You don't know how it feels, how it feels 'Til it happens to you, you won't know, it won't be real No, it won't real, won't know how it feels Essa canção da Lady Gaga (espero que seja indicada ao Oscar) para o documentário The Hunting Ground (com certeza será indicado ao Oscar) nos diz o que nunca vamos sentir (até que aconteça com a gente ou alguém próximo), mas esse filme realmente nos choca e nos ajuda a refletir sobre a situação das vítimas de estupro. Acabei de vê-lo e não contive a raiva, as lágrimas e a revolta perante um sistema covarde, omisso, com interesses políticos e financeiros para encobrir os casos de estupros nas universidades estadunidenses. Disponível no Netflix.
Se Ian Mckellen não tiver nenhuma indicação por este papel, será a maior injustiça da história das premiações. Excelente como sempre! Passei o filme todo angustiado de ver um Sherlock tão vulnerável, mas ainda assim mostrando a genialidade inerente ao personagem.
Somente Richard Linklater, que já nos deixou encantados por um casal discutindo o relacionamento e o mundo em 3 filmes, para nos prender a um filme de 2 horas e 40 minutos com recortes sobre a infância e juventude.
Boyhood não é um filme de causa e efeito como todos foram condicionados a gostar por causa do cinema comercial. É um filme de momentos, visões, recortes sobre a vida em família, a primeira revista erótica, os namorados da mãe, o primeiro namoro etc. Dentro desta proposta, o diretor consegue nos manter unidos à família Evans como se fôssemos parte dela e estivéssemos acompanhando cada etapa.
Ajudam nesta imersão as convincentes interpretações do estreante casal mirim e da excelente Patrícia Arquette. Ethan Hawke sendo dirigido por Linkater dispensa comentários. A trilha sonora excelente é outra catalisadora dos momentos mostrados.
Por fim, o que todo mundo está comentando como sendo o motivo para se ver o filme: ele foi filmado por 12 anos com as mesmas pessoas. Não digo que alguém deva assistir ao filme só por este motivo e somente pensando nele. O diretor poderia ter trocado o elenco? Assim como a fotografia é essencial em uma produção para dar significados (preto e branco, sépia, escurecida...) ou a trilha sonora para criar momentos de suspense, tristeza, alegria, entre outras emoções, a decisão de filmar por este período é parte da essencial de Boyhood, o que faz com que ele se torne ainda mais imersivo e especial aos olhos do espectador. Junta-se aqui a edição, que passa as fases da vida de Mason Evans Junior de forma muito natural e sem problemas de interpretação para o espectador. Funciona quase como quando convivemos com alguém... Depois de um certo tempo ou evento, você diz: “Nossa, como o tempo passou! Como você cresceu!” É incrível esta habilidade da produção.
A saga Crepúsculo serviu para alguma coisa se as meninas que suspiravam pelo Robert Pattinson continuaram a seguir o ator e o viram neste ótimo filme com uma ótima interpretação.
Por muito tempo fiquei relutante para assistir a este filme; afinal, por que eu assistiria algo disposto a apelar para a emoção? Este era meu pré conceito sobre Sempre ao Seu Lado, filme que sempre chegava aos meus ouvidos com a sentença "chorei o filme todo".
Portanto, eu já imaginava um filme apelativo, mostrando a relação de fidelidade de um cachorro com seu dono, pontuada de muitos momentos alegres, música incidental para chorar e takes para nos transmitir piedade de ambos. Finalmente assisti e tudo isso que imaginava se comprovou. Comprovou-se de uma maneira tão eficiente, tão bonita e gostosa de assistir, que não consegui resistir à imersão desta história (real) tão inocente e comovente.
Estava conversando com uma amiga e de repente me referi a este filme como um romance gay. Que grande reducionismo da minha parte para uma obra que contém mais temas e os desenvolve sempre de maneira singela e competente.
Não é somente um filme sobre um jovem cego (Leonardo) que se apaixona pelo novo aluno da escola (Gabriel), mas sim como este novo amor o faz enxergar (desculpe o trocadilho) seu lugar num mundo em que não há muitas liberdades individuais por conta de sua condição, assim como não há respeito pelos colegas que o cercam. Antes da chegada de Gabriel, respeito e cumplicidade só aparecem no papel damelhor amiga de Leonardo, Giovana, que também se sente encantada pelo novo aluno. Assim, o filme desenvolve uma trama mais complexa onde vemos um quase triângulo amoroso e a dor de Giovana em perder sua exclusiva amizade de Leonardo.
O grande acerto do filme é não ter a pretensão de se aprofundar em como os personagens vão enfrentar o mundo saindo do armário, apesar de que lidar com este novo sentimento rende algumas das cenas mais bonitas ou engraçadas do filme. As câmeras do diretor e o roteiro simplesmente querem mostrar a descoberta de um novo amor, de maneira leve e terna, sem estereótipos e como Gabriel levará Leonardo a um mundo novo, ou normal, o qual ele é privado por sua família super protetora. É claro que, por se tratar de um relacionamento homo afetivo, alguns momentos de preconceito aparecem e as reações dos personagens a elas não poderiam ser melhores... Falar mais que isso será spoiler.
