Comecei assistindo prevendo que fosse um colosso (do tipo que de tão ruim fica bom) mas me surpreendi positivamente. Os efeitos especiais não são dos mais avançados mas não achei que atrapalharam a imersão não. A mesma coisa para as atuações dos atores não principais.
Em contrapartida, a densidade psicológica das personagens é muito bem desenvolvida. Cria-se um arco para cada uma, com background que te faz se aproximar até dos mais sem sal. Não são apenas carne de linguiça. Aliás, o autor não teve medo de encarnar o J.R.R. Martin não, palmas para isso.
Mas onde a série mais peca é exatamente no roteiro, principalmente na sensação de tempo e espaço. Ajuda a série que ela se passa apenas em um prédio, o que diminui o escopo e consequentemente o orçamento. São muitos cortes abruptos para depois mostrar a personagem em um canto totalmente diferente de onde estava um segundo atrás. Existem também situações que você se pergunta por que aquelas pessoas agiriam daquela forma, isso que conta muito negativamente para mim - ações imbecis ou sem sentido apenas para mover a trama.
Porém, apesar dessas escorregadas, o roteiro se sustenta bem e nos presenteia com um universo diferente e interessante. O fato da disseminação da praga/maldição ser aleatória e não ser conhecida deixa as coisas mais interessantes, muitas vezes surpreendendo. Vale a pena ver, não é uma obra prima mas é algo diferente com mais acertos do que erros. A cinematografia sul-coreana nos presenteia com mais um pérola. Tomara que haja uma segunda temporada.
É bonzinho mas bem longe do que foi o primeiro filme. Apesar de ser mais linear que o segundo, acaba carregando o grande problema de querer colocar alívio cômico em um filme que não deveria ter.
Gosto quando as aparições sobrenaturais são bem explícitas e não fica nada no talvez, na dúvida se há ou não algo ali e é nisso que essa franquia se sobressai, assim como A Invocação do Mal. Mas o diretor precisa se decidir se isso é um filme de terror ou de comédia.
Essa temporada chegou totalmente sem freio, escalando ainda mais as coisas. Gostei de ver a evolução da série até agora, com cada temporada sendo melhor que a anterior. Essa 3a atinge seu ápice. Para justificar os mais de 20 episódios por temporada, cada uma tem 3 partes, fator esse que faz com que não fique muito massante. A 1a parte e a 3a dessa foram de tirar o fôlego, sendo a 2a um momento para uma respirada.
Para começo de conversa a Liz passa do lado da lei e vira uma fora-da-lei, assim como Reddington. E é muito legal como o mistério em torno da figura de Reddington e o passado de Liz sempre cresce, sempre com alguma nova descoberta e uma nova pessoa do passado que surge. Recebemos as informações a conta-gotas, é claro, o que acaba cansando um pouco, mas se o mistério fosse totalmente revelado não haveria nada mais para costurar os casos de cada episódio.
Megan Boone ainda não melhorou como atriz e continua irritante e mimada. Sendo essa a 3a temporada seguida em que isso acontece, eu já perdi as esperanças de uma melhora, espero apenas que ela acabe ficando em um papel secundário e outro coadjuvante cresça em importância para se escorar em James Spader, que leva a série nas costas.
Eu até gostei que mataram a Liz, justamente pelo que eu disse no parágrafo anterior. Infelizmente não tiveram culhões para mantê-la morta. Eu entendo que pelo menos a verdade dela deveria ter sido revelada antes disso mas eu já imaginei Tom tomando o lugar da Liz como centro do mistério com sua mãe novamente aparecendo.
Essa série foi melhor do que a primeira, o que já é dizer muito. Gostei que aumentaram ainda mais o mistério da trama principal que costura todos os casos dos episódios. Dessa vez temos a organização criminosa chamada Cabal, que faz a ameaça de Berlin da temp passada parecer brincadeira de criança.
Com os personagens mais estabelecidos e estruturados, foi possível acrescentar mais desenvolvimento psicológico a eles, o que enriquece muito o enredo. Infelizmente o que não mudou muito foi a Megan Boone, atriz muito fraca para o papel.
Sabendo-se que Reddington sempre tenta tirar proveito com a morte de seus inimigos e concorrentes, o roteiro nessa temporada consegue tirar maior proveito disso, usando a informação (que não tínhamos na 1a temp) a seu favor. Além disso, tudo se conecta ao Cabal, misturando tudo em uma espécie de triângulo "amoroso" de interesses - os interesses do Reddington, os interesses do FBI e os interesses em relação à segurança da Keen. Esses interesses acabam conflitando ainda mais nessa temporada.
Apesar de ser uma série procedural (um caso a cada capítulo) essa série tem uma trama misteriosa por trás muito bem feita. É instigante e os segredos aumentam com o passar da temporada, colocando-nos em um mistério maior do que imaginávamos.
Os casos são bem estruturados e tudo muito bem costurado com a trama principal. James spader no papel de Raymond Reddington dá um show de atuação e é bom ver a série se escorando nele pois ele dá conta do papel muito facilmente. Baita ator! Infelizmente acontece exatamente o contrário com sua coadjuvante - Megan Boone, no papel de Elizabeth Keen. Ela é uma atriz muito, mas muito fraca, não faz juz à grandiosidade da série. Acaba sendo apenas irritante, não consegue dar peso dramático à sua personagem.
