O filme desmistifica a maternidade e expõe a vulnerabilidade da mulher em situações que tão comumente têm que enfrentar sozinhas, apesar de ser responsabilidade de dois. O machismo. A pobreza. Histórias que se repetem de geração em geração... se reproduzem. Mães que sofrem.
A tardia proximidade entre mãe e filha, propiciada pela doença de um patriarca machista, alcoólatra e violento, permite o comovente compartilhamento de suas solidões.
A solidão do “vizinho” (não entrarei em detalhes pra não dar spoiler) completa a crueza do quadro.
Um filme duro, triste, sincero e desgarrador.
Assisti há muito tempo então, e apenas porque está sem sinopse nem nenhum dado, copiarei uma.
“María (Ana Fernández) mora em um bairro problemático de Sevilha [Andaluzia|Espanha] e trabalha como faxineira. Ela acaba de descobrir que está grávida de um motorista de caminhão que não quer nenhum tipo de compromisso e se sente sozinha. A situação muda quando internam ao seu pai em um hospital e sua mãe (María Galiana), que dedicou toda sua vida a um homem violento e intolerante, vai morar com ela. María e sua mãe não se vêem há anos, mas ambas têm em comum a solidão.
Logo conhecerão a um vizinho (Carlos Álvarez) que mora por perto. O homem é viúvo e sua única companhia é seu cachorro. Entre os três se estabelecerá um relacionamento que aliviará suas dores e reabrirá as portas da esperança.”
“Se quiser saber do que as pessoas são feitas comece uma guerra.”
Iréne Némirovsky, a autora da obra-prima “Suite Française”, livro que deu origem ao filme, foi uma judia que viveu na França e morreu durante a II Guerra Mundial em Auschwitz. Ela o escreveu a mão, durante a ocupação da França pelos nazistas e a obra ficou quase 60 anos sem ser publicada. Por todo o anterior e porque o livro nunca foi terminado, pode-se concluir que o final do filme é roteiro original e que o demais pode perfeitamente estar baseada em histórias reais. Uma história cheia de “quases”, de vontades, de contenções, de repressões, de amor e de sentimentos tão explícitos quanto jamais verbalizados. Inconclusão. Uma história linda e triste. Final meio aberto, meio incerto, acorde com o filme, lindamente triste. "... a música sempre me leva de volta para ele".
“É um sentimento extraordinário trazer minha mãe de volta à vida, mostra que os nazistas não tiveram sucesso ao matá-la. Não é vingança, mas é uma vitória” - Denise Epstein-Dauplé, filha de Iréne Némirovsky.
Michelle Williams costuma fazer boas escolhas (“Terras Perdidas”, “Ilha do Medo”, “Manchester à Beira-Mar”, “O Segredo de Brokeback Mountain”, “O Rei do Show”, “Desejo Proibido”). Talvez por suas boas escolhas frequentemente contracena com gente maravilhosa. Gosto muito dela de forma geral e na pele de Lucile, em particular, está super bem.
Kristin Scott Thomas, idem, idem, mas aqui devo confessar minha parcialidade. Tenho uma quedinha por atores britânicos e franceses. A amo e isso é quase incondicional 😉
Ao Matthias Schoenaerts acho que só vi como secundário em “A Garota Dinamarquesa”, mas já lhe daria uma oportunidade nem que fosse apenas por esse olharzinho lindo de ser carente e desvalido. Não decepcionou. Cada gesto, postura, cada olhar lindo de ser carente e desvalido dizia “não sou assim”. Nem precisaria ter dito.
Demorei tanto em assisti-lo porque achei que tinha grandes chances de ser a típica americanada onde eles são os mocinhos e os demais os bandidos. Não foi. Incluso há algumas pinceladas nada patrióticas sobre a conduta dos EUA em assuntos petrolíferos. Gostei. Mais ainda sabendo ser baseado em histórias reais, aí passou a ser incrível. Gosto do Ben Affleck como ator e se mostrou um diretor muito digno.
Em um primeiro momento o atrativo foi Rachel Weisz, logo vi que foi dirigido por Adam Brooks de “Bridget Jones” e Ryan Reynolds do fofíssimo “Simplesmente amor”...
É simplesinho. Aquém dos dois mencionados, “Bridget Jones” e “Simplesmente amor”, mas dentro do que se pode esperar de uma comedinha romântica.
... só eu achei a Maya a cara da Pequena Miss Sunshine?
Como stand-up comedy não me convence porque creio que falta “comedy”. Não achei engraçado, mas acho que Hannah Gadsby seria uma ótima palestrante se em “Nanette” deixasse de buscar o riso fácil em cada frase que pronuncia. E não só porque homofobia e violência, entre outros temas abordados, sejam papo sério, é que realmente não vi humor. Foi legal ver tratados assuntos pesados com leveza, mas não achei risível.
