Esta é uma das melhores sequências do cinema, e olha que nem chega a ser uma sequência, na verdade recontam o primeiro filme sem os coadjuvantes, e prosseguem numa trama sobre a mesma coisa, mas mais aprofundada, é quase uma trilogia de dois filmes, já que o primeiro e o segundo são a mesma coisa. Nunca sei quando o filme é engraçado por querer, ou era um terror mal sucedido, de qualquer forma é muito bom. Bruce Campbell finalmente mostra todo teu talento (ou falta dele) em caretas de sofredor e poses de herói; aqui ele está mais heroico que no primeiro filme, gostei mais desta personalidade. A briga contra a mão é clássica, o melhor momento do filme. Há tempos eu não me divertia tanto em um filme de terror. Virei fã de Bruce Campbell, ainda acho que ele deveria lutar contra Freddy e Jason.
Sinceramente, este é um dos mais belos e reais filmes sobre relacionamentos online que já vi, e embora muitos possam ver nele uma história sobre viciados na Internet, acredito que em certo momento se torna o contrário, são deslocados sociais que acharam na vida online uma possibilidade de serem "normais" ou felizes. Tudo girando em torno de um site de relacionamento pornô, a sexualidade online vista de uma forma tão real que chega a assustar, pra não falar sobre as vídeo conferências em grupo dos suicidas em potencial que procuram por alguém que escute suas lamurias, mas pelo site ser constituído apenas de suicidas, estão tão afundados nas próprias dores que não têm tempo para escutar os demais, lindo e comovente. Claro que sobra espaço para amizades verdadeiras online, o que é peça decisiva para a salvação final, mesmo assim o que ficou em minha memória foi o deslocamento social de todos os personagens, até mesmo da garota de programa online que sabe muito bem viver em sociedade, sendo boa atriz, mas querendo ou não está presa na rede. Este filme deu as caras no Festival de Sundance, pouco (quase nada) se encontra sobre ele na Internet, assisti em 2002 quando saiu, lembro que foi uma porrada e fez muito sentido, hoje (dez anos depois) revejo e vejo como o filme ganhou dimensões gigantescas, é ainda mais real, bem vindo à depressão online, onde boas amizades e melancolias se concretizam. Obs.: O filme também faz um bom contraste com os sociáveis, mostrando que, não é porque têm uma vida que eles são superiores, também são sujos e lamentáveis, todo mundo, online ou offline fadados á desgraça existencial.
Hoje em dia é normal trazer Contos de Fadas para a vida real (Upon Once a Time), ou até mesmo transformar Contos de Fadas em filmes adultos estilo Tim Burton, mas este filme tem um diferencial, sua proposta é trazer personagens de Contos de Fadas sem que eles percam o encantamento, o que funciona de forma até engraçada, e na transformação dos ambientes normais em encantados, como animais do bosque que são substituídos por ratos, pombos e baratas, é maravilhoso. Amy Adams consegue convencer como uma princesa encantada e tradicional no mundo real, não posso negar que é uma boa atriz, já que suas cenas exigiam concentração por não estar contracenando com nada. É um filme encantador, não vejo nada demais no moralismo dos filmes da Disney, são filmes para a família e para as crianças, mesmo que tentem inovar mostrando a realidade para um personagem fantástico e este personagem deixa a realidade fantástica. Um filme cheio de homenagem aos filmes da Disney, referências por vezes descaradas, mas as cenas que envolvem Príncipe e Princesa num mundo real ajudam a fazer a peteca não cair. Dá vontade de cantar junto e minha esperança de trazer os números musicais para a vida real só se fortalece, sim, sou desses.
O filme traz uma aventura em grande escala, ouso dizer que Toy Story 2 tirou muitas ideias daqui, desde as esteiras que se movem, até o encontro de Buzz com suas cópias. O retorno à fabrica de brinquedos é bem explorado e se torna até na principal cena da franquia, foi o filme que mais assisti, mas peca pela falta de aproveitamento de Alex Vincent (Andy Barclay) que por um lado se consagra como um dos heróis de filmes de terror mais jovens, mas falta dramaticidade que no primeiro filme fez a diferença, o potencial deste ator foi explorado mais como herói, deixando a desejar pela falta de momentos dramáticos. De qualquer forma a aventura continua boa, Chucky aumenta seu nível de senso de humor, nada que prejudique o filme, as mortes estão fracas, deixam a desejar, mas o visual está melhor que o primeiro. É um filme bom de terror, uma boa aventura cômica, o garotinho merecia mais atenção, mesmo assim amo o filme. Obs.: o destino que levou os personagens do primeiro foi justo, e o pretexto para o segundo filme foi válido, não poderia ser diferente numa trama sobre um brinquedo assassino.
Adoro os irmãos Coen exatamente por eles retratarem tão bem gente comum e medíocre em situações que saíram do controle ou inusitadas, essa pretensão dos personagens dos Coen em serem grandes coisas sem serem nada é o que me fascina. Onde os Fracos não tem Vez não é meu filme predileto deles, mas é um filme maravilhoso, o vilão sem senso de humor é incrível, mercenário e indefinível, além de ser o mais bem arrumado, até ao exagero. É um filme de Cão correndo atrás de Gato que corre atrás de Rato, onde o gato é o mais esperto deles, o cão está perdido na trama e não consegue captar todas as pistas deixadas, e o rato é um mero animal que demora demais para ser pisoteado. Irmãos Coen são geniais, adoro gente comum em enrascadas, e este caçador até que me surpreendeu bastante, o homem foi esperto o suficiente para sobreviver um bocado. É o filme mais agitado dos Coen. Ganhador do Oscar merecido de ator coadjuvante para Javier Bardem, sobre ter levado Melhor Filme, eu apostava, junto com ele, em Sangue Negro ou Juno.
