo seu dono. As contravenções de Phillo, que visam ajudar seu parceiro animal, incluem dopagem, insinuação de estupro, rapto de animais silvestres, tudo isso para prosseguir até um swing-inter-espécies.
Uma terrível trama envolvendo os vilões que tentaram contratar Phillo no começo do filme é desenvolvida, com o sequestro da mocinha. Apesar da execução geral ser melhor que a do primeiro filme, o desfecho é muito fraco, contendo uma mensagem agridoce demais. Outro problema é a longa duração, acumulados 113 minutos de uma comédia que carece muito de ritmo.
Leia Mais: http://www.vortexcultural.com.br/cinema/critica-punhos-de-aco-um-lutador-de-rua/#ixzz3076uAuJS
Cães de Guerra
3.1 21 Assista AgoraA boa presença de Walken contribui bastante para este redondinho filme de ação e espionagem baseado em obra de Frederick Forsythe. Não li o livro, mas os fãs consideram a adaptação muito fraca e superficial, o que provavelmente é verdade, visto que muita coisa poderia ser melhor desenvolvida no filme. O grupo de mercenários, por exemplo, não é aprofundado e acabamos não conseguindo criar ligação com nenhum dos personagens, enquanto outras situações poderiam render mais suspense ou conteúdo. Mas ainda assim não é um filme ruim. Embora esquemático, é suficientemente curioso e funciona como passatempo. Não é um filme cheio de ação e explosões, possui todo um desenvolvimento de espionagem e jogadas políticas para culminar num clímax de ação (boas cenas de guerra, sem exageros comuns de filmes deste tipo). Não confundir com "Selvagens Cães de Guerra".
http://action-pabloaluisio.blogspot.com.br/2014/01/os-caes-de-guerra.html
Jogo Bruto
2.9 89 Assista AgoraCom o sucesso de "Exterminador do Futuro" e "Conan" os estúdios americanos descobriram que tinham um novo chamariz de bilheteria nas telas. O cinema americano então resolveu apostar suas fichas nesse ator austríaco de nome impronunciável que sempre aparecia nos filmes geralmente mudo, mas que compensava isso trucidando as cabeças de seus inimigos. Arnold Schwarzenegger era essa aposta. Chamar o sujeito de ator realmente era uma licença poética, porque ele mal conseguia falar inglês (e quando falava ninguém entendia nada mesmo, por causa de seu sotaque forte). Também não tinha qualquer talento dramático. Isso era bem curioso porque não era a primeira vez que sujeitos fortões faziam sucesso nas telas. No passado os filmes de Hércules e Maciste já tinham provado que havia público para esse tipo de produção. A diferença agora era que os estúdios estavam dispostos a realizar excelentes produções em torno do nome do novo ator e não apenas produções B com orçamentos restritos como acontecia com Steve Reeves no passado, por exemplo. Dino de Laurentis o famoso produtor de grandes filmes estava particularmente interessado em Schwarzenegger e resolveu contratar o ator para estrelar um filme diferente, ambientado no mundo da moderna máfia americana, só que sem os roteiros mais trabalhados dos filmes de Martin Scorsese (que era especialista nesse tipo de produção). O enredo deveria ser o mais simples possível, só o suficiente para o ator austríaco ter alguma motivação antes de sair distribuindo tiros e socos nas cenas finais.
"Jogo Bruto" foi concebido para ir no rastro dos recentes sucessos de bilheteria do cinema de extrema ação dos anos 80. Numa época em que Chuck Norris estrelava um filme atrás do outro e conseguia ótimos resultados de bilheteria com suas fitas de orçamento modesto, Arnold Schwarzenegger surgia como um suposto concorrente dele (em breve obviamente iria superar o concorrente e se tornar um grande astro das telas com filmes de ótimo resultado de bilheteria). O diretor desse filme é o talentoso britânico John Irvin que enfrentou dificuldades com o produtor Di Laurentis durante as filmagens. Acontece que ele vinha desenvolvendo uma certa trama dentro da produção que começou a irritar Di Laurentis que queria uma fita de pura ação e só, sem nuances ou roteiros complicados. Após visitar o set Dino jogou metade do roteiro fora e mandou Irvin elaborar com seus roteiristas um novo final ao estilo "Comando Para Matar" - que havia feito grande sucesso poucos meses antes. E assim foi feito. Visto hoje "Jogo Bruto" apresenta essa dualidade. Metade do filme tenta mostrar uma trama policial de complicada teia de interesses e a outra metade é pura ação descerebrada. O filme custou meros 8 milhões de dólares (em breve só o cachê de Schwarzennegger ultrapassaria esse valor com folgas) e fez sucesso, mostrando de uma vez por todas para os estúdios que o novo ator era uma aposta certeira para grandes sucessos de bilheteria. Nascia assim um dos ícones dos filmes de pura ação da década de 80.
