Uma comédia meio nosense bem divertida, fui assistir meio despretensioso e acabei rindo alto em diversos momentos... Plots absurdos que divertem (quando quase fica repetitivo eles criam autoconsciência e zoam a ideia), umas piadas bem okay
(a cena dela tirando a bala do braço dele é das minhas favoritas no filme)
, personagens simples, praticamente rasos mas bem construídos para suas funções. Pontuando destaques no elenco eu pensaria no Lamorne Morrison e o Billy Magnussen mas o resto do elenco não compromete em momento algum. Uma direção coesa, o filme não tenta ser muito mais do que é. Uma comédia funcional, despretensiosa e que flerta com momentos de ação
Dentro de sua proposta é um trabalho excelente. Um debate sobre musica, sobre guitarra, sobre rock proposto a três músicos geniais que enxergam cada qual o instrumento de um jeito e viveram o rock em um período. Seja pelo prazer em ouvir as histórias, ouvir as musicas sendo tocados por esses gênios, sobre o valor que a musica teve na vida de cada um deles o documentário é um filmaço para fãs de musica, de guitarra, de rock e pq não de bons papos entre colegas. (um ps.: tem uma galera que "pega no pé" do Edge por achar que ele é está abaixo dos seus compatriotas de filme mas é exatamente por ser tão diferente de Page e White (que bebem mt da escola do blues por ex.) que é interessante a presença dele ali, ele apresenta um novo ponto de vista sobre o instrumento)
Demorei um pouco pra assistir a esse, escolhi não ir ver no cinema e fui bombardeado por opiniões negativas de amigos... ai assisti (esperando o pior) O filme tem furos de roteiro, uma montagem confusa, uma linearidade narrativa previsível e pouco emocionante mas não achei horrível como me foi dito. O principal demérito do filme ao meu ver está no desrespeito com seu antecessor (eu sou dos que AMA o episódio oito). E esse filme esforça-se mais para desconstruir coisas construídas no 8 ( e que foram MUITO bem construídas) do que em continuar a história. O humor do filme não me pegou nem um pouco mas beleza, num é uma comédia. A Ray é uma personagem potencialmente genial e que é desperdiçada
mesmo que a redenção do mesmo tenha sido previsível, não deixa de ser bonita, ele tem um belo arco e alcança parte relativa do seu potencial narrativo
Enfim, o filme tem momentos bonitinhos, um visual bonito, a trilha nunca falha, arcos que funcionam e arcos que não(queria mt ver o rumo que o Rian Johnson daria pra história)... mas no geral perde o potencial de ser uma boa trilogia(tem bons personagens e atores pra isso) para ser um entretenimento assistivel
Uma mistura de "Nerve"(melhorado) com "John Wick"(piorado), cheio de violência, referencias a cultura pop, neon e um humor semi-tosco (que funciona em alguns momentos em outros não funciona nem um pouco), se existe uma tentativa de critica no filme (e acho que existe) ela é fraca e mal escrita. Assumo que adoro ver os filmes que o xará Radcliffe faz pós Harry Potter pq ele escolhe mt projeto fora da casinha (ou pelo menos "diferente"), inclusive falando em atuação só ele salva, socorro. O filme é um pouco cansativo, deveras previsível mas acabou me divertindo pelas cenas de ação e frenesi (o filme é ação atrás de ação). Em alguns momentos a "tosqueira" me lembrou Planeta Terror também...