O elenco é ótimo, mesmo se tratando de novatos, a trilha sonora é perfeita e a direção e fotografia impecáveis. Gostaria de destacar a cena dos dois no chuveiro que poderia virar algo sensual nas mãos de outra direção, mas aqui nos faz perceber o desejo de Gabriel por Leonardo e como isso causa medo. O ator fez um ótimo desempenho mostrando o desejo e a reticência simultaneamente.
É preciso ter muito ódio no coração para não gostar desta produção. Difícil assistir algo que nos tira um sorriso alegre assim que os créditos sobem, mostrando como a vida pode ser melhor cheia de amor e amizade, superando as barreiras da intolerância, das deficiências e adversidades.
"O passado é o que tá acontecendo agora. A cada dia que passa, uma nova página é escrita. Uma história de amor e de fúria. Viver sem conhecer o passado é viver no escuro."
Este filme entra para meus favoritos não por seu mérito artístico, já que é muito simples em sua linguagem cinematográfica, mas por seu resgate em grande estilo das comédias escolares adolescentes dos anos 80.
Ele é declaradamente uma homenagem aos filmes de John Hughes ( explicitado em uma sequência do filme) com o estilo adolescente contemporâneo: falas "espertinhas" e adultas na boa de adolescentes estilo Juno ( em outra sequência um personagem até destaca a fala adulta de Olive, ainda pré-adolescente).
Junte-se ao recheio do filme críticas bem humoradas aos comportamentos machista, religioso e falso moralista das pessoas.
Para mim, a cereja em cima do bolo é Emma Stone, não por ser uma atriz excepcional, mas por ser um colírio para os meus olhos e sempre carismática em seus papéis.
E fica aqui aquele carinho especial a John Hughes, que ainda nos anos 2010 consegue inspirar filmes divertidos como este!
Em um momento deste filme, o pai da menina supostamente abusada diz que "há tanto mal neste mundo, que se nos unirmos, podemos acabar com ele". Grande ironia, já que neste caso a união das pessoas e suas manias de julgar os outros sem fatos causaram um grande mal ao personagem principal, Lucas. O filme tem uma habilidade incrível de contar a história de uma menina que solta uma frase acusatória e, a partir dela, as interpretações dos adultos transformam a realidade e a vida de um homem inocente em um inferno. Até mesmo a memória da criança é transformada por meio da más condutas da pessoas. O filme aborda muito bem este assunto tão delicado, mostrando a abordagem e investigação do caso por adultos mal preparados, sem informações e já partindo do pressuposto de que a menina realmente foi abusada. A cena na creche mostra bem isso, onde as perguntas são na verdade afirmações e são tão fortes a ponto de manipular a cabeça da criança. Sem spoilers, quero dizer que a cena final é incrível e emblemática!
Há algo muito proveitoso de se olhar nesta história e que facilmente podemos perceber a nossa volta. A mulher encontra o homem dos sonhos, aparentemente esquece que tem vida própria, que pode continuar investindo em seus sonhos e realizações e que não precisa viver às custas do status de seu "amor". Então o sonho vira pesadelo e acordar para uma vida sem glamour é algo que pode deixá-la maluca e depressiva. Deixem-me chover no molhado e falar que Cate está incrível na pele desta mulher que agora precisa lutar para voltar a ter uma vida social digna e economicamente estável. Depois do fraco Para Roma com Amor, Woody Allen volta a fazer um filme com ótimos diálogos, um drama angustiante sobre uma mulher traída não só pelo marido, mas por ela mesma e suas condutas egoístas. E como sempre em seus filmes, no meio de todo drama, algumas risadas são tiradas de nós por conta do comportamento dos personagens. Achei razoável a montagem do filme, que se utiliza de flashbacks para mostrar a vida de casada de Jasmine. Às vezes os flashbacks são bem montados, como quando ela entra na casa da irmã e lembra da mansão onde morava. Outras vezes vemos como gatilhos alguma palavra ou frase que forçam banalmente a lembrança. De qualquer modo, é uma composição digna para entendermos as atuais condutas da personagem principal. Ótimo filme!
