Continuo acreditando que serão necessários, no futuro, um bom número de filmes revisionistas para desfazer a visão preconceituosa e reacionária da cineasta Kathryn Bigelow sobre a atuação dos Estados Unidos no oriente médio. O que ela fez em suas duas últimas obras pode ser facilmente confundido com uma propaganda ideológica encomendada pelo governo americano, tamanha a exaltação da atuação das tropas no Iraque e no Afeganistão, que, convenhamos, não está tão distante do terrorismo que elas dizem combater. Em A Hora mais Escura (2012) Bigelow chega ao ponto de tentar justificar a tortura contra prisioneiros de guerra, prática que constitui, ao meu ver, uma distorção de tudo aquilo que os americanos alegam defender. Tal como em Guerra ao Terror (2009), neste filme fica difícil separar a ideologia defendida dos demais aspectos, mas, mesmo considerando reprovável a forma absurdamente parcial com que ele recria os eventos deste período histórico recente, tentarei avaliá-lo por aqueles que são seus melhores atributos [...]
[...] Reconheço que "O Lado Bom da Vida" é um filme bom, gostoso de assistir e cativante (principalmente em seus últimos atos), no entanto, isso por si só não faz dele uma obra digna de ser lembrada como uma das melhores do ano, ele se enquadra naquela categoria de produções dramaticamente confortáveis, porém facilmente esquecíveis [...]
[...] Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, As Vantagens de ser Invisível, apesar de ser um filme sobre a adolescência, não um filme 'adolescente', sua trama atinge um nível de profundidade poucas vezes visto em um longa que consegue ser ao mesmo tempo leve, divertido e comovente. Ele discorre sobre temas que já foram abordados inúmeras vezes em outras produções, como o isolamento social, o bullying e a descoberta do amor, porém seu roteiro, que é muito bem escrito, vai muito além do que boa parte das obras já foram. Ao partir da visão de um garoto que acaba de entrar no ensino médio e não consegue se relacionar com os novos colegas, a história aponta fatores sociais, educacionais e familiares que podem reforçar ou amenizar a dor provocada pela invisibilidade social. O roteiro ainda passeia por temas espinhentos, que não são exclusivos da adolescência, dentre eles a rejeição, a homofobia, o abuso sexual, a violência familiar, as drogas e a depressão, isso, sem precisar recorrer a lugares comuns e moralismos baratos [...]
Atração Perigosa (2010), o segundo filme dirigido pelo Ben Affleck, me proporcionou uma agravável surpresa, confesso que eu não tinha criado expectativas tão boas em relação a ele e ao assisti-lo me deparei com algumas grandes atuações e uma direção coesa, enxuta e ciente de sua própria importância. Cheguei a defender na resenha que escrevi, que foi a direção que salvou o longa de ser uma obra facilmente descartável, uma vez que ele possuía um problema difícil de ser contornado: um roteiro raso e repleto de clichês. Ontem, quando assisti Argo (2012), eu não tive a mesma surpresa, pois minhas expectativas já eram bem superiores, em parte devido às inúmeras críticas positivas que o filme recebeu, mas principalmente porque eu já imaginava que desempenho do Ben Affleck, como diretor, ganharia evidência em uma obra cujo roteiro conseguisse escapar dos lugares comuns, felizmente foi isso que aconteceu. Este seu novo trabalho não chega a abandonar por completo as velhas fórmulas, mas possui um roteiro muito mais maduro e consistente [...]
Django Livre (2012) é um filme raso, historicamente incoerente e ultra violento. Pode parecer contraditório, mas é justamente nestas características que se encontra sua genialidade. Em sua trama, Quentin Tarantino reúne um apanhado de referências à clássicos do western, doses cavalares de violência e um humor ácido, corrosivo, destilado mesmo nos momentos mais improváveis da história. Não há nada de novo em sua narrativa, o que vemos nela é apenas uma reciclagem de velhas fórmulas, que agora aparecem sob uma nova roupagem estética. É como se neste filme o revisionismo histórico, feito pelo cineasta em Bastardos Inglórios (2009), tivesse sido apenas transferido para o sul dos Estados Unidos, no período que antecede a guerra civil e a abolição da escravatura no país. No entanto, mesmo sendo agressivo e sem tanta profundidade dramática, o filme se afirma como uma obra de altíssima qualidade, cumprindo com folga aquilo a que se propõe. Django Livre não tenta recriar fatos com verossimilhança, nem ir fundo nas questões acerca da escravidão, o que ele propõe é apenas uma tentativa de se fazer justiça, ainda que poética, acerca de um dos períodos mais sombrios da história [...]