Amo as animações da DC, tendem a ser bem executadas e fiéis aos quadrinhos, Nunca li Entre a Foice e o martelo, porém sempre tive vontade, a premissa de um Super homem nascido na união soviética é bem interessante... a animação é tecnicamente competente (e só isso) e talvez seja fiel a HQ mas o que temos aqui é 1 hora e meia(quase) de pagação de pau para a busca dos EUA e do tal "sonho americano". Ao invés de uma discussão aberta e interessante sobre ideais, distorção de ideias, papel da mídia, papel do governo... oportunidade desperdiçada para babar ovo dos EUA, fazer propaganda anticomunista de maneira descarada e mal construída. Me decepcionei mt (expectativa é osso rapazeada)
Fazia muito tempo que não assistia a esse filme. Resolvi rever e me surpreendi com o quão musical ele é. Sua montagem toda existe em cima de blocos musicais (alias, belíssima trilha sonora recheada de clássicos do Rock que conversam bem com a trama) e sua narrativa é construída em cima desses mesmos blocos que soam quase como pequenas esquetes. Filme humano (como Linklater sempre entrega, embora acho que esse seja o filme mais descompromissado do diretor, ele só se diverte com o role sem moralismo algum~bom ou ruim vai da sua visão) e cheio de simplicidades doidas que para alguns pode soar como "nada acontece" mas é meio que a vida né? Um retrato de um dia na juventude 70tista que não precisa de um protagonista, o coletivo é protagonista (Vale também pra se divertir com os alright do Matthew Mcconaughey de bigodin)
Um relato bem bonito sobre o crescimento e auto conhecimento de um homem (muito bem interpretado pelo sr. Brad Pitt) em paralelo a "queda" de uma nação de princípios muito fortes (o Tibete pré-durante ocupação chinesa). O filme não foge muito de clichês e pode beirar o brega mas é bem gostoso de assistir e vale algumas reflexões bacanas. Uma boa historia a ser contada
Comédia leve, com trama absurda (e ai está grande parte do humor do filme) e uma excelente química entre a dupla de protagonistas (Gene Wilder e Richard Pryor muito bem juntos, um eleva o outro). O ato final (o filme tem seus atos bem definidos) pra mim perde um pouco do impacto cômico e dramático mas nada que prejudique uma bela comédia simples e absurda.
Um filme que usa como figura central um Adam Sandler que mostra aqui um misto de sua faceta mais dramática (como em Reine Sobre Mim) com um humor meio constrangedor (como no Embriagado de Amor) funciona como uma obra a beira de um ataque de nervos, os personagens gritam em cobranças numa escada de operações e malandragens que parece nunca acabar. Uma decisão sempre leva a outra que leva a outra que leva a outra... E assim somos levados nesse jornada aparentemente simples e com um final amargo e seco (o que não é ruim, pelo contrário) no contexto da agiotagem e mafias contemporâneas. O filme é, como o titulo aponta uma joia bruta.
Revi recentemente toda a trilogia e me surpreendeu muito o como a direção do Sam Raimi tem uma mão pesada autoral ali. O diretor que até então havia trabalho em filmes de terror e de orçamento mais modestos traz essa marca pro Homem-Aranha, tendo momento que muito lembram filmes de terror B oitentista, um humor bobo (mas muito funcional, na minha opinião) e se prende a alguns clichês bem clássicos
(como a mocinha que é sequestrada pelo vilão para chamar a atenção do herói ~~isso rola nos três filmes e eu nem lembrava, MJ a maior vitima de sequestros vilanescos em NY do cinema).
Mas o filme é um marco de heróis, estabelecendo padrões, criando um publico, um clássico do gênero que hoje virou uma desgastada e repetitiva multi industria bilionária pra disney. O Tobey Maguire sempre vai ser o Miranha do meu coração e eu sempre vou me divertir vendo essa trilogia. (um PS.: Pra destacar o J.K Simmons e Rosemary Harris que estão geniais nos três filmes e o Dafoe que agrega muito nesse primeiro/Alfred Molina que agrega muito no segundo e a trilha sonora icônica do Danny Elfman que me marcou pra sempre)
Belo projeto, a ideia central é forte, é desenvolvida com naturalidade e um certo otimismo (não sei se gosto mas é a escolha narrativa do filme e é bem realizada), Glover tá bem (talvez interpretando o próprio Glover mas convence~~principalmente pra quem já é fã), Rihanna infelizmente não convence mas não prejudica e a criação de mundo é sensacional, imersiva e alegórica sendo provavelmente o ponto alto do filme, do figurino a fotografia tudo é muito palpável e atemporal. A escolha da duração de 55 minutos é certeira fazendo do filme algo bem direto e trazendo uma simplicidade acolhedora a trama que é forte e aborda uma realidade da cultura popular e a sua importância no combate a uma exploração alienante.
