Não são apenas as nossas casas que precisam de faxinas periódicas. Nós também precisamos de limpezas sazonais, a fim de descartar relacionamentos tóxicos e reciclar comportamentos que já não são funcionais e começam apenas a acumular problemas. Esta sensível minissérie é muito sobre isso.
O que torna tão divertida essa série da Netflix é que ela parodia os filmes de agentes secretos justamente numa época onde quase ninguém faz mais questão de guardar segredos.
Tudo aconteceu há mais de 25 anos. E o que mais desalenta é perceber que tão pouca coisa mudou para melhor: então como agora, vidas de negros ou de hispânicos valiam muito menos que as vidas de brancos. E se isso acontecia (e ainda acontece) na “maior democracia do mundo”, não é difícil imaginar o que acontece aqui, na periferia dela.
Comentário irônico sobre como, apesar de nosso comportamento socialmente tão "civilizado", precisamos administrar nossos sentimentos de raiva e frustração. Mas a narrativa não é pesada não, é até muito divertida.
Nem seria errado dizer que é um documentário sobre o fanatismo - aí incluídos tanto quem estava de um lado quanto quem estava de outro. Mas talvez seja mais exato dizer que é um documentário sobre a inexistência de uma verdade única, sobre os muitos pontos de vista que cada fenômeno oferece. Acima de tudo, sobre o fato de que a fé, para o bem e para o mal, tem muito pouco a ver com fatos.
Quais são os papeis do amor e do sexo num casamento? Dá pra meio que separar um do outro e continuar levando tudo numa boa? Série adulta, feita para uma assistência madura. Às vezes a barra pesa até demais (na dimensão emocional), então é preciso um pouco de coragem pra assistir. Mas a qualidade da narrativa vale a empreitada.
Não é nada fácil assistir esse documentário em 10 capítulos totalizando mais de 15 horas de duração. Seguramente não é “entretenimento”. Entretanto, é uma experiência que nos torna um pouco mais sábios a respeito não apenas da guerra em si mas principalmente a respeito das selvagens disputas pelo poder que ocorrem em gabinetes muito longe dos campos de batalha. E pelas quais tantos inocentes sacrificam suas vidas sem jamais imaginar os autênticos motivos.
Mais uma extraordinária série da Netflix baseado em fatos reais. Assisti numa maratona de domingo pois não conseguia me desligar da narrativa. A conexão (identificação?) que se estabelece entre o agente da lei e o "fora-da-lei" é, como sempre acontece nesses casos, o elemento mais perturbador da história. A história é velha, mas ainda rende: somente onde tem luz as sobras se projetam.
Nessa série, tudo o que dizia respeito às aparências (fotografia, cenografia, figurinos, direção de arte etc) foi muito superior ao que dizia respeito à essência: narrativa coerente, sólida caracterização de personagens, interpretações convincentes ... Se essa supremacia da aparência sobre a essência foi planejada, não poderia ter havido melhor retrato da era dourada da publicidade, ela própria dedicada a "dourar a pílula".
Não consegui deixar de pensar que a série é uma espécie de CSI finlandesa, com trilha e fotografias ótimas, elenco muito acima da média e narrativa que prende a respiração. Alguns episódios exigem bastante concentração para não perder o fio da meada, mas melhor assim do aquelas tramas onde a gente na metade já adivinha o desfecho.
O documentário focaliza as investigações sobre um assalto a banco com final trágico ocorrido em 2003. O FBI e a polícia estadual mobilizaram os mais desenvolvidos recursos periciais e técnicas de investigação para identificar a autoria do crime. Ainda assim, 15 anos depois, restam perguntas não respondidas. Fiquei tipo apavorado. Se lá às vezes já é difícil resolver um caso, imagine como não são as coisas por aqui, onde os investigadores “acham” isso, os procuradores “acreditam” naquilo e os juízes têm “convicção” do que quer que seja independente de haver ou não haver provas. Assustador.
Não é uma comédia, mas é uma caricatura. Como toda caricatura, exagera nos traços para acentuar aquilo que é deformado no objeto retratado. O exagero, às vezes, produz algum humor. A série também não deixa de ser uma paródia daquela de mesmo nome exibida na década de 1980. O legal é que ninguém é santo, todo mundo tem lá seus podres que virão à tona mais cedo ou mais tarde. No que se refere à narrativa, a série é do tipo montanha-russa: uma reviravolta na trama a cada 5 minutos. Na composição dos personagens, os clichês preconceituosos de sempre: brancos ricos são malvados na aparência, mas lá no fundo abrigam um bom coração; negros são bonzinhos na aparência, mas lá no fundo escondem uma alma cruel; latinos (ou hispânicos são uns tontos trapalhões, quase não sabem distinguir entre o bem e o mal.
