Em tempos de "pós terror"ou o terror psicologico invadindo o cinema, que obra fantástica. Os diálogos são bárbaros, a trilha sonora absurda, onde o abstrato e a loucura se juntam em uma dança interminável banhada por uma bela direção.
Dafoe está titânico. Talvez seja a melhor atuação de sua carreira, assustadoramente genial. Esperando a injustiça do Oscar mais uma vez com ele..
Vale a pena só pela Huppert stalker, de resto, é péssimo. O filme não tem construção de personagem, o roteiro é uma peneira com tantos furos e a Greta além de ser The Flash que atravessa paredes, é imune a sedativo, rs.
Joaquim Phoenix é o melhor ator de sua geração e isso é indiscutível. Que o Oscar faça jus ao prêmio roubado por The Master e o compense com Coringa, onde ele está tão exuberante e gigante quanto. Atuação irretocável, bárbaro!
Sobre o filme em si, vindo de alguém que não suporta temática de "heróis", acho que poucos vilões conseguiriam a façanha que Coringa alcançou, tendo um filme só pra si, sem depender de alguém salvando o dia. É perturbador a maldade que exala de um dos maiores vilões das telinhas, mas é genial o como também.
Um grande epílogo para um grande personagem como Jesse Pinkman foi. Um filme feito para os verdadeiros fãs da série, que assim como eu, se deliciaram com a medida certa de saudosismo, universo de BrBa e um "fim" que sempre terá porvir.
De uma coisa eu tenho certeza, é impossível qualquer história dentro desse universo ser ruim. Vince é um monstro e tem uma noção absurda de seus personagens e até onde ele pode ir dentro do contexto que ele mesmo propôs ao criar a série. Ele respeita os limites impostos por ele mesmo. Parece que poderíamos ter inúmeros epílogos, prequels, spin-off, não importa, seria um máximo porque ele é um gênio!
Aguardado ansiosamente pelo seu novo projeto e que seja tão magnífico e ambicioso como Breaking Bad foi e ainda tem sido em suas ramificações.
Fiquei imaginando como seria um filme feito pelo Ari Aster em parceria com o Yorgos Lanthimos. Os irmãos bizarros!
Midsommar peca em muitos aspectos, principalmente em sua duração, mas consegue transmitir sua mensagem e muita tensão ao longo do filme. Pela peculiaridade e singularidade do Ari, é um filme que dá muita agonia pelo que pode acontecer. E ainda destaco uma das melhores aplicações que podemos levar com o longa:
Ver os Antropólogos fazendo o que sabem melhor: merda! O grande objetivo da fala "Não mexa, não se envolva, não mude, é cultural" sempre foi usar a cultura para seus próprios benefícios, como ter uma tese avassaladora na academia, ser um grande descobridor, usar as pessoas daquele contexto - inclusive envolvendo questões sexuais, como diversos casos de moças indígenas que são usadas -, tudo isso para seu bel prazer. Não sei se foi intencional do Ari, mas a crítica esta aí e é SUPER válida e atual para o nosso contexto, vide infanticídio sendo defendido pelos espertalhões antropólogos de plantão.
A morte da cultura não se dá quando ela é mudada e redimida, mas sim quando ela se mantém ferindo os pressupostos universais dos seres humanos, a vida!
TS se tornou em pouco tempo, uma das minhas animações favoritas. E é impressionante como a indústria quer seguir lucrando com um material já "garantido", mesmo que necessite estragar toda uma história. Talvez não tenha acontecido aqui - e provavelmente teremos mais filmes dentro do universo, nem que seja daqui uns vinte anos, mas tenho certeza que uma hora ou outra, vão reviver ou continuar TS -, até porque eu gostei muito desse filme em si, mas entendo quem não curtiu.
Essa sequência ficou bem ame ou odeie. A despeito de eu ter gostado muito, acho válido destacar alguns pontos. Primeiro, fica evidente em como a turma é, infelizmente, deixada de lado no filme. Por isso acho que a ideia de ser um spin off do Woody ficaria bem melhor mesmo, pelo fato dos novos personagens terem sido introduzidos só com os protagonistas. Outro fator é a decisão do Woody em deixar sua "família", o que contraria o espírito de TS em sua essência.
