"Um ode à interpretação natural do ser para com a transitoriedade do seu eu. Passando de alter ego a multi facetas, deslumbrando todos os gêneros da arte e refletindo sobre a realidade e identidade. Numa jornada contra o tempo, vilão desmascarado."
"Trabalhando pais e filhos densamente, ficamos divididos entre o caos e a causa pra falar sobre o garoto. Como já é dito em sua extensão, a vida não é feita para mim, mas eu pareço ter sido feito pra ela."
Esquemático, como todo terror sobre fantasmas e exorcismo. Não se sustenta durante suas uma hora e meia e apela pra soluções fáceis e rápidas, sem mencionar a troca do método de filmagem durante o meio e a falta de edição.
O desastre que existe na privacidade alheia, de no caso, uma família comum, dissecado minuciosamente. Avranas, recorreu ao não usual para discorrer um tema alarmante, a subordinação.
Lembra muito 'Dente Canino', outro da safra e de origem grega onde vemos uma política de vida e desenvolvimento incomum, ora arcaica. A história dessa vez ambienta um apartamento onde uma filha pula da sacada, a problematização sai do dilema, por quê o suicídio? Um ponto à se destacar nessas produções são a iluminação e câmera, sempre opaca e vazia, vista de longe e por vezes na primeira pessoa para que incorporemos seu campo de visão, como numa imersão na repugnância e leveza dos personagens, este primeiro, quase como uma constante.
Escrúpulos não existem no patriarca, maniaco e sociopata, fruto de uma geração cínica e desprovida de soluções, cabisbaixa, quase infeliz. Monopoliza com seriedade tudo e todos, criando uma imagem de respeito em seu mundo, casa. Por muitos momentos é visível a insatisfação do mesmo com seu meio e como este abusa do compreensível pra tornar mais adequado aquilo que jamais foi seu. Talvez seja um trauma, tipos de longa data que não ficam claros na película, para explicar tal egoísmo e discrepância.
Com o passar dos minutos a obra vai agonizando e passando um real desconforto quanto ao silêncio ensurdecedor da casa, mascarás caem de um lado e são postas de outro, sempre com um ar sério e autoritário vemos o deslumbrar dos alicerces da violência na sua mais pura forma, agindo contrária a cerne do homem. O poder de subjugar e dominar está em efetivo vigor durante toda a fita, o medo estampa praticamente toda ação criando até uma imagem à principio de conservadorismo, piada, insuportável de assistir vemos aos poucos nossos limites serem testados diante do caos secreto e coletivo da família, num ciclo reincidente quase livre de falhas.
Acerca do elenco, todos em sincronia e trabalhando bem os rostos e feições diante dos acontecimentos. Quase todo filmado na casa da família, o apartamento, vemos um trabalho primoroso da câmera com distanciamento, enfoque e poucos cortes, já a trilha é pouco ou quase não usada, dando espaço a um vazio silencioso. Como ator, Themis Panou se destaca e recebe o prêmio de melhor ator no Festival de Veneza do respectivo ano da produção, junto de seu diretor, Alexandro Avranas condecorado como vencedor do Leão de Prata de direção. Tecnicamente, não há defeitos, apenas elogios ao seu todo.
Por fim, Miss Violence, pode não agradar a todos públicos por conta de seu ritmo e teor pesado, beirando o depressivo, o que não deixa de ser uma experiencia distinta e interessante para os abraçadores do gênero. A sensação após os créditos continua por horas, e é um daqueles que da pra se refletir e debater dias à fio sobre a conclusão, talvez tardia, do segredo que ronda os habitantes daquele universo, que pode estar parafraseando um governo, dum certo país.
Acabei de ver 'No limite do Amanhã' , é uma delícia de pipocão, tão inteligente quanto compromissado em fechar todas as pontas que abre, tem uma trilha sonora engajada e tanto Emily quanto Cruise cumprem além de seus respectivos papéis, transportando uma química digna dos melhores blockbusters do gênero.
Acerca do final, achei digno de sua premissa, corajoso em não ser como a maioria quer parecer, cult. Recomendadíssimo.
O monstro título aparece em frames e o drama dá sustância a um filme que deveria ser assumidamente uma aventura/suspense. Não detratando, apenas colocando as cartas na mesa, é um blockbuster furada e feio.
Edição e montagem cartunísticas prejudicam de forma abissal o enredo já estacionado, patriota em excesso e moralista à ponto de não matar um personagem sequer. Adaptação execrável.
