Henry não mereceu o papel de Pierre, que é pra mim um dos personagens mais preciosos de Guerra e Paz. Pierre merecia mais! Mas Audrey e Mel Ferrer estavam perfeitos. Enquanto lia o livro imaginava Natasha do mesmo jeito que Audrey - discordo das produções mais novas que a tornaram loira, e Mel Ferrer respeitou a elegância e conflitos de Andrei. Mas amei o filme.
o filme é uma válida e merecida homenagem aos atores profissionais, que fazem o ofício pelo puro amor à arte, e aos atores do dia a dia: nós, meros seres humanos comuns. Somos todos atores, e podemos ser quem quisermos, mas na maior parte do tempo somos o que esperam que sejamos. Quem quer entender mais sobre, leiam/estudem processos de subjetivação, self em Mead, Freud e papeis sociais em psicologia social.
O coringa é filho de Gotham, é um de seus produtos, é o resultado de uma sociedade que maltrata seus pequenos, não os protege para dedicar suas verbas aos ricos e não assiste suas necessidades básicas enquanto ser humano. Estes fatores nunca serão argumento para a criação de uma pessoa violenta como o Coringa, mas uma sociedade doentia como Gotham, que alimenta e ao mesmo tempo ignora a produção e proliferação diária de bandidos e violência, não pode simplesmente agir como se não tivesse responsabilidade sobre seus cidadãos. Penny Fleck é Gotham e também é filha de Gotham, não poderia agir diferente para com seu filho. O agravante na história de Penny e Arthur, que poderia servir de argumento para a discussão acerca de o Coringa ser ou não um produto da violência de Gotham, é a doença mental; ela é especialmente importante para entender o desequilíbrio e perturbações mentais pelo qual o personagem é atravessado ao longo do filme, resultando em episódios absurdos de violência, e para entendermos também que é a partir deste filtro que o Coringa enxerga sua vida. Mais uma vez Gotham é culpada por oferecer um serviço de assistência social que pouco se preocupa com a saúde de Arthur, produzindo profissionais cansados e desinteressados, uma instituição para doentes mentais que é mais doente que seus pacientes, e enfim cortando o pouco de atenção que o sistema teria para dar. Repito: estes fatos não são, nunca, argumento para alguém "meter o louco" e matar pessoas, mas o Estado precisa, sempre, manter-se atento e voltar-se para a produção de serviços de assistência social e de psicologia de qualidade. Lembrando que isso também não é a resposta definitiva para a violência urbana e práticas violentas.
É interessante notar também que o filme se desenvolve a partir do mesmo filtro pelo qual Arthur enxerga sua vida, mas os fatos estão lá. Ele matou pessoas a sangue frio, e não se pode ter pena dele por isso. Não acredito que o filme nos guie a sentir isso, inclusive porque não somos expectadores passivos nesta película. Um dos elementos mais importantes no filme é exatamente esse: nossa atividade enquanto expectadores para tentar entender o que se passa na cabeça do Coringa. O filme realmente aconteceu, foram alucinações ou mesmo "faz de conta"? Em diversas cenas vemos Arthur encenar ideias, desejos, momentos em que ele é uma pessoa amada, aplaudida, ovacionada. O relacionamento com Sophie foi alucinação ou encenação mental? A sua ida ao programa televisivo foi alucinação ou encenação mental, imaginação? E a cena após o acidente com a viatura? Todos encenamos desejos mentalmente, mas a patologia se estabelece quando não mais sabemos o que foi real ou imaginado e isso atrapalha nossa vida diária. Arthur sabe que imaginou essas coisas, ele não sabe que imaginou (alucinações) ou isso tudo realmente aconteceu? As cenas com Bruce Wayne, que achei desnecessária, me deixaram bastante confusa quanto a essa discussão acerca da realidade, mas pra mim, é um dos elementos mais interessantes do filme, porque é o único evento que sabemos que de fato aconteceu.
Muitos podem querer comparar esse Coringa ao dos quadrinhos, mas eu não li os quadrinhos e o pouco conheço de Coringa vem mesmo dos filmes, então o leio a partir do que me foi mostrado no filme.
