Que grata surpresa essa que Olatunde Osunsanmi nos trouxe. Muito bom o filme. Achei super interessante a forma como eles mesclaram o já tradicional modo de filmagem com o Found Footage, que, no caso, foi usado como uma ferramenta complementar dentro da própria trama. Muito interessante. Gosto muito desse tipo de filme, em que você é jogado dentro da trama (umas das principais características dos Found Footage, ou, pelo menos, dos que se presam) e que te faz pensar junto com os personagens. É interessante notar em como você, durante o filme, acaba se tornando parte dele, sendo um dos investigadores, no caso: Você cria seus suspeitos, formula teorias sobre como os seus suspeitos agiram, depois tem todas as suas teorias derrubadas, volta, busca por novos suspeitos e fica nesse jogo até o final do filme, que para mim, pelo menos, foi um tanto quanto surpreendente. De modo geral, um bom filme.
Não há o que discutir. Apesar de ser um ótimo filme, 'Evil Dead' (2013) não se sobressai num comparativo com 'The Evil Dead' (1981), isso se forem colocados numa balança aquilo que a época de ambos os filmes lhes proporcionaram. Porém, mesmo tendo essa convicção, um pensamento me veio em mente enquanto assistia a esse filme, nesta madrugada: O que 'Evil Dead' (2013) fez é o que 'The Evil Dead' (1981) faria se tivesse tamanho orçamento sendo investido nele. Não da mesma forma, claro, mas, certamente, levando em conta as possibilidades e aparatos tecnológicos da época, algo parecido com isso sairia das mãos de Sam Raimi.
Fede Alvarez mostra à que veio no filme, com uma direção contundente e que cumpre o prometido. Confesso que não fui um dos que morreram de amores pelo seu famigerado curta metragem, o "Ataque de Pânico", lançado em 2009. Até gostei, é um bom curta, mas não é pra tanto. E acho que por isso me surpreendi positivamente com sua direção nesse filme. Fiquei com medo quando o nome de Fede Alvarez foi mencionado como diretor do 'reboot mais aguardado do ano', mas meu medo foi sendo posto um pouco de lado quando descobri que na produção do filme, cuidando de alguns detalhes, estavam Sam Raimi e Bruce Campbell, que foram, praticamente, os maiores responsáveis pelo sucesso estrondoso do clássico trash dos anos 80.
Não farei aqui o mesmo que algumas pessoas que assistiram ao filme fizeram em seus comentários e críticas, ressaltando o que dizem ser um uso "exacerbado" do gore no filme ou ainda dizendo que o mesmo fez mau uso dessa ferramenta, ou, pior, comentando seu desgosto com a frase que o longa utilizou para divulgar o filme, e, completando o trio de reclamações, os comentários feitos acerca dos clichês no filme. Porque, em primeiro lugar, já devia ser do conhecimento de todos que o gore se faria marcante durante o filme, até porque isso foi uma das propostas iniciais desse reboot. Quem acompanhou a divulgação do filme desde seu início, ano passado, sabe que isso ficou bem evidente. O trailer "Red Band" do filme, lançado em outubro do ano passado, por exemplo, que deixou extremamente claro que o gore seria uma das principais marcas do filme, está aí e não me deixa mentir. Todo mundo foi muito bem avisado. Em segundo lugar, antes mesmo de ressaltar o fato de que "o filme não faz jus a frase que carrega" ou que "esse não foi o filme mais aterrorizante que você viu na vida", é preciso levar em conta que (1) a frase "The most terrifying film you will ever experience" foi usada como uma tática de marketing (e eu acho que todo mundo já deve saber disso) e, indo bem além disso, (2) serviu também como uma das formas de referenciar o filme original, de 1981. Fazendo um retrospecto até a época de divulgação do filme clássico, a gente percebe que a produção do filme original utilizou-se de uma frase semelhantemente marcante, que dizia: "The ultimate experience in gruelling terror"; isso tudo sem esquecer do comentário que Stephen King fez a respeito do filme, dizendo: "The most ferociously original horror filme of the year...", que também passou a ser utilizada para a divulgação do filme. E, em terceiro lugar, a respeito dos clichês. Bom... Eu estaria sendo um tremendo de um hipócrita se chegasse aqui e dissesse que esse filme foge de clichês. É claro que não foge. Até porque, é do saber de todo bom cinéfilo, que cada gênero, através de sua construção no decorrer da história, veio, praticamente, instituindo seus próprios clichês. Isso faz parte. É quase impossível de se encontrar um filme que não carregue consigo uns clichês, por menores que sejam. Cada gênero trás consigo suas características mais marcantes, e disso não há como fugir. Ainda mais quando estamos falando de um filme que é um reboot justamente de um dos filmes responsáveis por grande parte dos clichês mais conhecidos no cinema de terror: 'The Evil Dead', de Sam Raimi. E, sendo assim, reclamar de clichês, hoje em dia, está se tornando clichê. Isso se já não for, no caso. Ou seja, o que eu estou tentando dizer é que para que comentários dessa escala sejam feitos exige-se, no mínimo, que esses argumentos sejam fundamentados. Porque a impressão que fica quando um comentário desse tipo é feito é a de que não se tem outros argumentos além desses para sustentar o desgosto que se teve pelo filme. Mas, por favor, não me entendam mal, eu não estou aqui pra tentar impedir quem quer que seja de expor suas opiniões a respeito do filme, sejam boas ou ruins, muito pelo contrário, isso é direito de cada um.
Fede Alvares, como eu já disse anteriormente, mostra à que veio. Prova que sabe dirigir bem filmes grandes e que chegou pra tomar de conta, literalmente, dos próximos filmes. Enquadra bem as cenas, sempre com bons jogos de câmera, com closes rápidos, que ajudam a atenuar mais ainda os sustos durante o filme. Ele é bem competente e por isso, não somente por ter dirigido esse filme, merece a atenção de todos. A direção de arte também está de parabéns, passei os minutos iniciais inteiros admirando os cenários e as cores mortas que os complementavam, a fotografia meio "mórbida" ficou muito bonita. O enredo do filme teve de sofrer alguns ajustes, mas seu embasamento continua o mesmo: "um grupo de jovens viaja para uma cabana abandonada e, chegando lá, encontram forças malignas, que querem matar a todos, e eles têm de aprender a se virar para sobreviver". O curioso, apesar de o embasamento ser esse, é que dessa vez optaram por dar uma, digamos, modernizada nos motivos que levaram esses jovens até a cabana. Diferentemente do filme clássico, em que o grupo foi para a cabana para curtir alguns dias, essa versão opta por levar os jovens até a cabana para tratarem de uma amiga que tem problemas com drogas. O que acaba fazendo com que seus amigos achem que ela está tento apenas ilusões por causa da abstinência, quando, na verdade, ela está sendo atormentada por aquilo que fora despertado pela curiosidade de um integrante do grupo. Foi bem pensado, vai.
