[...] Alphaville materializa em seu roteiro o temor experimentado pela consciência coletiva nos anos 60. Direta ou indiretamente, ele explora o medo da ameaça de uma guerra nuclear e a tensão constante do mundo bipolarizado. Como artista que é, Godard aponta para a poética como o elemento salvador tanto do indivíduo quanto da sociedade. De acordo esta visão, capitalismo e socialismo seriam nada mais que dois lados de uma mesma moeda, uma vez que ambos representavam, mesmo que de forma distinta, o controle exercido pela sociedade sobre o indivíduo. Na realidade paralela criada no filme, a sociedade é controlada por um super computador, o Alpha 60, que usa o raciocínio lógico para reprimir qualquer manifestação de sentimento ou humanidade e punir aqueles que subvertem as normas por ele impostas. O controle social alegorizado no filme mescla a selvageria destruidora do capitalismo ao dogmatismo comunista. [...] . Texto completo disponível em:
(...) Certamente não é um filme que agradará a todos, mas é uma grande pedida para quem está com os olhares atentos para a produção atual do cinema indie. Os atrativos são os mesmos presentes em outros filmes similares como Ghost Word (2001) e A Pequena Miss Sunshine (2006), e incluem personagens caricatos, dotados tanto de vícios quanto de virtudes, histórias não convencionais e uma pequena dose de experimentalismos. Creio que a maior vantagem deste tipo de filme seja a de que eles já nascem desprovidos da pretensão de agradar a todo mundo, o que dá maior liberdade de criação aos seus realizadores e ao elenco. De fato a despretensão é um dos trunfos de Submarine, que se apresenta como nada mais que um filme sobre descobertas e desventuras da adolescência, mas que consegue ir muito além de tudo isso, não pelos temas em que toca, mas pela forma com que os aborda. (...) . Texto completo disponível em:
[...] Assisti A Origem pela primeira vez no último sábado, (15/01), o filme talvez tenha me causado a mesma reação que 2001 causou nas platéias na ocasião de seu lançamento. Eu fiquei perplexo, e a complexidade da construção da trama me deixou uma certeza, eu precisava rever o filme novamente o mais rápido possível e não conseguiria esperar muito tempo. Eu precisava buscar mais respostas e tentar perceber o que não tinha notado antes. Já tinha então varias teorias sobre o final e o decorrer da história no filme, e ontem mesmo, (16/01) decidi coloca-las mais uma vez à prova. Ao contrário dos diversos blogs que comentaram o filme, eu não pretendo registrar aqui uma de minha interpretações, nem tentar convencer ninguém de que a minha visão é a mais coerente. Vou me ater a fazer uma breve sinopse e dar algumas dicas. [...] Texto completo disponível em:
É inexplicável a reação de estar diante de uma verdadeira obra de arte e sendo assim seria uma tarefa árdua tentar convencer do contrário qualquer um que tenha apontado Melancolia (2011) como um filme chato e carente de um bom roteiro. Ele foi pra mim precisamente o oposto disso. Se trata de mais um exemplar daquele tipo raro de produção, que subverte totalmente a ideia de que o cinema serviria tão somente como bom entretenimento. Os desavisados que esperavam do longa uma boa história sofre catástrofes naturais certamente saíram do cinema amargando uma baita decepção. Lars von Trier consegue se superar e me surpreender a cada filme, eu, que considerei Anticristo (2009) uma espécie de ápice criativo, fiquei boquiaberto da primeira à última sequência de Melancolia. Se seu filme anterior evocava o asco ao expor sem atenuantes o mais brutal da natureza humana, neste ele reproduz de forma quase palpável a mais profunda angústia existencial, condição que ele mesmo experimentou nos últimos anos.
Assisti pela primeira vez no Cine Internacional na TV Cultura, depois consegui encontrá-lo e revê-lo... pode ter alguns clichês, mas é um grande filme e retrata de forma belíssima a "revolução"...
Ouvir uma música pela primeira vez. Voltar à cidade onde cresceu. Enterrar um porquinho da índia de estimação. Fazer algo que nunca fez antes. Estar em uma sala de espera de um consultório. Não saber nadar. Sentir saudades. Ter uma ideia original e ficar rico. Não saber o que fazer da vida. Encarar a culpa. Uma conversa na beira da lareira. Tomar conta de um abismo infinito. Dar um abraço protetor na pessoa amada. Ir a uma pedreira. Descobrir o sentido da vida. Simplesmente gritar... A banalidade da existência se torna fascinante pelo simples fato de estarmos perto de quem gostamos, Hora de Voltar (2011), a estreia de Zach Braff como diretor, é sobre isso. É sobre amor, sobre amizade e sobre perdão, principalmente sobre perdoar a si mesmo. Esta foi a terceira vez que assisti ao filme e o efeito dele sobre mim continuou o mesmo. Eu não tinha tido um dia legal quando o assisti pela primeira vez, mas de uma forma quase mágica ele me fez, não esquecer, mas olhar com outros olhos para tudo que eu estava vivendo. Não por acaso, eu não estava em um dos meus melhores momentos quando decidi o rever nas duas outras vezes. . Texto completo no meu Blog, disponível em:
O mais curioso do filme é que a maioria daqueles que o assistiram desconsideraram que as cenas foram gravadas sem que os coadjuvantes soubessem que estavam participando de um filme...
