Não gosto particulamente de filmes bélicos. São injustos, nacionalista, e preconceituosos. Este aqui é aquela imagem do heroi nacional, o que me irrita. Não sei em que medida, ainda, mas me irrita. Fora as visões políticas, que são muitas, todas elas questionáveis -- por parte mesmo de toda a filmografia hollywoodiana que toca no aspecto de outras raças e nações.
Mas, continuando, saindo, foi bem mais justo que este filme ganhasse o Oscar daquele ano que Avatar. A primeira parte do filme, muito tensa, me deixou extasiado. Aí, do meio em diante, quando passamos à analise psicológica dos personagens, fica deveras arrastado. E, bem, quanto ao aspecto "diversão", esta guerra tecnológica não é tão "emocionante" quanto os clássicos em minha opinião (Apocalipse Now, Full Metal Jacket, Panths of Glory, etc, etc....). Não quero mais falar.
Não conheço ainda, ao menos pessoalmente, a Graphic Novel do Frank Miller, mas o que vi em 300 foi, à época, impressionante -- apesar de hoje reconhecer coisas que quando tinha 16 ou 14 anos não poderia nem tinha tanto conhecimento em cinema para discernir. Entretanto, aquem do preconceito escancarado, é um filme impressionante pelos efeitos especiais, pelas batalhas, pelo excesso de slow motion, gritos, pancadaria... Para quem tem até os seus bons quinze anos ou gosta de um filme para se assistir sobre o sofá se empanturrando de pipoca e se engasgando dos sustos.
Aí um filme de Woody Allen que eu esperava encontrar e acabei me surpreendendo por encontrar mais que o que eu esperava! É difícil de entender, mas só vendo os três últimos filmes dele para saber. Os dois últimos então, nem se fala. Esperava, e encontrei o Woody Allen de sempre, das comédias, das narrações em off, das situações bizarras, porém, de certo modo, possíveis do cotidiano. Neste aqui não: ele conseguiu ir um salto além.
Um filme engraçado, cativante, cheio de um humo, tipicamente wodyalleano. [spoiler]Como sempre um intelectual ascendente, da burguesia norteamericana, que se envolve de certa maneira com Hollywood, no enanto, com pretensões literarias, e que se sente expatriado pelo tempo em meio a uma Paris que é um convite ao deleite de fãs de artes, história e de uma boa dose de romantismo indiscriminado. Mas viver isso com a família de sua esposa, altamente preconceituosa e arrogante entra em conflito com a cabeç do pobre homem. Mas enfim, o que por aí vai é um ótimo Woody Allen, como há muito não se via!
Achei este um dos melhores filmes de boxe mais modernos, quase - eu disse quase - me faz lembrar os áureos tempos de Rocky Balboa, que fez história, ao pôr o drama misturado ao esporte típico norteamericano (obviamente que eles também são mestres na arte de fazer bons filmes sobre o esporte - vide um, que me falha a memória, com Russel Crowe, mais moderno, e mais antigamente, Touro Indomável, de Scorsese).
Além disso, Christian Bale dá um show em sua atuação como o viciado em crack pretensioso por ter derrubado (será que derrubou?) anos atrás um campeão mundial - digníssimo do Oscar que venceu, mas digo isso, achando que mudarei de ideia (ou não) caso eu venha a assistir os outros concorrentes. Mark Whalberg, que não é nenhum Marlon Brando em atuar, conseguiu cumprir o seu papel como o puro músculos de bom coração do filme - o mote para se adentrar no boxe e fugir do drama.
Um bom filme, para se relembrar Rocky, com uma pontinha de medo e tristeza.
Realmente é de se pensar que se temos dois filmes para retratar a vida de um personagem, há coisas que melhor poderiam ter sido exploradas. Certas atitudes do Mesrine ficam assim a pairar no ar e o espectador fica meio atordoado por ver um homem com alterações de humor tão intensas - aquele diálogo da cena em que põe a pistola na boca da esposa, não engulo. A cascagrocisse dele começa a irritar o espectador, depois, lá na prisão é que ela começa a parecer heroísmo.
Quando o diretor se propôs a não "endeusar" o gângster, acho que pôs ali uma imagem na atuação de Cassel que, ao meu ver, fora deveras forçosa.
O filme me chamou a atenção por ter a atuação de Vincent Cassel (que tive a experiência de ver uma atuação memorável em Irreversível), por tratar de uma história real e por mais ainda tratar de uma história real de um gangstêr - a experiência com "O Gangster" do Ridley Scott fora muito boa, por sinal, ainda lembro.