O tipo de filme que cresce à cada revisita, ponderando por anos no subconsciente coletivo. P.T. Anderson interfere no pavoroso ciclo de reincidência para falhas do homem, o pondo à toda prova diante da culpa e o passado.
O prólogo nada mais é que a ponte de sustentação para os fanáticos não verem sua religião acometer os personagens com a praga, visto como uma coincidência ou um acaso por muitos, e, como castigo ou intermédio para poucos. A obra abre um leque de múltiplas interpretações, todas sensitivas, ao menos uma ou duas das histórias ali te farão lembrar de algo pessoal e refletir acerca do seu entendimento.
De difícil digestão, nutrindo todos sentidos, este é a Magnólia das obras-primas.
Jonze dá a solução para a apatia da vida e cria o problema que a geração da tecnologia precisava. O homem quando não está em guerra com algo, entra em guerra contra si mesmo, assim coloca obstáculos que somente o tempo e o amadurecimento podem derrubar.
A minha ideia sobre o ser humano e sua benevolência está em pedaços.
Visamos nosso conforto e preservamos nossa integridade (honra), mesmo se por meios capciosos, não, principalmente por eles. A mentira segue sendo algo outrora bom para seu mentor, porém chegará a hora de que não distinguiremos mais o que é certo e o que não. Mas afinal o que é? Existe mesmo uma verdade absoluta? Ou são só versões remodeladas as que ouvimos?
Ao final da sessão vi o sacerdote como uma especie de 'deus', e todos ali pequenos errantes diante dos seus olhos. Á soma disso, ele dizia:
- Estou a perder a fé nos homens.
Mas os homens são produtos do meio em que vivem, nascei-vos no mau, do mau cresce-rás.
Assim, os berros uivantes da criança revitaliza a esperança de 'deus' para com a sociedade, melhor, com o homem.
Maldito sonho sobre unicórnio, Rick! Maldito sonho. Em razão da incoerência de minimizar os replicantes e suas ações, contrapartida ao foco desnecessário ao conflito psicológico do protagonista, o filme não ganha status de obra-prima. Pena.
O diálogo final entre o replicante líder e Rick, é uma das coisas mais impactantes e poderosas do cinema e sua arte.
Os E.U.A. dissecados suavemente. Despotismo, controle, extemporaneidade e desolação são algumas das características que mesclam a realidade com a ficção apresentada na obra. Em tempos como estes pérolas desse gênero são raras.
Explorando os prazeres mais obscuros e translúcidos a trama envolve sexo, sadismo e loucura. Uma imagem degenerativa do homem que traz as cicatrizes de uma semi-vida. Fadados ao conformismo, os japoneses aceitam seus erros e muitas vezes terminam suas vidas, sem aproveitar suas vidas, infelizes, tampouco fazendo oque querem, se o homem não tem controle da situação quem haverá de ter? Essa é a critica que a personagem de Denden faz a sociedade atual do Japão, gozando disso com as mais sincronizadas piadas de humor negro, faz o abominável parecer não tão ruim perto da desconcertante aceitação da infelicidade. Qual o proposito disso tudo se você perde sua identidade no meio do caminho, o telespectador se delicia igualmente angustia pela explosão de Nobuyuki, agora forçado mais uma vez a fazer parte de outro ajuste que jamais quisera fazer.
Conformados com a jaula ilusória em que nos prendem, tendemos a viver a vida alheia, cobiçar metas alheias, nos reprimirmos, e sermos oprimidos! Rohan e Arjur foram apenas o retrato de cada caso, como um todo, sem escrúpulos. Ninguém merece a liberdade, ela já está conosco, estamos vivendo e isso nos leva a tomarmos decisões que só cabem a nós. Todo ser é diferente.
No filme o garoto mais velho se via preso como um pássaro, se debatia, machucava, machucavam-no, gritava, destruía seu ninho e afins... No entanto, somente depois de ver do lado de fora uma situação igual o mesmo pode entender que a portinhola da gaiola esteve sempre aberta, seu carcereiro nada mais era do que o retrato de toda a expectativa e pós frustração acompanhada das dificuldades que a vida traz.
Holy Motors
3.9 652 Assista Agora"Um ode à interpretação natural do ser para com a transitoriedade do seu eu. Passando de alter ego a multi facetas, deslumbrando todos os gêneros da arte e refletindo sobre a realidade e identidade. Numa jornada contra o tempo, vilão desmascarado."
Não Sou Eu, Eu Juro!
4.4 579"Trabalhando pais e filhos densamente, ficamos divididos entre o caos e a causa pra falar sobre o garoto. Como já é dito em sua extensão, a vida não é feita para mim, mas eu pareço ter sido feito pra ela."