http://action-pabloaluisio.blogspot.com.br/search?q=jogo+bruto
Braddock 3: O Resgate
3.0 74 Assista Agora“Bradock 3 – O Resgate” foi dirigido pelo irmão mais jovem de Chuck Norris, Aaron Norris. O roteiro também é do próprio Chuck Norris que aqui quis denunciar a situação de filhos de militares americanos que ainda vivem no país asiático, muitas vezes sofrendo de preconceito por serem mestiços do invasor estrangeiro. Tudo bem intencionado mas é óbvio que se tratando de um filme com Chuck Norris da década de 80 o enfoque se concentra mesmo na mais pura ação! É curioso porque Norris não se acanha e recicla os mais variados clichês de outros filmes de ação famosos da época. Há uma cena de tortura que lembra bastante Rambo II inclusive. O clímax também me fez lembrar de “Comando Para Matar” quando apenas um homem consegue vencer todo um exército, colocando tudo abaixo por onde passa. Mas o interessante é que mesmo sendo muito derivativo de outras produções da década de 80, “Braddock 3” não é tão ruim como muitos dizem por aí. O filme é ágil, tem boas cenas de lutas e explosões e é um filme tipicamente de Chuck Norris na produtora Cannon Group. A única diferença mais substancial é o fato do coronel ter que lidar com um jovem que é seu filho – o que até gera alguns momentos bem piegas. No saldo final porém a verdade é que “Braddock 3” diverte os fãs de Chuck Norris. O filme entrega exatamente aquilo que se espera dele.
fonte Pablo Aluísio e Júlio Abreu.
Touro Indomável
4.2 707 Assista AgoraTouro Indomável é uma das belas obras que o cinema nos brindou na década de 80 e marca mais um grande trabalho da parceria Martin Scorsese e Robert De Niro. Quatro anos antes eles já tinham feito outro grande trabalho conjunto no filme Táxi Driver. Em uma breve introdução histórica, este projeto já estava sendo pensado pela dupla por bastante tempo, mas Scorsese não apresentava tanta empolgação quanto seu amigo. Com isso, a ideia terminou ficando engavetada por um bom tempo, mas De Niro não parava de acreditar que eles poderiam fazer uma boa história contando a vida do pugilista Jake La Motta. Reza a lenda, que enquanto esteve internado, por problemas com drogas, Scorsese foi duramente pressionado para realizar o filme e assim resolveu ceder a pressão do parceiro e arriscar na produção.
Hoje, 32 anos depois, só tenho que agradecer pelo esforço do ator em realizar esta película. Muitas são as histórias que temos de atores que dedicam uma vida em prol de um personagem, mas poucos foram tão capazes de apresentar um trabalho de tanta qualidade como esta interpretação do pugilista do anos 40 feita por De Niro. O longa é tão grandioso, que para muitos é o maior filme de sua década. Em matéria de premiações, o longa foi indicado a 8 Oscar e foi vencedor de dois, Melhor Ator e Melhor Edição. Dizem que só não ganhou o de melhor filme, por conta de uma recente tentativa de assassinato ao presidente Ronald Reagan, cujo o infrator disse que se fundamentava nos “ensinamentos” de Táxi Driver, o que causou alguns problemas a Scorsese. Ele chegou a ser escoltado na cerimônia de premiação e acho que isso influenciou em sua derrota naquele ano. A academia temia que outros casos semelhantes pudessem surgir influenciados por uma vitória do Scorsese.
Antes de assistir a produção eu achava que este era um longa sobre Boxe, mas hoje posso dizer tranquilamente que ele é uma vertente narrativa, usada para a construção e expressão de um grande personagem. O roteiro do filme é algo muito mais denso e o esporte citado é uma forma de expressão. O personagem principal, além de pugilista, é uma pessoa ciumenta, possessiva e agressiva, que tinha raros momentos de felicidade. Entrar no ringue, para ele, era a chance de expurgar toda sua tristeza e raiva reprimida, o que fazia com que suas lutas não fossem baseadas em estratégias e sim na emoção que sentia no momento. Quanto maior sua raiva, mais forte ele batia nos oponentes e sua relação com a mulher era um termômetro para esses sentimentos.