Mas o filme me pareceu uma sucessão de assassinatos e tiroteios despropositados depois do começo muito bom, com a sequência de quando são eles pegos de surpresa. O filme é rápido, cortes sobre cortes, e quando menos se apercebe, estamos tantos anos depois daquela data, de outra, enfim. Um casca grossa, esse Mesrine. Acho que fui com as intensões erradas ao assistí-lo - não esperava por um filme de ação tão direto, tão cru. Talvez o dois receba melhor nota por eu já saber que vou encontrar.
Para quem gosta do Rambo, assista.
Diria que é o Silvester Stallone fumando um cigarro e de bigodes.
Para começar, assisti este filme bem mais pelo seu status que pela curiosidade - indicações mil, todo mundo comentava (fotos de trechos do filme nos albuns de orkut, essas coisas)... Acontece que não sou fã de Robin Williams, o que me causava certo receio em assistí-lo. Mas no final das contas, o achei bem menos patetão do que em Path Adams (me perdoem se o nome estiver errado).
Assisti também pelo título, deveras convidativo.
E assim foi que consegui depois de anos vê-lo e me sentir, não emocionado, nem encantado, sendo este um dos meus filmes favoritos pro resto da vida. Mas vi muita dor, evidentemente, naqueles pobres coraçõezinhos juvenis, isso sim.
Tem toda, aliás, uma tentaiva de identificar a juventude, por meio dos personagens, por meio das situações, mostrando cada tipinho de homem que um garoto poderá se transformar, desde o sensível, até o canastrão.
Enfim, é um bom filme para se assistir com pipoca e lenços de papel umedecidos. Ria quem quiser de Robin Williams.
O filme tem um clima pesado e tenebroso como uma história mais psicológica (que irônico!) que por um terror em si causado pelo sanatório. Quando se descobre que o louco é o Di Caprio e não o Diretor, pensamos todos que quem enlouqueceu fomos nós. Mas aí está o busilis da coisa: Scorsese criou um roteiro de tal maneira que fôssemos seduzidos pela loucura do protagonista, nos levando ao ponto onde a embriaguez constante das lembranças e da cabeça dele nos fizessem crer que um trauma o fizera triste daquele jeito.[
O clima é sempre claustrofóbico no filme. Do princípio até o fim. Manjado é só o jogo de luz, sombras, sons ecoando, as imagens asquerosas, mas tudo faz parte dos imaginários da loucura - com um quê de Hitchcock inegável.
Ps:"corrijido" com spoilers, como manda o figurino! Desculpa aê!
Se aí há o gênero drama é porque não sabem o que é o gênero, porque nesse filme, cada frase solta pelo impagável Antônio Biá de um José Dumont genial na comédia se transforma automático numa gargalhada.
Claro, há o drama da cidadezinha que vai ser inundada, o que é em si muito bom como instrumento de protesto contra os governantes e autoridades que tudo fazem em nome do progresso. Mas em termos artísticos, nada fica a dever, por exemplo, a O Auto da Comparecida, quando o assunto é comédia e aquele sentimento, pelo menos para mim que sou cearense, de "já vi isso na minha vida".
Bem, se a personagem de Manhattan disse haver frieza em Bergman, vi-a neste filme, que nem por isto deixa de ser bom. Bergman, segundo dizem, tem uma fase sua que é bastante experimental. Este experimentalismo é bem evidente neste filme.
Apesar de aparentemente muito claro, Persona resguarda um tom subliminar em si que tem a ver mais com o tema de identidade, ou, como se dizia antigamente, "alma" das personagens que se envolvem, onde vemos que o que uma parecia na verdade é o oposto. Desatando: a enfermeira simpática e segura que cuida da atriz insegura e delicada, posta dentro de uma fragilidade, na verdade é bem mais frágil que aparenta, quanto que a atriz, outrora apática e delicada é que guarda em si uma frieza dura e crua para com sentimentos.
Um filme brilhante, bem dirigido, com cenas e embates entre as duas atrizes tensos.
Este sim, um clássico irremediavelmente belo, digno de todas as vangloriações que lhe atribuem. Não sou chegado a ser fã de muitos filmes, nem pago pau para muitos, mas Truffaut como cinéfilo que era fez um dos filmes mais belos que já vi na minha vida.
A simplicidade que lhe faz sobressair por Godard, para mim é essencial, mas o foco principal, na minha opinião é a sensibilidade com que ele move os palitos que formam essa trama que seria pequena, não fosse seu envolvimento com o filme, sua identificação no sentido literal da palavra, de identidade.
Assisti à última parte da vida de Doinel, achei lindo, mas, não sei quanto aos outros, Os Incompreendidos faz parte do tipo de cinema para se ter em casa e assistir incontáveis vezes.
