Um dos primeiros trabalhos de Lanthimos, ao meu ver ainda num processo de amadurecimento que seria alcançado em suas obras seguintes mas já com uma mão autoral forte... Dente Canino choca, tem um discurso e um debate interessante mas pouco sutil que se reafirma o tempo todo em situações cada vez mais desconfortaveis. A falta de explicação do roteiro para o que coloca aquela familia na situação é uma escolha inteligente e potencializa a estranheza de quando somos jogados naquela realidade sem maiores contextos.
A escolha da alegoria do dente canino como instrumento de libertação é precisa e gera diversas interpretações possiveis e gera uma das cenas mais incomodas que já assisti (ou quase não assisti, foi dificil não virar o rosto rs), assim como a correlação criada entre a situação dos filhos e o adestramento de um cachorro....
Tecnicamente o filme é muito bem realizado, a fotografia é imersiva e contrasta com a crueza das cenas, gerando um tensão que nos faz perguntar quando (e se) tudo vai desmoronar e as atuações são precisas em sua apatia e força. Não é um filme pra curtir com a familia, é desagradavel e estranho em alguns momentos, o ritmo narrativo é lento, talvez mais do que o necessário, o filme tem boas ideias e otpa por fortalecer sua mensagem através do choque e desconforto mas se repete um pouco na intenção.
Um filme caótico mas bem orquestrado que dá liberdade total a Gunn para fazer do filme o que entender dele sem se preocupar com universo DC e afins... há semelhanças do filme com outros trabalhos do diretor no universo de heróis, desde um humor canastrão besteirol de "Guardiões da Galaxia" (aqui "adultizado" pela classificação) até um subtexto a respeito do pretexto da violência que é presente em "Super" (e que encontra aqui no Pacificador e em Amanda Waller sua essência e é, ao meu ver, um dos pontos altos do filme).Essas semelhanças não significam que o filme não tenha personalidade, ao contrario, ele é bem energético e carrega um mão autoral legal.
O filme parece entender um ponto que o primeiro não entende: o fato de que esses personagens, de modo geral, são descartaveis, eles são mandados a essas missões pois são passiveis de morrerem sem grandes consequencias. O diretor leva isso ao extremo, se pode morrer, morrerá. Senti algumas mortes, outras me divertiram, outras passam mais batidas mesmo...
O filme é divertido, despretensioso, violento e prende a atenção. Um bom entretenimento e uma abordagem muito funcional pra essa equipe no cinema.
Quando tem Kong e Godzilla dando porrada é bem legal, os efeitos são bem competentes e é muito satisfatório ver os monstrões brigando. O problema é literalmente todo o resto do filme. O filme não precisaria de um grande roteiro pra agradar, afinal, estamos aqui pra ver os dois brigando...mas há muito tempo de um roteiro enfadonho com personagens humanos mal escritos e sem muito o que fazer em cena. Ao invés de tirar esse elemento humano do caminho (já que ele é fraquinho, simplifique) e deixar a gente curtir ação escapista o roteiro empurra mais e mais desses arcos ruins o que deixa o filme um pouco cansativo.
Um classico que praticamente não envelheceu. O filme sabe dosar perfeitamente drama, comédia e ação sem nunca perder o ritmo... O Julgamento Final faz tudo que seu antecessor faz mas maior e (arrisco a dizer) melhor. Técnicamente o filme é um primor, efeitos especiais, maquiagem, produção como um todo não deixa nada a desejar... O roteiro é simples e aborda linhas temporais com alguma despretenciosidade que é muito bem vinda. A Sarah Connor de Linda Hamilton cresce mt e se transforma numa porradeira de primeira classe. Schwarzenegger brilha num papel robótico que não exige muito mas que carrega bem mais carisma dessa vez e Edward Furlong dá vida a um John Connor rebelde sagaz extremamente interessante. O filme transborda carisma, prende com um ritmo de ação muito bem ditado, tem momentos emocionais bem trabalhados e tem um dos vilões mais legais de filmes de ficção cientifica/ação: O T-1000. Um clássico do cinema de ação que faz por merecer o posto que tem...
O filme é bem mediano e relativamente esquecivel. A direção do James Wan faz MUITA falta quando se compara ao primeiro e ao segundo filme... O enredo dessa vez é um pouco diferente mas muito promissor, havia muito potencial ali. Narrativamente o filme não é ruim, Patrick Wilson e Vera Farmiga seguem muito bem e com muita quimica no papel entretanto tudo soa um pouco subaproveitado, a falta de clima faz com que o filme gere poucos (pra não dizer nenhum) sustos genuinos, há pouca tensão ou desenvolvimento das vitimas aqui e a trama (que como dito tinha potencial) é muito rasa se tornando um tanto quanto generica apesar de algumas boas ideias
(gosto da ideia de abordar as seitas satanistas, o lado humano por trás de uma "invocação" e até a ideia do tribunal tem potencial)
Se fosse um filme de terror generico seria okay, um bom divertimento (como é)...agora como parte da franquia Invocação do Mal o filme fica devendo a seus dois antecessores e soa como potencial desperdiçado. Falta o que fez de Invocação do Mal uma inovação no genero.