Ouso dizer que boa parte da educação mundial, e principalmente brasileira, que é a que mais conheço, é paternalista. Bater em criança malcriada, falar com ela de pé, colocar o dedo em seu rosto em posição ameaçadora para que ela entenda seu lugar como inferior a um adulto são exemplos dessa educação. Uma criança que apanha e não chora é criança que está acostumada a apanhar; uma criança que vê violência e não se choca é criança que está acostumada com violência. No caso de Beth, o abuso foi extremo e perturbador para alguém que não teve tempo de entender o mundo nem de ter uma completa interação com ele, inclusive no âmbito social. As consequências foram trágicas, mas o tratamento veio a tempo e a sorte beijou essa menina presenteando-a com bons pais que não desistiram dela, mesmo sendo adotada, e conseguiu, com ajuda de especialistas, ter um desenvolvimento digno de qualquer ser humano. De um certo modo, não posso acreditar que hoje Beth tenha uma mente inteiramente normal, visto que até o narrador do filme diz que esse tipo de dor fica pro resto da vida, cria raízes na personalidade da criança. Mas a mensagem fica: sejam bons pais, sua criança é a coisa mais importante - e frágil - do mundo.
Como já citado por aqui, me deixa triste ver uma ideia tão boa ser tão mal aproveitada. James DeMonaco tinha tudo em mãos: uma boa fotografia, ótimos atores dispostos a trabalhar bem e uma ótima equipe de produção, mas não soube aproveitar a jóia que tinha conseguido, assim como em Cidade do Crime (aliás, o que há de errado com o Ethan Hawke?). Enfim, teria sido uma jogada sábia explorar esse tema e seria válido uma hora a mais de duração se fosse preciso, mas tá aí, ficou essa bosta que eu tive desprazer de assistir.
Eu poderia dizer que o filme tem ótimas atuações, uma ótima fotografia, um bom enredo, uma direção perfeita, diálogos cortantes e coesos, marcantes e cheios de pensamentos próprios. Poderia dizer várias coisas e babar o Tetsuya Nakashima por horas. Mas acho que dizer "Que filme genial do caralho!" já é o suficiente. P.S.: - Eu também ouvi o barulho de algo desaparecendo. Mas não foi "ploc"... foi "bum!".
Poderia ter sido bem melhor, apesar de a fotografia ser uma coisa de linda e de gostar de tudo e qualquer coisa que a Saoirse Ronan faz. Acho que seria válido ter abordado as histórias sobre os outros planetas da Peregrina e deixar mais claro a personalidade da Melanie. Mas a luta de filosofias e ideologias sobre humanidade ficou bem legal e clara. De resto, é um filme legal.
Tudo é uma metáfora para duas críticas: a primeira e mais importante é a nossa relação para com nossa vida. Acho que todos concordamos que às vezes, e até na maioria das vezes, não gostamos do que temos, do que vivemos, de quem nos tornamos e por conta dessa infelicidade nos tornamos atores. A partir do momento em que sou feliz no trabalho mas não tenho plena paz em casa, viro uma atriz e finjo que tudo está bem. Acho que é isso que acontece no filme, mas ao invés de nós mesmos atuarmos, contratamos atores, como é o caso de Oscar, e a prova disso é quando o Oscar deixa sua filha em casa e diz "Seu castigo, minha pobre Angéle, é você ser quem é. Ter que conviver consigo mesma"; sem falar no último "compromisso" dele, que é um homem que chega em casa e vai viver com sua família de macacos. Ah, e lembrando da cena da motorista colocando uma máscara para ir para casa. O outro ponto que notei e que já foi citado por aqui é a crítica aos atores que deixaram a arte de lado para virar produto. A arte de atuar, de se tornar outra pessoa, a beleza do teatro foi substituído por atuações comerciais, supérfluas e direcionadas estritamente ao lazer. O diálogo entre Oscar e seu chefe dentro da limo resume bem isso "- O que o faz insistir nessa linha, Oscar? - Aquilo que me fez começar: A beleza do ato. - A Beleza? Dizem que ela está nos olhos, nos olhos de quem vê. E se não houver mais quem olhe?"
Não sei se estou certa, mas recebi o filme como uma homenagem aos atores que levam sua arte a sério e à todas as pessoas que, sem saber, são atrizes/atores no seu dia-a-dia. Posso estar errada, não sei, vi o filme hoje e ainda tento digerir pois sinto que meu cérebro virou algodão. Ou talvez seja tudo puro surrealismo moderno. Vai saber.
É maravilhoso falar mal de alguém que agiu errado, falar de uma jovem que depois de uma noite de bebedeira acabou fazendo besteira (até porque ela agiu sozinha, não é mesmo?), mas é muito feio falar da sua amiga que está pegando no pênis do seu amigo bem na sua frente.
É um filme forte e até difícil de se acreditar, e apesar de suas pequeninas falhas, ainda convence.