Por mais que se tente não dá para se entender Godard por completo. Fica sempre aquela réstia de dúvida sobre o que diabo foi aquilo. Principalmente isso em sua segunda fase, lá pelos idos dos anos oitenta, quando fez, entre outros, Je Vous Salue Marie.
Nesta, que segundo dizem, foi sua melhor fase, ainda se "pega" algo no ar, como por exemplo, as influências de filmes de ação norte-americanos que muito influenciaram a Nouvelle Vague, estão aqui expressas - cheguei a esta conclusão graças à um amigo que, assistindo comigo, disse parecer com o clima presente em Bonnie e Clyde - os tais filmes noir.
Assistirei pela terceira vez, e voltarei para destrinchar o nó que é a trama, mas ao que me pareceu, me corrijam se estiver errado, ela tinha um primo, que os ofereceria ajuda, depois de se envolverem num crime (aliás em vários). Depois de enganada e levada para a morte ele resolve se matar, mas no último momento se arrepende. Mas isto, claro, à maneira de Godard, com cenas em que os atores interagem com espectador, falando diretamente com eles, além de diálogos aparentemente incongruentes.
Polanski se reinventando como pessoa deu certo num filme onde um escritor se reinventa por si só para se transformar num detetive. A trama bem intricada funciona muito bem até em certos momentos. Fica devendo num pouco mais de suspense e sobra trocados graúdos pro mistério. Os atores - principalmente a personagem esposa do político - muito bons, Ewan McGregor também, competentíssimo.
O final também, digno de palmas. Para um filme passado em tão atribuladas situações pessoais até que Polanski conseguiu se sair muito bem, melhor que muitos diretores que se propõem a fazer filmes do mesmo gênero por aí.
Decepcionei-me um pouco. Não com Cage, mas com Herzog, que se deixou seduzir por um filme tão fraco.
O enredo me pareceu interessante, mas algo não funciona no filme, que não sei direito explicar. Cage como bêbado já fora melhor - mas falo de um papel dramático, e este aqui tinha a intensão de ser... no fundo acabou sendo muito mais engraçado que trágico.
O final, sem esperança alguma, muito me agradou, e principalmente as cenas em que Cage não se emendava estando sob efeito das drogas. Mesmo com tudo isso achei-o fraco.
Um filme extraordinário, que não é tão tenso quanto aparenta seu cartaz (na verdade eu imaginava-o até cômico: pois a morte jogando xadrez com um cavaleiro medieval? Não me gusta!), mantendo a linha sempre entre seus personagens, mas sem perder o tom tenebroso que o envolve (sim, pois a morte, anda por perto).
Há, claro - explicando o que disse acima - o tenso, melancólico, mas há também a ironia, fugindo um pouco, do que disse a personagem de Manhattan sobre Bergman, da frieza. Achei-o um clássico, digno deste nome, tornou Bergman mais aceitável aos meus olhos, já que quando vi Gritos e Sussurros, engoli-o seco, intragável. Este sim, um bom filme.
Um filme que buscou descarado fazer um drama à maneira americana.
Achei chata a personagem de Ana Paula Arósio, que fica se escondendo de uma maneira irritante por trás de uma carranca intelectual que lhe põe no ciclo daqueles personagens que você não quer ver antes de morrer, tornando o outro personagem de Murilo Rosa, que também é irritante, uma pessoa boazinha (aliás, Murilo Rosa não me convenceu como gay. Fora o corte de cabelo e as roupas, nada feito).
Aliás vi apenas um show de más interpretações. AnaPaula Arósio bem que tentou mostrar sua dor (em certos momento me convenceu), mas a chatice da personagem impediu que fosse além. E a Natália Lage que entrou apática e saiu transparente nem merecia estar no cartaz do filme.
Dores, lamentações... não entendi porque aqueles três aleijados uniram-se naquele casebre. Faltou-lhes uma mulet e um pouco mais de sal nesse filme.
Woody Allen é sempre mais do mesmo, o que não significa que seja ruim. As come´dias que fez em Londres, não vi nenhum - se fez, nem sei, só cito. Mas sei que de Match Point pra cá, e de Scoop (sim, eu assisti e lembrei agora) ele colecionou ondas e mais ondas de pessimismo, pois aí vai uma boa comédia de humor "Woodyalleano" com aqueles toques sutis de intelectualidade que provém mesmo do diretor, que tem essa mania de retratar a vida intelectual de aspirantes à artista ou seja lá o que seja.
Remexendo nos confins da idade, um Antony Hopkins assumindo a velhice muito me surpreendeu, assim como a atuação descaradamente decadente e safada de Josh Brolin, além de Freida Pinto, que arrancou suspiros da minha namorada.
