Meryl Streep é diferenciada. Incrível como ela faz com que a gente ria e depois tenha compaixão pela mesma pessoa. E isso independe do roteiro, qiue é fraco, diga-se de passagem. É única e exclusivamente pela atuação deste monstro. Surpresa para atuação do Hugh Grant (muito bem) e não tão surpresa assim, Simon Helberg.
Maravilhoso. Aquela velha história da frustração, medo e expectativas que existe na vida das pessoas e são passadas, de forma muitas vezes egoísta, para a vida dos filhos.
Me deixou bem tenso nas cenas de guerra. Adorei a história do Desmond Doss. Não só a do filme, mas a que pesquisei depois também. O menino Andrew Garfield está muito bem.
Melhor filme adolescente de 2016 que você respeita Uma pitada de black Mirror (mas só uma pitada mesmo), e uma EXCELENTE trilha sonora. E a fotografia é ótima!
Infelizmente, ainda, os filmes que tratam de homossexualidade e bissexualidade, tratam, mesmo que de forma inconsciente, como algo promiscuo ou às margens da sociedade. Precisava mesmo envolver um casamento e uma mulher grávida? Tá, posso estar sendo bem chato, mas é que infelizmente isso serve como reforço de imagem. No mais, independente disso, gostei bastante do filme e principalmente das atuações. Esperava um filme fraco neste sentido e fui surpreendido.
Essa temporada dos filmes premiáveis está bem devastadora. Um drama atrás do outro e todos com uma humanidade incrível. O mais brilhante neste trabalho, pra mim, reside nas transições entre passado e presente, que são tão naturais, feitas como se fossem no tempo atual, mas nunca te deixando confuso (ponto também para a atuação de Affleck com uma sutileza assustadora). Apesar do tema indigesto e da carga pesada do filme, muito bem dramatizada também por Michele Willians que da um show em poucos minutos em cena, o sarcasmo e ironia presentes que fazem da relação de tio e sobrinho algo humano, natural e vejam vocês, leve.
Com a cena final da vontade de entrar na tela e abraçar os dois personagens, naquele que para o tio era a lembrança de maior felicidade do sobrinho...
O filme consegue nos passar a mesma sensação de que seus personagens vivem. Seria uma sensação como a de sair engasgado da sala sem conseguir chorar e afundado em mais um dos dramas brilhantes do ano.
Não dá pra marcar como Já Vi e Quero ver ao mesmo tempo? Porque é essa a vontade que o filme da. Nem de longe parecem 2h de projeção. Aguentava mais umas 3h facilmente. Destaque total para Chazelle, roteiro e direção impecáveis, sobre mais uma vez jazz e busca incansável por seus sonhos, e para o casal mais fofo do cinema, que com este trabalho me lembra muito o casal vencedor Jack Nicholson e Helen Hunt por Melhor Impossível.
Confesso que estava bastante curioso sobre como havia sido conduzido um filme sobre estupro para causar tanto burburinho a cerca do filme e da atuação de Isabelle Huppert. Ledo engano meu. O filme tem no estupro da personagem de Michele, o despertar de uma personalidade ainda mais difícil e perversa. Incrível como o filme se torna extremamente sensual após uma cena de violência. Méritos totais para Verhoeven e Huppert. E o meu engano vai além, já que o filme trata de, vejam vocês, igualdade de gêneros. Curioso que como o mote do trailler trata do estupro, qualquer comentário adicional pode virar spoiller. O que posso dizer que este filme está bem próximo de fazer o que Amour fez em 2013 e concorrer a 5 estatuetas: filme, filme estrangeiro, atriz, roteiro e direção. Seria um prazer e absolutamente dentro do esperado. Se Amour tratou da questão sensível do envelhecer juntos e das ações dominadas pelo sentimento mais puro que temos, em Elle, a questão tratada é quase que a inversa, em que submundo somos jogados (ou resgatados) a partir de experiências que sendo traumáticas no trato comum, por algum motivo se tornam prazerosas.
Um ensaio perfeito sobre linguística. A jogada com o nome da língua dos extraterrestres é uma lembrança muito importante sobre como a utilizamos. A frase em Mandarim (e que claro, tive que pesquisar), contrapõem e quebra tudo de vez. Maravilhoso
É um filme meticulosamente pensado. Eu ainda estou, 2 dias após assistir, sob efeito total deste longa. A cada lembrança que faço conectando os fatos dos 3 tempos da história, tenho ainda mais convicção do brilhantismo do Roteiro e da Direção de Tom Ford. Fora que a Direção de Arte do filme também está de parabéns. Construir diferentes climas para os diferentes tempos, é algo pra ficar na memória.