'Evil Dead' se comunica muito bem com o filme anterior, e exemplo perfeito disso é a fala gravada nas fitas que foram encontradas por Ash e seus amigos no filme clássico, de uma das pessoas que já passou pela cabana e realizou estudos acerca do Livro dos Mortos. Na fita diz-se o seguinte: "Acredito ter feito descobertas relevantes nas ruínas kandarianas. Um livro sumério sobre práticas e encantos funerários. É intitulado de 'Naturon Demonto', grosso modo, traduzido de 'Livro dos Mortos'. O livro é encapado com pele humana e escrito com sangue humano. Trata de demônios e ressurreição demoníaca e forças que vagam pela floresta e pela escuridão da civilização. As primeiras páginas avisam que estas criaturas podem estar dormentes, mas nunca realmente mortas. Elas podem voltar à vida através dos feitiços descritos no livro. Ao recitar essas passagens, os demônios ganham permissão para possuir os corpos dos vivos (...) Vi sombras vagando pela floresta e não tenho dúvidas de que, o que quer que eu tenha despertado com este livro, virá atrás de mim.", e essas mesmas palavras gravadas são ditas enquanto os créditos do filme de Fede Alvarez vão passando, em algo que irei chamar de "cena credital" (que não é exatamente após os créditos, mas que ocorre simultaneamente aos créditos do filme). Mas, atenção a um detalhe, na versão de Sam Raimi, somente parte desse diálogo é ouvido pelo grupo de amigos, mais especificamente até a parte em que a pessoa que está gravando começa a recitar o encantamento (cerca de 16/17 minutos de duração do filme de 1981); e, já na versão de Fede Alvarez, a parte do encantamento não é dita, pulando diretamente para a parte final em que essa pessoa fala que viu sombras vagando pela floresta (...). Será o que exatamente nos espera no próximo filme? Pode parecer um pouco mirabolante, mas... Será que esse filme de Fede Alvarez foi um evento anterior ao filme de Sam Raimi? Bom, deixo essas dúvidas no ar... Não vou me delongar mais, até porque isso aqui já está grande demais e pode ser que um spoiler despropositado saia e eu não quero que isso aconteça.
De modo geral, finalizo dizendo que 'Evil Dead' é um filme que consegue se manter firme até seus minutos finais, que mesmo sendo um reboot do filme de 81, tem seus próprios méritos, o que garante ainda mais a primazia da obra. Supera, sem sombra de dúvidas, uma parte bem grande de tudo o que já foi feito no gênero Terror nos últimos anos. Vale a pena assistir.
O mais legal do filme é ver como as relações dos dois casais vai se alterando, progressivamente. No fim das contas, a discussão sobre o que fazer com seus respectivos filhos só serviu como plano de fundo para os dramas pessoais e familiares, não dos casais em si, mas de cada indivíduo ali presente. E o elenco do filme está de parabéns. Mas, de todos, mesmo tendo nomes já renomados como os de Christoph Waltz, Jodie Foster e Kate Winslet, tenho de ressaltar a atuação de John C. Reilly, que foi ótima, demonstrando e confirmando o potencial que ele tem, indo bem além da comédia.
Danny Boyle e sua incrível capacidade de nunca decepcionar. Mas, por favor, não dá pra falar de 'Trance' sem destacar o incrível roteiro desse filme: John Hodge, meu caro, você está de parabéns! No decorrer de toda a trama, você se perde, se reencontra, faz as ligações que tem de ser feitas, enfim, você tenta analisar todas as possibilidades que o filme lhe propõe, mas, ainda assim, é surpreendido por ele. Complexo. Em certos momentos do filme, devo confessar, achei-o extremamente previsível. Pois bem... eu me enganei. Devo ressaltar, também, o trabalho da direção de arte do filme, com sua sublime fotografia e o belo nu artístico (?) aplicado no filme, está simplesmente irretocável. James McAvoy, Rosario Dawson e Vicent Cassel estão simplesmente perfeitos em seus respectivos papéis, como sempre, cumprindo bem aquilo que lhes é incumbido. Enfim, as partes de 'Trance' se complementam de maneira ímpar, o que garante a primazia da obra. Um dos melhores filmes de 2013, sem sombra de dúvidas.
- Entre idas e vindas nas memórias de Simon, a gente aprende que é melhor não lembrar de certas coisas...
"The Weather Man" resolve esquecer as altas cargas de complacência que a grande maioria dos dramas atuais administra em suas histórias e resolve explorar as singularidades dos dramas cotidianos. Por mais que não seja tão corajoso quanto devia, o longa consegue ganhar o espetador com toques contundentes de realismo, fazendo com que nos identifiquemos, à certo ponto, com a vida de David Spritz - sejam pelos dramas passionais, sejam pelos dramas profissionais, sejam, até mesmo, pelos dramas familiares -, mesmo com David Spritz sendo um poço de pessimismo, deixando isso claro, indiretamente, com seus pensamentos sendo narrados durante o filme. Humor negro e uma crítica sútil ao 'american way of life' fazem parte do roteiro do filme, complementando-o, e Nicolas Cage surpreende em sua atuação, o que garante a identificação do público com seu personagem. Enfim, 'The Weather Man' conseguiu me agradar, indo bem além do que eu imaginava.
"Há outro homem na minha família. As coisas não saíram como eu previ. Aceitar isso não é fácil... Mas 'fácil' não pertence ao vocabulário dos adultos.".
É necessário, antes de mais nada, que se dissocie a ideia de um Terror Psicológico da de um Terror sobrenatural, por assim dizer. Não que eu queira dar uma justificativa para o gosto alheio, caso contrário, eu estaria sendo injusto, mas creio que muitas das avaliações negativas que "The Uninvited" recebeu se devem, basicamente, à essa não ruptura. É normal que isso aconteça quando se espera um produto de uma forma e se recebe um produto de outra totalmente diferente. Por mais que aparente, "O Mistério das Duas Irmãs" não é um Terror Sobrenatural, ele é, na verdade, um Terror Psicológico. Felizmente, eu pude captar aquilo que o roteiro do filme me propôs logo no início e pude me adequar as formas que ele foi tomando - por mais que eu quisesse que ele seguisse por outro rumo. The Uninvited tem um roteiro bem inteligente e os irmãos Guard, Charles e Thomas, foram espertos na forma como construíram toda a trama. Com um desenvolvimento bem lento, em se tratando de um filme que tem apenas 87 minutos, o longa consegue, magistralmente, não se tornar fatigante, muito pelo contrário, ele consegue, através dos diálogos que Anna mantém com sua irmã Alex e com os toques de sobrenaturalidade, se segurar muitíssimo bem, levando o espectador ao marco do filme: o final, que é simplesmente arrebatador. Enfim, com um trama muitíssimo bem amarrada, com o desenvolvimento controverso de sua protagonista e com atuações que foram, no mínimo, convincentes, "The Uninvited" conseguiu me conquistar. Mais uma vez.