“Homens brancos vêm sendo os detentores da história, quem enuncia verdades, quem produz estórias e quem define a razão. São os donos do campinho e da bola, e estão assustados com a possibilidade de serem driblados em jogo ou expulsos do campo.”
Um filme feminino, sensível e incómodo que expõe quatro perspectivas muito distintas:
1. A sujeira por trás do mercado ilegal de crianças que lucra com dramas humanos. 2. As injustiças provenientes da miséria. 3. A vida de inocentes sem voz. 4. A frustração de mães órfãs.
A primeira “criada” pela perversão do sistema, as três últimas vítimas deste.
Pobreza, privilégios, traumas, instinto maternal, obsessão, corrupção, ética, moral e uma cena final que é pura poesia.
Bárbara Lennie me tem mais fascinada a cada filme que vejo com ela. Maravilhosa.
Meio nada a ver o lance do eclipse no final e o final em si, mas “intentando ver el lado positivo”... rs
Como bem disse a Thayná mais abaixo “Adorei ver a família tradicional brasileira versão espanhola.”
Fica a reflexão... se algo pode piorar, piorará!
Humor dos bons. Negro. Inteligente. Sarcástico. Crítico. No gênero é sem dúvida um dos melhores que vi nos últimos tempos. O elenco é ótimo de forma geral, mas Pepón Nieto está particularmente genial. Não lembro de haver-lo visto anteriormente em nenhum papel que me tenha chamado a atenção, mas nesse filme “está que se sale”.
Não vou dizer que foi uma grata surpresa porque há décadas descobri o cinema espanhol e seus encantos... Almodóvar❤️, Almenábar, Trueba, Carlos Saura, Julio Medem❤️, Isabel Coixet, Fernando León de Aranoa, Bigas Luna, Sílvia Munt... ... ...
Gostei muito. Muito mesmo! Soube pelos comentários que é um remake de um filme italiano, “Perfetti sconosciutie”, de Paolo Genovese. Houve também bastante gente comparando-o a “Coherence” de James Ward Byrkit. Não assisti a nenhum dos dois, mas é tentadora a ideia de poder compará-los algum dia.
Outro Trier para acompanhar de perto. Outro nórdico que, ao que tudo indica, também terá um futuro promissor.
Há algum tempo queria ver este filme, primeiro por ter lido uns quantos comentários do tipo “Não entendi nada, mas adorei!”, segundo porque gosto do tema religião/repressão/culpabilidade, etc. Bem... com “Disobedience” chegando por aí me decidi por assisti-lo antes e, uma vez visto, o que posso dizer é: não entendi nada, mas adorei! rs Brincadeira. Gostei.
Tem um pouco doque eu esperava, religião/repressão/culpabilidade, mas a pegada é outra. Não é muito a minha praia lances “estranhos”, mas o filme consegue prender a atenção do início ao fim. Enfim... não está mal. Surpreende.
A exemplo de “Ensaio sobre a cegueira” e “Dogville” este filme expõe o podre que pode chegar a ser o ser humano comum se colocado em situações extremas. A exemplo de ambos filmes, mas salvando as enormes diferenças já que no caso de “7 anos” não há nenhuma complexidade, trata-se de um filme simples, sem choques nem surpresas. Um único cenário, uma única noite e atores inspirados dão ao espectador 77 minutos de bom entretenimento. É só.
Nota para mim: comprovadamente, gosto bastante de Paco León.
O filme se baseia na maravilhosa história real, mal explorada e pior dirigida, de uma mulher espetacular. A corajosa e comprometida jornalista irlandesa Veronica Guerin merecia uma homenagem mais cuidada.
Acho que trata de desastres, não tenho certeza. Algo sobre relações, episódios, pessoas desastrosas com quem cruzamos pela vida eventualmente. Abusos.
O “filme” parece ser um desses experimentos improvisados que ultrapassam os limites do racional. Incompreensível. Dessas coisas que não se entende muito bem como começou nem onde pretendia parar.
Moral da história: O porque de algumas pessoas preferirem cachorros aos seres humanos.
Rooney Mara surpreendente! Demorei a reconhecê-la.
Daniel Craig sobrio e correto no seu papel. Como sempre, dirão. Não, ainda mais.
Terminei 2:38 horas de filme com vontade de assistir à adaptação original sueca, do diretor Niels Arden Oplev (que tem como plus à Noomi Rapace interpretando à espetacular Lisbeth, presentão de personagem), e de ler a trilogia (“Os homens que não amavam as mulheres”, “A menina que brincava com fogo” e “A rainha do castelo de ar”).