Durante a primeira metade do filme Fincher nos prende com o mistério dos assassinatos, sua violência e suas mensagens codificadas... Ele estabelece a ameaça com maestria entretanto no avançar do filme desconstrói sua solução, desde a "confusão" de protagonista (o filme tem um protagonista que cresce no decorrer da história, só se tornando protagonista em sua metade final) até o fato de que o caso cada vez mais se mostra um beco sem saída, não existe a satisfação da solução e com o decorrer das décadas toda a ameaça construída com maestria é caída no esquecimento das personagens do filmes (mas não do espectador que ainda anseia por respostas) e conclui tudo sem um desfecho ou confronto tradicional
Um suspense subversivo muito bem dirigido, atuado e fotografado sobre vidas dedicadas a suas profissões e o preço da frustração.... nem sempre temos as respostas que queremos
Sou grande fã do cinema do Jarmusch e adorei quando fiquei sabendo que ele faria um filme de zumbis com Tilda Swinton, Adam Driver e Bill Murray... ao assistir o filme uma surpresa(?). O filme é diferente de qualquer filme de zumbi. Desde o primeiro minuto de filme somos informados que é um filme de zumbi e que não vai terminar bem (a quebra da quarta parede pela personagem do Adam Driver foi meu ponto favorito do filme) o que total mata o suspense de forma proposital... Quando os zumbis enfim aparecem eles são neutros, não há espetáculo nenhum na presença deles, não há entretenimento ali. O filme tem uns momentos "paródia" divertidos como a citação exacerbada da musica tema, o abandono de arcos que aparentemente não são relevantes pro filme ou o fato de os protagonistas terem a consciência de que estão num filme e são peça de um roteiro (ou de uma rotina?), o filme que acaba do nada (e com direito a narração tosca em voz-off). O filme brinca com a obviedade e é de uma apatia proposital quase que irritante (como a maioria dos comentários negativos comprova hehe) mas de qualquer forma tá longe de ser o trabalho mais sutil, inteligente ou intimo do Jarmusch... como diz o diretor pela voz de Adam Driver: "This is going to end badly"
Obra incrível do Robert Eggers, que desde A Bruxa se mostra um diretor com uma pegada bem autoral e sem medo de construir uma identidade própria em seus filmes. O Farol não se prende a um gênero especifico, flertando com fantasia, drama, estudo de personagem, terror psicológico e em determinados momentos até humor. O filme se sustenta nas brilhantes atuações de Dafoe (que tem um dos melhores monólogos dos últimos anos no cinema) e do Pattinson, uma fotografia forte (a escolha do preto e branco e do formato 1.19:1 se justifica) e do lirismo quase surreal narrativo do filme, que começa rotineiro e ganha força brutal de forma gradativa e natural... o filme em alguns momentos me lembrou "Persona" do Bergman e "Anticristo" do Von Trier na proposta de reflexão a respeito da loucura humana quando em isolamento, entretanto, sempre com uma linguagem própria. Resumindo, filme bem interessante sobre obsessão, prazer, relações humanas, trabalho, busca por saber e tudo mais que a subjetividade do filme permite ao espectador captar e criar no abstrato espaço que o filme nos abre...