Que roteiro rico, cara. Que grandiosidade... Puta que pariu, que filme foda! Podiam, facilmente, fazer mais 2 horas de filme que, seguindo a mesma linha, surgiriam mais e mais possibilidades à serem exploradas e, consequentemente, aqui do lado de fora, mais teorias surgiriam para explica-las. Terry Gilliam foi extremamente feliz em ter esse roteiro em mãos e mais feliz ainda na escolha do elenco. Cada ator cumpriu perfeitamente bem o papel que lhes foi incumbido.
Como levei em conta que os diretores do filme tiveram uma participação (relevante ou irrelevante, não sei.) no roteiro de "Se Beber, não Case!", já fui, de certa forma, preparado para assistir '21 and Over', e, como o esperado, encontrei várias semelhanças entre esses dois filmes. E, além de 'Se Beber, não Case', vale ressaltar, notei alguns traços bem semelhantes aos do filme 'Projeto X'. Bom... Não tão coincidentemente, creio eu, na aba de sugestões aqui do Filmow ("Se você gostou deste filme, confira também estes aqui:"), apareceram, adivinhem!, os filmes 'Se Beber, não Case!' e 'Projeto X'. 'Finalmente 18', apesar de compartilhar de infinitas semelhanças com os filmes que já citei acima, não se torna uma má comédia, muito menos um filme ruim, consegue cumprir o prometido, o que, para mim, já é o bastante, apesar desse prometido não ser algo novo ou original. "Se é pra ser uma comédia, que faça-me, no mínimo, rir" e ele conseguiu fazer isso. Foi o suficiente.
Só não sei se recomendo... nem todo mundo tem o riso tão fácil assim, né.
Um ótimo Thriller. Mas eu estou falando por mim, que não sou tão criterioso assim ao avaliar um filme. O suspense que o filme carrega é denso e trás um tema que, de certa forma, faz-nos refletir sobre o modo de agir e de se comportar do ser humano, e quais as consequências desse "modus operandi" para o mundo. Acaba que o ponto marco do filme, além das atuações de Kidman e Craig (que, vale ressaltar, não são lá o ápice da carreira de nenhum dos protagonistas), é o embate moral que o filme propõe. De maneira singular, porém, muitíssimo válida. Enfim, "The Invasion" é um filme que cumpre bem o que promete e faz o que poucos filmes, que trazem consigo uma temática semelhante, fazem: ter um final demasiado clichê, mas que não desagrada.
"Dependendo da circunstância, somos todos capazes dos piores crimes. Imaginar um mundo que não seja assim, onde cada crise não resulte em novas atrocidades, onde os jornais não noticiem guerra e violência, é imaginar um mundo onde os humanos não sejam humanos."
Um dos melhores musicais que eu já vi (e se vacilar, o melhor). Uma baita de uma homenagem a música popular americana. Porém, caso você não entenda ou não goste de Blues, R&B, Soul Music e até mesmo da Country Music, há uma grande possibilidade de desgostar desse filme. Não é pra qualquer um.
Ótimo filme! Até agora, o melhor terror psicológico do ano (e, se vacilar, continuará no topo). Não perde muito tempo para mostrar à que veio, até porque seu tempo de duração não lhe permite isso. O que mais me impressionou nesse filme foi a forma como todos os elementos dele colaboraram para sua primazia: Temática, ambiente, atuações, roteiro e, principalmente, por incrível que pareça, o fundo musical. Simplesmente agoniante, pelo menos pra mim... A única ressalva negativa que eu tenho a fazer é sobre o final, que não me agradou tanto assim, e olha que não fui ruim, só achei que merecia um desfecho mais horripilante, ou algo mais impactante (como ele nos leva a crer).
Se segura muito bem no início. É uma comédia bem brasileira, com direito àquela velha cartilha de xingamentos que todo mundo já está bem habituado. Mas aí, do meio pro fim, eles tentaram administrar um romance e um drama muito complacentes, o que acabou não combinando muito bem com o que o filme propunha no início: Uma comédia altamente escrachada, "sem eira nem beira", por assim dizer. Mas a mensagem do filme é até convincente, viu. Ah, eu gostei do filme, não vou reclamar dos xingamentos porque eu também xingo pra caralho, então tá valendo...
Nada paga aquelas cenas finais em que o Jiff Ramsey (Eddie Murphy) protagoniza, lutando contra aqueles caras. Velho, NADA paga aquilo. Ri que quase me acabo kkkkkk
Gostei muito da parceria Martin e Murphy, se deram bem atuando juntos. Não é o melhor trabalho de Frank Oz, mas com certeza não é o pior. Vale a pena, pois cumpre bem o papel de uma comédia tem de cumprir. Recomendo.
Em meio a situações incongruentes e algumas atuações forçadas, "A Última Casa da Rua" só consegue se sobressair pelo final inesperado. Porém, esse mesmo final não foi o bastante para suprir essas incoerências. Infelizmente.
Ok, eu estou afim de uma garota nova na cidade, mas infelizmente não consegui nada com ela. Já o carinha que ninguém dá o mínimo valor, diferentemente de mim, consegue conquistar a garota, e eu vou ali rapidão QUEBRAR O CARRO DO CARINHA porque ele merece. Do nada...
Desculpem-me os que discordam, mas essa situação em específico me soou bastante forçada, como se essa tivesse sido a única forma que encontraram para viabilizar o, digamos, 'limiar' para os 'verdadeiros acontecimentos' que estavam por vir no filme. Na verdade, o filme, DE FATO, começa a partir daí. O desenvolvimento da história é BEM longo e, caso não se tenha muita paciência, há a possibilidade de se desistir fácil, fácil desse filme. Não que isso tenha sido um demérito, claro, mas é que nem todo telespectador é tão compreensivo assim...
em que Elissa, sem senso de direção e totalmente desnorteada, consegue encontrar o interruptor de energia em meio à total escuridão.