Já julgarei o remake com mais propriedade quando assista ao original, mas desde já posso dizer que creio que a responsabilidade de dirigir a versão americana não poderia haver caído em melhores mãos que as de David Fincher (o mesmo do maravilhoso “Seven”)
Amei ❤️❤️
... sobre as 2:38h de duração creio que o auge do filme aconteceu uns 30 minutos antes do final. Imagino que sua última 1/2 hora tenha tido o objetivo de ser fiel ao livro ou de dar um toque de ternura mais ao longa. Bom, funcionou. Não sobrou.
... mais sobre Rooney Mara: acho que merecia muitíssimo mais a indicação ao Oscar de atriz coadjuvante por este trabalho do que por “Carol”.
... parece ser que realmente haverá sequência, estreia prevista para este ano ainda (2018). Novo diretor, novo elenco. Não sei não se funcionará, acho que preferirei não estragar a lembrança.
pedido de perdão❤️❤️?! “Eu pensei que sabia tudo. Pensei que o amor não era suficiente. Mas precisa ser. Precisa ser suficiente, porque não conseguimos viver sem você. Eu não consigo viver sem você.”
... ahhhhh AMEI! Cada dia que passa gosto mais e mais dos atores ingleses.
Outra coisa que se notaria mesmo se não se soubesse de antemão é o toque feminino na direção. Pra bem.
Bom... ao enredo. Que incrível que ambos os filmes, este e Kinsey, tenham sido baseados em histórias reais ocorridas na primeira metade do século passado, que incrível que já então houvessem pessoas tão corajosas e com mentes tão abertas, e sobretudo que incrível que ainda assim tantos continuemos sendo tão retrógrados e limitados em pleno século XXI.
Se buscarmos uma “moral da história” nesse filme ela poderia resumir-se a uma curta frase dita pelo psicólogo William Marston à sua editora quando esta mencionou sua família:
Quem é quem para julgar alguém? Família é quem ama e cuida!
Mudando de assunto, é também interessante saber como nasce um super-herói. Até bem pouco não tinha ideia de praticamente nada sobre a Mulher-Maravilha, apesar tê-la visto em pequenas participações em longas de outros heróis e de ter lido alguns quadrinhos. “A Mulher-Maravilha é uma carta de amor”. É mesmo.
Enfim, adorei. Adorei o final tanto quanto toda essa história para mim totalmente desconhecida até agora.
Terno, doce e triste. É uma comédia dramática ou um drama cômico... simples. Filme feito de absurdos e de um Darin muito bem acompanhado por Huang na tarefa de encantar.
Dar uma olhada no que anda rolando no Sundance cada 2x3 revela surpresas. Melhor direção para Eliza Hittman.
Os riscos e conflitos provenientes da hostilidade em relação a si mesmo e da necessidade de encaixar em um grupo. Problemas tão frequentes na adolescência. Medos. Consequências. O homo erotismo masculino desde uma perspectiva feminina. Interessante, seja lá o que queira dizer isso.
Para os sem paciência advirto que o filme é lento.
É um drama intenso, doloroso emocionante e maravilhoso. Trata de abandono, de ausência, de solidão, de culpa, de redenção e por último de um tema tabu que não divulgarei aqui para não dar spoiler, mas que necessita ser discutido apesar de ser de difícil digestão.
A fotografia é preciosa, tem longos silêncios e profundos diálogos pausados na medida exata para que o espectador possa sentir o tamanho da ferida... sutilmente.
Nos papéis principais duas atrizes em estado de graça, principalmente Bárbara Lennie (Chiara).
O filme descarta com elegância o final fácil e previsível que seria a reconciliação para surpreender-nos com as razões que levaram a filha a procurar sua mãe depois de 35 anos de distanciamento.
Enfim, recomendo:
1. Que assista a este lindo filme sem pressas (é lento) nem pré-conceitos.
2. Que se entende um pouquinho o espanhol assista ao curta-metragem que antecede o longa, do mesmo diretor. Está disponível no Y o u T u b sob a descrição:
‘El domingo. Prólogo’ - un cortometraje de Ramón Salazar
É sobre um relacionamento amoroso comum, com seus momentos engraçados, felizes, fofos, cúmplices... com discussões eventuais, questionamentos, dúvidas, diferenças. Tudo muito corriqueiro na vida de qualquer casal que leva alguns anos compartilhando o dia a dia.
Uma sútil comédia romântica mais, onde as protagonistas são mulheres. Uma história de amor mais, como tantas outras, com conflitos que pode ter qualquer um e isso é o mais bacana do filme. Pra quem ainda não entendeu, não há absolutamente nenhuma diferença.