A despeito da opinião da crítica especializa, eu tenho que afirmar que Sem Medo de Morrer (2007) é um no mínimo um bom filme. Quando estreou com Casa de Areia e Névoa (2003), o diretor ucraniano, radicado nos Estados Unidos, Vadim Perelman conquistou respeito e muitos elogios, com um ótimo roteiro, excelentes atuações e uma direção precisa, seu primeiro filme arrebatou cinéfilos e críticos pelo peso e densidade de sua trama, mas esta é uma história para um outro post, o assunto de hoje é tão somente o seu segundo longa metragem. Sem Medo de Morrer não alcança o mesmo nível de qualidade de seu antecessor, mas isso não o torna um filme ruim. Se comparado a tanta coisa de qualidade duvidosa, que a crítica ovaciona de pé, eu até diria que ele é uma obra prima, no entanto a sensação que fica é a de que Perelman era capaz de ir ainda mais longe. [...] Texto completo disponível em:
[...] Ao menos em Os Infiltrados o peso negativo de ser um remake não desfavoreceu em nada e o segredo pode estar naquilo que já mencionei no parágrafo acima: os nomes envolvidos. De um lado, por detrás das câmeras, temos ninguém menos que Martin Scorsese, que conforme reza a lenda só veio a assistir a versão original depois que seu filme já estava pronto. Não é exagero nenhum afirmar que Scorsese tem no currículo algumas das maiores obras primas do cinema americano na segunda metade do século XX, também não é exagero dizer que ele praticamente reinventou o jeito de fazer filmes de gangster. De outro lado temos um elenco composto por nomes como Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Jack Nicholson, Mark Wahlberg, Martin Sheen e Alec Baldwin. Resumindo, são alguns dos mais respeitados atores em atividade sob a batuta de um dos mestres que ajudou a reinventar o cinema hollywoodiano, isto só poderia mesmo resultar em um enorme sucesso de público e de crítica e em uma boa quantidade de prêmios. [...] Texto completo disponível em:
Quando The Walking Dead estreou no Brasil em meados do ano passado, eu ainda estava cheio de incertezas quanto a série, ela não despertou a princípio minha curiosidade e achava quase impossível que uma história sobre mortos vivos pudesse se sustentar por diversos capítulos, quiça por diversas temporadas. Acho que dificilmente eu teria tido contato com a série, se não fosse a gentileza de um amigo, que me indicou e me passou a primeira temporada completa. The Walking Dead foi uma das séries mais elogiadas de 2010, o que eu achava impossível aconteceu, a crítica especializada aplaudiu de pé a produção capitaneada pelo cineasta Frank Darabont, que tem no currículo filmes como À Espera de um Milagre (1999) e Um Sonho de Liberdade (1994). [...] Texto completo disponível em:
15 anos se passaram desde que Toy Story (a primeira parte do que viria ser uma trilogia) ganhou as telas, muita coisa mudou desde então. Naquela ocasião eu ainda era uma criança, a animação computadorizada ainda engatinhava e aquele era ainda o primeiro filme da Pixar. Na primeira vez que assisti à esta primeira parte, confesso que senti um pouco de estranheza, era a falta de costume com a nova tecnologia de animação. Voltaria a assistir o filme algumas outras vezes mais tarde e a minha reação seria então bem diferente. O lançamento do filme em 1995 é um verdadeiro marco na história do cinema, sem nenhum exagero, aquela animação, que reproduzia em personagens brinquedos os arquétipos do universo ficcional infantil, se tornaria um clássico absoluto do sub-gênero que ajudou a criar. O segundo longa da série (que me lembro de ter assistido apenas uma vez), terceiro da Pixar, ajudou a consolidar com similar grandiosidade tudo o que o primeiro representou na ocasião de seu lançamento. [...] Texto completo disponível em:
[...] A Rede Social chegou a ser comparado a Todos os Homens do Presidente (1976), pelo ritmo em que o roteiro se desenvolve e ao clássico Cidadão Kane (1941), pela falta de escrúpulos e de ética do personagem principal, enquanto constrói seu império. Eu ousaria dizer que este filme será visto no futuro como um dos melhores "retratos" da geração Y, com um belo closer sobre seus personagens e seu estilo de vida. Se com Clube da Luta (1999), Fincher ilustrou a decadência da geração X, com este ele leva às telas a ascenção da geração Y, que apesar do estilo imediatista e despudorado, se mantém sobre os mesmos princípios que Tyler Durden (Personagem de Brad Pitt em Clube da Luta) denunciava e tentava destruir. Mark Zuckerberg é de certa forma a personificação do que a nossa sociedade mais valoriza. Ele é o jovem empreendedor que antes dos 20 anos consegue delinear o que seria um carreira de sucesso e se destaca dos demais como o vencedor. O fato e que ele passa por cima dos outros para edificar tudo isso, não é relevante, é só um detalhe. Cansamos de ler a frase maquiavélica que diz que “o fim justifica os meios”. [...] Texto completo disponível em:
[...] Damages tem sua trama conduzida por um emaranhado de situações que vão se interligando pouco a pouco no tempo e no espaço. A série tem um dos melhores roteiros já produzidos para a televisão, as reviravoltas que a trama sofre até o final desta primeira temporada é de deixar qualquer um com o queixo caído e diante dela a grande maioria dos seriados policiais e investigativos parecem simplórios episódios do Scooby Doo. O excelente roteiro de Damages é reforçado pela ótima montagem, pela trilha sonora e pelas atuações brilhantes. Nenhum dos atores deixam a desejar, nem mesmo os coadjuvantes, que conseguem se impor e se destacarem, mesmo tendo dois verdadeiros monstros em cena. Glenn Close e Zeljko Ivanek, que interpreta Ray Fiske, o advogado de Arthur Frobisher, parecem duas entidades, é assustadora a forma com que eles entram e seus respectivos personagens e vivenciam cada uma das situações e sentimentos que eles estão experimentando. As sequências em que eles contracenam são de arrepiar, sem nenhum exagero. [...] Texto completo disponível em:
"Sherlock Holmes, criado por Sir Arthur Conan Doyle, é sem dúvidas um dos personagens literários mais lembrados e cultuados em todo o mundo. Suas aventuras já foram adaptados diversas vezes para a televisão e para o cinema (são mais de 200 filmes). Para lembrar apenas os mais recentes, podemos citar a adaptação cinematográfica Sherlock Holmes (2009), na qual Robert Downey Jr interpreta o personagem principal, e o seriado House, que pode ser considerado uma livre adaptação da obra escrita. No ano passado, quando qualquer possibilidade de criatividade em torno do personagem parecia já estar esgotada e a ousadia de renová-lo parecia improvável, a BBC estreou a minissérie Sherlock (2010), produção que transportou Holmes e seu fiel escudeiro, o Dr. John Watson, para os dias atuais e os inseriu em um contexto que surpreendentemente não os descaracterizou nem tão pouco caiu no ridículo, como era bem provável de acontecer." [...] Texto completo disponível em:
[...] No filme, a protagonista Jenny Millar (Carey Mulligan), inspirada em Barber, é uma garota de 16 anos, inteligente e detentora de uma aguçada sensibilidade artística, ela é uma das melhores alunas de sua classe, o que justifica o fato de seus pais e sua professora apostarem muito em seu futuro. No entanto uma reviravolta começa a acontecer em sua vida quando ela conhece o sedutor David Goldman (Peter Sarsgaard). David conquista Jenny com sua lábia e com seu estilo de vida extravagante, fazendo a rever suas prioridades e experimentar uma passagem forçada da adolescência para a vida adulta. As experiências que ela começa a viver com ele, que incluem eventos culturais e viagens, são a materialização de tudo aquilo que ela sempre sonhou. Ele leva um vida burguesa de luxo e consumismo, e seu status social convencem até mesmo Marjorie (Cara Seymour) e Jack (Alfred Molina), os rigorosos pais de Jenny. [...] . Texto completo disponível em:
O roteiro de Babel, se desenrola sobre três histórias distintas e está ambientado nos Estados Unidos, México, Marrocos e Japão. Na primeira história, uma turista americana (Cate Blanchett) que está de férias no Marrocos com o marido (Brad Pitt) é baleada acidentalmente, quando um menino pastor, que cuidava de cabras junto com o irmão, atira contra um ônibus em movimento, para testar o alcance da arma comprada pelo pai. Em San Francisco nos EUA uma babá (Adriana Barraza) cuida de duas crianças enquanto os pais estão ausentes, naquele dia aconteceria o casamento de seu filho no México e ao saber que não tinha com quem deixar os pequenos, decide atravessar a fronteira com eles e seu sobrinho (Gael García Bernal), que os dão carona. No Japão uma adolescente surda e muda (Rinko Kikushi), que não consegue se relacionar bem a não ser com outras meninas surdas, tenta vencer o trauma do suicídio recente da mãe e a distancia afetiva do pai (Kôji Yakusho) e sua carência a leva a apresentar um comportamento sexual desajustado. Assim como em 21 Gramas, em determinado momento as histórias se cruzam e dão um sentido maior à trama. . Texto completo disponível em:
"[...] Sam Mendes, ao adaptar o livro de Richard Yates, escrito em 1961, tinha uma noção precisa do quanto a história ainda estava incrivelmente atual. O longa fala justamente da fragilidade do sonho americano, que comentei acima, e sutilmente faz uma contundente crítica ao “american way of life”. Em Beleza Americana (1999), Mendes teceu uma crítica ácida à hipocrisia de um povo que vive de aparências, pautado apenas por aquilo que o próximo poderia pensar de si. Neste as maquiagens sociais continuam sendo alvo da contestação do cineasta. Em oposição ao casal central, que vivencia a decadência do frágil ideal, são retratados outros personagens que vivem uma vida aparentemente tranquila e realizada, mas isso somente porque aceitam o próprio conformismo e se valem da abnegação como saída para enfrentar a realidade. [...]" Texto completo disponível em:
