Certamente, um marco do Terror oitentista. Com uma das cenas de transformação mais incríveis e marcantes de todos os tempos. Entretanto, mesmo achando-o um ótimo filme, não pude me desprender de alguns problemas referentes a sua condução. Mesmo para a época de seu lançamento, e, encarando o filme como o mesmo tem de ser encarado, é impossível não creditar e atribuir certo peso a esses pequenos poréns.
Como, por exemplo, as cenas onde seria esperado que a protagonista, Karen White, esboçasse algumas reações completamente diferentes das que esboçou. Na cena em que ela entra no consultório à procura do Doc e acaba encontrando sua amiga, Terry, morta em cima de uma mesa, com o pescoço completamente estraçalhado e cuspindo sangue. Nessa cena, Karen tem apenas um leve susto, esboça uma feição de espanto e um chorinho, não grita, não se desespera, apenas cobre a amiga com um lençol e vai fazer uma ligação. Sim. Outra cena muito estranha, ainda no consultório, logo após a cena que descrevi acima, Karen se depara outra vez com Eddie, o mesmo que a atacou no começo do filme. Nessa cena, Eddie se transforma em lobisomem na frente de Karen, transformação essa que demora cerca de 2-3 minutos, e durante esses 2-3 minutos Karen permanece lá, parada, oscilando entre a admiração e o medo, sem fazer nada, até que a transformação, enfim, acaba e ela joga ácido na cara do bicho.
Um pouquinho mais de cuidado na dinâmica dessas e algumas outras cenas, e esse filme certamente figuraria como um clássico do tema, ainda mais obrigatório do que já é.
Demorei. Enrolei de várias maneiras. Por algum motivo que me foge a explicação, eu posterguei de diversas formas minha já antiga vontade de assistir a esse clássico do cinema. Mas acredito que tal demora não tenha sido de todo mal. Tendo a mentalidade que tenho hoje, me parece completamente coerente acreditar que vi esse filme num momento bem melhor que os anteriores, com olhos que eu certamente não teria se o tivesse feito mais cedo. E que filme espetacular! Uma verdadeira obra de arte.
Entre tantas e tantas cenas a serem lembradas por mim nesse filme – e não são poucas –, uma que jamais me escapará da memória é aquela logo depois do último tiro. Onde o carro, em lentas gradações, vai perdendo sua velocidade. Aquela cena onde o constante barulho da buzina e o ressoar de um grito demarcam o fim da tão desejada fuga de Evelyn Mulwray e da nossa constatação dos porquês de Gittes quase nunca falar sobre Chinatown.
"— As little as possible... [...] — Forget it, Jake... It's Chinatown."
1) Aquela em que o Frank pega uma moleta pra matar um cachorrinho zumbi, cortado verticalmente ao meio, grudado numa base, latindo e grunhindo; 2) Aquela outra onde eles amarram uma zumbi na mesa do necrotério e conversam com ela; 3) E, claro, aquela onde o Ernie decide sair de dentro do necrotério pra pegar a ambulância dos paramédicos mortos e dá de cara com um zumbi-cotoco, só com os cotos dos braços e das pernas, correndo atrás dele.
Fiz bem demais em ver esse filme, sem sombra de dúvidas. Ri como nunca.
"Housebound", ao lado de "What We Do in the Shadows" (produção também neozelandesa), foi uma das comédias de Humor Negro que mais gostei, lançadas em 2014. Digo... Das que eu assisti vindas do país, pelo menos, sim.
Frente a um comparativo técnico, não temático, "Housebound", é bem inferior, tanto por algumas inconsistências em sua condução quanto por não ter a mesma profundidade textual e referencial de "What We Do". "Housebound" se engendra mais no campo do Terror, enquanto "What We Do" se preocupa mais com a Comédia - muito embora seja um filme de vampiros. Mas, olha... Eu gostei do filme! Me arriscaria a indicá-lo, sem tanto medo, à alguém que goste de Terrir. "Housebound" pode até sofrer um pouco por não conseguir equilibrar de maneira convincente os dois gêneros que coaduna, Comédia e Terror, mas nem por isso deixa de fazer rir e nem de ter, também, uma boa trama, situações e sustos bem construídos, o que é o mínimo que se espera de ambas as partes.
O saldo final, em minha análise, foi mais positivo do que negativo. Diverte bem, e eu não esperava mais do que isso.
Sem sombra de dúvidas, com exceções óbvias à "Todo Mundo odeia Chris" – onde Chris trabalhou na roteirização –, "Top Five" é, a meu ver, o melhor trabalho já produzido por Cris Rock até hoje. Certamente não é o mero e simplório trabalho humorístico que firma e dá luz a esse longa; ele existe, é claro, e muito pra quem consegue enxergar – eu, por exemplo, ri feito um condenado –, mas não é só isso. Há aqui, com a boa e velha ironia que transcorre todas as comédias que se importam em transmitir alguma coisa à quem assiste, que se importam em ter o que acrescentar, algo que vai muito além do que se conhece de Chris Rock e seu trabalho.