A certeza da finitude da vida representa um dos maiores temores da humanidade, mas nem sempre o que assusta é a morte, mas sim a possibilidade de na aurora da existência nos tornarmos tão frágeis e incapazes, a ponto de perdermos aquilo que antes nos caracterizava como indivíduos. O medo do abandono e de não conseguir responder como antes aos estímulos e à própria vontade insurgem como ameaças capazes de nos levar a reflexões profundas acerca do sentido da vida e da importância daquilo que construímos no decorrer dela. Em "Amor" (2012), obra mais recente do diretor austríaco Michael Haneke, estão presentes todas estas questões. O filme toma como microcosmo a realidade de um casal octogenário para falar de amor, sofrimento, resiliência e dor. Na trama estão presentes diversos elementos recorrentes na filmografia do cineasta, dentre eles aquele que distingue e dá propriedade à sua marca autoral, que é o incomodo proporcionado pelo contato com uma realidade que geralmente não nos é estranha, mas que é mostrada de uma forma seca e sem qualquer tipo de atenuantes [...]
Hollywood ainda tem muito a aprender com a produção independente do cinema americano. Ano após ano obras originadas fora do circuíto mainstrean têm ganhado projeção na temporada de premiações e chamado a atenção para uma verdadeira ebulição criativa que tem acontecido relativamente longe do olhar das grandes produtoras. Neste ano, o principal representante desta cena veio do estado da Louisiana, ele é Indomável Sonhadora (2012), trabalho de estreia de Benh Zeitlin, cineasta que chegou a afirmar que se sente um forasteiro na indústria cinematográfica. Trata-se de uma história com contornos realistas e fantásticos sobre a pobreza, a desigualdade social e a marginalidade. Sua trama, que é narrada pela perspectiva de uma criança, faz referência à passagem do furacão Katrina em 2005 e ao processo de derretimento da calota polar. O longa reúne elementos que dificilmente estariam presentes em uma grande produção, o que denota uma liberdade criativa bem maior, que é o que tem tornado a cena independente americana tão prolífera nos últimos anos [...]
Acredito que o maior prazer da cinefilia é ser surpreendido positivamento por uma obra da qual não se esperava tanto, esta ótima sensação é aumentada quando se trata de um gênero no qual as chances de surpresas são relativamente reduzidas. Kon-Tiki (2012) me proporcionou esta agradável sensação, ele foi o filme escolhido pela Noruega para representá-la na corrida pelo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, escolha bem feita, diga-se de passagem, uma vez que ele conseguiu ser um dos cinco indicados na categoria. Ele é uma aventura baseada em fatos reais que retrata os feitos de seis homens que partiram do Peru em 1947 em uma balsa rumo à Polinésia, que está do outro lado do Pacífico, a 8000 quilômetros de distância [...]
Os últimos filmes em live action dirigidos pelo Tim Burton foram verdadeiros fracassos de crítica, eles deixaram a impressão de que o cineasta tinha perdido sua criatividade e embarcado em uma série de reconstruções de uma mesma fórmula, que diga-se de passagem já estava desgastada há bastante tempo. Filmes como Alice no País das Maravilhas (2010) e Sombras da Noite (2012) derraparam em um aspecto que fora no passado um dos grandes diferenciais da filmografia do cineasta: o roteiro. Em ambos os casos prevaleceu a a percepção de que os malabarismos técnicos, que eram realmente dignos de elogio, serviam apenas para camuflar as várias irregularidades e convencionalismos proporcionados pela trama. Sendo assim, não é de se estranhar que na animação o diretor consiga resultados mais expressivos, uma vez que neste gênero um texto minimalista e sem tanta profundidade acaba funcionando melhor. Frankenweenie (2012), que comentarei em outro texto, é uma prova disso; mas esta não é a primeira vez que ele acerta em um longa neste formato, em A Noiva Cadáver (2005), o objeto desta resenha, ele fez um excelente uso da estética que sempre foi recorrente em sua obra e o resultado foi, ao menos para mim, surpreendente [...]
"Intocáveis, de Olivier Nakache e Eric Toledano, foi um dos grandes fenômenos cinematográficos de 2012, ele se tornou o filme francês com maior arrecadação de bilheteria fora de seu país de origem, batendo assim um recorde que pertencia até então a O Fabuloso Destino Destino de Amélie Poulain (2001). Ele conquistou calorosos elogios e a boa campanha fez com que ele fosse o escolhido pelo seu país para concorrer ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, prêmio que ele tem boas chances de ganhar. Mas, como bilheteria e sucesso de público não são por si só garantia de qualidade, é preciso analisá-lo com um senso crítico um pouco mais apurado. Toda esta aclamação não veio do nada, o formato do filme e sua proposta contaram muito para que ele se tornasse um sucesso mundial e é neste ponto que tocarei naquela que eu acredito ser a sua maior ferida: Intocáveis é um bom filme, porém não é tudo o que dizem que é. Eu ousaria dizer que ele é tão somente um bom feel good movie feito nos moldes hollywodiano, porém fabricado na França [...]"