Tirando a Megan Boone, a série é excelente, fico feliz que finalmente dei uma chance à ela.
Essa terceira temporada foi decepcionante. E não foi apenas por ter quebrado a estrutura narrativa das temporadas anteriores, a história contada foi maçante demais.
Em seu núcleo é uma série investigativa, porém com grande foco no método não convencional de Harry Ambrose, que se entrega e se relaciona muito com os suspeitos de assassinatos, criando laços emocionais para tentar fazer a verdade vir à tona.
Na 1a temp, o foco foi em seu método e como Harry ama seu trabalho a ponto de não conseguir focar em outra coisa, um workaholic de excelência, e como isso atrapalha em sua vida familiar. Na 2a temp, com mesma estrutura, o foco passou a ser o passado de Harry. Na 3a, resolveram mudar a estrutura da história e não desenvolveram o Harry em si, tentaram apenas fazê-lo se identificar com o vilão com base em algum pano filosófico. e foi exatamente isso que fez essa temporada ficar maçante demais.
Por característica, essa série já é lenta, desde a primeira temporada. Os fatos nos são apresentados a conta gotas, pouco a pouco, conforme novas evidências são coletadas ao longo da investigação. Nas duas primeiras temporadas sempre há uma trama maior na qual aquele caso é inserido - o clube de elite na primeira, a comunidade hippie na segunda. Não é o caso nessa terceira.
Temos então uma temporada que pouco desenvolve seu protagonista a não ser mostrar as consequências práticas de sua separação (mudou de casa, dificuldade de relação com a filha...) e não tem um mistério maior no qual o caso está inserido. O mistério se revela ser filosófico.
Vale também lembrar que o Harry escolhe os casos em que acha que o principal suspeito não é verdadeiramente culpado do que fez, que há algo maior por trás disso. Nessa temporada, tudo isso cai por terra quando Jamie comete seu segundo assassinato, o do guru, tornando-se o vilão e responsável pelas suas ações. Essa é a quebra de estrutura que existe. Uma série não precisa ficar refém da estrutura que apresentou em sua temporada de estréia, porém se vai mudá-la precisa fazer um trabalho competente, não achei que foi o caso aqui.
Em suma, uma temporada com um caso muito superficial, com motivo torpe baseado em questões filosóficas duvidosas, com pouco desenvolvimento do protagonista e sem uma trama maior que justificaria os 10 episódios, tudo isso fazendo a temporada ficar extremamente maçante e repetitiva.
Acabei de ler o livro hoje e fui assistir o filme. É meio injusto julgar o que o filme construiu em 2h e compará-lo com um livro de 450 páginas. É claro que um livro tem muito mais possibilidades e ilimitadas páginas para desenvolver os personagens e o enredo. Dito isso, o livro é realmente muito mais rico e mais prazeroso de se absorver.
Não sei se quem leu o livro e tem uma opinião negativa do filme o faz por este não ter sido como o primeiro. A expectativa é realmente maior e quando as coisas não condizem com o que esperamos, tendemos a fazer bico. Acho que o cerne da questão aqui é que o filme mudou completamente o final do livro, cuja história era bem melhor em minha opinião. Acho que os produtores não quiseram que ele tivesse a seriedade e profundidade que Dan Brown conseguiu dar à sua obra literária.
Acho que como um filme individual, sem considerar o livro, fez um belo trabalho. Tem o Tom Hanks, que leva a responsabilidade da grandiosidade da trama de letra, tem uma bela fotografia e um ritmo frenético com perseguições constantes, dignas da franquia Bourne. Sem o contexto do livro, porém, parece que a trama é mais um roteiro batido de um vilão megalomaníaco, apesar de bem executada.
Tendo lido o livro, eu esperava mais, porém não posso desqualificar o filme como obra de entretenimento. Fico feliz pelo menos de ter as memórias que construí lendo o livro e apreciá-lo por mais tempo que o filme.
Excelente releitura do tão famoso personagem Drácula. Conseguiu dar sangue novo em um roteiro leve e inteligente. Infelizmente se perdeu no terceiro e último episódio, desconstruindo muito do que havia estabelecido (e não de uma forma boa).
O primeiro episódio estabeleceu o universo recontando a história que todo mundo conhece. A história do segundo episódio foi muito bem contada, inclusive me lembrou muito Assassinato no Expresso do Oriente. Já o terceiro foi uma salada inimaginável, perderam a mão.
Fica claro que a falta de visão da Disney para o retorno de Star Wars, além de brigas internas e um vai e volta de diretores, atrapalhou muito o desenvolvimento desta.
J.J.Abrams abusou da nostalgia em 'O Despertar da Força' mas introduziu decentemente novos personagens mesmo que requentando a mesma história das trilogias anteriores (a estrela da morte está de volta, novamente, por exemplo). O problema é que esta se propôs a ser apenas um grande fan service, sem substância, sem profundidade, sempre escorada no passado sem nunca introduzir algo novo que seja memorável.
Em 'Os Últimos Jedi', o diretor Rian Johnson não aproveitou bem o que J.J.Abrams estabeleceu e também não teve coragem de estabelecer nada impactante, nem mesmo de seguir em frente com suas próprias decisões. Dirigiu uma história morna, sem coragem, sem querer se arriscar. Esquecível, assim como o vilão Snoke.