O Filme que surge como homenagem aos 50 anos do herói, traz a quantidade de polêmicas ideal para se consagrar e ser debatido pelos próximos anos. Desde "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" até a franquia "Os Mercenários" que a ordem da vez é o herói repensar sua idade e seu lugar no mundo moderno, gosto desta discussão, e neste filme só não achei tão bem explorado, porque o novo James Bond (Daniel Craig) não é tão velho na franquia. O filme começa puxando para um suspense que ao meu ver não funciona, já que protagonistas que dão títulos aos filmes raramente são eliminados, de qualquer forma isso possibilita as reviravoltas da trama. O filme é ótimo tecnicamente, a música de abertura com Adele é linda, vemos claramente as mãos de Sam Mendes na obra, o que pra mim foi o forte, e algo que chamou minha atenção, bem mais do que a discussão sobre herói velho em dias atuais, foi a ode ao novo vilão, quando M fala sobre o novo tipo de vilão que surge, quando nações não mais importam e lidamos com egoísmos e metas particulares por vezes bizarras, algo de "Batman o Cavaleiro das Trevas" passou pela minha cabeça. Javier Bardem é um grande vilão, um dos maiores do cinema, novamente, ver aquela interpretação afetada e ao mesmo tempo indefinível é o que o faz um vilão inesquecível e perigoso, traz uma boa história para o vilão e sua ligação com o resto dos personagens funciona bem. Um filme ótimo e que cumpre seu papel, se destacar na franquia e ainda homenagear a mesma.
Clássico Trash dos bons. Ansioso pelo remake, eu nem lembrava de como era o primeiro, mas revi e deu pra me divertir bastante, as pessoas são meio que zumbis com demônios no corpo; o mais engraçado é ver como Ash é submetido a tudo que seus amigos foram e não se transforma, rs... Um dos melhores do gênero, dando de dez a zero em muito filme novo de terror por aí. Simplesmente dei muita risada, aqueles possuídos eram uns fanfarrões, assustam e tiram sarro, têm a mesma malícia do demônio de O Exorcista, só que mais exagerados. Ash é mesmo um bom herói, vai do medroso incapaz de matar uma barata para um esquartejador no melhor estilo serial killer..rs A circunstância faz o herói.
Tenho paixão por filmes antigos, embora eu não despreze o novo, parece que foi ontem que saiu Brinquedo Assassino, lembro que eu tinha medo aos 7 anos e conforme os anos passaram fui acompanhando a franquia rindo do filme, revi este primeiro e percebi que eu não lembrava mais nada; fora toda questão de ser filme de terror, o garoto Alex realmente fez um belo trabalho como Andy, ouso dizer que estava melhor que o grande astro Brad Dourif, principalmente nas cenas que está sozinho e com medo do Brinquedo, não é uma interpretação estereotipada, parece mesmo um garoto atormentado por Chucky; neste filme achei que ficaria do lado do assassino, mas fiquei do lado do garoto, acho que é esta a qualidade destes primeiros filmes, quando a criança era alvo, sempre achei criança um elemento sagrado em filmes, e ver este garoto fugindo foi algo diferente, principalmente porque ele sustenta o filme mesmo sendo tão novo. Não é um filme para se jogar fora, sei que a franquia terminou desmoralizada (embora eu não tenha nada contra a veia cômica que ganhou), mas este primeiro tinha boa história, tinha a origem de tudo, e o início manteve o suspense até que o brinquedo aparecesse, e os efeitos eram mesmo bons.
Deu pra me divertir, é um filme de amor adolescente diferente, embora o melhor amigo do protagonista teime em querer fazer deste filme mais um filme qualquer nos moldes americanos, Roza é interessante e acho que representa a canalha feminina (se é que existe este termo). Eu não esperava nada do filme, me diverti bastante, não é pra Top Nada, sei lá, acho que daqui uns meses eu esqueço que vi ele, mas é bonzinho sim.
Não falarei contra o diretor que substituiu Spielberg porque ele fez minha infância ser mais feliz com "Pagemaster", "Jumanji" e "Querida, Encolhi as Crianças", mas este filme é daqueles que eu acho ruim e bom ao mesmo tempo, ruim porque tiraram a coroa do T. Rex (mesmo que o outro seja mais forte), mas gostei de terem voltado ao estilo Civis contra dinossauros, mesmo que aquele garoto prodígio seja quase um Rambo, curti a volta do paleontólogo, mas o pretexto para ele voltar para a ilha foi fajuto demais, embora os Pterodáctilos tenham sido ótimos e essa participação é o que faz do filme importante na trilogia. Amei o elenco, mas sei lá, quero as crianças do primeiro, com o herói do segundo e os pterodáctilos do terceiro.
Filme que tive duas opiniões. Na primeira vez que vi achei super chato e sem graça, porém, uma amiga recomendou novamente e achei o filme incrível, consegui ver em Coraline uma garotinha egocêntrica, não vi uma critica aos pais ausentes, mas no ego dessa garota que queria ser mimada, é quase o lado oposto de não ser mimado, o desejo de ser o centro das atenções, por ela, seria venerada, seu nome estaria nos holofotes, pessoas cantariam pra ela e sobre ela, e seus amigos nem falariam, unicamente para que a única voz escutada fosse a dela. É quase uma Alice ás avessas. Fora que faz um contraste maravilhoso entre a beleza da mediocridade contra a falsidade e o perigo da perfeição (retratado nas pessoas do lado de cá e de lá).
