Não li a obra de J.G Ballard, mas "No topo do Poder" é um filmaço. É engraçado ver que a ideia, a perceção da loucura, propriamente dita, é tida como uma "loucura", pelo menos para a maioria das pessoas.
A desigualdade social é mostrada de um modo interessante, temos a energia elétrica do prédio falhando, pessoas desempregadas ou com pouco dinheiro, círculos sociais que julgam e fazem tudo parecer uma selva, como se os seres humanos realmente fossem animalescos, aliás, muitos de nós já se tornaram ou vão se tornar "selvagens"...e esse é um fator bem explorado pelo filme, como por exemplo, as cenas de sexo gratuitas, públicas, chulas, sem o menor respeito(traição, estupro, mero refúgio para fugir da realidade)ou então a brutalidade de alguns personagens, mostrando o quão violento o ser humano pode ser, o quão egoísta(detalhe para a cena em que Wilder volta para sua casa após uma farra em uma festa e se depara com sua esposa(Helen) grávida e com dois filhos, então Helen pede pra ele não a abandonar e também para que ele deixasse algum dinheiro, mas Wilder novamente a larga sozinha e deixa apenas alguns trocados. Temos também uma severa crítica aos pais que têm filhos, a sociedade pode fazer parecer que as crianças são uma escória. Aliás, Laing(personagem principal) demonstra ser o mais equilibrado de todos e ele não tem filhos...Em contrapartida, há o personagem Steele(dentista metódico e meio paranoico) que não gosta de crianças nem de animais e, ao decorrer do filme, é traído pela esposa, ou seja: podemos deduzir que ele não "forneceu" amor o suficiente à mulher... Por mais que Dr. Laing demonstre ser uma boa pessoa, alguém simples de se conviver e equilibrado, a cena em que Wilder conversa com ele, no apartamento de Charlotte, diz o contrário. Wilder:"-Viver num arranha-céu(parte separada da cidade, onde vivem as pessoas que querem uma vida mais nobre(inclusive a classe baixa almeja isso) requer um comportamento conformado, contido. Talvez até um pouco louco. " Wilder aponta o dedo para Laing e continua sua fala: "-Os mais perigosos são os contidos como você. Impermeáveis às pressões psicológicas da vida num arranha-céu. Profissionalmente insensível. Prosperando, como uma espécie avançada em atmosfera neutra" Inclusive, Laing aparece fazendo exercícios, mais de uma vez, usando roupa social, pois ele realmente não se importava com praticamente nada, além do fato dele aparecer cortando o crânio de um jeito bem tranquilo(ainda que natural para a profissão), o diretor faz parecer que o personagem é bem frio e calculista. Portanto é notável que o Dr estava com um emocional bem delicado, por conta de vários possíveis fatores, sendo o mais enfático, a morte recente de sua irmã. A caixa do supermercado é uma personagem excelente também, demonstrando ser alguém conformista e apática, uma baita crítica. O arquiteto, aparentemente, tentou fazer com que seu projeto fosse um ótimo ambiente para as pessoas, um lugar de mudanças... Contudo a vida em sociedade costuma trazer muita podridão, por conta do egoísmo, da luxúria, cobiça, inveja, raiva etc. Outro fator interessante é perceber que, provavelmente, a mente mais pensante e racional de todo o edifício seja a do pequeno Toby(filho do "criador", o arquiteto), mostrando que o garoto é o herdeiro, o "príncipe", que poderá ser o responsável por organizar e reestruturar a sociedade, como se essa responsabilidade fosse transferida hereditariamente, por conta da "genética inteligente", fora meio em que o garoto vivia e da criação que obteve, os quais facilitaram, de certo modo, um desenvolvimento racional. A fotografia e a escolha das cores são excelentes. Há cenas em que vemos o edifício cinza(cor morta, cor de aprisionamento, asfixia) e os carros coloridos no estacionamento, mostrando uma dualidade. No caso, há VIDA genuína fora do prédio... A iluminação de algumas cenas é incrível, fazendo com que a beleza do momento seja propícia e cativante. Os enquadramentos são ótimos, fazendo jus ao belo trabalho do diretor.
Eu poderia escrever mais sobre as metáforas e simbolismos desse filme riquíssimo, porém vou ler a obra literária antes... A nota baixa é um absurdo, "No topo do poder" é, talvez, uma obra-prima do cinema ! Ainda que de difícil digestão pelo seu ritmo "diferente e estranho", não deixa de ser muito bem pensada, fascinante e prazerosa. Um baita soco no estômago !
A coragem de Lester e Nate é muito admirável desde o início, Lilian se desenvolve ao decorrer da trama... Aos poucos vamos entendendo os paradigmas que uma cidade pequena tem em relação à segurança, no caso, devido à conduta de um fora da lei(temido por todos), o qual ja fora xerife, fazendo com que os cidadãos precisem realizar a justiça com as próprias mãos... Lester tinha um motivo emocional contra Blackway, mas o fato daquele querer matar este não se deve somente ao ocorrido sentimental, muito pelo contrário, Lester é um velho homem solitário, vivendo uma vida pacata após a morte da filha e do abandono da esposa, então quando Lilian aparece e diz que Blackway a está incomodando por meio de condutas agressivas, acorda o "Espírito virtuoso" interior de Lester, fazendo com que o mesmo sinta sede de justiça(sensação que edifica o Homem), tanto pelo fato de Lilian ser uma mulher(lembrança da filha dele) quanto pelo vontade de se auto-desafiar. Afinal de contas, sendo um solitário, ele nao tinha nada a perder... Nate é o típico personagem "simples e adequado", um cara gago, humilde, de poucas palavras, corajoso, destemido, um bruto, mas acima de tudo leal ao Lester. É possível, até mesmo, reparar uma certa relação paternal entre Lester e ele, inclusive Nate cita apenas que mora com a mãe, não diz nada sobre o pai. Pode ser deduzido que o jovem rapaz nao conviva com o seu progenitor... Lilian é alguém que, por muitas vezes, costumava fugir das situações da vida, mas depois do falecimento de sua mãe, prefere voltar à cidade natal para pôr as coisas em ordem, provavelmente seu lado psicológico e emocional, principalmente. É uma mulher muito forte e intensa, ótimas características para uma personagem. Blackway é a representação da maldade, um ex-xerife corrupto, criminoso, frio e agressivo, desprezando tudo e todos os que tentam atrapalhar o caminho dele. Ray Liotta se encaixou muito bem no papel, com sua cara de mau. Claro que o roteiro não é espetacular, mas não é nem um pouco desprezível. "O Protetor" nos mostra a luta dos justos contra a escória do mundo, de um modo interessante, simples e cativante. No mais, a fotografia é incrível, as locações escolhidas são maravilhosas e a trilha sonora combina muito bem com o "clima" de tensão e solidão que a própria cidade tem.