Como é emblemático o começo deste filme! E já escancara o que veremos em sua completude: a beleza do amor contrastando com a amargura do fim da vida, do fim da dignidade e do medo da solidão. Nunca a imagem de um cadáver já em estado de putrefação pareceu tão bonita. Na sequência seguinte, em meio à multidão, um casal senil se destaca pelo olhar do homem para sua mulher. Ahhh, que bonito ver um casal ainda apaixonado depois de tantos anos de convivência. Depois desta única tomada externa, somos transportados para o lar do casal, de onde não mais saímos e nem eles. Em ritmo lento, mas nunca monótono, o filme acompanha a rotina deste casal a sua velocidade, típica da terceira idade. O que se destaca é o carinho, paciência e cumplicidade de Georges com sua esposa Anne em um estado cada vez maior de dependência. É angustiante olhar para para o estado físico e mental de uma pessoa acometida por um AVC, ao mesmo tempo que é reconfortante assistirmos a disposição do marido para ajudar o amor de sua vida. Gostei muito da interpretação dos dois, das posições de câmera e da composição do cenário. Interessante olhar para a sala cheia de cores, livros, piano, enquanto a única imagem que temos do mundo exterior é da janela. Através da cortina fechada, a rua e os prédios são percebidos em preto e branco, como se a vida para o casal só estivesse nos limites de sua casa mesmo. E não poderia ser diferente, já que não podem mais sair do lar e são poucas as visitas que recebem. Dá para se fazer muitas percepções em diferentes momentos. É um dos grandes triunfos do filme. Agora um desabafo: Sei que o OSCAR não é sinônimo de qualidade, assim como qualquer outra premiação tende a ser ideológica, injusta e limitada. Mas a partir do momento em que a premiação leva entre as finalistas uma atriz e sua interpretação como a da Emmanuelle Riva, deveria ter VERGONHA em não dar o prêmio para ela. Eu gosto da Jennifer Lawrence, mas comparada com a francesa Riva, sua performance é insignificante. Enfim, tinha que ganhar a queridinha americana. O que esperamos é que Amor ficará na memória de muita gente e até da história do cinema, por sua força expressiva e performances. Este é o maior prêmio que um idealizador e atores poderiam ter. Já O Lado Bom da Vida...esqueci quase completamente o filme. Mais alguém?
Sabe aquele "casal perfeito", que com certa ingenuidade as pessoas costumam rotular somente pela imagem que transmitem? Esse é o casal interpretado por Winslet e DiCaprio em mais um filme sobre as aparências do diretor Sam Mendes (Beleza Americana foi outro). Chega a ser deprimente acompanhar a história de dois amantes vendo seus sonhos se desmancharem por conta da rotina da vida, das escolhas feitas. Além do constante combate entre o sonho libertário do casal e a vida em família, o filme mostra com sinceridade o quanto as pessoas se esforçam para transmitir um estilo de vida ( e felicidade) que não têm. Às vezes o casal nem tenta manter as aparências, mas são os outros que constroem sua própria imagem. Curioso ver a tradução brasileira entregando o final do filme. Mas, como sempre procuro apontar em várias produções, é mais válido ver o percurso dos personagens até o final.
Muito lembrado e injustamente categorizado como "filme de Sessão da Tarde" (já estou odiando este termo para os clássicos dos anos 80 e 90), Conta Comigo deve ser lembrado como uma ode à amizade. Não me lembro de nenhum filme que retrate tão bem as aventuras da infância como este, com um elenco tão entrosado. O carinho transparece entre o quarteto em um roteiro que, apesar de fictício, parece ser bem realista e até remete às minhas "aventuras" de infância. A história simples e bem conduzida sobre um grupo de amigos que parte em uma jornada a fim de descobrir o local do corpo de um menino morto poderia ser atemporal e inspiradora para muitas gerações. Porém, acredito que esta narrativa faça cada vez menos sentido para crianças vividas em grandes centros urbanos, super-protegidas e que constroem suas relações dentro de seus quartos, por meio na internet.
Talvez este filme de Spielberg tenha envelhecido um pouco mal, já que vimos muitas histórias no cinema sobre um morto que volta para interferir na vida das pessoas que ama (ou não). Porém, vale lembrar que Além da Eternidade é de 1989 e ainda não estava na onda de banalização do tema. Nele vemos a fórmula característica do cinema dos anos 80 e do cinema pipoca, que é a mistura da comédia pastelão (mas genuína) com o romance. Ainda temos aqui o conflito do personagem que morreu sem dizer que amava sua mulher e sua busca para fazê-lo depois de morto. Como toda a fórmula, sabemos o que acontecerá até o final. (Isso não é spoiler, é característica! O importante é não saber como acontecerá.) Portanto, apesar de toda essa sensação de dejà vu, o filme ainda consegue emocionar, pela interpretação dos personagens, pelas cenas de ação aérea muito legais e nervosas, e principalmente a cada execução da música Smoke Gets in Your Eyes! Esta fórmula "sessão da tarde" foi muito copiada e até hoje é. O que vale a pena é voltar no tempo e assistir quem sabe executá-la com maestria, como é o caso de Spielberg. Um último ingrediente que deixa este filme ainda mais simpático é a participação especial de Audrey Hepburn, em seu último papel no cinema.