Aí chegamos para o terceiro filme, 'A Ascensão Skywalker', com o diretor Colin Trevorrow para apagar os incêndios e revitalizar a franquia, dando um final pelo menos decente à bagunça que fizeram. Demitido. Volta o J.J.Abrams com o único propósito de desfazer tudo o que Rian Johnson fez no segundo filme. J.J. quis fazer dois filmes em um, apressado ao pular de um lugar para o outro, introduzindo novos personagens que quase nada conseguiu desenvolver e com o pior roteiro de todos os filmes Star Wars já feitos até agora.
Como que pode o espectador ficar sabendo que o Palpatine na verdade está vivo e que será o vilão deste filme no texto que aparece no primeiro segundo do longa??? Não só isso, o Palpatine está nos fucking posteres de divulgação. Não construíram nada nos dois longas anteriores e aí plaw - toma esse vilão que você achou que estava morto na sua cara!! É até uma falta de respeito. O J.J. cagou na cara dos fãs e entregou o pior trabalho dele até agora. Eu até fiquei curioso pra saber o que Trevorrow teria feito.
E falando dos personagens, Rey é muito boa mas não tem defeito nenhum e em uma fração do tempo virou a mestre Jedi mais poderosa de todas. O arco dela seria interessante não fosse esse filme, principalmente ela sendo filha de pessoas sem importância na trama, o que passaria a mensagem que a Força se manifestaria em qualquer um na galáxia (vide cenas finais de SWVIII). Mas não, nem isso conseguiram nos dar.
O arco do Finn acaba no segundo filme (com a capitã Phasma) e Poe Demeron atinge seu ápice também no segundo filme. Depois viram apenas gado da Rey, seguindo-a pra qualquer lado, sem importância narrativa nenhuma.
Que pelo menos os problemas dessa trilogia sirvam de lição à Disney e que eles possam pelo menos planejar um pouco antes de se jogarem em outra.
Pelo trailer eu já tinha me impressionado com a qualidade da produção. Os chineses estão evoluindo rápido no cinema. E é até legal ver coisas diferentes do padrão hollywoodiano. E quando eu digo diferente, quero dizer, nesse caso, língua e cultura, porque a ambição é a mesma.
Lembrando filmes apocalípticos como Armagedon e O Dia Depois de Amanhã, essa ficção científica chinesa consegue entregar entretenimento de altíssima qualidade, com uma superprodução digna dos grandes blockbusters acidentais. É claro que a premissa é um tanto absurda: o sol aumentando de tamanho a ponto de ameaçar englobar a Terra e justificar o esforço de mudar o planeta do ponto A para o ponto B do universo utilizando-se motores na superfície, depois de parar o movimento de rotação da Terra com motores na Linha do Equador. Por mais improvável/impossível que seja, podemos deixar na conta da "licença poética". Inclusive esse tema é um que nunca vi ser abordado no cinema e fizeram muito bem feito aqui.
O primeiro ato foi um pouco lento e destoante do resto do filme. Com uma pegada muito mais leve, muitos alívios cômicos, até um tanto juvenil, não me prendeu tanto. Achei também muito mal feito o arco da Duoduo, um personagem realmente unidimensional, superficial, que foi prejudicada pelo roteiro, só serviu pra me irritar. O segundo arco foi decente e o terceiro foi excelente, conseguindo dosar ação com o fechamento dos arcos dramáticos, com muita sensibilidade para tratar cada personagem. O protagonismo, dividido entre Liu Qi e Liu Peiqiang é bem feito (apesar das rusgas entre os dois ser algo mal apresentado) e os personagens coadjuvantes também aparecem bastante, não sendo apenas "carne de linguiça".
Enfim, foi uma grata surpresa e fico feliz que o cinema oriental esteja avançando nesse ritmo. Uma superprodução com um bom trabalho de direção, fotografia, trilha sonora e efeitos especiais.
Não me lembro muito do primeiro, só lembro de ter gostado quando assisti e foi por isso que criei certa expectativa para essa sequência. Doce ilusão. Tudo é muito apressado e claramente se aproveitaram do relativo sucesso que teve o original para dar continuidade à história. O que não é ruim, só ficou ruim porque o roteiro e a direção foram bem pobres.
Nem de longe Mister tem a presença que tem no primeiro. Tirando ele e o Martin, não se cria empatia com ninguém mais do elenco, são apenas carne de linguiça. Tudo é apressado demais na ânsia de se chegar ao final, as lutas/estratégias não fazem o menor sentido, as soluções são as mais convenientes possíveis.
No começo pareceu apenas mais uma série sem orçamento, mas é possível ver que o diretor conduziu muito bem a narrativa e os atores, pelo menos o núcleo principal, são competentes. Zumbis corredores sempre trazem mais frenezi para as cenas, então poucos deles podem fazer um estrago até maior do que muitos zumbis lentos.
Gostei da dinâmica de se acrescentar uma personagem que não fala a língua dos outros, numa situação de emergência gritos e mímicas que fazem a diferença, adicionando aí um obstáculo a mais à sobrevivência.
Algumas coisas me deixaram irritados, tais como ninguém fechar as portas, ninguém mirar na cabeça e também não gostei da narrativa fragmentada, toda hora quebrando o momentum para mostrar um título na transição de cenas, inclusive títulos com spoilers.
No final, a produção foi competente e o enredo foi interessante, tudo isso dentro das limitações orçamentárias, é claro. Darei uma chance à 2a temporada, com sorte terão um orçamento maior.