Não duvido da qualidade de todos os envolvidos na produção, mas ainda estou digerindo a atuação de Robert De Niro. Se eu já tinha ficado impressionado com seu trabalho em Táxi Driver, acho que em Touro Indomável ele supera bastante o seu Travis Bickle e entrega uma atuação ainda mais completa. Ele nos brinda com um La Motta raivoso, agressivo, de baixa estima, paranoico, ciumento, possessivo e auto-destrutivo. Uma pessoa impulsiva que não sabe lidar com adversidades e capaz de destruir a tudo e a todos, inclusive a si mesmo. A entrega do ator é tanta que, para atingir o máximo de realismo, ele treinou boxe por um ano com o pugilista que inspira a obra e, além disso, engordou 25 quilos em 2 semanas, para interpretá-lo depois de aposentado. Seu semblante nos ringues é de um touro enfurecido e alucinado. Uma pessoa obcecada e pronta para o ataque. Fora dele, seu olhar é de um louco sem auto confiança e que acredita que a violência irá resolver todos os seus problemas. Um monstro irracional e de pavio curto. Joe Pesci, muito famoso pelos filmes de máfia que fez, também aparece muito bem na obra e foi até premiado como melhor ator principal estreante em cinema no Bafta.
Outro aspecto muito interessante da obra é seu trabalho de fotografia. O primeiro ponto a se analisar é que a decisão de fazê-la em preto e branco foi crucial para que tivéssemos uma maior sensação de realidade e até mesmo de que chegássemos a imaginar que estávamos diante de um documentário. Além disso, importante é que com as tonalidades mais acinzentadas, o sangue, que seria um sério problema de classificação que o filme enfrentaria, se tornou menos agressivo, considerando que não foi nem um pouco economizado. Como curiosidade fica a informação de que foram caldas de chocolate, que simularam o sangue, o que comprova mais um ganho com a utilização em preto e branco.
A premiada montagem também merece seu destaque, pois Thelma Schoonmaker dá um show particular em sua apresentação. A primeira coisa que pude perceber foi a forma como ela conduziu as lutas. La Motta apanhava mil socos com uma velocidade implacável, mas revidava com uma câmera lenta de tirar o fôlego. Por sinal, muito marcante os banhos de sangue saindo dos lutadores em câmera lenta. Os sentimentos do protagonista eram expressados através da velocidade e fúria dos seus golpes. Sua raiva fazia com que a arena fosse gigantesca, um espaço único em sua vida. A mixagem de som também se destaca com a utilização de som de animais representando a platéia nas lutas. Que grande sacada!
Touro Indomável é sem sombra de dúvidas um grande filme e me deixou bastante empolgado para continuar visitando o universo dos clássicos. É muito bom ver um Robert De Niro diferente do que eu conhecia e conhecer a história de um diretor, que já gostava bastante pelos últimos trabalhos e que gosto ainda mais ao conhecer seus clássicos.
FONTE http://www.cinemadetalhado.com.br/
O Iluminado
4.3 4,0K Assista AgoraStanley Kubrick disse, certa vez, que adorava adaptar livros medíocres, porque sempre resultavam em bons filmes. Essa foi uma indireta bastante direta para Stephen King e seus fãs, que bateram o pé e até hoje se contorcem para sua adaptação de O Iluminado, que alguns dizem ser o livro mais assustador de King. Muitos consideram este o trabalho mais fraco do diretor. Opinião que, obviamente, já devem ter percebido que não compartilho. Acho este filme, do início ao fim, uma obra-prima do horror, e não é difícil entender o porquê.
É fato que as histórias de King funcionam nos livros, pois instigam nossa imaginação, mas na tela tudo fica mais trash. Ao invés de dar medo, acabamos rindo, por mais bem feitos que sejam seus monstros. Não é de se espantar que os melhores filmes baseados em suas obras, além deste, sejam Um Sonho de Liberdade e À Espera de um Milagre - justamente dramas, que não utilizam do artifício "monstros de borracha somados à efeitos especiais" para funcionar. E é justamente esse o ponto crucial para o filme de Kubrick ser tão bom, e, ao mesmo tempo, tão odiado pelos adoradores da obra de origem.
Ele retirou todos os monstros e tudo mais que têm no livro e manteve apenas o climão e as atitudes de Jack. Com isso, tudo ficou mais sugestivo, misterioso. Apenas alguns monstrinhos, no final do filme, servem de aperitivo aos fãs e dizer, para nós, que estamos assistindo ao filme, que existia algo muito mais macabro do que poderíamos imaginar. Kubrick preferiu se concentrar na degradação dos personagens no sentido psicológico pelo ambiente, e não totalmente pela sobrenaturalidade. Esse ponto é importante, porque para os personagens, Jack apenas enlouqueceu devido a solidão, mas para nós, que estamos assistindo, sabemos melhor tudo o que está acontecendo.