LEVE e SIMPLES(precisam estar em destaque esses adjetivos), tocante, sensível, poético... O preto e branco foi uma excelente escolha, juntando isso à uma bela fotografia, o resultado é ótimo. As atuações foram bem naturais, principalmente a de Greta Gerwig(excepcional no papel). Com certeza vou acompanhar mais obras do diretor Noah Baumbach...
Tirando o fato do Warren não estar realmente ''presente'' com a família dele, em muitos momentos, mostrando que o dinheiro ,por si só, era o maior objetivo de grande parte da vida dele, o cara foi e é fantástico, um gênio incrível... Claro que Warren tinha/tem um ''bom coração'', Susan(ex-esposa) disse isso enquanto viva, aliás, ela disse que ele era ''a melhor pessoa''...Portanto não devemos pensar que o dinheiro, por si só, corrompe o ser humano. Afinal de contas, Buffet teve sim momentos de descuido com a família, mas, no ''fim'' doou grande parte de sua fortuna, doações que não poderiam ter tido uma melhor finalidade do que a de ''servir'' as pessoas.
Grande Documentário, simples, objetivo, cativante, emocionante e estimulante ! Uma aula de como ser uma pessoa de sucesso financeiro.
Sensacional... é um filme para ser visto do modo como a ''felicidade'' realmente deve ser vivida: JULGAR O NECESSÁRIO(impossível o ser humano parar de julgar, é inerente a nós. Além do mais, nem todos os tipos de julgamentos são ruins), APROVEITAR TODO O RESTO, COM MUITO AMOR E PROPÓSITO... O filme é cativante !
Além do fato de ser uma grande crítica ao modo como utilizamos o celular, como integramos ele às nossas vidas, como parte inerente a nós...Temos uma aula de direção, enredo e roteiro.... Pra começo de conversa: No início do filme Eva recebe uma mensagem com a foto da ''Lua Sangrenta'' dizendo: ''Prepare-se: Hoje a noite é sua''. Pouco tempo depois, aos 11 minutos, o personagem Antonio diz ''Faça um pedido e reenvie a mensagem(citada anteriormente), em seguida Eva diz: ''O eclipse realiza desejos ? Nossa !'' Eva é a única personagem que está vestida de vermelho(ligação à "Lua Sangrenta''). Há objetos e fotos de ''símbolos'' maias na casa. Obs: É citado no filme que os maias acreditavam que a ''Lua Sangrenta'' era um sinal de algo terrível e ''Destrói o tempo e o interrompe, acontecem coisas que não deveriam acontecer'' Nos 24 minutos de filme há um cena em que todos(com exceção da Filha de Eva) os personagens vão à varanda e presenciam um acidente. Eva diz que está com frio e volta para dentro da casa, ela é a primeira personagem a sair da sacada, pois algo a estava incomodando, logo em seguida Eduardo nota que a Lua começou a ficar vermelha. Na segunda vez em que todos os personagens vão à sacada, desta vez para tirarem uma foto, Eva é a única que continua olhando fixamente para a Lua Sangrenta, como se estivesse ''perplexa'' com algo. Nos 84 minutos de filme, a ''câmera nos mostra'' a ''Lua Sangrenta'' em seu estágio completo, alguns minutos depois Eva diz(ou melhor: deseja):''Se pudéssemos voltar no tempo...''. É exatamente neste momento que ela deseja que o tempo volte e que as coisas sejam ''consertadas''
Os diálogos são sensacionais, a fotografia é linda e o fato de
Eva ser psicóloga é intrigante e é uma escolha inteligente para a personagem. Afinal de contas é ela quem tem de ''lidar'' com todos os problemas desencadeados ao longo do filme, assim como uma psicóloga faz por ofício...
Muito louco(insano), um baita filme ! Jim Carrey está um monstro atuando. A trilha sonora é boa demais, o enredo e o roteiro se ''casam'' de uma maneira excelente, além disso '''O numero 23'' conta com uma ótima direção de Joel Schumacher... Excelente filme !
Há um filme de terror com a história bem parecida sobre uma caixa e alguns desejos(devem ser 7, também), alguém sabe qual filme é ? E será que esse é remake dele ?
Havia tanto tempo em que eu não assistia a um clássico... ainda bem que eu escolhi ''Man's favorite sport ?'' para ver e acabar com a procrastinação, retomando meu amor incondicional por cinema. Os clássicos me fazem bem demais, ''alimentam minha alma'', ao contrário dos filmes atuais(maioria), os quais não têm a paixão e o amor de antigamente, até mesmo os atores e atrizes não são tão ''classudos'', elegantes e atraentes fisicamente(detalhe a mais), além do ''comportamento'' e a forma de atuar com que os atores(e atrizes) clássicos faziam ! ''Que saudade desta época, a qual nunca vivi...'' As lindíssimas locações e fotografia trazem à tona o ''natural(tanto da forma/condição humana quanto relativo à natureza ambiental) e isso enaltece o nosso envolvimento e carinho pelo filme.
Rock Hudson e Paula Prentiss formam um belo casal inusitado, doido, estranho e contraditório(principalmente por Abigail), às vezes, mas no fim o amor prevalece... Conseguimos tirar ótimas lições de vida com a honestidade de Willoughby, a bondade do Major Phipps, a ''inocência'' de Abigail... Além disso tudo temos a presença sensacional de Maria Perschy, que além de lindíssima é uma doçura atuando, sem contar no inusitado e divertido personagem ''John, da tribo Wakapoogee'' e etc...
''Man's favorite Sport ?'' é uma obra deliciosa e simples, nos faz ver o bom lado da vida. Muito tocante e ''puro''. Favorito !
