Jefferson Abreu

Ruim para não dizer o pior. Expositivo demais, explosão demais, coisas aleatórias demais, correria demais, historia de menos. Aproveita muito mal o que a Mumia poderia oferecer, constrói muito mal uma vilã sem motivação, sem proposito e sem background. Desenvolve muito mal seus personagens, os torna plastificados, esquecível.

Sem duvida nenhuma, esse é o tipo de filme que eu mostraria como exemplo para evitar o ridículo. Os diálogos desse filme parece que foram escritos por um adolescente de 12 anos. Não sabem desenvolver um personagem, nem sequer criar tensão em qualquer cena, que há pelo menos 2 dignas de novela das 9. No primeiro filme, embora o desastre seja o mesmo, nós tínhamos a Trilha sonora e a fotografia, que querendo ou não, nos dava um alivio para segurar aquela barra. Aqui, nem um, nem outro, parece tudo feito nas coxas, as pressas e sem nenhum talento. Esse filme é o desastre de 2017 e eu acho difícil qualquer filme superar esse.

O filme é bem mais ou menos, tem um grande problema, que foi o mesmo que constatei no filme "Pequeno segredo", uma história grande demais pra 2 horas, o resultado ? É uma narrativa super acelerada, que não nos deixa sentir o sabor de cada momento da vida da Elis. A edição frenética transforma cada momento, como se fosse um clip musical, com duração de alguns minutos e logo depois, vem o corte, anos se passa e vc engoliu sem sentir o gosto da comida. Vale ressaltar a falta de coragem ou talvez uma manipulação para evitar falar de algo que foi algo extremamente importante para o que veio acontecer com a Elis, as drogas, totalmente oculta, nos limitando apenas a sub entender, que seja aquilo. Ao meu ver, as drogas seriam um bom recurso para melhorar a narrativa e tentar melhorar o que sentimos em cada parte da historia, mas não foi o que aconteceu. Vale acrescente que o ponto alto do filme, com certeza é a ambientação e a caracterização dos personagens, fora isso o filme deixa a desejar.