Vejo alguns comentários sobre o filme possuir um olhar "estrangeirizado" do país. Discordo e muito! Mas para perceber isso, é primeiro necessário deixar de ver o filme como um filme sobre O Brasil. Pois ele é sobre Orfeu, Eurídice e seu carnaval. O filme só se torna um retrato d'O Brasil para justamente quem não o conhece, pois é na verdade um singelo retrato de UM Brasil, através de uma bela história e em uma bela cidade.
A melhor versão que assisti até agora. Tem uma barriga no meio, quando se demora um pouco demais na relação Daisy/Gatsby, porém senti que conseguiu capturar bem o espírito do livro. Foi bem feito sobretudo no mistério inicial sobre Gatsby, que é o que nos permite entrar verdadeiramente na relação com o filme. Ressalto ainda que o Redford tentou bastante, mas não era a pessoa certa para esse papel mesmo.
Apesar de contar com um final bom, o filme não consegue nos fazer conectar emocionalmente com os personagens no início, o que prejudica a experiência como um todo. Além dessa primeira parte maçante, o estilo de narração adotado, bem como outras características dos diálogos e cenários, retira qualquer sutileza que a obra original contém, nos jogando na cara todas as coisas que poderiam ser deixadas subentendidas, o que termina por eliminar o mistério e a fascinação que motivariam o enredo.
Continuou na mesma levada da primeira, o que é um feito. Porém, senti falta de alguns contextos que já devem ser óbvios para quem já assistiu as outras séries de Star Wars. Como não é meu caso, senti algumas coisas meio jogadas e que o desenvolvimento da história do personagem principal às vezes ficava em segundo plano, enquanto os fan-services eram desculpas para a aventura. Fiquei interessado em onde levarão a história agora.
A série começou muito boa, mas esse negócio de o pessoal virar poeirinha é nível "De volta para o Futuro" de viagem no tempo. Além disso, temporada ficou chata demais, pois não conseguiu ir mudando aos poucos a concepção e manter o mistério se desvelando num nível constante. Foi uma bomba de revelação no final, mas até chegar lá foi um parto de chatice com coisas que a gente já meio que sabia que ia acontecer na linha principal (ou pelo menos dava pra intuir). Foi tipo ver uma grande recapitulação de episódios passados durante 80% do tempo.
Velho, eu assisti esse filme semana passada, tava na minha lista há um tempão. Devia ter ficado na lista mesmo.
Pqp, que filme ruim. Só tem meia graça no início, descamba pra umas piadas sobre velhinha sofrendo e finaliza com um discurso moral que absolutamente NINGUÉM conseguiria defender sem o efeito de psicotrópicos. Sem falar na parte de caricaturismo de religiões de matriz africana e da personagem jornalista que
Na primeira metade do filme, os diretores pretendem estabelecer um contrato com o espectador, que eu poderia resumir no seguinte termo: "esse cara é um bosta, um ser patético... mas você vai torcer por ele".
Eles te fazem aceitar essa proposta não pela sedução, até porque seria inútil ir por esse caminho, mas pela pura força bruta. A trama e as cenas são desorientantes, confusas. Muita informação, muitos personagens, e o enredo pega um desvio assim que você acha que sacou pra onde vai. Apenas duas infos são essenciais nesse início e, devido à agitação frenética do resto, é nelas que você se apega: Adam Sandler tá devendo uma grana alta, e ele só tá tomando decisão errada.
É a partir daí que os Safdie sacam a arma secreta pra fazer o espectador se engajar no filme: pena. Eles querem que você tenha pena do Howard. E, convenhamos, se tem alguém com experiência no departamento "personagens dignos de pena", esse ator é o Adam Sandler, o que explica o casamento perfeito entre ator e papel.
É como um roteiro de filme de assalto a banco às avessas. O cara vai a todo momento estruturando planos e tentando andar no fio da navalha, só que literalmente tudo dá errado, e a única ação que ele consegue fazer é ficar saindo de um buraco pra entrar no outro. Até quando ele tem o "direito moral" de se dar bem, pela sua perspicácia na primeira aposta, a realidade chega pra dar uma rasteira nele.
Quando finalmente vemos ele quebrar por completo, na cena em que chora para a amante, chega a dar um alívio. Ele se deu mal, mas pelo menos vai ter uma graninha pra pagar e apaziguar a situação. A sensação de crise de ansiedade que vem se mantendo desde o início começa a diminuir. E então começa o clímax do longa.
Entendo quem não xingou em voz alta quando o KG errou aquele lance livre. Nem todo mundo tem coração, e quem não tem geralmente não tem culpa disso. Foi nesse momento que eu percebi o quanto estava investido na tragédia que se formava, e isso é mérito dos diretores e do ótimo Adam Sandler. E quando o final feliz veio e foi brutalmente arrancado, deixando aquele gostinho de apatia misturado com desolação, reconheci que tinha de fato assistido um filme fora de série.