"Eu te amo, preciso mijar". Essa fala, vinda da boca de um dos personagens, pode ser destacada como a essência do filme? Eu acredito que sim. A primeira vez que assisti Closer, em 2006, cansado e com pouca maturidade cinematográfica, não percebi a profundidade do tema. Nesta segunda vez, embalado pela cena de abertura fantástica, resolvi ver inteiro novamente e achei o filme muito bom. Voltando à fala que eu destaquei, acredito que essa busca pelo amor, assim como vemos na vida real, ficou banalizada. As personagens ( e as pessoas por aí) falam de amor e "eu te amo" o tempo todo, como se fosse mais uma frase qualquer. No caso deste filme, a busca do amor ou o medo de amar entram em conflito com as inseguranças da mente humana, com a competição animal por sexo, com o sentimento de posse, desejo de uma vida estável... Acho que há mais condições em jogo, mas o que o filme mostra é este sentimento máximo de afeto entre duas pessoas condicionado às inúmeras manifestações do complexo comportamento de cada personagem.
Um grupo de jovens vai a uma casa no meio do nada e passam pelo terror. Como transformar esta velha história em algo diferente e divertido? Chamando Joss Whedon e Drew Goddard, é claro! Ambos trabalharam juntos no saudoso e ótimo seriado Buffy e sabem como ninguém a trabalhar com o gênero terror de forma original. O estilo destes produtores agrada telespectadores com a mente aberta. Ainda que seja um filme de terror, há toques de comédia, ficção, modernidade X antiguidade. O filme brinca com os próprios clichês do gênero para depois subvertê-los e nos brindar com uma trama surpreendente. Enfim, um filme de terror acima da média!
"The Kids Are All Right", título original desta pérola perdida, remete às discussões sobre a educação de filhos por pais ou mães homossexuais. Muitas vezes, as discussões são baseadas em preconceitos, intolerâncias e achismos. Assim, este título pode muito bem ser uma resposta ao mundo destas discussões de pessoas com mentes limitadas que só sabem julgar, enquanto que as crianças vão muito bem, obrigado. Ademais desta opinião pessoal, devo dizer que o filme é magnífico, sabendo explorar muito bem o drama de uma família de duas mães, uma filha e um filho, modificada quandos estes resolvem entrar em contato com o doador de esperma deles. Muito bem dirigido e atuações vibrantes! Faz o espectador sentir o constrangimento das situações, as tristezas, incertezas e alegrias de uma família NORMAL, com os problemas que todos filhos têm, com os problemas que todo casal tem, assim como as amarguras e felicidades de uma vida estável e duradoura em família. Obrigatório assisti-lo.
Esquecerei todas as más atuações do ator Ben Affleck se o (esnobado e ótimo) diretor Ben Affleck subir ao palco do Oscar e disser: "Argo fuck yourselves!"
Você não precisa de uma desculpa de história para encaixar ótimos clássicos do rock dos anos 80 em um filme. Pegue a trilha sonora e escute! Pode até repetir várias vezes, porque é excelente. Ah, mas escolha as originais, pois o elenco não canta bem também.
Durante a sessão, percebi 8 pessoas saindo da sala. O único motivo que imaginei foi por elas estarem desavisadas que o filme era um musical, afinal não é um gênero apreciado por muitos. Mas que musical!!! É ainda mais impressionante saber que foi exigido que os atores cantassem de verdade durante as gravações. Como consequência, vemos quase todo elenco esbanjando competência vocal e dramática, em um filme que narra de maneira bem consistente a saga de Jean Valjean na luta por uma vida digna em um mundo e época cruéis. Anne Hathaway na intensa performance "I Dreamed a Dream" vai ficar em minha memória para sempre, pela interpretação e pela crueza e verdadeira mensagem da canção.
Como um filme consegue ser tão emocionante ao tratar do velho assunto sobre a amizade e cumplicidade improvável entre duas pessoas? Primeiro que ele não se baseia só nesta fórmula de histórias que já vimos por aí, mas sim em uma história real. Segundo que, apesar dos dramas pessoais dos protagonistas, Intocáveis acerta em focar suas quase 2 horas de duração na relação entre o tetraplégico rico Philippe e o negro e pobre Driss. Desde o encontro vemos diálogos espertos e piadas sobre a condição de Philippe, e um pouco também sobre a ignorância e raça de Driss. Isso nunca transparece um problema ou deixa um clima pesado. Ao contrário, as falas demonstram um tratamento de igualdade ao outro, não sendo preconceituosas, e nem tratando ao próximo com pena. Rende muitos momentos de risadas e emoções!
The Hunting Ground
4.5 161You don't know how it feels, how it feels
'Til it happens to you, you won't know, it won't be real
No, it won't real, won't know how it feels
Essa canção da Lady Gaga (espero que seja indicada ao Oscar) para o documentário The Hunting Ground (com certeza será indicado ao Oscar) nos diz o que nunca vamos sentir (até que aconteça com a gente ou alguém próximo), mas esse filme realmente nos choca e nos ajuda a refletir sobre a situação das vítimas de estupro.
Acabei de vê-lo e não contive a raiva, as lágrimas e a revolta perante um sistema covarde, omisso, com interesses políticos e financeiros para encobrir os casos de estupros nas universidades estadunidenses.
Disponível no Netflix.