Uma bela palavra para descrever os ideais dos personagens é ''utopia'', mesmo não sabendo bem quando essa ideia se instalou na cabeça deles(talvez melhor dizendo: quando criaram essa ideia), conseguimos captar que, superficial(se analisados de tal maneira) e profundamente são JOVENS ''revoltados'', rebeldes. Uma crítica à globalização é feita enormemente, mas o oposto fica visível em momentos como quando as pessoas da ilha pediram ao Richard para que ele comprasse várias coisas quando fosse à cidade com Sal, percebemos que a enorme quantia de ''utensílios usados na civilização'' são requeridos, portanto as pessoas não conseguem ou não querem ficar totalmente longe de ''uma parte'' da vida moderna. As frustrações de fé de Danny Boyle são expostas em '' A praia'', talvez sendo um filme bem ''pessoal'' dele. Uma excelente passagem para comprovar isso é a cena em que Richard está prestes a matar Christo(Apesar do nome ser o mesmo do personagem do livro, ou seja, a identidade não foi escolhida pelo diretor, mas se encaixa perfeitamente). -''Christo sofreu porque não queríamos que nada estragasse nossa ALEGRIA. Na PRAIA perfeita nada podia interromper nossa busca pelo PRAZER. Nem mesmo a MORTE. ALEGRIA: o ser humano tende a buscar a felicidade de uma maneira desenfreada e insensata, nos tornamos ''cegos'' durante a busca. PRAIA: ideal de ''paraíso'', mas pra conseguir satisfazer todo o PRAZER humano, é preciso excluir e até mesmo ''matar'' Cristo. MORTE: a exclusão de Deus(Jesus) nas vidas causa a morte, da maneira mais visceral, tangível, metafísica(deixando de ser) e literal possível. Com a pequena explicação acima podemos notar que: 1-Poucas pessoas são ateias CONVICTAS. 2-Poucas pessoas são teístas CONVICTAS. Com a sentença de número 1 definimos Danny Boyle, o qual se diz ateu, mas demonstra que ''a idealização mundana de perfeição'' ocorre quando excluímos Cristo(Deus) e nos focamos no ''eu(por mais que as pessoas da ilha formassem uma ''comunidade'', eles eram bem individualistas, não se aprofundaram emocionalmente uns com os outros, pelo menos o filme não mostrou isso... fazendo com que ALGUÉM sofrendo, agonizando fosse tirado do meio da comunidade para que eles não tivessem que lidar com a dor do Outro, se colocar no lugar do Outro)'', sendo covardes e interessados na própria satisfação/prazer, assim temos a humanidade atual, talvez ''atemporal'', na condição citada anteriormente. Étienne foi o único que não abandonou Christo, pois era caridoso e amoroso, deixando seu próprio bem estar e convivência com as pessoas para tratar do rapaz ferido, inclusive Étienne defendeu Richard(o qual ''roubou'' a namorada dele) na penúltima cena, quando o principal quase foi morto. Portanto o exemplo de Amor(talvez podemos dizer, de Cristão é Étienne), que renuncia suas vontades para servir a Cristo ! Com a sentença número 2 definimos a maioria dos Teístas(mais especificamente, os Cristãos), afinal de contas: mesmo tendo Fé, as vezes a mesma não é consistente e sólida, portanto há vários e vários questionamentos durante a vida, tais quais podem levar um homem às ruínas e até mesmo apodrecer mais ainda o mundo com a incredulidade, tornando até mesmo o mais ''bondoso'' num ser cruel e desprezível, esquecendo do principal preceito Cristão, o Amor. Além disso tudo, para completar a afirmação 1 temos a seguinte fala no finalzinho do filme(quando a comunidade da ilha estava voltando para a civilização): -''E quanto ao resto de nós, carregamos nossos pecados de volta para a casa e catamos os pedaços do que estava a nos esperar. É claro, você nunca esquece o que fez, mas a gente se adapta e seguimos...(essa fala é dita num cyber coffee, local onde todas as pessoas estão focadas em seus ''mundos virtuais'', globalizados e modernos, pra nos mostrar que Richard e o resto dos ex-habitantes da ilha teriam que conviver com a civilização atual, mesmo não gostando da ideia). Boyle se confunde e nos confunde mais ainda, pois ''aceita'' a questão dos atos pecaminosos, mas, ao mesmo tempo, não cita arrependimento...uma confusão existencial, literalmente !
No mais, a fotografia e as locações são belas, porém descobri que a equipe técnica do filme
destruiu uma parte da natureza para implantar artificialidade(pregar a crítica contra a idealização de PARAÍSO, acabando com uma parte da natureza é muito irônico,fútil e hipócrita, né ?!).
DiCaprio é sensacional atuando, mesmo quando era jovem... No desenvolvimento da história(analisada de maneira lógica pela projeção e acontecimento dos fatos) não temos uma grande realização por questões de roteiro e enredo, principalmente. Nada na obra é aprofundado, mesmo assim infelizmente o filme pode ser usado como uma inspiração para os sonhadores, utópicos e loucos de plantão... ou para os amantes de viagens e descobertas do mundo, sempre em busca da verdade e não de idealizações !
Encontrei essa joia rara no netflix. Simples, mas cativa demais !!! As atuações são ''seguras'', a fotografia é linda, o roteiro é engraçado, bem divertido e cativante, os personagens são ótimos(para a proposta; não têm ''aprofundamentos''). Favoritei ! Um filme que nos faz ter ''vontade de viver'', ''faz bem para a alma'' !
Analisei a obra tentando focar bem no personagem ''Mel'', o qual podemos definir como ''covarde'', ''complexo'', ''frio'', ''sem amor próprio'', ''violento'' e até mesmo tendo uma natureza ''doentia'', já que não ficou tão emotivo(a ponto de chorar ou demonstrar muito isso) com a morte da própria filha; também pelo fato de ter ''fugido'', abandonado a mulher com a qual fez sexo e engravidou, porém continuou observando-a(sem ser ''PRESENTE'', ''FÍSICO'', ''PALPÁVEL'') ao longo dos anos. Sem contar que, quando deu a notícia da morte de Dorothy para Mary, ele nem ao menos se comoveu, apenas fugiu novamente como um covarde, talvez ''aceitando'' bem a situação, porém não sendo ''humano(afinal, a filha dele, a qual nem sabia que ele era o pai dela havia morrido recentemente)''. Portanto o personagem é interessante, intrigante, temos um carinho por ele, já que seu jeito é encantador, inteligente, poético e ''sonhador'', mas dá pra sentir raiva dele, sim, com toda a certeza ! O nome ''Too Late(Tarde demais)'' nos diz muito: tarde demais para Mel contar à Dorothy que era o pai dela; tarde demais para Mary ''entender'' a situação e os ''motivos'' da ausência de Mel; tarde demais para Jellybean e Mel ficarem juntos; tarde demais para Mel prender ou matar o assassino de Dorothy... O filme nos envolve de uma maneira incrível, um dos motivos, além do excelente roteiro é que a história não-linear nos confunde e faz com que fiquemos intrigados.