Não via ao grande Carmelo Gómez como protagonista desde um dos primeiros filmes espanhóis que assisti, “Días Contados”, muito bom, o filme e Carmelo Gómez nele.
Voltando à “La playa de los ahogados”, já valeria mesmo que fosse apenas pelas lindas paisagens gallegas e pelo elenco, mas além, tem também um roteiro bem amarradinho e com reviravoltas surpreendestes... estes dois últimos mérito do autor do livro, certamente. Mesmo assistindo com atenção é bastante improvável que um espectador “descubra” algo antes que os detetives e isso, em um filme policial que se preze, é muito bem-vindo. Bom filme.
ahhh Rachel Weisz ❤️❤️❤️ por mais filmes com ela! 😍😍
Ótimo elenco, história comovente e lindas cenas ... desconexas.
Talvez minha descrença em assuntos ultratumba tenha algo de culpa nessa dificuldade em montar o quebra cabeça de momentos lindos, trágicos, emotivos e tensos que compuseram esse filme. Não sei. A questão é que com certeza me encantaria mais se fosse uma história literalmente mundana, sem o lance sobrenatural. Tudo poderia ter sido colocado como intuições, sexto sentido ou algo pelo estilo. Me convenceria. Enfim, é baseado em um livro. Não o li, mas suponho que a ideia foi ser o mais fiel possível à obra literária.
Não é ruim, muito pelo contrário. Só lamento o fato de que tinha absolutamente tudo para ser incrível, não fosse a pegada sobrenatural. O longa não necessitava em absoluto de tanta fantasia, nem da narração em off da prota. Mesmo estando Saoirse Ronan excelente no papel de Gasparzinho, o filme provavelmente teria se tornado um filmão se fosse mais focado no crime, no drama, na cura dos envolvidos e na caça do “mau” do que em todo esse papo de transição terra-céu.
Uma trama de tribunais mais, bem longe de ser das melhores.
Keanu Reeves está ok no papel, mas isso não é privilégio do filme, ele sempre está ok em todos os papéis que interpreta.
O título que deram ao filme no Brasil faz jus ao longa, de fato são apresentadas várias possíveis versões do crime. Evidentemente apenas uma é verdadeira, mas não sei porque, nenhuma delas causa surpresa.
Um filme morno, blasé, dos que são esquecidos minutos depois de serem assistidos. Pra ver na sessão da tarde se realmente não tiver nada melhor pra fazer, nada mais que isso.
Adaptado da obra do Nobel de literatura, Kazuo Ishiguro, “Vestígios do dia” retrata o erro da fidelidade incondicional adotada como princípio e o não querer enxergar. Escancara o drama do tempo perdido, irrecuperável, e as tristes consequências de reprimir e ocultar desejos e sentimentos durante toda uma vida (ou duas).
É um filme sobre o passar do tempo e sobre a solidão autoimposta. Sutilmente nostálgico, melancólico, angustiante, doloroso e frustrante. Tudo acontece tão “corretamente” que o espectador nem percebe em que momento começou a sentir um aperto no coração e um nó na garganta.
São mais de duas horas de filme, em ocasiões bastante lento, mas tudo sobradamente recompensado com a perfeição das atuações de lady Emma Thompson e sir Anthony Hopkins... perfeitos!
Realmente não sei porque não o havia assistido até agora.
Sozinhas
3.2 1O filme desmistifica a maternidade e expõe a vulnerabilidade da mulher em situações que tão comumente têm que enfrentar sozinhas, apesar de ser responsabilidade de dois. O machismo. A pobreza. Histórias que se repetem de geração em geração... se reproduzem. Mães que sofrem.
A tardia proximidade entre mãe e filha, propiciada pela doença de um patriarca machista, alcoólatra e violento, permite o comovente compartilhamento de suas solidões.
A solidão do “vizinho” (não entrarei em detalhes pra não dar spoiler) completa a crueza do quadro.
Um filme duro, triste, sincero e desgarrador.
Assisti há muito tempo então, e apenas porque está sem sinopse nem nenhum dado, copiarei uma.
Año: 1999
País: Espanha
Gênero: Drama
Duração: 95 minutos
Direção: Benito Zambran
“María (Ana Fernández) mora em um bairro problemático de Sevilha [Andaluzia|Espanha] e trabalha como faxineira. Ela acaba de descobrir que está grávida de um motorista de caminhão que não quer nenhum tipo de compromisso e se sente sozinha. A situação muda quando internam ao seu pai em um hospital e sua mãe (María Galiana), que dedicou toda sua vida a um homem violento e intolerante, vai morar com ela. María e sua mãe não se vêem há anos, mas ambas têm em comum a solidão.