Mas, calma, eu não estou aqui dizendo que o filme é ruim. Claro que não. Eu até que gostei, pra falar a verdade. Mas, vamos lá, né, temos de convir que a ideia adotada pelo filme não é nada original, tendo em vista que outros vários títulos já utilizaram essa mesma fórmula. E um dos pontos positivos de "House at the End of the Street" é justamente o de encontrar, dentro dessa temática, um caminho diferente - e viável - daquele costumeiro, que já fora apresentado em filmes de temática semelhante.
Se for pra assistir "House at the End of the Street" sem grandes pretensões, ele até que desce muito bem. É um bom filme, de modo geral.
Dificilmente você irá encontrar uma comédia tão boa quanto essa. Que te faz rir sem precisar que apelar para temas voluptuosos. Comédia leve, porém, altamente escrachada e com uma história de fácil digestão. O trabalho de Frank Oz nesse filme foi bem manso, sem exageros. Mas o que vale ressaltar de fato aqui são as atuações de Michael Caine e, principalmente, de Steve Martin, que está simplesmente IMPAGÁVEL nesse filme. Nunca o vi fazer tanta graça em um papel como vi nesse filme. Muito bom, vale muito a pena mesmo.
Sem sombra de dúvidas, o alto do filme, além da trilha sonora, são as atuações de Christina Ricci e Samuel L. Jackson, mandaram muito bem. "Black Snake Moan" se mostrou uma gratificante homenagem ao Blues de raiz, e para o que se propôs, como filme que retrata a superação através de uma perspectiva diferenciada, foi bem satisfatório, bem convincente, eu diria. Uma história bem verdadeira, apesar de fictícia.
Como diz a música da blues band brasileira, 'Bêbados Habilidosos': "Viver às vezes dói Principalmente sem amor Vencer alguém destrói Viver às vezes é um horror Por isso pegue seu Whisky e beba E pague tudo em Blues e Dor".
- Esse trecho que citei pode parecer bem sem nexo para alguns, mas, para mim, definiu muito bem o filme.
Quem disse que uma ideia já vendida não pode mais render bons filmes? O segredo de tudo, quando a ideia a ser posta na prática está em jogo, é a forma como ela é trabalhada. E "The Last House on the Left" conseguiu fazer isso magistralmente bem. Sem precisar correr, ele conseguiu se desenvolver da maneira correta, sem exageros. Bem aceitável para o que se propôs.
"Porque sei que existem pessoas que dizem que estas coisas não acontecem. Que há pessoas que se esquecem do que é ter 16 anos quando fazem 17. Sei que isso tudo não passará de histórias. E que nossas imagens não passarão de fotografias antigas. Todos nos tornaremos pais de alguém. Mas, neste momento, esses momentos não são histórias. Isto está acontecendo. Estou aqui e estou olhando para ela. E ela é tão linda. Consigo enxergar. Este momento que você sabe que não é uma história triste. Você está vivo. Você se levanta e vê as luzes nos prédios e tudo o que faz você se perguntar. E está ouvindo aquela música, naquele passeio, com as pessoas que mais ama neste mundo. E, neste momento, eu juro... Nós somos infinitos."
"The Perks of Being a Wallflower" não é um poço de originalidade, temos de convir quanto a este fato, mas, por outro lado, ele consegue se sobressair com maestria diante de produções similares. E o que garante esse sobressaio, além da ótima direção de Stephen Chbosky, são as boas atuações; o desempenho do elenco foi essencial para o sucesso desta obra - não só o sucesso comercial, mas também o de críticas. Mas, enfim, não tenho muito o que falar, não. No geral, "The Perks of Being a Wallflower" conseguiu superar minhas expectativas, a trama me soou bem convincente e isto foi o bastante para que o longa me agradasse.
"Fun Size" é um bom filme de comédia. Consegue divertir sem ter que se submeter a onda Besteirol que, insistentemente, paira sobre a comédia americana quando o filme tem uma temática adolescente, ou tenta retratar tal fase, digamos assim. Levemente escrachada, e com alguns clichês - como de praxe -, esse filme se saiu melhor do que eu imaginava. É uma comédia adolescente "light", por assim dizer. Estou me arriscando ao dizer isso, mas o elenco desse filme tem alguns bons atores, bem promissores, eu diria, como Thomas Mann (Projeto X), Jane Levy (Evil Dead, 2013), Victoria Justice e, é claro, Jackson Nicoll, que rouba a cena.
"Fun Size" cumpriu bem o papel que uma comédia, para mim, tem que cumprir: Me fazer rir.
Tramas sobre vingança sempre me cativam e com esse filme não foi diferente. Um filmão, mas só pra quem tem certo apresso ou interesse em tramas que tratam do assunto. Creio que uma escolha melhor de atores faria com que o filme fosse ainda melhor do que já é; tirando a protagonista, Sarah Butler, e Chad Lindberg, que foram excepcionais em seus papéis.
FILMAÇO! Digno de atuações simplesmente incríveis, TODOS os atores foram excepcionais. Porém, confesso achar que o finalzinho tirou um pouco da magia do filme. A carência de imparcialidade fica explícita em seu final e, de tão exorbitante, não passa despercebida nem mesmo pelo mais desatento dos espectadores, infelizmente. Mas, de resto, o filme é muito bom. Para quem quer um debate coerente e que foge da visão cristã, a qual já estamos mais habituados, vale muito a pena assistir esse filme. Um novo ponto de vista, quando trabalhado da maneira correta, é sempre bem-vindo.
A meu ver, essa questão da quebra ou não do pacto de Deus para com os Judeus, é, básica e indiretamente, um pretexto incutido no roteiro para um outro debate: A existência ou não de intervenção divina.
Evidências
3.1 162 Assista AgoraQue grata surpresa essa que Olatunde Osunsanmi nos trouxe. Muito bom o filme. Achei super interessante a forma como eles mesclaram o já tradicional modo de filmagem com o Found Footage, que, no caso, foi usado como uma ferramenta complementar dentro da própria trama. Muito interessante. Gosto muito desse tipo de filme, em que você é jogado dentro da trama (umas das principais características dos Found Footage, ou, pelo menos, dos que se presam) e que te faz pensar junto com os personagens. É interessante notar em como você, durante o filme, acaba se tornando parte dele, sendo um dos investigadores, no caso: Você cria seus suspeitos, formula teorias sobre como os seus suspeitos agiram, depois tem todas as suas teorias derrubadas, volta, busca por novos suspeitos e fica nesse jogo até o final do filme, que para mim, pelo menos, foi um tanto quanto surpreendente. De modo geral, um bom filme.