Excelente fotografia, edição de som maravilhosa, trilha sonora do Desplat, para variar, dando ainda mais emoção ao filme, e um trio de atores de tirar o fôlego. Gostei muito do filme. Trata de amor nas mais diferentes esferas e motivações.
Curioso como um ator que nunca se preocupou com roteiro em toda sua carreira, se preocupou desta vez. Mas, tudo bem. Hugh Grant não fez falta nesta deliciosa continuação. Aliás, o arco narrativo ficou bem melhor sem ele. É como se a opção óbvia ficasse ainda mais óbvia. Em O Bebê de Bridget Jones, temos a melancolia de 15 anos do primeiro filme (uau! 15 anos...). Temos uma protagonista que no auge dos 43 anos, está decidida e firme em quase todos os aspectos de sua vida, exceto, claro, no amoroso. Temos o mesmo Mark Darcy, maravilhosamente bem construído como sempre, como todo charme e carisma que só um homem como Colin Firth tem. E contamos com várias gratas surpresas, que não passam somente por Patrick Dampsey, mas, também por Emma Thompson como uma obstetra maravilhosa e a Sarah Solemani, ambas muito fortes na parte comédia do filme. Sem dúvida a melhor homenagem moderna ao próprio filme que poderia ter sido criada. Se não é fiel ao livro por n motivos, isso pouco importa, já que usa os acontecimentos dos anteriores para ponto de partida desta moderna comédia romantica. Impossível não se emocionar com a história e se colocar no lugar da Bridget, ponto claro para Zeellweger, que não perdeu a mão depois deste hiato longe das telonas. Gargalhadas certeiras e intermináveis na sessão!!!!
Fico muito contente quando a metalinguagem funciona num filme. Ainda mais contente quando este filme é uma bela homenagem a antiga Hollywood. Humor ácido na medida certa, como não poderia deixar de ser.... Uma pena que Frances apareça tão pouco no longa.
Antes de qualquer comentário do filme, devo mencionar em como o filme me lembra Dúvida no que tange a parte crítica. Temos padres transferidos a qualquer sinal de escândalo, mães de crianças pobres eternamente gratas aos padres e que preferem fechar os olhos para o que é feito e um feudo voltado e agradecido para a igreja. Dito isso, tenho que dizer que o filme me impressionou bastante. Esperava uma boa atuação da Rachel McAdams pelo que estava ouvindo e já achava o elenco de primeira, mas não sabia o que esperar. É um tiro certo. Keaton, Ruffalo, McAdams, Liev Schreiber e o sempre perfeito Stanley Tucci, fazem uma caracterização perfeita dos seus personagens e nuances. Pfeifer (McAdams), surpreende. A menina malvada cresceu bastante e não me recordo de bate pronto de um filme que tenha entregue uma dramatização forte mas sem caricaturas como a realizada aqui. O ritmo do roteiro é o que mais chama atenção. A medida que a tensão e certeza sobre as ocorrências aumentam, o filme começa a ganhar velocidade dinamizando o longa. Um trabalho a ser apreciado e feito para pensarmos fora da caixa nas relações com qualquer instituição que tenha seu poder e em como podemos estar influenciados por ela até mesmo sem perceber.
O assunto parece chato, mas o que o filme faz em grade parte é justamente encontrar explicações (3 no total: uma por Margot Robbie sobre como começaram as hipotecas sem garantia, Anthony Bourdain explicando termos técnicos do mercado de opções e por fim Selena Gomez explicando sobre a aposta da aposta). As explicações ajudam? Não. São rápidas e se não há familiaridade com o assunto, isso não será criado neste momento. Pronto: aí está o trunfo do filme. Numa direção muito bem executada, o que vale é mostrar realmente o mercado como aposta. Como numa mesa de cartas ou o que for. Você não precisa saber exatamente como funciona para entrar. E aí que mora o risco. O roteiro adaptado talvez seja minha grande aposta para o longa no Oscar, seguido da atuação irreparável de Cristian Bale (qualquer comentário sobre estragaria a surpresa) e da direção bem acertada em criar ambientes e situações perfeitas
(o isolamento de Michael Burry durante todo o filme, Melissa Leo numa aparição hilaria, como uma funcionária de uma agência de classificação usando um óculos escuro evidenciando que as agências não queriam enxergar o óbvio e que é suportado por um diálogo na sequência, e a trilha sonora que atinge o seu auge a tocar de fundo when I grow up quando um dos investidores está na academia e a crise se agrava)
. Enfim. Trata-se daquele longa para ver nos detalhes!