"[...] Closer começa com The Blower's Daughter de Demien Rice tocando de fundo, Alice Ayres (Natalie Portman) e Dan Woolf (Jude Law) caminham pela rua vindo de direções opostas, os cortes sutis intercalam a imagem de cada um deles andando em meio a multidão, pelos olhares percebe-se que eles já se viram, mesmo de longe. Desatenta Alice olha para o lado errado da rua antes de atravessar (ela se esquece que em Londres o trânsito flui pela mão oposta), a câmera se volta para a reação de Dan, que esboça uma expressão de susto. Uma tomara feita por cima, nos mostra Alice, que fora atropelada por um táxi, caída no meio da rua. Dan a socorre e tudo que ela consegue dizer é: “Olá estranho”. Ele a leva para o hospital e ali se inicia um relacionamento. [...]" Texto completo disponível em:
"[...] A Viagem de Chihiro é considerado por muitos como uma releitura do clássico literário Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll, na história contada pelo filme, Chihiro acaba de mudar com os pais para uma nova cidade, no caminho para a nova casa eles se perdem e vão parar no que parece ser um parque de diversões abandonado. O curioso desta parte do filme, é que são os pais os curiosos para desbravarem o lugar e a menina a detentora da prudência, que a faz temer o desconhecido e ser excessivamente cuidadosa. Em meio a barracas e lojas abandonadas, eles encontram um restaurante em pleno funcionamento, porém sem uma viva alma lá. Os pais de Chihiro se fartam com a comida que está sobre as mesas, mesmo sendo alertados pela menina que se recusa a provar dos alimentos. [...]" Texto completo disponível em:
"[...] Confesso que fui assistir ao filme com um pouquinho de preconceito, eu não esperava que ele fosse tão legal quanto a crítica especializada tem dito que ele é. Mas para minha surpresa, eu estava errado mais uma vez. Missão Madrinha de Casamento é uma comédia leve e simplesmente hilária, sem para isso precisar apelar para os clichês mais batidos do gênero ou para o besteirol. Algo curioso, e que tem sido muito comentado, é o fato de ser uma comédia protagonizada por um grupo de mulheres, o que não se via há muito tempo. Ao contrário do que os mais machistas podem achar, não é um filme para garotas. As situações vivenciadas pelos personagens na trama são universais e por isso conseguem com tanta facilidade arrancar o riso, mesmo dos mais “machões” [...]" Texto completo disponível em:
[...] "Por Uma Vida Melhor (2009) (também lançado no Brasil com o título de Distante nós Vamos), o quarto longa de Sam Mendes, é um exemplo perfeito do nível de qualidade que a cena indie tem alcançado, ele é um dentre muitos filmes que podem justificar a premissa que expus acima, a de que a relevância destas obras ainda será apontada no futuro como um dos melhores aspectos do cinema contemporâneo. O longa consegue mesclar a leveza e a despretensiosidade, características marcantes deste estilo de filmes, com a direção precisa de Sam Mendes e um roteiro muito bem escrito. O resultado disso no entanto não é um sucesso imediato de bilheteria e sim um filme simples, delicioso de se assistir e dotado de uma inteligencia tamanha, que pode fazer com que os mais despercebidos não compreendam que estão diante de uma pungente crítica ao “way of life” americano, o que em se tratando de Sam Mendes já era bem esperado. O diretor estaria se repetindo? De forma alguma![...] Texto completo disponível em:
Alphaville
3.9 177 Assista Agora[...]
Alphaville materializa em seu roteiro o temor experimentado pela consciência coletiva nos anos 60. Direta ou indiretamente, ele explora o medo da ameaça de uma guerra nuclear e a tensão constante do mundo bipolarizado. Como artista que é, Godard aponta para a poética como o elemento salvador tanto do indivíduo quanto da sociedade. De acordo esta visão, capitalismo e socialismo seriam nada mais que dois lados de uma mesma moeda, uma vez que ambos representavam, mesmo que de forma distinta, o controle exercido pela sociedade sobre o indivíduo. Na realidade paralela criada no filme, a sociedade é controlada por um super computador, o Alpha 60, que usa o raciocínio lógico para reprimir qualquer manifestação de sentimento ou humanidade e punir aqueles que subvertem as normas por ele impostas. O controle social alegorizado no filme mescla a selvageria destruidora do capitalismo ao dogmatismo comunista.