Fui ver esperando um "Prenda-me se for capaz" genérico e me surpreendi com a qualidade e personalidade do filme... muito disse se deve a grande atuação de Wagner Moura e ao como seu personagem é construído. Não há um charmoso camaleão aqui e sim um jovem (que desde a primeira) cena tem grande dificuldade em encontrar e aceitar o seu "eu"
Fui esperando algo no nivel do documentário e me decepcionei um bocado. A escolha de contar a história pelo ponto de vista da Liz (Lily Collins a melhor coisa do filme) é uma escolha interessante e que poderia gerar bons momentos mas não os gera. A ideia doida de contar a história do assassino sem mostrar um assassinato também é interessante mas acaba por gerar um vazio que deveria ser preenchido com um suposto "charme" ou "inteligência" do assassino mas não o é. O filme não é ruim mas é esquecível e peca ao agir como se a culpa de Bundy fosse um mistério a só ser revelado no final. A ausência de um olhar critico do filme sobre tudo que se ocorreu é bem grave.
Filme sensível, simples e real como Baumbach sempre entrega. O cara tem uma capacidade lindíssima de transformar a vida em poesia e arte de uma forma extremamente cativante e relevante. No filme, Baumbach ainda toma a bela decisão (na minha opinião) de não tomar partido na história, nos apresentando personagens humanos, com falhas, acertos, certezas, incertezas e muito bem interpretados por Scarlett Johansson (talvez minha atuação favorita dela) e Adam Driver. Um dos meus filmes favoritos no ano, sobre amor, se adaptar, dinheiro, arte... sobre vida.
Se você espera um bom filme de terror esse não é o filme pra você, divertido "Historias Assustadoras" é um horror juvenil com criaturas bem desenhadas (como é padrão em filmes na qual Del Toro se envolve) o filme remete a obras de Stephen King, contudo sem a qualidade narrativa e personagens interessantes do citado. O diretor tem dificuldade em criar situações de susto ou de medo genuínos. Historias Assustadoras para contar no escuro não nos conta historias de fato assustadoras mas diverte como um potencial sessão da tarde mais teen.
Um filme dificil, extremamente alegórico. Um filme sobre a ação, o foco do espectador na ação simplesmente pela ação Como a metáfora do jogo de futebol, buscamos sempre assistir a bola e não prestamos atenção no goleiro. E o filme começa assim, sem ação, sem que prestemos de fato atenção no goleiro... até que movido por uma ação absolutamente despropositada
e então em sua fuga vemos novamente essa premissa, ele está ao lado de torres de vigia e mesmo assim ninguém o reconhece pelo crime cometido, mesmo ao final, quando seu retrato está nos jornais, ninguém o reconhece, ele não promove a ação, ele é passivo dela, ele tem um momento de foco e nada mais, que é quando a bola vai ao gol
Filme bem alegórico, com alguns poucos momentos marcantes, criticas atuais (desde o titulo "US" brincando com United States), o filme trata de maneira bacana, mas um pouco obvia, sobre a nossa percepção sobre nós mesmos e nosso papel ativo perante a uma sociedade de "liberdade" (será que essa liberdade de fato existe?)... Mas esperava mais, acho que fui com o hype lá em cima e o desenvolver da história não é satisfatório o suficiente, o final tenta se recuperar com um plot que até é bacana mas é previsível e os momentos de comédia são mais interessantes que os de horror, o filme não é muito tenso (o que o trailer e os comentários que vi tinham meio que me "vendido"), o que foi um pouco decepcionante. Resumindo, o filme é legal, a ideia original é criativa, diverte mas é previsível e se perde no final.
Filme absolutamente sensitivo. Pra sentir e não pra compreender. Sem pé na cabeça o filme traz ao espectador sensações, sentimentos abusando do "nosense" como estilo narrativo e até estético
. Senti um paralelo muito grande com a obra Metamorfose do Kafka, com o "bebê" como representação externa da metamorfose e fobia do protagonista,do seu medo social, vergonha e total alienação ao mundo externo
A Noite do Jogo
3.5 671 Assista AgoraUma comédia meio nosense bem divertida, fui assistir meio despretensioso e acabei rindo alto em diversos momentos...