No filme, conhecemos a história de Jack Torrance (Jack Nicholson), que aceita o trabalho de zelador de um imenso hotel durante a baixa temporada do local - um inverno bastante denso e torturoso. Durante esse período, ele tenta escrever o seu livro, mas um passado sombrio do hotel começa a aterrorizar a família e afetar diretamente a sanidade de Jack. Sua mulher se torna passiva a tudo o que está acontecendo, enquanto seu filho tem poderes paranormais de comunicação com as forças ocultas do lugar.
Um dos melhores aspectos do filme é sua parte técnica. Tudo contribui para reforçar o clima de solidão do local - algo extremamente necessário, uma vez que a transição do Jack pai exemplar para o psicopata tinha de ser convincente (uma das grandes críticas ao filme é justamente que ela foi rápida demais). Os cenários, amplos e espaçosos, construídos todos em locação, utilizando apenas a fachada de um grande hotel para as externas, reforçam a teoria da solidão e do isolamento.
A arte é grandiosa... E vazia. As salas são grandes, com muito espaço, o que deixa o local altamente pertubador. Some isso ao pesado clima, construído minuciosamente por Kubrick, e já dá para perceber o quão aterrorizante é a experiência. A fotografia é realista e não deixa que a diferença entre estúdio e locação sobressaia, além de um excepcional uso do inovador Steady Cam*, principalmente na cena do labirinto. (*um equipamento que evita a trepidação da câmera, enquanto corremos com ela em mãos)
O Iluminado não é um filme explícito de sustos. É construído para nos deixar mal, com medo de uma pessoa que, teoricamente, nos ama e só quer o nosso bem. Algumas seqüências são de gelar a espinha, como a aparição das gêmeas no corredor, ou então o elevador que derrama uma enorme quantidade de sangue. O melhor é que, assim como diversos outros filmes de Kubrick, nada é mastigado demais na história. Sempre há uma brecha para a interpretação, para que cheguemos a uma conclusão por conta própria, sem necessidade de que o filme diga para nós sua intenção.
A cena mais marcante é quando Jack coloca seu rosto entre uma abertura feita na porta com machadadas e diz a imortal frase "Here's Johnny!". Jack Nicholson, um dos maiores atores de todos os tempos, improvisou tal fala, e fez um trabalho absolutamente brilhante em cena. Sua preparação sempre especial lhe concedeu alguns momentos únicos, como a seqüência do bar. Já Shelley Duvall, só faltou a coitada ser agredida por Kubrick, tamanho o número de broncas que levou do diretor, mas pelo menos o resultado final conseguiu ser convincente. Em determinada cena, ela chegou a filmar mais de 100 takes para que Kubrick conseguisse o que queria. Não descarto a possibilidade de algumas pessoas torcerem para que Jack consiga matar a esposa, de tão chata que ela é.
Fiel ou não ao livro, Kubrick construiu um filme extremamente cativante, que consegue mexer com nossos medos interiores - e ainda muito melhor que a refilmagem de 1997, que se dizia a versão definitiva e fiel à obra de origem. O Iluminado é uma obra-prima do horror, que não necessita apelar para sustos fáceis para assustar, como a grande maioria dos títulos faz. Seja no drama, na guerra ou na ficção, esta é apenas mais uma prova da versatilidade do gênio por trás das câmeras. Um grande presente para aqueles que gostam de ser atormentados por uma história verdadeiramente macabra.
fonte http://www.cineplayers.com/
Perseguição Mortal
3.7 42 Assista AgoraCharles Bronson fez carreira no cinema como ator de um só papel: o brucutu de poucas palavras e cara fechada que, na hora do pau, distribui tiros e porradas com uma eficiência assustadora. “Perseguição Mortal” (Death Hunt, EUA, 1981), filme de baixo orçamento dirigido por Peter Hunt, aproveita essa limitação do potencial de atuação do astro norte-americano, em uma aventura de baixo orçamento cujo maior destaque é a fotografia, calcada em belas imagens das paisagens geladas do Canadá.
A história do filme, baseada em um caso real, foi severamente criticada na época do lançamento, pelos historiadores do país na América do Norte. Eles alegaram que a narrativa tomava muitas liberdades em relação aos fatos reais, inclusive distorcendo a personalidade real de muitos dos envolvidos no caso, considerado a maior caçada humana já ocorrida no território canadense. Não importa. Peter Hunt fez uma aventura descerebrada, um filme simples e direto sobre um tema batido, repetido muitas vezes no cinema – o homem inflexível que prefere morrer a ceder a algo que considera errado.