"Alguns filmes simplesmente não deveriam ter sido feitos e O Legado Bourne (2012) é um destes. Esta afirmação pode soar um pouco radical demais, uma vez que longa dirigido pelo Tony Gilroy não é de todo ruim, no entanto ele tropeça naquele que era seu maior desafio, funcionar como uma continuação plausível para uma das melhores franquias produzidas na última década. Os lançamentos de A Identidade Bourne (2002), A Supremacia Bourne (2004) e O Ultimato Bourne (2007) constituíram um verdadeiro marco para o sub-gênero 'filme de espionagem', o formato explorado por eles foi tão bem sucedido que chegou a exercer uma notável influência até nos novos rumos tomados pela franquia de 007 a partir de Cassino Royale (2006). Infelizmente tudo isso parece ter sido desconsiderado quando decidiram pela produção deste spin-off. A história contada pela trilogia não pedia uma continuidade e sequer existia outro livro do Robert Ludlum para ser adaptado, o que me leva a crer que o que motivou a realização de mais este filme foi tão somente a ganância de seus realizadores [...]"
A grande genialidade do roteiro de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge está na forma com que ele desenvolve cada um dos personagens. Boa parte deles, incluindo alguns secundários, possuem motivações próprias, que guiam seus atos e dão a eles uma nível de complexidade que não é comum em filmes do gênero.
"É natural que sentimentos experimentados pela coletividade ganhem expressões, intencionais ou não, nas mais diversas expressões artísticas e com o cinema não é diferente. Uma sociedade que passa por um período obscuro tende a produzir obras obscuras e exemplos disso são os filmes associados a escolas cinematográficas como o expressionismo alemão e o neorrealismo italiano. Este fenômeno pode ser notado e com considerável intensidade na produção cinematográfica contemporânea, diversas obras recentes, como por exemplo Tiranossauro (2011) e Cosmópolis (2012), têm sofrido a influência do atual cenário de recessão econômica, que tem afetado boa parte do mundo globalizado. Ferrugem e Osso (2012) de Jacques Audiard é mais um fruto deste mesmo cenário, nele a influência do período de crise é evidente e provavelmente foi proposital, em sua trama a luta dos personagens para sobreviverem em meio a situações tão adversas não é tão diferente da luta que tem sido travada por cada uma das vítimas das medidas de austeridade, às quais diversos países têm recorrido para superarem a crise [...]"
Alguns filmes conseguem captar toda a aura que paira sobre determinada época, estes são capazes de reproduzir sentimentos, sensações, expectativas ou temores experimentados pela sociedade naquele período. Quando se trata de filmes de época, tal fenômeno é relativamente mais fácil de ser reproduzido, uma vez que há o distanciamento proporcionado pela passagem do tempo, porém, no caso de obras que fazem um recorte do mundo contemporâneo, isto se torna bem mais difícil, pois é complicado captar, em meio à uma ebulição de acontecimentos e percepções, aqueles que são comuns á uma grande maioria e que sendo assim são capazes de representar aquilo que se encontra encrustado na consciência coletiva. Cosmópolis (2012) de David Cronenberg realiza este feito de uma forma sublime, ao assisti-lo, nos deparamos com um retrato obscuro do mundo pós-moderno, onde a realidade se entrelaça ao surrealismo, forjando assim uma situação opressiva de temor e ansiedade [...]
"A angulação com a qual se analisa uma determinada obra pode afetar diretamente a avaliação que é feita dela a posteriori, podendo beneficiá-la ou prejudica-la dependendo da direção do olhar. Quando a intenção dos seus realizadores não está tão aparente, abre-se um leque de possibilidades e interpretações, todavia, frequentemente a crítica embarca em uma espécie de efeito cascata e isso ocorre quando diversos autores se limitam, inconscientes ou não, a contemplar uma mesma obra partindo de uma mesma perspectiva e suas respectivas avaliações acabam influenciando outras que ainda serão produzidas. '360' (2011) de Fernando Meirelles foi vítima deste efeito cascata. Ao tentar desconstruí-lo, um bom número de críticos se prenderam apenas à uma análise reducionista da trama, se limitando assim à apontar a superficialidade e a suposta desorientação de cada uma das histórias que o compõe [...]"
Em meio a tantas comédias descartáveis e calcadas no politicamente correto, que Hollywood produz aos montes, "Ted" representa quase um oásis. Provavelmente ele será esquecido em pouco tempo, simplesmente por não ser capaz de nos oferecer nada mais que bom entretenimento, mas assisti-lo é no fim das contas um experiência muito compensadora [...]
"Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo (2012) pode parecer à primeira vista um filme despretensioso, porém, apesar da forma leve com que sua trama se desenvolve, ele aborda uma temática que é conhecida de muitos: a solidão afetiva. Não é a primeira vez que um roteiro usa a ameaça fim do mundo como metáfora para a ausência de sentido na vida, Melancolia (2011) de Lars Von Trier fez isso de forma sublime, no entanto desta vez a construção de tal figura de linguagem se dá de uma forma sutil, quase imperceptível para os expectadores mais desatentos. Muitos o acusarão de ser apenas mais um drama superficial com pitadas de romance e comédia e a verdade é que ele não foge muito disso, no entanto seu roteiro é o seu grande diferencial [...]"
"2001 - Uma Odisseia no Espaço" talvez seja a mais importante obra de ficção científica desde Viagem à Lua (1902) de Georges Méliès, direta ou indiretamente ele influenciou quase tudo que foi produzido pela sétima arte depois de seu lançamento e tal influência se deu principalmente pela quebra de paradigmas que ele representou no tocante à narrativa, pela sua grandiosidade artística e estética e pela excelência de seu aparato técnico; aspectos estes que possibilitaram que aquilo que fora antes imaginado pelo cineasta e pelo escritor ganhasse forma através de imagens detentoras de uma formidável exuberância [...]
Na Estrada (2012) é no mínimo um filme ousado, Walter Salles conseguiu levar adiante a ideia de adaptar um livro que já tinha sido considerado por diversas vezes uma obra inadaptável e o resultado final, por mais irregular que possa ser, merece ao menos ser conferido. Foi com esta certeza que comecei a assistir ao filme, que vem causando polêmica e dividindo opiniões desde a sua estreia na edição do Festival de Cannes deste ano. O longa possui uma belíssima fotografia, uma boa trilha sonora, nenhuma das atuações deixam a desejar e seu roteiro é fiel à obra que o deu origem, contudo, a impressão que eu tive ao assisti-lo foi a de que algo estava faltando, algo que fosse capaz de torná-lo tão impactante quanto os escritos de Jack Kerouac. Demorei para perceber, mas ao seu final eu cheguei à conclusão de que o que lhe faltava era uma alma. Nele, onde abunda qualidade técnica falta sentimento. [...]
Levemente inspirada nas histórias do 'Decamerão', a trama de 'ara Roma com Amor' se desenvolve em quatro núcleos distintos e independentes, que enfocam ora a crítica social, característica da comédia de costumes, ora uma abordagem menos pretensiosa, baseada na relação dos personagens com seus próprios princípios e certezas.
Em "Mamma Roma" (1962) estão presentes todos os aspectos que permeiam a obra do diretor/autor, nele o profano se entrelaça ao sacro para compor um retrato desconstrutivista, realista e um tanto obscuro do período pelo qual a Itália estava passando. O filme é uma metáfora, quase óbvia, da situação política e econômica vivida pelo país.
"Em uma clara tentativa de parecer grandioso, ele constrói sua trama tendo como alicerces questionamentos complexos acerca da origem do universo e da existência de Deus. Esta angulação, se tivesse sido bem explorada, poderia realmente tê-lo tornado um clássico contemporâneo, mas não é o que acontece. Personagens rasos e uma trama que passa rápido demais por determinados pontos não proporcionam uma abertura maior para a reflexão e as perguntas levantadas nos primeiros atos acabam se perdendo durante o desenvolvimento do filme ou sendo respondidas de forma simplória [...]"
"Sombras da Noite" não é uma obra totalmente dispensável, contudo ele não chega nem perto de atingir as expectativas alimentadas pelos nomes envolvidos. E definitivamente ele não parece ser um filme do mesmo cineasta que já concebeu obras do calibre de "Edward Mãos de Tesoura" (1990) e "Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas" (2003).
Em A Pele que Habito o diretor cria uma espécie de metáfora do homossexualismo, um dos temas recorrentes em sua filmografia, no desenvolver da história ele faz uma desconstrução da ideia de estar prezo em um corpo não condizente com sua sexualidade, para a partir daí colocar alguns tabus e convenções em cheque, tudo isso é feito de uma forma simbólica e sem panfletarismo, o que torna o filme ainda mais interessante [...]
A Hora Mais Escura
3.6 1,1K Assista AgoraContinuo acreditando que serão necessários, no futuro, um bom número de filmes revisionistas para desfazer a visão preconceituosa e reacionária da cineasta Kathryn Bigelow sobre a atuação dos Estados Unidos no oriente médio. O que ela fez em suas duas últimas obras pode ser facilmente confundido com uma propaganda ideológica encomendada pelo governo americano, tamanha a exaltação da atuação das tropas no Iraque e no Afeganistão, que, convenhamos, não está tão distante do terrorismo que elas dizem combater. Em A Hora mais Escura (2012) Bigelow chega ao ponto de tentar justificar a tortura contra prisioneiros de guerra, prática que constitui, ao meu ver, uma distorção de tudo aquilo que os americanos alegam defender. Tal como em Guerra ao Terror (2009), neste filme fica difícil separar a ideologia defendida dos demais aspectos, mas, mesmo considerando reprovável a forma absurdamente parcial com que ele recria os eventos deste período histórico recente, tentarei avaliá-lo por aqueles que são seus melhores atributos [...]