A trilha sonora é muito boa, a atuação de John Hawkes é sensacional, e ainda temos personagens cativantes demais,
como por exemplo: Janet, uma excelente mulher, a qual ''perdeu'' parte de sua juventude por amor e dedicação ao marido, então descobriu que além de não ser valorizada e amada, era traída e seu cônjuge era um cretino. No pouco tempo em que ela aparece, sentimo-nos cativados por seu ''carisma'', jeito carinhoso, sua ''inocência'' e ''fragilidade''. Porém teve sua gota d'água quando descobriu o segredo(fotos de traição) do marido(segredo esse que foi o princípio de todas as mortes), não aceitou isso e com toda a sua raiva e desespero matou o marido e o amigo dele ! Talvez Janet tenha sentido ''justiça'' e alívio momentâneo, mas o desespero por ter levado uma vida ''horrível'' e ter ''fracassado'' no amor, além do alto estresse emocional, fizeram com que ela se suicidasse.
A obra é fascinante, com diálogos inteligentes e bem diferentes do comum, acertando em cheio numa história surpreendente !
Durante a primeira metade do filme pude ver o ''espírito'' imaturo que os jovens demonstram, consegui me enxergar(num passado não distante);ah, essa tão falada ''felicidade''... a busca incessável pela nossa satisfação pessoal, as indecisões da vida... Estava me dando um ''nó'' na garganta, por me fazer relembrar dos tempos imaturos, mas ao longo do filme vi que, não preciso aceitar tudo na vida, posso questionar, viver como um amante do rock de maneira desenfreada(raramente rs), mas acima de tudo: algumas coisas na vida são inevitáveis(o amor é a principal delas). Em meio a esse ''mundo louco'' em que vivemos, foi bom sentir esse mix de emoções, tanto positivas quanto angustiantes(possíveis cagadas feitas enquanto eu não tinha maturidade), mas no final do filme as coisas se ajeitam, ficam em seu devido lugar e é uma sensação aliviante e maravilhosa !
Há tempos em que eu não sentia uma vontade tão grande de VIVER como estou sentido agora(acabei de assistir ao filme, cerca de minutos atrás)... Fantástico !
Estranho, estranho, estranho, contém cenas bobas, mas há uma boa tensão durante momentos do filme, a narrativa é relativamente simples, podemos perceber elementos característicos de Shyamalan, que é surpreendente e merece elogios. A fotografia da obra é ótima, a ideia da "filmagem" é excelente, o final é sensacional ! Várias palavras podem tentar descrever ao filme "A Visita": "insano, "esquisito" e "louco" são algumas delas... Shyamalan está de volta ! Gostei bastante.
A "ideia" da música clássica que toca de "fundo" durante o final do filme é fantástica, já que as cenas são de "insanidade", a música serve como um acessório maravilhoso para incrementar à loucura que nos é mostrada, chega a ser até "poético(não necessariamente no sentido "agradável" da palavra, mas sim na imensidade de significados que aqueles momentos/cenas podem ter)"..
História pesada, crua, atormentadora e... real ! Pena que o filme não cumpriu seu papel, encurtando e cortando importantes acontecimentos da história, prejudicando a atuação do grande elenco(destacando Ellen Page, estando excelente). De qualquer modo, ''Um Crime Americano'' merece ser assistido, não por ser um bom filme(pois não é, é bem mediano), mas por contar um baita(no sentido chocante, ao extremo) acontecimento real.
Colocar o ''espírito'' dela ''vagando'' e no final demonstrando que estava ''frustrada'' com Deus ?! Ideia muito fútil(por mais que seja o ponto de vista do diretor, a história é real, não tinha que ter essa ''PITADA'' dele) ! Quem se frustrou mesmo fui eu, afinal o roteiro e o enredo são lamentáveis...
Ousado, intrigante, confuso e incompleto, adjetivos que ''descrevem'' ''A Gangue''. Temos uma proposta bem diferente do que estamos acostumados, a angústia e aflição toma conta dos que podem ouvir e falar sem problemas, os personagens do filme,com exceção do protagonista, não acompanham a ideia genial que o diretor teve ao realizar um filme com mudos, porém não é um fracasso, pelo contrário, há algumas cenas bem pesadas e impactantes, e também aquelas desnecessárias . Reverei este filme num futuro qualquer, por enquanto, a impressão que passou não teve tanta ''forma'', é preciso digerir e refletir...
No Topo do Poder
2.7 173 Assista AgoraNão li a obra de J.G Ballard, mas "No topo do Poder" é um filmaço. É engraçado ver que a ideia, a perceção da loucura, propriamente dita, é tida como uma "loucura", pelo menos para a maioria das pessoas.
A desigualdade social é mostrada de um modo interessante, temos a energia elétrica do prédio falhando, pessoas desempregadas ou com pouco dinheiro, círculos sociais que julgam e fazem tudo parecer uma selva, como se os seres humanos realmente fossem animalescos, aliás, muitos de nós já se tornaram ou vão se tornar "selvagens"...e esse é um fator bem explorado pelo filme, como por exemplo, as cenas de sexo gratuitas, públicas, chulas, sem o menor respeito(traição, estupro, mero refúgio para fugir da realidade)ou então a brutalidade de alguns personagens, mostrando o quão violento o ser humano pode ser, o quão egoísta(detalhe para a cena em que Wilder volta para sua casa após uma farra em uma festa e se depara com sua esposa(Helen) grávida e com dois filhos, então Helen pede pra ele não a abandonar e também para que ele deixasse algum dinheiro, mas Wilder novamente a larga sozinha e deixa apenas alguns trocados.