Sr. Sherlock Holmes
3.8 329 Assista AgoraSe Ian Mckellen não tiver nenhuma indicação por este papel, será a maior injustiça da história das premiações. Excelente como sempre! Passei o filme todo angustiado de ver um Sherlock tão vulnerável, mas ainda assim mostrando a genialidade inerente ao personagem.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraSomente Richard Linklater, que já nos deixou encantados por um casal discutindo o relacionamento e o mundo em 3 filmes, para nos prender a um filme de 2 horas e 40 minutos com recortes sobre a infância e juventude.
Boyhood não é um filme de causa e efeito como todos foram condicionados a gostar por causa do cinema comercial. É um filme de momentos, visões, recortes sobre a vida em família, a primeira revista erótica, os namorados da mãe, o primeiro namoro etc. Dentro desta proposta, o diretor consegue nos manter unidos à família Evans como se fôssemos parte dela e estivéssemos acompanhando cada etapa.
Ajudam nesta imersão as convincentes interpretações do estreante casal mirim e da excelente Patrícia Arquette. Ethan Hawke sendo dirigido por Linkater dispensa comentários.
A trilha sonora excelente é outra catalisadora dos momentos mostrados.
Por fim, o que todo mundo está comentando como sendo o motivo para se ver o filme: ele foi filmado por 12 anos com as mesmas pessoas.
Não digo que alguém deva assistir ao filme só por este motivo e somente pensando nele.
O diretor poderia ter trocado o elenco? Assim como a fotografia é essencial em uma produção para dar significados (preto e branco, sépia, escurecida...) ou a trilha sonora para criar momentos de suspense, tristeza, alegria, entre outras emoções, a decisão de filmar por este período é parte da essencial de Boyhood, o que faz com que ele se torne ainda mais imersivo e especial aos olhos do espectador. Junta-se aqui a edição, que passa as fases da vida de Mason Evans Junior de forma muito natural e sem problemas de interpretação para o espectador. Funciona quase como quando convivemos com alguém... Depois de um certo tempo ou evento, você diz: “Nossa, como o tempo passou! Como você cresceu!” É incrível esta habilidade da produção.
The Rover: A Caçada
3.3 355 Assista AgoraA saga Crepúsculo serviu para alguma coisa se as meninas que suspiravam pelo Robert Pattinson continuaram a seguir o ator e o viram neste ótimo filme com uma ótima interpretação.
Sempre ao Seu Lado
4.3 4,1K Assista AgoraPor muito tempo fiquei relutante para assistir a este filme; afinal, por que eu assistiria algo disposto a apelar para a emoção? Este era meu pré conceito sobre Sempre ao Seu Lado, filme que sempre chegava aos meus ouvidos com a sentença "chorei o filme todo".
Portanto, eu já imaginava um filme apelativo, mostrando a relação de fidelidade de um cachorro com seu dono, pontuada de muitos momentos alegres, música incidental para chorar e takes para nos transmitir piedade de ambos.
Finalmente assisti e tudo isso que imaginava se comprovou. Comprovou-se de uma maneira tão eficiente, tão bonita e gostosa de assistir, que não consegui resistir à imersão desta história (real) tão inocente e comovente.
Chorei o filme todo.
Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual
4.3 2,3K Assista AgoraDica para os fãs e colecionadores: encontrei o dvd deste filme no site da Livraria Cultura.
Ele estava esgotado em todas as lojas. Finalmente achei! o/
O Poderoso Chefão
4.7 2,9K Assista AgoraEstou passando aqui só para entrar no coro daqueles que puderam ver a obra-prima no cinema graças ao Cinemark. Excelente oportunidade!
Ver a porta batendo em nossa cara na telona é uma conquista para qualquer cinéfilo.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraEstava conversando com uma amiga e de repente me referi a este filme como um romance gay. Que grande reducionismo da minha parte para uma obra que contém mais temas e os desenvolve sempre de maneira singela e competente.
Não é somente um filme sobre um jovem cego (Leonardo) que se apaixona pelo novo aluno da escola (Gabriel), mas sim como este novo amor o faz enxergar (desculpe o trocadilho) seu lugar num mundo em que não há muitas liberdades individuais por conta de sua condição, assim como não há respeito pelos colegas que o cercam.
Antes da chegada de Gabriel, respeito e cumplicidade só aparecem no papel damelhor amiga de Leonardo, Giovana, que também se sente encantada pelo novo aluno. Assim, o filme desenvolve uma trama mais complexa onde vemos um quase triângulo amoroso e a dor de Giovana em perder sua exclusiva amizade de Leonardo.
O grande acerto do filme é não ter a pretensão de se aprofundar em como os personagens vão enfrentar o mundo saindo do armário, apesar de que lidar com este novo sentimento rende algumas das cenas mais bonitas ou engraçadas do filme. As câmeras do diretor e o roteiro simplesmente querem mostrar a descoberta de um novo amor, de maneira leve e terna, sem estereótipos e como Gabriel levará Leonardo a um mundo novo, ou normal, o qual ele é privado por sua família super protetora. É claro que, por se tratar de um relacionamento homo afetivo, alguns momentos de preconceito aparecem e as reações dos personagens a elas não poderiam ser melhores... Falar mais que isso será spoiler.