Em meio a correrias conjugais, um passado pouco orgulhoso e o insucesso das novas apostas de seu protagonista, "Top Five" explora os meandros da vida de Andre Allen, um homem que passa a nutrir dúvidas a respeito de sua verdade enquanto artista e que anseia por se encontrar novamente. Há, embora soe um tanto irônico para quem lê, um quê bastante existencial nesse filme (sim!). O trabalho textual do filme, de modo geral, é muito bom, principalmente pelo cuidado que Chris teve em coadunar nele várias questões sem permitir que o mesmo se perdesse de sua real proposta. O que não falta por aí são exemplos contrários disso, e o resultado vocês bem sabem. A direção de Chris valoriza ainda mais a produção ao dar vida às situações vividas por seus personagens de uma maneira bem habitual, sem forçações de barra, sem muitos chavões e caricaturas – embora o filme retrate a vida de uma celebridade e o universo que a envolve.
Gostei muito de "Top Five", muito mesmo! É um bom filme e deve ser assistido, principalmente, por quem é fã do trabalho de Chris Rock – é impossível não traçar alguns paralelos entre a carreira dele e a de seu personagem, Andre. Enfim... É isso. O carinha que mora logo ali mandou bem mais uma vez.
Ah! E meu top five é esse: 1. Notorious B.I.G. 2. Dr. Dre 3. Tupac 4. Jay-Z 5. Eminem.
Menções de extrema honra para Busta Rhymes, LL Cool J, Lauryn Hill, Public Enemy e Common.
Muito bom me ver voltando a assistir animações japonesas. E não poderia recomeçar essa paixão de maneira melhor. Eu já havia, há mais ou menos 7 anos, assistido a "Stranger: Mukoh Hadan" e, sendo ainda muito imaturo a ponto de não me atentar à história em si, mas somente a animação, não pude, obviamente, extrair tudo que o filme tinha para dar e, de quebra, não me lembrava de quase nada. Fui muito feliz na escolha de revê-lo e, nossa, que filme! Completíssimo.
Sua história é bem objetiva, mas, por contextualiza-la em meio a um recorte histórico – que, aliás, é muito competente à época retratada –, acaba angariando muito valor ao roteiro; os cenários e a trilha sonora são maravilhosos, e as cenas de luta são um colosso, um espetáculo à parte; extremamente bem trabalhadas. "Stranger: Mukoh Hadan" é certamente uma das melhores animações que eu já vi. Ou melhor, retifico: um dos melhores filmes que já vi.
Maravilha de filme! Esse é o Cinema sul coreano mostrando, mais um vez, que sabe fazer trabalhos de real qualidade. Uma verdadeira aula de direção e roteirização, ambas assinadas por Jang Joon-Hwan.
"Hwayi" é um filme que ganha pontos, acima de tudo, por tem uma condução delicada e bastante fluida, no sentido de conseguir abordar uma gama de elementos em sua trama e, ainda assim, não perder a mão no desenvolvimento de toda sua história, que transcorre de maneira singular, dando uma boa base à sua narrativa. O longa tem, ainda, atuações extremamente competentes, em especial a de três atores: Jo Jin Woong, com um personagem que conseguiu me comover profundamente, Yun-seok Kim, que aqui nos presenteia com uma atuação tão boa quanto a de seu papel em "The Chaser" e, claro, o jovem Yeo Jin-Gu. Embora eu tenha uma pequeníssima ressalva – que me fez tirar meia estrela de sua nota – a respeito da aplicabilidade de um dos elementos coadunados em seu roteiro, tenho de ser sincero não apenas com o filme em si, mas também comigo, em dizer que Hwayi é, sem sombra de dúvidas, um dos melhores trabalhos sul coreanos lançados nessa década.
Hwayi é, de fato, um ótimo filme, e merece ser assistido. Só me entristece o fato de ele não ter tanto reconhecimento assim.
Antes de assistir a "Confession of Murder", é preciso desapegar um pouco de seu imaginário, trabalhos sul-coreanos como "Memórias de um Assassino", "O Caçador" e "Eu Vi o Diabo". Isso tudo, a bem, sobretudo, do lazer que o longa em questão pretende passar ao espectador. Não ter feito isso foi o que me impediu de aproveitar o filme como devia tê-lo feito e de enxerga-lo com outros olhos, um olhar desapegado da seriedade que esses três filmes apresentam. Mas, veja bem, isso é apenas um aviso para o espectador que, como eu, julgando sua nota, pretendia assisti-lo esperando algo semelhante aos longas supracitados. Esteja avisado: não é bem isso que esse filme reserva para você.
Jeong Byeong-gil escreve e dirige "Confession of Murder". Acerta na direção de seu primeiro longa-metragem, mas, infelizmente, peca em sua roteirização. Jeong, em sua condução, expressa segurança e perspicácia ao demonstrar não ter medo de experimentar e, principalmente, por saber onde parar de fazê-lo. Entretanto, salvo essas questões sobre sua condução, o roteiro de Jeong não merece tantos elogios quanto sua direção. Além de não ter um texto tão inspirado quanto devia, o roteiro traz consigo alguns momentos que remetem as situações mais saturadas e caricatas do cinema asiático - e que, felizmente, não se estendem até o segundo e terceiro ato do filme. Lamentavelmente, o peso desses fatores que ressaltei me impediram de considerar seu roteiro bom. Mas é preciso salientar, também, e já com certo mérito, que o argumento montado durante trama é muito bom. E esse é um dos bons motivos pelo qual "Confession of Murder" merece ser assistido.