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O Lado Bom da Vida
3.7 4,7K Assista Agora[...] Reconheço que "O Lado Bom da Vida" é um filme bom, gostoso de assistir e cativante (principalmente em seus últimos atos), no entanto, isso por si só não faz dele uma obra digna de ser lembrada como uma das melhores do ano, ele se enquadra naquela categoria de produções dramaticamente confortáveis, porém facilmente esquecíveis [...]
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As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista Agora[...] Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, As Vantagens de ser Invisível, apesar de ser um filme sobre a adolescência, não um filme 'adolescente', sua trama atinge um nível de profundidade poucas vezes visto em um longa que consegue ser ao mesmo tempo leve, divertido e comovente. Ele discorre sobre temas que já foram abordados inúmeras vezes em outras produções, como o isolamento social, o bullying e a descoberta do amor, porém seu roteiro, que é muito bem escrito, vai muito além do que boa parte das obras já foram. Ao partir da visão de um garoto que acaba de entrar no ensino médio e não consegue se relacionar com os novos colegas, a história aponta fatores sociais, educacionais e familiares que podem reforçar ou amenizar a dor provocada pela invisibilidade social. O roteiro ainda passeia por temas espinhentos, que não são exclusivos da adolescência, dentre eles a rejeição, a homofobia, o abuso sexual, a violência familiar, as drogas e a depressão, isso, sem precisar recorrer a lugares comuns e moralismos baratos [...]
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Argo
3.9 2,5KAtração Perigosa (2010), o segundo filme dirigido pelo Ben Affleck, me proporcionou uma agravável surpresa, confesso que eu não tinha criado expectativas tão boas em relação a ele e ao assisti-lo me deparei com algumas grandes atuações e uma direção coesa, enxuta e ciente de sua própria importância. Cheguei a defender na resenha que escrevi, que foi a direção que salvou o longa de ser uma obra facilmente descartável, uma vez que ele possuía um problema difícil de ser contornado: um roteiro raso e repleto de clichês. Ontem, quando assisti Argo (2012), eu não tive a mesma surpresa, pois minhas expectativas já eram bem superiores, em parte devido às inúmeras críticas positivas que o filme recebeu, mas principalmente porque eu já imaginava que desempenho do Ben Affleck, como diretor, ganharia evidência em uma obra cujo roteiro conseguisse escapar dos lugares comuns, felizmente foi isso que aconteceu. Este seu novo trabalho não chega a abandonar por completo as velhas fórmulas, mas possui um roteiro muito mais maduro e consistente [...]
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Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraDjango Livre (2012) é um filme raso, historicamente incoerente e ultra violento. Pode parecer contraditório, mas é justamente nestas características que se encontra sua genialidade. Em sua trama, Quentin Tarantino reúne um apanhado de referências à clássicos do western, doses cavalares de violência e um humor ácido, corrosivo, destilado mesmo nos momentos mais improváveis da história. Não há nada de novo em sua narrativa, o que vemos nela é apenas uma reciclagem de velhas fórmulas, que agora aparecem sob uma nova roupagem estética. É como se neste filme o revisionismo histórico, feito pelo cineasta em Bastardos Inglórios (2009), tivesse sido apenas transferido para o sul dos Estados Unidos, no período que antecede a guerra civil e a abolição da escravatura no país. No entanto, mesmo sendo agressivo e sem tanta profundidade dramática, o filme se afirma como uma obra de altíssima qualidade, cumprindo com folga aquilo a que se propõe. Django Livre não tenta recriar fatos com verossimilhança, nem ir fundo nas questões acerca da escravidão, o que ele propõe é apenas uma tentativa de se fazer justiça, ainda que poética, acerca de um dos períodos mais sombrios da história [...]
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Amor
4.2 2,2K Assista AgoraA certeza da finitude da vida representa um dos maiores temores da humanidade, mas nem sempre o que assusta é a morte, mas sim a possibilidade de na aurora da existência nos tornarmos tão frágeis e incapazes, a ponto de perdermos aquilo que antes nos caracterizava como indivíduos. O medo do abandono e de não conseguir responder como antes aos estímulos e à própria vontade insurgem como ameaças capazes de nos levar a reflexões profundas acerca do sentido da vida e da importância daquilo que construímos no decorrer dela. Em "Amor" (2012), obra mais recente do diretor austríaco Michael Haneke, estão presentes todas estas questões. O filme toma como microcosmo a realidade de um casal octogenário para falar de amor, sofrimento, resiliência e dor. Na trama estão presentes diversos elementos recorrentes na filmografia do cineasta, dentre eles aquele que distingue e dá propriedade à sua marca autoral, que é o incomodo proporcionado pelo contato com uma realidade que geralmente não nos é estranha, mas que é mostrada de uma forma seca e sem qualquer tipo de atenuantes [...]