Um musical (que também é comédia romantica e também tem toques de horror, todos muito bem dosados) que tem uma construção excêntrica e bastante personalidade se tornando um filme muito original (e divertido) em sua proposta. O filme nunca vai de encontro ao óbvio e há um ar lírico dark que caminha por toda a obra sem nunca se exagerar no tom. A ambientação em São Paulo é relevante e o comentário sobre a verticalidade da cidade e sua lotação (até na morte) é bem escrito e natural... Um destaque, também, para a fotografia neon lindissima. Reflexivo (o filme abre possibilidades para leituras muito legais, sobre morte, luto, corporativismo, reorganização urbana, amor...enfim), corajoso, original e bem realizado
A primeira metade do filme é legal e tem potencial (tanto na construção de um vilão quanto na revisitação de Craven a tematica dos sonhos pós A Hora do Pesadelo), após o "twist" do meio do filme ele se torna mais cansativo e enfadonho, sendo mais longo do que precisava. Gosto do visual do Pinker e do como ele é construido quanto Serial Killer, é uma caricatura funcional e com potencial mas que perde impacto ao ganhar poderes(?), o roteiro não se ajuda muito, beirando ao completo randomico em alguns momentos
(por exemplo com colares magicos que se recuperam em sonhos com namoradas fantasmas em momentos completamente inexplicados ou inexplorados, só aceita)
mas sem o charme trash de alguns outros filmes. O filme não tem muito a oferecer além de entretenimento (o que é valido) mas mesmo no quesito entretenimento há muitas obras mais legais pra se visitar. Vale pra quem quer conhecer a filmografia do Wes Craven ou revisitar terror oitentista sem medo.
Eu realmente queria ter gostado desse filme mas não deu pra mim não... Ele não é de todo ruim, as cenas de ação são legais, a trilha segue boa (mesmo que menos marcante e não aproveitando tanto o fato do filme se passar nos anos 80), gosto da proposta de tentar algo menos porradeiro e mais emocional mas o roteiro absolutamente não segura o que propõe e a premissa fica meio boba e mal explorada, o próprio contexto dos anos 80 é bem solto, os personagens são caricatos a ponto do filme parecer um deboche ao proprio filme as vezes (embora eu goste do Pedro Pascal, o mais caricato deles, ele se diverte fazendo e é o unico que tira algo interessante desse roteiro). O filme, bem mais longo do que deveria, não é um desastre completo mas erra bem mais do que acerta
Após o sucesso do excelente "Logan" sinto que a Fox resolveu investir na ideia de fazer filmes com pegada mais independente de super herói investindo em narrativas de gênero, o que eu gosto bastante. A ideia de fazer "Os Novos Mutantes" um filme de suspense/horror me parece muito clara e muito acertada... porém esse filme deu o "azar" de pegar a transição da Fox para a Disney e isso fica muito evidente no resultado final (onda Esquadrão Suicida, só que melhor rs)... o filme fica sem rumo definido. Falta clima e atmosfera para ser um bom terror/suspense como parece ser a proposta. Uma pena, há um grande potencial aqui, a ideia base é ótima, os personagens são muito interessantes, o elenco é forte e está bem... Não é ruim não mas poderia ser bem melhor do que de fato é.
Filme necessário... Para aprender, se emocionar, se revoltar, refletir e no fim das contas... acreditar. Uma bonita e forte reflexão crítica do ontem e do hoje na construção do "Brasil" e de uma "brasilidade", com homenagens a grandes mestres do ontem para construir um hoje melhor. Emicida vem se tornando não só um dos grandes artistas mas também uma das grandes vozes pensadoras da cultura pop nacional, o cara é gigante.