Em suma, a animação está esplêndida em seu sentido gráfico e também com a recriação de uma nova saga para alguns personagens. É absurdo a evolução da animação nesses termos, realmente não dá pra comparar. Me diverti muito e ri muito com o Forky e os ursinhos de pelúcia malucos, rs. TS sempre será a animação que nunca perde o seu glamour e com a marca de ter uma sequência (o terceiro filme) como o melhor filme da saga.
O que acontece se você juntar os Irmãos Coen, Tarantino e o Peele em um mesmo filme: Nasce um Parasita. Bong sempre se mostrou excêntrico e inovador em seus filmes, com aquela pegada nonsense e há vários diretores que podemos usar de comparação, mas ele consegue ser muito peculiar em diversos aspectos.
Parasita tem a facilidade de transitar entre vários gêneros, desde um humor tosco até um terror psicológico, e tudo isso ocorre naturalmente durante o filme. As camadas vão se interligando e passo a passo, você vai imergindo em cada atmosfera, sendo conduzido pelo próprio roteiro. Pra que tudo isso aconteça, temos vários exageros no roteiro, mas que é facilmente identificado como algo característico do Bong. Creio que a sensação perfeita para descrever esse filme, seria como um ingresso para todos os brinquedos em um parque de diversões, entrando em um carrinho bate bate, passando pela roda gigante, depois o kamikaze, a montanha russa e terminando na casa do medo. E é exatamente isso que o filme proporciona além de suas alusões críticas a luta de classes e disparidades econômicas da sociedade moderna.
Talvez figure entre os melhores filmes de 2019 e provavelmente lutará pelo oscar estrangeiro como o indicado da Coréia do Sul. Eu teria dado uma nota maior, talvez até a máxima, se o último ato fosse excluído, e o filme tivesse terminado no momento do código morse, com aquela luz piscando. Seria genial e auto explicativo! Mas mesmo com toda a "explicação" que o Bong dá, se torna compreensível pela mensagem que ele quis passar durante todo o filme.
Certamente um misto de emoções que dificilmente você sentirá vendo qualquer outra obra. Compre o ingresso, entre no parque e aproveite todas as sensações que cada brinquedo pode proporcionar em apenas uma noite.
Pensei que juntar Itália com Ghibli seria a combinação perfeita, mas Porco Rosso é um filme apenas legal. Sem sombra de dúvida, é o mais fraco dos que vi até agora do Miyasaki.
É impressionante como o aspecto amador do filme só eleva a qualidade do mesmo. La jaula de oro é doloroso e verdadeiro. É difícil opinar sobre o que leva uma pessoa a passar por tudo isso para chegar ao american dream, mas é nítido que boa parte do que sustenta esse desejo, é baseado em mentiras sobre o que espera do outro lado.
Ainda assim, para muitos, a tentativa de uma mudança de vida mesmo que ilegal, parece ser a melhor opção comparada ao seu status quo.
Esse é o quinto filme que assisto do Miyasaki, e foi talvez o mais diferente de todos. Não esperava essa injeção de adrenalina durante o filme inteiro. Mais uma excelente obra, que encanta do início ao fim. Apesar de algumas conveniências no roteiro, mais uma vez impressionado com a qualidade de tudo, principalmente em como ele consegue fazer todos os seus filmes com estilos bem distintos e mesmo assim deixar sua marca.
Estou chegando na metade da filmografia do Miyasaki e já fico triste por saber que ele provavelmente lançará seu último longa ano que vem. Mente fantástica, espero que algum discípulo siga seus passos..
Mais um da maratona do Miyasaki e talvez o mais fraco em termos de estória, mesmo que não seja um filme ruim. Os detalhes, sutilezas e amor a cultura japonesa sempre são inseridos com maestria, principalmente os quadros perceptivelmente pintados a mão. Isso engrandece toda obra desse gênio das animações. Ademais, acho que não há perda de tempo assistindo qualquer obra do Miyasaki!
Sem dúvidas é o filme mais fraco da trilogia, mas consegue cumprir o seu papel de uma maneira bem característica do excêntrico Shya. A despeito da crítica ter malhado, não achei pra tanto. Óbvio que olhando para Corpo fechado - um dos meus filmes favoritos de "super herói" - e Fragmentado, fica aquém, mas ele também consegue definir traços e coisas que estavam nos outros filmes.
