Um filme que é uma lição de que um bom suspense pode ser feito com sonoplastia e uma única boa atuação. As cenas em close, a intensidade dos sons - ouve-se com detalhe até o som da água que é posta no copo -, o suor no rosto do Jakob Cedergren, tudo é tão claustrofóbico - das cenas ao enredo - que é impossível não se deixar levar e terminar o filme tão tensa quanto o personagem
O que foi essa atuação da Olivia Colman? Incrível. Lanthimos não parece ter seguido tanto seu estilo de filmagem como nos anteriores, mas a dança do começo deixou sua marca. No mais, a história lembra um pouco algumas questões do filme A Malvada - com a brilhante Bette Davis. A pessoa que chega repentinamente demonstrando ser maravilhosa e no fim se mostra tão interessada no poder quanto a anterior.
Um filme que provavelmente foi inspiração para Hitchcock em Psicose (não só pela Janet Leigh e os motéis, mas tambem pela sequência em que Welles vê Heston pela janela e se levanta, salientando a cabeça de um animal na parede em segundo plano, por exemplo, além dos inúmeros contra-plongées), mas também me lembrou Chinatown, embora o roteiro não tenha parecido tão bem fechado quanto o de Polanski. A primeira metade do filme é mais arrastada, mas a segunda possui maior dinâmica e encaminha o filme. A movimentação da câmera é realmente vibrante, os ângulos fazem pensar o que Welles faria com os recursos de hoje em dia.
É a primeira versão das que assisto. A temática das estrelas, o star system, a decadência e as drogas são assuntos que me parecem até que recorrentes em Hollywood, me fez lembrar Crepúsculo dos Deuses, também What ever happened with Baby Jane - embora com enfoque diferente - e A Malvada. Judy Garland é realmente boa no que faz, achei a parceria com James Mason muito boa, ambos excelentes na atuação. O filme é longo (e bem colorido, acho que vale ressaltar), mas acredito que seja pelo modelo de musical.
Assistir a esse filme é como assistir a todas as comédias românticas feitas depois dele. A quantidade de referências e similaridades encontradas é grande, mas postas de forma que me parecem mais leves e com uma narrativa menos forçada quando comparada às atuais comédias românticas. Clark Gable, ah, que lindo.
Woody Allen e sua sempre magnífica capacidade de transformar temas cotidianos e dramas amorosos em arte de primeira. As frases soltas e as reflexões que parecem banais mas trazem uma profundidade incrível. Apesar da Kristen Stewart, um filme brilhante.
Filme de uma delicadeza sem tamanho. O protagonismo feminino associado às nuances de classe e ao companheirismo (às vezes direto, às vezes indireto) entre as personagens mulheres (desde Cléo até sua companheira de trabalho, Sofia ou Adela) trazem uma carga de realidade e atualidade impressionantes. O que apaixona é que Cuaron alia roteiro impecável com uma exploração visual impressionante. As cenas da casa - o espaço se torna um atuante no filme -, o mar, tudo é muito bem concatenado através de ângulos que exploram o lugar como um todo (cenas de 180° e 360° são cuidadosa e harmonicamente incorporadas ao longo do filme). Um filme em preto e branco que se talvez fosse em cores não tivesse o mesmo impacto. É nítido o cuidado e o zelo. Um retrato da vida, das dores, de parte da realidade e de como as mulheres se arranjam para vivê-la, tudo filmado com muita delicadeza e primor.