Aí vai um filme incrível. Mostra o poder que o cinema tem em cativar sem precisar de mundos e fundos. Julliette Binoche incrível, merecedora, acho, do prêmio que lhe coube. Abbas Kiarostami, diretor de um filme clássico, já vencedor da Palma de Ouro em Canne, Gosto de Cereja, se aventura dentro de uma terra linda "no Sul da Toscana", como diz a legenda, com sua câmera de olhar turista, sempre perpassando pelas belezas arquitetônicas, naturais, as vielas, as ruas, os restaurantes, as pessoas, as luzes, as sombras, as paredes... Tudo passa pelos "olhos" de Kiarostami, mostrando a história do casal.
Aliás, casal este que até metade do filme se desconhece que sejam casados (pois são), já que o filme deixa apenas pistas de maneira muito sagaz para testar, muito provavelmente nossa atenção aos detalhes das variações de humor repentinas que ocorrem nos primeiros quilômetros da viagem do casal para onde se conheceram e tiveram sua lua-de-mel, numa DR duradoura e dolorida onde cada qual vai esfaqueando mentalmente um e outro com lembranças disto e daquilo.
Importante notar a câmera estática em frente aos atores nos encarando, como que fossem homens a ser questionados pela bela Binoche magoada, e mulheres atordoadas pelo ceticismo e frieza do seu marido diante das coisas.
Havia dito que gostava de quatro filmes de Spielberg: Munique, A.I., A Lista de Schindler, O Resgate do Soldado Ryan (na verdade disse três, mas O Resgate também é muito bom), mas aí está um outro que muito me agrada nessa investida de Spielberg na comédia. Algo de safado envolve o personagem do Di Caprio, algo parecido com aquela aura que envolve Vadinho de Dona Flor e Seus Dois Maridos, que você sabe que não presta, mas que torce por ele mesmo assim, ficando contra "o certinho", que é o personagem de Tom Hanks. Soube então, mais uma vez, mérito dele, guiar-nos pela sua vontade - esse filme é só mais uma amostra de que Spielberg tem realmente o dom de cativar - um mago de Hollywood.
A história se desenvolve bem, fora mesmo só as impossibilidades da vida de médico, que achei absurdo! Mas, fazer o quê se a história é real? Só nos resta engolir a comédia dos absurdos.
O retorno de Antonny Hopkins e de seu Hannibal Lecter, nessa história absolutamente anacrônica (poxa, vejamos: silêncio dos inocentes, depois este dragão vermelho, depois hannibal o início, depois hannibal a origem domal) é mais quieto, porém não menos perturbador. Mais pelo personagem de Ralph Fiennes, conhecido como Fada dos Dentes - sem bem me recordo! - que por Lecter, eu diria.
Substituindo bem a mocinha de Silêncio dos Inocentes, tá aí, o talentoso, convincente e sempre bom com aquele jeito meio apático, Edward Norton, na cola do assassino. Perdeu um pouco da pegada terror/suspense do original, mantendo a linha somente no quesito filme-sobre-psicopatas que é a cara de Hollywood, como por exemplo na cena em que o personagem de Philip Seymour Hoffman é pêgo pelo Fada dos Dentes.
De resto é um bom filme - segundo dizem, a versão da década de oitenta é bem mais perturbadora, até mesmo que o Silêncio dos Inocentes, aguardado já na minha lista de filmes para ver antes de vestir o paletó de madeira.
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 5,0K Assista Agorasó tenho uma coisa a dizer
botou a mãe no meio a coisa se resolve
Guerra ao Terror
3.5 1,4K Assista AgoraNão gosto particulamente de filmes bélicos. São injustos, nacionalista, e preconceituosos. Este aqui é aquela imagem do heroi nacional, o que me irrita. Não sei em que medida, ainda, mas me irrita. Fora as visões políticas, que são muitas, todas elas questionáveis -- por parte mesmo de toda a filmografia hollywoodiana que toca no aspecto de outras raças e nações.
Mas, continuando, saindo, foi bem mais justo que este filme ganhasse o Oscar daquele ano que Avatar. A primeira parte do filme, muito tensa, me deixou extasiado. Aí, do meio em diante, quando passamos à analise psicológica dos personagens, fica deveras arrastado. E, bem, quanto ao aspecto "diversão", esta guerra tecnológica não é tão "emocionante" quanto os clássicos em minha opinião (Apocalipse Now, Full Metal Jacket, Panths of Glory, etc, etc....). Não quero mais falar.