Eu nunca gostei de filmes de super heróis, então já acho válido o que a trilogia proporcionou. Junto com o Batman do Bale e o Aranha do Tobey, é a terceira vez que eu concluo uma sequência do gênero, e de longe acho que essa é a melhor em seu todo. Ao final, muitas vezes os vilões se tornam os verdadeiros heróis, então se torna perfeitamente plausível a referência que Glass faz ao personagem que não teve um filme de destaque para si, mas que sempre foi o regente de toda a estória.
Eu curto muito as loucuras do Peele, e é incrivelmente um dos poucos caras que eu consigo relevar os tantos furos e forçação de barra no roteiro pelo puro entretenimento, algo que eu não consigo fazer ao ver um filme marvel e agregados, etc. Não há dúvidas de que muitas soluções são fáceis, o plot twist final é incongruente e talvez previsível a despeito de eu ter curtido, rs, mas gosto como o Peele toma umas decisões diferentes do habitual quando se trata de um suspense, e como as atuações e estória bizarra complementam isso.
Ao final, eu gostei e consegui aproveitar o filme tanto quanto o Corra, mesmo que o último seja melhor elaborado. Eu não achei o filme superestimado, as pessoas que foram com a expectativa lá em cima e se decepcionaram. No aguardo do próximo, Jordan!
Paddington nos ensina muito a despeito de ser um conto com seus atos bem marcados e muitas vezes repetidos em diversas animações e filmes por aí. Tudo flui de maneira incrível principalmente pelo modo como o filme é dirigido, a trilha sonora, as sacadas e referências, o urso sendo o único ser animado, lembrando também as obras do Wes Anderson. O roteiro faz o feijão com arroz muito bem feito, e eu gosto muito quando os produtores, roteiristas e diretores, sabem exatamente o que querem mostrar e como eles querem fazer isso.
Além de tudo isso, Paddington é muito feliz em sua crítica e em como transmitir sua mensagem principal. Uma das coisas que mais me impressionou no filme, é o fato dele não ser rejeitado por ser um urso que fala - e fica evidente que é proposital -, mas sim por ser um estrangeiro em terras longínquas, onde o imigrante não é bem visto pela sociedade, principalmente se tratando de um órfão. Ao final, o nosso amado urso mostra a todos que ele é uma "pessoa" boa, se tornando parte de uma família, por conseguinte, sociedade, mesmo que sempre seja visto como um diferente - e novamente, não por ser um urso que fala -, agora Paddington é aceito por quem ele é.
Eu gosto muito de dialogar sobre esses aspectos de emigração, ser estrangeiro, e é bem visível como uma cultura engrandece ou menospreza o mesmo. Via de regra, o ocidente - boa parte da Europa e EUA, sinto muito mas você brasileiro não é ocidental e sim latino - vê com menosprezo, pensa que é superior por ter conquistado e colonizado muitos territórios em muitas épocas, ao contrário dos latinos - e aqui incluímos o brasileiro -, africanos e outras regiões que já foram subjugadas ou colonizadas, que geralmente tem a tendência de ver o "gringo" como uma atração ou como uma pessoa superior, que tem sempre algo novo para nos ensinar.
Em tudo isso, Paddington é excelente em nos mostrar o contexto ocidental. Vale demais a viagem com esse ursinho peruano!
Eu acho que esse filme merece três estrelas, mas ao mesmo tempo ele conseguiu me prender com um suspense macabrinho do início ao fim. Fui generoso.
Achei super interessante como eles descaracterizaram o Gordo como vilão no decorrer do segundo ato para no final nos chocar. Valeu o ticket suspense netflix!
Embora seja um filme convencional, vale muito pela sua mensagem e atuações. É uma ótima pedida para reunir a família em uma sexta a noite e desfrutar de uma história tão dura e singela ao mesmo tempo.
A proposta de Estrada desde o início, mostrando uma Oakland peculiar, cru, até os momentos surreais de um cara na condicional parando em um sinal vermelho, trazem a mistura do real com o acaso. Está bem claro durante o filme inteiro, tornando o seu ato final nada mais nada menos que épico.
É um filme sobre o real problema, não temos tempo de tela para algum tipo de lacre, é só a realidade nua e crua exposta, com um quê de acaso e surrealidade. The Wire fazia isso - sem o imaginário - há mais de dez anos na televisão, Atlanta faz hoje mais na linha do filme e Blindspotting fez no cinema sem ganhar uma mera indicação em uma premiação só com filme meia boca - exceto Roma.
