Como filme de terror é horrível. Como filme é horrível. Mas como aqueles vídeos de paisagens que você coloca na televisão pra entreter a visita antes do jantar é maravilhoso.
O filme segue uma linha bacana. No final, chegam com uma ideia de ficção científica DO NADA, jogada mesmo. Se essa ideia tivesse sido trabalhada anteriormente, com alguns questionamentos, alguma pressuposição tecnológica antes do apocalipse... teria sido bem encaixada.
O filme é bom, sim. Algumas reclamações aqui são baseadas em comparações com o livro (até entendo pq sempre sou desses, mas uma hora a gente entende que não dá e nem precisa tratar o texto adaptado como escritura sagrada). A linha do tempo do filme de fato estraga e prepara algumas coisas que, se fossem reveladas sem alguns precedentes, teriam dado um ritmo melhor ao filme.
No mais, as reclamações feitas sobre o final, eu acho que estão reclamando da parte certa pelos motivos errados, o filme não é telecurso2000 pra te explicar e mostrar tudo, não. O que pega no final são das várias vezes que a personagem tropeça em galhos, que fica parecendo um episódio de pernalonga.
Esse filme é tremendamente injustiçado. É um dos melhores found footages que existe. Uma pegada sensacional de mistério e determinados pontos inexplicáveis.
Uma coisa que me irrita nesses filmes found footage é a evolução do roteiro. É praxe gastar 3/5 do filme só em cenas não lá muito agregadoras para nos 25 minutos finais entupir de acontecimentos. Isso é estratégia barata pra dar uma sensação de que o filme é bom pois "compensa pelo final". E funciona, hue. O fim é realmente assustador, galera sul-coreana sabe inovar dentro dos clichês, até pausei pra respirar em uma cena do final de tão tensa que era. O problema, como eu disse é chegar até esse final. Se tivesse uma evolução mais equilibrada, teria sido sensacional.
"Um dos momentos mais mágicos que obtive com meu avô foi em seguida quando minha avó faleceu. Eu fui visitá-lo, eu sabia que ele estava sofrendo, mas eu não sabia em que estado ele estaria, ela era sua parceira por 65 anos e ainda fazia todas as jornadas de carro. -Vô, como vão as coisas? -Você sabia que com apenas quatro dólares eu consigo transporte para qualquer parte da cidade? -Nossa, isso é muito bom, vô -Bom, eu fui até um mercadinho, fui até uma moça no balcão e disse: eu tenho essa lista de coisas, você poderia me ajudar a encontrá-las? Minha mulher recentemente mudou-se para o céu. -Vô, cara, você sempre me ajuda a ver o copo como meio cheio Ele se afastou um pouco, me olhou nos olhos e disse; -É um lindo copo"
Durante muito tempo eu pensei em escrever alguma coisa sobre como o cinema afeta as nossas vidas, de forma positiva ou negativa, mas eu percebi que, no final das contas, eu queria escrever sobre Cinema Paradiso. Devo encher o saco com esse filme, falo dele pra todo ser feito de matéria orgânica que aparece ao meu lado, mas faço isso pois essa desgraça merece o todo o prestígio do mundo. Desde que me conheço por gente, eu juntava moedinhas para alugar filmes na locadora. Assistia absolutamente qualquer coisa que colocassem no vídeo cassete, amava desenhos (e ainda amo), morria de medo de filmes de terror, entrando em pânico na hora de dormir (ironicamente hoje é meu gênero preferido),via novela com meus pais, assisti todos os senhor anéis por conta da minha irmã e me apaixonei pela fantasia, assim como também assisti todos os filmes da Lindsay Lohan por conta dela. Juntava os amigos em casa para assistir anime e baixava episódios de Naruto usando minha internet discada (demorava mais ou menos um dia por episódio). Aprendi que cinema não era só helicópteros explodindo quando assisti "2001: Uma odisseia no espaço" pela primeira vez. O impacto foi tão grande que demorei um bom tempo para restabelecer minha sanidade depois dessa surreal obra do Kubrick. Depois dessas várias histórias, de vários gêneros e formatos, finalmente, consegui entender o que todas elas representavam