Bronson interpreta o caçador Albert Johnson. Na cena de abertura, o sujeito taciturno interrompe uma briga de cães (esporte muito popular na região), contra a vontade de um grupo de arruaceiros. Ele força um dos homens (Ed Lauter) a vendê-lo o animal que está perdendo a luta, um cão branco muito ferido. Acontece que os arruaceiros não ficam nada satisfeitos com a intervenção de Johnson e prestam queixa de roubo contra ele ao sargento da Polícia Montada responsável pela região, Edgar Millen (Lee Marvin).
As circunstâncias fazem com que Johnson tenha que fugir para a fronteira do Alaska, onde as temperaturas baixíssimas do rigoroso inverno e a falta de comida têm grande chance de matá-lo. Enquanto isso, ele é perseguido por uma turba de caçadores de recompensa, atrás de prêmios oferecidos por um jornal e um bar, que vislumbram na caçada a possibilidade de faturar muito dinheiro, vendendo produtos aos caçadores que tentam capturar o fugitivo.
O filme constrói uma boa dinâmica entre os dois personagens principais, ambos sujeitos experientes e durões que se respeitam bastante, embora estejam em lados diferentes – lembra, por exemplo, “Um Mundo Perdido”, de Clint Eastwood. Peter Hunt (que tem no currículo um bom filme da série 007, “A Serviço de sua Majestade”) também acerta ao explorar as paisagens geladas do local, utilizando muitas panorâmicas e tomadas aéreas para impregnar o longa-metragem de uma atmosfera desolada – o frio quase consegue transcender a tela.
Além disso, as cenas de ação são bem violentas, quase gore, com muito sangue e uso abundante de câmera lenta, na linha de Sam Peckinpah, só que mais econômicas e menos grandiloquentes. “Perseguição Mortal” não foi feito para mudar o cinema, mas é uma aventura eficiente e um filme, bem… muito macho.
fonte http://www.cinereporter.com.br/
Marcado Para a Morte
3.1 60 Assista AgoraO filme é bem direto, não se aprofunda em nada, há diálogos toscos, situações absurdas, mas funciona perfeitamente como um filme de ação casca grossa que consegue prender o telespectador até o final. A direção de Dwight H. Little segue a proposta do puro entretenimento e nada mais, temos cenas de perseguição de carro, tiroteios e muita pancadaria. Comparado com os filmes de ação da última década, Marcado para a Morte é uma aula do que deve ser feito. Steven Seagal esta muito bem no papel de um policial recém aposentado, cínico e de poucas palavras que não leva desaforo para casa. É extremamente empolgante assistir ele quebrar a gangue de jamaicanos com poucos golpes de forma grosseira e brutal, uma boa mistura de aikido com krav maga, onde temos maravilhosas fraturas expostas, mutilações, afundamento do globo ocular e por ai vai. Quem não viu, não perca tempo e de uma chance, pois não vai se arrepender.
fonte http://neurovisual.blogspot.com.br/
Horas de Desespero
3.0 36 Assista AgoraMichael Cimino gosta de situações extremas. Era assim em "O Franco Atirador", em "O Ano do Dragão". É assim também neste "Horas de Desespero". Talvez ele tenha optado pelo "remake" de um filme de 1955, feito por William Wyler, para melhor mostrar uma viagem que se faz quase sem sair do lugar: há um fugitivo, é verdade, há os reféns cuja casa ele ocupa. Há a garota por quem espera. A espera carregada de angústia, talvez falte um pouco de surpresa, nunca de tensão.
Thriller" tenso, embora não seja o mais forte que Cimino já fez.
fonte Folha de S.Paulo
A Experiência II: A Mutação
2.5 123 Assista AgoraO final de "A Experiência" de 1995 é uma cena mostrando um rato mutante contaminado com o DNA alienígena, numa clara indicação de que haveria uma sequência. E esta realmente veio três anos depois, embora não retomando o filme apartir daí (aliás, sequer é feita alguma menção a tal cena) e nem contando com os mesmos roteirista e diretor. Até o renomado H.R. Giger não participa deste filme, aproveitando-se apenas sua idéia original do design da criatura.
"A Experiência 2 - A Mutação" mistura erotismo, violência e suspense de uma forma bem menos eficiente que seu antecessor e nem sempre na dose certa. Mesmo que na atualidade (e em 1998 também) não se use a expressão 'filme B', este exemplar se encaixa perfeitamente na definição do termo por mostrar uma estória pobre apoiada por fracos efeitos visuais.
