Este aqui é o embrião do que seria anos depois a obra prima (pelo menos considerada por muitos) de David Lynch, Cidade dos Sonhos, e talvez por esse motivo, sejam estruturados de maneira tão similar: uma narrativa inicialmente construída em tom sufocante (pontuado por uma pesada trilha de fundo), indicando um caminho na trama que chega a um ponto de ruptura que é totalmente desconstruído a partir da "colisão" com outra linha narrativa, que se entrelaça (ou não!) com a primeira, mais a frente. Em acréscimo, elementos oníricos, personagens bizarros e relações doentias são frequentemente apresentados em tela como pista, ou pior, como distrações que contribuem com a sensação de desnorteamento do espectador.
São filmes difíceis, é verdade, que devem ser interpretados a cada cena, a cada interação entre os personagens. Isso é cinema de qualidade!
Filme bem feito, com cenas lindíssimas e tomadas magníficas. A ótima reconstituição de época não abre concessões para o passado violento dos Estados Unidos, e nisso reside a maior força do filme. Peca apenas por ser muito longo, especialmente em certas cenas que visivelmente se estendem além do que deveriam (a exemplo de outro filme dirigido por Cimino, O Franco Atirador, que se arrasta no segmento da festa de casamento).
Filme assertivo em analisar o amor a partir de sua desconstrução, inseguranças inerentes, e tudo que de melancólico e soturno uma relação amorosa pode conter. Na forma, além de visualmente bonito, resgata elementos de dois exemplares fortes que trabalham com o mesmo tema: 500 Dias com Ela (se apropriando e reforçando o pessimismo sobre a longevidade do amor, que paira sobre certos relacionamentos) e Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (com um inequívoco pé bem fincado no fantástico). E claro, o sempre bem vindo final em aberto, sujeito a interpretações várias, confere um toque a mais de singularidade para este inesperado - e esnobado - filme.
A câmera nervosa de Sodenbergh e a ágil edição sugerem um senso de urgência totalmente condizente com a proposta do filme: uma corrida contra o tempo para realizar o roubo impossível. Matt Damon tem uma participação mais funcional aqui, há vários recursos visuais bacanas, e a piada metalinguística com a Julia Roberts é uma das coisas mais engraçadas vistas em um filme nos anos 2000 (por si só já vale todo o filme). Exceto pelo final apressado, é um filme mais bem resolvido que o primeiro.
Nem só de efeitos especiais um filme é feito. Este conto de fadas espacial não foge à regra, com um roteiro repleto de clichês e inconsistências que beiram o constrangedor. Em suma, ruim de doer!
O filme mais pé no chão de David Lynch também é o mais emocional, por mais estranha que possa parecer esta afirmativa. O tema envelhecimento é muito presente, pontuado fortemente pelos olhos marejados e olhar perdido (de memórias) de Alvin, e sua vontade de rever o irmão. O que se descortina a partir da atípica premissa é quase um road movie, que não tem pressa para se desenvolver (o que é totalmente condizente com o envelhecer e o seu transcorrer em um ritmo sensivelmente mais lento), e em que o indivíduo se prova maior do que as vicissitudes de distância, idade, impedimentos físicos, de recursos, etc. Comovente e sensível história, pouco recomendada para quem geralmente não se permite sentir e refletir.
"Não serei o que querem que eu seja... e eu não tenho medo de ser o que quero ser".
Essa fala é a tônica desta interessante cinebiografia, que apresenta a figura do lutador Cassius Clay como um defensor firme, inflexível e inabalável de suas próprias convicções ideológicas e religiosas. Tangencialmente são abordadas a sua crítica à guerra do Vietnã, dificuldades de relacionamento do primeiro casamento, conflitos culturais e raciais, dentre outros. Em outras palavras, trata-se de um filme afinado com a contextualização histórica, e preciso no enfoque sobre a vida de uma grande personalidade do boxe.