Essa nova versão da série de TV que fez tanto sucesso nos anos 1960/1970 me levou a voar no espaço da memória afetiva e me obrigou a fazer o que eu fazia então: ficar de olhos grudados na tela, no mais completo suspense. Mas não só isso: me lembrou dos riscos de a gente se perder em qualquer dimensão, tanto no mundo físico quanto no muito menos mapeado universo emocional.
Assisti com prazer especialmente pela performance da atriz Jennifer Ehle no papel da protagonista. O empoderamento feminino é uma das bandeiras do nosso tempo e é bom que seja. Até há 200 anos atrás, na já “civilizada” Inglaterra, as mulheres e filhas sequer tinham direito à herança dos pais ...
Bom, queria comentar sobre as duas primeiras temporadas, mas não encontrei, então comento aqui. A série é mais uma versão da clássica fórmula "cara certinho e garota doidona se apaixonam". Mas quando a receita é bem feita, não importa muito se ela é antiga ou moderna. Acho essa série muito saborosa.
Nessa quarta temporada o bicho meio que pegou. A série continua com o seu humor e sua ironia super refinados, mas a lente aproxima o foco das limitações físicas, mentais e até emocionais das mulheres que chegam aos 70 anos. Os momentos divertidos funcionam como uma maquiagem para ver com menos tristeza (ou piedade, ou preocupação) as barras que as vovós enfrentam. Os "rapazes da série", por enquanto, ainda foram poupados desses constrangimentos.
Nesta série, aqueles discretos avisos tipo “história baseada em fatos reais” recebem um incomum destaque no início de cada um de seus 10 episódios. Mais do que isso, somos avisados de que a narrativa é rigorosamente fiel aos acontecimentos. Por que isso? Talvez porque a aterrorizante sequência de acontecimentos seria facilmente qualificada como inacreditável, exagerada, inverossímil, se não fôssemos periodicamente alertados de que não, aquilo tudo não é uma obra de ficção concebida por uma imaginação perversa ou perturbada. Pra falar a verdade, mesmo com todos os avisos tenho muita dificuldade em acreditar que algo parecido com aquilo de fato aconteceu. Fatos à parte, a série é realmente admirável.
Vou na contramão da maioria dos comentários que li, bem negativos. Sem considerar a série uma obra-prima, obviamente, curti os episódios da primeira temporada a ponto de já ter revisto todos. Sim, sim, sim, o personagem Ethan é meio "over" mesmo (por conta dele eu quase não continuei acompanhando a série quando a assisti pela primeira vez), mas tudo o mais na série eu considerei acima da média do que está disponível no catálogo da Netflix no gênero comédia romântica: elenco, enredo, qualidade dos diálogos, nível da produção etc. Talvez tenha gostado pela nostalgia que conecta os personagens: a lembrança daqueles tempos da faculdade onde todas as opções da vida ainda estavam à disposição, onde eles ainda não haviam se comprometido com carreiras e relacionamentos que agora estão quase todos questionando.
Série cômica romântica muito maluquinha do catálogo da Netflix. Para aquelas horas em que a gente não quer mesmo levar nada a sério, após um dia de trabalho duro, ou quando não estamos a fim de nos preocupar com nada. A atriz Rachel Bloom recebeu mui merecidamente o Globo de Ouro 2016 de Melhor Atriz em Série Cômica. Dizem que diamantes são para sempre. Parece que ex-namoradas também rsrsrs.
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Maid
4.5 366 Assista AgoraNão são apenas as nossas casas que precisam de faxinas periódicas. Nós também precisamos de limpezas sazonais, a fim de descartar relacionamentos tóxicos e reciclar comportamentos que já não são funcionais e começam apenas a acumular problemas. Esta sensível minissérie é muito sobre isso.
Força-Queer (1ª Temporada)
3.9 28 Assista AgoraO que torna tão divertida essa série da Netflix é que ela parodia os filmes de agentes secretos justamente numa época onde quase ninguém faz mais questão de guardar segredos.
American Crime Story: O Povo Contra O.J. Simpson (1ª Temporada)
4.5 582 Assista AgoraTudo aconteceu há mais de 25 anos. E o que mais desalenta é perceber que tão pouca coisa mudou para melhor: então como agora, vidas de negros ou de hispânicos valiam muito menos que as vidas de brancos. E se isso acontecia (e ainda acontece) na “maior democracia do mundo”, não é difícil imaginar o que acontece aqui, na periferia dela.