Recomendo.
A Morte do Demônio
3.2 3,9K Assista AgoraNão há o que discutir. Apesar de ser um ótimo filme, 'Evil Dead' (2013) não se sobressai num comparativo com 'The Evil Dead' (1981), isso se forem colocados numa balança aquilo que a época de ambos os filmes lhes proporcionaram. Porém, mesmo tendo essa convicção, um pensamento me veio em mente enquanto assistia a esse filme, nesta madrugada: O que 'Evil Dead' (2013) fez é o que 'The Evil Dead' (1981) faria se tivesse tamanho orçamento sendo investido nele. Não da mesma forma, claro, mas, certamente, levando em conta as possibilidades e aparatos tecnológicos da época, algo parecido com isso sairia das mãos de Sam Raimi.
Fede Alvarez mostra à que veio no filme, com uma direção contundente e que cumpre o prometido. Confesso que não fui um dos que morreram de amores pelo seu famigerado curta metragem, o "Ataque de Pânico", lançado em 2009. Até gostei, é um bom curta, mas não é pra tanto. E acho que por isso me surpreendi positivamente com sua direção nesse filme. Fiquei com medo quando o nome de Fede Alvarez foi mencionado como diretor do 'reboot mais aguardado do ano', mas meu medo foi sendo posto um pouco de lado quando descobri que na produção do filme, cuidando de alguns detalhes, estavam Sam Raimi e Bruce Campbell, que foram, praticamente, os maiores responsáveis pelo sucesso estrondoso do clássico trash dos anos 80.
Não farei aqui o mesmo que algumas pessoas que assistiram ao filme fizeram em seus comentários e críticas, ressaltando o que dizem ser um uso "exacerbado" do gore no filme ou ainda dizendo que o mesmo fez mau uso dessa ferramenta, ou, pior, comentando seu desgosto com a frase que o longa utilizou para divulgar o filme, e, completando o trio de reclamações, os comentários feitos acerca dos clichês no filme. Porque, em primeiro lugar, já devia ser do conhecimento de todos que o gore se faria marcante durante o filme, até porque isso foi uma das propostas iniciais desse reboot. Quem acompanhou a divulgação do filme desde seu início, ano passado, sabe que isso ficou bem evidente. O trailer "Red Band" do filme, lançado em outubro do ano passado, por exemplo, que deixou extremamente claro que o gore seria uma das principais marcas do filme, está aí e não me deixa mentir. Todo mundo foi muito bem avisado. Em segundo lugar, antes mesmo de ressaltar o fato de que "o filme não faz jus a frase que carrega" ou que "esse não foi o filme mais aterrorizante que você viu na vida", é preciso levar em conta que (1) a frase "The most terrifying film you will ever experience" foi usada como uma tática de marketing (e eu acho que todo mundo já deve saber disso) e, indo bem além disso, (2) serviu também como uma das formas de referenciar o filme original, de 1981. Fazendo um retrospecto até a época de divulgação do filme clássico, a gente percebe que a produção do filme original utilizou-se de uma frase semelhantemente marcante, que dizia: "The ultimate experience in gruelling terror"; isso tudo sem esquecer do comentário que Stephen King fez a respeito do filme, dizendo: "The most ferociously original horror filme of the year...", que também passou a ser utilizada para a divulgação do filme. E, em terceiro lugar, a respeito dos clichês. Bom... Eu estaria sendo um tremendo de um hipócrita se chegasse aqui e dissesse que esse filme foge de clichês. É claro que não foge. Até porque, é do saber de todo bom cinéfilo, que cada gênero, através de sua construção no decorrer da história, veio, praticamente, instituindo seus próprios clichês. Isso faz parte. É quase impossível de se encontrar um filme que não carregue consigo uns clichês, por menores que sejam. Cada gênero trás consigo suas características mais marcantes, e disso não há como fugir. Ainda mais quando estamos falando de um filme que é um reboot justamente de um dos filmes responsáveis por grande parte dos clichês mais conhecidos no cinema de terror: 'The Evil Dead', de Sam Raimi. E, sendo assim, reclamar de clichês, hoje em dia, está se tornando clichê. Isso se já não for, no caso. Ou seja, o que eu estou tentando dizer é que para que comentários dessa escala sejam feitos exige-se, no mínimo, que esses argumentos sejam fundamentados. Porque a impressão que fica quando um comentário desse tipo é feito é a de que não se tem outros argumentos além desses para sustentar o desgosto que se teve pelo filme. Mas, por favor, não me entendam mal, eu não estou aqui pra tentar impedir quem quer que seja de expor suas opiniões a respeito do filme, sejam boas ou ruins, muito pelo contrário, isso é direito de cada um.
Fede Alvares, como eu já disse anteriormente, mostra à que veio. Prova que sabe dirigir bem filmes grandes e que chegou pra tomar de conta, literalmente, dos próximos filmes. Enquadra bem as cenas, sempre com bons jogos de câmera, com closes rápidos, que ajudam a atenuar mais ainda os sustos durante o filme. Ele é bem competente e por isso, não somente por ter dirigido esse filme, merece a atenção de todos. A direção de arte também está de parabéns, passei os minutos iniciais inteiros admirando os cenários e as cores mortas que os complementavam, a fotografia meio "mórbida" ficou muito bonita. O enredo do filme teve de sofrer alguns ajustes, mas seu embasamento continua o mesmo: "um grupo de jovens viaja para uma cabana abandonada e, chegando lá, encontram forças malignas, que querem matar a todos, e eles têm de aprender a se virar para sobreviver". O curioso, apesar de o embasamento ser esse, é que dessa vez optaram por dar uma, digamos, modernizada nos motivos que levaram esses jovens até a cabana. Diferentemente do filme clássico, em que o grupo foi para a cabana para curtir alguns dias, essa versão opta por levar os jovens até a cabana para tratarem de uma amiga que tem problemas com drogas. O que acaba fazendo com que seus amigos achem que ela está tento apenas ilusões por causa da abstinência, quando, na verdade, ela está sendo atormentada por aquilo que fora despertado pela curiosidade de um integrante do grupo. Foi bem pensado, vai.
