Um dos candidatos menos prestigiados desse último Oscar, Hell Or High Water é um filme simples, de muitos acertos. Gosto muito desses filmes estilo faroeste moderno. E é claro, desnecessário dizer que Jeff Bridges rouba muito a cena nesse filme.
La Ronde me parece um filme um tanto quanto confuso do Max Ophüls. Devo admitir que a mistura entre linguagem teatral e cinematográfica, as quebras de quarta parede e etc. conferem um charme e tanto, mas ainda assim o filme não me conquistou.
É no mínimo algo diferente assistir um noir do Jean-Pierre Melville passado nos EUA, embora ainda centrado em personagens franceses. Ainda mais diferente é ver o próprio diretor atuando e bem em um dos personagens principais da trama. Dos 7 que já vi do diretor, não é o melhor, mas ainda assim muito digno de nota.
Já tinha assistido 5 filmes do Kenji Misumi, sendo quatro da hexalogia Lobo Solitário. Em Lâmina Diabólica ele trabalha com tantos elementos diferentes, folclore e superstição japonesa, por ex. Um filme samurai focado bastante na história, em vez de lutas, embora as próprias lutas também sejam muito boas. Ótimo filme.
Driving Miss Daisy é um dos vencedores do Oscar de melhor filme que ainda não tinha tido a oportunidade de conferir. Filme cativante e bonitinho, daqueles que não encontramos erros gritantes por mais que nos esforcemos, porque somos capazes de nutrir muita empatia pelos personagens. Muito bom.
Quatro Dias de Neve e Sangue é um bom filme do Hideo Gosha, mas nada muito além disso, acho que é o que menos gostei dele, embora tenha suas qualidades. Acho que o principal problema é que ele não é exatamente muito didático para o público ocidental, embora ainda seja um filme de muitos acertos.
The Pawnbroker é um filme poderoso do Sindey Lumet, um filme tenso que não parece ser uma produção americana da primeira metade dos anos 1960. Ainda não existia New Hollywood, o cinema americano ainda respirava o ar antiquado do Macarthismo e o cara tava fazendo esse filme com essa pegada moderna. Um filme além de sua época que merecia ser muito mais prestigiado.
Ordinary People não deixa de ser um filme bom e relevante, mas parece que é mais um filme vencedor do Oscar que poderia ir mais longe do que foi, como vários outros. Ao menos desmistifica um pouco aquela imagem perfeitinha da família nuclear americana. Filme bom, mas perfeitamente esquecível, lançado em um ano de filmes mais impactantes como Elephant Man e Raging Bull que sobreviveram muito melhor ao tempo.
Meu Nome Não É Johnny é um bom filme brasileiro, um dos expoentes do cinema nacional nesses últimos 10 anos, embora não seja exatamente uma obra-prima, mas um filme muito bom e relevante que merece ser assistido. E aquela sequência do João de intérprete na cadeia é um clássico!
Going My Way é um bom filme do Leo McCarey, mas é um bom filme e só, não vai além disso. Não desenvolve sua história como deveria, não se aprofunda nos personagens e muito menos na relação entre eles, como é o caso do padre que parece nutrir algo em sua amizade de longa data com a atriz/cantora, mas fica só nesse "parece". Poderia ser bem melhor, ainda mais se tratando de um vencedor do Oscar de melhor filme.
The Game me pareceu muito interessante, genial, de jogar o espectador na parede se perguntando o que aconteceu, mas que acho que teve um final decepcionante que estraga o filme. Conclusão muito nonsense para um filme que tinha tudo para ser espetacular. Entre esses extremos, darei uma nota mediana, mas já lembrando que é o filme mais fraco que assisti do David Fincher.
The Killers é um ótimo filme noir com um roteiro à la Citizen Kane, tecendo uma colcha de retalhos do passado a partir de diversos testemunhos. Não conheço muita coisa do Siodmak, mas nota-se que é um tremendo diretor.
Key Largo é um dos melhores filmes noir que assisti ultimamente. Quem disse que noir só pode se passar em Los Angeles, por que não na Florida? E francamente, quais são as chances de um filme de John Huston com Lauren Bacall e Humphrey Bogart ser decepcionante?
Daisatsujin Orochi (A Traição) de Tokuzo Tanaka é um filmaço samurai injustamente desconhecido, que merecia muito mais reconhecimento dentro do gênero e que poderia ser um clássico e tanto. Trama empolgante, personagens interessantes, ótimas cenas de luta e a sequência final desse filme é simplesmente épica.
Décimo e último filme que assisto do Juzo Itami, tendo o prazer de completar toda a filmografia desse mestre do humor japonês. Bom filme, embora seja um pouco mais fraco que o primeiro filme e tenha cometido o erro de tornar a protagonista uma mera coadjuvante de seu próprio filme.
Ageman - Contos De Uma Gueixa Dourada é um ótimo filme do Juzo Itami sobre relacionamentos na meia-idade, que mistura tradicionalismo com modernidade de uma forma um tanto quanto anacrônica.