Logo conhecerão a um vizinho (Carlos Álvarez) que mora por perto. O homem é viúvo e sua única companhia é seu cachorro. Entre os três se estabelecerá um relacionamento que aliviará suas dores e reabrirá as portas da esperança.”
Suite Francesa
3.6 259 Assista Agora“Se quiser saber do que as pessoas são feitas comece uma guerra.”
Iréne Némirovsky, a autora da obra-prima “Suite Française”, livro que deu origem ao filme, foi uma judia que viveu na França e morreu durante a II Guerra Mundial em Auschwitz. Ela o escreveu a mão, durante a ocupação da França pelos nazistas e a obra ficou quase 60 anos sem ser publicada.
Por todo o anterior e porque o livro nunca foi terminado, pode-se concluir que o final do filme é roteiro original e que o demais pode perfeitamente estar baseada em histórias reais. Uma história cheia de “quases”, de vontades, de contenções, de repressões, de amor e de sentimentos tão explícitos quanto jamais verbalizados. Inconclusão.
Uma história linda e triste. Final meio aberto, meio incerto, acorde com o filme, lindamente triste. "... a música sempre me leva de volta para ele".
“É um sentimento extraordinário trazer minha mãe de volta à vida, mostra que os nazistas não tiveram sucesso ao matá-la. Não é vingança, mas é uma vitória”
- Denise Epstein-Dauplé, filha de Iréne Némirovsky.
Michelle Williams costuma fazer boas escolhas (“Terras Perdidas”, “Ilha do Medo”, “Manchester à Beira-Mar”, “O Segredo de Brokeback Mountain”, “O Rei do Show”, “Desejo Proibido”). Talvez por suas boas escolhas frequentemente contracena com gente maravilhosa.
Gosto muito dela de forma geral e na pele de Lucile, em particular, está super bem.
Kristin Scott Thomas, idem, idem, mas aqui devo confessar minha parcialidade. Tenho uma quedinha por atores britânicos e franceses. A amo e isso é quase incondicional 😉
Ao Matthias Schoenaerts acho que só vi como secundário em “A Garota Dinamarquesa”, mas já lhe daria uma oportunidade nem que fosse apenas por esse olharzinho lindo de ser carente e desvalido. Não decepcionou. Cada gesto, postura, cada olhar lindo de ser carente e desvalido dizia “não sou assim”. Nem precisaria ter dito.
Inimigo Meu
3.8 269 Assista AgoraMemória afetiva mode on. Não me lembrava desse filme... tão tão lindinho ❤️❤️❤️
Seu Nome
4.5 1,4K Assista AgoraPrimeira chance que dei aos animes e não sei avaliá-lo. Alguém que entenda do tema poderia dizer-me a qual faixa etária é dirigido um anime como este?
P.D. Um 3 pela qualidade gráfica
Argo
3.9 2,5KDemorei tanto em assisti-lo porque achei que tinha grandes chances de ser a típica americanada onde eles são os mocinhos e os demais os bandidos. Não foi. Incluso há algumas pinceladas nada patrióticas sobre a conduta dos EUA em assuntos petrolíferos. Gostei. Mais ainda sabendo ser baseado em histórias reais, aí passou a ser incrível.
Gosto do Ben Affleck como ator e se mostrou um diretor muito digno.
Três Vezes Amor
3.6 710 Assista AgoraEm um primeiro momento o atrativo foi Rachel Weisz, logo vi que foi dirigido por Adam Brooks de “Bridget Jones” e Ryan Reynolds do fofíssimo “Simplesmente amor”...
É simplesinho. Aquém dos dois mencionados, “Bridget Jones” e “Simplesmente amor”, mas dentro do que se pode esperar de uma comedinha romântica.
... só eu achei a Maya a cara da Pequena Miss Sunshine?
Hannah Gadsby: Nanette
4.7 207 Assista AgoraComo stand-up comedy não me convence porque creio que falta “comedy”. Não achei engraçado, mas acho que Hannah Gadsby seria uma ótima palestrante se em “Nanette” deixasse de buscar o riso fácil em cada frase que pronuncia. E não só porque homofobia e violência, entre outros temas abordados, sejam papo sério, é que realmente não vi humor. Foi legal ver tratados assuntos pesados com leveza, mas não achei risível.
“Homens brancos vêm sendo os detentores da história, quem enuncia verdades, quem produz estórias e quem define a razão. São os donos do campinho e da bola, e estão assustados com a possibilidade de serem driblados em jogo ou expulsos do campo.”