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Indomável Sonhadora
3.8 1,2KHollywood ainda tem muito a aprender com a produção independente do cinema americano. Ano após ano obras originadas fora do circuíto mainstrean têm ganhado projeção na temporada de premiações e chamado a atenção para uma verdadeira ebulição criativa que tem acontecido relativamente longe do olhar das grandes produtoras. Neste ano, o principal representante desta cena veio do estado da Louisiana, ele é Indomável Sonhadora (2012), trabalho de estreia de Benh Zeitlin, cineasta que chegou a afirmar que se sente um forasteiro na indústria cinematográfica. Trata-se de uma história com contornos realistas e fantásticos sobre a pobreza, a desigualdade social e a marginalidade. Sua trama, que é narrada pela perspectiva de uma criança, faz referência à passagem do furacão Katrina em 2005 e ao processo de derretimento da calota polar. O longa reúne elementos que dificilmente estariam presentes em uma grande produção, o que denota uma liberdade criativa bem maior, que é o que tem tornado a cena independente americana tão prolífera nos últimos anos [...]
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Expedição Kon Tiki
3.9 281 Assista AgoraAcredito que o maior prazer da cinefilia é ser surpreendido positivamento por uma obra da qual não se esperava tanto, esta ótima sensação é aumentada quando se trata de um gênero no qual as chances de surpresas são relativamente reduzidas. Kon-Tiki (2012) me proporcionou esta agradável sensação, ele foi o filme escolhido pela Noruega para representá-la na corrida pelo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, escolha bem feita, diga-se de passagem, uma vez que ele conseguiu ser um dos cinco indicados na categoria. Ele é uma aventura baseada em fatos reais que retrata os feitos de seis homens que partiram do Peru em 1947 em uma balsa rumo à Polinésia, que está do outro lado do Pacífico, a 8000 quilômetros de distância [...]
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A Noiva Cadáver
3.8 1,4K Assista AgoraOs últimos filmes em live action dirigidos pelo Tim Burton foram verdadeiros fracassos de crítica, eles deixaram a impressão de que o cineasta tinha perdido sua criatividade e embarcado em uma série de reconstruções de uma mesma fórmula, que diga-se de passagem já estava desgastada há bastante tempo. Filmes como Alice no País das Maravilhas (2010) e Sombras da Noite (2012) derraparam em um aspecto que fora no passado um dos grandes diferenciais da filmografia do cineasta: o roteiro. Em ambos os casos prevaleceu a a percepção de que os malabarismos técnicos, que eram realmente dignos de elogio, serviam apenas para camuflar as várias irregularidades e convencionalismos proporcionados pela trama. Sendo assim, não é de se estranhar que na animação o diretor consiga resultados mais expressivos, uma vez que neste gênero um texto minimalista e sem tanta profundidade acaba funcionando melhor. Frankenweenie (2012), que comentarei em outro texto, é uma prova disso; mas esta não é a primeira vez que ele acerta em um longa neste formato, em A Noiva Cadáver (2005), o objeto desta resenha, ele fez um excelente uso da estética que sempre foi recorrente em sua obra e o resultado foi, ao menos para mim, surpreendente [...]
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Intocáveis
4.4 4,1K Assista Agora"Intocáveis, de Olivier Nakache e Eric Toledano, foi um dos grandes fenômenos cinematográficos de 2012, ele se tornou o filme francês com maior arrecadação de bilheteria fora de seu país de origem, batendo assim um recorde que pertencia até então a O Fabuloso Destino Destino de Amélie Poulain (2001). Ele conquistou calorosos elogios e a boa campanha fez com que ele fosse o escolhido pelo seu país para concorrer ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, prêmio que ele tem boas chances de ganhar. Mas, como bilheteria e sucesso de público não são por si só garantia de qualidade, é preciso analisá-lo com um senso crítico um pouco mais apurado. Toda esta aclamação não veio do nada, o formato do filme e sua proposta contaram muito para que ele se tornasse um sucesso mundial e é neste ponto que tocarei naquela que eu acredito ser a sua maior ferida: Intocáveis é um bom filme, porém não é tudo o que dizem que é. Eu ousaria dizer que ele é tão somente um bom feel good movie feito nos moldes hollywodiano, porém fabricado na França [...]"
