Eu sempre me pergunto por quê nunca fizeram um filme com a biografia de Walt Disney... Neste filme é possível ter um pouquinho dela. Resultado: Uma história rica, comovente e surpreendente. Tom Hanks fez uma excelente interpretação incorporando Walt Disney, parecido fisionomicamente, no jeito de falar e no gestual. Emma Thompson também está perfeita no papel da escritora Pamela Lyndon Travers que levou 26 anos para ser convencida por Disney a ceder os direitos para a filmagem de um dos mais belos e inesquecíveis clássicos do cinema, estrelado por Julie Andrews e Dick Van Dyke. Prepare-se para se emocionar muito, principalmente se já é fã do clássico musical infantil. Altamente recomendável, porém, se ainda não assistiu "Mary Poppins" assista-o primeiro e só depois veja "Walt nos Bastidores de Mary Poppins" (Saving Mr. Banks), para aproveitar cada minuto deste filme primoroso.
Gostei bastante deste filme. Roteiro, efeitos especiais e a caracterização dos personagens. Não é, entretanto, um filme para se levar a sério, principalmente sob o ponto de vista mitológico. Ao contrário do que é mostrado no filme, Teseu não é filho de Zeus, mas sim de Egeu, rei de Atenas (Grécia). Há uma citação que sua mãe (de Teseu) teria "dormido" também com Poseidon, mas nunca com o deus supremo do Olimpo, Zeus, que seria citado como "pai" de Héracles, conhecido por seu nome de semi-deus, Hércules. A confusão é compreensível, uma vez que a captura do touro de Creta, o sétimo trabalho de Hércules (de uma lista de doze) se confunde com o mito do MINOTAURO. Na clássica história (mitológica) é Teseu quem entra no labirinto com a finalidade de matar o monstro, meio homem e meio touro, ajudado por Ariadne, filha do rei Minos. Atenas havia perdido uma guerra contra Creta, e Minos teria imposto uma taxa anual: sete rapazes e sete moças atenienses que eram lançados ao labirinto, de onde nunca ninguém sairia vivo, ao contrário, eram devorados pelo Minotauro. Ariadne, filha do rei de Creta, se apaixona por Teseu e o ajuda, dando a ele um novelo de lã para que servisse de guia em seu retorno do labirinto. Neste filme tudo isso é diferente, mas muito criativo. Na visão do roteirista, dos produtores e do diretor do filme, os deuses do Olimpo são mais "humanizados", assim como também são os Titãs, talvez para deixar ainda mais poderoso o antagonista da história, o malvado (muito malvado, aliás) Rei Hyperion (não existe na mitologia grega) e aumentar a importância da luta final entre ele e o herói, Teseu. O arco de Épiro também é uma invenção, não faz parte da mitologia grega, mas tem um efeito bastante interessante nesse filme. Épiro é o nome de uma das 13 periferias da Grécia, localizada no sudoeste da península dos Balcãs. Enfim, quase nada, exceto os nomes dos personagens, tem a ver com mitologia grega, mas é bem divertido de se assistir. Recomendo.
Se está procurando um bom filme, mas quer fugir das grandes produções norte-americanas, esta é uma boa opção. Um drama (baseado em história real) muito bem tramado, com uma história muito interessante. Qualidades técnicas e artísticas de primeira grandeza. A história se passa em 1899 (e não 1889, como está escrito na sinopse), durante a "Yihetuan", conhecida no Ocidente como a Revolta dos Boxers, um levante popular na China, na virada dos séculos XIX e XX, contra o imperialismo estrangeiro e o cristianismo, entre 1898 e 1901. O drama é narrado e vivido pelo terceiro herdeiro na linha de sucessão de um poderoso banqueiro que, a qualquer custo, quer deixar seu legado na linhagem de sangue da família. A trama envolve, ainda, a disputa entre pai e filho pelo amor de uma mulher. O filme já foi exibido na TV (aberta, inclusive) e também está disponível em DVD. Vale muito a pena assistir! Recomendo.
Não sou de falar mal sobre qualquer filme, mesmo porque não seria capaz de fazer nem 0,01% melhor que qualquer filme que eu tenha detestado. Este filme causou "sensação" no Festival de Cannes no ano de seu lançamento e a crítica especializada fez grandes elogios sobre ele... Por isso, vi o filme... mas (pessoalmente) não gostei. Talvez eu seja o único que não gostou (será?). Reconheço que a técnica é impressionante e abriu novas fronteiras para a animação, mas até aí... isso outros filmes (e animações) também fizeram, como por exemplo "Transformers", cheio de técnica e... só. Não sei por que, mas tive a sensação de estar vendo uma versão animada de "Corra Lola, Corra"... (eu sei que uma coisa não tem nada a ver com a outra). Como a própria "mensagem de marketing" do filme diz, está bem longe de ser Walt Disney ou animes japoneses ("a far cry from either Walt Disney or Japanese anime")... É no mínimo controverso, ou seja, uns amam, outros odeiam e há aqueles que "vão no embalo" da maioria (e elogiam porque é cult). Quem ainda não viu, tem que ver pra tirar suas próprias conclusões.
Quem gosta de comédia, e ainda não viu essa, precisa ver! Tudo que uma comédia tem que ser e ter! Engraçada, bem tramada, com atuações excelentes, situações surpreendentes que arrancam risadas da gente, com certeza. Pra assistir a qualquer hora! Esse é o tipo de filme que levanta o astral e recupera nosso bom humor. Nem é preciso dizer nada sobre Nick Nolte, Martin Short e James Earl Jones. Estão ótimos como sempre... Mas, a respeito da atriz que fez a garotinha "Meg", encontrei algumas informações (existem pouquíssimas referências sobre ela na internet)... Sarah Rowland Doroff, nascida em 1983, tinha apenas 6 anos quando interpretou "Meg" no filme. Participou em 1990 de 1 episódio no seriado "Law and Order" e de 1 episódio na série H.E.L.P. (ambos para TV) e nunca mais atuou em filmes. Segundo o relato de um amigo, ela perdeu a mãe quando tinha 12 anos (1995) e seu irmão, por overdose acidental de medicamentos em 2001, quando tinha 18 anos. Depois disso ela optou por abandonar o showbiz. Hoje ela vive na cidade de Brookings, em Dakota do Sul (EUA) e trabalha para uma empresa do ramo de confecções infantis chamada Planet Kidz...
O Cinema é mesmo mágico!!! É impressionante como a gente é pego de surpresa! Quando achamos que vimos ou ouvimos falar de tudo que já foi feito no cinema, de repente a gente descobre que ainda tem milhões de coisas a serem vistas pela primeira vez! Este é um exemplo. Nunca tinha nem ouvido falar desse filme e, assistindo à TV (Telecine CULT) tive a sorte de poder ver essa comédia espetacular! Engraçada, emocionante, genial. Quando tiver a oportunidade de ver, não perca! Excelente!
Eleito pelo "American Film Institute" como a Melhor Comédia de todos os tempos (n° 1 na lista das 100 melhores Comédias, divulgada no ano 2000 pela AFI), "Quanto Mais Quente Melhor" é um filme bem divertido. Em 5 de agosto deste ano (2012) serão completos 50 anos da morte de Marilyn Monroe, considerada pela maioria, o maior símbolo sexual feminino do cinema... Talvez, por isso, seja possível assitir a alguns de seus maiores sucessos na TV ("O Pecado Mora ao Lado", "Os Homens Preferem as Loiras", "Como Agarrar Um Milionário", "Nunca Fui Santa" e, claro, "Quanto Mais Quente Melhor"). Oportunidades que não devem ser perdidas, principalmente para quem não viu qualquer um desse filmes. Algumas curiosidades (algumas tão engraçadas quanto o filme) sobre "Quanto Mais Quente Melhor": - Marilyn Monroe queria que o filme fosse em cores, já que o seu contrato deixava claro que todos os filmes dela deveriam ser em cores, mas foi convencida pelo diretor Billy Wilder sob a alegação de que a maquiagem usada por Jack Lemmon e Tony Curtis deixava a pele deles com tons esverdeados... - Foram necesárias 47 tomadas para que Marilyn acertasse a frase "It's me, Sugar"! O diretor, então, escreveu a fala em um quadro negro para que a atriz não se confundisse mais... Depois disso só foi preciso gravar mais 17 vezes para a cena ficar pronta... - Foram outras tantas tomadas para gravar Marilyn dizendo: "Onde está o Bourbon"... Ela dizia: "Onde está o Whisky?", "Onde está a garrafa?", "Onde está o Bonbon", e nada dela acertar... Wylder então teve a brilhante idéia de colocar um papel escrito (com a fala correta) dentro de uma gaveta para ser lido quando ela a abrisse... Teria funcionado se Marilyn não se confundisse com as gavetas... O diretor então escreveu um bilhete para cada gaveta que a "Vênus Platinada" fosse abrir. Deu certo! A cena ficou pronta em 59 tomadas! - De tanto beijar Marilyn numa das cenas, o ator Tony Curtis teria dito, depois das filmagens, que beijar Marylin (tantas vezes) era como beijar Adolf Hitler, em pessoa! Um filme imperdível! Vale a pena, mesmo sendo em preto-e-branco.
Para os fãs de "Faroeste" e que ainda não viram "Meu Ódio Será Sua Herança" mais uma informação importante sobre este filme: Foi eleito o 6° melhor "Western" de todos os tempos, pela "American Film Instiute", em 2008 na AFI's 10 TOP 10. Os Top 10 são: 1°) The Searchers (Rastros de Ódio) 1956. 2°) High Noon (Matar ou Morrer) 1952 3°) Shane (Os Brutos Também Amam) 1953 4°) Unforgiven (Os Imperdoáveis) 1992 5°) Red River (Rio Vermelho) 1948 6°) The Wild Bunch (Meu Ódio Será Sua Herança) 1969 7°) Butch Cassidy and the Sundance Kid (mesmo nome) 1969 8°) McCabe & Mrs. Miller (no cinema e na TV recebeu o nome: "Quando os Homens São Homens" e em DVD foi re-batizado "Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes") 1971 9°) Stagecoach (No Tempo das Diligências) 1939 10°) Cat Ballou (Dívida de Sangue) 1965
Trata-se de uma lista séria e criteriosa, baseada, entre outras coisas, em críticas e recomendações (indicações) positivas feitas por profissionais na imprensa, TV e mídia digital, além da popularidade ao longo do tempo, medida em bilheteria (cinema), venda e/ou aluguel de Home-vídeo (VHS, DVD, Blu-Ray, etc.), transmissões em TV (audiência). Foi apresentada em cerimônia (Especial) transmitida pela Rede de TV CBS em 17 de Junho de 2008. Ter sido produzido ou financiado nos EUA era uma das exigências (critérios) para composição da lista. Talvez por isso não apareçam filmes famosos como "Era Uma Vez no Oeste", "Três Homens Em Conflito", "Por Um Punhado de Dólares" ou "Por Uns Dólares A Mais", todos produzidos na Itália... *Site oficial:
Bom demais! Para a maioria dos críticos de cinema este é um dos mais controversos, ou seja, para muitos é um dos melhores e para outros é um dos piores. Quem gosta, gosta muito. Quem não gosta, odeia mesmo! Não há meios termos. O filme, apesar do estrondoso sucesso em seu lançamento, foi alvo de pesadas críticas de verdadeiros “gigantes” de Hollywood, como as do ator John Wayne (talvez, o maior ícone no gênero “Western”), afirmando que “Meu Ódio Será Sua Herança” destruiu o mito do “Velho Oeste”. Textualmente ele disse: “Para mim, “Meu Ódio Sera Sua Herança” (1969) é de mau gosto. Teria sido um bom filme sem todo aquele sangue falso. Foi longe demais nas cenas de sangue jorrando, dentes voando, e quando usam fígados (vísceras bovinas, de verdade) para parecer vísceras de pessoas. Eles parecem esquecer o princípio básico do nosso negócio: “ilusão”. Nós estamos no negócio de “magia”. Todos os nossos contos de fadas têm algum tipo de violência - o bom cavaleiro montado para matar o dragão, etc. Por que temos que mostrar o cavaleiro espalhando as entranhas da serpente por toda a montanha de doces? Eu li em algum lugar que eu costumava fazer Filmes B. Diabos! Eles eram muito mais abaixo no alfabeto do que isso... mas não tão para baixo como R ou X. Mas parece-me que quando a nossa indústria faz algo tão vulgar e barato, nós começamos a perder nossos clientes regulares. A única tristeza em meu coração nesse nosso negócio é que estamos deixando as ilusões de lado. Afinal, é muito difícil levar sua filha para ver Garganta Profunda (1972)”. (... John Wayne, ator. EUA, 1907-1979). O fato é que o filme quebrou os padrões dos antigos “faroestes”, com mocinho e bandido, com o herói que salva a donzela em perigo ou o povoado que sofre nas mãos de exploradores... Nesse é o “mau contra o mau”... Bandidos contra bandidos. Para os dias de hoje, toda a violência “realista”, que tornou famoso o diretor Sam Peckinpah, chega a ser “refresco”, mas para a época era uma coisa polêmica. Em 2007, o “American Film Institute” colocou-o na lista dos 100 melhores filmes de todos os tempos.