Plots absurdos que divertem (quando quase fica repetitivo eles criam autoconsciência e zoam a ideia), umas piadas bem okay
(a cena dela tirando a bala do braço dele é das minhas favoritas no filme)
A Todo Volume
4.3 142 Assista AgoraDentro de sua proposta é um trabalho excelente. Um debate sobre musica, sobre guitarra, sobre rock proposto a três músicos geniais que enxergam cada qual o instrumento de um jeito e viveram o rock em um período. Seja pelo prazer em ouvir as histórias, ouvir as musicas sendo tocados por esses gênios, sobre o valor que a musica teve na vida de cada um deles o documentário é um filmaço para fãs de musica, de guitarra, de rock e pq não de bons papos entre colegas.
(um ps.: tem uma galera que "pega no pé" do Edge por achar que ele é está abaixo dos seus compatriotas de filme mas é exatamente por ser tão diferente de Page e White (que bebem mt da escola do blues por ex.) que é interessante a presença dele ali, ele apresenta um novo ponto de vista sobre o instrumento)
Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker
3.2 1,3K Assista AgoraDemorei um pouco pra assistir a esse, escolhi não ir ver no cinema e fui bombardeado por opiniões negativas de amigos... ai assisti (esperando o pior)
O filme tem furos de roteiro, uma montagem confusa, uma linearidade narrativa previsível e pouco emocionante mas não achei horrível como me foi dito. O principal demérito do filme ao meu ver está no desrespeito com seu antecessor (eu sou dos que AMA o episódio oito). E esse filme esforça-se mais para desconstruir coisas construídas no 8 ( e que foram MUITO bem construídas) do que em continuar a história. O humor do filme não me pegou nem um pouco mas beleza, num é uma comédia. A Ray é uma personagem potencialmente genial e que é desperdiçada
ao ser neta do imperador?? eu amava ela como ninguém, era um simbolo de que a força está em todos e não no seu sobrenome
mesmo que a redenção do mesmo tenha sido previsível, não deixa de ser bonita, ele tem um belo arco e alcança parte relativa do seu potencial narrativo
Enfim, o filme tem momentos bonitinhos, um visual bonito, a trilha nunca falha, arcos que funcionam e arcos que não(queria mt ver o rumo que o Rian Johnson daria pra história)... mas no geral perde o potencial de ser uma boa trilogia(tem bons personagens e atores pra isso) para ser um entretenimento assistivel
Armas em Jogo
3.1 202 Assista AgoraUma mistura de "Nerve"(melhorado) com "John Wick"(piorado), cheio de violência, referencias a cultura pop, neon e um humor semi-tosco (que funciona em alguns momentos em outros não funciona nem um pouco), se existe uma tentativa de critica no filme (e acho que existe) ela é fraca e mal escrita.
Assumo que adoro ver os filmes que o xará Radcliffe faz pós Harry Potter pq ele escolhe mt projeto fora da casinha (ou pelo menos "diferente"), inclusive falando em atuação só ele salva, socorro. O filme é um pouco cansativo, deveras previsível mas acabou me divertindo pelas cenas de ação e frenesi (o filme é ação atrás de ação). Em alguns momentos a "tosqueira" me lembrou Planeta Terror também...
Superman: Entre a Foice e o Martelo
3.3 162 Assista AgoraAmo as animações da DC, tendem a ser bem executadas e fiéis aos quadrinhos, Nunca li Entre a Foice e o martelo, porém sempre tive vontade, a premissa de um Super homem nascido na união soviética é bem interessante... a animação é tecnicamente competente (e só isso) e talvez seja fiel a HQ mas o que temos aqui é 1 hora e meia(quase) de pagação de pau para a busca dos EUA e do tal "sonho americano". Ao invés de uma discussão aberta e interessante sobre ideais, distorção de ideias, papel da mídia, papel do governo... oportunidade desperdiçada para babar ovo dos EUA, fazer propaganda anticomunista de maneira descarada e mal construída. Me decepcionei mt (expectativa é osso rapazeada)
Jovens, Loucos e Rebeldes
3.7 447 Assista AgoraFazia muito tempo que não assistia a esse filme. Resolvi rever e me surpreendi com o quão musical ele é. Sua montagem toda existe em cima de blocos musicais (alias, belíssima trilha sonora recheada de clássicos do Rock que conversam bem com a trama) e sua narrativa é construída em cima desses mesmos blocos que soam quase como pequenas esquetes. Filme humano (como Linklater sempre entrega, embora acho que esse seja o filme mais descompromissado do diretor, ele só se diverte com o role sem moralismo algum~bom ou ruim vai da sua visão) e cheio de simplicidades doidas que para alguns pode soar como "nada acontece" mas é meio que a vida né?