Atuações fantásticas de todo o elenco, em uma obra cujo ápice é alcançado no "teatral" ato final, repleto de fortes revelações (que enfraquecem se o livro tiver ter sido lido antes, mas que mesmo assim mantêm o espectador sempre atento). Boa adaptação!
Filme que nunca fica só nas "ameaças", e que em cada sequência de ação não abre concessões para os seus personagens. Nesse sentido, ele é seco e brutal. As sequências de ação lembram o melhor de outro intenso diretor, John Woo, na sua produtiva fase chinesa. A atriz Anne Parillaud tem uma atuação visceral e esquizofrênica. Vale a conferida!
Um dos filmes mais "pé no chão" de Lynch, não destituído totalmente de bizarrices. Os delírios oníricos estão lá, em imagens fugidias, flashbacks, símbolos (fogo e sapatos são os mais presentes), todos permeando a narrativa linear, misto de road movie com romance. OBS 1: Willem Dafoe está intimidador. OBS 2: as relações com O Mágico de Oz são bacanas.
Filme de atuação. De Niro e Seymour Hoffman estão soberbos nas suas atuações, que nas mãos de outros atores poderiam passar por simples caricaturas da realidade, mas aqui transpiram uma sensibilidade ímpar numa história sobre intolerância e aceitação (notem que os melhores momentos são justamente aqueles em que os dois estão interagindo, seja na comicidade, ou em algum aspecto mais pesado). Seria melhor como obra, subtraindo-se a subtrama desinteressante e confusa da busca pelo dinheiro, que entremeia o plot principal.
Charlton Heston brilha nesta obra monumental. Confere ao seu personagem nuances que o tornam plausivelmente humano (raiva, dor, medo, transparecem de modo autêntico na sua expressiva face). A corrida de bigas talvez seja uma das cenas mais realistas e impressionantes do cinema (tudo muito orgânico e bem construído!). Outra qualidade do filme é mesclar harmonicamente a história de vingança de Ben-Hur com a jornada profética de Jesus Cristo, plantando referências diretas e indiretas aos escritos bíblicos. Também se pode destacar o simbólico e emocionante final,
Poxa, filme pesado, fiquei mal assistindo. Talvez tenha sido a melhor representação da depressão, do ponto de vista de um indivíduo, que vi em um filme (opinião de quem trabalha, diariamente, com isso). Começa com algumas piadinhas mais ou menos (algumas pessoas acharão mais graça que outras, dependendo dos gostos de cada um), e o desenrolar vai ficando mais e mais angustiante. Fábio Porchat atua bem (dúvida de muita gente, afinal). O final talvez desagrade a alguns (não é um final definitivo, e deixa tudo em aberto para que pensemos - embora a música "I Can See Clearly Now" nos dê uma importante pista); eu diria que é bastante apropriado. Talvez o filme mereça nota 4/5, mas vou dar um 4,5/5, porque realmente mexeu comigo.
Não é difícil imaginar que esta açucarada jornada épica através das terras australianas poderia ser melhor executada. A despeito da fotografia caprichada (que valoriza a geografia daquele país) e da discussão (superficial) de questões éticas e raciais, o filme sofre pela arrastada duração, pelo exagero de apresentar clímax a cada 20 minutos, pela atuação sofrível do elenco local, e por um roteiro que em alguns momentos chega a ser bobo.
Do início ao fim sentimos uma tensão subjacente quanto personagem do Pacino. De que a qualquer momento Carlito cederá aos próprios instintos inatos e às pressões do ambiente e voltará a sua antiga vida de transgressões. O filme segue magistralmente nesse percurso, alternando momentos de difíceis escolhas morais a serem tomadas (ajudar ou não o advogado drogado, com quem tem uma dívida de honra?) com cenas plasticamente lindas, como o encontro de Carlito e sua ex ao som de You Are So Beautiful. O final é melancolicamente belo!