Sério, eu adoro os filmes de terror adolescente do fim da década de 90, e este é um dos que eu mais gostava, claro, depois de Pânico, mas revendo o filme, vejo que é sensacional, o elenco é magnifico, muios deles são artistas que hoje amo de paixão. Sobre a história, embora o filme enverede pelo "mais do mesmo", sobra tempo para brincar com a própria condição e mostrar que talvez não seja tão clichê assim, quando conversam sobre os acontecimentos e mostram como seria retratado se fizessem um filme. As Lendas Urbanas são pretextos para matanças, mas a pessoa que mata todo mundo é tão caricata que chega a ser engraçado e eu gostei disso, me lembra os vilões antigos da Disney, todos afetados e histéricos. Filme de terror adolescente bacana para divertir e tirar algumas risadas.
Olha, vi este filme tantas vezes em diversas listas sobre melhores filmes que definitivamente preciso ver mais filmes do Bergman, Persona é lindo, o início principalmente, depois a brincadeira de inversão de personalidades e das máscaras que caem me deixou tenso, o tipo de filme que tem que prestar atenção, porém, fui com muita sede ao pote, tanto que li sobre as personalidades que confundirem que achei que teria um momento quando eu não reconheceria cada uma delas, e isso não aconteceu. Esquecendo de toda propaganda sobre o filme, é uma obra maravilhosa e delicada, raiva da atriz, mas tendo em mente toda canonização do filme, fiquei com sensação de não ter visto o mesmo filme que a maioria.
Um dos filmes mais interessantes que já vi, confesso que vi apenas porque estava abandonado em casa e fiquei sabendo da homenagem que Tarantino fará, mas Sergio Corbucci já tinha alma de Tarantino, o filme é mesmo sanguinolento, mas é muito divertido, Django é um faroeste histérico, e não posso deixar de comentar que o Caixão de Django é o equivalente a toalha de "O Guia do Mochileiro das Galáxias", porque onde quer que estejamos, é bom ter um caixão ao lado,rs. Eu devia ter visto bem antes, foi uma grande surpresa, nunca fui muito fã de Faroeste, mas tiro o chapéu e até fiquei fã do estilo. Opa, e Franco Nero estará em um filme nacional com Irene Ravache e no próprio "Django Livre" de Tarantino.
Fico espantado quando acho um filme incrível e percebo que há muitas críticas. Mas defender cinema nacional é perigoso, ainda há grande preconceito quanto o que é de cá. Sempre admirei Selton Mello e acho que sua estreia como diretor foi muito boa, considero este filme como tendo o mesmo clima tenso de Babel, só que é mais implosivo do que físico. Se foi pretensioso ou não, não interessa, o que interessa é o resultado e não a intenção. Vi um retrato muito comum de muitas famílias, com frustrações, desesperos, fracassos e relacionamentos de fachada, muitos, onde as crianças ficam meio largadas e perdidas diante desta tristeza ou decadência do mundo adulto. Darlene realmente foi algo incrível, a melhor atriz, mas o protagonista e seus amigos conseguiram me comover, ele pela culpa e pela angústia, os amigos pelo vazio que se tornou suas existências.
Definitivamente, com este filme eu quebro todos os preconceitos que eu tinha com o cinema nacional e coloco nosso cinema no páreo entre os melhores do mundo. Que paisagens, que interpretações impecáveis de Torres e Montenegro, Fernandona ainda interpreta três mulheres, e cada uma diferente, Torres também interpreta duas. Seu Jorge foi uma grande surpresa, nunca pensei que fosse achar uma cena de amor entre ele e Torres uma obra linda e poética. É como se fosse "A Lagoa Azul" só que sem lagoa, sem crianças e com uma trama de verdade. Fiquei encantado e com medo daquela imensidão de areia, e ainda resta espaço para filosofias relativistas, muito bom, incrível, de ficar abismado. Sem palavras, vai pra Top junto com os maiores filmes do mundo.
Então essa é a ilha genérica de Jurassic Park, achei interessante o clima sombrio, e a cena do trailer é a melhor, amei Julianne Moore, achei mesmo estranho vê-la aqui, embora eu não curta quando ator bom entra de gaiato em sequência de filme, pra mim tem que vir desde o primeiro ou nada feito, quem entrar que seja desconhecido. Mas o filme parece ser dois em um, tem a aventura inicial, e depois "As Aventuras de Tiranossauro Rex Fora da Ilha", o que mais impressiona é ver como o filme foi feito, até hoje as imagens são perfeitas e convencem. Não achei que esse foi um filme tão aventura para família que Spielberg está acostumado, mas é bom também.
Fico impressionado como tem gente que se deixa levar por efeitos especiais e gritam que o Remake é melhor só por ter tecnologia avançada, só pra saber, este filme na época foi o ganhador do Oscar de Melhor Efeitos Visuais, e ganhou filme de Ficção Científica no prêmio máximo do gênero, Saturn. Agora, este filme não tem só a qualidade técnica para a época, traz também o diferencial da dúvida que tudo indica está faltando no Remake, a duvida é primordial, desde Dom Casmurro (clássico da literatura Brasileira), aprendemos que a dúvida é algo que possibilita a obra ser imortal, é através dela que os fãs vão debater e teorizar sobre o que afinal aconteceu no filme, e sobre interpretação exagerada do Arnold, oras, isso se perdoa quando vemos que ele interpretou duas pessoas e de modos diferentes e perfeitamente. Mulher com três peitos faz a diferença, homenzinho na barriga faz a diferença, se passar em Marte faz uma diferença gigantesca. Não ouso criticar este clássico dos anos 90, temos que entrar no clima, levar a cabeça para aquela época e se deliciar com a trama.