Que lembrança boa! Havia me esquecido desse filme! É ótimo! É bem leve, como uma boa comédia deve ser. É como um refrigerante numa tarde bem quente de verão. Nick Nolte e Katharine Hepburn, juntos, é muito bom de se ver.
Pra mim, esse é o mais divertido, criativo, cativante e interessante filme sobre piratas do cinema. Personagens sensacionais e atores espetaculares! História fantástica! Humor, ação e aventura na medida certa! Efeitos especiais excelentes e uma trilha sonora primorosa e inesquecível (de Hans Zimmer). Fiquei fã de Jack Sparrow (Ops! Faltou um Capitão nessa frase! É Capitão Jack Sparrow! rsrsrsrs), Capitão Barbossa, Sr. Gibbs, e a dupla Pintel e Ragetti... além do macaco Jack, claro! Não estou me referindo aos atores, mas, sim, aos personagens. Acho que conseguiram criar figuras tão icônicas quanto Robin Hood, Zorro, Sherlock Holmes, e tantos outros (e cada um tem seus preferidos, heróis ou vilões), como há muito tempo não se fazia. Só pra se ter uma idéia, Zorro tem 93 anos (1919); Batman tem 80 anos (1932); Sherlock Holmes tem 125 anos (1887); Bond, James Bond tem 59 anos (1953); Robin Hood tem 635 anos (1377)... Os sensacionais e atualmente "badaladíssimos" Vingadores (Avengers) são mais "jovens" (rsrsrsrs): Homem de Ferro tem só 49 anos (1963), Thor tem 50 (1962), o Incrível Hulk também é cinquentão (1962), Capitão América tem 71 (1941); Viúva Negra e o Gavião Arqueiro têm a mesma idade, só 48 (1964). *E não me venha com essa de que este ou aquele não tem nada a ver porque é dos quadrinhos, é de um livro, foi criado para TV ou qualquer coisa do tipo. "Os Piratas do Caribe" foram isnpirados em brinquedos (de uma atração temática dos Parsques da Disney), e daí? Todos foram levados ao cinema, e é de cinema que estamos todos aqui para tratar, ou não? Nada a acrescentar sobre o elenco (todos perfeitos, convincentes e competentes, cada um no seu papel), irretocável! Um dos motivos que me leva ao cinema é: Diversão. E este é diversão garantida! Nota 10.
Cada coisa em seu lugar! Este site chama-se FILMOW! Para leitores deveriam criar um LIVROW! Dizer que um filme é bom ou ruim porque leu o livro e tentar fazer uma comparação, não é, na minha opinião, uma prática muito inteligente e, menos ainda elegante. Les Miserables é um Best Seller, de sucesso mundial, escrito em 1862 por Victor Hugo (França - 1802/1885). Desde 1907 ele já foi adaptado para o Cinema e para a Televisão 47 vezes. A 48ª adaptação está prevista para acontecer em Dezembro deste ano, com a direção de Tom Hooper, com Hugh Jackman (Jean Valjean), Amanda Seyfried (Cosette), Russel Crowe (Javert), Taylor Swift (Eponine), Helena Bonham Carter (Madame Thénardier), Anne Hathaway (Fantine), Eddie Redmayne (Marius) e Sacha Baron Cohen (Monsieur Thenardier ). No Teatro, se tornou um musical de sucesso internacional, em pelo menos 6 produções diferentes, sendo a mais famosa em 1980 com direção de Robert Hossein. Comentar um filme depois de ler um livro me parece óbvio demais. Como se avalia então um Musical como "Les Miserables" exigindo que ele seja fiel à obra literária? Como se avalia "Carmem", uma das mais famosas Óperas de Georges Bizet (1838/1875), baseada no livro de Prosper Merimée, (1803/1870)? Tenho percebido (em comentários de vários filmes) que muitos deixam de apreciar uma obra, da chamada 7ª arte que é o Cinema porque experimentaram outra arte que é a Literatura. Não pretendo ofender ninguém com esse comentário, se ofendi peço desculpas.
Esse filme é muito bom, mas muito bom, mesmo! Baseado na vida do pianista David Helfgott. Mais uma atuação perfeita de Geoffrey Rush! Tanto que rendeu a ele um prêmio Oscar e um Globo de Ouro, de Melhor Ator. No filme, o próprio ator Geoffrey Rush tocou piano. "Rush" atingiu a perfeição como ator interpretando um pianista que busca a perfeição. Ele está mesmo "brilhante"! Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Armin Mueller-Stahl), Melhor Edição, Melhor Trilha Sonora/ Drama e Melhor Roteiro Original. Sensacional!
Peter Sellers mergulhava tão fundo em suas criações (personagens que ele próprio compunha) que, na sua esquizofrenia, já não sabia diferenciar sua própria personalidade das de suas personagens. Imagina a dificuldade de se interpretar o papel de "Peter Sellers" em um filme biográfico como esse! Geoffrey Rush não interpretou "Peter Sellers", ele "encarnou" o prórpio! Há momentos que não dá pra saber se é "Rush" ou se é "Sellers"! É impressionante! A nossa amiga Natasha (nos comentários abaixo) disse bem: "Ele interpretou Peter Sellers interpretando seus personagens"! Incrível! Nosso amigo Daniel Chigurh (comentários abaixo) descreveu perfeitamente: "...pena que é um filme de TV (produzido pela HBO), pois poderia muito bem render um Oscar de melhor ator ao Geoffrey Rush. Ele é tão convincente como Peter Sellers que dá até pra se confundir com quem é quem. Até a voz é a mesma, a aparência, os trejeitos, as interpretações dos personagens, tudo perfeito". Concordo plenamente! Eu já gostava de Geoffrey Rush. Depois de ver esse filme virei fã!
Peter Sellers é um dos meus atores favoritos. Nesse filme ele está "fantástico" mesmo! Talvez por isso tenham dado esse título no Brasil. A combinação Kubrick + Sellers só podia dar nisso. Não me lembro de nenhum filme ruim com Peter Sellers. Assisto tudo que posso dele, com ele, ou sobre ele, desde criancinha. Para fãs dele (como eu), recomendo também um filme estrelado pelo magnífico ator Geoffrey Rush interpretando "Peter Sellers" num filme biográfico, produzido pela HBO (difícil de encontrar) chamado "Vida e Morte de Peter Sellers". É simplesmente fenomenal a atuação de "Rush". Há momentos em que esquecemos que não é Peter Sellers, tanta é a semelhança. É uma verdadeira "encarnação". Impressionante! Assista Dr. Fantástico, é ótimo. Mas procure ver também "O Rato Que Ruge"(1959), "Lolita" (1962 - com direção de Stanley Kubrick, também), "A Pantera Cor de Rosa" (1963), "Um Convidado Bem Trapalhão" (1968), "Um Tiro no Escuro"(1964), "A Volta da Pantera Cor de Rosa" (1975), "A Vingança da Pantera Cor de Rosa"(1978) e sua melhor atuação em "Muito Além do Jardim"(1979). Peter Sellers descrevia a si mesmo como "...um barco vazio, à deriva, ocupado por seus personagens". Esquizofrênico, chegou a perder a própria identidade, assumindo as personalidades de seus personagens e criações de sua mente, de personagens que não chegaram a ser encenados em nenhum de seus filmes. Morreu aos 55 anos, amargurado e sozinho, depois de ser indicado como Melhor Ator em Cannes e no Oscar, pelo papel do jardineiro "Chance" em Muito Além do Jardim", e perder os dois. Sellers teve duas indicações ao Oscar em toda sua carreira, mas nunca ganhou. Fique de olho na programação da HBO (TV a Cabo). Quando tiver a chance de ver "Vida e Morte de Peter Sellers", não perca!
Foi uma pena esse filme ter concorrido ao Oscar em 1999. Se tivesse concorrido um ano antes, ou um ano depois, teria trazido a estatueta para o Brasil! Nesse ano "A Vida é Bela", com o "purgante" do Roberto Benigni, "papou" o Oscar de melhor filme em língua estrangeira. Além desse, ganhou como melhor ator e melhor trilha sonora original. Ainda teve outras 5 indicações: Melhor filme (principal), melhor diretor (o "purgante"... ops! Quis dizer Benigni), melhor roteiro original e melhor som. Além do "A Vida é Bela", concorreram com "Central do Brasil", na categoria de melhor filme estrangeiro: "Tango", "El Abuelo" (O Avô) e "Filhos do Paraíso" (lindíssimo filme iraniano). Agora me diga se não houve "pressão" da "politicagem" da Academia: Central do Brasil ganhou Urso de Ouro de Melhor Filme, Prêmio Especial do Júri, Urso de Prata na categoria de Melhor Atriz (Fernanda Montenegro) no Festival de Berlim em 1998; Globo de Ouro (EUA) em 1999 como Melhor Filme Estrangeiro; Venceu na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira no BAFTA 1999 (Reino Unido); Prêmio Sapo de Ouro no Camerimage 1998 (Polônia); Melhor Filme em Língua Estrangeira no Satellite Awards 1999 (EUA); Melhor Atriz (Fernanda Montenegro), Melhor Fotografia, Melhor Filme e Melhor Diretor no Troféu APCA 1999 (Brasil), mas não ganhou o Oscar! Nesse ano, o grande vencedor foi "Sheakespeare apaixonado" que ganhou 7 prêmios Oscar incluindo o de melhor filme (principal). E o de melhor diretor foi para Steven Spielberg, por "O Resgate do Soldado Ryan". Tendo perdido o Oscar de melhor filme (principal) para "Sheakespeare apaixonado", a Academia "resolveu" premiar "A Vida é Bela" com o "melhor filme estrangeiro". É o que eu acho (e não sou o único). Torci muito, mas infelizmente não deu, além disso, o "purgante" ganhou o Oscar de melhor Ator Principal, concorrendo com 4 grandes ídolos (meus e de muita gente) Nick Nolte, Tom Hanks, Ian McKelen e Edward Norton!!!! Como pode? Imagina o "asco" que peguei desse italiano "insosso"!! rsrsrsrs. Mas, justiça seja feita, "A Vida é Bela" também é um grande filme. Uma coincidência muito curiosa é que a mulher e o menino, nos dois filmes concorrentes (Central do Brasil e A Vida é Bela) tinham os mesmos nomes: Dora e Josué/Giosuè. Central do Brasil: 5 Estrelas e "meu" Oscar!
