Uma crônica tão pessoal quanto introspectiva, uma espécie de Wong Kar-Wai - mais moderno e brega, menos maduro e intimista; tudo em prol do disfemismo sofisticado e da eloquência imagética, presente em cada fio de estilo do Dolan.
Quando a pretensão se sustenta em boas idéias o filme caminha bem, até Besson perder o fio da meada e resvalar em terrenos tão inóspitos que fariam Shyamalan pós The Village sentir uma invejinha branca.
Singelo, diligente, desarranjado e poético, como só Ki-duk Kim é capaz de fazer. Poucas vezes, em tudo que já vi, presenciei tamanha densidade em tão pouquíssimas palavras. A cena do beijo (presente no poster do filme), em especial, traduz a magia do filme.
O que mais me chamou atenção, de um modo geral, fora, a maneira com que o diretor, de forma sublime, caminhou com o ótimo roteiro embaixo do braço, lançando mão dos esteriótipos do gênero, e dos maneirismos, que nesse tipo de realização são lugar comum. Direção super minimalista - no melhor sentido da palavra. Em relação à trama, ainda me indigno com o fato de, em algumas (ou nas maiorias delas) culturas, os códigos morais ultra-ultrapassados e fundamentalismos exacerbados são colocados à frente da real felicidade. Belíssimo retrato.
PS: O cara que interpreta o Ezri é a cara do Gael García Bernal.
Funciona muito bem como thriller, pela maneira que somos conduzidos na maior parte do tempo, através da perspectiva da garota. As nuances de flashback, que acabam por criar um elo entre os traumas de um passado recente e o contexto atual não menos calamitoso, também são um mérito. Entretanto, há inúmeros deméritos: roteiro raso, algumas situações totalmente gratuitas, falta de sutileza ao abordar um tema desse corte, e principalmente, a pretensão de ser maior do que realmente é. Medíocre, no lado bom da palavra.
Quando as sobras do passado são condensadas a um acontecimento temporal, e isso torna-se um elo entre os alicerces de uma trama (Sean, Jimmy e Dave, nesse caso), há sempre uma enorme possibilidade de, se não tratado com minucia, aparecer grandes furos de roteiro. O que não acontece nesse caso, muito devido à discrição que Clint Eastwood adota em relação ao romance de Dennis Lehane, com distanciamentos oportunos nas cenas mais forte do filme, por exemplo. Sean Penn e Tim Robbins estão impecáveis.
Embora tenha decepcionado na cena final, onde faltou eloquência ou coragem pra sustentar o discurso anti-fundamentalista do personagem, a cena do funeral é sem duvidas, uma das mais bem feitas. Falar da qualidade da trilha sonora em filmes com ar de tragédia campestre é chover no molhado, sempre me agradam.
Sublime, seja na atmosfera sufocante do personagem do Ryan Gosling, o que reflete na trama como um todo, seja na ausência de diálogos panfletários, e aqui cabe perfeitamente a expressão menos é mais, ou na forma como a narrativa se sustenta no ritmo e na coerência da construção de cada personagem. A trilha sonora só corrobora a impressão final.
Daqueles filmes que o personagem principal extrapola os parâmetros do teu próprio casulo, e sustenta de forma encantadora toda uma narrativa. Mas, obvio, dentre tantos outros méritos que o filme têm, a trilha sonora é pontual.
A alta tecnologia não o abrilhantou tanto. Inicio divertido, final emocionante. Mas há um grande espaço de tempo entre o começo e o final, tempo esse vazio, diga-se de passagem. Faltou bagagem, conteúdo.
A cada revisão a sensação furtiva aumenta. Há furos, é desconexo, dosagem alta de maneirismo. Keanu Reeves está redundante. Suportável, mas não tão bom.
Jim Carrey é mesmo um ótimo ator, mostrando aqui que, não é apenas um comediante de facetas caricatas, e se porta muito bem em dramas. Original, sem maneirismos, com personagem simplório, mas grandioso, afinal. Belo drama.