Gosto muito da Jennifer Lawrence e tenho pra mim que este é o melhor trabalho dela com O. Russel. Ainda acho que o melhor trabalho dela foi em O Inverno da Alma e que apesar de ter amado O Lado bom da Vida, quem merecia mesmo as premiações daquela temporada era Emanuele Riva. E isso é tudo que tenho de melhor a dizer sobre Joy. O filme ganhou as indicações que merecia: atriz. A capacidade desta garota transformar um roteiro medíocre em algo grandioso é impressionante. No mais, as indicações sucessivas de Russell: O Vencedor, O Lado bom da Vida e Trapaça, fizeram com que ele ficasse preguiçoso e colocasse tempero demais no roteiro e no filme, tentando transformar este filme em um A Vencedora, mas aqui extremamente piegas. Durante todo o longa somos apresentados a situações que ficam em aberto (não de forma proposital, como, por exemplo,
o relacionamento da protagonista com sua meio irmã
) e a situações que fogem da comédia e passam a ser caricatas (como toda a família de Joy). Assim, não é surpresa que os melhores momentos do longa se sustentem em momentos longe da família
(como com a ótima sequência com Cooper nos estúdios de um programa de vendas na TV)
. De forma bem resumida, é uma boa distração e conta (da maneira mais melodramática possível e ao mesmo tempo sem emocao) uma história real com uma excelente atuação. O destaque vai sem dúvida para aquela que já foi musa, arrancava suspiros na década de 90 com um corpo invejável (em a morte lhe cai bem esta impagável), Isabella Rosselinni, que está quase irreconhecível neste longa...
Steve Jobs é aquele filme básico bem feito. Muito bem feito! O roteiro é daqueles que foca no que quer e faz questão de explicar o resto para nos deixar com o que importa, a direção é acertada e usa lá seus bons trocadilhos durante a projeção e, por fim, temos que falar das atuações. Fassbender sempre divino, dono de uma boa atuação com uma construção minuciosa de seu personagem. Mas quem rouba a cena mesmo é a Kate. Ela é a responsável por emocionar no longa e criar a identidade do telespectador com esta versão mais dura de Steve Jobs. Um trabalho dela que tem tudo para ser reconhecido.
Eddie Redmayne é bastante competente ao criar Einar/Lilly e com a ajuda do roteiro, nos passar a confusão pela qual o personagem passa constantemente. Em uma das cenas que mais esclarecem ao publico a diferença entre um homossexual e um transgênero,
Lilly fica extremamente ofendida ao ser chamada de Einar enquanto beija outro homem mesmo antes de sua operação, mostrando que ela ja havia assumido sua identidade
. Mesmo com este bom trabalho, acredito que nao será o bastante para frear Léo no Oscar. Com bastante destaque aparece Gerda (Alicia Vikander, BRILHANTE neste papel), esposa e
sempre fez o "papel de homem da relação" (tratada de forma clara no filme para criar embate justamente no que julgamos de gênero e em como a mulher não "poderia" fazer as vezes do homem em uma relacao), inclusive na conquista do marido, enquanto este sempre se preocupou com detalhes que remetem a delicadeza do seu interior. Inclusive é por este impulso de tomar a frente sempre, que novamente de forma inconsciente, Gerda faz com que o marido desperte seus desejos do passado em ser uma mulher. Gerda, no fim das contas, prefere apoiar o grande amor da sua vida para te-lo por perto do que simplesmente perde-lo para sempre, e aqui, ao menos pra mim, fica bastante claro que o título A Garota Dinamarquesa serve tanto para a Lilly quando para Gerda.
Steven Spielberg insiste em pesar a mão no drama em seus filmes. Em alguns momentos este lembra Cavalo de Guerra, com a inserção de cenas desnecessárias ou até o exagero das necessárias. Felizmente, independente disso, o papel do filme é alcançado com louvor e graças às atuações impecáveis de Mark Rylance (indicação mais que merecida ao Oscar) e Tom Hanks. Eles conseguem de maneira discreta, fazer uma dupla a qual de fato você torce. Aliás, se critiquei Spielberg acima, aqui devo reconhecer que ele na direção e Matt Charman e os irmãos Coen são corajosos ao retratar a figura do russo com um homem bom, e os agentes da Cia com total prepotência. Claro que nem tudo são flores e
no fim, escorregam mostrando uma suposta tortura por parte dos soviéticos ao preso americano, enquanto estes tratam super bem o russo (neste momento ele prefere criticar também a sociedade, que "luta" pela execução de um espiao).