Kevin Costner, Robert De Niro, Sean Connery e Andy Garcia. Só a presença dos quatro já vale a pena. Nem precisava Brian De Palma ser tão brilhante para contar essa história! O que mais se pode querer num filme? OK! Indicação ao Oscar de melhor trilha sonora original de Enio Morricone. Oscar de melhor ator coadjuvante para Sean Connery. Indicado como melhor filme, melhor direção de arte, melhor figurino e melhor diretor. Para aceitar o papel de "Al Capone", Robert De Niro pediu que fosse escrita uma cena extra para o seu personagem e um tempo para que cumprisse seu compromisso na peça "Cuba e seu ursinho de pelúcia", na Broadway na qual fazia parte do elenco, além de ganhar 14 quilos de peso para poder interpretar Capone no filme. Na dúvida se De Niro faria ou não o papel, De Palma convidou Bob Hoskins (de "Uma Cilada para Roger Rabbit" (1988) - no papel do detetive Eddie Valiant, que lhe rendeu um Globo de Ouro como melhor ator). Quando foi confirmada a participação de De Niro no filme, De Palma enviou a Hoskins um cheque no valor de 20.000 libras (qualquer coisa próxima a 30.000 dólares) e um pedido de desculpas, por escrito. Bob Hoskins respondeu agradecendo com tom bem humorado: "Não tem nenhum outro filme que gostaria que eu fizesse?". Foram usados lugares reais e históricos (referentes à Al Capone e à máfia ítalo-americana, dos famosos "gângsters") de Chicago das décadas de 1920 e 1930. Excelente!
Este está além da minha capacidade de comentar as qualidades de um filme. Só posso dizer que é fenomenal! O que se pode dizer do único filme a ganhar 11 Oscar por 37 anos, só igualado em número por "Titanic" (1997) e "Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei" (2003), e ainda não foi superado? Foram 12 indicações, das quais só perdeu em uma categoria: Melhor Roteiro Adaptado. Os Oscar ganhos foram: Melhor Filme, Melhor Diretor (William Wyler), Direção de Arte a Cores, Ator Principal (Charlton Heston), Ator Coadjuvante (Hugh Griffith), Fotografia, Melhor Figurino a Cores, Efeitos Especiais, Montagem, Trilha Sonora e melhor Som. Este filme salvou a Metro Goldwin Mayer da falência. Esta foi a terceira vez que o romance (livro) de Lew Wallace foi adaptado para o cinema. A primeira em 1907 e a segunda em 1925. Na versão de 1925 a sequência da corrida de bigas tinha 60.960 metros de filme mas foi editada, e ficou com apenas 229 metros, consideradamente muito curta. Nesta sequência, um dublê e vários cavalos morreram durante as filmagens. Ela pode ser assistida aqui: http://www.youtube.com/watch?v=JdWEpQiYgZo. Em 1959, a sequência foi recriada "cena por cena", tornando-se a grande sensação do filme. A mesma foi "imitada" em "O Príncipe do Egito" (Animação - 1998) e durante a "Podrace" em "Star Wars - Episódio 1 - A Ameaça Fantasma" (1999). O diretor William Wyler participou da versão de 1925 como um dos assistentes do diretor, quando era ainda muito jovem. Sérgio Leone (diretor de "Era Uma Vez no Oeste", "Três homens em Conflito", "Por uns Dólares a Mais", "Por Um Punhado de Dólares"...) trabalhou como assistente-sênior de direção da segunda unidade. Burt Lancaster recusou o papel de "Judah Ben Hur", alegando que o roteiro era muito chato e depreciava o Cristianismo. Paul Newman recusou, dizendo não ter as pernas apropriadas para vestir uma túnica. Marlon Brando, Geoffrey Horne, Rocky Hudson também recusaram. Leslie Nielsen (esse mesmo! De "Corra que a polícia vem aí" e "Drácula - Morto, mas feliz") na época fazia papéis heróicos e galãs (como em "O Destino do Poseidon" onde era o "Capitão Harris"), também recusou. Kirk Douglas se interessou pelo papel, mas a MGM optou por Heston, pelo excelente desempenho em "Os Dez Mandamentos", na personagem de "Moisés", dois anos antes. No ano seguinte (1960) Kirk Douglas interpretou "Spartacus". Como já foi dito, Charlton Heston ganhou o Oscar de melhor ator principal pelo papel de Ben Hur. Essa "disputa" de papéis é bem interessante e merece destaque. O caso foi assim: O Diretor William Wyler queria que Charlton Heston fizesse o papel de "Messala" (antagonista de "Judah Ben Hur") e Kirk Douglas como Ben Hur. Os executivos da MGM queriam Heston no papel principal. Então Wyler ofereceu o papel de "Messala" a Kirk Douglas, mas ele não aceitou. A solução foi encontrar outro ator (Stephen Boyd) para fazer "Messala" e escalar Heston como principal (Judah Ben Hur). *Já pensou Kirk Douglas e Charlton Heston juntos em "Ben Hur"?! Por outro lado, talvez não tivéssemos Spartacus, no ano seguinte... As cenas das corridas de bigas foram filmadas na "Cinecittà", em Roma (Itália), com cinco câmeras, 78 cavalos, uma grua de 30 metros de altura e levou 94 dias para serem filmadas. Os cavalos brancos de Ben Hur foram importados da Iugoslávia em avião fretado e adaptado especialmente pra isso. Apesar de serem chamados de "Árabes", na verdade, os cavalos de Ben Hur são da raça "Andaluz". Todos os outros são da raça "Lippizan", comprados na Iugoslávia e Sicília. A Arena é praticamente uma réplica das construções de 1925 e foi destruída após as filmagens, por ordem do produtor Sam Zimbalist para evitar que fosse reutilizada em filmes italianos menores. Zimbalist morreu de infarto (supostamente por stress), no set de filmagens. Na cerimônia de entrega do Oscar, sua esposa aceitou o prêmio em nome dele. Durante o filme foram usados 300 cenários e mais de 100.000 trajes (figurino). 10.000 figurantes. 40 toneladas de areia das praias do mar mediterrâneo na pista da corrida de bigas. 450 quilos de cabelos humanos, doados por italianas, na confecção de perucas. 500 toneladas de gesso nos cenários e 40.000 metros cúbicos de madeira. Esses são só alguns do "números" impressionantes da produção mais cara do cinema até então. Foram gastos o equivalente atual de USD$ 118.000.000,00 (118 milhões de dólares) na produção. No final das filmagens havia 340.000 metros de filme! Depois de editado ele ficou com 5.800 metros de filme. O terceiro maior longa metragem da história (em duração: 213 minutos), perdendo somente para "...E o Vento Levou" e "Os Dez Mandamentos". Em 1993 estava disponível em VHS. Em 2001 o filme foi remasterizado e colocado no mercado em home vídeo no formato de DVD. Em 2005 um relançamento em DVD contendo extras, incluindo sequências da produção de 1925. Em 2011, comemorando o 50° aniversário de lançamento, foi lançado em Blu-Ray Disc. Ainda não se tem notícia sobre a possibilidade da MGM relançá-lo no cinema, no formato 3D.
Mesmo tendo nascido 11 anos após a primeira exibição deste filme nas telonas, tive o privilégio de assistir a esse clássico num cinema muito grande e confortável, como eram os cinemas de antigamente. Isso era meados dos anos 70 e ele voltou "em cartaz" (como se dizia, nem sei se ainda se usa essa expressão) na cidade onde moro (Mogi das Cruzes-SP). Eu devia ter uns 7 ou 8 anos de idade e, me lembro perfeitamente de ter ficado maravilhado com as cenas antológicas deste filme. As 10 pragas do Egito... O povo Hebreu deixando a cidade do Faraó... Moisés abrindo o Mar Vermelho... As bigas egípcias perseguindo o povo em marcha... O Criador talhando em fogo os Dez Mandamentos nas tábuas sagradas, com voz estrondosa como um trovão, enquanto o povo pervertido fazia um grande bezerro de ouro... Moisés enfurecido jogando ao chão as tábuas sagradas causando um enorme cataclismo, com o chão se abrindo e fogo brotando da terra... Vou acabar descrevendo todas as cenas! rsrsrsrsrsrs. Depois dessa experiência já vi o filme várias vezes e revivo todas as sensações que tive na infância. O filme é fantástico! Nenhum outro épico-religioso consegue superar esse, no máximo equiparar, mas nunca superar, na minha opinião. Atuações magistrais e inesquecíveis de Charlton Heston (Moisés), Yul Brynner (Faraó Ramsés). Hoje, aquele Cinema virou uma Igreja Evangélica e os Cines são chamados de "salas", muito mais apertadas e desconfortáveis, geralmente dentro de Shopping-Centeres. Moisés foi o primeiro personagem bíblico interpretado por Charlton Heston, que, aliás, só foi convidado porque o ator William Boyd recusou o papel... (Quem foi William Boyd?! Boa pergunta! Ele era um ator que conseguiu certa fama em filmes de cowboy B, ficando mais conhecido (?!) no papel de Hop-a-Long Cassidy). Charlton Heston, depois de interpretar Moisés - e por causa disso - foi convidado a ser o protagonista de outro mega sucesso, ganhador de 11 Oscar, "Ben Hur" (1959). Yul Brynner (ator russo, naturalizado norte-americano) chegou ao cinema em 1949 em "Port of New York"... Poucos anos depois, seu segundo filme já lhe rendeu um Oscar da Academia de Melhor Ator Principal em "O Rei e Eu" (1956). No mesmo ano iniciou as filmagens em "Os Dez Mandamentos", no papel de "Ramsés". Em 1957 "Os Dez Mandamentos foi indicado em sete categorias: melhor filme, melhor direção de arte (Cecil B. DeMille), melhor fotografia, melhor figurino, melhor edição, melhor som, e melhores efeitos visuais, sendo este último, o único Oscar ganho pelo filme. O mesmo diretor (Cecil B. DeMile) já havia contado a história de Moisés no Cinema, em 1923.