Partindo de algo que por si só possui consistência, a lenda, TIm Burton estampa mais uma vez sua faceta vaidosa e caricata em um argumento sem personalidade. Se há algo de bom no filme, muito se deve a Burton e Depp, sempre competentes.
Filme sério, mas muito pretensioso. Com um argumento quadrado, o filme sustenta-se totalmente no talento do Tom Hanks. A direção é minimalista, e o elenco de apoio é insípido.
Humanizado, verossímil, complexo, no que se diz respeito ao filme em si, sobram adjetivos. Mas. Quantas vezes mais iremos presenciar um personagem extrapolar um limite aceitável e, tornar-se maior que sua obra? Why so Serious?
Filme afetado. Estupendo. Magistral. Sem sombra de dúvidas, o melhor do Scorsese. Como vinho, cada ano que o envelhece, o torna mais denso, encorpado, visceral.
Demasiadamente longo, sem alicerce para justificar sua extensão. DiCaprio está excelente, mas não maquia a fragilidade do roteiro. Contudo, acima da média.
Amores Imaginários
3.8 1,5KUma crônica tão pessoal quanto introspectiva, uma espécie de Wong Kar-Wai - mais moderno e brega, menos maduro e intimista; tudo em prol do disfemismo sofisticado e da eloquência imagética, presente em cada fio de estilo do Dolan.
Diablo
4.1 7Bom
O Homem do Futuro
3.7 2,5K Assista AgoraOnde até Wagner Moura (incrível novamente) acertou cantando Creep, nada havia de dar errado.
Lucy
3.3 3,4K Assista AgoraQuando a pretensão se sustenta em boas idéias o filme caminha bem, até Besson perder o fio da meada e resvalar em terrenos tão inóspitos que fariam Shyamalan pós The Village sentir uma invejinha branca.
Borboletas Negras
3.7 91Densidade e intensidade numa costura de cumplicidade incrível. Jonker é realmente admirável.
A Culpa é das Estrelas
3.7 4,0K Assista AgoraQUE fórmula mais batida gente, como ainda conseguem comprar essa ideia?
Demagogo, pretensioso, e de um discurso clichê e piegas dos mais sujos. Um Sparks com griff. Shailene Woodley é a única parte boa. Sem mais.
PS: Não exagerem nos "Não Curti" aí, viu?
Casa Vazia
4.2 409Singelo, diligente, desarranjado e poético, como só Ki-duk Kim é capaz de fazer. Poucas vezes, em tudo que já vi, presenciei tamanha densidade em tão pouquíssimas palavras. A cena do beijo (presente no poster do filme), em especial, traduz a magia do filme.
Pecado da Carne
3.8 212O que mais me chamou atenção, de um modo geral, fora, a maneira com que o diretor, de forma sublime, caminhou com o ótimo roteiro embaixo do braço, lançando mão dos esteriótipos do gênero, e dos maneirismos, que nesse tipo de realização são lugar comum. Direção super minimalista - no melhor sentido da palavra. Em relação à trama, ainda me indigno com o fato de, em algumas (ou nas maiorias delas) culturas, os códigos morais ultra-ultrapassados e fundamentalismos exacerbados são colocados à frente da real felicidade. Belíssimo retrato.
PS: O cara que interpreta o Ezri é a cara do Gael García Bernal.
A Casa de Tolerância
3.5 189Funciona muito bem como thriller, pela maneira que somos conduzidos na maior parte do tempo, através da perspectiva da garota. As nuances de flashback, que acabam por criar um elo entre os traumas de um passado recente e o contexto atual não menos calamitoso, também são um mérito. Entretanto, há inúmeros deméritos: roteiro raso, algumas situações totalmente gratuitas, falta de sutileza ao abordar um tema desse corte, e principalmente, a pretensão de ser maior do que realmente é. Medíocre, no lado bom da palavra.