Filmaço, daqueles que nos deixam com boas esperanças mesmo em uma sociedade caótica, pois aqui, o protagonista escolheu não ser parte do sistema.
Sem rastros é uma obra contemplativa, tão realista como o sol que nascerá amanhã. A simplicidade no roteiro impressiona em uma época que tiros e bombas estão em voga. Minimalista demais para o público mainstream, profundo e poético para apreciadores de um bom drama.
Um filme de adolescente, com temas de adolescente, atriz adolescente e que consegue fugir de todos os clichês teens ao executar os problemas de Kayla. Destaque para a Elsie Fisher, uma atuação que poderia ser indicada facilmente para o Oscar 2019.
Cá estou comentando filmes thriller, um dos meus gêneros favoritos - talvez o number one. Como muitos comentaram, é um filme que inova diversas coisas - a despeito de já termos alguns filmes por aí que tentam trabalhar desta maneira -, e tem uma trama muito boa, um ótimo suspense, nos envolvendo ao longo de toda a busca.
O filme acerta demais nos quesitos acima, mas tem os seus probleminhas. Ele é muito eficiente até os plot twists começarem a surgir em meio as buscas do pai. Teve umas forçadas no roteiro e o filme perde muito peso em seu último ato, até porque fica muito evidente que o detetive mais eficiente é o pai e que é por ele que as coisas serão resolvidas.
Outra coisa que me incomodou também foi a necessidade de apelar para o "show everything" a qualquer custo do diretor, meio que quebrando a própria narrativa inovadora do filme. Acho que diversos momentos teriam sido infinitamente melhores se ficassem somente na imaginação do telespectador. Isso é um Nolan's problem.
No geral, eu curti a experiência e sensações e acho que a trama em si não deixa a desejar. Vale ressaltar que foi o primeiro filme da carreira do Aneesh, que só tem 28 anos - das exceções de hollywood, Chazelle tinha 29 quando fez a obra prima Whiplash. Um belo começo e já fica a expectativa para sua próxima obra "Run", com a incrível Sarah Paulson.
Burning ainda está ardendo minha mente com suas metáforas e diálogos. É um filme muito peculiar em todos os aspectos. O ritmo me lembrou um pouco The Killing of a sacred deer, do Yorgos, transparecendo que a qualquer momento algo muito ruim e inesperado poderia acontecer.
Eu adoro thriller e acho que o filme consegue passar essa sensação, a despeito de ser mais dramático do que um suspense propriamente declarado. Com todas as metáforas e ambiguidades - algo que me conquistou -, a previsibilidade de momentos cruciais deixa o filme menos glamoroso e singular, uma pena, pois tinha tudo pra ser muito melhor ou talvez eu fui com muitas expectativas.
No mais, é um Get Out de classes sociais em vez de racismo sem o fator enérgico, e a colérica direção de Jordan Peele.
Uma boa distração, mas os inúmeros recortes do primeiro me irritaram. Bem abaixo, mas é difícil uma sequência de animação da Disney conseguir manter o nível. Salvo exceção Toy Story!
Cold War é impecável em sua fotografia, e Pawel mais uma vez com uma direção estupenda. Porém, parece que o filme cai no mesmo erro de Ida, com um início bem carismático, faz você se importar e se apaixonar pela trama e pelos personagens, mas toma quase todas as decisões erradas na continuidade do filme, mesmo que narre um conto romântico um tanto bipolar.
Tinha tudo pra ser um dos melhores do Oscar ao lado de Roma e ainda bem que não tomou o prêmio do último, já basta Ida ter levado em 2015, um ano que tínhamos duas obras primas em estrangeiro: Relatos Selvagens e Tangerines.
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraEm tempos de "pós terror"ou o terror psicologico invadindo o cinema, que obra fantástica. Os diálogos são bárbaros, a trilha sonora absurda, onde o abstrato e a loucura se juntam em uma dança interminável banhada por uma bela direção.
Dafoe está titânico. Talvez seja a melhor atuação de sua carreira, assustadoramente genial. Esperando a injustiça do Oscar mais uma vez com ele..