Uma aventura fantasiosa divertida com um trabalho incrivel de Ray Harryhausen na produção das criaturas (sim, a técnica é bem datada pros dias de hoje mas acho extremamente charmoso)
a sequencia de luta com as caveiras é um marco no cinema de fantasia, por exemplo
. O ritmo do filme é frenetico, sendo uma sequencia de cenas de ação sem preocupação em profundidades narrativas emocionais o que deixa certos momentos mais rasos do que deveria mas ainda sim há pontos de trama interessantes como a relação entre homens e deuses... É um produto de sua época mas diverte e tem personalidade, o final solto me incomoda um pouco mas nada que destrua a experiência
Ah Carpenter seu comuna ♥ haha Falando sério, dentre os filmes que vi do diretor (e não são tantos, assumo), é sem dúvida o mais político e crítico. Há uma grande, e nada discreta, alegoria e reflexão a respeito de ideologias dominantes, de revolução armada, lógica de consumo e competição capitalista, uso da mídia para alienação da massa, paranoia...enfim muita coisa pode ser extraída do filme. O filme também funciona pra quem só quer desligar a cabeça e curtir um filme sobre “invasão” mas acho que sendo o caso pode não agradar a todos nesse sentido
(por exemplo: sim a cena da briga é muito longa, mais do que precisava, mas entendo que temos ali uma representação de uma briga pouca produtiva que não deveria existir e sim se converter em uma união para a destruição de um sistema que prejudica ambos)
... Apesar de tudo isso o filme não tenta se vender como algo mais inteligente do que é. É um filme B divertido, com um herói canastrão que atira pra tudo que é lado (ala Rambo), com efeitos estranhos, mas que funcionam muito bem esteticamente, é um filme honesto consigo... As vezes nos faz falta um óculos que filtre ideologias e a realidade, mesmo que nos dê dor de cabeça
Aleatóriamente divertido e surpreendentemente bem filmado. Um classico trash com um roteiro bem duvidoso, o visual dos palhaços é sensacional e a trilha acompanha a bizarrice aleatória da trama muito bem. Sinto que parte do potencial comico do filme é desperdiçado com um roteiro que aposta que o absurdo da trama é suficente pra divertir (e verdade seja dita, há momentos em que de fato é, outros não). Há momentos de entrega criativa aqui, ótimas ideias, bons momentos de ação e um bom equilibro entre o divertido e o sinistro.
Destaque pra cena da morte com a sombra da mão do palhaço, que não só é bem filmada como é uma das cenas de morte mais criativas/diferentes/divertidas que eu já assisti.
Um filme simples, divertido e despretensioso... Os ótimos efeitos especiais ajudam a sustentar um mundo crível e imersivel onde acompanhamos uma jornada de A pra B muito simples mas gostosa de assistir, a curta duração do filme, inclusive, colabora para que ele se torne mais "direto ao ponto" mas o torna um pouco raso (não é necessariamente um problema, faz parte da proposta) e apressado, tanto nas relações entre personagens
A história da Marie Curie é ótima, o visual do filme é estilizado e super bacana, há boas atuações aqui mas infelizmente o filme é cansativo e escolhe focos mal seus focos narrativos e os desenvolve de forma quase maçante, principalmente durante o segundo ato. Tem bons momentos, boas ideias mas poderia ser uma cinebiografia mt mais incrivel do que fato é
O filme se leva muito a sério para ser um bom trash mas é muito trash para ser levado a sério...e nesse meio termo não se torna nem um grande trash e nem um bom filme mais "sério" de terror. Há momentos divertidos aqui (pra quem gosta do gênero)
cenas como a da decapitação no soco ou a da serra elétrica que corta um personagem sem jorrar sangue
. Eu gosto do design da criatura embora não seja nada de particularmente marcante, a trilha é bacana e as atuações são condizentes com o que pede o filme, há ainda uma nada discreta critica aos meios de comunicação em massa que não é ruim... Poderia ser bem mais legal ou divertido, o filme é simplesmente meio solto
Um filme que se torna ainda mais forte quando se pensa que ele foi proibido em seu país podendo até fazer ser preso quem estivesse em posse do filme. Num país onde as leis proíbem o amor temos um filme duro, sem perder sua doçura, sobre a descoberta e intensidade do mesmo. O filme impressiona de imediato pelo seu visual (que fotografia linda), pela construção visual de suas personagens que de certo modo diz mais sobre elas do que o que de fato é verbalizado e uma bela trilha sonora. A historia em si peca por não desenvolver mais a fundo as suas personagens que são bem interpretadas (acho que cabia mais tempo de filme ali, o que é raro) e passa por alguns clichês como o da "família rival" que é uma (nesse caso entre muitas outras) barreiras para um amor.. Nada que tire a força ou importância do filme mas senti falta de maiores complexidades na construção (o que pode ser entendido e relevado pelo contexto de existência do mesmo). O filme poderia ser ainda mais mas é doce, forte, belo e vero. Uma exposição honesta a respeito da absurda opressão em solo Queniano e uma bonita historia de amor. Só por ser o que é, onde é... o filme é revolucionário, o cinema é politico e há de ser força transformadora. Vale muito a pena.
A primeira metade do filme é muito boa, imersiva, nos prende e constrói bem os personagens (que são muito bem interpretados pelos jovens, sem exceções mas com destaque para a dupla protagonista), a fotografia forte e montagem dinâmica também ajudam para que possamos mergulhar na proposta sobre amizade, culpa, suspeita... Após um acontecimento X as relações se alteram e é ainda muito interessante acompanhar o como cada personagem se afeta por isso e o que isso faz com a relação entre eles. Entretanto em seus momentos finais o filme perde parte da inspiração, o roteiro passa a exagerar e se perder um pouco em sua própria historia, o filme poderia ser mais, entretanto, há coisas realmente interessantes aqui...