Com A Família Louca finalmente assisto algo do diretor Gakuryû Ishii. Literalmente, um filme louco, insano mesmo, com aquele humor caótico e nonsense que o japonês sabe explorar tão bem e com tanta irreverência.
Demônio é o primeiro filme que assisto do diretor Yasuo Furuhata, já impressionado com o intenso filme que ele fez aqui, muito bem sustentado pelo grande Ken Takakura, sem falar da participação mais do que especial de Takeshi Kitano. Ótimo filme sobre Yakuza que foge de qualquer lugar-comum que o gênero possa ter criado e consagrado.
Nunca fui muito fã do Kôji Wakamatsu, para não dizer que realmente detestei os filmes dele que assisti, mas Uma Piscina Sem Água me surpreendeu. Um puta filme sobre um homem sem perspectivas que dá vida a um fetiche extremamente doentio até suas últimas consequências. Fantástico!
Abelha-Rainha é uma adaptação de uma obra do famoso detetive Kosuke Kindaichi, espécie de Sherlock Holmes da literatura japonesa, que inspirou vários filmes do Kon Ichikawa. Excelente drama policial, com um ótimo elenco que conta com Keiko Kishi e Tatsuya Nakadai.
Filme do Kon Ichikawa mais puxado pro humor, inventivo, fazendo uso por vezes da narração em primeira pessoa de um bebê e sua visão que reflete sobre as incoerências do mundo dos adultos.
Irmão Mais Novo é um drama familiar muito intenso do espetacular diretor Kon Ichikawa, dramático mesmo, com um elenco tão espetacular quanto o diretor que dispensa comentários.
Baseado em um livro de Shugoro Yamamoto, esse filme é o resultado de um ambicioso projeto que demorou mais de 30 anos para sair do papel, com roteiro assinado por quatro lendas do cinema japonês: Kon Ichikawa, Akira Kurosawa, Masaki Kobayashi e Keisuke Kinoshita. De todos eles, Kon Ichikawa foi o único que viveu para ver esse ótimo filme que ele mesmo dirigiu.
A Qualquer Custo
3.8 803 Assista AgoraUm dos candidatos menos prestigiados desse último Oscar, Hell Or High Water é um filme simples, de muitos acertos. Gosto muito desses filmes estilo faroeste moderno. E é claro, desnecessário dizer que Jeff Bridges rouba muito a cena nesse filme.
A Ronda
3.9 13 Assista AgoraLa Ronde me parece um filme um tanto quanto confuso do Max Ophüls. Devo admitir que a mistura entre linguagem teatral e cinematográfica, as quebras de quarta parede e etc. conferem um charme e tanto, mas ainda assim o filme não me conquistou.
Dois Homens em Manhattan
3.3 8É no mínimo algo diferente assistir um noir do Jean-Pierre Melville passado nos EUA, embora ainda centrado em personagens franceses. Ainda mais diferente é ver o próprio diretor atuando e bem em um dos personagens principais da trama. Dos 7 que já vi do diretor, não é o melhor, mas ainda assim muito digno de nota.
A Lâmina Diabólica
3.6 5Já tinha assistido 5 filmes do Kenji Misumi, sendo quatro da hexalogia Lobo Solitário. Em Lâmina Diabólica ele trabalha com tantos elementos diferentes, folclore e superstição japonesa, por ex. Um filme samurai focado bastante na história, em vez de lutas, embora as próprias lutas também sejam muito boas. Ótimo filme.
Conduzindo Miss Daisy
3.9 415 Assista AgoraDriving Miss Daisy é um dos vencedores do Oscar de melhor filme que ainda não tinha tido a oportunidade de conferir. Filme cativante e bonitinho, daqueles que não encontramos erros gritantes por mais que nos esforcemos, porque somos capazes de nutrir muita empatia pelos personagens. Muito bom.
Quatro Dias de Neve e Sangue
3.9 2Quatro Dias de Neve e Sangue é um bom filme do Hideo Gosha, mas nada muito além disso, acho que é o que menos gostei dele, embora tenha suas qualidades. Acho que o principal problema é que ele não é exatamente muito didático para o público ocidental, embora ainda seja um filme de muitos acertos.
O Homem do Prego
4.1 47The Pawnbroker é um filme poderoso do Sindey Lumet, um filme tenso que não parece ser uma produção americana da primeira metade dos anos 1960. Ainda não existia New Hollywood, o cinema americano ainda respirava o ar antiquado do Macarthismo e o cara tava fazendo esse filme com essa pegada moderna. Um filme além de sua época que merecia ser muito mais prestigiado.
Gente Como a Gente
3.8 143 Assista AgoraOrdinary People não deixa de ser um filme bom e relevante, mas parece que é mais um filme vencedor do Oscar que poderia ir mais longe do que foi, como vários outros. Ao menos desmistifica um pouco aquela imagem perfeitinha da família nuclear americana. Filme bom, mas perfeitamente esquecível, lançado em um ano de filmes mais impactantes como Elephant Man e Raging Bull que sobreviveram muito melhor ao tempo.