Não é a toa que o filme tem sido considerado confuso para alguns: na ótica bizarra do protagonista, realidade, alucinação e paranoia se misturam, distorcendo a própria percepção de andamento narrativo do espectador. Cria, dessa forma, uma ambiguidade que, a cada sequência ou cena, nos faz pensar se aquilo realmente é importante para a trama, ou apenas delírio incoerente. Coroando a trama cheia de absurdos e parênteses (enganadoramente gratuitos), elenco, ambientação e trilha sonora dispensam comentários!
Thriller policial que opõe duas personalidades diferentes: de um lado, o inexperiente e inseguro, interpretado pelo Ryan Reynolds (a cara de paspalho deve ser intencional, pois acaba ajudando certeiramente a compor o personagem), e o anti-herói, encarnado pelo sempre carismático Denzel Washington (até o mais desinteressante filme se torna assistível com sua forte presença). A despeito das viradas óbvias de roteiro, o filme se destaca pela fotografia estilosa e "câmera nervosa", contribuindo com uma atmosfera tensa e cenas de ação bem orquestradas.
Estrada Perdida
4.1 469 Assista AgoraEste aqui é o embrião do que seria anos depois a obra prima (pelo menos considerada por muitos) de David Lynch, Cidade dos Sonhos, e talvez por esse motivo, sejam estruturados de maneira tão similar: uma narrativa inicialmente construída em tom sufocante (pontuado por uma pesada trilha de fundo), indicando um caminho na trama que chega a um ponto de ruptura que é totalmente desconstruído a partir da "colisão" com outra linha narrativa, que se entrelaça (ou não!) com a primeira, mais a frente. Em acréscimo, elementos oníricos, personagens bizarros e relações doentias são frequentemente apresentados em tela como pista, ou pior, como distrações que contribuem com a sensação de desnorteamento do espectador.
São filmes difíceis, é verdade, que devem ser interpretados a cada cena, a cada interação entre os personagens. Isso é cinema de qualidade!
Deus Não Está Morto
2.8 1,4K Assista AgoraPremissa interessante, mas o teor panfletário diminuem brutalmente o atrativo do filme.
O Portal do Paraíso
3.8 47 Assista AgoraFilme bem feito, com cenas lindíssimas e tomadas magníficas. A ótima reconstituição de época não abre concessões para o passado violento dos Estados Unidos, e nisso reside a maior força do filme. Peca apenas por ser muito longo, especialmente em certas cenas que visivelmente se estendem além do que deveriam (a exemplo de outro filme dirigido por Cimino, O Franco Atirador, que se arrasta no segmento da festa de casamento).
Eu Estava Justamente Pensando em Você
3.6 371Filme assertivo em analisar o amor a partir de sua desconstrução, inseguranças inerentes, e tudo que de melancólico e soturno uma relação amorosa pode conter. Na forma, além de visualmente bonito, resgata elementos de dois exemplares fortes que trabalham com o mesmo tema: 500 Dias com Ela (se apropriando e reforçando o pessimismo sobre a longevidade do amor, que paira sobre certos relacionamentos) e Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (com um inequívoco pé bem fincado no fantástico). E claro, o sempre bem vindo final em aberto, sujeito a interpretações várias, confere um toque a mais de singularidade para este inesperado - e esnobado - filme.
Doze Homens e Outro Segredo
3.4 367 Assista AgoraA câmera nervosa de Sodenbergh e a ágil edição sugerem um senso de urgência totalmente condizente com a proposta do filme: uma corrida contra o tempo para realizar o roubo impossível. Matt Damon tem uma participação mais funcional aqui, há vários recursos visuais bacanas, e a piada metalinguística com a Julia Roberts é uma das coisas mais engraçadas vistas em um filme nos anos 2000 (por si só já vale todo o filme). Exceto pelo final apressado, é um filme mais bem resolvido que o primeiro.
A Lenda do Zorro
3.0 217 Assista AgoraTão despretensioso que chega a ser bobo. Bom apenas como matinê descompromissada de domingo.