A Marca do Medo
2.3 294Esquemático, como todo terror sobre fantasmas e exorcismo. Não se sustenta durante suas uma hora e meia e apela pra soluções fáceis e rápidas, sem mencionar a troca do método de filmagem durante o meio e a falta de edição.
Miss Violence
3.9 1,0K Assista AgoraO desastre que existe na privacidade alheia, de no caso, uma família comum, dissecado minuciosamente. Avranas, recorreu ao não usual para discorrer um tema alarmante, a subordinação.
Lembra muito 'Dente Canino', outro da safra e de origem grega onde vemos uma política de vida e desenvolvimento incomum, ora arcaica. A história dessa vez ambienta um apartamento onde uma filha pula da sacada, a problematização sai do dilema, por quê o suicídio? Um ponto à se destacar nessas produções são a iluminação e câmera, sempre opaca e vazia, vista de longe e por vezes na primeira pessoa para que incorporemos seu campo de visão, como numa imersão na repugnância e leveza dos personagens, este primeiro, quase como uma constante.
Escrúpulos não existem no patriarca, maniaco e sociopata, fruto de uma geração cínica e desprovida de soluções, cabisbaixa, quase infeliz. Monopoliza com seriedade tudo e todos, criando uma imagem de respeito em seu mundo, casa. Por muitos momentos é visível a insatisfação do mesmo com seu meio e como este abusa do compreensível pra tornar mais adequado aquilo que jamais foi seu. Talvez seja um trauma, tipos de longa data que não ficam claros na película, para explicar tal egoísmo e discrepância.
Com o passar dos minutos a obra vai agonizando e passando um real desconforto quanto ao silêncio ensurdecedor da casa, mascarás caem de um lado e são postas de outro, sempre com um ar sério e autoritário vemos o deslumbrar dos alicerces da violência na sua mais pura forma, agindo contrária a cerne do homem. O poder de subjugar e dominar está em efetivo vigor durante toda a fita, o medo estampa praticamente toda ação criando até uma imagem à principio de conservadorismo, piada, insuportável de assistir vemos aos poucos nossos limites serem testados diante do caos secreto e coletivo da família, num ciclo reincidente quase livre de falhas.
Acerca do elenco, todos em sincronia e trabalhando bem os rostos e feições diante dos acontecimentos. Quase todo filmado na casa da família, o apartamento, vemos um trabalho primoroso da câmera com distanciamento, enfoque e poucos cortes, já a trilha é pouco ou quase não usada, dando espaço a um vazio silencioso. Como ator, Themis Panou se destaca e recebe o prêmio de melhor ator no Festival de Veneza do respectivo ano da produção, junto de seu diretor, Alexandro Avranas condecorado como vencedor do Leão de Prata de direção. Tecnicamente, não há defeitos, apenas elogios ao seu todo.
Por fim, Miss Violence, pode não agradar a todos públicos por conta de seu ritmo e teor pesado, beirando o depressivo, o que não deixa de ser uma experiencia distinta e interessante para os abraçadores do gênero. A sensação após os créditos continua por horas, e é um daqueles que da pra se refletir e debater dias à fio sobre a conclusão, talvez tardia, do segredo que ronda os habitantes daquele universo, que pode estar parafraseando um governo, dum certo país.
No Limite do Amanhã
3.8 1,5K Assista AgoraAcabei de ver 'No limite do Amanhã' , é uma delícia de pipocão, tão inteligente quanto compromissado em fechar todas as pontas que abre, tem uma trilha sonora engajada e tanto Emily quanto Cruise cumprem além de seus respectivos papéis, transportando uma química digna dos melhores blockbusters do gênero.
Acerca do final, achei digno de sua premissa, corajoso em não ser como a maioria quer parecer, cult. Recomendadíssimo.
Godzilla
3.1 2,1K Assista AgoraO monstro título aparece em frames e o drama dá sustância a um filme que deveria ser assumidamente uma aventura/suspense. Não detratando, apenas colocando as cartas na mesa, é um blockbuster furada e feio.
Viajar é Preciso
2.8 586 Assista AgoraDá nojo tantas incoerências e absurdos numa história que se vende como didática e serene. Fácil um dos piores filmes de seu respectivo gênero.
FUJAM !!!
Casablanca
4.3 1,0K Assista Agora"Casablanca propunha a solução para os adoentados de amor e indigna os viventes do romance. Obra definitiva de todo um gênero."