Um filme bom, sem grandes reviravoltas ou tensões.
Os dois melhores filmes desta temporada têm muita coisa em comum: Tom Hardy, busca por redenção, um ótimo diretor a frente do projeto, uma fotografia inspiradora, uma direção de arte magnifica, um figurino único e uma edição de tirar o folego. Por outro lado, Mad Max se passa num futuro pós apocalíptico e O Regresso em um passado distante. Mad Max mesmo no futuro, opta por gravar em frames mais baixos as cenas de ação para que estas fiquem ainda mais velozes e estonteantes, já no Regresso, mesmo passado em 1823, temos um show de tecnologia em cena. Enfim. Diretores e projetos extremamente ousados. É bastante claro que mesmo assim O Regresso supera Mad Max. E por dois principais motivos: Fotografia e atuação. Os planos captados em Mad Max são ótimos, mas os registrados em O Regresso são magistrais. É claro que em um existe muito mais material a ser captado que no outro, mas, mesmo assim, não existe como contestar este trabalho. E sobre atuação, Di Caprio dono da porra toda, humilhante, divo e qualquer outro adjetivo que queiram encaixar. A grande surpresa é que não para por aí. Temos também um Tom Hardy ensandecido em cena e construindo um vilão irritante e irretocável. Uma grata surpresa em meio a atuação soberba do Di Caprio. Minhas grandes apostas para o filme no Oscar são: Filme, Fotografia, Direção de Arte, Ator e Ator Coadjuvante. Sobre a categoria de diretor, tenho uma grande dúvida ainda e por dois motivos. O primeiro deles é pela burocracia da academia em premiar duas vezes um mesmo concorrente. Somado isso, como o trabalho de George Muller foi extremamente ousado em rodas as cenas de ação em uma sequência de quadros mais baixa conferindo assim uma velocidade extra as cenas e considerando que mesmo Iñarritu divino como sempre este não é o seu trabalho mais autoral na direção, não duvidaria que Muller fosse o vencedor da noite mesmo não tendo levado o DGA. Aguardar pra ver. Sobre não ser o trabalho mais com a cara do Iñarritu, devo dizer que mesmo tendo amado o filme, a escolha dele em potencializar as cenas jogando bafo, sangue e agua na lente da câmera é um recurso muito Cuaron. Não que ele não o pudesse usar porque outro diretor já o utiliza. Claro que pode! A questão é que ele criou um filme perfeito, com atuações perfeitas e cai numa pegadinha boba para deixar o filme mais envolvente sem a menor necessidade. Ainda sim, volto a dizer, é o filme do ano ao lado de Mad Max.
Skyfall elevou a expectativa em relação ao que vinha depois.... Isso posto e somado a música tema (preguiçosa) e ao vilão pouco inspirado (quem diria que Waltz não iria mandar bem), fizeram este filme ser bom, mas não um dos inesquecíveis da série, infelizmente.
A Diablo Cody sempre nos brinda com anti-heróis que acabam ganhando toda nossa paixão. Foi assim em Juno, foi assim em Jovens Adultos e foi assim em Ricki and The Flash. Este, por sua vez, nos brinda com mais clichês, mas ainda sim, ele foge dos mais "grosseiros", fazendo o filme nos parecer algo mais próximo da realidade. Kevin Kline e a filhota da Meryl cumprindo bem os papéis, de uma forma um pouco burocrática, mas sem comprometer. Quanto a Meryl, bem, dificil ela não se destacar não? Este ano vai pro Globo de Ouro sim com esta atuação, as usual, e pro Oscar vamos aguardar o Sufragette, que parece ser a produção a ser esperada. No geral um filme gostoso, leve e bom para fechar um feriado. Pode ate rolar uma filosofada breve? Pode, mas a intenção principal mesmo é a de entreter.
Florence: Quem é Essa Mulher?
3.5 351 Assista AgoraMeryl Streep é diferenciada. Incrível como ela faz com que a gente ria e depois tenha compaixão pela mesma pessoa. E isso independe do roteiro, qiue é fraco, diga-se de passagem. É única e exclusivamente pela atuação deste monstro. Surpresa para atuação do Hugh Grant (muito bem) e não tão surpresa assim, Simon Helberg.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraMaravilhoso. Aquela velha história da frustração, medo e expectativas que existe na vida das pessoas e são passadas, de forma muitas vezes egoísta, para a vida dos filhos.