Obsessão
2.9 482 Assista AgoraVale a pena só pela Huppert stalker, de resto, é péssimo. O filme não tem construção de personagem, o roteiro é uma peneira com tantos furos e a Greta além de ser The Flash que atravessa paredes, é imune a sedativo, rs.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraJoaquim Phoenix é o melhor ator de sua geração e isso é indiscutível. Que o Oscar faça jus ao prêmio roubado por The Master e o compense com Coringa, onde ele está tão exuberante e gigante quanto. Atuação irretocável, bárbaro!
Sobre o filme em si, vindo de alguém que não suporta temática de "heróis", acho que poucos vilões conseguiriam a façanha que Coringa alcançou, tendo um filme só pra si, sem depender de alguém salvando o dia. É perturbador a maldade que exala de um dos maiores vilões das telinhas, mas é genial o como também.
Referências a Táxi Driver <3
El Camino: Um Filme de Breaking Bad
3.7 843 Assista AgoraUm grande epílogo para um grande personagem como Jesse Pinkman foi. Um filme feito para os verdadeiros fãs da série, que assim como eu, se deliciaram com a medida certa de saudosismo, universo de BrBa e um "fim" que sempre terá porvir.
De uma coisa eu tenho certeza, é impossível qualquer história dentro desse universo ser ruim. Vince é um monstro e tem uma noção absurda de seus personagens e até onde ele pode ir dentro do contexto que ele mesmo propôs ao criar a série. Ele respeita os limites impostos por ele mesmo. Parece que poderíamos ter inúmeros epílogos, prequels, spin-off, não importa, seria um máximo porque ele é um gênio!
Aguardado ansiosamente pelo seu novo projeto e que seja tão magnífico e ambicioso como Breaking Bad foi e ainda tem sido em suas ramificações.
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraFiquei imaginando como seria um filme feito pelo Ari Aster em parceria com o Yorgos Lanthimos. Os irmãos bizarros!
Midsommar peca em muitos aspectos, principalmente em sua duração, mas consegue transmitir sua mensagem e muita tensão ao longo do filme. Pela peculiaridade e singularidade do Ari, é um filme que dá muita agonia pelo que pode acontecer. E ainda destaco uma das melhores aplicações que podemos levar com o longa:
Ver os Antropólogos fazendo o que sabem melhor: merda! O grande objetivo da fala "Não mexa, não se envolva, não mude, é cultural" sempre foi usar a cultura para seus próprios benefícios, como ter uma tese avassaladora na academia, ser um grande descobridor, usar as pessoas daquele contexto - inclusive envolvendo questões sexuais, como diversos casos de moças indígenas que são usadas -, tudo isso para seu bel prazer. Não sei se foi intencional do Ari, mas a crítica esta aí e é SUPER válida e atual para o nosso contexto, vide infanticídio sendo defendido pelos espertalhões antropólogos de plantão.
A morte da cultura não se dá quando ela é mudada e redimida, mas sim quando ela se mantém ferindo os pressupostos universais dos seres humanos, a vida!
Toy Story 4
4.1 1,4K Assista AgoraTS se tornou em pouco tempo, uma das minhas animações favoritas. E é impressionante como a indústria quer seguir lucrando com um material já "garantido", mesmo que necessite estragar toda uma história. Talvez não tenha acontecido aqui - e provavelmente teremos mais filmes dentro do universo, nem que seja daqui uns vinte anos, mas tenho certeza que uma hora ou outra, vão reviver ou continuar TS -, até porque eu gostei muito desse filme em si, mas entendo quem não curtiu.
Essa sequência ficou bem ame ou odeie. A despeito de eu ter gostado muito, acho válido destacar alguns pontos. Primeiro, fica evidente em como a turma é, infelizmente, deixada de lado no filme. Por isso acho que a ideia de ser um spin off do Woody ficaria bem melhor mesmo, pelo fato dos novos personagens terem sido introduzidos só com os protagonistas. Outro fator é a decisão do Woody em deixar sua "família", o que contraria o espírito de TS em sua essência.
Em suma, a animação está esplêndida em seu sentido gráfico e também com a recriação de uma nova saga para alguns personagens. É absurdo a evolução da animação nesses termos, realmente não dá pra comparar. Me diverti muito e ri muito com o Forky e os ursinhos de pelúcia malucos, rs. TS sempre será a animação que nunca perde o seu glamour e com a marca de ter uma sequência (o terceiro filme) como o melhor filme da saga.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraO que acontece se você juntar os Irmãos Coen, Tarantino e o Peele em um mesmo filme: Nasce um Parasita. Bong sempre se mostrou excêntrico e inovador em seus filmes, com aquela pegada nonsense e há vários diretores que podemos usar de comparação, mas ele consegue ser muito peculiar em diversos aspectos.