'Evil Dead' se comunica muito bem com o filme anterior, e exemplo perfeito disso é a fala gravada nas fitas que foram encontradas por Ash e seus amigos no filme clássico, de uma das pessoas que já passou pela cabana e realizou estudos acerca do Livro dos Mortos. Na fita diz-se o seguinte: "Acredito ter feito descobertas relevantes nas ruínas kandarianas. Um livro sumério sobre práticas e encantos funerários. É intitulado de 'Naturon Demonto', grosso modo, traduzido de 'Livro dos Mortos'. O livro é encapado com pele humana e escrito com sangue humano. Trata de demônios e ressurreição demoníaca e forças que vagam pela floresta e pela escuridão da civilização. As primeiras páginas avisam que estas criaturas podem estar dormentes, mas nunca realmente mortas. Elas podem voltar à vida através dos feitiços descritos no livro. Ao recitar essas passagens, os demônios ganham permissão para possuir os corpos dos vivos (...) Vi sombras vagando pela floresta e não tenho dúvidas de que, o que quer que eu tenha despertado com este livro, virá atrás de mim.", e essas mesmas palavras gravadas são ditas enquanto os créditos do filme de Fede Alvarez vão passando, em algo que irei chamar de "cena credital" (que não é exatamente após os créditos, mas que ocorre simultaneamente aos créditos do filme). Mas, atenção a um detalhe, na versão de Sam Raimi, somente parte desse diálogo é ouvido pelo grupo de amigos, mais especificamente até a parte em que a pessoa que está gravando começa a recitar o encantamento (cerca de 16/17 minutos de duração do filme de 1981); e, já na versão de Fede Alvarez, a parte do encantamento não é dita, pulando diretamente para a parte final em que essa pessoa fala que viu sombras vagando pela floresta (...). Será o que exatamente nos espera no próximo filme? Pode parecer um pouco mirabolante, mas... Será que esse filme de Fede Alvarez foi um evento anterior ao filme de Sam Raimi? Bom, deixo essas dúvidas no ar... Não vou me delongar mais, até porque isso aqui já está grande demais e pode ser que um spoiler despropositado saia e eu não quero que isso aconteça.
De modo geral, finalizo dizendo que 'Evil Dead' é um filme que consegue se manter firme até seus minutos finais, que mesmo sendo um reboot do filme de 81, tem seus próprios méritos, o que garante ainda mais a primazia da obra. Supera, sem sombra de dúvidas, uma parte bem grande de tudo o que já foi feito no gênero Terror nos últimos anos. Vale a pena assistir.
Deus da Carnificina
3.8 1,4KO mais legal do filme é ver como as relações dos dois casais vai se alterando, progressivamente. No fim das contas, a discussão sobre o que fazer com seus respectivos filhos só serviu como plano de fundo para os dramas pessoais e familiares, não dos casais em si, mas de cada indivíduo ali presente. E o elenco do filme está de parabéns. Mas, de todos, mesmo tendo nomes já renomados como os de Christoph Waltz, Jodie Foster e Kate Winslet, tenho de ressaltar a atuação de John C. Reilly, que foi ótima, demonstrando e confirmando o potencial que ele tem, indo bem além da comédia.
Em Transe
3.6 738Danny Boyle e sua incrível capacidade de nunca decepcionar. Mas, por favor, não dá pra falar de 'Trance' sem destacar o incrível roteiro desse filme: John Hodge, meu caro, você está de parabéns! No decorrer de toda a trama, você se perde, se reencontra, faz as ligações que tem de ser feitas, enfim, você tenta analisar todas as possibilidades que o filme lhe propõe, mas, ainda assim, é surpreendido por ele. Complexo. Em certos momentos do filme, devo confessar, achei-o extremamente previsível. Pois bem... eu me enganei. Devo ressaltar, também, o trabalho da direção de arte do filme, com sua sublime fotografia e o belo nu artístico (?) aplicado no filme, está simplesmente irretocável. James McAvoy, Rosario Dawson e Vicent Cassel estão simplesmente perfeitos em seus respectivos papéis, como sempre, cumprindo bem aquilo que lhes é incumbido. Enfim, as partes de 'Trance' se complementam de maneira ímpar, o que garante a primazia da obra. Um dos melhores filmes de 2013, sem sombra de dúvidas.
- Entre idas e vindas nas memórias de Simon, a gente aprende que é melhor não lembrar de certas coisas...
O Sol de Cada Manhã
3.2 220 Assista Agora"The Weather Man" resolve esquecer as altas cargas de complacência que a grande maioria dos dramas atuais administra em suas histórias e resolve explorar as singularidades dos dramas cotidianos. Por mais que não seja tão corajoso quanto devia, o longa consegue ganhar o espetador com toques contundentes de realismo, fazendo com que nos identifiquemos, à certo ponto, com a vida de David Spritz - sejam pelos dramas passionais, sejam pelos dramas profissionais, sejam, até mesmo, pelos dramas familiares -, mesmo com David Spritz sendo um poço de pessimismo, deixando isso claro, indiretamente, com seus pensamentos sendo narrados durante o filme. Humor negro e uma crítica sútil ao 'american way of life' fazem parte do roteiro do filme, complementando-o, e Nicolas Cage surpreende em sua atuação, o que garante a identificação do público com seu personagem. Enfim, 'The Weather Man' conseguiu me agradar, indo bem além do que eu imaginava.
"Há outro homem na minha família. As coisas não saíram como eu previ. Aceitar isso não é fácil... Mas 'fácil' não pertence ao vocabulário dos adultos.".
O Mistério das Duas Irmãs
3.5 1,5K Assista AgoraÉ necessário, antes de mais nada, que se dissocie a ideia de um Terror Psicológico da de um Terror sobrenatural, por assim dizer. Não que eu queira dar uma justificativa para o gosto alheio, caso contrário, eu estaria sendo injusto, mas creio que muitas das avaliações negativas que "The Uninvited" recebeu se devem, basicamente, à essa não ruptura. É normal que isso aconteça quando se espera um produto de uma forma e se recebe um produto de outra totalmente diferente. Por mais que aparente, "O Mistério das Duas Irmãs" não é um Terror Sobrenatural, ele é, na verdade, um Terror Psicológico. Felizmente, eu pude captar aquilo que o roteiro do filme me propôs logo no início e pude me adequar as formas que ele foi tomando - por mais que eu quisesse que ele seguisse por outro rumo. The Uninvited tem um roteiro bem inteligente e os irmãos Guard, Charles e Thomas, foram espertos na forma como construíram toda a trama. Com um desenvolvimento bem lento, em se tratando de um filme que tem apenas 87 minutos, o longa consegue, magistralmente, não se tornar fatigante, muito pelo contrário, ele consegue, através dos diálogos que Anna mantém com sua irmã Alex e com os toques de sobrenaturalidade, se segurar muitíssimo bem, levando o espectador ao marco do filme: o final, que é simplesmente arrebatador. Enfim, com um trama muitíssimo bem amarrada, com o desenvolvimento controverso de sua protagonista e com atuações que foram, no mínimo, convincentes, "The Uninvited" conseguiu me conquistar. Mais uma vez.