para minha história assistindo "Cinema Paradiso". Possa ser talvez a mais bela homenagem que o cinema possa fazer para ele próprio. Não é necessário ter um certificado de pseudo-cult-cinéfilo para entender do que o filme se trata. Trata-se apenas da forma que nos relacionamos com mundos ficcionais que não são os nossos, da capacidade desses mundos em projetarem sentimentos e sensações que não vivemos fisicamente. Momentos de amor e ódio que nos fazem chorar por dias, plot twist e cliffhangers que nos deixam à beira da loucura, quase que pulando do sofá e destruindo a televisão, encontros e beijos em uma sala escura com cheiro de pipoca, manteiga e tecido velho. Mais ainda, nos fazem acreditar em futuros perfeitos ou imperfeitos, levantando ou não nosso senso crítico para tudo aquilo que ocorre ao nosso redor. Tatuamos em nossos corpos frases, imagens, rostos e cenas que representam momentos icônicos de nossas vidas, proporcionados por uma peça de arte, para que outros vejam o quão aquilo é importante para nós, mesmo sabendo que aquele momento, aquele singular segundo que dividiu nossas vidas em "antes e depois", nunca mais vai voltar. Cinema Paradiso deixa aquele gosto amargo e doloroso de nostalgia amarrado no céu da boca, diz com todas as letras que tudo aquilo que você perdeu, seja isso familiares, amigos, amores, lugares e momentos, nunca mais será revivido ou revisitado. As coisas fluem, andam em um ritmo não acelerado mas que para nós parecem estar em alta velocidade. Coisas devem ser abandonadas para nunca mais serem revistas ou abraçadas, como diz uma frase do filme: a vida não é como nos filmes, a vida é muito mais difícil. Cinema Paradiso tem uma terrível verossimilhança com a realidade, de dizer para o pobre ser que está assistindo que a vida não é feita de amores perdidos e encontrados e de finais felizes, quase sempre o contrário de tudo isso. A vida é uma questão de perdas e ganhos numa lógica de "cada ganho é uma perda, cada perda é um ganho", o que nem sempre faz sentido e nem deve fazer, de decisões difíceis a serem tomadas, mas que por mais que todas estas sejam horríveis, nós ainda precisaremos escolher alguma coisa. Mas nem por isso perdem o significado. Cada um desses elementos nos moldaram como indivíduos, muito mais do que um mero assunto a ser puxado com uma pessoa desconhecida. Fizeram de nós quem somos hoje, nas mesmas dores e amores. E é basicamente isso que torna Cinema Paradiso tão belo, tão triste e alegre. A vida não é como nos filmes, é horrorosamente mais difícil que qualquer história de ficção, mas não deixa de ser a nossa vida, as nossas escolhas e a nossa história, e algumas vezes esquecemos que ela tem aquele formato de um ciclo que nos leva ao próprio início e ao próprio fim no mesmo caminho que tomamos. E por fim, ahh, o fim... é olhar para trás e tentar reviver esses momentos, sem a mesma exatidão ou intensidade, borrados pelo tempo, mas de forma a pensar que somos constituídos de tudo aquilo que fizemos, de todas as histórias que vimos e assistimos, caminhos que confluem e divergem para nunca mais se encontrarem. Na primeira vez que eu assisti chorei horrores, sem a menor vergonha, tão marcante que pensei mil vezes antes de assistir uma segunda vez, no receio de estragar o momento quase que antropológico causado por essa obra de arte. Mas a dor quase masoquista de Cinema Paradis nos faz lembrar da doce contradição da nostalgia, que a saudade, além de perda, significa amor. No fim, somos apenas histórias que se interligam em outras histórias contadas em outras histórias, que chegam e partem numa regência que somos meramente reféns, exatamente como no fim de "Cinema Paradiso", que nos leva ao ecstasy da vida de tempos passados e queridos que já partiram, ao som de uma trilha sonora mais do que genial de Ennio Morricone. Com o título de "o final mais belo que já vi em toda minha vida", posso dizer que linha entre a realidade e a ficção nunca foi tão lindamente tênue.