300
3.8 1,7K Assista AgoraNão conheço ainda, ao menos pessoalmente, a Graphic Novel do Frank Miller, mas o que vi em 300 foi, à época, impressionante -- apesar de hoje reconhecer coisas que quando tinha 16 ou 14 anos não poderia nem tinha tanto conhecimento em cinema para discernir. Entretanto, aquem do preconceito escancarado, é um filme impressionante pelos efeitos especiais, pelas batalhas, pelo excesso de slow motion, gritos, pancadaria... Para quem tem até os seus bons quinze anos ou gosta de um filme para se assistir sobre o sofá se empanturrando de pipoca e se engasgando dos sustos.
Meia-Noite em Paris
4.0 3,8K Assista AgoraAí um filme de Woody Allen que eu esperava encontrar e acabei me surpreendendo por encontrar mais que o que eu esperava! É difícil de entender, mas só vendo os três últimos filmes dele para saber. Os dois últimos então, nem se fala. Esperava, e encontrei o Woody Allen de sempre, das comédias, das narrações em off, das situações bizarras, porém, de certo modo, possíveis do cotidiano. Neste aqui não: ele conseguiu ir um salto além.
Um filme engraçado, cativante, cheio de um humo, tipicamente wodyalleano. [spoiler]Como sempre um intelectual ascendente, da burguesia norteamericana, que se envolve de certa maneira com Hollywood, no enanto, com pretensões literarias, e que se sente expatriado pelo tempo em meio a uma Paris que é um convite ao deleite de fãs de artes, história e de uma boa dose de romantismo indiscriminado. Mas viver isso com a família de sua esposa, altamente preconceituosa e arrogante entra em conflito com a cabeç do pobre homem. Mas enfim, o que por aí vai é um ótimo Woody Allen, como há muito não se via!
O Vencedor
4.0 1,3K Assista AgoraAchei este um dos melhores filmes de boxe mais modernos, quase - eu disse quase - me faz lembrar os áureos tempos de Rocky Balboa, que fez história, ao pôr o drama misturado ao esporte típico norteamericano (obviamente que eles também são mestres na arte de fazer bons filmes sobre o esporte - vide um, que me falha a memória, com Russel Crowe, mais moderno, e mais antigamente, Touro Indomável, de Scorsese).
Além disso, Christian Bale dá um show em sua atuação como o viciado em crack pretensioso por ter derrubado (será que derrubou?) anos atrás um campeão mundial - digníssimo do Oscar que venceu, mas digo isso, achando que mudarei de ideia (ou não) caso eu venha a assistir os outros concorrentes. Mark Whalberg, que não é nenhum Marlon Brando em atuar, conseguiu cumprir o seu papel como o puro músculos de bom coração do filme - o mote para se adentrar no boxe e fugir do drama.
Um bom filme, para se relembrar Rocky, com uma pontinha de medo e tristeza.
Inimigo Público Nº1 - Parte 2
3.9 31 Assista AgoraMais pela sequência que por uma curiosidade.
Inimigo Público Nº1 - Instinto de Morte
3.8 68 Assista AgoraAliás, mais um breve comentário sobre a atuação e o compasso do filme, aproveitando o gancho dado pelo amigo aí debaixo.
Realmente é de se pensar que se temos dois filmes para retratar a vida de um personagem, há coisas que melhor poderiam ter sido exploradas. Certas atitudes do Mesrine ficam assim a pairar no ar e o espectador fica meio atordoado por ver um homem com alterações de humor tão intensas - aquele diálogo da cena em que põe a pistola na boca da esposa, não engulo. A cascagrocisse dele começa a irritar o espectador, depois, lá na prisão é que ela começa a parecer heroísmo.
Quando o diretor se propôs a não "endeusar" o gângster, acho que pôs ali uma imagem na atuação de Cassel que, ao meu ver, fora deveras forçosa.
É isso. não falo mais do Rambo Francês.
Inimigo Público Nº1 - Instinto de Morte
3.8 68 Assista AgoraO filme me chamou a atenção por ter a atuação de Vincent Cassel (que tive a experiência de ver uma atuação memorável em Irreversível), por tratar de uma história real e por mais ainda tratar de uma história real de um gangstêr - a experiência com "O Gangster" do Ridley Scott fora muito boa, por sinal, ainda lembro.
Mas o filme me pareceu uma sucessão de assassinatos e tiroteios despropositados depois do começo muito bom, com a sequência de quando são eles pegos de surpresa. O filme é rápido, cortes sobre cortes, e quando menos se apercebe, estamos tantos anos depois daquela data, de outra, enfim. Um casca grossa, esse Mesrine. Acho que fui com as intensões erradas ao assistí-lo - não esperava por um filme de ação tão direto, tão cru. Talvez o dois receba melhor nota por eu já saber que vou encontrar.