Um retrato de um dia na juventude 70tista que não precisa de um protagonista, o coletivo é protagonista (Vale também pra se divertir com os alright do Matthew Mcconaughey de bigodin)
Sete Anos no Tibet
3.8 397 Assista AgoraUm relato bem bonito sobre o crescimento e auto conhecimento de um homem (muito bem interpretado pelo sr. Brad Pitt) em paralelo a "queda" de uma nação de princípios muito fortes (o Tibete pré-durante ocupação chinesa). O filme não foge muito de clichês e pode beirar o brega mas é bem gostoso de assistir e vale algumas reflexões bacanas. Uma boa historia a ser contada
Cegos, Surdos e Loucos
3.7 268 Assista AgoraComédia leve, com trama absurda (e ai está grande parte do humor do filme) e uma excelente química entre a dupla de protagonistas (Gene Wilder e Richard Pryor muito bem juntos, um eleva o outro). O ato final (o filme tem seus atos bem definidos) pra mim perde um pouco do impacto cômico e dramático mas nada que prejudique uma bela comédia simples e absurda.
Joias Brutas
3.7 1,1K Assista AgoraUm filme que usa como figura central um Adam Sandler que mostra aqui um misto de sua faceta mais dramática (como em Reine Sobre Mim) com um humor meio constrangedor (como no Embriagado de Amor) funciona como uma obra a beira de um ataque de nervos, os personagens gritam em cobranças numa escada de operações e malandragens que parece nunca acabar. Uma decisão sempre leva a outra que leva a outra que leva a outra... E assim somos levados nesse jornada aparentemente simples e com um final amargo e seco (o que não é ruim, pelo contrário) no contexto da agiotagem e mafias contemporâneas. O filme é, como o titulo aponta uma joia bruta.
Homem-Aranha
3.7 1,3K Assista AgoraRevi recentemente toda a trilogia e me surpreendeu muito o como a direção do Sam Raimi tem uma mão pesada autoral ali. O diretor que até então havia trabalho em filmes de terror e de orçamento mais modestos traz essa marca pro Homem-Aranha, tendo momento que muito lembram filmes de terror B oitentista, um humor bobo (mas muito funcional, na minha opinião) e se prende a alguns clichês bem clássicos
(como a mocinha que é sequestrada pelo vilão para chamar a atenção do herói ~~isso rola nos três filmes e eu nem lembrava, MJ a maior vitima de sequestros vilanescos em NY do cinema).
Mas o filme é um marco de heróis, estabelecendo padrões, criando um publico, um clássico do gênero que hoje virou uma desgastada e repetitiva multi industria bilionária pra disney. O Tobey Maguire sempre vai ser o Miranha do meu coração e eu sempre vou me divertir vendo essa trilogia. (um PS.: Pra destacar o J.K Simmons e Rosemary Harris que estão geniais nos três filmes e o Dafoe que agrega muito nesse primeiro/Alfred Molina que agrega muito no segundo e a trilha sonora icônica do Danny Elfman que me marcou pra sempre)
Guava Island
4.0 248Belo projeto, a ideia central é forte, é desenvolvida com naturalidade e um certo otimismo (não sei se gosto mas é a escolha narrativa do filme e é bem realizada), Glover tá bem (talvez interpretando o próprio Glover mas convence~~principalmente pra quem já é fã), Rihanna infelizmente não convence mas não prejudica e a criação de mundo é sensacional, imersiva e alegórica sendo provavelmente o ponto alto do filme, do figurino a fotografia tudo é muito palpável e atemporal. A escolha da duração de 55 minutos é certeira fazendo do filme algo bem direto e trazendo uma simplicidade acolhedora a trama que é forte e aborda uma realidade da cultura popular e a sua importância no combate a uma exploração alienante.