Li todos os comentários (todos muito legais e excelentes opiniões), mas não vi ninguém dizer que Spartacus é um personagem histórico, ou seja, ele realmente existiu. Até onde eu sei, este épico é quase tão biográfico quanto as narrativas históricas dos antigos autores romanos Apiano, Floro e Plutarco, contemporâneos de Espártaco (em latim "Spartacus") 120 a.C. - 70 a.C. Ele era um soldado de Roma, nascido na região da Trácia - conquistada e ocupada pelos romanos - (hoje a localizamos na região onde ficam a Bulgária, Romênia, Moldávia, nordeste da Grécia, Turquia européia e noroeste da Turquia asiática, leste da Sérvia e partes da Macedônia). Desertor, foi capturado e rebaixado à escravo. Por seu porte físico e grande força, foi comprado pelo "lanista" (contratador de gladiadores na antiga Roma) Lêntulo Batiato, dono de uma escola de gladiadores em Cápua, na Campânia (Itália). Devido aos maus tratos formou um grupo de aproximadamente 200 gladiadores cativos, como ele, e iniciou uma rebelião, armados apenas com os talheres usados em suas refeições. Somente 78 (segundo Plutarco) ou 30 (segundo Floro) conseguiram escapar. Espártaco conseguiu reunir aproximadamente 100 mil homens, principalmente escravos rebelados e formou seu exército, liderando a mais célebre revolta de escravos da história da Roma Antiga, que ficou conhecida como "A Terceira Guerra Servil", "Guerra dos Escravos" ou "Guerra dos Gladiadores". Plutarco o descreve assim: "Era um homem inteligente e culto, mais helênico do que bárbaro". Floro o descreve assim: "... mercenário da Trácia, admitido em nosso exército, soldado desertor, bandido promovido a gladiador por sua força". Tanto no livro do norte-americano Howard Fast, quanto no livro do ex-comunista húngaro Arthur Koestler, que serviram de referência ao filme, a figura de Spartacus é romantizada e idelizada, não representando sua verdadeira personalidade, mesmo porque não existem muitas referências históricas sobre o verdadeiro Espártaco. Pode ser um engano dizer que a produção é uma mera adaptação para o cinema, mesmo tendo sido o livro a base para o filme, quero dizer, os roteiristas, diretores e produtores (veja a lista dos nomes na sinopse), puderam lançar mão de outras referências para contar a mesma história. Varínia é personagem fictícia, assim como Antoninus (Tony Curtis) o melhor amigo de Spartacus (Kirk Douglas), no filme. A crucificação de mais de 6.000 escravos ao longo da via Ápia é histórica (real). Já a execução de Spartacus às portas de Roma é ficção. Na verdade ele (com aproximadamente 50 anos de idade) morreu em combate e seu corpo nunca foi encontrado, entre os milhares de corpos tombados na batalha final no ano 71 a.C. no território da atual Senerchia cidade da região da Campânia, quase ao Sul da Itália, às margens do rio Sele. No romance este momento de bravura heróica é narrada com os escravos sobreviventes se levantando, um a um, assumindo a identidade de Spartacus, que estava sendo procurado, vivo ou morto, no campo de batalha. Um dos momentos mais emocionantes do filme (acho que todo mundo concorda). Já na narrativa histórica dos autores romanos da época, Espártaco ao perceber que não teria chance de sobrepujar o enorme exército romano, após matar seu próprio cavalo, teria dito que se ganhasse poderia ter quantos cavalos quisesse, mas se perdesse não seria tentado a fugir da batalha. Logo em seguida se lançou sobre os soldados romanos, com sua "gladio" (espada romana da época) sendo destroçado e, misturado aos demais mortos, seu corpo não pôde ser identificado. No museu do Louvre (em Paris) existe uma estátua de Espártaco, esculpida em mármore, pelo artista francês Denis Foyatier, no ano de 1830. Não tenho certeza, mas talvez seja a única a homenagear um escravo. De qualquer maneira é uma honra que muitos reis e nobres não tiveram. Pra mim, o filme é simplesmente maravilhoso! Uma lição de honra, coragem, lealdade, heroismo, amizade e bravura. Kirk Douglas, Laurence Olivier, Peter Ustinov, John Gavin, Jean Simmons, Charles Laughton e Tony Curtis. Elenco espetacular! Recebeu 6 indicações ao Oscar e ganhou 4: Melhor ator coadjuvante (Peter Ustinov), melhor direção de arte colorida, melhor fotografia colorida e melhor figurino colorido. Indicado nas categorias de melhor edição e melhor trilha sonora de drama ou comédia. Minha avaliação: Uma constelação inteira, mas só se pode dar 5 estrelas.
Essa versão foi produzida exclusivamente para a televisão e lançada em Outubro de 1997 na TNT (Turner Network Televison) que pertence à Time Warner Company. A produção é tão sofisticada e de alta qualidade que muita gente pode pensar que foi feita para o cinema. Assisti a todas as versões do cinema, incluindo o Desenho da Disney e ainda sim, esta é minha preferida. Richard Harris (Frolo) dá um show (como sempre fez) e Salma Hayek é a Esmeralda mais linda que alguém já viu. Mandy Patinkin é o corcunda de Notre Dame mais impressionante e comovente de todos. Este filme é uma raridade que não se encontra em locadoras do Brasil (pelo menos não achei em nenhuma, nem nas maiores redes). Não se encontra em lojas para ser comprado, nem na internet, exceto no exterior, na amazon.com por exemplo, e o problema nisso é que não se tem dublagem em português ou mesmo legenda na nossa língua (procurei muito e não achei). Minha única saída foi encomendar uma cópia (legendada em português) de um colecionador. A história é comovente e fiel à obra de Victor Hugo. Não se pode comparar "O corcunda" de Victor Hugo com a adaptação dos estúdios Disney (também é sensacional), pois trata-se de uma adaptação, dirigida ao público infantil e que no final tem um final feliz, recheado de humor. O primeiro filme do Corcunda de Notre Dame foi feito em 1923, estrelado pelo inigualável Lon Chaney, ator que se imortalizou, na época do cinema mudo, fazendo papéis de personagens grotescos e monstruosos como: O Lobisomem, O Fantasma da Ópera, O monstro. Chaney chegou a inventar sua própria técnica de maquiagem para dar vida aos seus personagens e ficou conhecido na época como o "homem das mil faces". Uma curiosidade interessante é que os pais de Lon Chaney eram surdos-mudos o que deve tê-lo ajudado a ser um dos maiores astros do cinema-mudo. O Quasímodo de Chaney era assustador, com enormes olheiras escuras e dentes pontiagudos (até lembraria a imagem de um vampiro horrendo). Em 1940, estrelado pelo genial Charles Laughton no papel de Quasímodo, a lindíssima Maureen O'Hara como Esmeralda e o ator fenomenal Cedric Hardwicke como Frolo. Em 1956 foi a vez do espetacular Antony Quinn incorporar "Quasímodo" no cinema, com maestria, claro, e a Diva magnífica do cinema (a Mona Lisa da 20th. Century Fox - La Lollo) Gina Lolobrígida interpretar a linda cigana Esmeralda. Um clássico imperdível do cinema. Em uma outra produção para a TV, no ano de 1982, adivinha só quem fez o papel de Quasímodo (o corcunda)? Anthony Hopkins!!! Esmeralda foi interpretada por uma atriz com lindos olhos verdes (como Esmeralda deve ter) chamada Lesley-Anne Down. Quem souber onde encontrar "O Corcunda de Notre Dame" de 1997, por favor, dê-nos essa informação. Quem quiser uma cópia como a que consegui escreva para Rinaldo ou Angela no e-mail: [email protected].
Charles Chaplin é a melhor "coisa" que aconteceu no cinema, em todos os tempos... e "O Garoto" é o melhor de Chaplin! É preciso dizer mais alguma coisa?
De Niro e Pacino, no mesmo filme? É o máximo! Se colocassem os dois recitando "batatinha quando nasce" já seria bom! Vê-los em "Poderoso Chefão - parte 2" é o melhor que se pode querer ver no cinema! Já aconteceu com você de confundir os dois? Na hora de lembrar de um filme com um deles e você acabar trocando os nomes? Rsrssrsrsrs. Comigo acontecia direto! TIetagens à parte: Pacino e De Niro estiveram juntos em três filmes até agora: "Poderoso chefão - parte 2", onde eles não contracenaram juntos. Em "Fogo contra fogo", onde contracenaram em uma única cena. E em "As duas faces da lei" (2008), um suspense/policial bom de se ver pela atuação dos dois, mas meio fraco como filme.
Li o livro e vi o filme e posso dizer: Os dois são igualmente fantásticos! A história é tão boa que muita gente acha que Don Corleone é real! Outros confundem com Al Capone (esse sim era real) rsrsrsrsrsrs. Uma cena que não me sai da memória é a do restaurante, depois que Michael Corleone (Al Pacino) sai do banheiro, onde foi escondido um revólver... No cinema, a sequência é exatamente o que se imagina quando se lê o livro! Não foi à toa que levou o Oscar de melhor roteito adaptado. Foram 11 indicações, das quais venceu em 3 categorias: Melhor Filme, Melhor Roteito Adaptado e Melhor Ator (Marlon Brando). Marlon Brando engordou mais de 30 quilos para interpretar o papel de Don Vito Corleone e usava "bolotas" de algodão dentro da boca para exagerar ainda mais as bochecas. O curioso é que os Executivos da Paramount não queriam Brando de jeito nenhum no filme mas, por insistência de Coppola, aceitaram com as condições de que ele fizesse teste para o papel e baixasse o valor de seu cachê. Marlon Brando ganhou US$20.000.000 (vinte milhões de dólares) para "encarnar" Don Vito. Laurence Olivier chegou a ser consultado para o mesmo papel, mas seu agente apresentou uma recusa formal, dizendo que Sir Laurence estava doente e às portas da morte: - "Lorde Olivier não está trabalhando. Está muito doente. Ele vai morrer logo e não está interessado". Laurence Olivier morreu 18 anos depois disso! Marlon Brando ganhou seu segundo Oscar na carreira, mas desta vez não foi receber o prêmio. Ao invés disso, ele enviou um falsa indígena em seu lugar, para que lesse um manifesto repudiando a forma como os "peles vermelhas" eram tratados nos filmes de "cowboys" de Hollywood. O estúdio também não concordava com a escolha do então novato e desconhecido Al Pacino para o papel de Michael. Os executivos queriam Robert Redford ou Ryan O'Neal. Jack Nicholson, Dustin Hoffman, Warren Beatty, Martin Sheen e James Caan fizeram testes para o papel. Robert De Niro, também desconhecido na época, fez testes para os papéis de Michael, Sonny, Carlo e Paulie, mas só foi contratado no "Poderoso Chefão - parte 2", no papel de Don Vito na juventude. De Niro ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante pelo trabalho. Dá pra ver que "poderoso" mesmo é Francis Ford Coppola que, além de ser um gênio como diretor, provou ter um grande "faro" para o sucesso, escolhendo, sempre, o talento perfeito para cada personagem em seus filmes. É um Clássico.
Walt nos Bastidores de Mary Poppins
3.8 580 Assista AgoraEu sempre me pergunto por quê nunca fizeram um filme com a biografia de Walt Disney... Neste filme é possível ter um pouquinho dela. Resultado: Uma história rica, comovente e surpreendente. Tom Hanks fez uma excelente interpretação incorporando Walt Disney, parecido fisionomicamente, no jeito de falar e no gestual.
Emma Thompson também está perfeita no papel da escritora Pamela Lyndon Travers que levou 26 anos para ser convencida por Disney a ceder os direitos para a filmagem de um dos mais belos e inesquecíveis clássicos do cinema, estrelado por Julie Andrews e Dick Van Dyke.
Prepare-se para se emocionar muito, principalmente se já é fã do clássico musical infantil.