O filme usa de uma formula de terror batida mas funcional... Ou seja não é um terror inovador (nem parece se propor a sê-lo) mas faz com certa eficiência tudo que se propõe. Há momentos bem okay de susto e tensão aqui... Por ser um filme que se propõe a usar de "vozes" como temática de horror eu esperava mais "brincadeiras" com as possibilidades do som para assustar e criar tensão entretanto ele é bem formulaico nisso. Temos uma produção bem decente, uma narrativa com carga certa de drama, que podia ser e fazer mais mas se contenta com o básico... Quem gosta de filmes como "Invocação do Mal", "Poltergeist" ou "Sobrenatural" pode encontrar alguma diversão aqui (embora o filme talvez não esteja no mesmo nível desses...)
Um dos filmes base do gênero que estabeleceu clichês e regras pra muitos outros filmes que viriam depois... Alguns desses clichês simplesmente não funcionam outros são mais operantes. O roteiro tem seus problemas, há um cado de facilitações narrativas aqui mas nada que prejudique de forma gritante o andamento do filme. Os grandes méritos aqui estão em um Clint Eastwood inspirado e uma criação competente de momentos de tensão. A mística da prisão também está presente, a escolha de filmar no local é bem feliz e o diretor usa da locação com muito gosto e precisão, assim como a fotografia. O ritmo do filme não me foi estafante, ele é bem fluído e não se torna cansativo... Um filme clássico de prisão/fuga, que diverte mas que tem seus problemas.
O documentário é simples e não apresenta nada de muito novo ou interessante em seu formato MAS ele ganha muito com os personagens que tem. Os meninos retratados são ótimos, divertidos e interessantes... O filme trabalha momentos sensíveis sutilmente e quando há espaço para o humor ele o abraça (independente de você gostar do tipo de humor... pra mim, o show no final foi ótimo) mas a temática do Asperger é abordada com naturalidade por pessoas que lidam//tem o diagnóstico mas que nunca se definem só por ele
(A cena final onde o New Michael descreve como gostaria da sua pagina na Wikipédia, onde ele é reconhecido por varias coisas e somente ao final, talvez, pelo seu diagnóstico é a síntese do filme e é tocante)
. O filme é curto o que facilita um engajamento mais rápido e faz com que o filme possa ser um entretenimento mais palpável. Tendo os personagens que tem e contando a historia que conta o filme até podia ser mais... mas ele ainda sim é um retrato simples e bonito.
Um filme sobre a violência (física, emocional, sexual...) que o fanatismo religioso gera. Não há nada de particularmente extraordinário aqui mas o filme cumpre bem seu papel, sabe a hora de ser violento e de alavancar e a hora de ser mais sutil. A narração em off é um recurso que me incomoda um pouco aqui, não vi a necessidade de usa-la (talvez seja para aproximar o filme do livro, não conheço o livro) mas as tramas que se cruzam e costuram são bem construídas
(assumo que passei grande parte do filme me questionando se havia a necessidade do personagem do Sebastian Stan estar no filme, acho seu arco fraco e superficial mas no ato final ele tem mais o que fazer, embora siga sendo, ao meu ver, um arco mais superficial sobre corrupção e ego)
Vale o destaque para as atuações, todas muito competentes em um elenco muito completo mas o menino Tom Holland (que manda muito bem aqui, minha atuação favorita dele), Harry Melling e o Robert Pattinson dominam o filme quando estão em cena. Vale assistir...
O filme é divertido e cheio de referências como o primeiro entretanto este é mais caricato ainda e "força" mais a barra em momentos absurdos, tem um roteiro que faz menos sentido e propõe mudanças sem sentido em personagens, um gore mais exagerado (o orçamento foi maior, mas não deixa de ser trashzin) e alguns letreiros que achei desnecessários. Faz falta a química do Cole com a Bee e não há senso de novidade algum aqui, tudo foi feito no primeiro de forma parecida mas talvez nada disso importe pq o filme não se leva a sério e nem devemos leva-lo. Ele é o filme "ruim" divertido, entretêm e isso basta (um ps.: o quarteto Max, Allison, John e Sonya continuam sendo o ponto cômico alto do filme pra mim, com destaque pros 3 primeiros)
Dente Canino
3.8 1,2K Assista AgoraUm dos primeiros trabalhos de Lanthimos, ao meu ver ainda num processo de amadurecimento que seria alcançado em suas obras seguintes mas já com uma mão autoral forte... Dente Canino choca, tem um discurso e um debate interessante mas pouco sutil que se reafirma o tempo todo em situações cada vez mais desconfortaveis. A falta de explicação do roteiro para o que coloca aquela familia na situação é uma escolha inteligente e potencializa a estranheza de quando somos jogados naquela realidade sem maiores contextos.