Pra quem ainda não viu: faça do seu cérebro uma esponja ou qualquer outra coisa que seja flexível e que possa absorver coisas absurdas que ainda sim fazem sentido. Mr. Nobody é um filme que, apesar de confuso, vai tornar sua vida mais fácil, porque não importa a escolha que você faça, todas as opções estão certas, mas também podem estar erradas já que não se pode provar que você mesmo existe, porque talvez você exista numa outra dimensão, ou até mesmo numa história de um garoto de 9 anos... É. Apenas veja o filme e deixe sua vida se desenrolar.
Ok... Todos sabemos que Michelle Williams é uma grande atriz que sabe desenvolver muito bem os papéis cabidos a ela. Não foi uma surpresa ver que ela soube interpretar Marilyn com grande destreza e habilidade. Mas lhe faltou capturar não apenas a alma da Monroe, como também a sua essência. Consegui ver charme em Michelle, mas não captei a sensualidade natural que saía de Marilyn. Claro que comparar uma pessoa à outra é absurdo, mas se Michelle foi escalada para interpretar Marilyn, ela deveria ao menos, estar à altura de tal sensualidade que era a marca registrada da Marilyn. Não critico sua capacidade como atriz, pois, de fato, a admiro muito! Mas ela não é mulher como Marilyn foi... Na verdade, esse filme foi feito na época errada. Apenas Marilyn Monroe poderia interpretar Marilyn Monroe, apenas ela mesma está à sua própria altura. Por isso Michelle se saiu tão bem interpretando a sofrida, confusa e infeliz Norma Jeane, e é por isso que, nesse filme, ele está de parabéns. No todo, o filme é muito bom, a história é muito bem construída, e o cenário e figurinos muito bem trabalhados. E posso dizer? Judi Dench me encanta até quando está calada.
É engraçado ver as pessoas comentando que tiveram certo preconceito em ver o filme... Quando se fala em Nordeste, principalmente em sertão, todo mundo fica com o pé atrás. Mas mais engraçado é ver a surpresa delas diante deste filme. Devo dizer que é uma película muito bem trabalhada e estruturada. O roteiro é simplesmente impecável... a narrativa do filme, que vai e volta no tempo, não deixa a desejar. Apesar de longo, o filme não é nada cansativo. As alterações de humor que o filme causa são congruentes e não chocam. Sem falar na fotografia, cenário, enquadramento das cenas, elenco... E que elenco! No todo, um ótimo filme, me emocionei bastante e não sabia que dentro desses dois grandes astros brasileiros havia tanta história. No fim do filme, deu orgulho de ser brasileira ao ver o pessoal da sala de cinema em coro: "Ah meu Deus! Eu sei, eu sei, que a vida devia ser bem melhor e será, mas isso não impede que eu repita, é bonita, é bonita e é bonita...".
O filme tem ponto positivo em relação às críticas feitas, mas o humor é fraco e forçado, não é de uma acidez genuína. Esperava bem mais; acho que consegui rir de uma ou duas piadas. Mas gostei do personagem, muito bem construído e sarcástico, uma ótima crítica aos ditadores desse mundo.
Bons cenários, bons figurinos e boas atuações. Só faltou o filme ser bom. Talvez eu não tenha entendido, e por isso mesmo quero ler o livro. Mas por hora, essa é a minha opinião.
Guerra e Paz
3.9 105 Assista AgoraHenry não mereceu o papel de Pierre, que é pra mim um dos personagens mais preciosos de Guerra e Paz. Pierre merecia mais! Mas Audrey e Mel Ferrer estavam perfeitos. Enquanto lia o livro imaginava Natasha do mesmo jeito que Audrey - discordo das produções mais novas que a tornaram loira, e Mel Ferrer respeitou a elegância e conflitos de Andrei. Mas amei o filme.
Mulan
3.2 1,0K Assista AgoraQue desgosto, na moral... terminei de assistir na base da raiva
Holy Motors
3.9 652 Assista AgoraReassisti esse filme depois de cursar 5 anos de Psicologia e mantenho minha opinião:
o filme é uma válida e merecida homenagem aos atores profissionais, que fazem o ofício pelo puro amor à arte, e aos atores do dia a dia: nós, meros seres humanos comuns. Somos todos atores, e podemos ser quem quisermos, mas na maior parte do tempo somos o que esperam que sejamos.
Quem quer entender mais sobre, leiam/estudem processos de subjetivação, self em Mead, Freud e papeis sociais em psicologia social.