Altamente recomendável, porém, se ainda não assistiu "Mary Poppins" assista-o primeiro e só depois veja "Walt nos Bastidores de Mary Poppins" (Saving Mr. Banks), para aproveitar cada minuto deste filme primoroso.
Imortais
2.9 1,9K Assista AgoraGostei bastante deste filme. Roteiro, efeitos especiais e a caracterização dos personagens. Não é, entretanto, um filme para se levar a sério, principalmente sob o ponto de vista mitológico. Ao contrário do que é mostrado no filme, Teseu não é filho de Zeus, mas sim de Egeu, rei de Atenas (Grécia). Há uma citação que sua mãe (de Teseu) teria "dormido" também com Poseidon, mas nunca com o deus supremo do Olimpo, Zeus, que seria citado como "pai" de Héracles, conhecido por seu nome de semi-deus, Hércules. A confusão é compreensível, uma vez que a captura do touro de Creta, o sétimo trabalho de Hércules (de uma lista de doze) se confunde com o mito do MINOTAURO. Na clássica história (mitológica) é Teseu quem entra no labirinto com a finalidade de matar o monstro, meio homem e meio touro, ajudado por Ariadne, filha do rei Minos. Atenas havia perdido uma guerra contra Creta, e Minos teria imposto uma taxa anual: sete rapazes e sete moças atenienses que eram lançados ao labirinto, de onde nunca ninguém sairia vivo, ao contrário, eram devorados pelo Minotauro. Ariadne, filha do rei de Creta, se apaixona por Teseu e o ajuda, dando a ele um novelo de lã para que servisse de guia em seu retorno do labirinto.
Neste filme tudo isso é diferente, mas muito criativo.
Na visão do roteirista, dos produtores e do diretor do filme, os deuses do Olimpo são mais "humanizados", assim como também são os Titãs, talvez para deixar ainda mais poderoso o antagonista da história, o malvado (muito malvado, aliás) Rei Hyperion (não existe na mitologia grega) e aumentar a importância da luta final entre ele e o herói, Teseu.
O arco de Épiro também é uma invenção, não faz parte da mitologia grega, mas tem um efeito bastante interessante nesse filme. Épiro é o nome de uma das 13 periferias da Grécia, localizada no sudoeste da península dos Balcãs.
Enfim, quase nada, exceto os nomes dos personagens, tem a ver com mitologia grega, mas é bem divertido de se assistir. Recomendo.
Império de Prata
3.8 3Se está procurando um bom filme, mas quer fugir das grandes produções norte-americanas, esta é uma boa opção.
Um drama (baseado em história real) muito bem tramado, com uma história muito interessante. Qualidades técnicas e artísticas de primeira grandeza.
A história se passa em 1899 (e não 1889, como está escrito na sinopse), durante a "Yihetuan", conhecida no Ocidente como a Revolta dos Boxers, um levante popular na China, na virada dos séculos XIX e XX, contra o imperialismo estrangeiro e o cristianismo, entre 1898 e 1901. O drama é narrado e vivido pelo terceiro herdeiro na linha de sucessão de um poderoso banqueiro que, a qualquer custo, quer deixar seu legado na linhagem de sangue da família. A trama envolve, ainda, a disputa entre pai e filho pelo amor de uma mulher.
O filme já foi exibido na TV (aberta, inclusive) e também está disponível em DVD.
Vale muito a pena assistir!
Recomendo.
As Bicicletas de Belleville
4.2 340Não sou de falar mal sobre qualquer filme, mesmo porque não seria capaz de fazer nem 0,01% melhor que qualquer filme que eu tenha detestado.
Este filme causou "sensação" no Festival de Cannes no ano de seu lançamento e a crítica especializada fez grandes elogios sobre ele... Por isso, vi o filme... mas (pessoalmente) não gostei.
Talvez eu seja o único que não gostou (será?).
Reconheço que a técnica é impressionante e abriu novas fronteiras para a animação, mas até aí... isso outros filmes (e animações) também fizeram, como por exemplo "Transformers", cheio de técnica e... só.
Não sei por que, mas tive a sensação de estar vendo uma versão animada de "Corra Lola, Corra"... (eu sei que uma coisa não tem nada a ver com a outra).
Como a própria "mensagem de marketing" do filme diz, está bem longe de ser Walt Disney ou animes japoneses ("a far cry from either Walt Disney or Japanese anime")...
É no mínimo controverso, ou seja, uns amam, outros odeiam e há aqueles que "vão no embalo" da maioria (e elogiam porque é cult).
Quem ainda não viu, tem que ver pra tirar suas próprias conclusões.
Os Três Fugitivos
3.6 46Quem gosta de comédia, e ainda não viu essa, precisa ver!
Tudo que uma comédia tem que ser e ter!
Engraçada, bem tramada, com atuações excelentes, situações surpreendentes que arrancam risadas da gente, com certeza.
Pra assistir a qualquer hora!
Esse é o tipo de filme que levanta o astral e recupera nosso bom humor.
Nem é preciso dizer nada sobre Nick Nolte, Martin Short e James Earl Jones. Estão ótimos como sempre... Mas, a respeito da atriz que fez a garotinha "Meg", encontrei algumas informações (existem pouquíssimas referências sobre ela na internet)... Sarah Rowland Doroff, nascida em 1983, tinha apenas 6 anos quando interpretou "Meg" no filme. Participou em 1990 de 1 episódio no seriado "Law and Order" e de 1 episódio na série H.E.L.P. (ambos para TV) e nunca mais atuou em filmes. Segundo o relato de um amigo, ela perdeu a mãe quando tinha 12 anos (1995) e seu irmão, por overdose acidental de medicamentos em 2001, quando tinha 18 anos. Depois disso ela optou por abandonar o showbiz. Hoje ela vive na cidade de Brookings, em Dakota do Sul (EUA) e trabalha para uma empresa do ramo de confecções infantis chamada Planet Kidz...
Dama por Um Dia
3.7 35O Cinema é mesmo mágico!!!
É impressionante como a gente é pego de surpresa! Quando achamos que vimos ou ouvimos falar de tudo que já foi feito no cinema, de repente a gente descobre que ainda tem milhões de coisas a serem vistas pela primeira vez!
Este é um exemplo. Nunca tinha nem ouvido falar desse filme e, assistindo à TV (Telecine CULT) tive a sorte de poder ver essa comédia espetacular!
Engraçada, emocionante, genial.
Quando tiver a oportunidade de ver, não perca!
Excelente!
Quanto Mais Quente Melhor
4.3 853 Assista AgoraEleito pelo "American Film Institute" como a Melhor Comédia de todos os tempos (n° 1 na lista das 100 melhores Comédias, divulgada no ano 2000 pela AFI), "Quanto Mais Quente Melhor" é um filme bem divertido.
Em 5 de agosto deste ano (2012) serão completos 50 anos da morte de Marilyn Monroe, considerada pela maioria, o maior símbolo sexual feminino do cinema...
Talvez, por isso, seja possível assitir a alguns de seus maiores sucessos na TV ("O Pecado Mora ao Lado", "Os Homens Preferem as Loiras", "Como Agarrar Um Milionário", "Nunca Fui Santa" e, claro, "Quanto Mais Quente Melhor"). Oportunidades que não devem ser perdidas, principalmente para quem não viu qualquer um desse filmes.
Algumas curiosidades (algumas tão engraçadas quanto o filme) sobre "Quanto Mais Quente Melhor":
- Marilyn Monroe queria que o filme fosse em cores, já que o seu contrato deixava claro que todos os filmes dela deveriam ser em cores, mas foi convencida pelo diretor Billy Wilder sob a alegação de que a maquiagem usada por Jack Lemmon e Tony Curtis deixava a pele deles com tons esverdeados...
- Foram necesárias 47 tomadas para que Marilyn acertasse a frase "It's me, Sugar"! O diretor, então, escreveu a fala em um quadro negro para que a atriz não se confundisse mais... Depois disso só foi preciso gravar mais 17 vezes para a cena ficar pronta...
- Foram outras tantas tomadas para gravar Marilyn dizendo: "Onde está o Bourbon"... Ela dizia: "Onde está o Whisky?", "Onde está a garrafa?", "Onde está o Bonbon", e nada dela acertar... Wylder então teve a brilhante idéia de colocar um papel escrito (com a fala correta) dentro de uma gaveta para ser lido quando ela a abrisse... Teria funcionado se Marilyn não se confundisse com as gavetas... O diretor então escreveu um bilhete para cada gaveta que a "Vênus Platinada" fosse abrir. Deu certo! A cena ficou pronta em 59 tomadas!
- De tanto beijar Marilyn numa das cenas, o ator Tony Curtis teria dito, depois das filmagens, que beijar Marylin (tantas vezes) era como beijar Adolf Hitler, em pessoa!
Um filme imperdível! Vale a pena, mesmo sendo em preto-e-branco.
Meu Ódio Será Sua Herança
4.2 204 Assista AgoraPara os fãs de "Faroeste" e que ainda não viram "Meu Ódio Será Sua Herança" mais uma informação importante sobre este filme:
Foi eleito o 6° melhor "Western" de todos os tempos, pela "American Film Instiute", em 2008 na AFI's 10 TOP 10.
Os Top 10 são:
1°) The Searchers (Rastros de Ódio) 1956.
2°) High Noon (Matar ou Morrer) 1952
3°) Shane (Os Brutos Também Amam) 1953
4°) Unforgiven (Os Imperdoáveis) 1992
5°) Red River (Rio Vermelho) 1948
6°) The Wild Bunch (Meu Ódio Será Sua Herança) 1969
7°) Butch Cassidy and the Sundance Kid (mesmo nome) 1969
8°) McCabe & Mrs. Miller (no cinema e na TV recebeu o nome: "Quando os Homens São Homens" e em DVD foi re-batizado "Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes") 1971
9°) Stagecoach (No Tempo das Diligências) 1939
10°) Cat Ballou (Dívida de Sangue) 1965
Trata-se de uma lista séria e criteriosa, baseada, entre outras coisas, em críticas e recomendações (indicações) positivas feitas por profissionais na imprensa, TV e mídia digital, além da popularidade ao longo do tempo, medida em bilheteria (cinema), venda e/ou aluguel de Home-vídeo (VHS, DVD, Blu-Ray, etc.), transmissões em TV (audiência). Foi apresentada em cerimônia (Especial) transmitida pela Rede de TV CBS em 17 de Junho de 2008.
Ter sido produzido ou financiado nos EUA era uma das exigências (critérios) para composição da lista. Talvez por isso não apareçam filmes famosos como "Era Uma Vez no Oeste", "Três Homens Em Conflito", "Por Um Punhado de Dólares" ou "Por Uns Dólares A Mais", todos produzidos na Itália...
*Site oficial:
Meu Ódio Será Sua Herança
4.2 204 Assista AgoraBom demais!
Para a maioria dos críticos de cinema este é um dos mais controversos, ou seja, para muitos é um dos melhores e para outros é um dos piores. Quem gosta, gosta muito. Quem não gosta, odeia mesmo! Não há meios termos.