A relação escrotamente abusiva entre Lee e Elle. O cara realmente ficou feliz de ter impedido um relacionamento entre o irmão e a melhor amiga e fala "ah, foi o melhor né?". Esse Lee inclusive afirma que "eu achei que tinha algo que ele não poderia ter. Você", então ele basicamente tá falando que o melhor da amizade deles é que o irmão não tem ela, como se ela fosse um labrador que prefere levar a bolinha pra um e não pra outro. No final muda de opinião bem naquelas, né. Amigo escroto do caralho;
Outro ponto é a porra da objetificação feminina vendida como algo bacana, várias e várias e várias cenas a galera olha, dá tapa na bunda, grita, TIRA FOTO SEM PERMISSÃO e a protagonista fica tpo "nossa, estou linda, esse verão me fez muito bem, até ando com as populares agora";
E falando em foto, tem um personagem só pra tirar foto sem permissão de galera seminua e em momentos íntimos pra no final ficar tudo bem pq ele fez umas edições e colou todas as fotos em cartazes gigantes pra toda escola ver. É tipo "QUE?!?!?";
O Noah aparece do nada pra salvar a Elle de absolutamente tudo, como se a todo momento ela precisasse ser salva, protegida... e ainda, no começo ele parecia ser um personagem meramente inteligente mas depois parece um jumento bombado heterotop que precisa ser controlado pela namorada pra não brigar;
A forma que eles colocaram a homossexualidade, até consigo imaginar numa reunião de produção meio "ah, coloca esses moleque se olhando, hoje em dia tá na moda casal gay, vai agradar a galera, mas não coloca beijo, polêmico demais". Foi tosco e ficou parecendo coisa pra fingir que teve;
Galerinha rica super cool que vai nas festinhas em hollywood, estuda num colégio caro e mora em mansões, que vida tensa;
Isso que eu não entrei nas falhas de roteiro e edição. Filme é fluido, desce fácil no começo, mas desanda demais no restante. Juro que tentei ter empatia, mas não dá pra defender um filme desses, não.
Incêndios
4.5 1,9KEu tô em shock com esse filme
Loja de Unicórnios
2.8 252Eu realmente não sei o que achar desse filme
Prisioneiros do Demônio
1.2 68 Assista AgoraComo filme de terror é horrível. Como filme é horrível. Mas como aqueles vídeos de paisagens que você coloca na televisão pra entreter a visita antes do jantar é maravilhoso.
O Silêncio
2.5 612 Assista Agora"Um Lugar Silencioso 2: A Aventura Continua"
Marighella
3.9 1,1K Assista AgoraVim aqui rir dos bozominion negativando um filme que nunca viram, kkkk
Aterrorizados
3.0 254Assistam sim, dá pra dar uns sustos maneiros. Não esperem explicações, mas de resto vale o tempo gasto.
Árvore de Sangue
3.4 78 Assista AgoraQue filme bosta
Agora Estamos Sozinhos
2.7 127 Assista AgoraO filme segue uma linha bacana. No final, chegam com uma ideia de ficção científica DO NADA, jogada mesmo. Se essa ideia tivesse sido trabalhada anteriormente, com alguns questionamentos, alguma pressuposição tecnológica antes do apocalipse... teria sido bem encaixada.
Vai de um filme sobre solidão para um filme de controle mental muito rápido e nenhum preparo
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraG SUS, QUE FILME FOI ESSE?
Capitão América: Guerra Civil
3.9 2,4K Assista AgoraEsse filme são aqueles 5 minutos de porrada com os brother no aeroporto sem perder a amizade. E só.
Clausura
3.4 317Filme ruim que é bom? Como assim?
Sementes Podres
4.1 254 Assista AgoraQue filme fofo
Caixa de Pássaros
3.4 2,3K Assista AgoraO filme é bom, sim. Algumas reclamações aqui são baseadas em comparações com o livro (até entendo pq sempre sou desses, mas uma hora a gente entende que não dá e nem precisa tratar o texto adaptado como escritura sagrada). A linha do tempo do filme de fato estraga e prepara algumas coisas que, se fossem reveladas sem alguns precedentes, teriam dado um ritmo melhor ao filme.
No mais, as reclamações feitas sobre o final, eu acho que estão reclamando da parte certa pelos motivos errados, o filme não é telecurso2000 pra te explicar e mostrar tudo, não. O que pega no final são das várias vezes que a personagem tropeça em galhos, que fica parecendo um episódio de pernalonga.
Fora isso, é um bom filme.
Poder Sem Limites
3.4 1,7K Assista AgoraEsse filme é tremendamente injustiçado. É um dos melhores found footages que existe. Uma pegada sensacional de mistério e determinados pontos inexplicáveis.
Gonjiam: Manicômio Assombrado
3.0 110 Assista AgoraUma coisa que me irrita nesses filmes found footage é a evolução do roteiro. É praxe gastar 3/5 do filme só em cenas não lá muito agregadoras para nos 25 minutos finais entupir de acontecimentos. Isso é estratégia barata pra dar uma sensação de que o filme é bom pois "compensa pelo final". E funciona, hue. O fim é realmente assustador, galera sul-coreana sabe inovar dentro dos clichês, até pausei pra respirar em uma cena do final de tão tensa que era. O problema, como eu disse é chegar até esse final. Se tivesse uma evolução mais equilibrada, teria sido sensacional.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraEu assistindo o filme: Bem bom, que animação bonita, história divertida, mas não consigo ver o que todo mundo se emociona nesse...
Miguel canta Remember me: Re...