O melhor do filme é com certeza o humor. O filme é um eterno alívio cômico e Ryan Gosling caiu como uma luva para o personagem e, surpreendentemente, também o Russell Crowe.
Premisa muito interessante e toda a sistemática do cubo e como as personagens pensam para tentar decifrá-lo foi bem executado e faz muito sentido. Sempre parto da premisa de que o filme não precisa detalhar e dar tudo mastigado para o espectador. O mistério sobre o porquê daquelas pessoas estarem lá e por que o cubo foi construído é um mistério que na verdade engrandece o filme.
Apesar do bom roteiro, os atores são sofríveis. A Holloway, por exemplo, não transmite qualquer empatia e a degradação psicológica do policial é um dos arcos piores executados por um ator que já vi. Sobre os efeitos especiais, não achei que ficaram datados, ainda funcionam no filme, mesmo ele sendo de 1997.
O Cubo é interessante porém esquecível. Para quem gosta do tema, posso sugerir aqui alguns outros filmes semelhantes: Circle, The Human Race e Iron Doors.
Uma história belíssimamente contada nessa mini-série e acaba deixando uma bela mensagem: entrar em uma espiral de ódio apenas traz desgraça para os dois lados. No final, ninguém saiu vitorioso, tendo apenas acumulado lápides para chorar.
E é até impressionante que seja uma história real, com direito a participação na guerra civil americana, lances de Romeu e Julieta, ataques e vingança, tudo isso ambientado no bom e velho Velho Oeste.
A fotografia é belíssima e a trilha sonora é maravilhosa, consegue imprimir sentimento nas cenas, principalmente as mais catastróficas e melancólicas. E foi um grande acerto da produção trazer dois atores tão gabaritados como Kevin Costner e Bill Paxton para viverem os protagonistas.
O filme é meio clichê, não há surpresas. O que deveria ser o grande plotar twist é entregue cedo na história e o resto do filme é o gato caçando o rato. As personagens são desenvolvidas superficialmente, o roteiro menciona o passado de Emily e Lily mas não investe nisso, o que poderia enriquecer a história. Tudo é bem previsível e o CGI é bem fraco quando exigido.
Apesar dos pesares é um filme que entrega o que se propõe. Assume suas premissas e as leva até o fim. Renée Zellweger e Bradley Cooper estão muito bem nos papéis.
Um filme 3 estrelas, esquecível e que não deixa sua marca no gênero.
Parece que não há um senso de consequência, os caras planejam um roubo espetacular mas nada se mostra sobre o contra-ataque das facções envolvidas, a gente fica esperando um confronto épico que nunca chega. Em suma, o filme se estrutura em cima das merdas que dão no processo de fuga mas é mais o grupo contra o meio ambiente do que contra os inimigos. Temos um lapso disso no final mas é isso.
O elenco é bom mas o roteiro está aquém da capacidade dos atores. Ficou meio sem sal.
Contos muito interessantes mas pelo menos pra mim não deu tempo suficiente para eu me importar com alguém em qualquer uma das histórias, talvez apenas a do minerador.
O último conto é um bom exemplo do que foi o filme todo (que é um compilado de pequenas histórias): quando começa a ficar bom e você passa a entrar na história e entender os personagens, a história acaba. Acaba sendo um pouco frustrante.
Sei que é uma coletânea de contos mas esse formato não rola muito pra mim. Poderiam pegar qualquer um dos contos e transformar num longa que ficaria mais interessante.
Apesar da superficialidade de cada história, todas são muito bem dirigidas pelos irmãos Coen, excelentes diretores, inclusive já com decente experiência no gênero faroeste.
Cara, esse filme é o que eu gostaria de ter visto em Kingsman. Existe uma história séria que se desenrola, um cara experiente pra levar o filme nas costas, um vilão bem caricatura e um humor negro na medida, que funciona muito bem, inclusive, como alívio cômico.
A seriedade do filme recai muito na seriedade do protagonista, um assassino de aluguel frio e sem qualquer empatia. E essa característica meio robótica também é muito bem explorada como alívio cômico. E o filme logo mostra porque é para maiores de 18 anos, com elevada violência, gore e sexo. Algumas cenas de tortura são inclusive um pouco difíceis de tolerar.
Dito tudo isso, é possível notar que o grande acerto do filme foi não se levar a sério e Mads Mikkelsen serviu como uma luva no papel do assassino de aluguel.
Sweet Home (1ª Temporada)
3.7 139Comecei assistindo prevendo que fosse um colosso (do tipo que de tão ruim fica bom) mas me surpreendi positivamente. Os efeitos especiais não são dos mais avançados mas não achei que atrapalharam a imersão não. A mesma coisa para as atuações dos atores não principais.
Em contrapartida, a densidade psicológica das personagens é muito bem desenvolvida. Cria-se um arco para cada uma, com background que te faz se aproximar até dos mais sem sal. Não são apenas carne de linguiça. Aliás, o autor não teve medo de encarnar o J.R.R. Martin não, palmas para isso.
Mas onde a série mais peca é exatamente no roteiro, principalmente na sensação de tempo e espaço. Ajuda a série que ela se passa apenas em um prédio, o que diminui o escopo e consequentemente o orçamento. São muitos cortes abruptos para depois mostrar a personagem em um canto totalmente diferente de onde estava um segundo atrás. Existem também situações que você se pergunta por que aquelas pessoas agiriam daquela forma, isso que conta muito negativamente para mim - ações imbecis ou sem sentido apenas para mover a trama.