Para quem gosta do Rambo, assista.
Diria que é o Silvester Stallone fumando um cigarro e de bigodes.
Sociedade dos Poetas Mortos
4.3 2,3K Assista AgoraPara começar, assisti este filme bem mais pelo seu status que pela curiosidade - indicações mil, todo mundo comentava (fotos de trechos do filme nos albuns de orkut, essas coisas)... Acontece que não sou fã de Robin Williams, o que me causava certo receio em assistí-lo. Mas no final das contas, o achei bem menos patetão do que em Path Adams (me perdoem se o nome estiver errado).
Assisti também pelo título, deveras convidativo.
E assim foi que consegui depois de anos vê-lo e me sentir, não emocionado, nem encantado, sendo este um dos meus filmes favoritos pro resto da vida. Mas vi muita dor, evidentemente, naqueles pobres coraçõezinhos juvenis, isso sim.
Tem toda, aliás, uma tentaiva de identificar a juventude, por meio dos personagens, por meio das situações, mostrando cada tipinho de homem que um garoto poderá se transformar, desde o sensível, até o canastrão.
Enfim, é um bom filme para se assistir com pipoca e lenços de papel umedecidos.
Ria quem quiser de Robin Williams.
Ilha do Medo
4.2 4,0K Assista AgoraScorsese em parceria com o DiCaprio tem dado muito certo na minha opinião.
O filme tem um clima pesado e tenebroso como uma história mais psicológica (que irônico!) que por um terror em si causado pelo sanatório. Quando se descobre que o louco é o Di Caprio e não o Diretor, pensamos todos que quem enlouqueceu fomos nós. Mas aí está o busilis da coisa: Scorsese criou um roteiro de tal maneira que fôssemos seduzidos pela loucura do protagonista, nos levando ao ponto onde a embriaguez constante das lembranças e da cabeça dele nos fizessem crer que um trauma o fizera triste daquele jeito.[
O clima é sempre claustrofóbico no filme. Do princípio até o fim. Manjado é só o jogo de luz, sombras, sons ecoando, as imagens asquerosas, mas tudo faz parte dos imaginários da loucura - com um quê de Hitchcock inegável.
Ps:"corrijido" com spoilers, como manda o figurino!
Desculpa aê!
Caçador de Assassinos
3.5 158 Assista AgoraTá aqui um filme do qual ouço falar muitoo bem - dizem ser melhor e mais aterrorizante que a versão de 2002.
Tomei conhecimento deste filme na lista de 1001 filmes para ver antes de morrer;
Narradores de Javé
3.9 274Se aí há o gênero drama é porque não sabem o que é o gênero, porque nesse filme, cada frase solta pelo impagável Antônio Biá de um José Dumont genial na comédia se transforma automático numa gargalhada.
Claro, há o drama da cidadezinha que vai ser inundada, o que é em si muito bom como instrumento de protesto contra os governantes e autoridades que tudo fazem em nome do progresso. Mas em termos artísticos, nada fica a dever, por exemplo, a O Auto da Comparecida, quando o assunto é comédia e aquele sentimento, pelo menos para mim que sou cearense, de "já vi isso na minha vida".
Quando Duas Mulheres Pecam
4.4 1,1K Assista AgoraBem, se a personagem de Manhattan disse haver frieza em Bergman, vi-a neste filme, que nem por isto deixa de ser bom. Bergman, segundo dizem, tem uma fase sua que é bastante experimental. Este experimentalismo é bem evidente neste filme.
Apesar de aparentemente muito claro, Persona resguarda um tom subliminar em si que tem a ver mais com o tema de identidade, ou, como se dizia antigamente, "alma" das personagens que se envolvem, onde vemos que o que uma parecia na verdade é o oposto. Desatando: a enfermeira simpática e segura que cuida da atriz insegura e delicada, posta dentro de uma fragilidade, na verdade é bem mais frágil que aparenta, quanto que a atriz, outrora apática e delicada é que guarda em si uma frieza dura e crua para com sentimentos.
Um filme brilhante, bem dirigido, com cenas e embates entre as duas atrizes tensos.
Os Incompreendidos
4.4 645Meu Deus! Estou apaixonado por este filme!
Este sim, um clássico irremediavelmente belo, digno de todas as vangloriações que lhe atribuem. Não sou chegado a ser fã de muitos filmes, nem pago pau para muitos, mas Truffaut como cinéfilo que era fez um dos filmes mais belos que já vi na minha vida.