Quando Scorcese criticou os filmes de super-herói comparando-os com atrações de parque de diversão, ele ainda não tinha assistido esse filme, creio eu. Se não, teria percebido que a comparação é descabida, e de nenhuma forma diferencia cinema de outra coisa. Joias Brutas é um exemplo genuíno de montanha-russa em forma de filme, que desacelera apenas nos momentos certos, antes das grandes quedas. E que passeio alucinante este filme me proporcionou.
Publicado também em meu blog: https:// blogcomoeuvejo . wordpress . com /2020/01/31/joias-brutas-2019-analise/
Muito se fala do pós-terror. Vi muito esse filme swndo indicado como um dos elementos desse fenômeno. Porém, após assisti-lo, não percebi nenhum elemento claro que o diferenciasse de um filme de "terror clássico". Acho que essa classificação de pós-terror está sendo utilizada apenas como um indicativo de terror "bom", já que por muito tempo o gênero sofreu com desprezo da crítica e baixo orçamento. Se alguém puder dar uma luz sobre o assunto, tamos aí.
O Legado de Júpiter (1ª Temporada)
2.7 172 Assista AgoraSó os flashbacks que são interessantes e nem são tão interessantes assim.
Vicky Cristina Barcelona
3.8 2,1KTem uma história gostosa.
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraÉ um filme quieto.
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 798 Assista AgoraComo atua bem esse Mads hein pqp. A diferença entre ele melancolico no início com ele alegrinho assim que começa o "experimento".
Orfeu do Carnaval
3.7 124 Assista AgoraVejo alguns comentários sobre o filme possuir um olhar "estrangeirizado" do país. Discordo e muito! Mas para perceber isso, é primeiro necessário deixar de ver o filme como um filme sobre O Brasil. Pois ele é sobre Orfeu, Eurídice e seu carnaval. O filme só se torna um retrato d'O Brasil para justamente quem não o conhece, pois é na verdade um singelo retrato de UM Brasil, através de uma bela história e em uma bela cidade.
A Despedida
4.0 298Simples, bonito e profundamente familiar.
The Stand
3.1 65Parece uma série dos anos 90, só que feita hoje. E isso é um problema.
Soul
4.3 1,4KUma perfeita representação do "sonho" prometido pelo neoliberalismo democrata americano.
O Jerry é um violão.
Até o Céu Tem Limites
3.9 3Ótimo filme, e achei curioso como esse tomou muito mais liberdades em relação à obra original que os outros. Vale a pena ver.
O Grande Gatsby
3.6 137 Assista AgoraA melhor versão que assisti até agora. Tem uma barriga no meio, quando se demora um pouco demais na relação Daisy/Gatsby, porém senti que conseguiu capturar bem o espírito do livro. Foi bem feito sobretudo no mistério inicial sobre Gatsby, que é o que nos permite entrar verdadeiramente na relação com o filme. Ressalto ainda que o Redford tentou bastante, mas não era a pessoa certa para esse papel mesmo.
O Grande Gatsby
3.2 6Melhor que o de 2013, pelo menos. Conseguiu capturar melhor a sutileza do livro, ainda que não tenha tido a mesma quantia de dinheiro produzindo.
O Grande Gatsby
3.9 2,7K Assista AgoraApesar de contar com um final bom, o filme não consegue nos fazer conectar emocionalmente com os personagens no início, o que prejudica a experiência como um todo. Além dessa primeira parte maçante, o estilo de narração adotado, bem como outras características dos diálogos e cenários, retira qualquer sutileza que a obra original contém, nos jogando na cara todas as coisas que poderiam ser deixadas subentendidas, o que termina por eliminar o mistério e a fascinação que motivariam o enredo.
Cobra Kai (3ª Temporada)
4.1 296 Assista AgoraDemora um pouco pra pegar aquele fogo característico, mas quando pega ninguém apaga!! Só porrada boa.
Enola Holmes
3.5 816 Assista AgoraPodia ser menos meloso, mas acho que isso já vem na proposta do filme.
O Mandaloriano: Star Wars (2ª Temporada)
4.5 445 Assista AgoraContinuou na mesma levada da primeira, o que é um feito. Porém, senti falta de alguns contextos que já devem ser óbvios para quem já assistiu as outras séries de Star Wars. Como não é meu caso, senti algumas coisas meio jogadas e que o desenvolvimento da história do personagem principal às vezes ficava em segundo plano, enquanto os fan-services eram desculpas para a aventura. Fiquei interessado em onde levarão a história agora.
Big Mouth (4ª Temporada)
4.1 62 Assista AgoraBig mouth não é tão engraçado o quanto é esperto, mas quando é mais esperto, é mais engraçado.
Dark (3ª Temporada)
4.3 1,3KMeh...