Porém, apesar dessas escorregadas, o roteiro se sustenta bem e nos presenteia com um universo diferente e interessante. O fato da disseminação da praga/maldição ser aleatória e não ser conhecida deixa as coisas mais interessantes, muitas vezes surpreendendo. Vale a pena ver, não é uma obra prima mas é algo diferente com mais acertos do que erros. A cinematografia sul-coreana nos presenteia com mais um pérola. Tomara que haja uma segunda temporada.
Sobrenatural: A Origem
3.1 728 Assista AgoraÉ bonzinho mas bem longe do que foi o primeiro filme. Apesar de ser mais linear que o segundo, acaba carregando o grande problema de querer colocar alívio cômico em um filme que não deveria ter.
Gosto quando as aparições sobrenaturais são bem explícitas e não fica nada no talvez, na dúvida se há ou não algo ali e é nisso que essa franquia se sobressai, assim como A Invocação do Mal. Mas o diretor precisa se decidir se isso é um filme de terror ou de comédia.
Lista Negra (3ª Temporada)
4.3 145Essa temporada chegou totalmente sem freio, escalando ainda mais as coisas. Gostei de ver a evolução da série até agora, com cada temporada sendo melhor que a anterior. Essa 3a atinge seu ápice. Para justificar os mais de 20 episódios por temporada, cada uma tem 3 partes, fator esse que faz com que não fique muito massante. A 1a parte e a 3a dessa foram de tirar o fôlego, sendo a 2a um momento para uma respirada.
Para começo de conversa a Liz passa do lado da lei e vira uma fora-da-lei, assim como Reddington. E é muito legal como o mistério em torno da figura de Reddington e o passado de Liz sempre cresce, sempre com alguma nova descoberta e uma nova pessoa do passado que surge. Recebemos as informações a conta-gotas, é claro, o que acaba cansando um pouco, mas se o mistério fosse totalmente revelado não haveria nada mais para costurar os casos de cada episódio.
Megan Boone ainda não melhorou como atriz e continua irritante e mimada. Sendo essa a 3a temporada seguida em que isso acontece, eu já perdi as esperanças de uma melhora, espero apenas que ela acabe ficando em um papel secundário e outro coadjuvante cresça em importância para se escorar em James Spader, que leva a série nas costas.
Eu até gostei que mataram a Liz, justamente pelo que eu disse no parágrafo anterior. Infelizmente não tiveram culhões para mantê-la morta. Eu entendo que pelo menos a verdade dela deveria ter sido revelada antes disso mas eu já imaginei Tom tomando o lugar da Liz como centro do mistério com sua mãe novamente aparecendo.
Lista Negra (2ª Temporada)
4.3 99Essa série foi melhor do que a primeira, o que já é dizer muito. Gostei que aumentaram ainda mais o mistério da trama principal que costura todos os casos dos episódios. Dessa vez temos a organização criminosa chamada Cabal, que faz a ameaça de Berlin da temp passada parecer brincadeira de criança.
Com os personagens mais estabelecidos e estruturados, foi possível acrescentar mais desenvolvimento psicológico a eles, o que enriquece muito o enredo. Infelizmente o que não mudou muito foi a Megan Boone, atriz muito fraca para o papel.
Sabendo-se que Reddington sempre tenta tirar proveito com a morte de seus inimigos e concorrentes, o roteiro nessa temporada consegue tirar maior proveito disso, usando a informação (que não tínhamos na 1a temp) a seu favor. Além disso, tudo se conecta ao Cabal, misturando tudo em uma espécie de triângulo "amoroso" de interesses - os interesses do Reddington, os interesses do FBI e os interesses em relação à segurança da Keen. Esses interesses acabam conflitando ainda mais nessa temporada.
Lista Negra (1ª Temporada)
4.2 280Série sensacional!
Apesar de ser uma série procedural (um caso a cada capítulo) essa série tem uma trama misteriosa por trás muito bem feita. É instigante e os segredos aumentam com o passar da temporada, colocando-nos em um mistério maior do que imaginávamos.
Os casos são bem estruturados e tudo muito bem costurado com a trama principal. James spader no papel de Raymond Reddington dá um show de atuação e é bom ver a série se escorando nele pois ele dá conta do papel muito facilmente. Baita ator! Infelizmente acontece exatamente o contrário com sua coadjuvante - Megan Boone, no papel de Elizabeth Keen. Ela é uma atriz muito, mas muito fraca, não faz juz à grandiosidade da série. Acaba sendo apenas irritante, não consegue dar peso dramático à sua personagem.
Tirando a Megan Boone, a série é excelente, fico feliz que finalmente dei uma chance à ela.
Quatro Irmãos
3.5 271 Assista AgoraLegalzinho, parece filme dos anos 90.
The Sinner (3ª Temporada)
2.9 331SPOILER ALERT
Essa terceira temporada foi decepcionante. E não foi apenas por ter quebrado a estrutura narrativa das temporadas anteriores, a história contada foi maçante demais.
Em seu núcleo é uma série investigativa, porém com grande foco no método não convencional de Harry Ambrose, que se entrega e se relaciona muito com os suspeitos de assassinatos, criando laços emocionais para tentar fazer a verdade vir à tona.