A escolha da alegoria do dente canino como instrumento de libertação é precisa e gera diversas interpretações possiveis e gera uma das cenas mais incomodas que já assisti (ou quase não assisti, foi dificil não virar o rosto rs), assim como a correlação criada entre a situação dos filhos e o adestramento de um cachorro....
Tecnicamente o filme é muito bem realizado, a fotografia é imersiva e contrasta com a crueza das cenas, gerando um tensão que nos faz perguntar quando (e se) tudo vai desmoronar e as atuações são precisas em sua apatia e força.
Não é um filme pra curtir com a familia, é desagradavel e estranho em alguns momentos, o ritmo narrativo é lento, talvez mais do que o necessário, o filme tem boas ideias e otpa por fortalecer sua mensagem através do choque e desconforto mas se repete um pouco na intenção.
O Esquadrão Suicida
3.6 1,3K Assista AgoraUm filme caótico mas bem orquestrado que dá liberdade total a Gunn para fazer do filme o que entender dele sem se preocupar com universo DC e afins... há semelhanças do filme com outros trabalhos do diretor no universo de heróis, desde um humor canastrão besteirol de "Guardiões da Galaxia" (aqui "adultizado" pela classificação) até um subtexto a respeito do pretexto da violência que é presente em "Super" (e que encontra aqui no Pacificador e em Amanda Waller sua essência e é, ao meu ver, um dos pontos altos do filme).Essas semelhanças não significam que o filme não tenha personalidade, ao contrario, ele é bem energético e carrega um mão autoral legal.
O filme parece entender um ponto que o primeiro não entende: o fato de que esses personagens, de modo geral, são descartaveis, eles são mandados a essas missões pois são passiveis de morrerem sem grandes consequencias. O diretor leva isso ao extremo, se pode morrer, morrerá. Senti algumas mortes, outras me divertiram, outras passam mais batidas mesmo...
O filme é divertido, despretensioso, violento e prende a atenção. Um bom entretenimento e uma abordagem muito funcional pra essa equipe no cinema.
Godzilla vs. Kong
3.1 799 Assista AgoraQuando tem Kong e Godzilla dando porrada é bem legal, os efeitos são bem competentes e é muito satisfatório ver os monstrões brigando. O problema é literalmente todo o resto do filme. O filme não precisaria de um grande roteiro pra agradar, afinal, estamos aqui pra ver os dois brigando...mas há muito tempo de um roteiro enfadonho com personagens humanos mal escritos e sem muito o que fazer em cena. Ao invés de tirar esse elemento humano do caminho (já que ele é fraquinho, simplifique) e deixar a gente curtir ação escapista o roteiro empurra mais e mais desses arcos ruins o que deixa o filme um pouco cansativo.
O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final
4.1 1,1K Assista AgoraUm classico que praticamente não envelheceu.
O filme sabe dosar perfeitamente drama, comédia e ação sem nunca perder o ritmo... O Julgamento Final faz tudo que seu antecessor faz mas maior e (arrisco a dizer) melhor.
Técnicamente o filme é um primor, efeitos especiais, maquiagem, produção como um todo não deixa nada a desejar... O roteiro é simples e aborda linhas temporais com alguma despretenciosidade que é muito bem vinda. A Sarah Connor de Linda Hamilton cresce mt e se transforma numa porradeira de primeira classe. Schwarzenegger brilha num papel robótico que não exige muito mas que carrega bem mais carisma dessa vez e Edward Furlong dá vida a um John Connor rebelde sagaz extremamente interessante. O filme transborda carisma, prende com um ritmo de ação muito bem ditado, tem momentos emocionais bem trabalhados e tem um dos vilões mais legais de filmes de ficção cientifica/ação: O T-1000. Um clássico do cinema de ação que faz por merecer o posto que tem...
Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio
3.2 960 Assista AgoraO filme é bem mediano e relativamente esquecivel. A direção do James Wan faz MUITA falta quando se compara ao primeiro e ao segundo filme... O enredo dessa vez é um pouco diferente mas muito promissor, havia muito potencial ali. Narrativamente o filme não é ruim, Patrick Wilson e Vera Farmiga seguem muito bem e com muita quimica no papel entretanto tudo soa um pouco subaproveitado, a falta de clima faz com que o filme gere poucos (pra não dizer nenhum) sustos genuinos, há pouca tensão ou desenvolvimento das vitimas aqui e a trama (que como dito tinha potencial) é muito rasa se tornando um tanto quanto generica apesar de algumas boas ideias
(gosto da ideia de abordar as seitas satanistas, o lado humano por trás de uma "invocação" e até a ideia do tribunal tem potencial)
Se fosse um filme de terror generico seria okay, um bom divertimento (como é)...agora como parte da franquia Invocação do Mal o filme fica devendo a seus dois antecessores e soa como potencial desperdiçado. Falta o que fez de Invocação do Mal uma inovação no genero.