The 10 Year Plan
3.0 109 Assista AgoraApesar de previsível, é uma delicinha de assistir.
Até o Último Homem
4.2 2,0K Assista AgoraMe deixou bem tenso nas cenas de guerra. Adorei a história do Desmond Doss. Não só a do filme, mas a que pesquisei depois também. O menino Andrew Garfield está muito bem.
Nerve: Um Jogo Sem Regras
3.3 1,2K Assista AgoraMelhor filme adolescente de 2016 que você respeita
Uma pitada de black Mirror (mas só uma pitada mesmo), e uma EXCELENTE trilha sonora. E a fotografia é ótima!
Queda Livre
3.6 591Infelizmente, ainda, os filmes que tratam de homossexualidade e bissexualidade, tratam, mesmo que de forma inconsciente, como algo promiscuo ou às margens da sociedade. Precisava mesmo envolver um casamento e uma mulher grávida? Tá, posso estar sendo bem chato, mas é que infelizmente isso serve como reforço de imagem. No mais, independente disso, gostei bastante do filme e principalmente das atuações. Esperava um filme fraco neste sentido e fui surpreendido.
Passageiros
3.3 1,5K Assista AgoraBastante ruim
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraEssa temporada dos filmes premiáveis está bem devastadora. Um drama atrás do outro e todos com uma humanidade incrível.
O mais brilhante neste trabalho, pra mim, reside nas transições entre passado e presente, que são tão naturais, feitas como se fossem no tempo atual, mas nunca te deixando confuso (ponto também para a atuação de Affleck com uma sutileza assustadora).
Apesar do tema indigesto e da carga pesada do filme, muito bem dramatizada também por Michele Willians que da um show em poucos minutos em cena, o sarcasmo e ironia presentes que fazem da relação de tio e sobrinho algo humano, natural e vejam vocês, leve.
Com a cena final da vontade de entrar na tela e abraçar os dois personagens, naquele que para o tio era a lembrança de maior felicidade do sobrinho...
O filme consegue nos passar a mesma sensação de que seus personagens vivem. Seria uma sensação como a de sair engasgado da sala sem conseguir chorar e afundado em mais um dos dramas brilhantes do ano.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraNão dá pra marcar como Já Vi e Quero ver ao mesmo tempo? Porque é essa a vontade que o filme da.
Nem de longe parecem 2h de projeção. Aguentava mais umas 3h facilmente. Destaque total para Chazelle, roteiro e direção impecáveis, sobre mais uma vez jazz e busca incansável por seus sonhos, e para o casal mais fofo do cinema, que com este trabalho me lembra muito o casal vencedor Jack Nicholson e Helen Hunt por Melhor Impossível.
Elle
3.8 886Confesso que estava bastante curioso sobre como havia sido conduzido um filme sobre estupro para causar tanto burburinho a cerca do filme e da atuação de Isabelle Huppert. Ledo engano meu. O filme tem no estupro da personagem de Michele, o despertar de uma personalidade ainda mais difícil e perversa. Incrível como o filme se torna extremamente sensual após uma cena de violência. Méritos totais para Verhoeven e Huppert. E o meu engano vai além, já que o filme trata de, vejam vocês, igualdade de gêneros. Curioso que como o mote do trailler trata do estupro, qualquer comentário adicional pode virar spoiller. O que posso dizer que este filme está bem próximo de fazer o que Amour fez em 2013 e concorrer a 5 estatuetas: filme, filme estrangeiro, atriz, roteiro e direção. Seria um prazer e absolutamente dentro do esperado. Se Amour tratou da questão sensível do envelhecer juntos e das ações dominadas pelo sentimento mais puro que temos, em Elle, a questão tratada é quase que a inversa, em que submundo somos jogados (ou resgatados) a partir de experiências que sendo traumáticas no trato comum, por algum motivo se tornam prazerosas.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraUm ensaio perfeito sobre linguística. A jogada com o nome da língua dos extraterrestres é uma lembrança muito importante sobre como a utilizamos.
A frase em Mandarim (e que claro, tive que pesquisar), contrapõem e quebra tudo de vez. Maravilhoso
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraÉ um filme meticulosamente pensado. Eu ainda estou, 2 dias após assistir, sob efeito total deste longa. A cada lembrança que faço conectando os fatos dos 3 tempos da história, tenho ainda mais convicção do brilhantismo do Roteiro e da Direção de Tom Ford. Fora que a Direção de Arte do filme também está de parabéns. Construir diferentes climas para os diferentes tempos, é algo pra ficar na memória.