Na 1a temp, o foco foi em seu método e como Harry ama seu trabalho a ponto de não conseguir focar em outra coisa, um workaholic de excelência, e como isso atrapalha em sua vida familiar. Na 2a temp, com mesma estrutura, o foco passou a ser o passado de Harry. Na 3a, resolveram mudar a estrutura da história e não desenvolveram o Harry em si, tentaram apenas fazê-lo se identificar com o vilão com base em algum pano filosófico. e foi exatamente isso que fez essa temporada ficar maçante demais.
Por característica, essa série já é lenta, desde a primeira temporada. Os fatos nos são apresentados a conta gotas, pouco a pouco, conforme novas evidências são coletadas ao longo da investigação. Nas duas primeiras temporadas sempre há uma trama maior na qual aquele caso é inserido - o clube de elite na primeira, a comunidade hippie na segunda. Não é o caso nessa terceira.
Temos então uma temporada que pouco desenvolve seu protagonista a não ser mostrar as consequências práticas de sua separação (mudou de casa, dificuldade de relação com a filha...) e não tem um mistério maior no qual o caso está inserido. O mistério se revela ser filosófico.
Vale também lembrar que o Harry escolhe os casos em que acha que o principal suspeito não é verdadeiramente culpado do que fez, que há algo maior por trás disso. Nessa temporada, tudo isso cai por terra quando Jamie comete seu segundo assassinato, o do guru, tornando-se o vilão e responsável pelas suas ações. Essa é a quebra de estrutura que existe. Uma série não precisa ficar refém da estrutura que apresentou em sua temporada de estréia, porém se vai mudá-la precisa fazer um trabalho competente, não achei que foi o caso aqui.
Em suma, uma temporada com um caso muito superficial, com motivo torpe baseado em questões filosóficas duvidosas, com pouco desenvolvimento do protagonista e sem uma trama maior que justificaria os 10 episódios, tudo isso fazendo a temporada ficar extremamente maçante e repetitiva.
Inferno
3.2 831 Assista AgoraAcabei de ler o livro hoje e fui assistir o filme. É meio injusto julgar o que o filme construiu em 2h e compará-lo com um livro de 450 páginas. É claro que um livro tem muito mais possibilidades e ilimitadas páginas para desenvolver os personagens e o enredo. Dito isso, o livro é realmente muito mais rico e mais prazeroso de se absorver.
Não sei se quem leu o livro e tem uma opinião negativa do filme o faz por este não ter sido como o primeiro. A expectativa é realmente maior e quando as coisas não condizem com o que esperamos, tendemos a fazer bico. Acho que o cerne da questão aqui é que o filme mudou completamente o final do livro, cuja história era bem melhor em minha opinião. Acho que os produtores não quiseram que ele tivesse a seriedade e profundidade que Dan Brown conseguiu dar à sua obra literária.
Acho que como um filme individual, sem considerar o livro, fez um belo trabalho. Tem o Tom Hanks, que leva a responsabilidade da grandiosidade da trama de letra, tem uma bela fotografia e um ritmo frenético com perseguições constantes, dignas da franquia Bourne. Sem o contexto do livro, porém, parece que a trama é mais um roteiro batido de um vilão megalomaníaco, apesar de bem executada.
Tendo lido o livro, eu esperava mais, porém não posso desqualificar o filme como obra de entretenimento. Fico feliz pelo menos de ter as memórias que construí lendo o livro e apreciá-lo por mais tempo que o filme.
O Elo Perdido
2.6 271 Assista AgoraUM COLOSSO
Drácula (1ª Temporada)
3.1 417Excelente releitura do tão famoso personagem Drácula. Conseguiu dar sangue novo em um roteiro leve e inteligente. Infelizmente se perdeu no terceiro e último episódio, desconstruindo muito do que havia estabelecido (e não de uma forma boa).
O primeiro episódio estabeleceu o universo recontando a história que todo mundo conhece. A história do segundo episódio foi muito bem contada, inclusive me lembrou muito Assassinato no Expresso do Oriente. Já o terceiro foi uma salada inimaginável, perderam a mão.
Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker
3.2 1,3K Assista AgoraFica claro que a falta de visão da Disney para o retorno de Star Wars, além de brigas internas e um vai e volta de diretores, atrapalhou muito o desenvolvimento desta.
J.J.Abrams abusou da nostalgia em 'O Despertar da Força' mas introduziu decentemente novos personagens mesmo que requentando a mesma história das trilogias anteriores (a estrela da morte está de volta, novamente, por exemplo). O problema é que esta se propôs a ser apenas um grande fan service, sem substância, sem profundidade, sempre escorada no passado sem nunca introduzir algo novo que seja memorável.
Em 'Os Últimos Jedi', o diretor Rian Johnson não aproveitou bem o que J.J.Abrams estabeleceu e também não teve coragem de estabelecer nada impactante, nem mesmo de seguir em frente com suas próprias decisões. Dirigiu uma história morna, sem coragem, sem querer se arriscar. Esquecível, assim como o vilão Snoke.
Aí chegamos para o terceiro filme, 'A Ascensão Skywalker', com o diretor Colin Trevorrow para apagar os incêndios e revitalizar a franquia, dando um final pelo menos decente à bagunça que fizeram. Demitido. Volta o J.J.Abrams com o único propósito de desfazer tudo o que Rian Johnson fez no segundo filme. J.J. quis fazer dois filmes em um, apressado ao pular de um lugar para o outro, introduzindo novos personagens que quase nada conseguiu desenvolver e com o pior roteiro de todos os filmes Star Wars já feitos até agora.