Sinfonia da Necrópole
3.5 109Um musical (que também é comédia romantica e também tem toques de horror, todos muito bem dosados) que tem uma construção excêntrica e bastante personalidade se tornando um filme muito original (e divertido) em sua proposta.
O filme nunca vai de encontro ao óbvio e há um ar lírico dark que caminha por toda a obra sem nunca se exagerar no tom. A ambientação em São Paulo é relevante e o comentário sobre a verticalidade da cidade e sua lotação (até na morte) é bem escrito e natural...
Um destaque, também, para a fotografia neon lindissima.
Reflexivo (o filme abre possibilidades para leituras muito legais, sobre morte, luto, corporativismo, reorganização urbana, amor...enfim), corajoso, original e bem realizado
Shocker: 100.000 Volts de Terror
2.7 112A primeira metade do filme é legal e tem potencial (tanto na construção de um vilão quanto na revisitação de Craven a tematica dos sonhos pós A Hora do Pesadelo), após o "twist" do meio do filme ele se torna mais cansativo e enfadonho, sendo mais longo do que precisava. Gosto do visual do Pinker e do como ele é construido quanto Serial Killer, é uma caricatura funcional e com potencial mas que perde impacto ao ganhar poderes(?), o roteiro não se ajuda muito, beirando ao completo randomico em alguns momentos
(por exemplo com colares magicos que se recuperam em sonhos com namoradas fantasmas em momentos completamente inexplicados ou inexplorados, só aceita)
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraEu realmente queria ter gostado desse filme mas não deu pra mim não...
Ele não é de todo ruim, as cenas de ação são legais, a trilha segue boa (mesmo que menos marcante e não aproveitando tanto o fato do filme se passar nos anos 80), gosto da proposta de tentar algo menos porradeiro e mais emocional mas o roteiro absolutamente não segura o que propõe e a premissa fica meio boba e mal explorada, o próprio contexto dos anos 80 é bem solto, os personagens são caricatos a ponto do filme parecer um deboche ao proprio filme as vezes (embora eu goste do Pedro Pascal, o mais caricato deles, ele se diverte fazendo e é o unico que tira algo interessante desse roteiro). O filme, bem mais longo do que deveria, não é um desastre completo mas erra bem mais do que acerta
Os Novos Mutantes
2.6 719 Assista AgoraApós o sucesso do excelente "Logan" sinto que a Fox resolveu investir na ideia de fazer filmes com pegada mais independente de super herói investindo em narrativas de gênero, o que eu gosto bastante. A ideia de fazer "Os Novos Mutantes" um filme de suspense/horror me parece muito clara e muito acertada... porém esse filme deu o "azar" de pegar a transição da Fox para a Disney e isso fica muito evidente no resultado final (onda Esquadrão Suicida, só que melhor rs)... o filme fica sem rumo definido. Falta clima e atmosfera para ser um bom terror/suspense como parece ser a proposta. Uma pena, há um grande potencial aqui, a ideia base é ótima, os personagens são muito interessantes, o elenco é forte e está bem... Não é ruim não mas poderia ser bem melhor do que de fato é.
AmarElo - É Tudo Pra Ontem
4.6 354 Assista AgoraFilme necessário...
Para aprender, se emocionar, se revoltar, refletir e no fim das contas... acreditar.
Uma bonita e forte reflexão crítica do ontem e do hoje na construção do "Brasil" e de uma "brasilidade", com homenagens a grandes mestres do ontem para construir um hoje melhor.
Emicida vem se tornando não só um dos grandes artistas mas também uma das grandes vozes pensadoras da cultura pop nacional, o cara é gigante.