"Confissão de Assassinato" é, no final das contas, um bom filme de Ação. De certa forma, ele acaba sendo solapado por seu roteiro inconsistente, mas se salva por apresentar em seu desenrolar um bom argumento e por garantir algumas reviravoltas muito interessantes. Vale sim, a assistida.
Muito embora a nova empreitada na Cidade do Pecado apresente tramas diferentes, o que se vê em "Sin City: A Dame to Kill For" soa como uma repetição daquilo que já foi visto em 2005. Mas isso não quer dizer que o filme seja ruim. Apesar de seus atos serem mais bem definidos e não terem uma montagem semelhante a do filme anterior – que é subdivida em curtas –, esse novo flime segue basicamente a mesma linha narrativa (direta e pessoal, por cada personagem, refletindo seus pensamentos, divagações e raciocínios) e o rigor técnico do primeiro longa – tendo de se ressaltar que, depois de 9 anos, houveram algumas melhorias nesse quesito, obviamente.
Mais duas observações: Uma coisa que eu gostei bastante nesse novo filme (e que não pude notar no primeiro) foi o fato de o roteiro dar um enfoque muito maior à linguagem ocular dos personagens. Em praticamente todo o filme, pode-se observar uma estreita faixa de luz, como que saída por entre as lâminas de uma persiana, demarcando as expressões nos olhares dos personagens. E isso, pelo menos em minha análise, acresceu bastante à narrativa. E a outra observação a que me referi diz respeito à história do filme, propriamente dita. Não obstante ao plot do longa, que já deixa definido à qual Dama Fatal está se referindo, é muito curioso notar que a trama não trata de apenas uma dama fatal, mas de duas. Uma, interpretada pela hipnotizante Eva Green, e outra, interpretada por uma Jessica Alba mais linda, sexy e mortífera do que nunca.
"A Dame to Kill For" é uma continuação justa e competente, eu diria. Felizmente, não chega a esbarrar no campo do desnecessário. É um bom filme, uma boa experiência. Merece sim ser conferido.
Achei esse filme extremamente bom. Aliás, é tão bom quanto é subestimado.
"Gone Baby Gone" é um Thriller que se sobressai com muitíssima facilidade entre os longas do gênero. Entretanto, não é digerido pelo espectador com essa mesma facilidade. Achei muito interessante a forma como Affleck conduziu toda a trama do filme, com uma ótima noção de timing e no modo de dinamizar seus elementos – fisga de primeira. É uma direção bastante coesa e precisa, por assim dizer. Mas "Gone Baby Gone" é um filme que, talvez acima até mesmo das formas que sua direção lhe dá, merece destaque pelo texto inteligente que tem – adaptado da obra homônima de Dennis Lehane –, e que consegue elencar, de maneira ímpar, questões capazes de fazer até o espectador mais leigo e descompromissado, refletir. Merece ser assistido.
Assisti a esse filme no ano passado e resolvi assisti-lo novamente antes de ontem, com bem mais paciência. Uma escolha bastante acertada.
Achei esse filme bastante simpático, por assim dizer. Esbanja de uma fotografia bem viva e acolhedora. É bem notável, aqui nesta produção, como Turturro respira (ou tenta, com algum sucesso) dos mesmos ares que as produções de Woody Allen, explorando esse lado mais habitual dos diálogos, sem chavões forçados ou situações muito "fílmicas". Woody, aliás, está uma graça no papel de Murray, é sempre bom ver ele atuando. Enfim, achei o filme bom. Não mais do que isso.
"Entendeu, Benjamín? As pessoas podem mudar de tudo: de cara, de casa, de família, namorada, religião, de Deus... Mas há uma coisa que não se pode trocar, Benjamín. Não se pode trocar de paixão."
Trabalho magistral, esse de Campanella! É incrível como ele conseguiu conduzir com tanta naturalidade um trabalho tão completo como esse, sem se sobressaltar em absolutamente nenhuma de suas partes. É maravilhoso analisar um filme como esse e ver o quão competente foi Campanella em coadunar, num único roteiro, tantos subtramas, gêneros e temas e, ainda assim, conduzi-los sem tropeços ou excessos. Realmente, um trabalho digno de infinitas ressalvas. Não só tem, como merece ser visto por qualquer pessoa que carregue consigo algum apreço pela sétima arte.
Ele Secreto de Sus Ojos. Não menos do que eu imaginava, não mais do que devia.
Infelizmente, Flanagan se preocupou mais com os aspectos técnicos do filme, acerca da narrativa, do modo como a história seria contada, do que com a história, propriamente dita.
Já próximo ao desfecho do filme, enquanto seguia viagem, relembrando os momentos que compartilhou com Claire, Oldman apenas confirmava à si próprio o quanto o amor que ele sentia por ela era real, e o quanto ele não queria acreditar que o amor dela por ele era falso. Como todo sentimento nunca antes explorado, aquele amor era muito complexo para ele, e administrar aquilo não era fácil, o perturbava. E, então, quando questionado pelo garçom, interessado em saber se ele permaneceria sozinho naquele recinto, Oldman responde: "Não. Estou esperando alguém". E foi exatamente aí onde corroborei uma ideia que eu já nutria sobre esse sentimento: "É, rapaz... Amor é bênção, mas também é praga."