O elenco é ótimo, mesmo se tratando de novatos, a trilha sonora é perfeita e a direção e fotografia impecáveis. Gostaria de destacar a cena dos dois no chuveiro que poderia virar algo sensual nas mãos de outra direção, mas aqui nos faz perceber o desejo de Gabriel por Leonardo e como isso causa medo. O ator fez um ótimo desempenho mostrando o desejo e a reticência simultaneamente.
É preciso ter muito ódio no coração para não gostar desta produção. Difícil assistir algo que nos tira um sorriso alegre assim que os créditos sobem, mostrando como a vida pode ser melhor cheia de amor e amizade, superando as barreiras da intolerância, das deficiências e adversidades.
Uma História de Amor e Fúria
4.0 657"O passado é o que tá acontecendo agora. A cada dia que passa, uma nova página é escrita. Uma história de amor e de fúria. Viver sem conhecer o passado é viver no escuro."
Excelente animação brasileira!!!
A Mentira
3.6 2,2K Assista AgoraEste filme entra para meus favoritos não por seu mérito artístico, já que é muito simples em sua linguagem cinematográfica, mas por seu resgate em grande estilo das comédias escolares adolescentes dos anos 80.
Ele é declaradamente uma homenagem aos filmes de John Hughes ( explicitado em uma sequência do filme) com o estilo adolescente contemporâneo: falas "espertinhas" e adultas na boa de adolescentes estilo Juno ( em outra sequência um personagem até destaca a fala adulta de Olive, ainda pré-adolescente).
Junte-se ao recheio do filme críticas bem humoradas aos comportamentos machista, religioso e falso moralista das pessoas.
Para mim, a cereja em cima do bolo é Emma Stone, não por ser uma atriz excepcional, mas por ser um colírio para os meus olhos e sempre carismática em seus papéis.
E fica aqui aquele carinho especial a John Hughes, que ainda nos anos 2010 consegue inspirar filmes divertidos como este!
Universidade Monstros
3.9 1,8K Assista AgoraComo foi que este filme ficou de fora da disputa da Oscar de animação?! Eu tiraria o fraco Os Croods de lá e colocaria Universidade Monstros.
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraEm um momento deste filme, o pai da menina supostamente abusada diz que "há tanto mal neste mundo, que se nos unirmos, podemos acabar com ele". Grande ironia, já que neste caso a união das pessoas e suas manias de julgar os outros sem fatos causaram um grande mal ao personagem principal, Lucas. O filme tem uma habilidade incrível de contar a história de uma menina que solta uma frase acusatória e, a partir dela, as interpretações dos adultos transformam a realidade e a vida de um homem inocente em um inferno. Até mesmo a memória da criança é transformada por meio da más condutas da pessoas.
O filme aborda muito bem este assunto tão delicado, mostrando a abordagem e investigação do caso por adultos mal preparados, sem informações e já partindo do pressuposto de que a menina realmente foi abusada. A cena na creche mostra bem isso, onde as perguntas são na verdade afirmações e são tão fortes a ponto de manipular a cabeça da criança.
Sem spoilers, quero dizer que a cena final é incrível e emblemática!
Blue Jasmine
3.7 1,7K Assista AgoraHá algo muito proveitoso de se olhar nesta história e que facilmente podemos perceber a nossa volta. A mulher encontra o homem dos sonhos, aparentemente esquece que tem vida própria, que pode continuar investindo em seus sonhos e realizações e que não precisa viver às custas do status de seu "amor". Então o sonho vira pesadelo e acordar para uma vida sem glamour é algo que pode deixá-la maluca e depressiva. Deixem-me chover no molhado e falar que Cate está incrível na pele desta mulher que agora precisa lutar para voltar a ter uma vida social digna e economicamente estável.
Depois do fraco Para Roma com Amor, Woody Allen volta a fazer um filme com ótimos diálogos, um drama angustiante sobre uma mulher traída não só pelo marido, mas por ela mesma e suas condutas egoístas. E como sempre em seus filmes, no meio de todo drama, algumas risadas são tiradas de nós por conta do comportamento dos personagens.
Achei razoável a montagem do filme, que se utiliza de flashbacks para mostrar a vida de casada de Jasmine. Às vezes os flashbacks são bem montados, como quando ela entra na casa da irmã e lembra da mansão onde morava. Outras vezes vemos como gatilhos alguma palavra ou frase que forçam banalmente a lembrança. De qualquer modo, é uma composição digna para entendermos as atuais condutas da personagem principal.
Ótimo filme!
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraComo é emblemático o começo deste filme! E já escancara o que veremos em sua completude: a beleza do amor contrastando com a amargura do fim da vida, do fim da dignidade e do medo da solidão. Nunca a imagem de um cadáver já em estado de putrefação pareceu tão bonita.