[...]
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Submarine
4.0 1,6K(...)
Certamente não é um filme que agradará a todos, mas é uma grande pedida para quem está com os olhares atentos para a produção atual do cinema indie. Os atrativos são os mesmos presentes em outros filmes similares como Ghost Word (2001) e A Pequena Miss Sunshine (2006), e incluem personagens caricatos, dotados tanto de vícios quanto de virtudes, histórias não convencionais e uma pequena dose de experimentalismos. Creio que a maior vantagem deste tipo de filme seja a de que eles já nascem desprovidos da pretensão de agradar a todo mundo, o que dá maior liberdade de criação aos seus realizadores e ao elenco. De fato a despretensão é um dos trunfos de Submarine, que se apresenta como nada mais que um filme sobre descobertas e desventuras da adolescência, mas que consegue ir muito além de tudo isso, não pelos temas em que toca, mas pela forma com que os aborda.
(...)
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Texto completo disponível em:
A Origem
4.4 5,9K Assista Agora[...]
Assisti A Origem pela primeira vez no último sábado, (15/01), o filme talvez tenha me causado a mesma reação que 2001 causou nas platéias na ocasião de seu lançamento. Eu fiquei perplexo, e a complexidade da construção da trama me deixou uma certeza, eu precisava rever o filme novamente o mais rápido possível e não conseguiria esperar muito tempo. Eu precisava buscar mais respostas e tentar perceber o que não tinha notado antes. Já tinha então varias teorias sobre o final e o decorrer da história no filme, e ontem mesmo, (16/01) decidi coloca-las mais uma vez à prova. Ao contrário dos diversos blogs que comentaram o filme, eu não pretendo registrar aqui uma de minha interpretações, nem tentar convencer ninguém de que a minha visão é a mais coerente. Vou me ater a fazer uma breve sinopse e dar algumas dicas.
[...]
Texto completo disponível em:
Melancolia
3.8 3,1K Assista AgoraÉ inexplicável a reação de estar diante de uma verdadeira obra de arte e sendo assim seria uma tarefa árdua tentar convencer do contrário qualquer um que tenha apontado Melancolia (2011) como um filme chato e carente de um bom roteiro. Ele foi pra mim precisamente o oposto disso. Se trata de mais um exemplar daquele tipo raro de produção, que subverte totalmente a ideia de que o cinema serviria tão somente como bom entretenimento. Os desavisados que esperavam do longa uma boa história sofre catástrofes naturais certamente saíram do cinema amargando uma baita decepção. Lars von Trier consegue se superar e me surpreender a cada filme, eu, que considerei Anticristo (2009) uma espécie de ápice criativo, fiquei boquiaberto da primeira à última sequência de Melancolia. Se seu filme anterior evocava o asco ao expor sem atenuantes o mais brutal da natureza humana, neste ele reproduz de forma quase palpável a mais profunda angústia existencial, condição que ele mesmo experimentou nos últimos anos.
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Capitães de Abril
3.7 13Assisti pela primeira vez no Cine Internacional na TV Cultura, depois consegui encontrá-lo e revê-lo... pode ter alguns clichês, mas é um grande filme e retrata de forma belíssima a "revolução"...
Hora de Voltar
3.9 400 Assista AgoraOuvir uma música pela primeira vez. Voltar à cidade onde cresceu. Enterrar um porquinho da índia de estimação. Fazer algo que nunca fez antes. Estar em uma sala de espera de um consultório. Não saber nadar. Sentir saudades. Ter uma ideia original e ficar rico. Não saber o que fazer da vida. Encarar a culpa. Uma conversa na beira da lareira. Tomar conta de um abismo infinito. Dar um abraço protetor na pessoa amada. Ir a uma pedreira. Descobrir o sentido da vida. Simplesmente gritar... A banalidade da existência se torna fascinante pelo simples fato de estarmos perto de quem gostamos, Hora de Voltar (2011), a estreia de Zach Braff como diretor, é sobre isso. É sobre amor, sobre amizade e sobre perdão, principalmente sobre perdoar a si mesmo. Esta foi a terceira vez que assisti ao filme e o efeito dele sobre mim continuou o mesmo. Eu não tinha tido um dia legal quando o assisti pela primeira vez, mas de uma forma quase mágica ele me fez, não esquecer, mas olhar com outros olhos para tudo que eu estava vivendo. Não por acaso, eu não estava em um dos meus melhores momentos quando decidi o rever nas duas outras vezes.