Parasita tem a facilidade de transitar entre vários gêneros, desde um humor tosco até um terror psicológico, e tudo isso ocorre naturalmente durante o filme. As camadas vão se interligando e passo a passo, você vai imergindo em cada atmosfera, sendo conduzido pelo próprio roteiro. Pra que tudo isso aconteça, temos vários exageros no roteiro, mas que é facilmente identificado como algo característico do Bong. Creio que a sensação perfeita para descrever esse filme, seria como um ingresso para todos os brinquedos em um parque de diversões, entrando em um carrinho bate bate, passando pela roda gigante, depois o kamikaze, a montanha russa e terminando na casa do medo. E é exatamente isso que o filme proporciona além de suas alusões críticas a luta de classes e disparidades econômicas da sociedade moderna.
Talvez figure entre os melhores filmes de 2019 e provavelmente lutará pelo oscar estrangeiro como o indicado da Coréia do Sul. Eu teria dado uma nota maior, talvez até a máxima, se o último ato fosse excluído, e o filme tivesse terminado no momento do código morse, com aquela luz piscando. Seria genial e auto explicativo! Mas mesmo com toda a "explicação" que o Bong dá, se torna compreensível pela mensagem que ele quis passar durante todo o filme.
Certamente um misto de emoções que dificilmente você sentirá vendo qualquer outra obra. Compre o ingresso, entre no parque e aproveite todas as sensações que cada brinquedo pode proporcionar em apenas uma noite.
Porco Rosso: O Último Herói Romântico
3.9 285 Assista AgoraPensei que juntar Itália com Ghibli seria a combinação perfeita, mas Porco Rosso é um filme apenas legal. Sem sombra de dúvida, é o mais fraco dos que vi até agora do Miyasaki.
A Jaula de Ouro
4.2 84É impressionante como o aspecto amador do filme só eleva a qualidade do mesmo. La jaula de oro é doloroso e verdadeiro. É difícil opinar sobre o que leva uma pessoa a passar por tudo isso para chegar ao american dream, mas é nítido que boa parte do que sustenta esse desejo, é baseado em mentiras sobre o que espera do outro lado.
Ainda assim, para muitos, a tentativa de uma mudança de vida mesmo que ilegal, parece ser a melhor opção comparada ao seu status quo.
O Castelo no Céu
4.2 326 Assista AgoraEsse é o quinto filme que assisto do Miyasaki, e foi talvez o mais diferente de todos. Não esperava essa injeção de adrenalina durante o filme inteiro. Mais uma excelente obra, que encanta do início ao fim. Apesar de algumas conveniências no roteiro, mais uma vez impressionado com a qualidade de tudo, principalmente em como ele consegue fazer todos os seus filmes com estilos bem distintos e mesmo assim deixar sua marca.
Estou chegando na metade da filmografia do Miyasaki e já fico triste por saber que ele provavelmente lançará seu último longa ano que vem. Mente fantástica, espero que algum discípulo siga seus passos..
Meu Amigo Totoro
4.3 1,3K Assista AgoraMais um da maratona do Miyasaki e talvez o mais fraco em termos de estória, mesmo que não seja um filme ruim. Os detalhes, sutilezas e amor a cultura japonesa sempre são inseridos com maestria, principalmente os quadros perceptivelmente pintados a mão. Isso engrandece toda obra desse gênio das animações. Ademais, acho que não há perda de tempo assistindo qualquer obra do Miyasaki!
Vidro
3.5 1,3K Assista AgoraSem dúvidas é o filme mais fraco da trilogia, mas consegue cumprir o seu papel de uma maneira bem característica do excêntrico Shya. A despeito da crítica ter malhado, não achei pra tanto. Óbvio que olhando para Corpo fechado - um dos meus filmes favoritos de "super herói" - e Fragmentado, fica aquém, mas ele também consegue definir traços e coisas que estavam nos outros filmes.
Eu nunca gostei de filmes de super heróis, então já acho válido o que a trilogia proporcionou. Junto com o Batman do Bale e o Aranha do Tobey, é a terceira vez que eu concluo uma sequência do gênero, e de longe acho que essa é a melhor em seu todo. Ao final, muitas vezes os vilões se tornam os verdadeiros heróis, então se torna perfeitamente plausível a referência que Glass faz ao personagem que não teve um filme de destaque para si, mas que sempre foi o regente de toda a estória.