Na sequência seguinte, em meio à multidão, um casal senil se destaca pelo olhar do homem para sua mulher. Ahhh, que bonito ver um casal ainda apaixonado depois de tantos anos de convivência. Depois desta única tomada externa, somos transportados para o lar do casal, de onde não mais saímos e nem eles.
Em ritmo lento, mas nunca monótono, o filme acompanha a rotina deste casal a sua velocidade, típica da terceira idade. O que se destaca é o carinho, paciência e cumplicidade de Georges com sua esposa Anne em um estado cada vez maior de dependência. É angustiante olhar para para o estado físico e mental de uma pessoa acometida por um AVC, ao mesmo tempo que é reconfortante assistirmos a disposição do marido para ajudar o amor de sua vida.
Gostei muito da interpretação dos dois, das posições de câmera e da composição do cenário. Interessante olhar para a sala cheia de cores, livros, piano, enquanto a única imagem que temos do mundo exterior é da janela. Através da cortina fechada, a rua e os prédios são percebidos em preto e branco, como se a vida para o casal só estivesse nos limites de sua casa mesmo. E não poderia ser diferente, já que não podem mais sair do lar e são poucas as visitas que recebem. Dá para se fazer muitas percepções em diferentes momentos. É um dos grandes triunfos do filme.
Agora um desabafo:
Sei que o OSCAR não é sinônimo de qualidade, assim como qualquer outra premiação tende a ser ideológica, injusta e limitada. Mas a partir do momento em que a premiação leva entre as finalistas uma atriz e sua interpretação como a da Emmanuelle Riva, deveria ter VERGONHA em não dar o prêmio para ela. Eu gosto da Jennifer Lawrence, mas comparada com a francesa Riva, sua performance é insignificante. Enfim, tinha que ganhar a queridinha americana.
O que esperamos é que Amor ficará na memória de muita gente e até da história do cinema, por sua força expressiva e performances. Este é o maior prêmio que um idealizador e atores poderiam ter. Já O Lado Bom da Vida...esqueci quase completamente o filme. Mais alguém?
Foi Apenas um Sonho
3.6 1,3K Assista AgoraSabe aquele "casal perfeito", que com certa ingenuidade as pessoas costumam rotular somente pela imagem que transmitem? Esse é o casal interpretado por Winslet e DiCaprio em mais um filme sobre as aparências do diretor Sam Mendes (Beleza Americana foi outro).
Chega a ser deprimente acompanhar a história de dois amantes vendo seus sonhos se desmancharem por conta da rotina da vida, das escolhas feitas. Além do constante combate entre o sonho libertário do casal e a vida em família, o filme mostra com sinceridade o quanto as pessoas se esforçam para transmitir um estilo de vida ( e felicidade) que não têm. Às vezes o casal nem tenta manter as aparências, mas são os outros que constroem sua própria imagem.
Curioso ver a tradução brasileira entregando o final do filme. Mas, como sempre procuro apontar em várias produções, é mais válido ver o percurso dos personagens até o final.
Conta Comigo
4.3 1,9K Assista AgoraMuito lembrado e injustamente categorizado como "filme de Sessão da Tarde" (já estou odiando este termo para os clássicos dos anos 80 e 90), Conta Comigo deve ser lembrado como uma ode à amizade. Não me lembro de nenhum filme que retrate tão bem as aventuras da infância como este, com um elenco tão entrosado. O carinho transparece entre o quarteto em um roteiro que, apesar de fictício, parece ser bem realista e até remete às minhas "aventuras" de infância.
A história simples e bem conduzida sobre um grupo de amigos que parte em uma jornada a fim de descobrir o local do corpo de um menino morto poderia ser atemporal e inspiradora para muitas gerações. Porém, acredito que esta narrativa faça cada vez menos sentido para crianças vividas em grandes centros urbanos, super-protegidas e que constroem suas relações dentro de seus quartos, por meio na internet.
Além da Eternidade
3.5 125Talvez este filme de Spielberg tenha envelhecido um pouco mal, já que vimos muitas histórias no cinema sobre um morto que volta para interferir na vida das pessoas que ama (ou não). Porém, vale lembrar que Além da Eternidade é de 1989 e ainda não estava na onda de banalização do tema.
Nele vemos a fórmula característica do cinema dos anos 80 e do cinema pipoca, que é a mistura da comédia pastelão (mas genuína) com o romance. Ainda temos aqui o conflito do personagem que morreu sem dizer que amava sua mulher e sua busca para fazê-lo depois de morto. Como toda a fórmula, sabemos o que acontecerá até o final. (Isso não é spoiler, é característica! O importante é não saber como acontecerá.) Portanto, apesar de toda essa sensação de dejà vu, o filme ainda consegue emocionar, pela interpretação dos personagens, pelas cenas de ação aérea muito legais e nervosas, e principalmente a cada execução da música Smoke Gets in Your Eyes! Esta fórmula "sessão da tarde" foi muito copiada e até hoje é. O que vale a pena é voltar no tempo e assistir quem sabe executá-la com maestria, como é o caso de Spielberg.
Um último ingrediente que deixa este filme ainda mais simpático é a participação especial de Audrey Hepburn, em seu último papel no cinema.