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Texto completo no meu Blog, disponível em:
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraMinha interpretação do filme (que difere em parte daquela adotada pela crítica especializada):
Borat - O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão …
3.4 1,2K Assista AgoraO mais curioso do filme é que a maioria daqueles que o assistiram desconsideraram que as cenas foram gravadas sem que os coadjuvantes soubessem que estavam participando de um filme...
Sem Medo de Morrer
3.3 176A despeito da opinião da crítica especializa, eu tenho que afirmar que Sem Medo de Morrer (2007) é um no mínimo um bom filme. Quando estreou com Casa de Areia e Névoa (2003), o diretor ucraniano, radicado nos Estados Unidos, Vadim Perelman conquistou respeito e muitos elogios, com um ótimo roteiro, excelentes atuações e uma direção precisa, seu primeiro filme arrebatou cinéfilos e críticos pelo peso e densidade de sua trama, mas esta é uma história para um outro post, o assunto de hoje é tão somente o seu segundo longa metragem. Sem Medo de Morrer não alcança o mesmo nível de qualidade de seu antecessor, mas isso não o torna um filme ruim. Se comparado a tanta coisa de qualidade duvidosa, que a crítica ovaciona de pé, eu até diria que ele é uma obra prima, no entanto a sensação que fica é a de que Perelman era capaz de ir ainda mais longe.
[...]
Texto completo disponível em:
Os Infiltrados
4.2 1,7K Assista Agora[...]
Ao menos em Os Infiltrados o peso negativo de ser um remake não desfavoreceu em nada e o segredo pode estar naquilo que já mencionei no parágrafo acima: os nomes envolvidos. De um lado, por detrás das câmeras, temos ninguém menos que Martin Scorsese, que conforme reza a lenda só veio a assistir a versão original depois que seu filme já estava pronto. Não é exagero nenhum afirmar que Scorsese tem no currículo algumas das maiores obras primas do cinema americano na segunda metade do século XX, também não é exagero dizer que ele praticamente reinventou o jeito de fazer filmes de gangster. De outro lado temos um elenco composto por nomes como Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Jack Nicholson, Mark Wahlberg, Martin Sheen e Alec Baldwin. Resumindo, são alguns dos mais respeitados atores em atividade sob a batuta de um dos mestres que ajudou a reinventar o cinema hollywoodiano, isto só poderia mesmo resultar em um enorme sucesso de público e de crítica e em uma boa quantidade de prêmios.
[...]
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Xeque-Mate
3.9 510 Assista AgoraMe surpreendeu e muito!
The Walking Dead (1ª Temporada)
4.3 2,3K Assista AgoraQuando The Walking Dead estreou no Brasil em meados do ano passado, eu ainda estava cheio de incertezas quanto a série, ela não despertou a princípio minha curiosidade e achava quase impossível que uma história sobre mortos vivos pudesse se sustentar por diversos capítulos, quiça por diversas temporadas. Acho que dificilmente eu teria tido contato com a série, se não fosse a gentileza de um amigo, que me indicou e me passou a primeira temporada completa. The Walking Dead foi uma das séries mais elogiadas de 2010, o que eu achava impossível aconteceu, a crítica especializada aplaudiu de pé a produção capitaneada pelo cineasta Frank Darabont, que tem no currículo filmes como À Espera de um Milagre (1999) e Um Sonho de Liberdade (1994).
[...]
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Toy Story 3
4.4 3,6K Assista Agora15 anos se passaram desde que Toy Story (a primeira parte do que viria ser uma trilogia) ganhou as telas, muita coisa mudou desde então. Naquela ocasião eu ainda era uma criança, a animação computadorizada ainda engatinhava e aquele era ainda o primeiro filme da Pixar. Na primeira vez que assisti à esta primeira parte, confesso que senti um pouco de estranheza, era a falta de costume com a nova tecnologia de animação. Voltaria a assistir o filme algumas outras vezes mais tarde e a minha reação seria então bem diferente. O lançamento do filme em 1995 é um verdadeiro marco na história do cinema, sem nenhum exagero, aquela animação, que reproduzia em personagens brinquedos os arquétipos do universo ficcional infantil, se tornaria um clássico absoluto do sub-gênero que ajudou a criar. O segundo longa da série (que me lembro de ter assistido apenas uma vez), terceiro da Pixar, ajudou a consolidar com similar grandiosidade tudo o que o primeiro representou na ocasião de seu lançamento.
[...]
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A Rede Social
3.6 3,1K Assista Agora[...]