Temos também uma severa crítica aos pais que têm filhos, a sociedade pode fazer parecer que as crianças são uma escória. Aliás, Laing(personagem principal) demonstra ser o mais equilibrado de todos e ele não tem filhos...Em contrapartida, há o personagem Steele(dentista metódico e meio paranoico) que não gosta de crianças nem de animais e, ao decorrer do filme, é traído pela esposa, ou seja: podemos deduzir que ele não "forneceu" amor o suficiente à mulher...
Por mais que Dr. Laing demonstre ser uma boa pessoa, alguém simples de se conviver e equilibrado, a cena em que Wilder conversa com ele, no apartamento de Charlotte, diz o contrário.
Wilder:"-Viver num arranha-céu(parte separada da cidade, onde vivem as pessoas que querem uma vida mais nobre(inclusive a classe baixa almeja isso) requer um comportamento conformado, contido. Talvez até um pouco louco. "
Wilder aponta o dedo para Laing e continua sua fala: "-Os mais perigosos são os contidos como você. Impermeáveis às pressões psicológicas da vida num arranha-céu. Profissionalmente insensível. Prosperando, como uma espécie avançada em atmosfera neutra"
Inclusive, Laing aparece fazendo exercícios, mais de uma vez, usando roupa social, pois ele realmente não se importava com praticamente nada, além do fato dele aparecer cortando o crânio de um jeito bem tranquilo(ainda que natural para a profissão), o diretor faz parecer que o personagem é bem frio e calculista.
Portanto é notável que o Dr estava com um emocional bem delicado, por conta de vários possíveis fatores, sendo o mais enfático, a morte recente de sua irmã.
A caixa do supermercado é uma personagem excelente também, demonstrando ser alguém conformista e apática, uma baita crítica.
O arquiteto, aparentemente, tentou fazer com que seu projeto fosse um ótimo ambiente para as pessoas, um lugar de mudanças... Contudo a vida em sociedade costuma trazer muita podridão, por conta do egoísmo, da luxúria, cobiça, inveja, raiva etc.
Outro fator interessante é perceber que, provavelmente, a mente mais pensante e racional de todo o edifício seja a do pequeno Toby(filho do "criador", o arquiteto), mostrando que o garoto é o herdeiro, o "príncipe", que poderá ser o responsável por organizar e reestruturar a sociedade, como se essa responsabilidade fosse transferida hereditariamente, por conta da "genética inteligente", fora meio em que o garoto vivia e da criação que obteve, os quais facilitaram, de certo modo, um desenvolvimento racional.
A fotografia e a escolha das cores são excelentes. Há cenas em que vemos o edifício cinza(cor morta, cor de aprisionamento, asfixia) e os carros coloridos no estacionamento, mostrando uma dualidade. No caso, há VIDA genuína fora do prédio... A iluminação de algumas cenas é incrível, fazendo com que a beleza do momento seja propícia e cativante. Os enquadramentos são ótimos, fazendo jus ao belo trabalho do diretor.
Eu poderia escrever mais sobre as metáforas e simbolismos desse filme riquíssimo, porém vou ler a obra literária antes...
A nota baixa é um absurdo, "No topo do poder" é, talvez, uma obra-prima do cinema ! Ainda que de difícil digestão pelo seu ritmo "diferente e estranho", não deixa de ser muito bem pensada, fascinante e prazerosa. Um baita soco no estômago !
O Protetor
2.3 163 Assista AgoraNão entendo a nota baixa. O filme me surpreendeu muito, positivamente !
A coragem de Lester e Nate é muito admirável desde o início, Lilian se desenvolve ao decorrer da trama...
Aos poucos vamos entendendo os paradigmas que uma cidade pequena tem em relação à segurança, no caso, devido à conduta de um fora da lei(temido por todos), o qual ja fora xerife, fazendo com que os cidadãos precisem realizar a justiça com as próprias mãos...
Lester tinha um motivo emocional contra Blackway, mas o fato daquele querer matar este não se deve somente ao ocorrido sentimental, muito pelo contrário, Lester é um velho homem solitário, vivendo uma vida pacata após a morte da filha e do abandono da esposa, então quando Lilian aparece e diz que Blackway a está incomodando por meio de condutas agressivas, acorda o "Espírito virtuoso" interior de Lester, fazendo com que o mesmo sinta sede de justiça(sensação que edifica o Homem), tanto pelo fato de Lilian ser uma mulher(lembrança da filha dele) quanto pelo vontade de se auto-desafiar. Afinal de contas, sendo um solitário, ele nao tinha nada a perder...
Nate é o típico personagem "simples e adequado", um cara gago, humilde, de poucas palavras, corajoso, destemido, um bruto, mas acima de tudo leal ao Lester. É possível, até mesmo, reparar uma certa relação paternal entre Lester e ele, inclusive Nate cita apenas que mora com a mãe, não diz nada sobre o pai. Pode ser deduzido que o jovem rapaz nao conviva com o seu progenitor...
Lilian é alguém que, por muitas vezes, costumava fugir das situações da vida, mas depois do falecimento de sua mãe, prefere voltar à cidade natal para pôr as coisas em ordem, provavelmente seu lado psicológico e emocional, principalmente. É uma mulher muito forte e intensa, ótimas características para uma personagem.
Blackway é a representação da maldade, um ex-xerife corrupto, criminoso, frio e agressivo, desprezando tudo e todos os que tentam atrapalhar o caminho dele. Ray Liotta se encaixou muito bem no papel, com sua cara de mau.
Claro que o roteiro não é espetacular, mas não é nem um pouco desprezível. "O Protetor" nos mostra a luta dos justos contra a escória do mundo, de um modo interessante, simples e cativante.
No mais, a fotografia é incrível, as locações escolhidas são maravilhosas e a trilha sonora combina muito bem com o "clima" de tensão e solidão que a própria cidade tem.
Vou acompanhar mais obras do diretor !
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraLEVE e SIMPLES(precisam estar em destaque esses adjetivos), tocante, sensível, poético...
O preto e branco foi uma excelente escolha, juntando isso à uma bela fotografia, o resultado é ótimo.
As atuações foram bem naturais, principalmente a de Greta Gerwig(excepcional no papel).
Com certeza vou acompanhar mais obras do diretor Noah Baumbach...