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Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraO coringa é filho de Gotham, é um de seus produtos, é o resultado de uma sociedade que maltrata seus pequenos, não os protege para dedicar suas verbas aos ricos e não assiste suas necessidades básicas enquanto ser humano. Estes fatores nunca serão argumento para a criação de uma pessoa violenta como o Coringa, mas uma sociedade doentia como Gotham, que alimenta e ao mesmo tempo ignora a produção e proliferação diária de bandidos e violência, não pode simplesmente agir como se não tivesse responsabilidade sobre seus cidadãos. Penny Fleck é Gotham e também é filha de Gotham, não poderia agir diferente para com seu filho. O agravante na história de Penny e Arthur, que poderia servir de argumento para a discussão acerca de o Coringa ser ou não um produto da violência de Gotham, é a doença mental; ela é especialmente importante para entender o desequilíbrio e perturbações mentais pelo qual o personagem é atravessado ao longo do filme, resultando em episódios absurdos de violência, e para entendermos também que é a partir deste filtro que o Coringa enxerga sua vida. Mais uma vez Gotham é culpada por oferecer um serviço de assistência social que pouco se preocupa com a saúde de Arthur, produzindo profissionais cansados e desinteressados, uma instituição para doentes mentais que é mais doente que seus pacientes, e enfim cortando o pouco de atenção que o sistema teria para dar. Repito: estes fatos não são, nunca, argumento para alguém "meter o louco" e matar pessoas, mas o Estado precisa, sempre, manter-se atento e voltar-se para a produção de serviços de assistência social e de psicologia de qualidade. Lembrando que isso também não é a resposta definitiva para a violência urbana e práticas violentas.
É interessante notar também que o filme se desenvolve a partir do mesmo filtro pelo qual Arthur enxerga sua vida, mas os fatos estão lá. Ele matou pessoas a sangue frio, e não se pode ter pena dele por isso. Não acredito que o filme nos guie a sentir isso, inclusive porque não somos expectadores passivos nesta película. Um dos elementos mais importantes no filme é exatamente esse: nossa atividade enquanto expectadores para tentar entender o que se passa na cabeça do Coringa. O filme realmente aconteceu, foram alucinações ou mesmo "faz de conta"? Em diversas cenas vemos Arthur encenar ideias, desejos, momentos em que ele é uma pessoa amada, aplaudida, ovacionada. O relacionamento com Sophie foi alucinação ou encenação mental? A sua ida ao programa televisivo foi alucinação ou encenação mental, imaginação? E a cena após o acidente com a viatura? Todos encenamos desejos mentalmente, mas a patologia se estabelece quando não mais sabemos o que foi real ou imaginado e isso atrapalha nossa vida diária. Arthur sabe que imaginou essas coisas, ele não sabe que imaginou (alucinações) ou isso tudo realmente aconteceu? As cenas com Bruce Wayne, que achei desnecessária, me deixaram bastante confusa quanto a essa discussão acerca da realidade, mas pra mim, é um dos elementos mais interessantes do filme, porque é o único evento que sabemos que de fato aconteceu.
Muitos podem querer comparar esse Coringa ao dos quadrinhos, mas eu não li os quadrinhos e o pouco conheço de Coringa vem mesmo dos filmes, então o leio a partir do que me foi mostrado no filme.
Que filmão, hein.
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Frank
3.7 596 Assista Agora"let's fuck"
O Porco Espinho
4.3 366Sensibilidade define.
A Ira de um Anjo
4.0 281Ouso dizer que boa parte da educação mundial, e principalmente brasileira, que é a que mais conheço, é paternalista. Bater em criança malcriada, falar com ela de pé, colocar o dedo em seu rosto em posição ameaçadora para que ela entenda seu lugar como inferior a um adulto são exemplos dessa educação. Uma criança que apanha e não chora é criança que está acostumada a apanhar; uma criança que vê violência e não se choca é criança que está acostumada com violência. No caso de Beth, o abuso foi extremo e perturbador para alguém que não teve tempo de entender o mundo nem de ter uma completa interação com ele, inclusive no âmbito social. As consequências foram trágicas, mas o tratamento veio a tempo e a sorte beijou essa menina presenteando-a com bons pais que não desistiram dela, mesmo sendo adotada, e conseguiu, com ajuda de especialistas, ter um desenvolvimento digno de qualquer ser humano. De um certo modo, não posso acreditar que hoje Beth tenha uma mente inteiramente normal, visto que até o narrador do filme diz que esse tipo de dor fica pro resto da vida, cria raízes na personalidade da criança. Mas a mensagem fica: sejam bons pais, sua criança é a coisa mais importante - e frágil - do mundo.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraUm belo ensaio sobre o sentir, sobre o querer realizar em carne o amor e sobre como esses sentimentos humanos são atemporais.