A Luz Entre Oceanos
3.8 358 Assista AgoraExcelente fotografia, edição de som maravilhosa, trilha sonora do Desplat, para variar, dando ainda mais emoção ao filme, e um trio de atores de tirar o fôlego. Gostei muito do filme. Trata de amor nas mais diferentes esferas e motivações.
O Bebê de Bridget Jones
3.5 553 Assista AgoraCurioso como um ator que nunca se preocupou com roteiro em toda sua carreira, se preocupou desta vez. Mas, tudo bem. Hugh Grant não fez falta nesta deliciosa continuação. Aliás, o arco narrativo ficou bem melhor sem ele. É como se a opção óbvia ficasse ainda mais óbvia.
Em O Bebê de Bridget Jones, temos a melancolia de 15 anos do primeiro filme (uau! 15 anos...). Temos uma protagonista que no auge dos 43 anos, está decidida e firme em quase todos os aspectos de sua vida, exceto, claro, no amoroso.
Temos o mesmo Mark Darcy, maravilhosamente bem construído como sempre, como todo charme e carisma que só um homem como Colin Firth tem. E contamos com várias gratas surpresas, que não passam somente por Patrick Dampsey, mas, também por Emma Thompson como uma obstetra maravilhosa e a Sarah Solemani, ambas muito fortes na parte comédia do filme.
Sem dúvida a melhor homenagem moderna ao próprio filme que poderia ter sido criada. Se não é fiel ao livro por n motivos, isso pouco importa, já que usa os acontecimentos dos anteriores para ponto de partida desta moderna comédia romantica.
Impossível não se emocionar com a história e se colocar no lugar da Bridget, ponto claro para Zeellweger, que não perdeu a mão depois deste hiato longe das telonas.
Gargalhadas certeiras e intermináveis na sessão!!!!
Ave, César!
3.2 311 Assista AgoraFico muito contente quando a metalinguagem funciona num filme. Ainda mais contente quando este filme é uma bela homenagem a antiga Hollywood. Humor ácido na medida certa, como não poderia deixar de ser....
Uma pena que Frances apareça tão pouco no longa.
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraAntes de qualquer comentário do filme, devo mencionar em como o filme me lembra Dúvida no que tange a parte crítica. Temos padres transferidos a qualquer sinal de escândalo, mães de crianças pobres eternamente gratas aos padres e que preferem fechar os olhos para o que é feito e um feudo voltado e agradecido para a igreja.
Dito isso, tenho que dizer que o filme me impressionou bastante. Esperava uma boa atuação da Rachel McAdams pelo que estava ouvindo e já achava o elenco de primeira, mas não sabia o que esperar. É um tiro certo. Keaton, Ruffalo, McAdams, Liev Schreiber e o sempre perfeito Stanley Tucci, fazem uma caracterização perfeita dos seus personagens e nuances.
Pfeifer (McAdams), surpreende. A menina malvada cresceu bastante e não me recordo de bate pronto de um filme que tenha entregue uma dramatização forte mas sem caricaturas como a realizada aqui.
O ritmo do roteiro é o que mais chama atenção. A medida que a tensão e certeza sobre as ocorrências aumentam, o filme começa a ganhar velocidade dinamizando o longa.
Um trabalho a ser apreciado e feito para pensarmos fora da caixa nas relações com qualquer instituição que tenha seu poder e em como podemos estar influenciados por ela até mesmo sem perceber.
A Grande Aposta
3.7 1,3KO assunto parece chato, mas o que o filme faz em grade parte é justamente encontrar explicações (3 no total: uma por Margot Robbie sobre como começaram as hipotecas sem garantia, Anthony Bourdain explicando termos técnicos do mercado de opções e por fim Selena Gomez explicando sobre a aposta da aposta). As explicações ajudam? Não. São rápidas e se não há familiaridade com o assunto, isso não será criado neste momento. Pronto: aí está o trunfo do filme. Numa direção muito bem executada, o que vale é mostrar realmente o mercado como aposta. Como numa mesa de cartas ou o que for. Você não precisa saber exatamente como funciona para entrar. E aí que mora o risco.