Também eu mas em prantos: Ai caralho
Slender Man: Pesadelo Sem Rosto
1.5 469 Assista AgoraPodia ter morrido sem assistir esse filme
Humano - Uma Viagem pela Vida
4.7 326 Assista Agora"Um dos momentos mais mágicos que obtive com meu avô foi em seguida quando minha avó faleceu.
Eu fui visitá-lo, eu sabia que ele estava sofrendo, mas eu não sabia em que estado ele estaria, ela era sua parceira por 65 anos e ainda fazia todas as jornadas de carro.
-Vô, como vão as coisas?
-Você sabia que com apenas quatro dólares eu consigo transporte para qualquer parte da cidade?
-Nossa, isso é muito bom, vô
-Bom, eu fui até um mercadinho, fui até uma moça no balcão e disse: eu tenho essa lista de coisas, você poderia me ajudar a encontrá-las? Minha mulher recentemente mudou-se para o céu.
-Vô, cara, você sempre me ajuda a ver o copo como meio cheio
Ele se afastou um pouco, me olhou nos olhos e disse;
-É um lindo copo"
Cinema Paradiso
4.5 1,4K Assista AgoraDurante muito tempo eu pensei em escrever alguma coisa sobre como o cinema afeta as nossas vidas, de forma positiva ou negativa, mas eu percebi que, no final das contas, eu queria escrever sobre Cinema Paradiso. Devo encher o saco com esse filme, falo dele pra todo ser feito de matéria orgânica que aparece ao meu lado, mas faço isso pois essa desgraça merece o todo o prestígio do mundo. Desde que me conheço por gente, eu juntava moedinhas para alugar filmes na locadora. Assistia absolutamente qualquer coisa que colocassem no vídeo cassete, amava desenhos (e ainda amo), morria de medo de filmes de terror, entrando em pânico na hora de dormir (ironicamente hoje é meu gênero preferido),via novela com meus pais, assisti todos os senhor anéis por conta da minha irmã e me apaixonei pela fantasia, assim como também assisti todos os filmes da Lindsay Lohan por conta dela. Juntava os amigos em casa para assistir anime e baixava episódios de Naruto usando minha internet discada (demorava mais ou menos um dia por episódio). Aprendi que cinema não era só helicópteros explodindo quando assisti "2001: Uma odisseia no espaço" pela primeira vez. O impacto foi tão grande que demorei um bom tempo para restabelecer minha sanidade depois dessa surreal obra do Kubrick. Depois dessas várias histórias, de vários gêneros e formatos, finalmente, consegui entender o que todas elas representavam para minha história assistindo "Cinema Paradiso". Possa ser talvez a mais bela homenagem que o cinema possa fazer para ele próprio. Não é necessário ter um certificado de pseudo-cult-cinéfilo para entender do que o filme se trata. Trata-se apenas da forma que nos relacionamos com mundos ficcionais que não são os nossos, da capacidade desses mundos em projetarem sentimentos e sensações que não vivemos fisicamente. Momentos de amor e ódio que nos fazem chorar por dias, plot twist e cliffhangers que nos deixam à beira da loucura, quase que pulando do sofá e destruindo a televisão, encontros e beijos em uma sala escura com cheiro de pipoca, manteiga e tecido velho. Mais ainda, nos fazem acreditar em futuros perfeitos ou imperfeitos, levantando ou não nosso senso crítico para tudo aquilo que ocorre ao nosso redor. Tatuamos em nossos corpos frases, imagens, rostos e cenas que representam momentos icônicos de nossas vidas, proporcionados por uma peça de arte, para que outros vejam o quão aquilo é importante para nós, mesmo sabendo que aquele momento, aquele singular segundo que dividiu nossas vidas em "antes e depois", nunca mais vai voltar. Cinema Paradiso deixa aquele gosto amargo e doloroso de nostalgia amarrado no céu da boca, diz com todas as letras que tudo aquilo que você perdeu, seja isso familiares, amigos, amores, lugares e momentos, nunca mais será revivido ou revisitado. As coisas fluem, andam em um ritmo não acelerado mas que para nós parecem estar em alta velocidade. Coisas devem ser abandonadas para nunca mais serem revistas ou abraçadas, como diz uma frase do filme: a vida não é como nos filmes, a vida é muito mais difícil. Cinema Paradiso tem uma terrível verossimilhança com a realidade, de dizer para o pobre ser que está assistindo que a vida não é feita de amores perdidos e encontrados e de finais felizes, quase sempre o contrário de tudo isso. A vida é uma questão de perdas e ganhos numa lógica de "cada ganho é uma perda, cada perda