Uma Noite de Crime
3.2 2,2K Assista AgoraComo já citado por aqui, me deixa triste ver uma ideia tão boa ser tão mal aproveitada. James DeMonaco tinha tudo em mãos: uma boa fotografia, ótimos atores dispostos a trabalhar bem e uma ótima equipe de produção, mas não soube aproveitar a jóia que tinha conseguido, assim como em Cidade do Crime (aliás, o que há de errado com o Ethan Hawke?). Enfim, teria sido uma jogada sábia explorar esse tema e seria válido uma hora a mais de duração se fosse preciso, mas tá aí, ficou essa bosta que eu tive desprazer de assistir.
Confissões
4.2 854Eu poderia dizer que o filme tem ótimas atuações, uma ótima fotografia, um bom enredo, uma direção perfeita, diálogos cortantes e coesos, marcantes e cheios de pensamentos próprios. Poderia dizer várias coisas e babar o Tetsuya Nakashima por horas. Mas acho que dizer "Que filme genial do caralho!" já é o suficiente.
P.S.: - Eu também ouvi o barulho de algo desaparecendo. Mas não foi "ploc"... foi "bum!".
A Hospedeira
3.2 2,2KPoderia ter sido bem melhor, apesar de a fotografia ser uma coisa de linda e de gostar de tudo e qualquer coisa que a Saoirse Ronan faz. Acho que seria válido ter abordado as histórias sobre os outros planetas da Peregrina e deixar mais claro a personalidade da Melanie. Mas a luta de filosofias e ideologias sobre humanidade ficou bem legal e clara. De resto, é um filme legal.
Holy Motors
3.9 652 Assista AgoraPosso não estar certa, mas eis meu entendimento do filme:
Tudo é uma metáfora para duas críticas: a primeira e mais importante é a nossa relação para com nossa vida. Acho que todos concordamos que às vezes, e até na maioria das vezes, não gostamos do que temos, do que vivemos, de quem nos tornamos e por conta dessa infelicidade nos tornamos atores. A partir do momento em que sou feliz no trabalho mas não tenho plena paz em casa, viro uma atriz e finjo que tudo está bem. Acho que é isso que acontece no filme, mas ao invés de nós mesmos atuarmos, contratamos atores, como é o caso de Oscar, e a prova disso é quando o Oscar deixa sua filha em casa e diz "Seu castigo, minha pobre Angéle, é você ser quem é. Ter que conviver consigo mesma"; sem falar no último "compromisso" dele, que é um homem que chega em casa e vai viver com sua família de macacos. Ah, e lembrando da cena da motorista colocando uma máscara para ir para casa.
O outro ponto que notei e que já foi citado por aqui é a crítica aos atores que deixaram a arte de lado para virar produto. A arte de atuar, de se tornar outra pessoa, a beleza do teatro foi substituído por atuações comerciais, supérfluas e direcionadas estritamente ao lazer. O diálogo entre Oscar e seu chefe dentro da limo resume bem isso "- O que o faz insistir nessa linha, Oscar?
- Aquilo que me fez começar: A beleza do ato.
- A Beleza? Dizem que ela está nos olhos, nos olhos de quem vê. E se não houver mais quem olhe?"
Não sei se estou certa, mas recebi o filme como uma homenagem aos atores que levam sua arte a sério e à todas as pessoas que, sem saber, são atrizes/atores no seu dia-a-dia. Posso estar errada, não sei, vi o filme hoje e ainda tento digerir pois sinto que meu cérebro virou algodão.
Ou talvez seja tudo puro surrealismo moderno. Vai saber.
Depois de Lúcia
3.8 1,1K Assista AgoraEu gosto de filmes assim: realistas, perturbadores e que deixam em evidência a podridão da sociedade. Como é fácil julgar...
É maravilhoso falar mal de alguém que agiu errado, falar de uma jovem que depois de uma noite de bebedeira acabou fazendo besteira (até porque ela agiu sozinha, não é mesmo?), mas é muito feio falar da sua amiga que está pegando no pênis do seu amigo bem na sua frente.
É um filme forte e até difícil de se acreditar, e apesar de suas pequeninas falhas, ainda convence.