A série começou muito boa, mas esse negócio de o pessoal virar poeirinha é nível "De volta para o Futuro" de viagem no tempo. Além disso, temporada ficou chata demais, pois não conseguiu ir mudando aos poucos a concepção e manter o mistério se desvelando num nível constante. Foi uma bomba de revelação no final, mas até chegar lá foi um parto de chatice com coisas que a gente já meio que sabia que ia acontecer na linha principal (ou pelo menos dava pra intuir). Foi tipo ver uma grande recapitulação de episódios passados durante 80% do tempo.
O Candidato Honesto
2.5 432 Assista AgoraVelho, eu assisti esse filme semana passada, tava na minha lista há um tempão.
Devia ter ficado na lista mesmo.
Pqp, que filme ruim. Só tem meia graça no início, descamba pra umas piadas sobre velhinha sofrendo e finaliza com um discurso moral que absolutamente NINGUÉM conseguiria defender sem o efeito de psicotrópicos. Sem falar na parte de caricaturismo de religiões de matriz africana e da personagem jornalista que
se apaixona pelo Hassum por causa de um complexo de Édipo mal resolvido.
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraÉ um filme difícil, e, justamente por isso, muito belo.
Fora de Série
3.9 493 Assista AgoraÉ o Superbad da próxima geração. E é melhor.
Salve Satanás?
3.8 30Ave Satanas, meu laicizado!!
Joias Brutas
3.7 1,1K Assista AgoraNa primeira metade do filme, os diretores pretendem estabelecer um contrato com o espectador, que eu poderia resumir no seguinte termo: "esse cara é um bosta, um ser patético... mas você vai torcer por ele".
Eles te fazem aceitar essa proposta não pela sedução, até porque seria inútil ir por esse caminho, mas pela pura força bruta. A trama e as cenas são desorientantes, confusas. Muita informação, muitos personagens, e o enredo pega um desvio assim que você acha que sacou pra onde vai. Apenas duas infos são essenciais nesse início e, devido à agitação frenética do resto, é nelas que você se apega: Adam Sandler tá devendo uma grana alta, e ele só tá tomando decisão errada.
É a partir daí que os Safdie sacam a arma secreta pra fazer o espectador se engajar no filme: pena. Eles querem que você tenha pena do Howard. E, convenhamos, se tem alguém com experiência no departamento "personagens dignos de pena", esse ator é o Adam Sandler, o que explica o casamento perfeito entre ator e papel.
É como um roteiro de filme de assalto a banco às avessas. O cara vai a todo momento estruturando planos e tentando andar no fio da navalha, só que literalmente tudo dá errado, e a única ação que ele consegue fazer é ficar saindo de um buraco pra entrar no outro. Até quando ele tem o "direito moral" de se dar bem, pela sua perspicácia na primeira aposta, a realidade chega pra dar uma rasteira nele.
Quando finalmente vemos ele quebrar por completo, na cena em que chora para a amante, chega a dar um alívio. Ele se deu mal, mas pelo menos vai ter uma graninha pra pagar e apaziguar a situação. A sensação de crise de ansiedade que vem se mantendo desde o início começa a diminuir. E então começa o clímax do longa.
Entendo quem não xingou em voz alta quando o KG errou aquele lance livre. Nem todo mundo tem coração, e quem não tem geralmente não tem culpa disso. Foi nesse momento que eu percebi o quanto estava investido na tragédia que se formava, e isso é mérito dos diretores e do ótimo Adam Sandler. E quando o final feliz veio e foi brutalmente arrancado, deixando aquele gostinho de apatia misturado com desolação, reconheci que tinha de fato assistido um filme fora de série.
Quando Scorcese criticou os filmes de super-herói comparando-os com atrações de parque de diversão, ele ainda não tinha assistido esse filme, creio eu. Se não, teria percebido que a comparação é descabida, e de nenhuma forma diferencia cinema de outra coisa. Joias Brutas é um exemplo genuíno de montanha-russa em forma de filme, que desacelera apenas nos momentos certos, antes das grandes quedas. E que passeio alucinante este filme me proporcionou.
Publicado também em meu blog: https:// blogcomoeuvejo . wordpress . com /2020/01/31/joias-brutas-2019-analise/
What Did Jack Do?
3.2 139Ficou meia hora esperando o café, mas quando chegou nem provou.
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraMuito se fala do pós-terror. Vi muito esse filme swndo indicado como um dos elementos desse fenômeno. Porém, após assisti-lo, não percebi nenhum elemento claro que o diferenciasse de um filme de "terror clássico". Acho que essa classificação de pós-terror está sendo utilizada apenas como um indicativo de terror "bom", já que por muito tempo o gênero sofreu com desprezo da crítica e baixo orçamento. Se alguém puder dar uma luz sobre o assunto, tamos aí.