De um rigor técnico encantador e de uma competência invejável. Sem sombra de dúvidas, "La Migliore Offerta" foi um dos melhores filmes que eu assisti esse ano.
A direção de Scorsese é tão inabitual, tão precisa e, ao mesmo tempo, tão irônica, que ele consegue fazer com que uma comédia e suas situações extremamente mirabolantes seja assistida e acreditada como um mero resquício do habitual. É tipo um "acontece, sabe?"
Particularmente, tenho de dizer que não achei o filme como um todo grande coisa, achei bem razoável tanto em produção quanto em história, mas uma coisa é inegável:
"Você é só um garoto. Não sabe do que está falando. [...] Se te perguntar sobre arte, me dirá tudo escrito sobre o tema. Michelangelo... Sabe muito sobre ele: suas obras, aspirações políticas, ele e o papa, tendências sexuais. Tudo, certo? Mas não pode falar do cheiro da Capela Sistina. Nunca esteve lá, nem olhou aquele teto lindo. Nunca o viu. Se perguntar sobre mulheres, me dará uma lista das favoritas. Já deve ter transado algumas vezes... Mas não sabe o que é acordar ao lado de uma mulher e se sentir realmente feliz. É um garoto sofrido. Se perguntar sobre a guerra, vai me citar Shakespeare "outra vez ao mar, amigos..." Mas não conhece a guerra. Nunca teve a cabeça do seu melhor amigo no colo e viu seu último suspiro, pedindo ajuda. Se perguntar sobre o amor, citará um soneto, mas nunca olhou uma mulher e se sentiu totalmente vulnerável. Alguém que o entendesse com um olhar, como se Deus tivesse posto um anjo na Terra só pra você, para salvá-lo do inferno, e sem saber como ser o anjo dela. Como amá-la e apoiá-la pra sempre, em tudo... no câncer. Não sabe o que é dormir sentado num hospital por dois meses porque só o horário de visitas não é suficiente. Não sabe nada de perda. Porque ela só ocorre quando você ama algo mais que a se próprio. Duvido que já tenha amado alguém assim..."
Não sei se o roteiro do filme é realmente previsível ou se o real propósito do diretor, dando vida ao texto que tinha em mãos, fora o de entregar exatamente esse trabalho. Sem tirar nem pôr. E eu vou ficar com essa última alternativa. Enfim... Consegui captar as pistas que o filme foi dando em seu decorrer e, no final, já não era tão grande assim a surpresa, excetuando algumas coisa que eu realmente não consegui desvendar. Mas sem problemas, se esse era o propósito, o mesmo foi alcançado e eu encaro isso como mérito. Brad Anderson soube conduzir bem o filme, entregando um trabalho que cumpre bem o seu papel "mindfuck" e que trás consigo uma mensagem bastante relevante em seu desfecho. A única ressalva negativa que, particularmente, tenho a fazer é o fato de Bred, em alguns momentos, dar atenção demais ao físico de Christian Bale, era como se ele dissesse o tempo inteiro: "veja só como ele está esquelético muahahaha fui eu que fiz nheehehehe". Mas é isso. Achei o filme muito bom e recomendo. Tchau.
Esse filme é bom demais... John Carney foi muito feliz na condução desse longa. Ele soube aproveitar direitinho as deixas do roteiro, que fogiu bem da caricatura dos musicais e dos apelos genéricos que irrompem nos romances atuais. Carney deu um ar mais real à direção (ao filme), sem se preocupar muito com enquadramentos certinhos ou com como perfeitamente montados ficariam os planos que ele escolheu. E isso casou muito bem com tudo o que o filme propõe. Pelo menos, essa foi a impressão que eu tive. É muito curioso notar que mesmo não tendo nada de muito encantador, tecnicamente (excetuando o áudio, claro), o filme consegue cativar. Não é um filme completamente "abstrato", que tem uma história completamente vazia e que se sustenta apenas por sua trilha sonora. Muito pelo contrário. Esse filme é um filme muito curioso... Singular... Esse filme é bom demais...
Grito de Horror
3.3 190 Assista AgoraCertamente, um marco do Terror oitentista. Com uma das cenas de transformação mais incríveis e marcantes de todos os tempos. Entretanto, mesmo achando-o um ótimo filme, não pude me desprender de alguns problemas referentes a sua condução. Mesmo para a época de seu lançamento, e, encarando o filme como o mesmo tem de ser encarado, é impossível não creditar e atribuir certo peso a esses pequenos poréns.
Como, por exemplo, as cenas onde seria esperado que a protagonista, Karen White, esboçasse algumas reações completamente diferentes das que esboçou. Na cena em que ela entra no consultório à procura do Doc e acaba encontrando sua amiga, Terry, morta em cima de uma mesa, com o pescoço completamente estraçalhado e cuspindo sangue. Nessa cena, Karen tem apenas um leve susto, esboça uma feição de espanto e um chorinho, não grita, não se desespera, apenas cobre a amiga com um lençol e vai fazer uma ligação. Sim. Outra cena muito estranha, ainda no consultório, logo após a cena que descrevi acima, Karen se depara outra vez com Eddie, o mesmo que a atacou no começo do filme. Nessa cena, Eddie se transforma em lobisomem na frente de Karen, transformação essa que demora cerca de 2-3 minutos, e durante esses 2-3 minutos Karen permanece lá, parada, oscilando entre a admiração e o medo, sem fazer nada, até que a transformação, enfim, acaba e ela joga ácido na cara do bicho.