Os 12 Macacos
3.9 1,1K Assista AgoraQue roteiro rico, cara. Que grandiosidade... Puta que pariu, que filme foda! Podiam, facilmente, fazer mais 2 horas de filme que, seguindo a mesma linha, surgiriam mais e mais possibilidades à serem exploradas e, consequentemente, aqui do lado de fora, mais teorias surgiriam para explica-las. Terry Gilliam foi extremamente feliz em ter esse roteiro em mãos e mais feliz ainda na escolha do elenco. Cada ator cumpriu perfeitamente bem o papel que lhes foi incumbido.
Muito bom mesmo!
Finalmente 18
3.0 787 Assista AgoraComo levei em conta que os diretores do filme tiveram uma participação (relevante ou irrelevante, não sei.) no roteiro de "Se Beber, não Case!", já fui, de certa forma, preparado para assistir '21 and Over', e, como o esperado, encontrei várias semelhanças entre esses dois filmes. E, além de 'Se Beber, não Case', vale ressaltar, notei alguns traços bem semelhantes aos do filme 'Projeto X'. Bom... Não tão coincidentemente, creio eu, na aba de sugestões aqui do Filmow ("Se você gostou deste filme, confira também estes aqui:"), apareceram, adivinhem!, os filmes 'Se Beber, não Case!' e 'Projeto X'. 'Finalmente 18', apesar de compartilhar de infinitas semelhanças com os filmes que já citei acima, não se torna uma má comédia, muito menos um filme ruim, consegue cumprir o prometido, o que, para mim, já é o bastante, apesar desse prometido não ser algo novo ou original. "Se é pra ser uma comédia, que faça-me, no mínimo, rir" e ele conseguiu fazer isso. Foi o suficiente.
Só não sei se recomendo... nem todo mundo tem o riso tão fácil assim, né.
Invasores
3.1 392 Assista AgoraUm ótimo Thriller. Mas eu estou falando por mim, que não sou tão criterioso assim ao avaliar um filme. O suspense que o filme carrega é denso e trás um tema que, de certa forma, faz-nos refletir sobre o modo de agir e de se comportar do ser humano, e quais as consequências desse "modus operandi" para o mundo. Acaba que o ponto marco do filme, além das atuações de Kidman e Craig (que, vale ressaltar, não são lá o ápice da carreira de nenhum dos protagonistas), é o embate moral que o filme propõe. De maneira singular, porém, muitíssimo válida. Enfim, "The Invasion" é um filme que cumpre bem o que promete e faz o que poucos filmes, que trazem consigo uma temática semelhante, fazem: ter um final demasiado clichê, mas que não desagrada.
"Dependendo da circunstância, somos todos capazes dos piores crimes. Imaginar um mundo que não seja assim, onde cada crise não resulte em novas atrocidades, onde os jornais não noticiem guerra e violência, é imaginar um mundo onde os humanos não sejam humanos."
Sem Sentido
3.1 119Marlon Wayans simplesmente hilário nesse filme. Muito bom.
O Primeiro Mentiroso
3.4 809 Assista AgoraFaz rir e, além de tudo, tem um bom argumento pra mensagem que quis passar. Convincente até demais. Uma ótima comédia.
Recomendo.
Os Irmãos Cara-de-Pau
3.8 292 Assista AgoraUm dos melhores musicais que eu já vi (e se vacilar, o melhor). Uma baita de uma homenagem a música popular americana. Porém, caso você não entenda ou não goste de Blues, R&B, Soul Music e até mesmo da Country Music, há uma grande possibilidade de desgostar desse filme. Não é pra qualquer um.
Os Escolhidos
3.3 951 Assista AgoraÓtimo filme!
Até agora, o melhor terror psicológico do ano (e, se vacilar, continuará no topo). Não perde muito tempo para mostrar à que veio, até porque seu tempo de duração não lhe permite isso. O que mais me impressionou nesse filme foi a forma como todos os elementos dele colaboraram para sua primazia: Temática, ambiente, atuações, roteiro e, principalmente, por incrível que pareça, o fundo musical. Simplesmente agoniante, pelo menos pra mim...
A única ressalva negativa que eu tenho a fazer é sobre o final, que não me agradou tanto assim, e olha que não fui ruim, só achei que merecia um desfecho mais horripilante, ou algo mais impactante (como ele nos leva a crer).
Recomendo.
E Aí... Comeu?
2.6 1,6KSe segura muito bem no início. É uma comédia bem brasileira, com direito àquela velha cartilha de xingamentos que todo mundo já está bem habituado. Mas aí, do meio pro fim, eles tentaram administrar um romance e um drama muito complacentes, o que acabou não combinando muito bem com o que o filme propunha no início: Uma comédia altamente escrachada, "sem eira nem beira", por assim dizer. Mas a mensagem do filme é até convincente, viu. Ah, eu gostei do filme, não vou reclamar dos xingamentos porque eu também xingo pra caralho, então tá valendo...
Os Picaretas
3.2 185 Assista AgoraNada paga aquelas cenas finais em que o Jiff Ramsey (Eddie Murphy) protagoniza, lutando contra aqueles caras. Velho, NADA paga aquilo. Ri que quase me acabo kkkkkk
Gostei muito da parceria Martin e Murphy, se deram bem atuando juntos. Não é o melhor trabalho de Frank Oz, mas com certeza não é o pior. Vale a pena, pois cumpre bem o papel de uma comédia tem de cumprir.
Recomendo.
Inatividade Paranormal
2.3 837 Assista AgoraMe fez rir, portanto já está de bom tamanho.
A Última Casa da Rua
3.0 1,6K Assista AgoraEm meio a situações incongruentes e algumas atuações forçadas, "A Última Casa da Rua" só consegue se sobressair pelo final inesperado. Porém, esse mesmo final não foi o bastante para suprir essas incoerências. Infelizmente.
Ok, eu estou afim de uma garota nova na cidade, mas infelizmente não consegui nada com ela. Já o carinha que ninguém dá o mínimo valor, diferentemente de mim, consegue conquistar a garota, e eu vou ali rapidão QUEBRAR O CARRO DO CARINHA porque ele merece. Do nada...