O Destino de Júpiter
2.5 1,3K Assista AgoraNem só de efeitos especiais um filme é feito. Este conto de fadas espacial não foge à regra, com um roteiro repleto de clichês e inconsistências que beiram o constrangedor. Em suma, ruim de doer!
Esquadrão Especial Winspector
3.9 35Nostálgico.
Uma História Real
4.2 298O filme mais pé no chão de David Lynch também é o mais emocional, por mais estranha que possa parecer esta afirmativa. O tema envelhecimento é muito presente, pontuado fortemente pelos olhos marejados e olhar perdido (de memórias) de Alvin, e sua vontade de rever o irmão. O que se descortina a partir da atípica premissa é quase um road movie, que não tem pressa para se desenvolver (o que é totalmente condizente com o envelhecer e o seu transcorrer em um ritmo sensivelmente mais lento), e em que o indivíduo se prova maior do que as vicissitudes de distância, idade, impedimentos físicos, de recursos, etc. Comovente e sensível história, pouco recomendada para quem geralmente não se permite sentir e refletir.
Ali
3.6 173 Assista Agora"Não serei o que querem que eu seja... e eu não tenho medo de ser o que quero ser".
Essa fala é a tônica desta interessante cinebiografia, que apresenta a figura do lutador Cassius Clay como um defensor firme, inflexível e inabalável de suas próprias convicções ideológicas e religiosas. Tangencialmente são abordadas a sua crítica à guerra do Vietnã, dificuldades de relacionamento do primeiro casamento, conflitos culturais e raciais, dentre outros. Em outras palavras, trata-se de um filme afinado com a contextualização histórica, e preciso no enfoque sobre a vida de uma grande personalidade do boxe.
Assassinato no Expresso Oriente
3.7 189 Assista AgoraAtuações fantásticas de todo o elenco, em uma obra cujo ápice é alcançado no "teatral" ato final, repleto de fortes revelações (que enfraquecem se o livro tiver ter sido lido antes, mas que mesmo assim mantêm o espectador sempre atento). Boa adaptação!
Nikita: Criada para Matar
3.5 120 Assista AgoraFilme que nunca fica só nas "ameaças", e que em cada sequência de ação não abre concessões para os seus personagens. Nesse sentido, ele é seco e brutal. As sequências de ação lembram o melhor de outro intenso diretor, John Woo, na sua produtiva fase chinesa. A atriz Anne Parillaud tem uma atuação visceral e esquizofrênica. Vale a conferida!
Onze Homens e um Segredo
3.8 645 Assista AgoraDivertido.
Fuga de Absolom
3.0 44Divertidíssimo, na história (objetiva) e na ação quase incessante.
Táxi: Velocidade nas Ruas
2.8 44Nada que Velozes e Furiosos já não tenha feito.
Coração Selvagem
3.7 341 Assista AgoraUm dos filmes mais "pé no chão" de Lynch, não destituído totalmente de bizarrices. Os delírios oníricos estão lá, em imagens fugidias, flashbacks, símbolos (fogo e sapatos são os mais presentes), todos permeando a narrativa linear, misto de road movie com romance.
OBS 1: Willem Dafoe está intimidador.
OBS 2: as relações com O Mágico de Oz são bacanas.
Ninguém é Perfeito
3.7 149 Assista AgoraFilme de atuação. De Niro e Seymour Hoffman estão soberbos nas suas atuações, que nas mãos de outros atores poderiam passar por simples caricaturas da realidade, mas aqui transpiram uma sensibilidade ímpar numa história sobre intolerância e aceitação (notem que os melhores momentos são justamente aqueles em que os dois estão interagindo, seja na comicidade, ou em algum aspecto mais pesado). Seria melhor como obra, subtraindo-se a subtrama desinteressante e confusa da busca pelo dinheiro, que entremeia o plot principal.