A simplicidade que lhe faz sobressair por Godard, para mim é essencial, mas o foco principal, na minha opinião é a sensibilidade com que ele move os palitos que formam essa trama que seria pequena, não fosse seu envolvimento com o filme, sua identificação no sentido literal da palavra, de identidade.
Assisti à última parte da vida de Doinel, achei lindo, mas, não sei quanto aos outros, Os Incompreendidos faz parte do tipo de cinema para se ter em casa e assistir incontáveis vezes.
O Demônio das Onze Horas
4.2 430 Assista AgoraPor mais que se tente não dá para se entender Godard por completo. Fica sempre aquela réstia de dúvida sobre o que diabo foi aquilo. Principalmente isso em sua segunda fase, lá pelos idos dos anos oitenta, quando fez, entre outros, Je Vous Salue Marie.
Nesta, que segundo dizem, foi sua melhor fase, ainda se "pega" algo no ar, como por exemplo, as influências de filmes de ação norte-americanos que muito influenciaram a Nouvelle Vague, estão aqui expressas - cheguei a esta conclusão graças à um amigo que, assistindo comigo, disse parecer com o clima presente em Bonnie e Clyde - os tais filmes noir.
Assistirei pela terceira vez, e voltarei para destrinchar o nó que é a trama, mas ao que me pareceu, me corrijam se estiver errado, ela tinha um primo, que os ofereceria ajuda, depois de se envolverem num crime (aliás em vários). Depois de enganada e levada para a morte ele resolve se matar, mas no último momento se arrepende. Mas isto, claro, à maneira de Godard, com cenas em que os atores interagem com espectador, falando diretamente com eles, além de diálogos aparentemente incongruentes.
O Escritor Fantasma
3.6 582 Assista AgoraPolanski se reinventando como pessoa deu certo num filme onde um escritor se reinventa por si só para se transformar num detetive. A trama bem intricada funciona muito bem até em certos momentos. Fica devendo num pouco mais de suspense e sobra trocados graúdos pro mistério. Os atores - principalmente a personagem esposa do político - muito bons, Ewan McGregor também, competentíssimo.
O final também, digno de palmas. Para um filme passado em tão atribuladas situações pessoais até que Polanski conseguiu se sair muito bem, melhor que muitos diretores que se propõem a fazer filmes do mesmo gênero por aí.
Vício Frenético
3.1 447 Assista AgoraE a Iguana e o
- atire de novo!
- por que?
- a alma dele está dançando
salvaram o filme.
concordo.
Vício Frenético
3.1 447 Assista AgoraDecepcionei-me um pouco. Não com Cage, mas com Herzog, que se deixou seduzir por um filme tão fraco.
O enredo me pareceu interessante, mas algo não funciona no filme, que não sei direito explicar. Cage como bêbado já fora melhor - mas falo de um papel dramático, e este aqui tinha a intensão de ser... no fundo acabou sendo muito mais engraçado que trágico.
O final, sem esperança alguma, muito me agradou, e principalmente as cenas em que Cage não se emendava estando sob efeito das drogas. Mesmo com tudo isso achei-o fraco.
O Sétimo Selo
4.4 1,0KUm filme extraordinário, que não é tão tenso quanto aparenta seu cartaz (na verdade eu imaginava-o até cômico: pois a morte jogando xadrez com um cavaleiro medieval? Não me gusta!), mantendo a linha sempre entre seus personagens, mas sem perder o tom tenebroso que o envolve (sim, pois a morte, anda por perto).
Há, claro - explicando o que disse acima - o tenso, melancólico, mas há também a ironia, fugindo um pouco, do que disse a personagem de Manhattan sobre Bergman, da frieza. Achei-o um clássico, digno deste nome, tornou Bergman mais aceitável aos meus olhos, já que quando vi Gritos e Sussurros, engoli-o seco, intragável. Este sim, um bom filme.
Como Esquecer
3.6 659 Assista AgoraUm filme que buscou descarado fazer um drama à maneira americana.
Achei chata a personagem de Ana Paula Arósio, que fica se escondendo de uma maneira irritante por trás de uma carranca intelectual que lhe põe no ciclo daqueles personagens que você não quer ver antes de morrer, tornando o outro personagem de Murilo Rosa, que também é irritante, uma pessoa boazinha (aliás, Murilo Rosa não me convenceu como gay. Fora o corte de cabelo e as roupas, nada feito).
Aliás vi apenas um show de más interpretações. AnaPaula Arósio bem que tentou mostrar sua dor (em certos momento me convenceu), mas a chatice da personagem impediu que fosse além. E a Natália Lage que entrou apática e saiu transparente nem merecia estar no cartaz do filme.