Como ser Warren Buffett
4.2 16Tirando o fato do Warren não estar realmente ''presente'' com a família dele, em muitos momentos, mostrando que o dinheiro ,por si só, era o maior objetivo de grande parte da vida dele, o cara foi e é fantástico, um gênio incrível...
Claro que Warren tinha/tem um ''bom coração'', Susan(ex-esposa) disse isso enquanto viva, aliás, ela disse que ele era ''a melhor pessoa''...Portanto não devemos pensar que o dinheiro, por si só, corrompe o ser humano. Afinal de contas, Buffet teve sim momentos de descuido com a família, mas, no ''fim'' doou grande parte de sua fortuna, doações que não poderiam ter tido uma melhor finalidade do que a de ''servir'' as pessoas.
Grande Documentário, simples, objetivo, cativante, emocionante e estimulante ! Uma aula de como ser uma pessoa de sucesso financeiro.
O Otário
2.7 82 Assista AgoraSimples, leve e cativante ! Não precisa ser um ''grande'' filme, tecnicamente dizendo, para ser ''amável''
Hector e a Procura da Felicidade
3.9 228Sensacional... é um filme para ser visto do modo como a ''felicidade'' realmente deve ser vivida: JULGAR O NECESSÁRIO(impossível o ser humano parar de julgar, é inerente a nós. Além do mais, nem todos os tipos de julgamentos são ruins), APROVEITAR TODO O RESTO, COM MUITO AMOR E PROPÓSITO... O filme é cativante !
Perfeitos Desconhecidos
3.4 193Não assisti ao original, mas este me surpreendeu muito positivamente !
Além do fato de ser uma grande crítica ao modo como utilizamos o celular, como integramos ele às nossas vidas, como parte inerente a nós...Temos uma aula de direção, enredo e roteiro....
Pra começo de conversa: No início do filme Eva recebe uma mensagem com a foto da ''Lua Sangrenta'' dizendo: ''Prepare-se: Hoje a noite é sua''. Pouco tempo depois, aos 11 minutos, o personagem Antonio diz ''Faça um pedido e reenvie a mensagem(citada anteriormente), em seguida Eva diz: ''O eclipse realiza desejos ? Nossa !''
Eva é a única personagem que está vestida de vermelho(ligação à "Lua Sangrenta''). Há objetos e fotos de ''símbolos'' maias na casa. Obs: É citado no filme que os maias acreditavam que a ''Lua Sangrenta'' era um sinal de algo terrível e ''Destrói o tempo e o interrompe, acontecem coisas que não deveriam acontecer''
Nos 24 minutos de filme há um cena em que todos(com exceção da Filha de Eva) os personagens vão à varanda e presenciam um acidente. Eva diz que está com frio e volta para dentro da casa, ela é a primeira personagem a sair da sacada, pois algo a estava incomodando, logo em seguida Eduardo nota que a Lua começou a ficar vermelha.
Na segunda vez em que todos os personagens vão à sacada, desta vez para tirarem uma foto, Eva é a única que continua olhando fixamente para a Lua Sangrenta, como se estivesse ''perplexa'' com algo.
Nos 84 minutos de filme, a ''câmera nos mostra'' a ''Lua Sangrenta'' em seu estágio completo, alguns minutos depois Eva diz(ou melhor: deseja):''Se pudéssemos voltar no tempo...''. É exatamente neste momento que ela deseja que o tempo volte e que as coisas sejam ''consertadas''
Os diálogos são sensacionais, a fotografia é linda e o fato de
Eva ser psicóloga é intrigante e é uma escolha inteligente para a personagem. Afinal de contas é ela quem tem de ''lidar'' com todos os problemas desencadeados ao longo do filme, assim como uma psicóloga faz por ofício...
Filmaço, sensacional !
Minhas Sessões de Luta
3.2 7Como assisto a esse filme ? alguém tem link ?
A Babá
3.1 960 Assista AgoraFilme para entretenimento, insano, divertido, sádico, trash, inteligente !
Conta com algumas falhas desanimadoras, mas não comprometem a obra toda...
Como o cara morreu enforcado na corda ? hahahaah não teve nenhum sentido aquilo...
Número 23
3.4 1,7K Assista AgoraMuito louco(insano), um baita filme !
Jim Carrey está um monstro atuando. A trilha sonora é boa demais, o enredo e o roteiro se ''casam'' de uma maneira excelente, além disso '''O numero 23'' conta com uma ótima direção de Joel Schumacher...
Excelente filme !
7 Desejos
2.5 409 Assista AgoraHá um filme de terror com a história bem parecida sobre uma caixa e alguns desejos(devem ser 7, também), alguém sabe qual filme é ? E será que esse é remake dele ?
O Esporte Favorito dos Homens
4.1 18Havia tanto tempo em que eu não assistia a um clássico... ainda bem que eu escolhi ''Man's favorite sport ?'' para ver e acabar com a procrastinação, retomando meu amor incondicional por cinema.
Os clássicos me fazem bem demais, ''alimentam minha alma'', ao contrário dos filmes atuais(maioria), os quais não têm a paixão e o amor de antigamente, até mesmo os atores e atrizes não são tão ''classudos'', elegantes e atraentes fisicamente(detalhe a mais), além do ''comportamento'' e a forma de atuar com que os atores(e atrizes) clássicos faziam ! ''Que saudade desta época, a qual nunca vivi...''
As lindíssimas locações e fotografia trazem à tona o ''natural(tanto da forma/condição humana quanto relativo à natureza ambiental) e isso enaltece o nosso envolvimento e carinho pelo filme.
Rock Hudson e Paula Prentiss formam um belo casal inusitado, doido, estranho e contraditório(principalmente por Abigail), às vezes, mas no fim o amor prevalece... Conseguimos tirar ótimas lições de vida com a honestidade de Willoughby, a bondade do Major Phipps, a ''inocência'' de Abigail... Além disso tudo temos a presença sensacional de Maria Perschy, que além de lindíssima é uma doçura atuando, sem contar no inusitado e divertido personagem ''John, da tribo Wakapoogee'' e etc...
''Man's favorite Sport ?'' é uma obra deliciosa e simples, nos faz ver o bom lado da vida.
Muito tocante e ''puro''. Favorito !