Ben-Hur
4.3 548 Assista AgoraCharlton Heston brilha nesta obra monumental. Confere ao seu personagem nuances que o tornam plausivelmente humano (raiva, dor, medo, transparecem de modo autêntico na sua expressiva face). A corrida de bigas talvez seja uma das cenas mais realistas e impressionantes do cinema (tudo muito orgânico e bem construído!). Outra qualidade do filme é mesclar harmonicamente a história de vingança de Ben-Hur com a jornada profética de Jesus Cristo, plantando referências diretas e indiretas aos escritos bíblicos. Também se pode destacar o simbólico e emocionante final,
numa forte imagem através da chuva, que sugere redenção, renovação e esperança.
Entre Abelhas
3.4 830Poxa, filme pesado, fiquei mal assistindo. Talvez tenha sido a melhor representação da depressão, do ponto de vista de um indivíduo, que vi em um filme (opinião de quem trabalha, diariamente, com isso). Começa com algumas piadinhas mais ou menos (algumas pessoas acharão mais graça que outras, dependendo dos gostos de cada um), e o desenrolar vai ficando mais e mais angustiante. Fábio Porchat atua bem (dúvida de muita gente, afinal). O final talvez desagrade a alguns (não é um final definitivo, e deixa tudo em aberto para que pensemos - embora a música "I Can See Clearly Now" nos dê uma importante pista); eu diria que é bastante apropriado. Talvez o filme mereça nota 4/5, mas vou dar um 4,5/5, porque realmente mexeu comigo.
Austrália
3.5 1,1K Assista AgoraNão é difícil imaginar que esta açucarada jornada épica através das terras australianas poderia ser melhor executada. A despeito da fotografia caprichada (que valoriza a geografia daquele país) e da discussão (superficial) de questões éticas e raciais, o filme sofre pela arrastada duração, pelo exagero de apresentar clímax a cada 20 minutos, pela atuação sofrível do elenco local, e por um roteiro que em alguns momentos chega a ser bobo.
O Pagamento Final
4.2 376 Assista AgoraDo início ao fim sentimos uma tensão subjacente quanto personagem do Pacino. De que a qualquer momento Carlito cederá aos próprios instintos inatos e às pressões do ambiente e voltará a sua antiga vida de transgressões. O filme segue magistralmente nesse percurso, alternando momentos de difíceis escolhas morais a serem tomadas (ajudar ou não o advogado drogado, com quem tem uma dívida de honra?) com cenas plasticamente lindas, como o encontro de Carlito e sua ex ao som de You Are So Beautiful. O final é melancolicamente belo!
Um Tiro na Noite
3.9 237 Assista AgoraEsteticamente irrepreensível e forte na manipulação de percepção! E com um final que foge das obviedades do gênero. Altamente recomendável!
Vício Inerente
3.5 554 Assista AgoraNão é a toa que o filme tem sido considerado confuso para alguns: na ótica bizarra do protagonista, realidade, alucinação e paranoia se misturam, distorcendo a própria percepção de andamento narrativo do espectador. Cria, dessa forma, uma ambiguidade que, a cada sequência ou cena, nos faz pensar se aquilo realmente é importante para a trama, ou apenas delírio incoerente. Coroando a trama cheia de absurdos e parênteses (enganadoramente gratuitos), elenco, ambientação e trilha sonora dispensam comentários!
Protegendo o Inimigo
3.5 624 Assista AgoraThriller policial que opõe duas personalidades diferentes: de um lado, o inexperiente e inseguro, interpretado pelo Ryan Reynolds (a cara de paspalho deve ser intencional, pois acaba ajudando certeiramente a compor o personagem), e o anti-herói, encarnado pelo sempre carismático Denzel Washington (até o mais desinteressante filme se torna assistível com sua forte presença). A despeito das viradas óbvias de roteiro, o filme se destaca pela fotografia estilosa e "câmera nervosa", contribuindo com uma atmosfera tensa e cenas de ação bem orquestradas.