Nós
3.8 2,3K Assista AgoraUm pipocão de respeito!
Eu curto muito as loucuras do Peele, e é incrivelmente um dos poucos caras que eu consigo relevar os tantos furos e forçação de barra no roteiro pelo puro entretenimento, algo que eu não consigo fazer ao ver um filme marvel e agregados, etc. Não há dúvidas de que muitas soluções são fáceis, o plot twist final é incongruente e talvez previsível a despeito de eu ter curtido, rs, mas gosto como o Peele toma umas decisões diferentes do habitual quando se trata de um suspense, e como as atuações e estória bizarra complementam isso.
Ao final, eu gostei e consegui aproveitar o filme tanto quanto o Corra, mesmo que o último seja melhor elaborado. Eu não achei o filme superestimado, as pessoas que foram com a expectativa lá em cima e se decepcionaram. No aguardo do próximo, Jordan!
As Aventuras de Paddington
3.6 278 Assista AgoraPaddington nos ensina muito a despeito de ser um conto com seus atos bem marcados e muitas vezes repetidos em diversas animações e filmes por aí. Tudo flui de maneira incrível principalmente pelo modo como o filme é dirigido, a trilha sonora, as sacadas e referências, o urso sendo o único ser animado, lembrando também as obras do Wes Anderson. O roteiro faz o feijão com arroz muito bem feito, e eu gosto muito quando os produtores, roteiristas e diretores, sabem exatamente o que querem mostrar e como eles querem fazer isso.
Além de tudo isso, Paddington é muito feliz em sua crítica e em como transmitir sua mensagem principal. Uma das coisas que mais me impressionou no filme, é o fato dele não ser rejeitado por ser um urso que fala - e fica evidente que é proposital -, mas sim por ser um estrangeiro em terras longínquas, onde o imigrante não é bem visto pela sociedade, principalmente se tratando de um órfão. Ao final, o nosso amado urso mostra a todos que ele é uma "pessoa" boa, se tornando parte de uma família, por conseguinte, sociedade, mesmo que sempre seja visto como um diferente - e novamente, não por ser um urso que fala -, agora Paddington é aceito por quem ele é.
Eu gosto muito de dialogar sobre esses aspectos de emigração, ser estrangeiro, e é bem visível como uma cultura engrandece ou menospreza o mesmo. Via de regra, o ocidente - boa parte da Europa e EUA, sinto muito mas você brasileiro não é ocidental e sim latino - vê com menosprezo, pensa que é superior por ter conquistado e colonizado muitos territórios em muitas épocas, ao contrário dos latinos - e aqui incluímos o brasileiro -, africanos e outras regiões que já foram subjugadas ou colonizadas, que geralmente tem a tendência de ver o "gringo" como uma atração ou como uma pessoa superior, que tem sempre algo novo para nos ensinar.
Em tudo isso, Paddington é excelente em nos mostrar o contexto ocidental. Vale demais a viagem com esse ursinho peruano!
Cafarnaum
4.6 673 Assista AgoraUma obra prima singular e atemporal. Que Zain e esta realidade avassaladora fale diretamente aos nossos corações...
O Presente
3.4 832 Assista AgoraEu acho que esse filme merece três estrelas, mas ao mesmo tempo ele conseguiu me prender com um suspense macabrinho do início ao fim. Fui generoso.
Achei super interessante como eles descaracterizaram o Gordo como vilão no decorrer do segundo ato para no final nos chocar. Valeu o ticket suspense netflix!
O Menino que Descobriu o Vento
4.3 741Embora seja um filme convencional, vale muito pela sua mensagem e atuações. É uma ótima pedida para reunir a família em uma sexta a noite e desfrutar de uma história tão dura e singela ao mesmo tempo.
Ponto Cego
4.0 142 Assista AgoraA proposta de Estrada desde o início, mostrando uma Oakland peculiar, cru, até os momentos surreais de um cara na condicional parando em um sinal vermelho, trazem a mistura do real com o acaso. Está bem claro durante o filme inteiro, tornando o seu ato final nada mais nada menos que épico.