O roteiro adaptado talvez seja minha grande aposta para o longa no Oscar, seguido da atuação irreparável de Cristian Bale (qualquer comentário sobre estragaria a surpresa) e da direção bem acertada em criar ambientes e situações perfeitas
(o isolamento de Michael Burry durante todo o filme, Melissa Leo numa aparição hilaria, como uma funcionária de uma agência de classificação usando um óculos escuro evidenciando que as agências não queriam enxergar o óbvio e que é suportado por um diálogo na sequência, e a trilha sonora que atinge o seu auge a tocar de fundo when I grow up quando um dos investidores está na academia e a crise se agrava)
Joy: O Nome do Sucesso
3.4 778 Assista AgoraGosto muito da Jennifer Lawrence e tenho pra mim que este é o melhor trabalho dela com O. Russel. Ainda acho que o melhor trabalho dela foi em O Inverno da Alma e que apesar de ter amado O Lado bom da Vida, quem merecia mesmo as premiações daquela temporada era Emanuele Riva. E isso é tudo que tenho de melhor a dizer sobre Joy. O filme ganhou as indicações que merecia: atriz. A capacidade desta garota transformar um roteiro medíocre em algo grandioso é impressionante. No mais, as indicações sucessivas de Russell: O Vencedor, O Lado bom da Vida e Trapaça, fizeram com que ele ficasse preguiçoso e colocasse tempero demais no roteiro e no filme, tentando transformar este filme em um A Vencedora, mas aqui extremamente piegas. Durante todo o longa somos apresentados a situações que ficam em aberto (não de forma proposital, como, por exemplo,
o relacionamento da protagonista com sua meio irmã
Assim, não é surpresa que os melhores momentos do longa se sustentem em momentos longe da família
(como com a ótima sequência com Cooper nos estúdios de um programa de vendas na TV)
De forma bem resumida, é uma boa distração e conta (da maneira mais melodramática possível e ao mesmo tempo sem emocao) uma história real com uma excelente atuação. O destaque vai sem dúvida para aquela que já foi musa, arrancava suspiros na década de 90 com um corpo invejável (em a morte lhe cai bem esta impagável), Isabella Rosselinni, que está quase irreconhecível neste longa...
Steve Jobs
3.5 591 Assista AgoraSteve Jobs é aquele filme básico bem feito. Muito bem feito! O roteiro é daqueles que foca no que quer e faz questão de explicar o resto para nos deixar com o que importa, a direção é acertada e usa lá seus bons trocadilhos durante a projeção e, por fim, temos que falar das atuações. Fassbender sempre divino, dono de uma boa atuação com uma construção minuciosa de seu personagem. Mas quem rouba a cena mesmo é a Kate. Ela é a responsável por emocionar no longa e criar a identidade do telespectador com esta versão mais dura de Steve Jobs. Um trabalho dela que tem tudo para ser reconhecido.
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraEddie Redmayne é bastante competente ao criar Einar/Lilly e com a ajuda do roteiro, nos passar a confusão pela qual o personagem passa constantemente. Em uma das cenas que mais esclarecem ao publico a diferença entre um homossexual e um transgênero,
Lilly fica extremamente ofendida ao ser chamada de Einar enquanto beija outro homem mesmo antes de sua operação, mostrando que ela ja havia assumido sua identidade
Com bastante destaque aparece Gerda (Alicia Vikander, BRILHANTE neste papel), esposa e
principal motivadora de Einar a seguir com seu sonho de se tornar Lilly
sempre fez o "papel de homem da relação" (tratada de forma clara no filme para criar embate justamente no que julgamos de gênero e em como a mulher não "poderia" fazer as vezes do homem em uma relacao), inclusive na conquista do marido, enquanto este sempre se preocupou com detalhes que remetem a delicadeza do seu interior. Inclusive é por este impulso de tomar a frente sempre, que novamente de forma inconsciente, Gerda faz com que o marido desperte seus desejos do passado em ser uma mulher. Gerda, no fim das contas, prefere apoiar o grande amor da sua vida para te-lo por perto do que simplesmente perde-lo para sempre, e aqui, ao menos pra mim, fica bastante claro que o título A Garota Dinamarquesa serve tanto para a Lilly quando para Gerda.