Meu Nome Não é Johnny
3.5 1,0K Assista AgoraMeu Nome Não É Johnny é um bom filme brasileiro, um dos expoentes do cinema nacional nesses últimos 10 anos, embora não seja exatamente uma obra-prima, mas um filme muito bom e relevante que merece ser assistido. E aquela sequência do João de intérprete na cadeia é um clássico!
O Bom Pastor
3.2 36Going My Way é um bom filme do Leo McCarey, mas é um bom filme e só, não vai além disso. Não desenvolve sua história como deveria, não se aprofunda nos personagens e muito menos na relação entre eles, como é o caso do padre que parece nutrir algo em sua amizade de longa data com a atriz/cantora, mas fica só nesse "parece". Poderia ser bem melhor, ainda mais se tratando de um vencedor do Oscar de melhor filme.
Vidas em Jogo
3.8 723 Assista AgoraThe Game me pareceu muito interessante, genial, de jogar o espectador na parede se perguntando o que aconteceu, mas que acho que teve um final decepcionante que estraga o filme. Conclusão muito nonsense para um filme que tinha tudo para ser espetacular. Entre esses extremos, darei uma nota mediana, mas já lembrando que é o filme mais fraco que assisti do David Fincher.
Os Assassinos
3.8 61 Assista AgoraThe Killers é um ótimo filme noir com um roteiro à la Citizen Kane, tecendo uma colcha de retalhos do passado a partir de diversos testemunhos. Não conheço muita coisa do Siodmak, mas nota-se que é um tremendo diretor.
Paixões em Fúria
3.8 30 Assista AgoraKey Largo é um dos melhores filmes noir que assisti ultimamente. Quem disse que noir só pode se passar em Los Angeles, por que não na Florida? E francamente, quais são as chances de um filme de John Huston com Lauren Bacall e Humphrey Bogart ser decepcionante?
Spider: Desafie Sua Mente
3.5 108 Assista AgoraTá aí um filme do David Cronenberg que não me conquistou, nem de longe.
A Traição
3.9 5Daisatsujin Orochi (A Traição) de Tokuzo Tanaka é um filmaço samurai injustamente desconhecido, que merecia muito mais reconhecimento dentro do gênero e que poderia ser um clássico e tanto. Trama empolgante, personagens interessantes, ótimas cenas de luta e a sequência final desse filme é simplesmente épica.
A Volta da Coletora de Impostos
3.5 1Décimo e último filme que assisto do Juzo Itami, tendo o prazer de completar toda a filmografia desse mestre do humor japonês. Bom filme, embora seja um pouco mais fraco que o primeiro filme e tenha cometido o erro de tornar a protagonista uma mera coadjuvante de seu próprio filme.
Ageman - Contos de uma Gueixa Dourada
3.7 1Ageman - Contos De Uma Gueixa Dourada é um ótimo filme do Juzo Itami sobre relacionamentos na meia-idade, que mistura tradicionalismo com modernidade de uma forma um tanto quanto anacrônica.
Família Maluca
4.0 6Com A Família Louca finalmente assisto algo do diretor Gakuryû Ishii. Literalmente, um filme louco, insano mesmo, com aquele humor caótico e nonsense que o japonês sabe explorar tão bem e com tanta irreverência.
Demônio
4.0 1Demônio é o primeiro filme que assisto do diretor Yasuo Furuhata, já impressionado com o intenso filme que ele fez aqui, muito bem sustentado pelo grande Ken Takakura, sem falar da participação mais do que especial de Takeshi Kitano. Ótimo filme sobre Yakuza que foge de qualquer lugar-comum que o gênero possa ter criado e consagrado.
A Pool Without Water
3.8 4Nunca fui muito fã do Kôji Wakamatsu, para não dizer que realmente detestei os filmes dele que assisti, mas Uma Piscina Sem Água me surpreendeu. Um puta filme sobre um homem sem perspectivas que dá vida a um fetiche extremamente doentio até suas últimas consequências. Fantástico!
Abelha-Rainha
4.0 1Abelha-Rainha é uma adaptação de uma obra do famoso detetive Kosuke Kindaichi, espécie de Sherlock Holmes da literatura japonesa, que inspirou vários filmes do Kon Ichikawa. Excelente drama policial, com um ótimo elenco que conta com Keiko Kishi e Tatsuya Nakadai.
I Am Two Years Old
2.8 2Filme do Kon Ichikawa mais puxado pro humor, inventivo, fazendo uso por vezes da narração em primeira pessoa de um bebê e sua visão que reflete sobre as incoerências do mundo dos adultos.
Irmão Mais Novo
3.7 3Irmão Mais Novo é um drama familiar muito intenso do espetacular diretor Kon Ichikawa, dramático mesmo, com um elenco tão espetacular quanto o diretor que dispensa comentários.
Dora-heita
4.0 1Baseado em um livro de Shugoro Yamamoto, esse filme é o resultado de um ambicioso projeto que demorou mais de 30 anos para sair do papel, com roteiro assinado por quatro lendas do cinema japonês: Kon Ichikawa, Akira Kurosawa, Masaki Kobayashi e Keisuke Kinoshita. De todos eles, Kon Ichikawa foi o único que viveu para ver esse ótimo filme que ele mesmo dirigiu.