Aggretsuko (2ª Temporada)
4.3 39Comentário irônico sobre como, apesar de nosso comportamento socialmente tão "civilizado", precisamos administrar nossos sentimentos de raiva e frustração. Mas a narrativa não é pesada não, é até muito divertida.
Great News (2ª Temporada)
3.6 21 Assista AgoraJá vi pelos comentários que a personagem Carol tem lovers e haters ... Tô no time dos que acham ela muito engraçada!
Wild Wild Country
4.3 265 Assista AgoraNem seria errado dizer que é um documentário sobre o fanatismo - aí incluídos tanto quem estava de um lado quanto quem estava de outro. Mas talvez seja mais exato dizer que é um documentário sobre a inexistência de uma verdade única, sobre os muitos pontos de vista que cada fenômeno oferece. Acima de tudo, sobre o fato de que a fé, para o bem e para o mal, tem muito pouco a ver com fatos.
Wanderlust - Navegar É Preciso
4.0 65Quais são os papeis do amor e do sexo num casamento? Dá pra meio que separar um do outro e continuar levando tudo numa boa? Série adulta, feita para uma assistência madura. Às vezes a barra pesa até demais (na dimensão emocional), então é preciso um pouco de coragem pra assistir. Mas a qualidade da narrativa vale a empreitada.
Mytho (1ª Temporada)
3.6 30 Assista AgoraO mais difícil é escolher qual seria o meu maluco favorito nessa família, todos são fortes candidatos. A série diverte e assusta ao mesmo tempo.
A Guerra do Vietnã
4.7 34Não é nada fácil assistir esse documentário em 10 capítulos totalizando mais de 15 horas de duração. Seguramente não é “entretenimento”. Entretanto, é uma experiência que nos torna um pouco mais sábios a respeito não apenas da guerra em si mas principalmente a respeito das selvagens disputas pelo poder que ocorrem em gabinetes muito longe dos campos de batalha. E pelas quais tantos inocentes sacrificam suas vidas sem jamais imaginar os autênticos motivos.
Manhunt: Unabomber (1ª Temporada)
4.2 165 Assista AgoraMais uma extraordinária série da Netflix baseado em fatos reais. Assisti numa maratona de domingo pois não conseguia me desligar da narrativa. A conexão (identificação?) que se estabelece entre o agente da lei e o "fora-da-lei" é, como sempre acontece nesses casos, o elemento mais perturbador da história. A história é velha, mas ainda rende: somente onde tem luz as sobras se projetam.
Mad Men (7ª Temporada)
4.6 387 Assista AgoraNessa série, tudo o que dizia respeito às aparências (fotografia, cenografia, figurinos, direção de arte etc) foi muito superior ao que dizia respeito à essência: narrativa coerente, sólida caracterização de personagens, interpretações convincentes ... Se essa supremacia da aparência sobre a essência foi planejada, não poderia ter havido melhor retrato da era dourada da publicidade, ela própria dedicada a "dourar a pílula".
Bordertown (1ª Temporada)
3.8 47Não consegui deixar de pensar que a série é uma espécie de CSI finlandesa, com trilha e fotografias ótimas, elenco muito acima da média e narrativa que prende a respiração. Alguns episódios exigem bastante concentração para não perder o fio da meada, mas melhor assim do aquelas tramas onde a gente na metade já adivinha o desfecho.
Gênio Diabólico (1ª Temporada)
3.9 129O documentário focaliza as investigações sobre um assalto a banco com final trágico ocorrido em 2003. O FBI e a polícia estadual mobilizaram os mais desenvolvidos recursos periciais e técnicas de investigação para identificar a autoria do crime. Ainda assim, 15 anos depois, restam perguntas não respondidas. Fiquei tipo apavorado. Se lá às vezes já é difícil resolver um caso, imagine como não são as coisas por aqui, onde os investigadores “acham” isso, os procuradores “acreditam” naquilo e os juízes têm “convicção” do que quer que seja independente de haver ou não haver provas. Assustador.