Como que pode o espectador ficar sabendo que o Palpatine na verdade está vivo e que será o vilão deste filme no texto que aparece no primeiro segundo do longa??? Não só isso, o Palpatine está nos fucking posteres de divulgação. Não construíram nada nos dois longas anteriores e aí plaw - toma esse vilão que você achou que estava morto na sua cara!! É até uma falta de respeito. O J.J. cagou na cara dos fãs e entregou o pior trabalho dele até agora. Eu até fiquei curioso pra saber o que Trevorrow teria feito.
E falando dos personagens, Rey é muito boa mas não tem defeito nenhum e em uma fração do tempo virou a mestre Jedi mais poderosa de todas. O arco dela seria interessante não fosse esse filme, principalmente ela sendo filha de pessoas sem importância na trama, o que passaria a mensagem que a Força se manifestaria em qualquer um na galáxia (vide cenas finais de SWVIII). Mas não, nem isso conseguiram nos dar.
O arco do Finn acaba no segundo filme (com a capitã Phasma) e Poe Demeron atinge seu ápice também no segundo filme. Depois viram apenas gado da Rey, seguindo-a pra qualquer lado, sem importância narrativa nenhuma.
Que pelo menos os problemas dessa trilogia sirvam de lição à Disney e que eles possam pelo menos planejar um pouco antes de se jogarem em outra.
Campo do Medo
2.7 731 Assista AgoraFilme típico Netflix - 3 estrelas
É interessante, no geral eu curti mas precisava de um algo a mais..
Terra à Deriva
3.1 115EXCELENTE
Pelo trailer eu já tinha me impressionado com a qualidade da produção. Os chineses estão evoluindo rápido no cinema. E é até legal ver coisas diferentes do padrão hollywoodiano. E quando eu digo diferente, quero dizer, nesse caso, língua e cultura, porque a ambição é a mesma.
Lembrando filmes apocalípticos como Armagedon e O Dia Depois de Amanhã, essa ficção científica chinesa consegue entregar entretenimento de altíssima qualidade, com uma superprodução digna dos grandes blockbusters acidentais. É claro que a premissa é um tanto absurda: o sol aumentando de tamanho a ponto de ameaçar englobar a Terra e justificar o esforço de mudar o planeta do ponto A para o ponto B do universo utilizando-se motores na superfície, depois de parar o movimento de rotação da Terra com motores na Linha do Equador. Por mais improvável/impossível que seja, podemos deixar na conta da "licença poética". Inclusive esse tema é um que nunca vi ser abordado no cinema e fizeram muito bem feito aqui.
O primeiro ato foi um pouco lento e destoante do resto do filme. Com uma pegada muito mais leve, muitos alívios cômicos, até um tanto juvenil, não me prendeu tanto. Achei também muito mal feito o arco da Duoduo, um personagem realmente unidimensional, superficial, que foi prejudicada pelo roteiro, só serviu pra me irritar. O segundo arco foi decente e o terceiro foi excelente, conseguindo dosar ação com o fechamento dos arcos dramáticos, com muita sensibilidade para tratar cada personagem. O protagonismo, dividido entre Liu Qi e Liu Peiqiang é bem feito (apesar das rusgas entre os dois ser algo mal apresentado) e os personagens coadjuvantes também aparecem bastante, não sendo apenas "carne de linguiça".
Enfim, foi uma grata surpresa e fico feliz que o cinema oriental esteja avançando nesse ritmo. Uma superprodução com um bom trabalho de direção, fotografia, trilha sonora e efeitos especiais.
Stake Land: Anoitecer Violento 2
2.4 45Não me lembro muito do primeiro, só lembro de ter gostado quando assisti e foi por isso que criei certa expectativa para essa sequência. Doce ilusão. Tudo é muito apressado e claramente se aproveitaram do relativo sucesso que teve o original para dar continuidade à história. O que não é ruim, só ficou ruim porque o roteiro e a direção foram bem pobres.
Nem de longe Mister tem a presença que tem no primeiro. Tirando ele e o Martin, não se cria empatia com ninguém mais do elenco, são apenas carne de linguiça. Tudo é apressado demais na ânsia de se chegar ao final, as lutas/estratégias não fazem o menor sentido, as soluções são as mais convenientes possíveis.
Filme pobre, não chegou aos pés do original.
Piranha 3D
2.1 1,3K Assista AgoraUM COLOSSO
Roteiro ruim? Gostamos!
CGI mal feito? Gostamos!
Apelo sexual? Gostamos!
Gore e cenas inenarráveis? Gostamos!
ESTOU AQUI PELA PATIFARIA
Black Summer (1ª Temporada)
3.2 306No começo pareceu apenas mais uma série sem orçamento, mas é possível ver que o diretor conduziu muito bem a narrativa e os atores, pelo menos o núcleo principal, são competentes. Zumbis corredores sempre trazem mais frenezi para as cenas, então poucos deles podem fazer um estrago até maior do que muitos zumbis lentos.
Gostei da dinâmica de se acrescentar uma personagem que não fala a língua dos outros, numa situação de emergência gritos e mímicas que fazem a diferença, adicionando aí um obstáculo a mais à sobrevivência.