Sobre Meninos e Lobos
4.1 1,5K Assista AgoraQuando as sobras do passado são condensadas a um acontecimento temporal, e isso torna-se um elo entre os alicerces de uma trama (Sean, Jimmy e Dave, nesse caso), há sempre uma enorme possibilidade de, se não tratado com minucia, aparecer grandes furos de roteiro. O que não acontece nesse caso, muito devido à discrição que Clint Eastwood adota em relação ao romance de Dennis Lehane, com distanciamentos oportunos nas cenas mais forte do filme, por exemplo. Sean Penn e Tim Robbins estão impecáveis.
Alabama Monroe
4.3 1,4K Assista AgoraEmbora tenha decepcionado na cena final, onde faltou eloquência ou coragem pra sustentar o discurso anti-fundamentalista do personagem, a cena do funeral é sem duvidas, uma das mais bem feitas. Falar da qualidade da trilha sonora em filmes com ar de tragédia campestre é chover no molhado, sempre me agradam.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraSublime, seja na atmosfera sufocante do personagem do Ryan Gosling, o que reflete na trama como um todo, seja na ausência de diálogos panfletários, e aqui cabe perfeitamente a expressão menos é mais, ou na forma como a narrativa se sustenta no ritmo e na coerência da construção de cada personagem. A trilha sonora só corrobora a impressão final.
A Vida é Bela
4.5 2,7K Assista AgoraEncantador.
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
4.3 5,0K Assista AgoraDaqueles filmes que o personagem principal extrapola os parâmetros do teu próprio casulo, e sustenta de forma encantadora toda uma narrativa. Mas, obvio, dentre tantos outros méritos que o filme têm, a trilha sonora é pontual.
The Class
4.1 177Filme cru, intenso, assustadoramente verossimilhante, e extremamente bem conduzido. O elenco afiadíssimo é um achado.
Up: Altas Aventuras
4.3 3,8K Assista AgoraA alta tecnologia não o abrilhantou tanto. Inicio divertido, final emocionante. Mas há um grande espaço de tempo entre o começo e o final, tempo esse vazio, diga-se de passagem. Faltou bagagem, conteúdo.
As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o …
3.8 1,2K Assista AgoraAventura insossa. Tediosa.
Constantine
3.8 1,7K Assista AgoraA cada revisão a sensação furtiva aumenta. Há furos, é desconexo, dosagem alta de maneirismo. Keanu Reeves está redundante. Suportável, mas não tão bom.
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraJim Carrey é mesmo um ótimo ator, mostrando aqui que, não é apenas um comediante de facetas caricatas, e se porta muito bem em dramas. Original, sem maneirismos, com personagem simplório, mas grandioso, afinal. Belo drama.
A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça
3.8 1,3K Assista AgoraPartindo de algo que por si só possui consistência, a lenda, TIm Burton estampa mais uma vez sua faceta vaidosa e caricata em um argumento sem personalidade. Se há algo de bom no filme, muito se deve a Burton e Depp, sempre competentes.
O Terminal
3.8 1,3K Assista AgoraFilme sério, mas muito pretensioso. Com um argumento quadrado, o filme sustenta-se totalmente no talento do Tom Hanks. A direção é minimalista, e o elenco de apoio é insípido.
Batman: O Cavaleiro das Trevas
4.5 3,8K Assista AgoraHumanizado, verossímil, complexo, no que se diz respeito ao filme em si, sobram adjetivos. Mas. Quantas vezes mais iremos presenciar um personagem extrapolar um limite aceitável e, tornar-se maior que sua obra? Why so Serious?
Taxi Driver
4.2 2,5K Assista AgoraFilme afetado. Estupendo. Magistral. Sem sombra de dúvidas, o melhor do Scorsese. Como vinho, cada ano que o envelhece, o torna mais denso, encorpado, visceral.
O Aviador
3.7 735 Assista AgoraDemasiadamente longo, sem alicerce para justificar sua extensão. DiCaprio está excelente, mas não maquia a fragilidade do roteiro. Contudo, acima da média.