Sil (Natasha Henstridge) foi morta no primeiro filme, porém, a Dra. Laura Baker (Marg Helgenberger) reconstruiu geneticamente a alienígena que agora chama-se Eve (novamente Natasha Henstridge). Na verdade, tal clonagem foi feita na tentativa de deter uma ameaça trazida pelo comandante de uma missão a Marte, o astronauta Patrick Ross (Justin Lazard), filho do senador Judson Ross (James Cromwell) o qual quer torná-lo presidente dos EUA depois da missão.
Após ser o primeiro homem a pisar no planeta vermelho, Patrick volta à terra contaminado por um DNA alienígena que o transformou em um ser que tem por única missão procriar com uma humana para colonizar a terra com sua crias híbridas. Patrick tem um companheiro da missão espacial que não foi infectado, por ser portador de uma anemia.
Quando percebe que ele mesmo se tornou um monstro e o perigo que representa, Patrick tenta acabar consigo dando um tiro na cabeça, mas o DNA alienígena regenera o dano e ele não morre. Seu colega de missão vê isso e entra em contato com o ex-militar assassino Press Lenox (Michael Madsen), membro da equipe que acabou com Sil no primeiro filme, e com a Dra. Laura, também da equipe, e relata-lhes o que aconteceu. Eles passam então a tentar deter Patrick usando Eve para atraí-lo.
No entanto, mesmo sendo mantida sob estrita vigilância, Eve consegue se comunicar telepaticamente com o alienígena. O instinto de Eve de acasalar acaba sendo forte demais e ela escapa para procriar com Patrick, o que é fatal para os humanos, já que o produto de tal união pode ser algo extremamente perigoso.
O destaque do primeiro "A Experiência" eram os efeitos visuais regulares a cargo do eficiente H.R.Giger e o bom elenco. Já nesta continuação essas duas qualidades se perdem no roteiro medíocre de Chris Brancato, baseado nos personagens criados por Dennis Feldman, e o resultado é um filme ruim, cansativo e que exagera na violência e no clima erótico, principalmente entre os alienígenas.
O diretor húngaro Peter Medak e o montador Richard Nord não conseguem o mesmo ritmo ágil do primeiro filme, que já não era uma obra-prima. Outro problema é que esta sequência tenta se levar a sério ao apresentar assuntos bem estranhos como a contaminação do astronauta numa missão a Marte, por exemplo.
Do grande elenco anterior ficaram apenas Natasha Henstridge (que continua tendo sua beleza explorada na produção), Michael Madsen e Marg Helgenberger, o que não é grande coisa pois eles não salvam o filme.
Apesar de inferiores, os efeitos visuais acabam se tornando o que de menos ruim existe no filme. "A Experiência 2 - A Mutação" estreou nos EUA dia 10/04/1998 em 2,510 salas e faturou por lá apenas US$ 19,221,939 em sua carreira na tela grande. Muito menos que o primeiro filme, mas o sucesso em vídeo doméstico explica duas novas continuações, piores ainda, feitas em 2004 e 2007
fonte http://www.cineplayers.com/
Caçador de Recompensas
3.0 1,1K Assista AgoraFazer comédia de ação é algo muito comum no cinema americano. De uns tempos para cá, no entanto, uma improvável variante se deu. A comédia de ação romântica. Desde o acachapante sucesso de Sr & sra. Smith (EUA 2005). A fórmula vem sendo repetida sem o mesmo resultado nas telas e nas bilheterias. Caçador de recompensas (The bounty hunter, EUA 2010) é o mais um filme desse sub-gênero. Estrelado pela ex do Sr. Smith Brad Pitt e por Gerard Butler (ator facilmente identificável em filmes de ação e em comédias românticas), a fita dirigida por Andy Tennant (dos agradáveis Doce lar e Hitch – conselheiro amoroso) é uma conjunção de química do casal protagonista, fórmulas batidas e bem sucedidas do filme de 2005 e clichês mais velhos do que aquela dentadura esquecida no banheiro.
Caçador de recompensas peca por sua irregularidade. Tennant não sabe adornar bem um filme de comédia que também tem uma trama de ação. Ora o filme é cômico, ora é sério. O diretor encontra dificuldades para fazer o que Doug Liman fazia com relativa naturalidade no filme de 2005. A parte esse pequeno desnível, Caçador de recompensas é um deleite. Tem boas piadas, Butler e Anniston esbanjam química, a trilha sonora pop é boa e os coadjuvantes funcionam bem.