Jasão e o Velo de Ouro
3.6 115Uma aventura fantasiosa divertida com um trabalho incrivel de Ray Harryhausen na produção das criaturas (sim, a técnica é bem datada pros dias de hoje mas acho extremamente charmoso)
a sequencia de luta com as caveiras é um marco no cinema de fantasia, por exemplo
É um produto de sua época mas diverte e tem personalidade, o final solto me incomoda um pouco mas nada que destrua a experiência
Eles Vivem
3.7 731 Assista AgoraAh Carpenter seu comuna ♥ haha
Falando sério, dentre os filmes que vi do diretor (e não são tantos, assumo), é sem dúvida o mais político e crítico. Há uma grande, e nada discreta, alegoria e reflexão a respeito de ideologias dominantes, de revolução armada, lógica de consumo e competição capitalista, uso da mídia para alienação da massa, paranoia...enfim muita coisa pode ser extraída do filme. O filme também funciona pra quem só quer desligar a cabeça e curtir um filme sobre “invasão” mas acho que sendo o caso pode não agradar a todos nesse sentido
(por exemplo: sim a cena da briga é muito longa, mais do que precisava, mas entendo que temos ali uma representação de uma briga pouca produtiva que não deveria existir e sim se converter em uma união para a destruição de um sistema que prejudica ambos)
Apesar de tudo isso o filme não tenta se vender como algo mais inteligente do que é. É um filme B divertido, com um herói canastrão que atira pra tudo que é lado (ala Rambo), com efeitos estranhos, mas que funcionam muito bem esteticamente, é um filme honesto consigo...
As vezes nos faz falta um óculos que filtre ideologias e a realidade, mesmo que nos dê dor de cabeça
Palhaços Assassinos do Espaço Sideral
3.3 464 Assista AgoraAleatóriamente divertido e surpreendentemente bem filmado. Um classico trash com um roteiro bem duvidoso, o visual dos palhaços é sensacional e a trilha acompanha a bizarrice aleatória da trama muito bem. Sinto que parte do potencial comico do filme é desperdiçado com um roteiro que aposta que o absurdo da trama é suficente pra divertir (e verdade seja dita, há momentos em que de fato é, outros não). Há momentos de entrega criativa aqui, ótimas ideias, bons momentos de ação e um bom equilibro entre o divertido e o sinistro.
Destaque pra cena da morte com a sombra da mão do palhaço, que não só é bem filmada como é uma das cenas de morte mais criativas/diferentes/divertidas que eu já assisti.
Amor e Monstros
3.5 664 Assista AgoraUm filme simples, divertido e despretensioso...
Os ótimos efeitos especiais ajudam a sustentar um mundo crível e imersivel onde acompanhamos uma jornada de A pra B muito simples mas gostosa de assistir, a curta duração do filme, inclusive, colabora para que ele se torne mais "direto ao ponto" mas o torna um pouco raso (não é necessariamente um problema, faz parte da proposta) e apressado, tanto nas relações entre personagens
(Michael Rooker e a criança e o capitão no final acabam se tornando personagens mais soltos do que deveriam)
Radioactive
3.5 222A história da Marie Curie é ótima, o visual do filme é estilizado e super bacana, há boas atuações aqui mas infelizmente o filme é cansativo e escolhe focos mal seus focos narrativos e os desenvolve de forma quase maçante, principalmente durante o segundo ato. Tem bons momentos, boas ideias mas poderia ser uma cinebiografia mt mais incrivel do que fato é
O Cérebro
2.8 55O filme se leva muito a sério para ser um bom trash mas é muito trash para ser levado a sério...e nesse meio termo não se torna nem um grande trash e nem um bom filme mais "sério" de terror.
Há momentos divertidos aqui (pra quem gosta do gênero)
cenas como a da decapitação no soco ou a da serra elétrica que corta um personagem sem jorrar sangue
Rafiki
4.0 110 Assista AgoraUm filme que se torna ainda mais forte quando se pensa que ele foi proibido em seu país podendo até fazer ser preso quem estivesse em posse do filme. Num país onde as leis proíbem o amor temos um filme duro, sem perder sua doçura, sobre a descoberta e intensidade do mesmo.
O filme impressiona de imediato pelo seu visual (que fotografia linda), pela construção visual de suas personagens que de certo modo diz mais sobre elas do que o que de fato é verbalizado e uma bela trilha sonora. A historia em si peca por não desenvolver mais a fundo as suas personagens que são bem interpretadas (acho que cabia mais tempo de filme ali, o que é raro) e passa por alguns clichês como o da "família rival" que é uma (nesse caso entre muitas outras) barreiras para um amor.. Nada que tire a força ou importância do filme mas senti falta de maiores complexidades na construção (o que pode ser entendido e relevado pelo contexto de existência do mesmo). O filme poderia ser ainda mais mas é doce, forte, belo e vero. Uma exposição honesta a respeito da absurda opressão em solo Queniano e uma bonita historia de amor. Só por ser o que é, onde é... o filme é revolucionário, o cinema é politico e há de ser força transformadora. Vale muito a pena.
Tempos Obscuros
3.3 266A primeira metade do filme é muito boa, imersiva, nos prende e constrói bem os personagens (que são muito bem interpretados pelos jovens, sem exceções mas com destaque para a dupla protagonista), a fotografia forte e montagem dinâmica também ajudam para que possamos mergulhar na proposta sobre amizade, culpa, suspeita... Após um acontecimento X as relações se alteram e é ainda muito interessante acompanhar o como cada personagem se afeta por isso e o que isso faz com a relação entre eles. Entretanto em seus momentos finais o filme perde parte da inspiração, o roteiro passa a exagerar e se perder um pouco em sua própria historia, o filme poderia ser mais, entretanto, há coisas realmente interessantes aqui...