Um pouquinho mais de cuidado na dinâmica dessas e algumas outras cenas, e esse filme certamente figuraria como um clássico do tema, ainda mais obrigatório do que já é.
Chinatown
4.1 636 Assista AgoraDemorei. Enrolei de várias maneiras. Por algum motivo que me foge a explicação, eu posterguei de diversas formas minha já antiga vontade de assistir a esse clássico do cinema. Mas acredito que tal demora não tenha sido de todo mal. Tendo a mentalidade que tenho hoje, me parece completamente coerente acreditar que vi esse filme num momento bem melhor que os anteriores, com olhos que eu certamente não teria se o tivesse feito mais cedo. E que filme espetacular! Uma verdadeira obra de arte.
Entre tantas e tantas cenas a serem lembradas por mim nesse filme – e não são poucas –, uma que jamais me escapará da memória é aquela logo depois do último tiro. Onde o carro, em lentas gradações, vai perdendo sua velocidade. Aquela cena onde o constante barulho da buzina e o ressoar de um grito demarcam o fim da tão desejada fuga de Evelyn Mulwray e da nossa constatação dos porquês de Gittes quase nunca falar sobre Chinatown.
"— As little as possible...
[...]
— Forget it, Jake... It's Chinatown."
De fato, e incontestavelmente, clássico!
A Volta dos Mortos Vivos
3.6 536 Assista AgoraDificilmente farão cenas tão hilárias e icônicas em filmes de zumbis, quanto algumas presentes nesse clássico! E três delas me serão inesquecíveis:
1) Aquela em que o Frank pega uma moleta pra matar um cachorrinho zumbi, cortado verticalmente ao meio, grudado numa base, latindo e grunhindo;
2) Aquela outra onde eles amarram uma zumbi na mesa do necrotério e conversam com ela;
3) E, claro, aquela onde o Ernie decide sair de dentro do necrotério pra pegar a ambulância dos paramédicos mortos e dá de cara com um zumbi-cotoco, só com os cotos dos braços e das pernas, correndo atrás dele.
Fiz bem demais em ver esse filme, sem sombra de dúvidas. Ri como nunca.
Housebound
3.1 133"Housebound", ao lado de "What We Do in the Shadows" (produção também neozelandesa), foi uma das comédias de Humor Negro que mais gostei, lançadas em 2014. Digo... Das que eu assisti vindas do país, pelo menos, sim.
Frente a um comparativo técnico, não temático, "Housebound", é bem inferior, tanto por algumas inconsistências em sua condução quanto por não ter a mesma profundidade textual e referencial de "What We Do". "Housebound" se engendra mais no campo do Terror, enquanto "What We Do" se preocupa mais com a Comédia - muito embora seja um filme de vampiros. Mas, olha... Eu gostei do filme! Me arriscaria a indicá-lo, sem tanto medo, à alguém que goste de Terrir. "Housebound" pode até sofrer um pouco por não conseguir equilibrar de maneira convincente os dois gêneros que coaduna, Comédia e Terror, mas nem por isso deixa de fazer rir e nem de ter, também, uma boa trama, situações e sustos bem construídos, o que é o mínimo que se espera de ambas as partes.
O saldo final, em minha análise, foi mais positivo do que negativo. Diverte bem, e eu não esperava mais do que isso.
No Auge da Fama
3.2 63 Assista AgoraSem sombra de dúvidas, com exceções óbvias à "Todo Mundo odeia Chris" – onde Chris trabalhou na roteirização –, "Top Five" é, a meu ver, o melhor trabalho já produzido por Cris Rock até hoje. Certamente não é o mero e simplório trabalho humorístico que firma e dá luz a esse longa; ele existe, é claro, e muito pra quem consegue enxergar – eu, por exemplo, ri feito um condenado –, mas não é só isso. Há aqui, com a boa e velha ironia que transcorre todas as comédias que se importam em transmitir alguma coisa à quem assiste, que se importam em ter o que acrescentar, algo que vai muito além do que se conhece de Chris Rock e seu trabalho.
Em meio a correrias conjugais, um passado pouco orgulhoso e o insucesso das novas apostas de seu protagonista, "Top Five" explora os meandros da vida de Andre Allen, um homem que passa a nutrir dúvidas a respeito de sua verdade enquanto artista e que anseia por se encontrar novamente. Há, embora soe um tanto irônico para quem lê, um quê bastante existencial nesse filme (sim!). O trabalho textual do filme, de modo geral, é muito bom, principalmente pelo cuidado que Chris teve em coadunar nele várias questões sem permitir que o mesmo se perdesse de sua real proposta. O que não falta por aí são exemplos contrários disso, e o resultado vocês bem sabem. A direção de Chris valoriza ainda mais a produção ao dar vida às situações vividas por seus personagens de uma maneira bem habitual, sem forçações de barra, sem muitos chavões e caricaturas – embora o filme retrate a vida de uma celebridade e o universo que a envolve.