Dinastia (1ª Temporada)
3.9 141 Assista AgoraNão é uma comédia, mas é uma caricatura. Como toda caricatura, exagera nos traços para acentuar aquilo que é deformado no objeto retratado. O exagero, às vezes, produz algum humor. A série também não deixa de ser uma paródia daquela de mesmo nome exibida na década de 1980. O legal é que ninguém é santo, todo mundo tem lá seus podres que virão à tona mais cedo ou mais tarde. No que se refere à narrativa, a série é do tipo montanha-russa: uma reviravolta na trama a cada 5 minutos. Na composição dos personagens, os clichês preconceituosos de sempre: brancos ricos são malvados na aparência, mas lá no fundo abrigam um bom coração; negros são bonzinhos na aparência, mas lá no fundo escondem uma alma cruel; latinos (ou hispânicos são uns tontos trapalhões, quase não sabem distinguir entre o bem e o mal.
Perdidos no Espaço (1ª Temporada)
3.7 271 Assista AgoraEssa nova versão da série de TV que fez tanto sucesso nos anos 1960/1970 me levou a voar no espaço da memória afetiva e me obrigou a fazer o que eu fazia então: ficar de olhos grudados na tela, no mais completo suspense. Mas não só isso: me lembrou dos riscos de a gente se perder em qualquer dimensão, tanto no mundo físico quanto no muito menos mapeado universo emocional.
Orgulho e Preconceito
4.5 249Assisti com prazer especialmente pela performance da atriz Jennifer Ehle no papel da protagonista. O empoderamento feminino é uma das bandeiras do nosso tempo e é bom que seja. Até há 200 anos atrás, na já “civilizada” Inglaterra, as mulheres e filhas sequer tinham direito à herança dos pais ...
Love (3ª Temporada)
4.0 138 Assista AgoraBom, queria comentar sobre as duas primeiras temporadas, mas não encontrei, então comento aqui. A série é mais uma versão da clássica fórmula "cara certinho e garota doidona se apaixonam". Mas quando a receita é bem feita, não importa muito se ela é antiga ou moderna. Acho essa série muito saborosa.
Grace and Frankie (4ª Temporada)
4.4 113Nessa quarta temporada o bicho meio que pegou. A série continua com o seu humor e sua ironia super refinados, mas a lente aproxima o foco das limitações físicas, mentais e até emocionais das mulheres que chegam aos 70 anos. Os momentos divertidos funcionam como uma maquiagem para ver com menos tristeza (ou piedade, ou preocupação) as barras que as vovós enfrentam. Os "rapazes da série", por enquanto, ainda foram poupados desses constrangimentos.
Fargo (1ª Temporada)
4.5 511Nesta série, aqueles discretos avisos tipo “história baseada em fatos reais” recebem um incomum destaque no início de cada um de seus 10 episódios. Mais do que isso, somos avisados de que a narrativa é rigorosamente fiel aos acontecimentos. Por que isso? Talvez porque a aterrorizante sequência de acontecimentos seria facilmente qualificada como inacreditável, exagerada, inverossímil, se não fôssemos periodicamente alertados de que não, aquilo tudo não é uma obra de ficção concebida por uma imaginação perversa ou perturbada. Pra falar a verdade, mesmo com todos os avisos tenho muita dificuldade em acreditar que algo parecido com aquilo de fato aconteceu. Fatos à parte, a série é realmente admirável.
Amigos da Faculdade (1ª Temporada)
2.8 117 Assista AgoraVou na contramão da maioria dos comentários que li, bem negativos. Sem considerar a série uma obra-prima, obviamente, curti os episódios da primeira temporada a ponto de já ter revisto todos. Sim, sim, sim, o personagem Ethan é meio "over" mesmo (por conta dele eu quase não continuei acompanhando a série quando a assisti pela primeira vez), mas tudo o mais na série eu considerei acima da média do que está disponível no catálogo da Netflix no gênero comédia romântica: elenco, enredo, qualidade dos diálogos, nível da produção etc. Talvez tenha gostado pela nostalgia que conecta os personagens: a lembrança daqueles tempos da faculdade onde todas as opções da vida ainda estavam à disposição, onde eles ainda não haviam se comprometido com carreiras e relacionamentos que agora estão quase todos questionando.
Crazy Ex-Girlfriend (2ª Temporada)
4.2 53 Assista AgoraSérie cômica romântica muito maluquinha do catálogo da Netflix. Para aquelas horas em que a gente não quer mesmo levar nada a sério, após um dia de trabalho duro, ou quando não estamos a fim de nos preocupar com nada. A atriz Rachel Bloom recebeu mui merecidamente o Globo de Ouro 2016 de Melhor Atriz em Série Cômica. Dizem que diamantes são para sempre. Parece que ex-namoradas também rsrsrs.