A Praia
3.2 694 Assista AgoraAnalisarei a ''história'' e suas ''ideias'', em si; ou seja: não focarei tanto em ''como o filme foi bem ou mal feito''.
OBS: Não li o livro !
Uma bela palavra para descrever os ideais dos personagens é ''utopia'', mesmo não sabendo bem quando essa ideia se instalou na cabeça deles(talvez melhor dizendo: quando criaram essa ideia), conseguimos captar que, superficial(se analisados de tal maneira) e profundamente são JOVENS ''revoltados'', rebeldes. Uma crítica à globalização é feita enormemente, mas o oposto fica visível em momentos como quando as pessoas da ilha pediram ao Richard para que ele comprasse várias coisas quando fosse à cidade com Sal, percebemos que a enorme quantia de ''utensílios usados na civilização'' são requeridos, portanto as pessoas não conseguem ou não querem ficar totalmente longe de ''uma parte'' da vida moderna.
As frustrações de fé de Danny Boyle são expostas em '' A praia'', talvez sendo um filme bem ''pessoal'' dele. Uma excelente passagem para comprovar isso é a cena em que Richard está prestes a matar Christo(Apesar do nome ser o mesmo do personagem do livro, ou seja, a identidade não foi escolhida pelo diretor, mas se encaixa perfeitamente). -''Christo sofreu porque não queríamos que nada estragasse nossa ALEGRIA. Na PRAIA perfeita nada podia interromper nossa busca pelo PRAZER. Nem mesmo a MORTE. ALEGRIA: o ser humano tende a buscar a felicidade de uma maneira desenfreada e insensata, nos tornamos ''cegos'' durante a busca.
PRAIA: ideal de ''paraíso'', mas pra conseguir satisfazer todo o PRAZER humano, é preciso excluir e até mesmo ''matar'' Cristo.
MORTE: a exclusão de Deus(Jesus) nas vidas causa a morte, da maneira mais visceral, tangível, metafísica(deixando de ser) e literal possível.
Com a pequena explicação acima podemos notar que:
1-Poucas pessoas são ateias CONVICTAS.
2-Poucas pessoas são teístas CONVICTAS.
Com a sentença de número 1 definimos Danny Boyle, o qual se diz ateu, mas demonstra que ''a idealização mundana de perfeição'' ocorre quando excluímos Cristo(Deus) e nos focamos no ''eu(por mais que as pessoas da ilha formassem uma ''comunidade'', eles eram bem individualistas, não se aprofundaram emocionalmente uns com os outros, pelo menos o filme não mostrou isso... fazendo com que ALGUÉM sofrendo, agonizando fosse tirado do meio da comunidade para que eles não tivessem que lidar com a dor do Outro, se colocar no lugar do Outro)'', sendo covardes e interessados na própria satisfação/prazer, assim temos a humanidade atual, talvez ''atemporal'', na condição citada anteriormente.
Étienne foi o único que não abandonou Christo, pois era caridoso e amoroso, deixando seu próprio bem estar e convivência com as pessoas para tratar do rapaz ferido, inclusive Étienne defendeu Richard(o qual ''roubou'' a namorada dele) na penúltima cena, quando o principal quase foi morto. Portanto o exemplo de Amor(talvez podemos dizer, de Cristão é Étienne), que renuncia suas vontades para servir a Cristo !
Com a sentença número 2 definimos a maioria dos Teístas(mais especificamente, os Cristãos), afinal de contas: mesmo tendo Fé, as vezes a mesma não é consistente e sólida, portanto há vários e vários questionamentos durante a vida, tais quais podem levar um homem às ruínas e até mesmo apodrecer mais ainda o mundo com a incredulidade, tornando até mesmo o mais ''bondoso'' num ser cruel e desprezível, esquecendo do principal preceito Cristão, o Amor.
Além disso tudo, para completar a afirmação 1 temos a seguinte fala no finalzinho do filme(quando a comunidade da ilha estava voltando para a civilização):
-''E quanto ao resto de nós, carregamos nossos pecados de volta para a casa e catamos os pedaços do que estava a nos esperar. É claro, você nunca esquece o que fez, mas a gente se adapta e seguimos...(essa fala é dita num cyber coffee, local onde todas as pessoas estão focadas em seus ''mundos virtuais'', globalizados e modernos, pra nos mostrar que Richard e o resto dos ex-habitantes da ilha teriam que conviver com a civilização atual, mesmo não gostando da ideia).
Boyle se confunde e nos confunde mais ainda, pois ''aceita'' a questão dos atos pecaminosos, mas, ao mesmo tempo, não cita arrependimento...uma confusão existencial, literalmente !
No mais, a fotografia e as locações são belas, porém descobri que a equipe técnica do filme
destruiu uma parte da natureza para implantar artificialidade(pregar a crítica contra a idealização de PARAÍSO, acabando com uma parte da natureza é muito irônico,fútil e hipócrita, né ?!).
No desenvolvimento da história(analisada de maneira lógica pela projeção e acontecimento dos fatos) não temos uma grande realização por questões de roteiro e enredo, principalmente. Nada na obra é aprofundado, mesmo assim infelizmente o filme pode ser usado como uma inspiração para os sonhadores, utópicos e loucos de plantão... ou para os amantes de viagens e descobertas do mundo, sempre em busca da verdade e não de idealizações !
Curiosidade: O filme ajudou em minha Fé Cristã, aposto que Danny Boyle não esperava por essa.... hahahahah
Guerreiro
4.0 919 Assista AgoraTem defeitos e bla bla bla, mas é um dos maiores filmes de ''luta(ligado ao gênero ''drama'', também)'' da história e ponto !
Desnorteados
3.3 54Encontrei essa joia rara no netflix. Simples, mas cativa demais !!!
As atuações são ''seguras'', a fotografia é linda, o roteiro é engraçado, bem divertido e cativante, os personagens são ótimos(para a proposta; não têm ''aprofundamentos'').
Favoritei !
Um filme que nos faz ter ''vontade de viver'', ''faz bem para a alma'' !
Too Late
3.8 29Fantástico !