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O Legado Bourne
3.2 885 Assista Agora"Alguns filmes simplesmente não deveriam ter sido feitos e O Legado Bourne (2012) é um destes. Esta afirmação pode soar um pouco radical demais, uma vez que longa dirigido pelo Tony Gilroy não é de todo ruim, no entanto ele tropeça naquele que era seu maior desafio, funcionar como uma continuação plausível para uma das melhores franquias produzidas na última década. Os lançamentos de A Identidade Bourne (2002), A Supremacia Bourne (2004) e O Ultimato Bourne (2007) constituíram um verdadeiro marco para o sub-gênero 'filme de espionagem', o formato explorado por eles foi tão bem sucedido que chegou a exercer uma notável influência até nos novos rumos tomados pela franquia de 007 a partir de Cassino Royale (2006). Infelizmente tudo isso parece ter sido desconsiderado quando decidiram pela produção deste spin-off. A história contada pela trilogia não pedia uma continuidade e sequer existia outro livro do Robert Ludlum para ser adaptado, o que me leva a crer que o que motivou a realização de mais este filme foi tão somente a ganância de seus realizadores [...]"
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Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
4.2 6,4K Assista AgoraA grande genialidade do roteiro de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge está na forma com que ele desenvolve cada um dos personagens. Boa parte deles, incluindo alguns secundários, possuem motivações próprias, que guiam seus atos e dão a eles uma nível de complexidade que não é comum em filmes do gênero.
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Ferrugem e Osso
3.9 821 Assista Agora"É natural que sentimentos experimentados pela coletividade ganhem expressões, intencionais ou não, nas mais diversas expressões artísticas e com o cinema não é diferente. Uma sociedade que passa por um período obscuro tende a produzir obras obscuras e exemplos disso são os filmes associados a escolas cinematográficas como o expressionismo alemão e o neorrealismo italiano. Este fenômeno pode ser notado e com considerável intensidade na produção cinematográfica contemporânea, diversas obras recentes, como por exemplo Tiranossauro (2011) e Cosmópolis (2012), têm sofrido a influência do atual cenário de recessão econômica, que tem afetado boa parte do mundo globalizado. Ferrugem e Osso (2012) de Jacques Audiard é mais um fruto deste mesmo cenário, nele a influência do período de crise é evidente e provavelmente foi proposital, em sua trama a luta dos personagens para sobreviverem em meio a situações tão adversas não é tão diferente da luta que tem sido travada por cada uma das vítimas das medidas de austeridade, às quais diversos países têm recorrido para superarem a crise [...]"
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Cosmópolis
2.7 1,0K Assista AgoraAlguns filmes conseguem captar toda a aura que paira sobre determinada época, estes são capazes de reproduzir sentimentos, sensações, expectativas ou temores experimentados pela sociedade naquele período. Quando se trata de filmes de época, tal fenômeno é relativamente mais fácil de ser reproduzido, uma vez que há o distanciamento proporcionado pela passagem do tempo, porém, no caso de obras que fazem um recorte do mundo contemporâneo, isto se torna bem mais difícil, pois é complicado captar, em meio à uma ebulição de acontecimentos e percepções, aqueles que são comuns á uma grande maioria e que sendo assim são capazes de representar aquilo que se encontra encrustado na consciência coletiva. Cosmópolis (2012) de David Cronenberg realiza este feito de uma forma sublime, ao assisti-lo, nos deparamos com um retrato obscuro do mundo pós-moderno, onde a realidade se entrelaça ao surrealismo, forjando assim uma situação opressiva de temor e ansiedade [...]
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360
3.4 928 Assista Agora"A angulação com a qual se analisa uma determinada obra pode afetar diretamente a avaliação que é feita dela a posteriori, podendo beneficiá-la ou prejudica-la dependendo da direção do olhar. Quando a intenção dos seus realizadores não está tão aparente, abre-se um leque de possibilidades e interpretações, todavia, frequentemente a crítica embarca em uma espécie de efeito cascata e isso ocorre quando diversos autores se limitam, inconscientes ou não, a contemplar uma mesma obra partindo de uma mesma perspectiva e suas respectivas avaliações acabam influenciando outras que ainda serão produzidas. '360' (2011) de Fernando Meirelles foi vítima deste efeito cascata. Ao tentar desconstruí-lo, um bom número de críticos se prenderam apenas à uma análise reducionista da trama, se limitando assim à apontar a superficialidade e a suposta desorientação de cada uma das histórias que o compõe [...]"
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Ted
3.1 3,4K Assista AgoraEm meio a tantas comédias descartáveis e calcadas no politicamente correto, que Hollywood produz aos montes, "Ted" representa quase um oásis. Provavelmente ele será esquecido em pouco tempo, simplesmente por não ser capaz de nos oferecer nada mais que bom entretenimento, mas assisti-lo é no fim das contas um experiência muito compensadora [...]