Impossível assistir esse filme e não sentir toda paixão, toda emoção, toda força que a dança pode transmitir. Põe a fala em segundo, terceiro plano. Nos expõe ao que pensamos e sentimos como primordial. Sem palavras, absolutamente
Culpa
3.9 355 Assista AgoraUm filme que é uma lição de que um bom suspense pode ser feito com sonoplastia e uma única boa atuação. As cenas em close, a intensidade dos sons - ouve-se com detalhe até o som da água que é posta no copo -, o suor no rosto do Jakob Cedergren, tudo é tão claustrofóbico - das cenas ao enredo - que é impossível não se deixar levar e terminar o filme tão tensa quanto o personagem
A Favorita
3.9 1,2K Assista AgoraO que foi essa atuação da Olivia Colman? Incrível. Lanthimos não parece ter seguido tanto seu estilo de filmagem como nos anteriores, mas a dança do começo deixou sua marca. No mais, a história lembra um pouco algumas questões do filme A Malvada - com a brilhante Bette Davis. A pessoa que chega repentinamente demonstrando ser maravilhosa e no fim se mostra tão interessada no poder quanto a anterior.
Cães de Aluguel
4.2 1,9K Assista AgoraBandidos vestidos de preto com nomes de cores.
A Marca da Maldade
4.1 221 Assista AgoraUm filme que provavelmente foi inspiração para Hitchcock em Psicose (não só pela Janet Leigh e os motéis, mas tambem pela sequência em que Welles vê Heston pela janela e se levanta, salientando a cabeça de um animal na parede em segundo plano, por exemplo, além dos inúmeros contra-plongées), mas também me lembrou Chinatown, embora o roteiro não tenha parecido tão bem fechado quanto o de Polanski. A primeira metade do filme é mais arrastada, mas a segunda possui maior dinâmica e encaminha o filme. A movimentação da câmera é realmente vibrante, os ângulos fazem pensar o que Welles faria com os recursos de hoje em dia.
Nasce Uma Estrela
4.0 113 Assista AgoraÉ a primeira versão das que assisto. A temática das estrelas, o star system, a decadência e as drogas são assuntos que me parecem até que recorrentes em Hollywood, me fez lembrar Crepúsculo dos Deuses, também What ever happened with Baby Jane - embora com enfoque diferente - e A Malvada. Judy Garland é realmente boa no que faz, achei a parceria com James Mason muito boa, ambos excelentes na atuação. O filme é longo (e bem colorido, acho que vale ressaltar), mas acredito que seja pelo modelo de musical.
Aconteceu Naquela Noite
4.2 333 Assista AgoraAssistir a esse filme é como assistir a todas as comédias românticas feitas depois dele. A quantidade de referências e similaridades encontradas é grande, mas postas de forma que me parecem mais leves e com uma narrativa menos forçada quando comparada às atuais comédias românticas. Clark Gable, ah, que lindo.
Café Society
3.3 531 Assista AgoraWoody Allen e sua sempre magnífica capacidade de transformar temas cotidianos e dramas amorosos em arte de primeira. As frases soltas e as reflexões que parecem banais mas trazem uma profundidade incrível. Apesar da Kristen Stewart, um filme brilhante.
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraFilme de uma delicadeza sem tamanho. O protagonismo feminino associado às nuances de classe e ao companheirismo (às vezes direto, às vezes indireto) entre as personagens mulheres (desde Cléo até sua companheira de trabalho, Sofia ou Adela) trazem uma carga de realidade e atualidade impressionantes. O que apaixona é que Cuaron alia roteiro impecável com uma exploração visual impressionante. As cenas da casa - o espaço se torna um atuante no filme -, o mar, tudo é muito bem concatenado através de ângulos que exploram o lugar como um todo (cenas de 180° e 360° são cuidadosa e harmonicamente incorporadas ao longo do filme). Um filme em preto e branco que se talvez fosse em cores não tivesse o mesmo impacto. É nítido o cuidado e o zelo. Um retrato da vida, das dores, de parte da realidade e de como as mulheres se arranjam para vivê-la, tudo filmado com muita delicadeza e primor.
Pina
4.4 408Impossível assistir esse filme e não sentir toda paixão, toda emoção, toda força que a dança pode transmitir. Põe a fala em segundo, terceiro plano. Nos expõe ao que pensamos e sentimos como primordial. Sem palavras, absolutamente