Closer: Perto Demais
3.9 3,3K Assista Agora"Eu te amo, preciso mijar". Essa fala, vinda da boca de um dos personagens, pode ser destacada como a essência do filme? Eu acredito que sim.
A primeira vez que assisti Closer, em 2006, cansado e com pouca maturidade cinematográfica, não percebi a profundidade do tema. Nesta segunda vez, embalado pela cena de abertura fantástica, resolvi ver inteiro novamente e achei o filme muito bom.
Voltando à fala que eu destaquei, acredito que essa busca pelo amor, assim como vemos na vida real, ficou banalizada. As personagens ( e as pessoas por aí) falam de amor e "eu te amo" o tempo todo, como se fosse mais uma frase qualquer. No caso deste filme, a busca do amor ou o medo de amar entram em conflito com as inseguranças da mente humana, com a competição animal por sexo, com o sentimento de posse, desejo de uma vida estável... Acho que há mais condições em jogo, mas o que o filme mostra é este sentimento máximo de afeto entre duas pessoas condicionado às inúmeras manifestações do complexo comportamento de cada personagem.
O Segredo da Cabana
3.0 3,2KUm grupo de jovens vai a uma casa no meio do nada e passam pelo terror. Como transformar esta velha história em algo diferente e divertido? Chamando Joss Whedon e Drew Goddard, é claro! Ambos trabalharam juntos no saudoso e ótimo seriado Buffy e sabem como ninguém a trabalhar com o gênero terror de forma original.
O estilo destes produtores agrada telespectadores com a mente aberta. Ainda que seja um filme de terror, há toques de comédia, ficção, modernidade X antiguidade. O filme brinca com os próprios clichês do gênero para depois subvertê-los e nos brindar com uma trama surpreendente.
Enfim, um filme de terror acima da média!
Minhas Mães e Meu Pai
3.4 1,3K Assista grátis"The Kids Are All Right", título original desta pérola perdida, remete às discussões sobre a educação de filhos por pais ou mães homossexuais. Muitas vezes, as discussões são baseadas em preconceitos, intolerâncias e achismos. Assim, este título pode muito bem ser uma resposta ao mundo destas discussões de pessoas com mentes limitadas que só sabem julgar, enquanto que as crianças vão muito bem, obrigado. Ademais desta opinião pessoal, devo dizer que o filme é magnífico, sabendo explorar muito bem o drama de uma família de duas mães, uma filha e um filho, modificada quandos estes resolvem entrar em contato com o doador de esperma deles.
Muito bem dirigido e atuações vibrantes! Faz o espectador sentir o constrangimento das situações, as tristezas, incertezas e alegrias de uma família NORMAL, com os problemas que todos filhos têm, com os problemas que todo casal tem, assim como as amarguras e felicidades de uma vida estável e duradoura em família.
Obrigatório assisti-lo.
Argo
3.9 2,5KEsquecerei todas as más atuações do ator Ben Affleck se o (esnobado e ótimo) diretor Ben Affleck subir ao palco do Oscar e disser: "Argo fuck yourselves!"
Rock of Ages: O Filme
3.1 1,3K Assista AgoraVocê não precisa de uma desculpa de história para encaixar ótimos clássicos do rock dos anos 80 em um filme. Pegue a trilha sonora e escute! Pode até repetir várias vezes, porque é excelente. Ah, mas escolha as originais, pois o elenco não canta bem também.
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraDurante a sessão, percebi 8 pessoas saindo da sala. O único motivo que imaginei foi por elas estarem desavisadas que o filme era um musical, afinal não é um gênero apreciado por muitos. Mas que musical!!! É ainda mais impressionante saber que foi exigido que os atores cantassem de verdade durante as gravações. Como consequência, vemos quase todo elenco esbanjando competência vocal e dramática, em um filme que narra de maneira bem consistente a saga de Jean Valjean na luta por uma vida digna em um mundo e época cruéis. Anne Hathaway na intensa performance "I Dreamed a Dream" vai ficar em minha memória para sempre, pela interpretação e pela crueza e verdadeira mensagem da canção.
Intocáveis
4.4 4,1K Assista AgoraComo um filme consegue ser tão emocionante ao tratar do velho assunto sobre a amizade e cumplicidade improvável entre duas pessoas? Primeiro que ele não se baseia só nesta fórmula de histórias que já vimos por aí, mas sim em uma história real. Segundo que, apesar dos dramas pessoais dos protagonistas, Intocáveis acerta em focar suas quase 2 horas de duração na relação entre o tetraplégico rico Philippe e o negro e pobre Driss.
Desde o encontro vemos diálogos espertos e piadas sobre a condição de Philippe, e um pouco também sobre a ignorância e raça de Driss. Isso nunca transparece um problema ou deixa um clima pesado. Ao contrário, as falas demonstram um tratamento de igualdade ao outro, não sendo preconceituosas, e nem tratando ao próximo com pena.
Rende muitos momentos de risadas e emoções!