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Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo
3.5 1,8K Assista Agora"Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo (2012) pode parecer à primeira vista um filme despretensioso, porém, apesar da forma leve com que sua trama se desenvolve, ele aborda uma temática que é conhecida de muitos: a solidão afetiva. Não é a primeira vez que um roteiro usa a ameaça fim do mundo como metáfora para a ausência de sentido na vida, Melancolia (2011) de Lars Von Trier fez isso de forma sublime, no entanto desta vez a construção de tal figura de linguagem se dá de uma forma sutil, quase imperceptível para os expectadores mais desatentos. Muitos o acusarão de ser apenas mais um drama superficial com pitadas de romance e comédia e a verdade é que ele não foge muito disso, no entanto seu roteiro é o seu grande diferencial [...]"
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2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista Agora"2001 - Uma Odisseia no Espaço" talvez seja a mais importante obra de ficção científica desde Viagem à Lua (1902) de Georges Méliès, direta ou indiretamente ele influenciou quase tudo que foi produzido pela sétima arte depois de seu lançamento e tal influência se deu principalmente pela quebra de paradigmas que ele representou no tocante à narrativa, pela sua grandiosidade artística e estética e pela excelência de seu aparato técnico; aspectos estes que possibilitaram que aquilo que fora antes imaginado pelo cineasta e pelo escritor ganhasse forma através de imagens detentoras de uma formidável exuberância [...]
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Na Estrada
3.3 1,9KNa Estrada (2012) é no mínimo um filme ousado, Walter Salles conseguiu levar adiante a ideia de adaptar um livro que já tinha sido considerado por diversas vezes uma obra inadaptável e o resultado final, por mais irregular que possa ser, merece ao menos ser conferido. Foi com esta certeza que comecei a assistir ao filme, que vem causando polêmica e dividindo opiniões desde a sua estreia na edição do Festival de Cannes deste ano. O longa possui uma belíssima fotografia, uma boa trilha sonora, nenhuma das atuações deixam a desejar e seu roteiro é fiel à obra que o deu origem, contudo, a impressão que eu tive ao assisti-lo foi a de que algo estava faltando, algo que fosse capaz de torná-lo tão impactante quanto os escritos de Jack Kerouac. Demorei para perceber, mas ao seu final eu cheguei à conclusão de que o que lhe faltava era uma alma. Nele, onde abunda qualidade técnica falta sentimento.
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Para Roma Com Amor
3.4 1,3K Assista AgoraLevemente inspirada nas histórias do 'Decamerão', a trama de 'ara Roma com Amor' se desenvolve em quatro núcleos distintos e independentes, que enfocam ora a crítica social, característica da comédia de costumes, ora uma abordagem menos pretensiosa, baseada na relação dos personagens com seus próprios princípios e certezas.
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Mamma Roma
4.0 53Em "Mamma Roma" (1962) estão presentes todos os aspectos que permeiam a obra do diretor/autor, nele o profano se entrelaça ao sacro para compor um retrato desconstrutivista, realista e um tanto obscuro do período pelo qual a Itália estava passando. O filme é uma metáfora, quase óbvia, da situação política e econômica vivida pelo país.
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Prometheus
3.1 3,4K Assista Agora"Em uma clara tentativa de parecer grandioso, ele constrói sua trama tendo como alicerces questionamentos complexos acerca da origem do universo e da existência de Deus. Esta angulação, se tivesse sido bem explorada, poderia realmente tê-lo tornado um clássico contemporâneo, mas não é o que acontece. Personagens rasos e uma trama que passa rápido demais por determinados pontos não proporcionam uma abertura maior para a reflexão e as perguntas levantadas nos primeiros atos acabam se perdendo durante o desenvolvimento do filme ou sendo respondidas de forma simplória [...]"
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Sombras da Noite
3.1 4,0K Assista Agora"Sombras da Noite" não é uma obra totalmente dispensável, contudo ele não chega nem perto de atingir as expectativas alimentadas pelos nomes envolvidos. E definitivamente ele não parece ser um filme do mesmo cineasta que já concebeu obras do calibre de "Edward Mãos de Tesoura" (1990) e "Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas" (2003).
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A Pele que Habito
4.2 5,1K Assista AgoraEm A Pele que Habito o diretor cria uma espécie de metáfora do homossexualismo, um dos temas recorrentes em sua filmografia, no desenvolver da história ele faz uma desconstrução da ideia de estar prezo em um corpo não condizente com sua sexualidade, para a partir daí colocar alguns tabus e convenções em cheque, tudo isso é feito de uma forma simbólica e sem panfletarismo, o que torna o filme ainda mais interessante [...]
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