Tudo é previsível no filme, o que já era de se esperar, mas Butler e Anniston brilham imensamente e criam personagens simpáticos e contundentes, mesmo com um roteiro esburacado. A química da dupla é realmente impressionante. O que ajuda a entender o porque do envolvimento entre eles na vida real (só para não perder o bonde, tal qual ocorrera no filme de 2005).
fonte http://claquetecultural.blogspot.com.br
Guerra Biológica
2.4 47 Assista AgoraBastante incomum esse filme na filmografia do Steven Seagal, porque ele mal bate nos capangas do filme. Pra falar a verdade, temos apenas duas cenas de ação envolvendo seu personagem, o que torna a obra menos excitante para quem estiver procurando boas cenas de briga.
Seagal é um cientista cheio de títulos e diplomas, que leva uma vida pacata e simples numa cidadezinha. Óbvio que os personagens de Seagal nunca conseguem a paz, mesmo morando em cidades minúsculas e inóspitas. Assim, a região abriga um fanático político que resolve começar uma guerra biológica, inoculando-se com um vírus e infectando todo mundo ao seu redor. O interessante é que o imbecil pensa ter uma cura para a doença, mas mais tarde ele descobre que a vacina que ele tem não funciona para aquela variedade do vírus.
Quando Seagal não resolve as coisas na força física, ele se torna o mais incrível dos cientistas. Seu personagem irá achar a cura da doença e ainda livrar a cidade do bando de fanáticos políticos (porque esses vilões sempre têm seguidores), coisa que as autoridades nunca conseguem fazer em filmes como esse.
A Guerra Biológica tem muitos furos de roteiro, mas nada que incomode tanto. O fato é que o filme é uma espécie de “Em Terreno Selvagem” (outro filme de Seagal, para os mais perdidos) sem lutas. Temos uma trama com temática biológica, valorização da natureza, respeito aos índios – elementos já apresentados em outros filmes dele como o já citado Em Terreno Selvagem e Ameaça Subterrânea – bastante superiores.
O vilão é muito bobo – um típico caipira nacionalista norte-americano, com discursos republicanos e teorias da conspiração na ponta da língua. O personagem não provoca receios (especialmente pelo intérprete bem ruinzinho), mas entra na história dos filmes do Seagal como um dos vilões com morte mais criativa que o mestre do Aikido já matou. Nunca uma taça de vinho foi tão mortal...
fonte http://midnightdrivein.blogspot.com.br/
Atração Explosiva
2.5 72 Assista AgoraRealizado pelo cineasta Andrew Sipes, "Atração Explosiva" é um filme com muitos chavões e cenas inconvincentes. Visto com expectativas maiores, o filme decepciona pelo grande número de ações gratuitas e sem lógica.
Em outras palavras, "Atração Explosiva" não é um grande filme, mas também não deve desagradar àqueles que não dispensam um espetáculo movido por muita ação e efeitos especiais.
Ok, então ele tem quase nenhum enredo e o que há não faz muito sentido. Por isso, foi condenado a ser marcada pela crítica, Ainda está longe de ser o pior filme já feito e, certamente, longe do pior no ano em que saiu (1995 foi o ano de " Showgirls ", " Waterworld ", e " Congo "
Fair Game" ,não passa de um filme de ação despretensioso , que explora a beleza sensual da top model Cindy Crawford, que não pode ser levada a serio como uma verdadeira atriz .
Starman: O Homem das Estrelas
3.4 100 Assista AgoraJohn Carpenter, o mítico diretor de “Halloween – A Noite do Terror” (1978), “Fuga de Nova York” (1981) e “O Enigma de Outro Mundo” (1982), arriscou-se em uma produção de ficção-fantasia, bem diferente do seu estilo em “Starman – O Homem das Estrelas” (1984).
A empreitada de estimados 28 milhões de dólares não foi bem de bilheteria, e não conseguiu recuperar o investimento no mercado interno. As críticas negativas de especialistas e do público prejudicaram. Até esse momento Carpenter estava com tudo nesse início de anos 80 e o resultado marcou um período de declínio em sua carreira.
Em “Starman – O Homem das Estrelas” a mudança do gênero que o consagrou – o horror – é nítida. Especula-se que foi muito em função dos sucessos de Steven Spielberg que em 1977 emplacou “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” e repetiu o sucesso em 1982 com “E.T. – O Extraterrestre”.