Dores, lamentações... não entendi porque aqueles três aleijados uniram-se naquele casebre. Faltou-lhes uma mulet e um pouco mais de sal nesse filme.
Você vai Conhecer o Homem dos seus Sonhos
2.9 778Woody Allen é sempre mais do mesmo, o que não significa que seja ruim. As come´dias que fez em Londres, não vi nenhum - se fez, nem sei, só cito.
Mas sei que de Match Point pra cá, e de Scoop (sim, eu assisti e lembrei agora) ele colecionou ondas e mais ondas de pessimismo, pois aí vai uma boa comédia de humor "Woodyalleano" com aqueles toques sutis de intelectualidade que provém mesmo do diretor, que tem essa mania de retratar a vida intelectual de aspirantes à artista ou seja lá o que seja.
Remexendo nos confins da idade, um Antony Hopkins assumindo a velhice muito me surpreendeu, assim como a atuação descaradamente decadente e safada de Josh Brolin, além de Freida Pinto, que arrancou suspiros da minha namorada.
Para rir, como toda boa comédia de Woody Allen.
Cópia Fiel
3.9 452 Assista AgoraAí vai um filme incrível. Mostra o poder que o cinema tem em cativar sem precisar de mundos e fundos. Julliette Binoche incrível, merecedora, acho, do prêmio que lhe coube. Abbas Kiarostami, diretor de um filme clássico, já vencedor da Palma de Ouro em Canne, Gosto de Cereja, se aventura dentro de uma terra linda "no Sul da Toscana", como diz a legenda, com sua câmera de olhar turista, sempre perpassando pelas belezas arquitetônicas, naturais, as vielas, as ruas, os restaurantes, as pessoas, as luzes, as sombras, as paredes... Tudo passa pelos "olhos" de Kiarostami, mostrando a história do casal.
Aliás, casal este que até metade do filme se desconhece que sejam casados (pois são), já que o filme deixa apenas pistas de maneira muito sagaz para testar, muito provavelmente nossa atenção aos detalhes das variações de humor repentinas que ocorrem nos primeiros quilômetros da viagem do casal para onde se conheceram e tiveram sua lua-de-mel, numa DR duradoura e dolorida onde cada qual vai esfaqueando mentalmente um e outro com lembranças disto e daquilo.
Importante notar a câmera estática em frente aos atores nos encarando, como que fossem homens a ser questionados pela bela Binoche magoada, e mulheres atordoadas pelo ceticismo e frieza do seu marido diante das coisas.
Um filme surpreendente.
Prenda-me Se For Capaz
4.2 1,6K Assista AgoraHavia dito que gostava de quatro filmes de Spielberg: Munique, A.I., A Lista de Schindler, O Resgate do Soldado Ryan (na verdade disse três, mas O Resgate também é muito bom), mas aí está um outro que muito me agrada nessa investida de Spielberg na comédia. Algo de safado envolve o personagem do Di Caprio, algo parecido com aquela aura que envolve Vadinho de Dona Flor e Seus Dois Maridos, que você sabe que não presta, mas que torce por ele mesmo assim, ficando contra "o certinho", que é o personagem de Tom Hanks. Soube então, mais uma vez, mérito dele, guiar-nos pela sua vontade - esse filme é só mais uma amostra de que Spielberg tem realmente o dom de cativar - um mago de Hollywood.
A história se desenvolve bem, fora mesmo só as impossibilidades da vida de médico, que achei absurdo! Mas, fazer o quê se a história é real? Só nos resta engolir a comédia dos absurdos.
Dragão Vermelho
4.0 894 Assista AgoraO retorno de Antonny Hopkins e de seu Hannibal Lecter, nessa história absolutamente anacrônica (poxa, vejamos: silêncio dos inocentes, depois este dragão vermelho, depois hannibal o início, depois hannibal a origem domal) é mais quieto, porém não menos perturbador. Mais pelo personagem de Ralph Fiennes, conhecido como Fada dos Dentes - sem bem me recordo! - que por Lecter, eu diria.
Substituindo bem a mocinha de Silêncio dos Inocentes, tá aí, o talentoso, convincente e sempre bom com aquele jeito meio apático, Edward Norton, na cola do assassino. Perdeu um pouco da pegada terror/suspense do original, mantendo a linha somente no quesito filme-sobre-psicopatas que é a cara de Hollywood, como por exemplo na cena em que o personagem de Philip Seymour Hoffman é pêgo pelo Fada dos Dentes.
De resto é um bom filme - segundo dizem, a versão da década de oitenta é bem mais perturbadora, até mesmo que o Silêncio dos Inocentes, aguardado já na minha lista de filmes para ver antes de vestir o paletó de madeira.