Até hoje fico impressionado com os efeitos especiais, os dinossauros são perfeitos, principalmente quando T. Rex aparece. A trama é aquela coisa bem Spielberg mesmo, aventura para a família, mesmo assim continua mágico, lembro quando o filme foi febre, e olhando hoje com outros olhos, só pra analisar, o filme ganha mais qualidades técnicas. Impressionante como Spielberg fez dois filmes perfeitos no mesmo ano, este e A Lista de Shindler, sério, dois filmes em um ano, ignorando a pré produção, ele tem que dar algumas dicas de agilidade para Peter Jackson, Peter é ótimo, mas que ele saiba que é possível fazer algo perfeito sem ter que demorar uma eternidade...rs
Ganhador do Oscar de Animação mais que merecido, Wallace e Gromit têm história, seus curtas haviam sido premiados no Oscar, fora que os britânicos consideram essa dupla o melhor retrato do povo, concordo novamente, nem só de gente fina e pomposa se faz um país, Wallace representa o homem comum que trabalha e bem... tem um cachorro. Assisti depois que vi uma homenagem que o produtor Peter Lord fez a Chaplin, falando de seu fascínio pelo mestre do cinema mudo, e vejo essa influência em Gromit que traz todas as qualidades de Chaplin, fora que também se expressa pelos gestos, ele é de longe a melhor coisa do filme. Difícil animações clássicas como esta feitas de "massinha" e com um processo demorado de quadro a quadro para o movimento, fazer sucesso, que bom que fez, e ficou lindo o resultado, não sou muito fã de Fuga das Galinhas, embora eu admire este tipo de animação, mas Wallace e Gromit é perfeito em todos o sentidos, é louco e agrada tanto pais quanto filhos. E os coelhos, ah, os coelhos... fantásticos. Nos extras falam que é a primeira animação de Horror Vegetariano, adorei isso, rachei o bico. Um dos mais merecidos ganhadores do Oscar de Melhor Animação.
Não há elogios que traduzam como gostei deste filme, só a ideia de tempo real, usando de 8 tomadas, sem percebermos o momento que acabam as tomadas, é incrível, e a trama deixa a gente tenso durante todo filme, todas as ideias sobre o assassinato perfeito cometido por intelectuais, que foi baseado numa história real, me lembrou um pouco os motivos do protagonista de "Os subterrâneos do Vaticano" de André Gide, que já é um clássico mundial e tinha me encantado. Esperar pelo momento e se este momento acontecerá, mesclando nossa vontade de ver os assassinos livres com a vontade de vê-los presos, é incrível. Acho mais simples, porém, melhor que seu filme aclamado como melhor de todos os tempos "Um Corpo que Cai". Nem tenho mais o que dizer, vai pra minha lista de melhores filmes, não sei porque demorei tanto para ver, bendita hora que indicaram para mim.
Não é o meu predileto do Chaplin, porém, mesmo assim é parte importante do cinema, o que eu mais gosto é o hábito de Chaplin sempre ver o lado dos menos favorecidos, através do romance entre o vagabundo com a florista cega, ele consegue mostrar uma cidade cheia de pompa, com monumentos, de ricos, da alta sociedade, e do progresso, contrastado com os marginalizados que precisam se virar ou até trabalharem pra fazer essa grandeza funcionar sem serem reconhecidos. E no meio disso tudo, temos gente importante ligando para pequenos problemas, aproveitando-se dos mais fracos (como a amizade entre o vagabundo e o ricaço), e no meio do furacão esse amor puro entre dois páreas, sendo que ele, o que menos condições teria na cidade, é quem tenta ser o salvador da mocinha, e sempre sem querer nada em troca. Tenho paixão pelas críticas de Chaplin, tudo o que ele diz é real e comove.
O filme tem todas as qualidades que as pessoas falam, merece mesmo ter concorrido ao Oscar, embora não seja o meu predileto da Disney, mas é fantástico, principalmente a primeira parte do filme que é de uma tristeza sem fim, "infantil para adultos", algumas coisas as crianças não vão entender, mas depois o filme vira uma aventura para toda família e todos comemoram; sem palavras, dá agonia, e o protagonista é dos mais especiais, não é aquele príncipe jovem, não é um cara muito forte, é simplesmente um idoso, magnifico, só de pensar que depois de toda uma vida ainda tem fôlego para realização de sonhos e outra aventura, na verdade esse homem teve duas vidas, ambas maravilhosas. Uma animação que sempre me encanta. Nunca pensei que fosse ver frustração, morte e tristeza retratado em uma animação como características do protagonista, isso eleva a importância do filme.
Igual muita gente já falou no Filmow, prefiro este da Disney do que o novo do Tim Burton, é um filme que assisti tanto na televisão que acabou sendo parte de minha infância, e tem momentos incríveis como o Chapeleiro, o Coelho, a crise de tamanho de Alice, rs, fora as músicas da Disney que são sempre ótimas. Saudade de quando a Disney tinha coragem para ousar em alguns filmes, imagino como foi difícil para ela retratar uma história absurda que não traz uma grande lição de moral, também Lewis Carroll merece toda loucura possível, a história de Alice já é fantástica, feito pela Disney ficou um sinistro para crianças. Consegui me divertir do mesmo jeito que quando era criança. E detalhe: Alice não é princesa.
Uma Noite Alucinante 2
3.8 711 Assista AgoraEsta é uma das melhores sequências do cinema, e olha que nem chega a ser uma sequência, na verdade recontam o primeiro filme sem os coadjuvantes, e prosseguem numa trama sobre a mesma coisa, mas mais aprofundada, é quase uma trilogia de dois filmes, já que o primeiro e o segundo são a mesma coisa. Nunca sei quando o filme é engraçado por querer, ou era um terror mal sucedido, de qualquer forma é muito bom. Bruce Campbell finalmente mostra todo teu talento (ou falta dele) em caretas de sofredor e poses de herói; aqui ele está mais heroico que no primeiro filme, gostei mais desta personalidade. A briga contra a mão é clássica, o melhor momento do filme. Há tempos eu não me divertia tanto em um filme de terror. Virei fã de Bruce Campbell, ainda acho que ele deveria lutar contra Freddy e Jason.