A trama de “Starman” é bastante simples e linear. Após o governo americano lançar uma sonda com mensagens e convite aos alienígenas para conhecerem a Terra, uma nave espacial resolve aceitar o “convite” em busca de contato pacífico com os humanos. No entanto, a nave é perseguida pelo governo logo após sua entrada em nossa atmosfera. E choca-se no interior do país. Sem meio de transporte e por não possuir uma forma física definida, a criatura de luz procura refúgio em uma cabana nas proximidades. Encontrando a jovem viúva Jenny Hayden (Karen Allen) que mantem viva a memória do falecido Scott (Jeff Bridges). A partir de uma mecha de cabelo de Scott e com as avançadas tecnologias alienígenas a criatura transforma-se no próprio Scott para facilitar sua adaptação com Jenny. Com o novo corpo ele contará com a ajuda de Jenny para se locomover ao longo de três estados e reencontrar-se com outros seres espaciais para voltar ao planeta natal.
Sob o pretexto dessa jornada de conhecimento e fuga, o alienígena irá conhecer os hábitos da nossa primitiva sociedade, convivendo com o medo inicial de Jenny até o seu clímax de fascinação e de amor, mostrando que os humanos podem ser monstruosos e ao mesmo tempo fascinantes.
Considerando o roteiro, a busca pela nave espacial “perdida” é o recurso do “McGuffin”. Funciona como a “Arca da Aliança” em “Indiana Jones e o Caçadores da Arca Perdida” (Spielberg, 1981) ou como a misteriosa maleta de “Ronin” (John Frankenheimer, 1998). A viagem de Scott e Jenny é apenas um mero ponto de partida para o diretor explorar alguns temas que sempre fascinaram a humanidade, como: estamos mesmos sozinhos? Ou qual a natureza da condição humana?
A partir disso o filme se desenvolve na forma de “road movie” e acompanharmos a dupla ser perseguida impiedosamente pela polícia, pelo exército e pelos burocratas do governo. Vamos sendo apresentados a situações que trazem reflexão sobre a natureza humana, como “amor”, “imigração” e “ecologia”. O jeito “criança” de Scott representa a pureza e nos traz a percepção de como as coisas deveriam ser em uma sociedade humanista.
A atuação de Jeff Bridges é o ponto alto do filme. O ator que estava famoso com o sucesso de outra ficção dois anos antes “Tron – Uma Odisseia Eletrônica” (Steven Lisberger, 1982) consegue sua melhor interpretação nesse início de carreira e foi indicado ao Oscar de melhor ator em 1985 pelo filme. Quem não alcançou o mesmo sucesso foi Karen Allen (a mocinha que também esteve em “Indiana Jones e os Caçadores da arca Perdida”). Ela está insonsa demais e não despertar a paixão e a identificação do público. Faltou química para o casal de protagonistas.
Carpenter não conseguiu criar cenas memoráveis na obra e o ritmo é bastante lento e repetitivo na construção de pontos de virada, chegando ao seu clímax sem grande voracidade. “Starman” é um filme que não envelheceu bem, os efeitos visuais e especiais são bastante datados quando vistos hoje. Apesar de não ter nenhuma cena inesquecível o prólogo inicial no espaço, a queda da nave e o primeiro contato de Starman com Jenny são cenas bem concebidas, incluindo a bizarra sequência de nascimento de Scott – bem ao estilo do diretor.
“Starman” não é nenhum grande filme, nem, tampouco, marcou uma época, mas é bastante interessante dentro da análise dos anos 80 em que cineastas tentaram se aproximar do modo politicamente correto com o qual Spielberg criava filmes para massas.
fonte http://planosequencia.com/jeff-bridges-um-homem-de-estrela/
O Chicote e o Corpo
3.6 63 Assista AgoraChristopher Lee tem uma excelente performance em um papel muito incomum como Kurt , um sadico . Bava sempre usa a cor tão bem e , provavelmente, muito melhor do que qualquer diretor que eu posso pensar no momento. Cada cena para ele é uma obra de arte e combatida com isso em mente. Os conjuntos góticas, trajes de época , e a trilha sonora são todos de primeira,Todos os atores fazem trabalhos decentes,Daliah Lavie de uma beleza marcante, com um rosto expressivo.
Mas a falha maior e mais proeminente no filme para mim, e aquele que realmente reduziu minha apreciação deste filme, foi o ritmo extremamente lento , mesmo para Bava, Parece uma eternidade até que algo acontece, e quando não acontece muita coisa . O filme é estranho no assunto e propositadamente vago em grande parte do enredo. Muito é esclarecido no final , mas o resultado é um longo caminho para uma pequena recompensa. .
O Homem Sombra
2.4 28 Assista AgoraA única coisa interessante é o fato da trama se passar em Bucareste, na Romênia. De resto, a produção é muito fraca.