Zodíaco
3.7 1,3K Assista AgoraSuspense bem interessante onde ele trabalha a desconstrução do suspense tradicional.
Durante a primeira metade do filme Fincher nos prende com o mistério dos assassinatos, sua violência e suas mensagens codificadas... Ele estabelece a ameaça com maestria entretanto no avançar do filme desconstrói sua solução, desde a "confusão" de protagonista (o filme tem um protagonista que cresce no decorrer da história, só se tornando protagonista em sua metade final) até o fato de que o caso cada vez mais se mostra um beco sem saída, não existe a satisfação da solução e com o decorrer das décadas toda a ameaça construída com maestria é caída no esquecimento das personagens do filmes (mas não do espectador que ainda anseia por respostas) e conclui tudo sem um desfecho ou confronto tradicional
Um suspense subversivo muito bem dirigido, atuado e fotografado sobre vidas dedicadas a suas profissões e o preço da frustração.... nem sempre temos as respostas que queremos
Os Mortos Não Morrem
2.5 465 Assista AgoraSou grande fã do cinema do Jarmusch e adorei quando fiquei sabendo que ele faria um filme de zumbis com Tilda Swinton, Adam Driver e Bill Murray... ao assistir o filme uma surpresa(?). O filme é diferente de qualquer filme de zumbi. Desde o primeiro minuto de filme somos informados que é um filme de zumbi e que não vai terminar bem (a quebra da quarta parede pela personagem do Adam Driver foi meu ponto favorito do filme) o que total mata o suspense de forma proposital... Quando os zumbis enfim aparecem eles são neutros, não há espetáculo nenhum na presença deles, não há entretenimento ali. O filme tem uns momentos "paródia" divertidos como a citação exacerbada da musica tema, o abandono de arcos que aparentemente não são relevantes pro filme ou o fato de os protagonistas terem a consciência de que estão num filme e são peça de um roteiro (ou de uma rotina?), o filme que acaba do nada (e com direito a narração tosca em voz-off). O filme brinca com a obviedade e é de uma apatia proposital quase que irritante (como a maioria dos comentários negativos comprova hehe) mas de qualquer forma tá longe de ser o trabalho mais sutil, inteligente ou intimo do Jarmusch... como diz o diretor pela voz de Adam Driver: "This is going to end badly"
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraObra incrível do Robert Eggers, que desde A Bruxa se mostra um diretor com uma pegada bem autoral e sem medo de construir uma identidade própria em seus filmes. O Farol não se prende a um gênero especifico, flertando com fantasia, drama, estudo de personagem, terror psicológico e em determinados momentos até humor. O filme se sustenta nas brilhantes atuações de Dafoe (que tem um dos melhores monólogos dos últimos anos no cinema) e do Pattinson, uma fotografia forte (a escolha do preto e branco e do formato 1.19:1 se justifica) e do lirismo quase surreal narrativo do filme, que começa rotineiro e ganha força brutal de forma gradativa e natural... o filme em alguns momentos me lembrou "Persona" do Bergman e "Anticristo" do Von Trier na proposta de reflexão a respeito da loucura humana quando em isolamento, entretanto, sempre com uma linguagem própria. Resumindo, filme bem interessante sobre obsessão, prazer, relações humanas, trabalho, busca por saber e tudo mais que a subjetividade do filme permite ao espectador captar e criar no abstrato espaço que o filme nos abre...