Desculpem-me os que discordam, mas essa situação em específico me soou bastante forçada, como se essa tivesse sido a única forma que encontraram para viabilizar o, digamos, 'limiar' para os 'verdadeiros acontecimentos' que estavam por vir no filme. Na verdade, o filme, DE FATO, começa a partir daí. O desenvolvimento da história é BEM longo e, caso não se tenha muita paciência, há a possibilidade de se desistir fácil, fácil desse filme. Não que isso tenha sido um demérito, claro, mas é que nem todo telespectador é tão compreensivo assim...
Fora a cena
em que Elissa, sem senso de direção e totalmente desnorteada, consegue encontrar o interruptor de energia em meio à total escuridão.
Mas, calma, eu não estou aqui dizendo que o filme é ruim. Claro que não. Eu até que gostei, pra falar a verdade. Mas, vamos lá, né, temos de convir que a ideia adotada pelo filme não é nada original, tendo em vista que outros vários títulos já utilizaram essa mesma fórmula. E um dos pontos positivos de "House at the End of the Street" é justamente o de encontrar, dentro dessa temática, um caminho diferente - e viável - daquele costumeiro, que já fora apresentado em filmes de temática semelhante.
Se for pra assistir "House at the End of the Street" sem grandes pretensões, ele até que desce muito bem. É um bom filme, de modo geral.
Os Safados
3.7 101 Assista AgoraDificilmente você irá encontrar uma comédia tão boa quanto essa. Que te faz rir sem precisar que apelar para temas voluptuosos. Comédia leve, porém, altamente escrachada e com uma história de fácil digestão. O trabalho de Frank Oz nesse filme foi bem manso, sem exageros. Mas o que vale ressaltar de fato aqui são as atuações de Michael Caine e, principalmente, de Steve Martin, que está simplesmente IMPAGÁVEL nesse filme. Nunca o vi fazer tanta graça em um papel como vi nesse filme. Muito bom, vale muito a pena mesmo.
Recomendo.
Entre o Céu e o Inferno
3.7 345 Assista AgoraSem sombra de dúvidas, o alto do filme, além da trilha sonora, são as atuações de Christina Ricci e Samuel L. Jackson, mandaram muito bem. "Black Snake Moan" se mostrou uma gratificante homenagem ao Blues de raiz, e para o que se propôs, como filme que retrata a superação através de uma perspectiva diferenciada, foi bem satisfatório, bem convincente, eu diria. Uma história bem verdadeira, apesar de fictícia.
Como diz a música da blues band brasileira, 'Bêbados Habilidosos':
"Viver às vezes dói
Principalmente sem amor
Vencer alguém destrói
Viver às vezes é um horror
Por isso pegue seu Whisky e beba
E pague tudo em Blues e Dor".
- Esse trecho que citei pode parecer bem sem nexo para alguns, mas, para mim, definiu muito bem o filme.
Recomendo.
A Última Casa
3.5 1,2K Assista AgoraQuem disse que uma ideia já vendida não pode mais render bons filmes? O segredo de tudo, quando a ideia a ser posta na prática está em jogo, é a forma como ela é trabalhada. E "The Last House on the Left" conseguiu fazer isso magistralmente bem. Sem precisar correr, ele conseguiu se desenvolver da maneira correta, sem exageros. Bem aceitável para o que se propôs.
Recomendo.
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista Agora"Porque sei que existem pessoas que dizem que estas coisas não acontecem. Que há pessoas que se esquecem do que é ter 16 anos quando fazem 17. Sei que isso tudo não passará de histórias. E que nossas imagens não passarão de fotografias antigas. Todos nos tornaremos pais de alguém. Mas, neste momento, esses momentos não são histórias. Isto está acontecendo. Estou aqui e estou olhando para ela. E ela é tão linda. Consigo enxergar. Este momento que você sabe que não é uma história triste. Você está vivo. Você se levanta e vê as luzes nos prédios e tudo o que faz você se perguntar. E está ouvindo aquela música, naquele passeio, com as pessoas que mais ama neste mundo. E, neste momento, eu juro... Nós somos infinitos."
"The Perks of Being a Wallflower" não é um poço de originalidade, temos de convir quanto a este fato, mas, por outro lado, ele consegue se sobressair com maestria diante de produções similares. E o que garante esse sobressaio, além da ótima direção de Stephen Chbosky, são as boas atuações; o desempenho do elenco foi essencial para o sucesso desta obra - não só o sucesso comercial, mas também o de críticas. Mas, enfim, não tenho muito o que falar, não. No geral, "The Perks of Being a Wallflower" conseguiu superar minhas expectativas, a trama me soou bem convincente e isto foi o bastante para que o longa me agradasse.
Pequeno Problema, Mega Confusão
2.8 121 Assista Agora"Fun Size" é um bom filme de comédia. Consegue divertir sem ter que se submeter a onda Besteirol que, insistentemente, paira sobre a comédia americana quando o filme tem uma temática adolescente, ou tenta retratar tal fase, digamos assim. Levemente escrachada, e com alguns clichês - como de praxe -, esse filme se saiu melhor do que eu imaginava. É uma comédia adolescente "light", por assim dizer. Estou me arriscando ao dizer isso, mas o elenco desse filme tem alguns bons atores, bem promissores, eu diria, como Thomas Mann (Projeto X), Jane Levy (Evil Dead, 2013), Victoria Justice e, é claro, Jackson Nicoll, que rouba a cena.
"Fun Size" cumpriu bem o papel que uma comédia, para mim, tem que cumprir: Me fazer rir.
Recomendo.
Doce Vingança
3.4 2,4K Assista AgoraTramas sobre vingança sempre me cativam e com esse filme não foi diferente. Um filmão, mas só pra quem tem certo apresso ou interesse em tramas que tratam do assunto. Creio que uma escolha melhor de atores faria com que o filme fosse ainda melhor do que já é; tirando a protagonista, Sarah Butler, e Chad Lindberg, que foram excepcionais em seus papéis.
O Julgamento de Deus
4.2 55FILMAÇO!
Digno de atuações simplesmente incríveis, TODOS os atores foram excepcionais. Porém, confesso achar que o finalzinho tirou um pouco da magia do filme. A carência de imparcialidade fica explícita em seu final e, de tão exorbitante, não passa despercebida nem mesmo pelo mais desatento dos espectadores, infelizmente. Mas, de resto, o filme é muito bom. Para quem quer um debate coerente e que foge da visão cristã, a qual já estamos mais habituados, vale muito a pena assistir esse filme. Um novo ponto de vista, quando trabalhado da maneira correta, é sempre bem-vindo.
A meu ver, essa questão da quebra ou não do pacto de Deus para com os Judeus, é, básica e indiretamente, um pretexto incutido no roteiro para um outro debate: A existência ou não de intervenção divina.