Gostei muito de "Top Five", muito mesmo! É um bom filme e deve ser assistido, principalmente, por quem é fã do trabalho de Chris Rock – é impossível não traçar alguns paralelos entre a carreira dele e a de seu personagem, Andre. Enfim... É isso. O carinha que mora logo ali mandou bem mais uma vez.
Ah! E meu top five é esse:
1. Notorious B.I.G.
2. Dr. Dre
3. Tupac
4. Jay-Z
5. Eminem.
Menções de extrema honra para Busta Rhymes, LL Cool J, Lauryn Hill, Public Enemy e Common.
Sword of the Stranger
4.2 69 Assista AgoraMuito bom me ver voltando a assistir animações japonesas. E não poderia recomeçar essa paixão de maneira melhor. Eu já havia, há mais ou menos 7 anos, assistido a "Stranger: Mukoh Hadan" e, sendo ainda muito imaturo a ponto de não me atentar à história em si, mas somente a animação, não pude, obviamente, extrair tudo que o filme tinha para dar e, de quebra, não me lembrava de quase nada. Fui muito feliz na escolha de revê-lo e, nossa, que filme! Completíssimo.
Sua história é bem objetiva, mas, por contextualiza-la em meio a um recorte histórico – que, aliás, é muito competente à época retratada –, acaba angariando muito valor ao roteiro; os cenários e a trilha sonora são maravilhosos, e as cenas de luta são um colosso, um espetáculo à parte; extremamente bem trabalhadas. "Stranger: Mukoh Hadan" é certamente uma das melhores animações que eu já vi. Ou melhor, retifico: um dos melhores filmes que já vi.
Hwayi: O Garoto Monstro
4.0 36"Entende do que estou falando? [...]"
Maravilha de filme! Esse é o Cinema sul coreano mostrando, mais um vez, que sabe fazer trabalhos de real qualidade. Uma verdadeira aula de direção e roteirização, ambas assinadas por Jang Joon-Hwan.
"Hwayi" é um filme que ganha pontos, acima de tudo, por tem uma condução delicada e bastante fluida, no sentido de conseguir abordar uma gama de elementos em sua trama e, ainda assim, não perder a mão no desenvolvimento de toda sua história, que transcorre de maneira singular, dando uma boa base à sua narrativa. O longa tem, ainda, atuações extremamente competentes, em especial a de três atores: Jo Jin Woong, com um personagem que conseguiu me comover profundamente, Yun-seok Kim, que aqui nos presenteia com uma atuação tão boa quanto a de seu papel em "The Chaser" e, claro, o jovem Yeo Jin-Gu. Embora eu tenha uma pequeníssima ressalva – que me fez tirar meia estrela de sua nota – a respeito da aplicabilidade de um dos elementos coadunados em seu roteiro, tenho de ser sincero não apenas com o filme em si, mas também comigo, em dizer que Hwayi é, sem sombra de dúvidas, um dos melhores trabalhos sul coreanos lançados nessa década.
Hwayi é, de fato, um ótimo filme, e merece ser assistido. Só me entristece o fato de ele não ter tanto reconhecimento assim.
"[...] Você tem que se tornar um monstro para que o monstro desapareça."
Confissão de Assassinato
3.7 59Antes de assistir a "Confession of Murder", é preciso desapegar um pouco de seu imaginário, trabalhos sul-coreanos como "Memórias de um Assassino", "O Caçador" e "Eu Vi o Diabo". Isso tudo, a bem, sobretudo, do lazer que o longa em questão pretende passar ao espectador. Não ter feito isso foi o que me impediu de aproveitar o filme como devia tê-lo feito e de enxerga-lo com outros olhos, um olhar desapegado da seriedade que esses três filmes apresentam. Mas, veja bem, isso é apenas um aviso para o espectador que, como eu, julgando sua nota, pretendia assisti-lo esperando algo semelhante aos longas supracitados. Esteja avisado: não é bem isso que esse filme reserva para você.
Jeong Byeong-gil escreve e dirige "Confession of Murder". Acerta na direção de seu primeiro longa-metragem, mas, infelizmente, peca em sua roteirização. Jeong, em sua condução, expressa segurança e perspicácia ao demonstrar não ter medo de experimentar e, principalmente, por saber onde parar de fazê-lo. Entretanto, salvo essas questões sobre sua condução, o roteiro de Jeong não merece tantos elogios quanto sua direção. Além de não ter um texto tão inspirado quanto devia, o roteiro traz consigo alguns momentos que remetem as situações mais saturadas e caricatas do cinema asiático - e que, felizmente, não se estendem até o segundo e terceiro ato do filme. Lamentavelmente, o peso desses fatores que ressaltei me impediram de considerar seu roteiro bom. Mas é preciso salientar, também, e já com certo mérito, que o argumento montado durante trama é muito bom. E esse é um dos bons motivos pelo qual "Confession of Murder" merece ser assistido.
"Confissão de Assassinato" é, no final das contas, um bom filme de Ação. De certa forma, ele acaba sendo solapado por seu roteiro inconsistente, mas se salva por apresentar em seu desenrolar um bom argumento e por garantir algumas reviravoltas muito interessantes. Vale sim, a assistida.
Até que a Fuga os Separe
3.5 102— Que plano legal, Ray. Levou 65 anos pra pensar nele...