Vozes
2.9 305O filme usa de uma formula de terror batida mas funcional... Ou seja não é um terror inovador (nem parece se propor a sê-lo) mas faz com certa eficiência tudo que se propõe.
Há momentos bem okay de susto e tensão aqui...
Por ser um filme que se propõe a usar de "vozes" como temática de horror eu esperava mais "brincadeiras" com as possibilidades do som para assustar e criar tensão entretanto ele é bem formulaico nisso.
Temos uma produção bem decente, uma narrativa com carga certa de drama, que podia ser e fazer mais mas se contenta com o básico... Quem gosta de filmes como "Invocação do Mal", "Poltergeist" ou "Sobrenatural" pode encontrar alguma diversão aqui (embora o filme talvez não esteja no mesmo nível desses...)
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista AgoraUm filme delicado e intenso na mesma medida, encantador...
o meu favorito dentre os que vi de Almodóvar
Alcatraz: Fuga Impossível
4.0 526 Assista AgoraUm dos filmes base do gênero que estabeleceu clichês e regras pra muitos outros filmes que viriam depois...
Alguns desses clichês simplesmente não funcionam outros são mais operantes. O roteiro tem seus problemas, há um cado de facilitações narrativas aqui mas nada que prejudique de forma gritante o andamento do filme. Os grandes méritos aqui estão em um Clint Eastwood inspirado e uma criação competente de momentos de tensão. A mística da prisão também está presente, a escolha de filmar no local é bem feliz e o diretor usa da locação com muito gosto e precisão, assim como a fotografia. O ritmo do filme não me foi estafante, ele é bem fluído e não se torna cansativo... Um filme clássico de prisão/fuga, que diverte mas que tem seus problemas.
Asperger's are us
3.8 7O documentário é simples e não apresenta nada de muito novo ou interessante em seu formato MAS ele ganha muito com os personagens que tem. Os meninos retratados são ótimos, divertidos e interessantes...
O filme trabalha momentos sensíveis sutilmente e quando há espaço para o humor ele o abraça (independente de você gostar do tipo de humor... pra mim, o show no final foi ótimo) mas a temática do Asperger é abordada com naturalidade por pessoas que lidam//tem o diagnóstico mas que nunca se definem só por ele
(A cena final onde o New Michael descreve como gostaria da sua pagina na Wikipédia, onde ele é reconhecido por varias coisas e somente ao final, talvez, pelo seu diagnóstico é a síntese do filme e é tocante)
Tendo os personagens que tem e contando a historia que conta o filme até podia ser mais... mas ele ainda sim é um retrato simples e bonito.
O Diabo de Cada Dia
3.8 1,0K Assista AgoraUm filme sobre a violência (física, emocional, sexual...) que o fanatismo religioso gera. Não há nada de particularmente extraordinário aqui mas o filme cumpre bem seu papel, sabe a hora de ser violento e de alavancar e a hora de ser mais sutil. A narração em off é um recurso que me incomoda um pouco aqui, não vi a necessidade de usa-la (talvez seja para aproximar o filme do livro, não conheço o livro) mas as tramas que se cruzam e costuram são bem construídas
(assumo que passei grande parte do filme me questionando se havia a necessidade do personagem do Sebastian Stan estar no filme, acho seu arco fraco e superficial mas no ato final ele tem mais o que fazer, embora siga sendo, ao meu ver, um arco mais superficial sobre corrupção e ego)
Vale o destaque para as atuações, todas muito competentes em um elenco muito completo mas o menino Tom Holland (que manda muito bem aqui, minha atuação favorita dele), Harry Melling e o Robert Pattinson dominam o filme quando estão em cena.
Vale assistir...
A Babá: Rainha da Morte
2.8 377 Assista AgoraO filme é divertido e cheio de referências como o primeiro entretanto este é mais caricato ainda e "força" mais a barra em momentos absurdos, tem um roteiro que faz menos sentido e propõe mudanças sem sentido em personagens, um gore mais exagerado (o orçamento foi maior, mas não deixa de ser trashzin) e alguns letreiros que achei desnecessários.
Faz falta a química do Cole com a Bee e não há senso de novidade algum aqui, tudo foi feito no primeiro de forma parecida mas talvez nada disso importe pq o filme não se leva a sério e nem devemos leva-lo. Ele é o filme "ruim" divertido, entretêm e isso basta
(um ps.: o quarteto Max, Allison, John e Sonya continuam sendo o ponto cômico alto do filme pra mim, com destaque pros 3 primeiros)