A Vida On-Line
2.7 14Sinceramente, este é um dos mais belos e reais filmes sobre relacionamentos online que já vi, e embora muitos possam ver nele uma história sobre viciados na Internet, acredito que em certo momento se torna o contrário, são deslocados sociais que acharam na vida online uma possibilidade de serem "normais" ou felizes. Tudo girando em torno de um site de relacionamento pornô, a sexualidade online vista de uma forma tão real que chega a assustar, pra não falar sobre as vídeo conferências em grupo dos suicidas em potencial que procuram por alguém que escute suas lamurias, mas pelo site ser constituído apenas de suicidas, estão tão afundados nas próprias dores que não têm tempo para escutar os demais, lindo e comovente. Claro que sobra espaço para amizades verdadeiras online, o que é peça decisiva para a salvação final, mesmo assim o que ficou em minha memória foi o deslocamento social de todos os personagens, até mesmo da garota de programa online que sabe muito bem viver em sociedade, sendo boa atriz, mas querendo ou não está presa na rede. Este filme deu as caras no Festival de Sundance, pouco (quase nada) se encontra sobre ele na Internet, assisti em 2002 quando saiu, lembro que foi uma porrada e fez muito sentido, hoje (dez anos depois) revejo e vejo como o filme ganhou dimensões gigantescas, é ainda mais real, bem vindo à depressão online, onde boas amizades e melancolias se concretizam. Obs.: O filme também faz um bom contraste com os sociáveis, mostrando que, não é porque têm uma vida que eles são superiores, também são sujos e lamentáveis, todo mundo, online ou offline fadados á desgraça existencial.
Encantada
3.4 1,2K Assista AgoraHoje em dia é normal trazer Contos de Fadas para a vida real (Upon Once a Time), ou até mesmo transformar Contos de Fadas em filmes adultos estilo Tim Burton, mas este filme tem um diferencial, sua proposta é trazer personagens de Contos de Fadas sem que eles percam o encantamento, o que funciona de forma até engraçada, e na transformação dos ambientes normais em encantados, como animais do bosque que são substituídos por ratos, pombos e baratas, é maravilhoso. Amy Adams consegue convencer como uma princesa encantada e tradicional no mundo real, não posso negar que é uma boa atriz, já que suas cenas exigiam concentração por não estar contracenando com nada. É um filme encantador, não vejo nada demais no moralismo dos filmes da Disney, são filmes para a família e para as crianças, mesmo que tentem inovar mostrando a realidade para um personagem fantástico e este personagem deixa a realidade fantástica. Um filme cheio de homenagem aos filmes da Disney, referências por vezes descaradas, mas as cenas que envolvem Príncipe e Princesa num mundo real ajudam a fazer a peteca não cair. Dá vontade de cantar junto e minha esperança de trazer os números musicais para a vida real só se fortalece, sim, sou desses.
Brinquedo Assassino 2
3.1 456 Assista AgoraO filme traz uma aventura em grande escala, ouso dizer que Toy Story 2 tirou muitas ideias daqui, desde as esteiras que se movem, até o encontro de Buzz com suas cópias. O retorno à fabrica de brinquedos é bem explorado e se torna até na principal cena da franquia, foi o filme que mais assisti, mas peca pela falta de aproveitamento de Alex Vincent (Andy Barclay) que por um lado se consagra como um dos heróis de filmes de terror mais jovens, mas falta dramaticidade que no primeiro filme fez a diferença, o potencial deste ator foi explorado mais como herói, deixando a desejar pela falta de momentos dramáticos. De qualquer forma a aventura continua boa, Chucky aumenta seu nível de senso de humor, nada que prejudique o filme, as mortes estão fracas, deixam a desejar, mas o visual está melhor que o primeiro. É um filme bom de terror, uma boa aventura cômica, o garotinho merecia mais atenção, mesmo assim amo o filme. Obs.: o destino que levou os personagens do primeiro foi justo, e o pretexto para o segundo filme foi válido, não poderia ser diferente numa trama sobre um brinquedo assassino.
Onde os Fracos Não Têm Vez
4.1 2,4K Assista AgoraAdoro os irmãos Coen exatamente por eles retratarem tão bem gente comum e medíocre em situações que saíram do controle ou inusitadas, essa pretensão dos personagens dos Coen em serem grandes coisas sem serem nada é o que me fascina. Onde os Fracos não tem Vez não é meu filme predileto deles, mas é um filme maravilhoso, o vilão sem senso de humor é incrível, mercenário e indefinível, além de ser o mais bem arrumado, até ao exagero. É um filme de Cão correndo atrás de Gato que corre atrás de Rato, onde o gato é o mais esperto deles, o cão está perdido na trama e não consegue captar todas as pistas deixadas, e o rato é um mero animal que demora demais para ser pisoteado. Irmãos Coen são geniais, adoro gente comum em enrascadas, e este caçador até que me surpreendeu bastante, o homem foi esperto o suficiente para sobreviver um bocado. É o filme mais agitado dos Coen. Ganhador do Oscar merecido de ator coadjuvante para Javier Bardem, sobre ter levado Melhor Filme, eu apostava, junto com ele, em Sangue Negro ou Juno.