Ponte dos Espiões
3.7 694Steven Spielberg insiste em pesar a mão no drama em seus filmes. Em alguns momentos este lembra Cavalo de Guerra, com a inserção de cenas desnecessárias ou até o exagero das necessárias. Felizmente, independente disso, o papel do filme é alcançado com louvor e graças às atuações impecáveis de Mark Rylance (indicação mais que merecida ao Oscar) e Tom Hanks. Eles conseguem de maneira discreta, fazer uma dupla a qual de fato você torce. Aliás, se critiquei Spielberg acima, aqui devo reconhecer que ele na direção e Matt Charman e os irmãos Coen são corajosos ao retratar a figura do russo com um homem bom, e os agentes da Cia com total prepotência. Claro que nem tudo são flores e
no fim, escorregam mostrando uma suposta tortura por parte dos soviéticos ao preso americano, enquanto estes tratam super bem o russo (neste momento ele prefere criticar também a sociedade, que "luta" pela execução de um espiao).
Um filme bom, sem grandes reviravoltas ou tensões.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraOs dois melhores filmes desta temporada têm muita coisa em comum: Tom Hardy, busca por redenção, um ótimo diretor a frente do projeto, uma fotografia inspiradora, uma direção de arte magnifica, um figurino único e uma edição de tirar o folego. Por outro lado, Mad Max se passa num futuro pós apocalíptico e O Regresso em um passado distante. Mad Max mesmo no futuro, opta por gravar em frames mais baixos as cenas de ação para que estas fiquem ainda mais velozes e estonteantes, já no Regresso, mesmo passado em 1823, temos um show de tecnologia em cena. Enfim. Diretores e projetos extremamente ousados.
É bastante claro que mesmo assim O Regresso supera Mad Max. E por dois principais motivos: Fotografia e atuação. Os planos captados em Mad Max são ótimos, mas os registrados em O Regresso são magistrais. É claro que em um existe muito mais material a ser captado que no outro, mas, mesmo assim, não existe como contestar este trabalho. E sobre atuação, Di Caprio dono da porra toda, humilhante, divo e qualquer outro adjetivo que queiram encaixar. A grande surpresa é que não para por aí. Temos também um Tom Hardy ensandecido em cena e construindo um vilão irritante e irretocável. Uma grata surpresa em meio a atuação soberba do Di Caprio.
Minhas grandes apostas para o filme no Oscar são: Filme, Fotografia, Direção de Arte, Ator e Ator Coadjuvante. Sobre a categoria de diretor, tenho uma grande dúvida ainda e por dois motivos. O primeiro deles é pela burocracia da academia em premiar duas vezes um mesmo concorrente. Somado isso, como o trabalho de George Muller foi extremamente ousado em rodas as cenas de ação em uma sequência de quadros mais baixa conferindo assim uma velocidade extra as cenas e considerando que mesmo Iñarritu divino como sempre este não é o seu trabalho mais autoral na direção, não duvidaria que Muller fosse o vencedor da noite mesmo não tendo levado o DGA. Aguardar pra ver. Sobre não ser o trabalho mais com a cara do Iñarritu, devo dizer que mesmo tendo amado o filme, a escolha dele em potencializar as cenas jogando bafo, sangue e agua na lente da câmera é um recurso muito Cuaron. Não que ele não o pudesse usar porque outro diretor já o utiliza. Claro que pode! A questão é que ele criou um filme perfeito, com atuações perfeitas e cai numa pegadinha boba para deixar o filme mais envolvente sem a menor necessidade. Ainda sim, volto a dizer, é o filme do ano ao lado de Mad Max.
007 Contra Spectre
3.3 1,0K Assista AgoraSkyfall elevou a expectativa em relação ao que vinha depois.... Isso posto e somado a música tema (preguiçosa) e ao vilão pouco inspirado (quem diria que Waltz não iria mandar bem), fizeram este filme ser bom, mas não um dos inesquecíveis da série, infelizmente.
Ricki and the Flash: De Volta Para Casa
3.2 295 Assista AgoraA Diablo Cody sempre nos brinda com anti-heróis que acabam ganhando toda nossa paixão. Foi assim em Juno, foi assim em Jovens Adultos e foi assim em Ricki and The Flash. Este, por sua vez, nos brinda com mais clichês, mas ainda sim, ele foge dos mais "grosseiros", fazendo o filme nos parecer algo mais próximo da realidade. Kevin Kline e a filhota da Meryl cumprindo bem os papéis, de uma forma um pouco burocrática, mas sem comprometer. Quanto a Meryl, bem, dificil ela não se destacar não? Este ano vai pro Globo de Ouro sim com esta atuação, as usual, e pro Oscar vamos aguardar o Sufragette, que parece ser a produção a ser esperada. No geral um filme gostoso, leve e bom para fechar um feriado. Pode ate rolar uma filosofada breve? Pode, mas a intenção principal mesmo é a de entreter.