O Cheiro do Ralo
3.7 1,1K Assista Agora"Sai, eu sou casada".
Sr. Ninguém
4.3 2,7KPra quem ainda não viu: faça do seu cérebro uma esponja ou qualquer outra coisa que seja flexível e que possa absorver coisas absurdas que ainda sim fazem sentido. Mr. Nobody é um filme que, apesar de confuso, vai tornar sua vida mais fácil, porque não importa a escolha que você faça, todas as opções estão certas, mas também podem estar erradas já que não se pode provar que você mesmo existe, porque talvez você exista numa outra dimensão, ou até mesmo numa história de um garoto de 9 anos... É. Apenas veja o filme e deixe sua vida se desenrolar.
Medo e Delírio
3.7 550 Assista AgoraUm filme ácido de humor ácido sobre o ácido. Pois é.
O Labirinto do Fauno
4.2 2,9K- Diga ao meu filho... Diga a ele a que horas morreu seu pai. Diga a ele-
- Não. Ele nem saberá seu nome.
Corpos que Caem
3.2 5Que filme ruim, meu Deus. Totalmente amador. As coisas apenas acontecem, sem explicação, nem nada. Até agora, 7 infelizes viram...
Sete Dias com Marilyn
3.7 1,7K Assista AgoraOk... Todos sabemos que Michelle Williams é uma grande atriz que sabe desenvolver muito bem os papéis cabidos a ela. Não foi uma surpresa ver que ela soube interpretar Marilyn com grande destreza e habilidade. Mas lhe faltou capturar não apenas a alma da Monroe, como também a sua essência. Consegui ver charme em Michelle, mas não captei a sensualidade natural que saía de Marilyn. Claro que comparar uma pessoa à outra é absurdo, mas se Michelle foi escalada para interpretar Marilyn, ela deveria ao menos, estar à altura de tal sensualidade que era a marca registrada da Marilyn. Não critico sua capacidade como atriz, pois, de fato, a admiro muito! Mas ela não é mulher como Marilyn foi... Na verdade, esse filme foi feito na época errada. Apenas Marilyn Monroe poderia interpretar Marilyn Monroe, apenas ela mesma está à sua própria altura. Por isso Michelle se saiu tão bem interpretando a sofrida, confusa e infeliz Norma Jeane, e é por isso que, nesse filme, ele está de parabéns. No todo, o filme é muito bom, a história é muito bem construída, e o cenário e figurinos muito bem trabalhados. E posso dizer? Judi Dench me encanta até quando está calada.
A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2
3.0 4,0K Assista AgoraA abertura é melhor do que o filme. Desculpa, sociedade.
Onde Vivem os Monstros
3.8 2,4K Assista AgoraDesde O Pequeno Príncipe que eu não via uma história tão encantadora.
Gonzaga: De Pai pra Filho
3.8 781 Assista AgoraÉ engraçado ver as pessoas comentando que tiveram certo preconceito em ver o filme... Quando se fala em Nordeste, principalmente em sertão, todo mundo fica com o pé atrás. Mas mais engraçado é ver a surpresa delas diante deste filme. Devo dizer que é uma película muito bem trabalhada e estruturada. O roteiro é simplesmente impecável... a narrativa do filme, que vai e volta no tempo, não deixa a desejar. Apesar de longo, o filme não é nada cansativo. As alterações de humor que o filme causa são congruentes e não chocam. Sem falar na fotografia, cenário, enquadramento das cenas, elenco... E que elenco! No todo, um ótimo filme, me emocionei bastante e não sabia que dentro desses dois grandes astros brasileiros havia tanta história. No fim do filme, deu orgulho de ser brasileira ao ver o pessoal da sala de cinema em coro: "Ah meu Deus! Eu sei, eu sei, que a vida devia ser bem melhor e será, mas isso não impede que eu repita, é bonita, é bonita e é bonita...".
O Ditador
3.2 1,8K Assista AgoraO filme tem ponto positivo em relação às críticas feitas, mas o humor é fraco e forçado, não é de uma acidez genuína. Esperava bem mais; acho que consegui rir de uma ou duas piadas. Mas gostei do personagem, muito bem construído e sarcástico, uma ótima crítica aos ditadores desse mundo.
Fausto
3.4 220 Assista AgoraBons cenários, bons figurinos e boas atuações. Só faltou o filme ser bom. Talvez eu não tenha entendido, e por isso mesmo quero ler o livro. Mas por hora, essa é a minha opinião.