VIPs
3.3 1,0KFui ver esperando um "Prenda-me se for capaz" genérico e me surpreendi com a qualidade e personalidade do filme... muito disse se deve a grande atuação de Wagner Moura e ao como seu personagem é construído. Não há um charmoso camaleão aqui e sim um jovem (que desde a primeira) cena tem grande dificuldade em encontrar e aceitar o seu "eu"
Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal
3.3 584 Assista AgoraFui esperando algo no nivel do documentário e me decepcionei um bocado. A escolha de contar a história pelo ponto de vista da Liz (Lily Collins a melhor coisa do filme) é uma escolha interessante e que poderia gerar bons momentos mas não os gera. A ideia doida de contar a história do assassino sem mostrar um assassinato também é interessante mas acaba por gerar um vazio que deveria ser preenchido com um suposto "charme" ou "inteligência" do assassino mas não o é. O filme não é ruim mas é esquecível e peca ao agir como se a culpa de Bundy fosse um mistério a só ser revelado no final. A ausência de um olhar critico do filme sobre tudo que se ocorreu é bem grave.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraFilme sensível, simples e real como Baumbach sempre entrega. O cara tem uma capacidade lindíssima de transformar a vida em poesia e arte de uma forma extremamente cativante e relevante.
No filme, Baumbach ainda toma a bela decisão (na minha opinião) de não tomar partido na história, nos apresentando personagens humanos, com falhas, acertos, certezas, incertezas e muito bem interpretados por Scarlett Johansson (talvez minha atuação favorita dela) e Adam Driver. Um dos meus filmes favoritos no ano, sobre amor, se adaptar, dinheiro, arte... sobre vida.
Histórias Assustadoras para Contar no Escuro
3.1 551 Assista AgoraSe você espera um bom filme de terror esse não é o filme pra você, divertido "Historias Assustadoras" é um horror juvenil com criaturas bem desenhadas (como é padrão em filmes na qual Del Toro se envolve) o filme remete a obras de Stephen King, contudo sem a qualidade narrativa e personagens interessantes do citado. O diretor tem dificuldade em criar situações de susto ou de medo genuínos. Historias Assustadoras para contar no escuro não nos conta historias de fato assustadoras mas diverte como um potencial sessão da tarde mais teen.
Destaque pra cena no hospital, onde os corredores ficam vermelhos e temos uma sensação de claustrofobia lenta muito legal
O Medo do Goleiro Diante do Pênalti
3.2 13Um filme dificil, extremamente alegórico. Um filme sobre a ação, o foco do espectador na ação simplesmente pela ação
Como a metáfora do jogo de futebol, buscamos sempre assistir a bola e não prestamos atenção no goleiro.
E o filme começa assim, sem ação, sem que prestemos de fato atenção no goleiro... até que movido por uma ação absolutamente despropositada
(A morte da mulher)
(a cena do assassinato).
Ninguém assiste ao goleiro durante uma partida. Ao acompanharmos o goleiro, longe da ação, tudo pode acontecer mas talvez nada aconteça.
Nós
3.8 2,3K Assista AgoraFilme bem alegórico, com alguns poucos momentos marcantes, criticas atuais (desde o titulo "US" brincando com United States), o filme trata de maneira bacana, mas um pouco obvia, sobre a nossa percepção sobre nós mesmos e nosso papel ativo perante a uma sociedade de "liberdade" (será que essa liberdade de fato existe?)... Mas esperava mais, acho que fui com o hype lá em cima e o desenvolver da história não é satisfatório o suficiente, o final tenta se recuperar com um plot que até é bacana mas é previsível e os momentos de comédia são mais interessantes que os de horror, o filme não é muito tenso (o que o trailer e os comentários que vi tinham meio que me "vendido"), o que foi um pouco decepcionante. Resumindo, o filme é legal, a ideia original é criativa, diverte mas é previsível e se perde no final.
Eraserhead
3.9 922 Assista AgoraFilme absolutamente sensitivo. Pra sentir e não pra compreender.
Sem pé na cabeça o filme traz ao espectador sensações, sentimentos abusando do "nosense" como estilo narrativo e até estético
. Senti um paralelo muito grande com a obra Metamorfose do Kafka, com o "bebê" como representação externa da metamorfose e fobia do protagonista,do seu medo social, vergonha e total alienação ao mundo externo