Hulk
2.6 481 Assista AgoraEdição e montagem cartunísticas prejudicam de forma abissal o enredo já estacionado, patriota em excesso e moralista à ponto de não matar um personagem sequer. Adaptação execrável.
Magnólia
4.1 1,3K Assista AgoraO tipo de filme que cresce à cada revisita, ponderando por anos no subconsciente coletivo. P.T. Anderson interfere no pavoroso ciclo de reincidência para falhas do homem, o pondo à toda prova diante da culpa e o passado.
O prólogo nada mais é que a ponte de sustentação para os fanáticos não verem sua religião acometer os personagens com a praga, visto como uma coincidência ou um acaso por muitos, e, como castigo ou intermédio para poucos. A obra abre um leque de múltiplas interpretações, todas sensitivas, ao menos uma ou duas das histórias ali te farão lembrar de algo pessoal e refletir acerca do seu entendimento.
De difícil digestão, nutrindo todos sentidos, este é a Magnólia das obras-primas.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraJonze dá a solução para a apatia da vida e cria o problema que a geração da tecnologia precisava. O homem quando não está em guerra com algo, entra em guerra contra si mesmo, assim coloca obstáculos que somente o tempo e o amadurecimento podem derrubar.
Rashomon
4.4 301 Assista AgoraA minha ideia sobre o ser humano e sua benevolência está em pedaços.
Visamos nosso conforto e preservamos nossa integridade (honra), mesmo se por meios capciosos, não, principalmente por eles. A mentira segue sendo algo outrora bom para seu mentor, porém chegará a hora de que não distinguiremos mais o que é certo e o que não. Mas afinal o que é? Existe mesmo uma verdade absoluta? Ou são só versões remodeladas as que ouvimos?
Ao final da sessão vi o sacerdote como uma especie de 'deus', e todos ali pequenos errantes diante dos seus olhos. Á soma disso, ele dizia:
- Estou a perder a fé nos homens.
Mas os homens são produtos do meio em que vivem, nascei-vos no mau, do mau cresce-rás.
Assim, os berros uivantes da criança revitaliza a esperança de 'deus' para com a sociedade, melhor, com o homem.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista AgoraMaldito sonho sobre unicórnio, Rick! Maldito sonho. Em razão da incoerência de minimizar os replicantes e suas ações, contrapartida ao foco desnecessário ao conflito psicológico do protagonista, o filme não ganha status de obra-prima. Pena.
O diálogo final entre o replicante líder e Rick, é uma das coisas mais impactantes e poderosas do cinema e sua arte.
O Homem da Máfia
3.1 592 Assista AgoraOs E.U.A. dissecados suavemente. Despotismo, controle, extemporaneidade e desolação são algumas das características que mesclam a realidade com a ficção apresentada na obra. Em tempos como estes pérolas desse gênero são raras.
Cold Fish
3.8 115Explorando os prazeres mais obscuros e translúcidos a trama envolve sexo, sadismo e loucura. Uma imagem degenerativa do homem que traz as cicatrizes de uma semi-vida. Fadados ao conformismo, os japoneses aceitam seus erros e muitas vezes terminam suas vidas, sem aproveitar suas vidas, infelizes, tampouco fazendo oque querem, se o homem não tem controle da situação quem haverá de ter? Essa é a critica que a personagem de Denden faz a sociedade atual do Japão, gozando disso com as mais sincronizadas piadas de humor negro, faz o abominável parecer não tão ruim perto da desconcertante aceitação da infelicidade. Qual o proposito disso tudo se você perde sua identidade no meio do caminho, o telespectador se delicia igualmente angustia pela explosão de Nobuyuki, agora forçado mais uma vez a fazer parte de outro ajuste que jamais quisera fazer.
Udaan
4.0 16 Assista AgoraConformados com a jaula ilusória em que nos prendem, tendemos a viver a vida alheia, cobiçar metas alheias, nos reprimirmos, e sermos oprimidos! Rohan e Arjur foram apenas o retrato de cada caso, como um todo, sem escrúpulos. Ninguém merece a liberdade, ela já está conosco, estamos vivendo e isso nos leva a tomarmos decisões que só cabem a nós. Todo ser é diferente.
No filme o garoto mais velho se via preso como um pássaro, se debatia, machucava, machucavam-no, gritava, destruía seu ninho e afins... No entanto, somente depois de ver do lado de fora uma situação igual o mesmo pode entender que a portinhola da gaiola esteve sempre aberta, seu carcereiro nada mais era do que o retrato de toda a expectativa e pós frustração acompanhada das dificuldades que a vida traz.
Se não for o pai, com certeza, outro seria/será.