Uma Espécie de Família
3.3 17Um filme feminino, sensível e incómodo que expõe quatro perspectivas muito distintas:
1. A sujeira por trás do mercado ilegal de crianças que lucra com dramas humanos.
2. As injustiças provenientes da miséria.
3. A vida de inocentes sem voz.
4. A frustração de mães órfãs.
A primeira “criada” pela perversão do sistema, as três últimas vítimas deste.
Pobreza, privilégios, traumas, instinto maternal, obsessão, corrupção, ética, moral e uma cena final que é pura poesia.
Bárbara Lennie me tem mais fascinada a cada filme que vejo com ela. Maravilhosa.
Perfeitos Desconhecidos
3.4 193Meio nada a ver o lance do eclipse no final e o final em si, mas “intentando ver el lado positivo”... rs
Como bem disse a Thayná mais abaixo “Adorei ver a família tradicional brasileira versão espanhola.”
Fica a reflexão... se algo pode piorar, piorará!
Humor dos bons. Negro. Inteligente. Sarcástico. Crítico. No gênero é sem dúvida um dos melhores que vi nos últimos tempos.
O elenco é ótimo de forma geral, mas Pepón Nieto está particularmente genial. Não lembro de haver-lo visto anteriormente em nenhum papel que me tenha chamado a atenção, mas nesse filme “está que se sale”.
Não vou dizer que foi uma grata surpresa porque há décadas descobri o cinema espanhol e seus encantos... Almodóvar❤️, Almenábar, Trueba, Carlos Saura, Julio Medem❤️, Isabel Coixet, Fernando León de Aranoa, Bigas Luna, Sílvia Munt... ... ...
Gostei muito. Muito mesmo!
Soube pelos comentários que é um remake de um filme italiano, “Perfetti sconosciutie”, de Paolo Genovese. Houve também bastante gente comparando-o a “Coherence” de James Ward Byrkit. Não assisti a nenhum dos dois, mas é tentadora a ideia de poder compará-los algum dia.
Thelma
3.5 342 Assista AgoraOutro Trier para acompanhar de perto. Outro nórdico que, ao que tudo indica, também terá um futuro promissor.
Há algum tempo queria ver este filme, primeiro por ter lido uns quantos comentários do tipo “Não entendi nada, mas adorei!”, segundo porque gosto do tema religião/repressão/culpabilidade, etc. Bem... com “Disobedience” chegando por aí me decidi por assisti-lo antes e, uma vez visto, o que posso dizer é: não entendi nada, mas adorei! rs
Brincadeira. Gostei.
Tem um pouco doque eu esperava, religião/repressão/culpabilidade, mas a pegada é outra. Não é muito a minha praia lances “estranhos”, mas o filme consegue prender a atenção do início ao fim.
Enfim... não está mal. Surpreende.
7 años
3.6 93 Assista AgoraA exemplo de “Ensaio sobre a cegueira” e “Dogville” este filme expõe o podre que pode chegar a ser o ser humano comum se colocado em situações extremas. A exemplo de ambos filmes, mas salvando as enormes diferenças já que no caso de “7 anos” não há nenhuma complexidade, trata-se de um filme simples, sem choques nem surpresas.
Um único cenário, uma única noite e atores inspirados dão ao espectador 77 minutos de bom entretenimento. É só.
Nota para mim: comprovadamente, gosto bastante de Paco León.
O Custo da Coragem
3.6 87O filme se baseia na maravilhosa história real, mal explorada e pior dirigida, de uma mulher espetacular. A corajosa e comprometida jornalista irlandesa Veronica Guerin merecia uma homenagem mais cuidada.
Positivo: a sempre impecável Cate Blanchett.
Duck Butter
2.8 145Acho que trata de desastres, não tenho certeza. Algo sobre relações, episódios, pessoas desastrosas com quem cruzamos pela vida eventualmente. Abusos.
O “filme” parece ser um desses experimentos improvisados que ultrapassam os limites do racional. Incompreensível. Dessas coisas que não se entende muito bem como começou nem onde pretendia parar.
Moral da história: O porque de algumas pessoas preferirem cachorros aos seres humanos.
Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
4.2 3,1K Assista AgoraRevisto em 04/01/2024
Rooney Mara surpreendente! Demorei a reconhecê-la.
Daniel Craig sobrio e correto no seu papel. Como sempre, dirão. Não, ainda mais.
Terminei 2:38 horas de filme com vontade de assistir à adaptação original sueca, do diretor Niels Arden Oplev (que tem como plus à Noomi Rapace interpretando à espetacular Lisbeth, presentão de personagem), e de ler a trilogia (“Os homens que não amavam as mulheres”, “A menina que brincava com fogo” e “A rainha do castelo de ar”).