— Custa tanto assim agradecer?
— Obrigado. E vá pro inferno!
Sin City: A Dama Fatal
3.4 974 Assista AgoraMuito embora a nova empreitada na Cidade do Pecado apresente tramas diferentes, o que se vê em "Sin City: A Dame to Kill For" soa como uma repetição daquilo que já foi visto em 2005. Mas isso não quer dizer que o filme seja ruim. Apesar de seus atos serem mais bem definidos e não terem uma montagem semelhante a do filme anterior – que é subdivida em curtas –, esse novo flime segue basicamente a mesma linha narrativa (direta e pessoal, por cada personagem, refletindo seus pensamentos, divagações e raciocínios) e o rigor técnico do primeiro longa – tendo de se ressaltar que, depois de 9 anos, houveram algumas melhorias nesse quesito, obviamente.
Mais duas observações: Uma coisa que eu gostei bastante nesse novo filme (e que não pude notar no primeiro) foi o fato de o roteiro dar um enfoque muito maior à linguagem ocular dos personagens. Em praticamente todo o filme, pode-se observar uma estreita faixa de luz, como que saída por entre as lâminas de uma persiana, demarcando as expressões nos olhares dos personagens. E isso, pelo menos em minha análise, acresceu bastante à narrativa. E a outra observação a que me referi diz respeito à história do filme, propriamente dita. Não obstante ao plot do longa, que já deixa definido à qual Dama Fatal está se referindo, é muito curioso notar que a trama não trata de apenas uma dama fatal, mas de duas. Uma, interpretada pela hipnotizante Eva Green, e outra, interpretada por uma Jessica Alba mais linda, sexy e mortífera do que nunca.
"A Dame to Kill For" é uma continuação justa e competente, eu diria. Felizmente, não chega a esbarrar no campo do desnecessário. É um bom filme, uma boa experiência. Merece sim ser conferido.
Medo da Verdade
3.7 459 Assista AgoraAchei esse filme extremamente bom. Aliás, é tão bom quanto é subestimado.
"Gone Baby Gone" é um Thriller que se sobressai com muitíssima facilidade entre os longas do gênero. Entretanto, não é digerido pelo espectador com essa mesma facilidade. Achei muito interessante a forma como Affleck conduziu toda a trama do filme, com uma ótima noção de timing e no modo de dinamizar seus elementos – fisga de primeira. É uma direção bastante coesa e precisa, por assim dizer. Mas "Gone Baby Gone" é um filme que, talvez acima até mesmo das formas que sua direção lhe dá, merece destaque pelo texto inteligente que tem – adaptado da obra homônima de Dennis Lehane –, e que consegue elencar, de maneira ímpar, questões capazes de fazer até o espectador mais leigo e descompromissado, refletir. Merece ser assistido.
Assisti a esse filme no ano passado e resolvi assisti-lo novamente antes de ontem, com bem mais paciência. Uma escolha bastante acertada.
Amante a Domicílio
3.2 234 Assista AgoraAchei esse filme bastante simpático, por assim dizer. Esbanja de uma fotografia bem viva e acolhedora. É bem notável, aqui nesta produção, como Turturro respira (ou tenta, com algum sucesso) dos mesmos ares que as produções de Woody Allen, explorando esse lado mais habitual dos diálogos, sem chavões forçados ou situações muito "fílmicas". Woody, aliás, está uma graça no papel de Murray, é sempre bom ver ele atuando. Enfim, achei o filme bom. Não mais do que isso.
O Segredo dos Seus Olhos
4.3 2,1K Assista Agora"Entendeu, Benjamín? As pessoas podem mudar de tudo: de cara, de casa, de família, namorada, religião, de Deus... Mas há uma coisa que não se pode trocar, Benjamín. Não se pode trocar de paixão."
Trabalho magistral, esse de Campanella! É incrível como ele conseguiu conduzir com tanta naturalidade um trabalho tão completo como esse, sem se sobressaltar em absolutamente nenhuma de suas partes. É maravilhoso analisar um filme como esse e ver o quão competente foi Campanella em coadunar, num único roteiro, tantos subtramas, gêneros e temas e, ainda assim, conduzi-los sem tropeços ou excessos. Realmente, um trabalho digno de infinitas ressalvas. Não só tem, como merece ser visto por qualquer pessoa que carregue consigo algum apreço pela sétima arte.
Ele Secreto de Sus Ojos. Não menos do que eu imaginava, não mais do que devia.
O Espelho
2.9 932 Assista AgoraInfelizmente, Flanagan se preocupou mais com os aspectos técnicos do filme, acerca da narrativa, do modo como a história seria contada, do que com a história, propriamente dita.
O Melhor Lance
4.1 366 Assista AgoraO amor é um sentimento realmente muito forte. Todo cuidado é pouco.
Já próximo ao desfecho do filme, enquanto seguia viagem, relembrando os momentos que compartilhou com Claire, Oldman apenas confirmava à si próprio o quanto o amor que ele sentia por ela era real, e o quanto ele não queria acreditar que o amor dela por ele era falso. Como todo sentimento nunca antes explorado, aquele amor era muito complexo para ele, e administrar aquilo não era fácil, o perturbava. E, então, quando questionado pelo garçom, interessado em saber se ele permaneceria sozinho naquele recinto, Oldman responde: "Não. Estou esperando alguém". E foi exatamente aí onde corroborei uma ideia que eu já nutria sobre esse sentimento: "É, rapaz... Amor é bênção, mas também é praga."