O filme, apesar do estrondoso sucesso em seu lançamento, foi alvo de pesadas críticas de verdadeiros “gigantes” de Hollywood, como as do ator John Wayne (talvez, o maior ícone no gênero “Western”), afirmando que “Meu Ódio Será Sua Herança” destruiu o mito do “Velho Oeste”. Textualmente ele disse: “Para mim, “Meu Ódio Sera Sua Herança” (1969) é de mau gosto. Teria sido um bom filme sem todo aquele sangue falso. Foi longe demais nas cenas de sangue jorrando, dentes voando, e quando usam fígados (vísceras bovinas, de verdade) para parecer vísceras de pessoas. Eles parecem esquecer o princípio básico do nosso negócio: “ilusão”. Nós estamos no negócio de “magia”. Todos os nossos contos de fadas têm algum tipo de violência - o bom cavaleiro montado para matar o dragão, etc. Por que temos que mostrar o cavaleiro espalhando as entranhas da serpente por toda a montanha de doces? Eu li em algum lugar que eu costumava fazer Filmes B. Diabos! Eles eram muito mais abaixo no alfabeto do que isso... mas não tão para baixo como R ou X. Mas parece-me que quando a nossa indústria faz algo tão vulgar e barato, nós começamos a perder nossos clientes regulares. A única tristeza em meu coração nesse nosso negócio é que estamos deixando as ilusões de lado. Afinal, é muito difícil levar sua filha para ver Garganta Profunda (1972)”. (... John Wayne, ator. EUA, 1907-1979).
O fato é que o filme quebrou os padrões dos antigos “faroestes”, com mocinho e bandido, com o herói que salva a donzela em perigo ou o povoado que sofre nas mãos de exploradores... Nesse é o “mau contra o mau”... Bandidos contra bandidos.
Para os dias de hoje, toda a violência “realista”, que tornou famoso o diretor Sam Peckinpah, chega a ser “refresco”, mas para a época era uma coisa polêmica.
Em 2007, o “American Film Institute” colocou-o na lista dos 100 melhores filmes de todos os tempos.
Um jogo de vida e morte
3.2 4Que lembrança boa!
Havia me esquecido desse filme! É ótimo! É bem leve, como uma boa comédia deve ser.
É como um refrigerante numa tarde bem quente de verão.
Nick Nolte e Katharine Hepburn, juntos, é muito bom de se ver.
Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra
4.1 1,1K Assista AgoraPra mim, esse é o mais divertido, criativo, cativante e interessante filme sobre piratas do cinema.
Personagens sensacionais e atores espetaculares! História fantástica! Humor, ação e aventura na medida certa! Efeitos especiais excelentes e uma trilha sonora primorosa e inesquecível (de Hans Zimmer).
Fiquei fã de Jack Sparrow (Ops! Faltou um Capitão nessa frase! É Capitão Jack Sparrow! rsrsrsrs), Capitão Barbossa, Sr. Gibbs, e a dupla Pintel e Ragetti... além do macaco Jack, claro! Não estou me referindo aos atores, mas, sim, aos personagens. Acho que conseguiram criar figuras tão icônicas quanto Robin Hood, Zorro, Sherlock Holmes, e tantos outros (e cada um tem seus preferidos, heróis ou vilões), como há muito tempo não se fazia. Só pra se ter uma idéia, Zorro tem 93 anos (1919); Batman tem 80 anos (1932); Sherlock Holmes tem 125 anos (1887); Bond, James Bond tem 59 anos (1953); Robin Hood tem 635 anos (1377)... Os sensacionais e atualmente "badaladíssimos" Vingadores (Avengers) são mais "jovens" (rsrsrsrs): Homem de Ferro tem só 49 anos (1963), Thor tem 50 (1962), o Incrível Hulk também é cinquentão (1962), Capitão América tem 71 (1941); Viúva Negra e o Gavião Arqueiro têm a mesma idade, só 48 (1964).
*E não me venha com essa de que este ou aquele não tem nada a ver porque é dos quadrinhos, é de um livro, foi criado para TV ou qualquer coisa do tipo. "Os Piratas do Caribe" foram isnpirados em brinquedos (de uma atração temática dos Parsques da Disney), e daí? Todos foram levados ao cinema, e é de cinema que estamos todos aqui para tratar, ou não?
Nada a acrescentar sobre o elenco (todos perfeitos, convincentes e competentes, cada um no seu papel), irretocável!
Um dos motivos que me leva ao cinema é: Diversão. E este é diversão garantida!
Nota 10.
Os Miseráveis
4.0 263 Assista AgoraCada coisa em seu lugar!
Este site chama-se FILMOW!
Para leitores deveriam criar um LIVROW!
Dizer que um filme é bom ou ruim porque leu o livro e tentar fazer uma comparação, não é, na minha opinião, uma prática muito inteligente e, menos ainda elegante.
Les Miserables é um Best Seller, de sucesso mundial, escrito em 1862 por Victor Hugo (França - 1802/1885).
Desde 1907 ele já foi adaptado para o Cinema e para a Televisão 47 vezes. A 48ª adaptação está prevista para acontecer em Dezembro deste ano, com a direção de Tom Hooper, com Hugh Jackman (Jean Valjean), Amanda Seyfried (Cosette), Russel Crowe (Javert), Taylor Swift (Eponine), Helena Bonham Carter (Madame Thénardier), Anne Hathaway (Fantine), Eddie Redmayne (Marius) e Sacha Baron Cohen (Monsieur Thenardier ).
No Teatro, se tornou um musical de sucesso internacional, em pelo menos 6 produções diferentes, sendo a mais famosa em 1980 com direção de Robert Hossein.
Comentar um filme depois de ler um livro me parece óbvio demais.
Como se avalia então um Musical como "Les Miserables" exigindo que ele seja fiel à obra literária?
Como se avalia "Carmem", uma das mais famosas Óperas de Georges Bizet (1838/1875), baseada no livro de Prosper Merimée, (1803/1870)?
Tenho percebido (em comentários de vários filmes) que muitos deixam de apreciar uma obra, da chamada 7ª arte que é o Cinema porque experimentaram outra arte que é a Literatura.
Não pretendo ofender ninguém com esse comentário, se ofendi peço desculpas.
Shine - Brilhante
4.0 144Esse filme é muito bom, mas muito bom, mesmo!
Baseado na vida do pianista David Helfgott.
Mais uma atuação perfeita de Geoffrey Rush! Tanto que rendeu a ele um prêmio Oscar e um Globo de Ouro, de Melhor Ator.
No filme, o próprio ator Geoffrey Rush tocou piano.
"Rush" atingiu a perfeição como ator interpretando um pianista que busca a perfeição. Ele está mesmo "brilhante"!
Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Armin Mueller-Stahl), Melhor Edição, Melhor Trilha Sonora/ Drama e Melhor Roteiro Original.
Sensacional!
A Vida e Morte de Peter Sellers
3.6 56Peter Sellers mergulhava tão fundo em suas criações (personagens que ele próprio compunha) que, na sua esquizofrenia, já não sabia diferenciar sua própria personalidade das de suas personagens.
Imagina a dificuldade de se interpretar o papel de "Peter Sellers" em um filme biográfico como esse!
Geoffrey Rush não interpretou "Peter Sellers", ele "encarnou" o prórpio!
Há momentos que não dá pra saber se é "Rush" ou se é "Sellers"!
É impressionante!
A nossa amiga Natasha (nos comentários abaixo) disse bem: "Ele interpretou Peter Sellers interpretando seus personagens"! Incrível!
Nosso amigo Daniel Chigurh (comentários abaixo) descreveu perfeitamente: "...pena que é um filme de TV (produzido pela HBO), pois poderia muito bem render um Oscar de melhor ator ao Geoffrey Rush.
Ele é tão convincente como Peter Sellers que dá até pra se confundir com quem é quem. Até a voz é a mesma, a aparência, os trejeitos, as interpretações dos personagens, tudo perfeito". Concordo plenamente!
Eu já gostava de Geoffrey Rush. Depois de ver esse filme virei fã!
Dr. Fantástico
4.2 665 Assista AgoraPeter Sellers é um dos meus atores favoritos. Nesse filme ele está "fantástico" mesmo! Talvez por isso tenham dado esse título no Brasil. A combinação Kubrick + Sellers só podia dar nisso.
Não me lembro de nenhum filme ruim com Peter Sellers. Assisto tudo que posso dele, com ele, ou sobre ele, desde criancinha.
Para fãs dele (como eu), recomendo também um filme estrelado pelo magnífico ator Geoffrey Rush interpretando "Peter Sellers" num filme biográfico, produzido pela HBO (difícil de encontrar) chamado "Vida e Morte de Peter Sellers". É simplesmente fenomenal a atuação de "Rush". Há momentos em que esquecemos que não é Peter Sellers, tanta é a semelhança. É uma verdadeira "encarnação". Impressionante!
Assista Dr. Fantástico, é ótimo. Mas procure ver também "O Rato Que Ruge"(1959), "Lolita" (1962 - com direção de Stanley Kubrick, também), "A Pantera Cor de Rosa" (1963), "Um Convidado Bem Trapalhão" (1968), "Um Tiro no Escuro"(1964), "A Volta da Pantera Cor de Rosa" (1975), "A Vingança da Pantera Cor de Rosa"(1978) e sua melhor atuação em "Muito Além do Jardim"(1979).
Peter Sellers descrevia a si mesmo como "...um barco vazio, à deriva, ocupado por seus personagens". Esquizofrênico, chegou a perder a própria identidade, assumindo as personalidades de seus personagens e criações de sua mente, de personagens que não chegaram a ser encenados em nenhum de seus filmes. Morreu aos 55 anos, amargurado e sozinho, depois de ser indicado como Melhor Ator em Cannes e no Oscar, pelo papel do jardineiro "Chance" em Muito Além do Jardim", e perder os dois.
Sellers teve duas indicações ao Oscar em toda sua carreira, mas nunca ganhou.
Fique de olho na programação da HBO (TV a Cabo). Quando tiver a chance de ver "Vida e Morte de Peter Sellers", não perca!
Central do Brasil
4.1 1,8K Assista AgoraFoi uma pena esse filme ter concorrido ao Oscar em 1999. Se tivesse concorrido um ano antes, ou um ano depois, teria trazido a estatueta para o Brasil!
Nesse ano "A Vida é Bela", com o "purgante" do Roberto Benigni, "papou" o Oscar de melhor filme em língua estrangeira. Além desse, ganhou como melhor ator e melhor trilha sonora original. Ainda teve outras 5 indicações: Melhor filme (principal), melhor diretor (o "purgante"... ops! Quis dizer Benigni), melhor roteiro original e melhor som.
Além do "A Vida é Bela", concorreram com "Central do Brasil", na categoria de melhor filme estrangeiro: "Tango", "El Abuelo" (O Avô) e "Filhos do Paraíso" (lindíssimo filme iraniano).
Agora me diga se não houve "pressão" da "politicagem" da Academia:
Central do Brasil ganhou Urso de Ouro de Melhor Filme, Prêmio Especial do Júri, Urso de Prata na categoria de Melhor Atriz (Fernanda Montenegro) no Festival de Berlim em 1998; Globo de Ouro (EUA) em 1999 como Melhor Filme Estrangeiro; Venceu na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira no BAFTA 1999 (Reino Unido); Prêmio Sapo de Ouro no Camerimage 1998 (Polônia); Melhor Filme em Língua Estrangeira no Satellite Awards 1999 (EUA); Melhor Atriz (Fernanda Montenegro), Melhor Fotografia, Melhor Filme e Melhor Diretor no Troféu APCA 1999 (Brasil), mas não ganhou o Oscar!