Algumas coisas me deixaram irritados, tais como ninguém fechar as portas, ninguém mirar na cabeça e também não gostei da narrativa fragmentada, toda hora quebrando o momentum para mostrar um título na transição de cenas, inclusive títulos com spoilers.
No final, a produção foi competente e o enredo foi interessante, tudo isso dentro das limitações orçamentárias, é claro. Darei uma chance à 2a temporada, com sorte terão um orçamento maior.
Dois Caras Legais
3.6 637 Assista AgoraO melhor do filme é com certeza o humor. O filme é um eterno alívio cômico e Ryan Gosling caiu como uma luva para o personagem e, surpreendentemente, também o Russell Crowe.
Muito bom o filme!
Cubo
3.3 879 Assista AgoraPremisa muito interessante e toda a sistemática do cubo e como as personagens pensam para tentar decifrá-lo foi bem executado e faz muito sentido. Sempre parto da premisa de que o filme não precisa detalhar e dar tudo mastigado para o espectador. O mistério sobre o porquê daquelas pessoas estarem lá e por que o cubo foi construído é um mistério que na verdade engrandece o filme.
Apesar do bom roteiro, os atores são sofríveis. A Holloway, por exemplo, não transmite qualquer empatia e a degradação psicológica do policial é um dos arcos piores executados por um ator que já vi. Sobre os efeitos especiais, não achei que ficaram datados, ainda funcionam no filme, mesmo ele sendo de 1997.
O Cubo é interessante porém esquecível. Para quem gosta do tema, posso sugerir aqui alguns outros filmes semelhantes: Circle, The Human Race e Iron Doors.
Hatfields & McCoys
4.4 226Acho que cabe aqui uma famosa frase de uma famosa filósofa:
"Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder."
Hatfields & McCoys
4.4 226SENSACIONAL
Uma história belíssimamente contada nessa mini-série e acaba deixando uma bela mensagem: entrar em uma espiral de ódio apenas traz desgraça para os dois lados. No final, ninguém saiu vitorioso, tendo apenas acumulado lápides para chorar.
E é até impressionante que seja uma história real, com direito a participação na guerra civil americana, lances de Romeu e Julieta, ataques e vingança, tudo isso ambientado no bom e velho Velho Oeste.
A fotografia é belíssima e a trilha sonora é maravilhosa, consegue imprimir sentimento nas cenas, principalmente as mais catastróficas e melancólicas. E foi um grande acerto da produção trazer dois atores tão gabaritados como Kevin Costner e Bill Paxton para viverem os protagonistas.
Caso 39
3.1 1,9K Assista AgoraMediano
O filme é meio clichê, não há surpresas. O que deveria ser o grande plotar twist é entregue cedo na história e o resto do filme é o gato caçando o rato. As personagens são desenvolvidas superficialmente, o roteiro menciona o passado de Emily e Lily mas não investe nisso, o que poderia enriquecer a história. Tudo é bem previsível e o CGI é bem fraco quando exigido.
Apesar dos pesares é um filme que entrega o que se propõe. Assume suas premissas e as leva até o fim. Renée Zellweger e Bradley Cooper estão muito bem nos papéis.
Um filme 3 estrelas, esquecível e que não deixa sua marca no gênero.
Operação Fronteira
3.1 379 Assista AgoraPrometeu mas não entregou muito.
Parece que não há um senso de consequência, os caras planejam um roubo espetacular mas nada se mostra sobre o contra-ataque das facções envolvidas, a gente fica esperando um confronto épico que nunca chega. Em suma, o filme se estrutura em cima das merdas que dão no processo de fuga mas é mais o grupo contra o meio ambiente do que contra os inimigos. Temos um lapso disso no final mas é isso.
O elenco é bom mas o roteiro está aquém da capacidade dos atores. Ficou meio sem sal.
A Balada de Buster Scruggs
3.7 531 Assista AgoraContos muito interessantes mas pelo menos pra mim não deu tempo suficiente para eu me importar com alguém em qualquer uma das histórias, talvez apenas a do minerador.
O último conto é um bom exemplo do que foi o filme todo (que é um compilado de pequenas histórias): quando começa a ficar bom e você passa a entrar na história e entender os personagens, a história acaba. Acaba sendo um pouco frustrante.
Sei que é uma coletânea de contos mas esse formato não rola muito pra mim. Poderiam pegar qualquer um dos contos e transformar num longa que ficaria mais interessante.
Apesar da superficialidade de cada história, todas são muito bem dirigidas pelos irmãos Coen, excelentes diretores, inclusive já com decente experiência no gênero faroeste.
Polar
3.2 425 Assista AgoraCara, esse filme é o que eu gostaria de ter visto em Kingsman. Existe uma história séria que se desenrola, um cara experiente pra levar o filme nas costas, um vilão bem caricatura e um humor negro na medida, que funciona muito bem, inclusive, como alívio cômico.
A seriedade do filme recai muito na seriedade do protagonista, um assassino de aluguel frio e sem qualquer empatia. E essa característica meio robótica também é muito bem explorada como alívio cômico. E o filme logo mostra porque é para maiores de 18 anos, com elevada violência, gore e sexo. Algumas cenas de tortura são inclusive um pouco difíceis de tolerar.
Dito tudo isso, é possível notar que o grande acerto do filme foi não se levar a sério e Mads Mikkelsen serviu como uma luva no papel do assassino de aluguel.
Muito bom o filme, vale a pena conferir!