007: Operação Skyfall
3.9 2,5K Assista AgoraO Filme que surge como homenagem aos 50 anos do herói, traz a quantidade de polêmicas ideal para se consagrar e ser debatido pelos próximos anos. Desde "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" até a franquia "Os Mercenários" que a ordem da vez é o herói repensar sua idade e seu lugar no mundo moderno, gosto desta discussão, e neste filme só não achei tão bem explorado, porque o novo James Bond (Daniel Craig) não é tão velho na franquia. O filme começa puxando para um suspense que ao meu ver não funciona, já que protagonistas que dão títulos aos filmes raramente são eliminados, de qualquer forma isso possibilita as reviravoltas da trama. O filme é ótimo tecnicamente, a música de abertura com Adele é linda, vemos claramente as mãos de Sam Mendes na obra, o que pra mim foi o forte, e algo que chamou minha atenção, bem mais do que a discussão sobre herói velho em dias atuais, foi a ode ao novo vilão, quando M fala sobre o novo tipo de vilão que surge, quando nações não mais importam e lidamos com egoísmos e metas particulares por vezes bizarras, algo de "Batman o Cavaleiro das Trevas" passou pela minha cabeça. Javier Bardem é um grande vilão, um dos maiores do cinema, novamente, ver aquela interpretação afetada e ao mesmo tempo indefinível é o que o faz um vilão inesquecível e perigoso, traz uma boa história para o vilão e sua ligação com o resto dos personagens funciona bem. Um filme ótimo e que cumpre seu papel, se destacar na franquia e ainda homenagear a mesma.
Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio
3.8 1,4K Assista AgoraClássico Trash dos bons. Ansioso pelo remake, eu nem lembrava de como era o primeiro, mas revi e deu pra me divertir bastante, as pessoas são meio que zumbis com demônios no corpo; o mais engraçado é ver como Ash é submetido a tudo que seus amigos foram e não se transforma, rs... Um dos melhores do gênero, dando de dez a zero em muito filme novo de terror por aí. Simplesmente dei muita risada, aqueles possuídos eram uns fanfarrões, assustam e tiram sarro, têm a mesma malícia do demônio de O Exorcista, só que mais exagerados. Ash é mesmo um bom herói, vai do medroso incapaz de matar uma barata para um esquartejador no melhor estilo serial killer..rs A circunstância faz o herói.
Brinquedo Assassino
3.3 1,0K Assista AgoraTenho paixão por filmes antigos, embora eu não despreze o novo, parece que foi ontem que saiu Brinquedo Assassino, lembro que eu tinha medo aos 7 anos e conforme os anos passaram fui acompanhando a franquia rindo do filme, revi este primeiro e percebi que eu não lembrava mais nada; fora toda questão de ser filme de terror, o garoto Alex realmente fez um belo trabalho como Andy, ouso dizer que estava melhor que o grande astro Brad Dourif, principalmente nas cenas que está sozinho e com medo do Brinquedo, não é uma interpretação estereotipada, parece mesmo um garoto atormentado por Chucky; neste filme achei que ficaria do lado do assassino, mas fiquei do lado do garoto, acho que é esta a qualidade destes primeiros filmes, quando a criança era alvo, sempre achei criança um elemento sagrado em filmes, e ver este garoto fugindo foi algo diferente, principalmente porque ele sustenta o filme mesmo sendo tão novo. Não é um filme para se jogar fora, sei que a franquia terminou desmoralizada (embora eu não tenha nada contra a veia cômica que ganhou), mas este primeiro tinha boa história, tinha a origem de tudo, e o início manteve o suspense até que o brinquedo aparecesse, e os efeitos eram mesmo bons.
Houve uma Vez Dois Verões
3.4 211 Assista AgoraDeu pra me divertir, é um filme de amor adolescente diferente, embora o melhor amigo do protagonista teime em querer fazer deste filme mais um filme qualquer nos moldes americanos, Roza é interessante e acho que representa a canalha feminina (se é que existe este termo). Eu não esperava nada do filme, me diverti bastante, não é pra Top Nada, sei lá, acho que daqui uns meses eu esqueço que vi ele, mas é bonzinho sim.
Jurassic Park III
3.1 488 Assista AgoraNão falarei contra o diretor que substituiu Spielberg porque ele fez minha infância ser mais feliz com "Pagemaster", "Jumanji" e "Querida, Encolhi as Crianças", mas este filme é daqueles que eu acho ruim e bom ao mesmo tempo, ruim porque tiraram a coroa do T. Rex (mesmo que o outro seja mais forte), mas gostei de terem voltado ao estilo Civis contra dinossauros, mesmo que aquele garoto prodígio seja quase um Rambo, curti a volta do paleontólogo, mas o pretexto para ele voltar para a ilha foi fajuto demais, embora os Pterodáctilos tenham sido ótimos e essa participação é o que faz do filme importante na trilogia. Amei o elenco, mas sei lá, quero as crianças do primeiro, com o herói do segundo e os pterodáctilos do terceiro.
Coraline e o Mundo Secreto
4.1 1,9K Assista AgoraFilme que tive duas opiniões. Na primeira vez que vi achei super chato e sem graça, porém, uma amiga recomendou novamente e achei o filme incrível, consegui ver em Coraline uma garotinha egocêntrica, não vi uma critica aos pais ausentes, mas no ego dessa garota que queria ser mimada, é quase o lado oposto de não ser mimado, o desejo de ser o centro das atenções, por ela, seria venerada, seu nome estaria nos holofotes, pessoas cantariam pra ela e sobre ela, e seus amigos nem falariam, unicamente para que a única voz escutada fosse a dela. É quase uma Alice ás avessas. Fora que faz um contraste maravilhoso entre a beleza da mediocridade contra a falsidade e o perigo da perfeição (retratado nas pessoas do lado de cá e de lá).