Nesse ano, o grande vencedor foi "Sheakespeare apaixonado" que ganhou 7 prêmios Oscar incluindo o de melhor filme (principal). E o de melhor diretor foi para Steven Spielberg, por "O Resgate do Soldado Ryan".
Tendo perdido o Oscar de melhor filme (principal) para "Sheakespeare apaixonado", a Academia "resolveu" premiar "A Vida é Bela" com o "melhor filme estrangeiro". É o que eu acho (e não sou o único).
Torci muito, mas infelizmente não deu, além disso, o "purgante" ganhou o Oscar de melhor Ator Principal, concorrendo com 4 grandes ídolos (meus e de muita gente) Nick Nolte, Tom Hanks, Ian McKelen e Edward Norton!!!! Como pode? Imagina o "asco" que peguei desse italiano "insosso"!! rsrsrsrs. Mas, justiça seja feita, "A Vida é Bela" também é um grande filme.
Uma coincidência muito curiosa é que a mulher e o menino, nos dois filmes concorrentes (Central do Brasil e A Vida é Bela) tinham os mesmos nomes: Dora e Josué/Giosuè.
Central do Brasil: 5 Estrelas e "meu" Oscar!
Os Intocáveis
4.2 841 Assista AgoraKevin Costner, Robert De Niro, Sean Connery e Andy Garcia. Só a presença dos quatro já vale a pena. Nem precisava Brian De Palma ser tão brilhante para contar essa história! O que mais se pode querer num filme?
OK! Indicação ao Oscar de melhor trilha sonora original de Enio Morricone.
Oscar de melhor ator coadjuvante para Sean Connery.
Indicado como melhor filme, melhor direção de arte, melhor figurino e melhor diretor.
Para aceitar o papel de "Al Capone", Robert De Niro pediu que fosse escrita uma cena extra para o seu personagem e um tempo para que cumprisse seu compromisso na peça "Cuba e seu ursinho de pelúcia", na Broadway na qual fazia parte do elenco, além de ganhar 14 quilos de peso para poder interpretar Capone no filme.
Na dúvida se De Niro faria ou não o papel, De Palma convidou Bob Hoskins (de "Uma Cilada para Roger Rabbit" (1988) - no papel do detetive Eddie Valiant, que lhe rendeu um Globo de Ouro como melhor ator). Quando foi confirmada a participação de De Niro no filme, De Palma enviou a Hoskins um cheque no valor de 20.000 libras (qualquer coisa próxima a 30.000 dólares) e um pedido de desculpas, por escrito. Bob Hoskins respondeu agradecendo com tom bem humorado: "Não tem nenhum outro filme que gostaria que eu fizesse?".
Foram usados lugares reais e históricos (referentes à Al Capone e à máfia ítalo-americana, dos famosos "gângsters") de Chicago das décadas de 1920 e 1930.
Excelente!
Ben-Hur
4.3 547 Assista AgoraEste está além da minha capacidade de comentar as qualidades de um filme.
Só posso dizer que é fenomenal!
O que se pode dizer do único filme a ganhar 11 Oscar por 37 anos, só igualado em número por "Titanic" (1997) e "Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei" (2003), e ainda não foi superado? Foram 12 indicações, das quais só perdeu em uma categoria: Melhor Roteiro Adaptado.
Os Oscar ganhos foram: Melhor Filme, Melhor Diretor (William Wyler), Direção de Arte a Cores, Ator Principal (Charlton Heston), Ator Coadjuvante (Hugh Griffith), Fotografia, Melhor Figurino a Cores, Efeitos Especiais, Montagem, Trilha Sonora e melhor Som.
Este filme salvou a Metro Goldwin Mayer da falência.
Esta foi a terceira vez que o romance (livro) de Lew Wallace foi adaptado para o cinema. A primeira em 1907 e a segunda em 1925.
Na versão de 1925 a sequência da corrida de bigas tinha 60.960 metros de filme mas foi editada, e ficou com apenas 229 metros, consideradamente muito curta. Nesta sequência, um dublê e vários cavalos morreram durante as filmagens. Ela pode ser assistida aqui: http://www.youtube.com/watch?v=JdWEpQiYgZo. Em 1959, a sequência foi recriada "cena por cena", tornando-se a grande sensação do filme. A mesma foi "imitada" em "O Príncipe do Egito" (Animação - 1998) e durante a "Podrace" em "Star Wars - Episódio 1 - A Ameaça Fantasma" (1999).
O diretor William Wyler participou da versão de 1925 como um dos assistentes do diretor, quando era ainda muito jovem.
Sérgio Leone (diretor de "Era Uma Vez no Oeste", "Três homens em Conflito", "Por uns Dólares a Mais", "Por Um Punhado de Dólares"...) trabalhou como assistente-sênior de direção da segunda unidade.
Burt Lancaster recusou o papel de "Judah Ben Hur", alegando que o roteiro era muito chato e depreciava o Cristianismo. Paul Newman recusou, dizendo não ter as pernas apropriadas para vestir uma túnica. Marlon Brando, Geoffrey Horne, Rocky Hudson também recusaram. Leslie Nielsen (esse mesmo! De "Corra que a polícia vem aí" e "Drácula - Morto, mas feliz") na época fazia papéis heróicos e galãs (como em "O Destino do Poseidon" onde era o "Capitão Harris"), também recusou. Kirk Douglas se interessou pelo papel, mas a MGM optou por Heston, pelo excelente desempenho em "Os Dez Mandamentos", na personagem de "Moisés", dois anos antes. No ano seguinte (1960) Kirk Douglas interpretou "Spartacus". Como já foi dito, Charlton Heston ganhou o Oscar de melhor ator principal pelo papel de Ben Hur.
Essa "disputa" de papéis é bem interessante e merece destaque. O caso foi assim: O Diretor William Wyler queria que Charlton Heston fizesse o papel de "Messala" (antagonista de "Judah Ben Hur") e Kirk Douglas como Ben Hur. Os executivos da MGM queriam Heston no papel principal. Então Wyler ofereceu o papel de "Messala" a Kirk Douglas, mas ele não aceitou. A solução foi encontrar outro ator (Stephen Boyd) para fazer "Messala" e escalar Heston como principal (Judah Ben Hur). *Já pensou Kirk Douglas e Charlton Heston juntos em "Ben Hur"?! Por outro lado, talvez não tivéssemos Spartacus, no ano seguinte...
As cenas das corridas de bigas foram filmadas na "Cinecittà", em Roma (Itália), com cinco câmeras, 78 cavalos, uma grua de 30 metros de altura e levou 94 dias para serem filmadas. Os cavalos brancos de Ben Hur foram importados da Iugoslávia em avião fretado e adaptado especialmente pra isso. Apesar de serem chamados de "Árabes", na verdade, os cavalos de Ben Hur são da raça "Andaluz". Todos os outros são da raça "Lippizan", comprados na Iugoslávia e Sicília.
A Arena é praticamente uma réplica das construções de 1925 e foi destruída após as filmagens, por ordem do produtor Sam Zimbalist para evitar que fosse reutilizada em filmes italianos menores. Zimbalist morreu de infarto (supostamente por stress), no set de filmagens. Na cerimônia de entrega do Oscar, sua esposa aceitou o prêmio em nome dele.
Durante o filme foram usados 300 cenários e mais de 100.000 trajes (figurino). 10.000 figurantes. 40 toneladas de areia das praias do mar mediterrâneo na pista da corrida de bigas. 450 quilos de cabelos humanos, doados por italianas, na confecção de perucas. 500 toneladas de gesso nos cenários e 40.000 metros cúbicos de madeira. Esses são só alguns do "números" impressionantes da produção mais cara do cinema até então. Foram gastos o equivalente atual de USD$ 118.000.000,00 (118 milhões de dólares) na produção.
No final das filmagens havia 340.000 metros de filme! Depois de editado ele ficou com 5.800 metros de filme. O terceiro maior longa metragem da história (em duração: 213 minutos), perdendo somente para "...E o Vento Levou" e "Os Dez Mandamentos".
Em 1993 estava disponível em VHS.
Em 2001 o filme foi remasterizado e colocado no mercado em home vídeo no formato de DVD.
Em 2005 um relançamento em DVD contendo extras, incluindo sequências da produção de 1925.
Em 2011, comemorando o 50° aniversário de lançamento, foi lançado em Blu-Ray Disc.
Ainda não se tem notícia sobre a possibilidade da MGM relançá-lo no cinema, no formato 3D.
Os Dez Mandamentos
4.1 263 Assista AgoraMesmo tendo nascido 11 anos após a primeira exibição deste filme nas telonas, tive o privilégio de assistir a esse clássico num cinema muito grande e confortável, como eram os cinemas de antigamente. Isso era meados dos anos 70 e ele voltou "em cartaz" (como se dizia, nem sei se ainda se usa essa expressão) na cidade onde moro (Mogi das Cruzes-SP). Eu devia ter uns 7 ou 8 anos de idade e, me lembro perfeitamente de ter ficado maravilhado com as cenas antológicas deste filme. As 10 pragas do Egito... O povo Hebreu deixando a cidade do Faraó... Moisés abrindo o Mar Vermelho... As bigas egípcias perseguindo o povo em marcha... O Criador talhando em fogo os Dez Mandamentos nas tábuas sagradas, com voz estrondosa como um trovão, enquanto o povo pervertido fazia um grande bezerro de ouro... Moisés enfurecido jogando ao chão as tábuas sagradas causando um enorme cataclismo, com o chão se abrindo e fogo brotando da terra... Vou acabar descrevendo todas as cenas! rsrsrsrsrsrs.
Depois dessa experiência já vi o filme várias vezes e revivo todas as sensações que tive na infância. O filme é fantástico! Nenhum outro épico-religioso consegue superar esse, no máximo equiparar, mas nunca superar, na minha opinião. Atuações magistrais e inesquecíveis de Charlton Heston (Moisés), Yul Brynner (Faraó Ramsés). Hoje, aquele Cinema virou uma Igreja Evangélica e os Cines são chamados de "salas", muito mais apertadas e desconfortáveis, geralmente dentro de Shopping-Centeres.
Moisés foi o primeiro personagem bíblico interpretado por Charlton Heston, que, aliás, só foi convidado porque o ator William Boyd recusou o papel... (Quem foi William Boyd?! Boa pergunta! Ele era um ator que conseguiu certa fama em filmes de cowboy B, ficando mais conhecido (?!) no papel de Hop-a-Long Cassidy).
Charlton Heston, depois de interpretar Moisés - e por causa disso - foi convidado a ser o protagonista de outro mega sucesso, ganhador de 11 Oscar, "Ben Hur" (1959).
Yul Brynner (ator russo, naturalizado norte-americano) chegou ao cinema em 1949 em "Port of New York"... Poucos anos depois, seu segundo filme já lhe rendeu um Oscar da Academia de Melhor Ator Principal em "O Rei e Eu" (1956). No mesmo ano iniciou as filmagens em "Os Dez Mandamentos", no papel de "Ramsés".
Em 1957 "Os Dez Mandamentos foi indicado em sete categorias:
melhor filme, melhor direção de arte (Cecil B. DeMille), melhor fotografia, melhor figurino, melhor edição, melhor som, e melhores efeitos visuais, sendo este último, o único Oscar ganho pelo filme.
O mesmo diretor (Cecil B. DeMile) já havia contado a história de Moisés no Cinema, em 1923.