Analisei a obra tentando focar bem no personagem ''Mel'', o qual podemos definir como ''covarde'', ''complexo'', ''frio'', ''sem amor próprio'', ''violento'' e até mesmo tendo uma natureza ''doentia'', já que não ficou tão emotivo(a ponto de chorar ou demonstrar muito isso) com a morte da própria filha; também pelo fato de ter ''fugido'', abandonado a mulher com a qual fez sexo e engravidou, porém continuou observando-a(sem ser ''PRESENTE'', ''FÍSICO'', ''PALPÁVEL'') ao longo dos anos. Sem contar que, quando deu a notícia da morte de Dorothy para Mary, ele nem ao menos se comoveu, apenas fugiu novamente como um covarde, talvez ''aceitando'' bem a situação, porém não sendo ''humano(afinal, a filha dele, a qual nem sabia que ele era o pai dela havia morrido recentemente)''. Portanto o personagem é interessante, intrigante, temos um carinho por ele, já que seu jeito é encantador, inteligente, poético e ''sonhador'', mas dá pra sentir raiva dele, sim, com toda a certeza !
O nome ''Too Late(Tarde demais)'' nos diz muito: tarde demais para Mel contar à Dorothy que era o pai dela; tarde demais para Mary ''entender'' a situação e os ''motivos'' da ausência de Mel; tarde demais para Jellybean e Mel ficarem juntos; tarde demais para Mel prender ou matar o assassino de Dorothy...
O filme nos envolve de uma maneira incrível, um dos motivos, além do excelente roteiro é que a história não-linear nos confunde e faz com que fiquemos intrigados.
A trilha sonora é muito boa, a atuação de John Hawkes é sensacional, e ainda temos personagens cativantes demais,
como por exemplo: Janet, uma excelente mulher, a qual ''perdeu'' parte de sua juventude por amor e dedicação ao marido, então descobriu que além de não ser valorizada e amada, era traída e seu cônjuge era um cretino. No pouco tempo em que ela aparece, sentimo-nos cativados por seu ''carisma'', jeito carinhoso, sua ''inocência'' e ''fragilidade''. Porém teve sua gota d'água quando descobriu o segredo(fotos de traição) do marido(segredo esse que foi o princípio de todas as mortes), não aceitou isso e com toda a sua raiva e desespero matou o marido e o amigo dele ! Talvez Janet tenha sentido ''justiça'' e alívio momentâneo, mas o desespero por ter levado uma vida ''horrível'' e ter ''fracassado'' no amor, além do alto estresse emocional, fizeram com que ela se suicidasse.
A obra é fascinante, com diálogos inteligentes e bem diferentes do comum, acertando em cheio numa história surpreendente !
Sexo, Rock e Confusão
3.5 246Durante a primeira metade do filme pude ver o ''espírito'' imaturo que os jovens demonstram, consegui me enxergar(num passado não distante);ah, essa tão falada ''felicidade''... a busca incessável pela nossa satisfação pessoal, as indecisões da vida...
Estava me dando um ''nó'' na garganta, por me fazer relembrar dos tempos imaturos, mas ao longo do filme vi que, não preciso aceitar tudo na vida, posso questionar, viver como um amante do rock de maneira desenfreada(raramente rs), mas acima de tudo: algumas coisas na vida são inevitáveis(o amor é a principal delas).
Em meio a esse ''mundo louco'' em que vivemos, foi bom sentir esse mix de emoções, tanto positivas quanto angustiantes(possíveis cagadas feitas enquanto eu não tinha maturidade), mas no final do filme as coisas se ajeitam, ficam em seu devido lugar e é uma sensação aliviante e maravilhosa !
Há tempos em que eu não sentia uma vontade tão grande de VIVER como estou sentido agora(acabei de assistir ao filme, cerca de minutos atrás)... Fantástico !
Vingança
3.4 79Sentença 1:Filme de "macho" !
Sentença 2:Aquele final dá pra chorar fácil, fácil....
Gostei bastante, deixou marcas em mim !
A Visita
3.3 1,6K Assista AgoraEstranho, estranho, estranho, contém cenas bobas, mas há uma boa tensão durante momentos do filme, a narrativa é relativamente simples, podemos perceber elementos característicos de Shyamalan, que é surpreendente e merece elogios.
A fotografia da obra é ótima, a ideia da "filmagem" é excelente, o final é sensacional ! Várias palavras podem tentar descrever ao filme "A Visita": "insano, "esquisito" e "louco" são algumas delas...
Shyamalan está de volta ! Gostei bastante.
A "ideia" da música clássica que toca de "fundo" durante o final do filme é fantástica, já que as cenas são de "insanidade", a música serve como um acessório maravilhoso para incrementar à loucura que nos é mostrada, chega a ser até "poético(não necessariamente no sentido "agradável" da palavra, mas sim na imensidade de significados que aqueles momentos/cenas podem ter)"..
Bruxa de Blair
2.4 1,0K Assista AgoraO original já é horrível, será que esse vale algo ?
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraFilmaço.Quando eu rever e absorver melhor, farei uma análise boa...
Um Crime Americano
4.0 989 Assista AgoraHistória pesada, crua, atormentadora e... real ! Pena que o filme não cumpriu seu papel, encurtando e cortando importantes acontecimentos da história, prejudicando a atuação do grande elenco(destacando Ellen Page, estando excelente). De qualquer modo, ''Um Crime Americano'' merece ser assistido, não por ser um bom filme(pois não é, é bem mediano), mas por contar um baita(no sentido chocante, ao extremo) acontecimento real.
Colocar o ''espírito'' dela ''vagando'' e no final demonstrando que estava ''frustrada'' com Deus ?! Ideia muito fútil(por mais que seja o ponto de vista do diretor, a história é real, não tinha que ter essa ''PITADA'' dele) ! Quem se frustrou mesmo fui eu, afinal o roteiro e o enredo são lamentáveis...
A Bruxa
3.5 2que sinopse, hein...
A Gangue
3.8 134Ousado, intrigante, confuso e incompleto, adjetivos que ''descrevem'' ''A Gangue''.
Temos uma proposta bem diferente do que estamos acostumados, a angústia e aflição toma conta dos que podem ouvir e falar sem problemas, os personagens do filme,com exceção do protagonista, não acompanham a ideia genial que o diretor teve ao realizar um filme com mudos, porém não é um fracasso, pelo contrário, há algumas cenas bem pesadas e impactantes, e também aquelas desnecessárias .
Reverei este filme num futuro qualquer, por enquanto, a impressão que passou não teve tanta ''forma'', é preciso digerir e refletir...