É um filme sobre o real problema, não temos tempo de tela para algum tipo de lacre, é só a realidade nua e crua exposta, com um quê de acaso e surrealidade. The Wire fazia isso - sem o imaginário - há mais de dez anos na televisão, Atlanta faz hoje mais na linha do filme e Blindspotting fez no cinema sem ganhar uma mera indicação em uma premiação só com filme meia boca - exceto Roma.
Filmaço, daqueles que nos deixam com boas esperanças mesmo em uma sociedade caótica, pois aqui, o protagonista escolheu não ser parte do sistema.
Sem Rastros
3.5 191 Assista AgoraSem rastros é uma obra contemplativa, tão realista como o sol que nascerá amanhã. A simplicidade no roteiro impressiona em uma época que tiros e bombas estão em voga. Minimalista demais para o público mainstream, profundo e poético para apreciadores de um bom drama.
Oitava Série
3.8 336 Assista AgoraUm filme de adolescente, com temas de adolescente, atriz adolescente e que consegue fugir de todos os clichês teens ao executar os problemas de Kayla. Destaque para a Elsie Fisher, uma atuação que poderia ser indicada facilmente para o Oscar 2019.
Buscando...
4.0 1,3K Assista AgoraCá estou comentando filmes thriller, um dos meus gêneros favoritos - talvez o number one. Como muitos comentaram, é um filme que inova diversas coisas - a despeito de já termos alguns filmes por aí que tentam trabalhar desta maneira -, e tem uma trama muito boa, um ótimo suspense, nos envolvendo ao longo de toda a busca.
O filme acerta demais nos quesitos acima, mas tem os seus probleminhas. Ele é muito eficiente até os plot twists começarem a surgir em meio as buscas do pai. Teve umas forçadas no roteiro e o filme perde muito peso em seu último ato, até porque fica muito evidente que o detetive mais eficiente é o pai e que é por ele que as coisas serão resolvidas.
Outra coisa que me incomodou também foi a necessidade de apelar para o "show everything" a qualquer custo do diretor, meio que quebrando a própria narrativa inovadora do filme. Acho que diversos momentos teriam sido infinitamente melhores se ficassem somente na imaginação do telespectador. Isso é um Nolan's problem.
No geral, eu curti a experiência e sensações e acho que a trama em si não deixa a desejar. Vale ressaltar que foi o primeiro filme da carreira do Aneesh, que só tem 28 anos - das exceções de hollywood, Chazelle tinha 29 quando fez a obra prima Whiplash. Um belo começo e já fica a expectativa para sua próxima obra "Run", com a incrível Sarah Paulson.
Em Chamas
3.9 379 Assista AgoraBurning ainda está ardendo minha mente com suas metáforas e diálogos. É um filme muito peculiar em todos os aspectos. O ritmo me lembrou um pouco The Killing of a sacred deer, do Yorgos, transparecendo que a qualquer momento algo muito ruim e inesperado poderia acontecer.
Eu adoro thriller e acho que o filme consegue passar essa sensação, a despeito de ser mais dramático do que um suspense propriamente declarado. Com todas as metáforas e ambiguidades - algo que me conquistou -, a previsibilidade de momentos cruciais deixa o filme menos glamoroso e singular, uma pena, pois tinha tudo pra ser muito melhor ou talvez eu fui com muitas expectativas.
No mais, é um Get Out de classes sociais em vez de racismo sem o fator enérgico, e a colérica direção de Jordan Peele.
WiFi Ralph: Quebrando a Internet
3.7 740 Assista AgoraUma boa distração, mas os inúmeros recortes do primeiro me irritaram. Bem abaixo, mas é difícil uma sequência de animação da Disney conseguir manter o nível. Salvo exceção Toy Story!
Guerra Fria
3.8 326 Assista AgoraCold War é impecável em sua fotografia, e Pawel mais uma vez com uma direção estupenda. Porém, parece que o filme cai no mesmo erro de Ida, com um início bem carismático, faz você se importar e se apaixonar pela trama e pelos personagens, mas toma quase todas as decisões erradas na continuidade do filme, mesmo que narre um conto romântico um tanto bipolar.
Tinha tudo pra ser um dos melhores do Oscar ao lado de Roma e ainda bem que não tomou o prêmio do último, já basta Ida ter levado em 2015, um ano que tínhamos duas obras primas em estrangeiro: Relatos Selvagens e Tangerines.