Lenda Urbana
2.8 765Sério, eu adoro os filmes de terror adolescente do fim da década de 90, e este é um dos que eu mais gostava, claro, depois de Pânico, mas revendo o filme, vejo que é sensacional, o elenco é magnifico, muios deles são artistas que hoje amo de paixão. Sobre a história, embora o filme enverede pelo "mais do mesmo", sobra tempo para brincar com a própria condição e mostrar que talvez não seja tão clichê assim, quando conversam sobre os acontecimentos e mostram como seria retratado se fizessem um filme. As Lendas Urbanas são pretextos para matanças, mas a pessoa que mata todo mundo é tão caricata que chega a ser engraçado e eu gostei disso, me lembra os vilões antigos da Disney, todos afetados e histéricos. Filme de terror adolescente bacana para divertir e tirar algumas risadas.
Quando Duas Mulheres Pecam
4.4 1,1K Assista AgoraOlha, vi este filme tantas vezes em diversas listas sobre melhores filmes que definitivamente preciso ver mais filmes do Bergman, Persona é lindo, o início principalmente, depois a brincadeira de inversão de personalidades e das máscaras que caem me deixou tenso, o tipo de filme que tem que prestar atenção, porém, fui com muita sede ao pote, tanto que li sobre as personalidades que confundirem que achei que teria um momento quando eu não reconheceria cada uma delas, e isso não aconteceu. Esquecendo de toda propaganda sobre o filme, é uma obra maravilhosa e delicada, raiva da atriz, mas tendo em mente toda canonização do filme, fiquei com sensação de não ter visto o mesmo filme que a maioria.
Django
3.9 202 Assista AgoraUm dos filmes mais interessantes que já vi, confesso que vi apenas porque estava abandonado em casa e fiquei sabendo da homenagem que Tarantino fará, mas Sergio Corbucci já tinha alma de Tarantino, o filme é mesmo sanguinolento, mas é muito divertido, Django é um faroeste histérico, e não posso deixar de comentar que o Caixão de Django é o equivalente a toalha de "O Guia do Mochileiro das Galáxias", porque onde quer que estejamos, é bom ter um caixão ao lado,rs. Eu devia ter visto bem antes, foi uma grande surpresa, nunca fui muito fã de Faroeste, mas tiro o chapéu e até fiquei fã do estilo. Opa, e Franco Nero estará em um filme nacional com Irene Ravache e no próprio "Django Livre" de Tarantino.
Feliz Natal
3.4 144Fico espantado quando acho um filme incrível e percebo que há muitas críticas. Mas defender cinema nacional é perigoso, ainda há grande preconceito quanto o que é de cá. Sempre admirei Selton Mello e acho que sua estreia como diretor foi muito boa, considero este filme como tendo o mesmo clima tenso de Babel, só que é mais implosivo do que físico. Se foi pretensioso ou não, não interessa, o que interessa é o resultado e não a intenção. Vi um retrato muito comum de muitas famílias, com frustrações, desesperos, fracassos e relacionamentos de fachada, muitos, onde as crianças ficam meio largadas e perdidas diante desta tristeza ou decadência do mundo adulto. Darlene realmente foi algo incrível, a melhor atriz, mas o protagonista e seus amigos conseguiram me comover, ele pela culpa e pela angústia, os amigos pelo vazio que se tornou suas existências.
Casa de Areia
3.7 241Definitivamente, com este filme eu quebro todos os preconceitos que eu tinha com o cinema nacional e coloco nosso cinema no páreo entre os melhores do mundo. Que paisagens, que interpretações impecáveis de Torres e Montenegro, Fernandona ainda interpreta três mulheres, e cada uma diferente, Torres também interpreta duas. Seu Jorge foi uma grande surpresa, nunca pensei que fosse achar uma cena de amor entre ele e Torres uma obra linda e poética. É como se fosse "A Lagoa Azul" só que sem lagoa, sem crianças e com uma trama de verdade. Fiquei encantado e com medo daquela imensidão de areia, e ainda resta espaço para filosofias relativistas, muito bom, incrível, de ficar abismado. Sem palavras, vai pra Top junto com os maiores filmes do mundo.
O Mundo Perdido: Jurassic Park
3.5 612 Assista AgoraEntão essa é a ilha genérica de Jurassic Park, achei interessante o clima sombrio, e a cena do trailer é a melhor, amei Julianne Moore, achei mesmo estranho vê-la aqui, embora eu não curta quando ator bom entra de gaiato em sequência de filme, pra mim tem que vir desde o primeiro ou nada feito, quem entrar que seja desconhecido. Mas o filme parece ser dois em um, tem a aventura inicial, e depois "As Aventuras de Tiranossauro Rex Fora da Ilha", o que mais impressiona é ver como o filme foi feito, até hoje as imagens são perfeitas e convencem. Não achei que esse foi um filme tão aventura para família que Spielberg está acostumado, mas é bom também.
O Vingador do Futuro
3.6 495 Assista AgoraFico impressionado como tem gente que se deixa levar por efeitos especiais e gritam que o Remake é melhor só por ter tecnologia avançada, só pra saber, este filme na época foi o ganhador do Oscar de Melhor Efeitos Visuais, e ganhou filme de Ficção Científica no prêmio máximo do gênero, Saturn. Agora, este filme não tem só a qualidade técnica para a época, traz também o diferencial da dúvida que tudo indica está faltando no Remake, a duvida é primordial, desde Dom Casmurro (clássico da literatura Brasileira), aprendemos que a dúvida é algo que possibilita a obra ser imortal, é através dela que os fãs vão debater e teorizar sobre o que afinal aconteceu no filme, e sobre interpretação exagerada do Arnold, oras, isso se perdoa quando vemos que ele interpretou duas pessoas e de modos diferentes e perfeitamente. Mulher com três peitos faz a diferença, homenzinho na barriga faz a diferença, se passar em Marte faz uma diferença gigantesca. Não ouso criticar este clássico dos anos 90, temos que entrar no clima, levar a cabeça para aquela época e se deliciar com a trama.
Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros
3.9 1,7K Assista AgoraAté hoje fico impressionado com os efeitos especiais, os dinossauros são perfeitos, principalmente quando T. Rex aparece. A trama é aquela coisa bem Spielberg mesmo, aventura para a família, mesmo assim continua mágico, lembro quando o filme foi febre, e olhando hoje com outros olhos, só pra analisar, o filme ganha mais qualidades técnicas. Impressionante como Spielberg fez dois filmes perfeitos no mesmo ano, este e A Lista de Shindler, sério, dois filmes em um ano, ignorando a pré produção, ele tem que dar algumas dicas de agilidade para Peter Jackson, Peter é ótimo, mas que ele saiba que é possível fazer algo perfeito sem ter que demorar uma eternidade...rs
Wallace e Gromit: A Batalha dos Vegetais
3.4 200 Assista AgoraGanhador do Oscar de Animação mais que merecido, Wallace e Gromit têm história, seus curtas haviam sido premiados no Oscar, fora que os britânicos consideram essa dupla o melhor retrato do povo, concordo novamente, nem só de gente fina e pomposa se faz um país, Wallace representa o homem comum que trabalha e bem... tem um cachorro. Assisti depois que vi uma homenagem que o produtor Peter Lord fez a Chaplin, falando de seu fascínio pelo mestre do cinema mudo, e vejo essa influência em Gromit que traz todas as qualidades de Chaplin, fora que também se expressa pelos gestos, ele é de longe a melhor coisa do filme. Difícil animações clássicas como esta feitas de "massinha" e com um processo demorado de quadro a quadro para o movimento, fazer sucesso, que bom que fez, e ficou lindo o resultado, não sou muito fã de Fuga das Galinhas, embora eu admire este tipo de animação, mas Wallace e Gromit é perfeito em todos o sentidos, é louco e agrada tanto pais quanto filhos. E os coelhos, ah, os coelhos... fantásticos. Nos extras falam que é a primeira animação de Horror Vegetariano, adorei isso, rachei o bico. Um dos mais merecidos ganhadores do Oscar de Melhor Animação.
Festim Diabólico
4.3 885 Assista AgoraNão há elogios que traduzam como gostei deste filme, só a ideia de tempo real, usando de 8 tomadas, sem percebermos o momento que acabam as tomadas, é incrível, e a trama deixa a gente tenso durante todo filme, todas as ideias sobre o assassinato perfeito cometido por intelectuais, que foi baseado numa história real, me lembrou um pouco os motivos do protagonista de "Os subterrâneos do Vaticano" de André Gide, que já é um clássico mundial e tinha me encantado. Esperar pelo momento e se este momento acontecerá, mesclando nossa vontade de ver os assassinos livres com a vontade de vê-los presos, é incrível. Acho mais simples, porém, melhor que seu filme aclamado como melhor de todos os tempos "Um Corpo que Cai". Nem tenho mais o que dizer, vai pra minha lista de melhores filmes, não sei porque demorei tanto para ver, bendita hora que indicaram para mim.
Luzes da Cidade
4.6 625 Assista AgoraNão é o meu predileto do Chaplin, porém, mesmo assim é parte importante do cinema, o que eu mais gosto é o hábito de Chaplin sempre ver o lado dos menos favorecidos, através do romance entre o vagabundo com a florista cega, ele consegue mostrar uma cidade cheia de pompa, com monumentos, de ricos, da alta sociedade, e do progresso, contrastado com os marginalizados que precisam se virar ou até trabalharem pra fazer essa grandeza funcionar sem serem reconhecidos. E no meio disso tudo, temos gente importante ligando para pequenos problemas, aproveitando-se dos mais fracos (como a amizade entre o vagabundo e o ricaço), e no meio do furacão esse amor puro entre dois páreas, sendo que ele, o que menos condições teria na cidade, é quem tenta ser o salvador da mocinha, e sempre sem querer nada em troca. Tenho paixão pelas críticas de Chaplin, tudo o que ele diz é real e comove.
Up: Altas Aventuras
4.3 3,8K Assista AgoraO filme tem todas as qualidades que as pessoas falam, merece mesmo ter concorrido ao Oscar, embora não seja o meu predileto da Disney, mas é fantástico, principalmente a primeira parte do filme que é de uma tristeza sem fim, "infantil para adultos", algumas coisas as crianças não vão entender, mas depois o filme vira uma aventura para toda família e todos comemoram; sem palavras, dá agonia, e o protagonista é dos mais especiais, não é aquele príncipe jovem, não é um cara muito forte, é simplesmente um idoso, magnifico, só de pensar que depois de toda uma vida ainda tem fôlego para realização de sonhos e outra aventura, na verdade esse homem teve duas vidas, ambas maravilhosas. Uma animação que sempre me encanta. Nunca pensei que fosse ver frustração, morte e tristeza retratado em uma animação como características do protagonista, isso eleva a importância do filme.
Alice no País das Maravilhas
4.0 767 Assista AgoraIgual muita gente já falou no Filmow, prefiro este da Disney do que o novo do Tim Burton, é um filme que assisti tanto na televisão que acabou sendo parte de minha infância, e tem momentos incríveis como o Chapeleiro, o Coelho, a crise de tamanho de Alice, rs, fora as músicas da Disney que são sempre ótimas. Saudade de quando a Disney tinha coragem para ousar em alguns filmes, imagino como foi difícil para ela retratar uma história absurda que não traz uma grande lição de moral, também Lewis Carroll merece toda loucura possível, a história de Alice já é fantástica, feito pela Disney ficou um sinistro para crianças. Consegui me divertir do mesmo jeito que quando era criança. E detalhe: Alice não é princesa.