Spartacus
4.0 344 Assista AgoraLi todos os comentários (todos muito legais e excelentes opiniões), mas não vi ninguém dizer que Spartacus é um personagem histórico, ou seja, ele realmente existiu. Até onde eu sei, este épico é quase tão biográfico quanto as narrativas históricas dos antigos autores romanos Apiano, Floro e Plutarco, contemporâneos de Espártaco (em latim "Spartacus") 120 a.C. - 70 a.C. Ele era um soldado de Roma, nascido na região da Trácia - conquistada e ocupada pelos romanos - (hoje a localizamos na região onde ficam a Bulgária, Romênia, Moldávia, nordeste da Grécia, Turquia européia e noroeste da Turquia asiática, leste da Sérvia e partes da Macedônia). Desertor, foi capturado e rebaixado à escravo. Por seu porte físico e grande força, foi comprado pelo "lanista" (contratador de gladiadores na antiga Roma) Lêntulo Batiato, dono de uma escola de gladiadores em Cápua, na Campânia (Itália). Devido aos maus tratos formou um grupo de aproximadamente 200 gladiadores cativos, como ele, e iniciou uma rebelião, armados apenas com os talheres usados em suas refeições. Somente 78 (segundo Plutarco) ou 30 (segundo Floro) conseguiram escapar. Espártaco conseguiu reunir aproximadamente 100 mil homens, principalmente escravos rebelados e formou seu exército, liderando a mais célebre revolta de escravos da história da Roma Antiga, que ficou conhecida como "A Terceira Guerra Servil", "Guerra dos Escravos" ou "Guerra dos Gladiadores".
Plutarco o descreve assim: "Era um homem inteligente e culto, mais helênico do que bárbaro".
Floro o descreve assim: "... mercenário da Trácia, admitido em nosso exército, soldado desertor, bandido promovido a gladiador por sua força".
Tanto no livro do norte-americano Howard Fast, quanto no livro do ex-comunista húngaro Arthur Koestler, que serviram de referência ao filme, a figura de Spartacus é romantizada e idelizada, não representando sua verdadeira personalidade, mesmo porque não existem muitas referências históricas sobre o verdadeiro Espártaco. Pode ser um engano dizer que a produção é uma mera adaptação para o cinema, mesmo tendo sido o livro a base para o filme, quero dizer, os roteiristas, diretores e produtores (veja a lista dos nomes na sinopse), puderam lançar mão de outras referências para contar a mesma história.
Varínia é personagem fictícia, assim como Antoninus (Tony Curtis) o melhor amigo de Spartacus (Kirk Douglas), no filme.
A crucificação de mais de 6.000 escravos ao longo da via Ápia é histórica (real). Já a execução de Spartacus às portas de Roma é ficção. Na verdade ele (com aproximadamente 50 anos de idade) morreu em combate e seu corpo nunca foi encontrado, entre os milhares de corpos tombados na batalha final no ano 71 a.C. no território da atual Senerchia cidade da região da Campânia, quase ao Sul da Itália, às margens do rio Sele.
No romance este momento de bravura heróica é narrada com os escravos sobreviventes se levantando, um a um, assumindo a identidade de Spartacus, que estava sendo procurado, vivo ou morto, no campo de batalha. Um dos momentos mais emocionantes do filme (acho que todo mundo concorda).
Já na narrativa histórica dos autores romanos da época, Espártaco ao perceber que não teria chance de sobrepujar o enorme exército romano, após matar seu próprio cavalo, teria dito que se ganhasse poderia ter quantos cavalos quisesse, mas se perdesse não seria tentado a fugir da batalha. Logo em seguida se lançou sobre os soldados romanos, com sua "gladio" (espada romana da época) sendo destroçado e, misturado aos demais mortos, seu corpo não pôde ser identificado.
No museu do Louvre (em Paris) existe uma estátua de Espártaco, esculpida em mármore, pelo artista francês Denis Foyatier, no ano de 1830. Não tenho certeza, mas talvez seja a única a homenagear um escravo. De qualquer maneira é uma honra que muitos reis e nobres não tiveram.
Pra mim, o filme é simplesmente maravilhoso!
Uma lição de honra, coragem, lealdade, heroismo, amizade e bravura.
Kirk Douglas, Laurence Olivier, Peter Ustinov, John Gavin, Jean Simmons, Charles Laughton e Tony Curtis. Elenco espetacular!
Recebeu 6 indicações ao Oscar e ganhou 4:
Melhor ator coadjuvante (Peter Ustinov), melhor direção de arte colorida, melhor fotografia colorida e melhor figurino colorido.
Indicado nas categorias de melhor edição e melhor trilha sonora de drama ou comédia.
Minha avaliação: Uma constelação inteira, mas só se pode dar 5 estrelas.
Corcunda de Notre Dame: O Filme
3.1 74Essa versão foi produzida exclusivamente para a televisão e lançada em Outubro de 1997 na TNT (Turner Network Televison) que pertence à Time Warner Company. A produção é tão sofisticada e de alta qualidade que muita gente pode pensar que foi feita para o cinema.
Assisti a todas as versões do cinema, incluindo o Desenho da Disney e ainda sim, esta é minha preferida.
Richard Harris (Frolo) dá um show (como sempre fez) e Salma Hayek é a Esmeralda mais linda que alguém já viu. Mandy Patinkin é o corcunda de Notre Dame mais impressionante e comovente de todos.
Este filme é uma raridade que não se encontra em locadoras do Brasil (pelo menos não achei em nenhuma, nem nas maiores redes). Não se encontra em lojas para ser comprado, nem na internet, exceto no exterior, na amazon.com por exemplo, e o problema nisso é que não se tem dublagem em português ou mesmo legenda na nossa língua (procurei muito e não achei). Minha única saída foi encomendar uma cópia (legendada em português) de um colecionador. A história é comovente e fiel à obra de Victor Hugo. Não se pode comparar "O corcunda" de Victor Hugo com a adaptação dos estúdios Disney (também é sensacional), pois trata-se de uma adaptação, dirigida ao público infantil e que no final tem um final feliz, recheado de humor.
O primeiro filme do Corcunda de Notre Dame foi feito em 1923, estrelado pelo inigualável Lon Chaney, ator que se imortalizou, na época do cinema mudo, fazendo papéis de personagens grotescos e monstruosos como: O Lobisomem, O Fantasma da Ópera, O monstro. Chaney chegou a inventar sua própria técnica de maquiagem para dar vida aos seus personagens e ficou conhecido na época como o "homem das mil faces". Uma curiosidade interessante é que os pais de Lon Chaney eram surdos-mudos o que deve tê-lo ajudado a ser um dos maiores astros do cinema-mudo. O Quasímodo de Chaney era assustador, com enormes olheiras escuras e dentes pontiagudos (até lembraria a imagem de um vampiro horrendo).
Em 1940, estrelado pelo genial Charles Laughton no papel de Quasímodo, a lindíssima Maureen O'Hara como Esmeralda e o ator fenomenal Cedric Hardwicke como Frolo.
Em 1956 foi a vez do espetacular Antony Quinn incorporar "Quasímodo" no cinema, com maestria, claro, e a Diva magnífica do cinema (a Mona Lisa da 20th. Century Fox - La Lollo) Gina Lolobrígida interpretar a linda cigana Esmeralda. Um clássico imperdível do cinema.
Em uma outra produção para a TV, no ano de 1982, adivinha só quem fez o papel de Quasímodo (o corcunda)? Anthony Hopkins!!! Esmeralda foi interpretada por uma atriz com lindos olhos verdes (como Esmeralda deve ter) chamada Lesley-Anne Down.
Quem souber onde encontrar "O Corcunda de Notre Dame" de 1997, por favor, dê-nos essa informação. Quem quiser uma cópia como a que consegui escreva para Rinaldo ou Angela no e-mail: [email protected].
O Garoto
4.5 584 Assista AgoraCharles Chaplin é a melhor "coisa" que aconteceu no cinema, em todos os tempos... e "O Garoto" é o melhor de Chaplin! É preciso dizer mais alguma coisa?
O Poderoso Chefão: Parte II
4.6 1,2K Assista AgoraDe Niro e Pacino, no mesmo filme? É o máximo! Se colocassem os dois recitando "batatinha quando nasce" já seria bom! Vê-los em "Poderoso Chefão - parte 2" é o melhor que se pode querer ver no cinema!
Já aconteceu com você de confundir os dois? Na hora de lembrar de um filme com um deles e você acabar trocando os nomes? Rsrssrsrsrs. Comigo acontecia direto!
TIetagens à parte:
Pacino e De Niro estiveram juntos em três filmes até agora: "Poderoso chefão - parte 2", onde eles não contracenaram juntos. Em "Fogo contra fogo", onde contracenaram em uma única cena. E em "As duas faces da lei" (2008), um suspense/policial bom de se ver pela atuação dos dois, mas meio fraco como filme.
O Poderoso Chefão
4.7 2,9K Assista AgoraLi o livro e vi o filme e posso dizer: Os dois são igualmente fantásticos!
A história é tão boa que muita gente acha que Don Corleone é real! Outros confundem com Al Capone (esse sim era real) rsrsrsrsrsrs.
Uma cena que não me sai da memória é a do restaurante, depois que Michael Corleone (Al Pacino) sai do banheiro, onde foi escondido um revólver... No cinema, a sequência é exatamente o que se imagina quando se lê o livro! Não foi à toa que levou o Oscar de melhor roteito adaptado.
Foram 11 indicações, das quais venceu em 3 categorias: Melhor Filme, Melhor Roteito Adaptado e Melhor Ator (Marlon Brando).
Marlon Brando engordou mais de 30 quilos para interpretar o papel de Don Vito Corleone e usava "bolotas" de algodão dentro da boca para exagerar ainda mais as bochecas. O curioso é que os Executivos da Paramount não queriam Brando de jeito nenhum no filme mas, por insistência de Coppola, aceitaram com as condições de que ele fizesse teste para o papel e baixasse o valor de seu cachê. Marlon Brando ganhou US$20.000.000 (vinte milhões de dólares) para "encarnar" Don Vito.
Laurence Olivier chegou a ser consultado para o mesmo papel, mas seu agente apresentou uma recusa formal, dizendo que Sir Laurence estava doente e às portas da morte: - "Lorde Olivier não está trabalhando. Está muito doente. Ele vai morrer logo e não está interessado". Laurence Olivier morreu 18 anos depois disso!
Marlon Brando ganhou seu segundo Oscar na carreira, mas desta vez não foi receber o prêmio. Ao invés disso, ele enviou um falsa indígena em seu lugar, para que lesse um manifesto repudiando a forma como os "peles vermelhas" eram tratados nos filmes de "cowboys" de Hollywood.
O estúdio também não concordava com a escolha do então novato e desconhecido Al Pacino para o papel de Michael. Os executivos queriam Robert Redford ou Ryan O'Neal. Jack Nicholson, Dustin Hoffman, Warren Beatty, Martin Sheen e James Caan fizeram testes para o papel.
Robert De Niro, também desconhecido na época, fez testes para os papéis de Michael, Sonny, Carlo e Paulie, mas só foi contratado no "Poderoso Chefão - parte 2", no papel de Don Vito na juventude. De Niro ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante pelo trabalho.
Dá pra ver que "poderoso" mesmo é Francis Ford Coppola que, além de ser um gênio como diretor, provou ter um grande "faro" para o sucesso, escolhendo, sempre, o talento perfeito para cada personagem em seus filmes.
É um Clássico.