é um ganho", o que nem sempre faz sentido e nem deve fazer, de decisões difíceis a serem tomadas, mas que por mais que todas estas sejam horríveis, nós ainda precisaremos escolher alguma coisa. Mas nem por isso perdem o significado. Cada um desses elementos nos moldaram como indivíduos, muito mais do que um mero assunto a ser puxado com uma pessoa desconhecida. Fizeram de nós quem somos hoje, nas mesmas dores e amores. E é basicamente isso que torna Cinema Paradiso tão belo, tão triste e alegre. A vida não é como nos filmes, é horrorosamente mais difícil que qualquer história de ficção, mas não deixa de ser a nossa vida, as nossas escolhas e a nossa história, e algumas vezes esquecemos que ela tem aquele formato de um ciclo que nos leva ao próprio início e ao próprio fim no mesmo caminho que tomamos. E por fim, ahh, o fim... é olhar para trás e tentar reviver esses momentos, sem a mesma exatidão ou intensidade, borrados pelo tempo, mas de forma a pensar que somos constituídos de tudo aquilo que fizemos, de todas as histórias que vimos e assistimos, caminhos que confluem e divergem para nunca mais se encontrarem. Na primeira vez que eu assisti chorei horrores, sem a menor vergonha, tão marcante que pensei mil vezes antes de assistir uma segunda vez, no receio de estragar o momento quase que antropológico causado por essa obra de arte. Mas a dor quase masoquista de Cinema Paradis nos faz lembrar da doce contradição da nostalgia, que a saudade, além de perda, significa amor. No fim, somos apenas histórias que se interligam em outras histórias contadas em outras histórias, que chegam e partem numa regência que somos meramente reféns, exatamente como no fim de "Cinema Paradiso", que nos leva ao ecstasy da vida de tempos passados e queridos que já partiram, ao som de uma trilha sonora mais do que genial de Ennio Morricone. Com o título de "o final mais belo que já vi em toda minha vida", posso dizer que linha entre a realidade e a ficção nunca foi tão lindamente tênue.
Consequência Mortal
3.0 187Nem tão bom. Nem tão ruim.
Morte em Buenos Aires
2.9 50Não é nesse nível de ruim que tão dizendo, vai
Jogador Nº 1
3.9 1,4K Assista AgoraBem bom
Miss Violence
3.9 1,0K Assista AgoraNão sei nem o que dizer sobre esse filme. Um choque atrás do outro
A Barraca do Beijo
2.9 928 Assista Agora(Não aguentei e a problematização ganhou)
Alguns pontos sobre esse filme:
A relação escrotamente abusiva entre Lee e Elle. O cara realmente ficou feliz de ter impedido um relacionamento entre o irmão e a melhor amiga e fala "ah, foi o melhor né?". Esse Lee inclusive afirma que "eu achei que tinha algo que ele não poderia ter. Você", então ele basicamente tá falando que o melhor da amizade deles é que o irmão não tem ela, como se ela fosse um labrador que prefere levar a bolinha pra um e não pra outro. No final muda de opinião bem naquelas, né. Amigo escroto do caralho;
Outro ponto é a porra da objetificação feminina vendida como algo bacana, várias e várias e várias cenas a galera olha, dá tapa na bunda, grita, TIRA FOTO SEM PERMISSÃO e a protagonista fica tpo "nossa, estou linda, esse verão me fez muito bem, até ando com as populares agora";
E falando em foto, tem um personagem só pra tirar foto sem permissão de galera seminua e em momentos íntimos pra no final ficar tudo bem pq ele fez umas edições e colou todas as fotos em cartazes gigantes pra toda escola ver. É tipo "QUE?!?!?";
O Noah aparece do nada pra salvar a Elle de absolutamente tudo, como se a todo momento ela precisasse ser salva, protegida... e ainda, no começo ele parecia ser um personagem meramente inteligente mas depois parece um jumento bombado heterotop que precisa ser controlado pela namorada pra não brigar;
A forma que eles colocaram a homossexualidade, até consigo imaginar numa reunião de produção meio "ah, coloca esses moleque se olhando, hoje em dia tá na moda casal gay, vai agradar a galera, mas não coloca beijo, polêmico demais". Foi tosco e ficou parecendo coisa pra fingir que teve;
Galerinha rica super cool que vai nas festinhas em hollywood, estuda num colégio caro e mora em mansões, que vida tensa;
Isso que eu não entrei nas falhas de roteiro e edição. Filme é fluido, desce fácil no começo, mas desanda demais no restante. Juro que tentei ter empatia, mas não dá pra defender um filme desses, não.