A Rede Social chegou a ser comparado a Todos os Homens do Presidente (1976), pelo ritmo em que o roteiro se desenvolve e ao clássico Cidadão Kane (1941), pela falta de escrúpulos e de ética do personagem principal, enquanto constrói seu império. Eu ousaria dizer que este filme será visto no futuro como um dos melhores "retratos" da geração Y, com um belo closer sobre seus personagens e seu estilo de vida. Se com Clube da Luta (1999), Fincher ilustrou a decadência da geração X, com este ele leva às telas a ascenção da geração Y, que apesar do estilo imediatista e despudorado, se mantém sobre os mesmos princípios que Tyler Durden (Personagem de Brad Pitt em Clube da Luta) denunciava e tentava destruir. Mark Zuckerberg é de certa forma a personificação do que a nossa sociedade mais valoriza. Ele é o jovem empreendedor que antes dos 20 anos consegue delinear o que seria um carreira de sucesso e se destaca dos demais como o vencedor. O fato e que ele passa por cima dos outros para edificar tudo isso, não é relevante, é só um detalhe. Cansamos de ler a frase maquiavélica que diz que “o fim justifica os meios”.
[...]
Texto completo disponível em:
Damages (1ª Temporada)
4.5 61[...]
Damages tem sua trama conduzida por um emaranhado de situações que vão se interligando pouco a pouco no tempo e no espaço. A série tem um dos melhores roteiros já produzidos para a televisão, as reviravoltas que a trama sofre até o final desta primeira temporada é de deixar qualquer um com o queixo caído e diante dela a grande maioria dos seriados policiais e investigativos parecem simplórios episódios do Scooby Doo. O excelente roteiro de Damages é reforçado pela ótima montagem, pela trilha sonora e pelas atuações brilhantes. Nenhum dos atores deixam a desejar, nem mesmo os coadjuvantes, que conseguem se impor e se destacarem, mesmo tendo dois verdadeiros monstros em cena. Glenn Close e Zeljko Ivanek, que interpreta Ray Fiske, o advogado de Arthur Frobisher, parecem duas entidades, é assustadora a forma com que eles entram e seus respectivos personagens e vivenciam cada uma das situações e sentimentos que eles estão experimentando. As sequências em que eles contracenam são de arrepiar, sem nenhum exagero.
[...]
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Sherlock (1ª Temporada)
4.6 747 Assista Agora"Sherlock Holmes, criado por Sir Arthur Conan Doyle, é sem dúvidas um dos personagens literários mais lembrados e cultuados em todo o mundo. Suas aventuras já foram adaptados diversas vezes para a televisão e para o cinema (são mais de 200 filmes). Para lembrar apenas os mais recentes, podemos citar a adaptação cinematográfica Sherlock Holmes (2009), na qual Robert Downey Jr interpreta o personagem principal, e o seriado House, que pode ser considerado uma livre adaptação da obra escrita. No ano passado, quando qualquer possibilidade de criatividade em torno do personagem parecia já estar esgotada e a ousadia de renová-lo parecia improvável, a BBC estreou a minissérie Sherlock (2010), produção que transportou Holmes e seu fiel escudeiro, o Dr. John Watson, para os dias atuais e os inseriu em um contexto que surpreendentemente não os descaracterizou nem tão pouco caiu no ridículo, como era bem provável de acontecer."
[...]
Texto completo disponível em:
Educação
3.8 1,2K Assista Agora[...]
No filme, a protagonista Jenny Millar (Carey Mulligan), inspirada em Barber, é uma garota de 16 anos, inteligente e detentora de uma aguçada sensibilidade artística, ela é uma das melhores alunas de sua classe, o que justifica o fato de seus pais e sua professora apostarem muito em seu futuro. No entanto uma reviravolta começa a acontecer em sua vida quando ela conhece o sedutor David Goldman (Peter Sarsgaard). David conquista Jenny com sua lábia e com seu estilo de vida extravagante, fazendo a rever suas prioridades e experimentar uma passagem forçada da adolescência para a vida adulta. As experiências que ela começa a viver com ele, que incluem eventos culturais e viagens, são a materialização de tudo aquilo que ela sempre sonhou. Ele leva um vida burguesa de luxo e consumismo, e seu status social convencem até mesmo Marjorie (Cara Seymour) e Jack (Alfred Molina), os rigorosos pais de Jenny.
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Texto completo disponível em:
Crash: No Limite
3.9 1,2KClichê
Babel
3.9 996 Assista AgoraO roteiro de Babel, se desenrola sobre três histórias distintas e está ambientado nos Estados Unidos, México, Marrocos e Japão. Na primeira história, uma turista americana (Cate Blanchett) que está de férias no Marrocos com o marido (Brad Pitt) é baleada acidentalmente, quando um menino pastor, que cuidava de cabras junto com o irmão, atira contra um ônibus em movimento, para testar o alcance da arma comprada pelo pai. Em San Francisco nos EUA uma babá (Adriana Barraza) cuida de duas crianças enquanto os pais estão ausentes, naquele dia aconteceria o casamento de seu filho no México e ao saber que não tinha com quem deixar os pequenos, decide atravessar a fronteira com eles e seu sobrinho (Gael García Bernal), que os dão carona. No Japão uma adolescente surda e muda (Rinko Kikushi), que não consegue se relacionar bem a não ser com outras meninas surdas, tenta vencer o trauma do suicídio recente da mãe e a distancia afetiva do pai (Kôji Yakusho) e sua carência a leva a apresentar um comportamento sexual desajustado. Assim como em 21 Gramas, em determinado momento as histórias se cruzam e dão um sentido maior à trama.