De um rigor técnico encantador e de uma competência invejável. Sem sombra de dúvidas, "La Migliore Offerta" foi um dos melhores filmes que eu assisti esse ano.
Depois de Horas
4.0 454 Assista AgoraA direção de Scorsese é tão inabitual, tão precisa e, ao mesmo tempo, tão irônica, que ele consegue fazer com que uma comédia e suas situações extremamente mirabolantes seja assistida e acreditada como um mero resquício do habitual. É tipo um "acontece, sabe?"
Esse Scorsese...
Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida
4.0 668 Assista AgoraMerecidamente CLÁSSICO!
Eurotrip: Passaporte para a Confusão
3.4 1,0K Assista AgoraMi scusi, but Scotty doesn't know
Missão Madrinha de Casamento
3.2 1,7K Assista AgoraParticularmente, tenho de dizer que não achei o filme como um todo grande coisa, achei bem razoável tanto em produção quanto em história, mas uma coisa é inegável:
aquela sequência delas com indigestão vale o filme inteiro!
Eu ri pra caralho!
Gênio Indomável
4.2 1,3K Assista Agora"Você é só um garoto. Não sabe do que está falando. [...] Se te perguntar sobre arte, me dirá tudo escrito sobre o tema. Michelangelo... Sabe muito sobre ele: suas obras, aspirações políticas, ele e o papa, tendências sexuais. Tudo, certo? Mas não pode falar do cheiro da Capela Sistina. Nunca esteve lá, nem olhou aquele teto lindo. Nunca o viu. Se perguntar sobre mulheres, me dará uma lista das favoritas. Já deve ter transado algumas vezes... Mas não sabe o que é acordar ao lado de uma mulher e se sentir realmente feliz. É um garoto sofrido. Se perguntar sobre a guerra, vai me citar Shakespeare "outra vez ao mar, amigos..." Mas não conhece a guerra. Nunca teve a cabeça do seu melhor amigo no colo e viu seu último suspiro, pedindo ajuda. Se perguntar sobre o amor, citará um soneto, mas nunca olhou uma mulher e se sentiu totalmente vulnerável. Alguém que o entendesse com um olhar, como se Deus tivesse posto um anjo na Terra só pra você, para salvá-lo do inferno, e sem saber como ser o anjo dela. Como amá-la e apoiá-la pra sempre, em tudo... no câncer. Não sabe o que é dormir sentado num hospital por dois meses porque só o horário de visitas não é suficiente. Não sabe nada de perda. Porque ela só ocorre quando você ama algo mais que a se próprio. Duvido que já tenha amado alguém assim..."
Belo filme...
Operação Invasão 2
4.1 365 Assista AgoraObrigado, Gareth!
Eu nunca na minha vida vou esquecer daquela luta na cozinha...
Sensacional!
O Operário
4.0 1,3K Assista AgoraNão sei se o roteiro do filme é realmente previsível ou se o real propósito do diretor, dando vida ao texto que tinha em mãos, fora o de entregar exatamente esse trabalho. Sem tirar nem pôr. E eu vou ficar com essa última alternativa. Enfim... Consegui captar as pistas que o filme foi dando em seu decorrer e, no final, já não era tão grande assim a surpresa, excetuando algumas coisa que eu realmente não consegui desvendar. Mas sem problemas, se esse era o propósito, o mesmo foi alcançado e eu encaro isso como mérito. Brad Anderson soube conduzir bem o filme, entregando um trabalho que cumpre bem o seu papel "mindfuck" e que trás consigo uma mensagem bastante relevante em seu desfecho. A única ressalva negativa que, particularmente, tenho a fazer é o fato de Bred, em alguns momentos, dar atenção demais ao físico de Christian Bale, era como se ele dissesse o tempo inteiro: "veja só como ele está esquelético muahahaha fui eu que fiz nheehehehe". Mas é isso. Achei o filme muito bom e recomendo. Tchau.
O Idiota do Meu Irmão
3.3 475Tenho a leve impressão de que seria bem melhor se eu não tivesse assistido dublado...
Apenas Uma Vez
4.0 1,4K Assista AgoraEsse filme é bom demais... John Carney foi muito feliz na condução desse longa. Ele soube aproveitar direitinho as deixas do roteiro, que fogiu bem da caricatura dos musicais e dos apelos genéricos que irrompem nos romances atuais. Carney deu um ar mais real à direção (ao filme), sem se preocupar muito com enquadramentos certinhos ou com como perfeitamente montados ficariam os planos que ele escolheu. E isso casou muito bem com tudo o que o filme propõe. Pelo menos, essa foi a impressão que eu tive. É muito curioso notar que mesmo não tendo nada de muito encantador, tecnicamente (excetuando o áudio, claro), o filme consegue cativar. Não é um filme completamente "abstrato", que tem uma história completamente vazia e que se sustenta apenas por sua trilha sonora. Muito pelo contrário. Esse filme é um filme muito curioso... Singular... Esse filme é bom demais...