Já julgarei o remake com mais propriedade quando assista ao original, mas desde já posso dizer que creio que a responsabilidade de dirigir a versão americana não poderia haver caído em melhores mãos que as de David Fincher (o mesmo do maravilhoso “Seven”)
Amei ❤️❤️
... sobre as 2:38h de duração creio que o auge do filme aconteceu uns 30 minutos antes do final. Imagino que sua última 1/2 hora tenha tido o objetivo de ser fiel ao livro ou de dar um toque de ternura mais ao longa. Bom, funcionou. Não sobrou.
... mais sobre Rooney Mara: acho que merecia muitíssimo mais a indicação ao Oscar de atriz coadjuvante por este trabalho do que por “Carol”.
... parece ser que realmente haverá sequência, estreia prevista para este ano ainda (2018). Novo diretor, novo elenco. Não sei não se funcionará, acho que preferirei não estragar a lembrança.
Professor Marston e as Mulheres Maravilhas
3.9 172 Assista AgoraTem um quê de “Kinsey - Vamos falar sobre sexo“, mas bemmmmm mais sexy e romântico.
O trio protagonista está perfeito, porém quem verdadeiramente rouba as cenas é Elizabeth (Rebecca Hall). O que é aquele
pedido de perdão❤️❤️?! “Eu pensei que sabia tudo. Pensei que o amor não era suficiente. Mas precisa ser. Precisa ser suficiente, porque não conseguimos viver sem você. Eu não consigo viver sem você.”
Cada dia que passa gosto mais e mais dos atores ingleses.
Outra coisa que se notaria mesmo se não se soubesse de antemão é o toque feminino na direção. Pra bem.
Bom... ao enredo. Que incrível que ambos os filmes, este e Kinsey, tenham sido baseados em histórias reais ocorridas na primeira metade do século passado, que incrível que já então houvessem pessoas tão corajosas e com mentes tão abertas, e sobretudo que incrível que ainda assim tantos continuemos sendo tão retrógrados e limitados em pleno século XXI.
Se buscarmos uma “moral da história” nesse filme ela poderia resumir-se a uma curta frase dita pelo psicólogo William Marston à sua editora quando esta mencionou sua família:
“quem é você para nos julgar?”.
Quem é quem para julgar alguém? Família é quem ama e cuida!
Mudando de assunto, é também interessante saber como nasce um super-herói. Até bem pouco não tinha ideia de praticamente nada sobre a Mulher-Maravilha, apesar tê-la visto em pequenas participações em longas de outros heróis e de ter lido alguns quadrinhos. “A Mulher-Maravilha é uma carta de amor”. É mesmo.
Enfim, adorei. Adorei o final tanto quanto toda essa história para mim totalmente desconhecida até agora.
Um Conto Chinês
4.0 852 Assista AgoraTerno, doce e triste. É uma comédia dramática ou um drama cômico... simples. Filme feito de absurdos e de um Darin muito bem acompanhado por Huang na tarefa de encantar.
Ratos de Praia
3.0 236Dar uma olhada no que anda rolando no Sundance cada 2x3 revela surpresas. Melhor direção para Eliza Hittman.
Os riscos e conflitos provenientes da hostilidade em relação a si mesmo e da necessidade de encaixar em um grupo. Problemas tão frequentes na adolescência. Medos. Consequências.
O homo erotismo masculino desde uma perspectiva feminina. Interessante, seja lá o que queira dizer isso.
Para os sem paciência advirto que o filme é lento.
O Vazio do Domingo
3.7 122 Assista AgoraÉ um drama intenso, doloroso emocionante e maravilhoso.
Trata de abandono, de ausência, de solidão, de culpa, de redenção e por último de um tema tabu que não divulgarei aqui para não dar spoiler, mas que necessita ser discutido apesar de ser de difícil digestão.
A fotografia é preciosa, tem longos silêncios e profundos diálogos pausados na medida exata para que o espectador possa sentir o tamanho da ferida... sutilmente.
Nos papéis principais duas atrizes em estado de graça, principalmente Bárbara Lennie (Chiara).
O filme descarta com elegância o final fácil e previsível que seria a reconciliação para surpreender-nos com as razões que levaram a filha a procurar sua mãe depois de 35 anos de distanciamento.
Enfim, recomendo:
1. Que assista a este lindo filme sem pressas (é lento) nem pré-conceitos.
2. Que se entende um pouquinho o espanhol assista ao curta-metragem que antecede o longa, do mesmo diretor. Está disponível no Y o u T u b sob a descrição:
‘El domingo. Prólogo’ - un cortometraje de Ramón Salazar
Eu e Ela
3.4 11Cotidiano define.
É sobre um relacionamento amoroso comum, com seus momentos engraçados, felizes, fofos, cúmplices... com discussões eventuais, questionamentos, dúvidas, diferenças. Tudo muito corriqueiro na vida de qualquer casal que leva alguns anos compartilhando o dia a dia.
Uma sútil comédia romântica mais, onde as protagonistas são mulheres. Uma história de amor mais, como tantas outras, com conflitos que pode ter qualquer um e isso é o mais bacana do filme. Pra quem ainda não entendeu, não há absolutamente nenhuma diferença.
P.D. Que fofíssimo é o italiano. Amo!! ❤️💚
A Praia dos Afogados
3.1 30Não via ao grande Carmelo Gómez como protagonista desde um dos primeiros filmes espanhóis que assisti, “Días Contados”, muito bom, o filme e Carmelo Gómez nele.
Voltando à “La playa de los ahogados”, já valeria mesmo que fosse apenas pelas lindas paisagens gallegas e pelo elenco, mas além, tem também um roteiro bem amarradinho e com reviravoltas surpreendestes... estes dois últimos mérito do autor do livro, certamente. Mesmo assistindo com atenção é bastante improvável que um espectador “descubra” algo antes que os detetives e isso, em um filme policial que se preze, é muito bem-vindo. Bom filme.
Um Olhar do Paraíso
3.7 2,7K Assista AgoraMark Wahlberg, Susan Sarandon, Rachel Weisz....
ahhh Rachel Weisz ❤️❤️❤️ por mais filmes com ela! 😍😍
Ótimo elenco, história comovente e lindas cenas ... desconexas.
Talvez minha descrença em assuntos ultratumba tenha algo de culpa nessa dificuldade em montar o quebra cabeça de momentos lindos, trágicos, emotivos e tensos que compuseram esse filme. Não sei. A questão é que com certeza me encantaria mais se fosse uma história literalmente mundana, sem o lance sobrenatural. Tudo poderia ter sido colocado como intuições, sexto sentido ou algo pelo estilo. Me convenceria.
Enfim, é baseado em um livro. Não o li, mas suponho que a ideia foi ser o mais fiel possível à obra literária.
Não é ruim, muito pelo contrário. Só lamento o fato de que tinha absolutamente tudo para ser incrível, não fosse a pegada sobrenatural. O longa não necessitava em absoluto de tanta fantasia, nem da narração em off da prota. Mesmo estando Saoirse Ronan excelente no papel de Gasparzinho, o filme provavelmente teria se tornado um filmão se fosse mais focado no crime, no drama, na cura dos envolvidos e na caça do “mau” do que em todo esse papo de transição terra-céu.
Versões de um Crime
3.2 410 Assista AgoraUma trama de tribunais mais, bem longe de ser das melhores.
Keanu Reeves está ok no papel, mas isso não é privilégio do filme, ele sempre está ok em todos os papéis que interpreta.
O título que deram ao filme no Brasil faz jus ao longa, de fato são apresentadas várias possíveis versões do crime. Evidentemente apenas uma é verdadeira, mas não sei porque, nenhuma delas causa surpresa.
Um filme morno, blasé, dos que são esquecidos minutos depois de serem assistidos. Pra ver na sessão da tarde se realmente não tiver nada melhor pra fazer, nada mais que isso.
Vestígios do Dia
3.8 220 Assista AgoraAdaptado da obra do Nobel de literatura, Kazuo Ishiguro, “Vestígios do dia” retrata o erro da fidelidade incondicional adotada como princípio e o não querer enxergar. Escancara o drama do tempo perdido, irrecuperável, e as tristes consequências de reprimir e ocultar desejos e sentimentos durante toda uma vida (ou duas).
É um filme sobre o passar do tempo e sobre a solidão autoimposta. Sutilmente nostálgico, melancólico, angustiante, doloroso e frustrante.
Tudo acontece tão “corretamente” que o espectador nem percebe em que momento começou a sentir um aperto no coração e um nó na garganta.
São mais de duas horas de filme, em ocasiões bastante lento, mas tudo sobradamente recompensado com a perfeição das atuações de lady Emma Thompson e sir Anthony Hopkins... perfeitos!
Realmente não sei porque não o havia assistido até agora.
Regressão
2.8 535 Assista AgoraQue o medo é contagioso e “induzível” não me cabe dúvida. Que a sugestão tem poder tampouco, mas a este ponto?
“Terapias de regressão foram desacreditadas por produzirem falsas memórias”.
Inspirado em fatos? Sem pé nem cabeça, bizarro.
As duas estrelinhas vão exclusivamente por Emma Watson já que quando é incondicional não necessita razões.