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Foi Apenas um Sonho
3.6 1,3K Assista Agora"[...] Sam Mendes, ao adaptar o livro de Richard Yates, escrito em 1961, tinha uma noção precisa do quanto a história ainda estava incrivelmente atual. O longa fala justamente da fragilidade do sonho americano, que comentei acima, e sutilmente faz uma contundente crítica ao “american way of life”. Em Beleza Americana (1999), Mendes teceu uma crítica ácida à hipocrisia de um povo que vive de aparências, pautado apenas por aquilo que o próximo poderia pensar de si. Neste as maquiagens sociais continuam sendo alvo da contestação do cineasta. Em oposição ao casal central, que vivencia a decadência do frágil ideal, são retratados outros personagens que vivem uma vida aparentemente tranquila e realizada, mas isso somente porque aceitam o próprio conformismo e se valem da abnegação como saída para enfrentar a realidade. [...]" Texto completo disponível em:
Closer: Perto Demais
3.9 3,3K Assista Agora"[...] Closer começa com The Blower's Daughter de Demien Rice tocando de fundo, Alice Ayres (Natalie Portman) e Dan Woolf (Jude Law) caminham pela rua vindo de direções opostas, os cortes sutis intercalam a imagem de cada um deles andando em meio a multidão, pelos olhares percebe-se que eles já se viram, mesmo de longe. Desatenta Alice olha para o lado errado da rua antes de atravessar (ela se esquece que em Londres o trânsito flui pela mão oposta), a câmera se volta para a reação de Dan, que esboça uma expressão de susto. Uma tomara feita por cima, nos mostra Alice, que fora atropelada por um táxi, caída no meio da rua. Dan a socorre e tudo que ela consegue dizer é: “Olá estranho”. Ele a leva para o hospital e ali se inicia um relacionamento. [...]" Texto completo disponível em:
A Viagem de Chihiro
4.5 2,3K Assista Agora"[...] A Viagem de Chihiro é considerado por muitos como uma releitura do clássico literário Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll, na história contada pelo filme, Chihiro acaba de mudar com os pais para uma nova cidade, no caminho para a nova casa eles se perdem e vão parar no que parece ser um parque de diversões abandonado. O curioso desta parte do filme, é que são os pais os curiosos para desbravarem o lugar e a menina a detentora da prudência, que a faz temer o desconhecido e ser excessivamente cuidadosa. Em meio a barracas e lojas abandonadas, eles encontram um restaurante em pleno funcionamento, porém sem uma viva alma lá. Os pais de Chihiro se fartam com a comida que está sobre as mesas, mesmo sendo alertados pela menina que se recusa a provar dos alimentos. [...]" Texto completo disponível em:
Missão Madrinha de Casamento
3.2 1,7K Assista Agora"[...] Confesso que fui assistir ao filme com um pouquinho de preconceito, eu não esperava que ele fosse tão legal quanto a crítica especializada tem dito que ele é. Mas para minha surpresa, eu estava errado mais uma vez. Missão Madrinha de Casamento é uma comédia leve e simplesmente hilária, sem para isso precisar apelar para os clichês mais batidos do gênero ou para o besteirol. Algo curioso, e que tem sido muito comentado, é o fato de ser uma comédia protagonizada por um grupo de mulheres, o que não se via há muito tempo. Ao contrário do que os mais machistas podem achar, não é um filme para garotas. As situações vivenciadas pelos personagens na trama são universais e por isso conseguem com tanta facilidade arrancar o riso, mesmo dos mais “machões” [...]" Texto completo disponível em:
Por uma Vida Melhor
3.7 211 Assista Agora[...] "Por Uma Vida Melhor (2009) (também lançado no Brasil com o título de Distante nós Vamos), o quarto longa de Sam Mendes, é um exemplo perfeito do nível de qualidade que a cena indie tem alcançado, ele é um dentre muitos filmes que podem justificar a premissa que expus acima, a de que a relevância destas obras ainda será apontada no futuro como um dos melhores aspectos do cinema contemporâneo. O longa consegue mesclar a leveza e a despretensiosidade, características marcantes deste estilo de filmes, com a direção precisa de Sam Mendes e um roteiro muito bem escrito. O resultado disso no entanto não é um sucesso imediato de bilheteria e sim um filme simples, delicioso de se assistir e dotado de uma inteligencia tamanha, que pode fazer com que os mais despercebidos não compreendam que estão diante de uma pungente crítica ao “way of life” americano, o que em se tratando de Sam Mendes já era bem esperado. O diretor estaria se repetindo? De forma alguma![...] Texto completo disponível em: